"EXERCISE GENOMICS": EFEITOS DO TREINAMENTO RESISTIDO E AERÓBICO NA RESPONSIVIDADE SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL DE IDOSOS HIPERTENSOS
Palavras-chave: responsividade, treinamento de força, aeróbio, genômica do
exercício, pressão alta.
As respostas hemodinâmicas ao treinamento físico não são heterogêneas e
uniformes, e variações interindividuais consideráveis na pressão arterial de
indivíduos hipertensos são observadas em protocolos de treinamento aeróbico
e resistido. Assim, a “genômica do exercício” poderia explicar em parte, as
mudanças ocasionadas pelo exercício físico. O objetivo desta tese foi avaliar
heterogeneidade e responsividade de um programa de treinamento de força e
aeróbio em idosos com hipertensão arterial. Os grupos foram divididos
aleatoriamente em: a) treinamento resistido (TR); b) treinamento aeróbio (TA); c)
grupo controle (GC). Após o primeiro período de intervenção (12 semanas), os
indivíduos foram submetidos a um período de “washout” (6 semanas de
destreinamento), seguido de uma segunda intervenção. Esse processo é
chamado de modelo “cross-over”, onde os indivíduos que realizaram o protocolo
de exercícios aeróbicos também realizaram o treinamento resistido e vice-versa,
perfazendo mais 12 semanas de intervenção. Os principais resultados
evidenciaram que o treinamento resistido (pré 133,2 ± 14,1; pós 122,4 ± 7,3;
p<0,05) e treinamento aeróbio (pré 134,2 ± 14,4; pós 123 ± 9,4; p<0,0,5)
reduziram a pressão arterial sistólica. Em relação à responsividade baseada na
mínima diferença válida importante, dez e nove respondedores reduziram a
pressão arterial sistólica nos grupos TA e TR, respectivamente. Além disso,
apenas o grupo TA (pré 9955,3 ± 1.769,4; pós 8.800,9 ± 1.316,1; p<0,05) diminui
o duplo produto, e apenas o grupo TR melhorou o desempenho funcional. Por
fim, é possível concluir que existe uma ampla variabilidade da resposta da
pressão arterial desencadeada pelo treinamento aeróbio e resistido em idosos
hipertensos, e parte desta responsividade pode ser atribuída aos mecanismos
genéticos/epigenéticos. Ainda assim, ambos os protocolos reduziram a pressão
arterial sistólica de idosos hipertensos.