AVALIAÇÃO DA RESILIÊNCIA DO MICROBIOMA DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR EM PACIENTES ACOMETIDOS POR COVID-19
Microbiota; trato respiratório; SARS-CoV-2;NGS; 16S; Bioinformática
A microbiota humana apresenta a maior quantidade de células e genes ativos no organismo
humano, aproximadamente 100x mais de genes expressos que participam de diversos mecanismos,
inclusive o sistema de defesa contra outros patógenos. Em infecções virais, o agente etiológico
interage tanto com células do hospedeiro quanto com a microbiota do mesmo e podem
proporcionar maior maturação do sistema imunológico, suceptibilidade, infecções secundárias ou
até mesmo a letalidade. É possível observar tal interação entre SARS-CoV2 e microrganismos
comensais presentes do trato respiratório humano, onde particulas vírais como a proteína Spike
interage com receptores AC2 humanos com intermédio da sinalização microbiana presente na
mucusa respiratória. Com a utilização de sequenciamento de nova geração (NGS) é possível
analisar a diversidade, densidade bem como os produtos metabólicos desta comunidade microbiana
antes, durante a após a infecção viral. Em paralelo, a determinação dos principais taxons que
compoẽm a comunidade e que permanecem resilientes, pode ser feito com auxilio de ferramentes
em bioinformática. Por meio das técnicas de quantificação (Qubit 2.0) e eletroforese (agarose 1%)
das amostras, foi possível determinar a quantidade suficiente e integridade do material genético
para as etapas futuras de sequenciamento.O presente trabalho em andamento tem como objetivo
estudar a capacidade de recuperação da microbiota do trato respiratório humano em pacientes
acometidos por covid-19.