CARACTERIZAÇÃO GENOTÍPICA E GENÔMICA COMPARATIVA DE ESTIRPES DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE ISOLADAS DE AMOSTRAS CLÍNICAS E DE SISTEMAS AQUÁTICOS
Klebsiella pneumoniae; Isolados clínicos e aquáticos; Infecções; Resistência antimicrobiana; Genômica Comparativa.
Klebsiella pneumoniae é um bastonete Gram-negativo e aeróbio facultativo, sendo apontado como um dos três principais patógenos de preocupação documentado no Relatório Global de 2014 da Organização Mundial da Saúde (OMS) de resistência antimicrobiana (RAM). Esta espécie bacteriana pode ocasionar infecções no trato urinário, além de esta envolvida com quadros de pneumonia, associados a ventilação mecânica, septicemia, doença pulmonar crônica, entre outras patologias, muitos destas associadas as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Na tentativa de controlar as diversas infecções ocasionadas pela K. pneumoniae, passou-se a utilizar como fonte de tratamento os antimicrobianos, principalmente da classe dos β-lactâmicos, no entanto muitas cepas acabaram adquirindo resistência a estes medicamentos, tornando-os clínicamente ineficazes. Com isso, o objetivo do estudo é Caracterizar o resistoma de cepas de Klebsiella pneumoniae advindas de amostras de pacientes internados em um hospital de referência e de sistemas aquáticos localizados no estado do Pará. Para isto, as amostras serão semeadas em placas e incubadas em estufa a uma temperatura de 36ºC e após 24 horas, sendo identificadas a partir da utilização do sistema automatizado VITEK II® (bioMérieux, Basingstoke, Reino Unido) o teste fenótipico de susceptibilidade também será realizado com o auxílio do sistema VITEK II®. Em seguida, as amostras terão seu DNA genômico extraído para a realização dos testes de detecção de genes de resistência e íntegrons, identificação de plasmídeos, além do ensaio de conjugação, para observar se estas cepas em estudo possuem a capacidade de realizar a transferência horizontal dos genes de resistência. Por fim, será realizado o sequenciamento do genoma completo (NGS) das cepas clínicas e aquáticas, para posteriores análises de genômica comparativa, como as análises filogenéticas e filogenômicas destas, permitindo diferenciar as estirpes, assim como saber o grau de compartilhamento entre os isolados.