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Banca de QUALIFICAÇÃO: KAROLINA PAZ DE MATOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KAROLINA PAZ DE MATOS
DATA: 11/03/2019
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório do Lab. Biologia Pesqueira - ICB/UFPA
TÍTULO:

SABERES E PRÁTICAS DA PESCA ARTESANAL NA RESERVA EXTRATIVISTA ARIOCA PRUANÃ, OERIAS DO PARÁ (PA): entre ilegalidades e manejo


PALAVRAS-CHAVES:

Etnoconhecimento. Arioca-Pruanã. Pesca artesanal. Manejo.


PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO:

Entre populações tradicionais os diferentes modos de vida estão fortemente articulados com o ambiente. Para a atividade da pesca artesanal como prática dessas populações essa característica se potencializa, dado que se encontra marcada por um conhecimento particular sobre o ecossistema e o domínio de artes e apetrechos de captura (etnoconhecimento). Em unidades de conservação (UC’s) de uso sustentável, como as Reservas Extrativistas (RESEX’s), a prática da pesca merece atenção especial, pois que, ainda que como saber tradicional, ela passa a ser objeto de controle diante dos planos de manejo e, na interface com os órgãos de controle ambiental, traz consequências para as relações sociais na pesca e mesmo para o ecossistema. Na Reserva Extrativista Arioca Pruanã (REAP) a população que trabalha com a pesca compõe atividade de significativa relevância econômica e ecológica, sendo que a RESEX, já com mais de uma década de instituição, ainda não conta com plano de manejo, o que causa diferentes processos de conflito e disputa por territórios pesqueiros. Diante da interface da pesca com a instituição da RESEX, este projeto aborda as práticas, saberes e estratégias utilizadas na pesca artesanal diante da diminuição do pescado relatada pelos pescadores. O projeto tem por principal objetivo caracterizar as pescarias - artes de pesca e apetrechos – e os conhecimentos locais envolvidos nessa atividade. O projeto deposita especial atenção nas pescarias que fazem uso de petrechos e/ou substâncias de caráter ilícito, dado que tal contexto cria processos de conflito por território, além de impacto no ecossistema local. A UC em tela localiza-se na microrregião de Cametá, Baixo Tocantins, município de Oeiras do Pará (PA), Brasil. Com uma área aproximada de 83.445 hectares, ela tem por objetivo resguardar o modo de vida das populações tradicionais de seu interior, assim como garantir o uso sustentável dos seus recursos naturais. A metodologia utilizada par a pesquisa tem caráter qualitativo-quantitativo. A partir de uma pesquisa documental nos arquivos da REAP e análise bibliográfica disponível sobre a área, a metodologia se estenderá através de observação participante e aplicação de questionários com perguntas abertas e fechadas junto aos pescadores, ademais da realização de entrevistas semi-estruturadas junto aos principais atores sociais no interior da REAP de forma a capturar as percepções e conhecimentos que envolvem a pesca e o uso de artes e apetrechos ilegais.  Observações iniciais apontam para o uso frequente de artes e apetrechos ilegais que tradicionalmente foram usados entre os pescadores, mas que no atual contexto provocam cenários de conflitos no interior da UC. Trabalhos com esse enfoque são necessários à medida que possibilitam o vislumbre das problemáticas que cercam o exercício da atividade, principalmente quando se trata de uma UC de uso sustentável.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 326059 - EDILA ARNAUD FERREIRA MOURA
Interno - 2117827 - MARCELO PETRACCO
Externo à Instituição - NEILA DE JESUS RIBEIRO ALMEIDA-
Externo ao Programa - 2223661 - SERGIO CARDOSO DE MORAES
Presidente - 3185045 - VOYNER RAVENA
Notícia cadastrada em: 07/02/2019 16:29
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