DETECÇÃO DE SEPSE EM PLAQUETAS USANDO MicroRNAs E ANTÍGENOS DE MEMBRANA EM PACIENTES INFECTADOS E NÃO INFECTADOS COM SARS-COV-2
Processo e Biomarcador Molecular (PBM), sepse, plaquetas, patógenos, Sars-Cov-2, COVID-19
O presente estudo propõe legitimar na sepse uma característica encontrada em plaquetas que sofrem lesões de armazenamento em bancos de sangue, que é o aumento da expressão do miRNA miR-320a em relação ao miR-127. Em condições fisiologicamente normais, observa-se uma relação inversa. O objetivo deste estudo foi verificar se a análise da expressão de miR-320a e miR-127 em plaquetas poderia detectar uma diminuição em sua viabilidade e função devido à presença de patógenos no sangue de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva. Também investigamos a expressão de antígenos de membrana sensíveis à ativação plaquetária. Dos 200 pacientes analisados, apenas aqueles que desenvolveram sepse (140) apresentaram uma quantidade relativa de miR-320a maior do que a de miR-127. Essa característica e a expressão aumentada dos antígenos de membrana P2Y12, D62P, CD41 e CD61 mostraram associação significativa (p < 0,01) com todos os tipos de sepse avaliados neste estudo. Além disso, 40% dos pacientes internados por sepse tiveram resultados negativos para as primeiras ulturas. Concluímos que a análise da expressão de miR-127 e miR-320a combinada com avaliação de antígenos de membrana, em associação com os parâmetros clínicos e diagnósticos disponíveis, são ferramentas importantes para detectar o início da sepse.