MAPEAMENTO FÍSICO DE DNAs REPETITIVOS EM ESPÉCIES DA FAMÍLIA LORICARIIDAE (SILURIFORMES)
marcadores moleculares, citogenômica, Peixes ornamentais.
Os peixes da família Loricariidae constituem o grupo mais representativo entre os Siluriformes de água doce da América do Sul, com mais de 800 espécies conhecidas. No estado do Pará a pesca de peixes ornamentais concentra-se sobre algumas espécies de loricarídeos da subfamília Hypostominae, este grupo demonstra uma grande variação no número diplóide, sítios de genes ribossomais e retroelementos, sugerindo a ocorrência de vários rearranjos cromossômicos direcionando para uma evolução cariotípica bastante divergente. Apesar da importância que estudos citogenéticos, com marcadores moleculares, têm demonstrado para compreender a evolução das espécies de peixes, nenhum trabalho utilizando essa linha de pesquisa foi proposto para as espécies da família Loricariidae com distribuição no Pará. Embora bastante estudados nas últimas décadas, as forças moleculares que governam a evolução dos DNAs repetitivos no genoma de peixes ainda são muito discutidas. Estudos tem mostrado, que esse tipo de DNA está envolvido na organização estrutural e funcional do genoma, agindo na regulação gênica, replicação, reparo de DNA, podendo também influenciar fortemente no processo evolutivo de seu hospedeiro, pois a movimentação destes elementos pode promover mudanças estruturais que levariam a eventos como: rearranjos cromossômicos, modificações nos padrões de regulação gênica, além da geração de variabilidade genética, tendo um papel fundamental na evolução dos genes e na estrutura genômica dos peixes em estudo, gerando assim, inovações biológicas. Este projeto tem como objetivo a análise citogenômica de espécies da subfamília Hypostominae da Amazônia para compreensão da evolução cariotípica, com enfoque à organização/evolução de famílias multigênicas (DNAr e genes de histona), elementos de transposição e DNAs satélites. Esses estudos irão proporcionar a caracterização cariotípica e compreensão da dinâmica evolutiva do grupo corroborando às análises de relações filogenéticas, processos ecológicos e de conservação. O uso de marcadores genéticos permite uma melhor definição dos táxons e de padrões filogeográficos dos peixes.