INVESTIGAÇÃO DE ARBOVIRUS EM Culex quinquefasciatus (SAY, 1823), Aedesaegypti (LINNAEUS, 1762) E Aedes albopictus (SKUSE, 1894) DO ESTADO DO MARANHÃO
Alphavírus, arbovirose, Flavivírus, Aedes, Culex.
Arboviroses são enfermidades causadas por vírus e transmitidas por artrópodes, dentre estes, os mosquitos, sendo os do gênero Aedes e Culex os principais de importância médica. Dentre as arboviroses de maior ocorrência no Brasil atualmente, destacam-se a febre chikungunya, febre zika e dengue. A primeira é causada por um vírus pertencente ao gênero Alphavírus e as demais causadas por Flavivirus. Ambas as doenças são transmitidas pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus e, embora o Culex quinquefasciatus não esteja vinculado na transmissão destas três doenças, é um comprovado vetor de muitas outras arboviroses e é muito encontrado no interior de residências. As três espécies de mosquito estão amplamente distribuídas no interior do Maranhão e há relatos da disseminação de zika e chikungunya no Estado. Neste contexto, o presente estudo objetiva investigar a circulação de arboviroses circulantes em Ae. aegypti, Ae. albopictus e Cx. quinquefasciatus em municípios do Maranhão pelo métodos de Transcrição Reversa - Reação da Cadeia em Polimerase - RT-PCR (para amostras de Culex) e Transcrição Reversa - Reação da Cadeia em Polimerase em tempo real - RT-qPCR (para amostras de Aedes). Em estudo piloto, realizou-se coletas de mosquitos em Barra do Corda, Caxias, Codó, São Luís e São Mateus do Maranhão, posteriormente foi realizada a identificação do material coletado, maceração em soro bovino fetal, extração do RNA viral e realização de RT-PCR e RT-qPCR. As amostras positivas nas técnicas moleculares também foram submetidas ao isolamento viral por inoculação em cultura de células C6/36 e estão sendo analisadas por sequenciamento de nucleotídeos. Foram coletados um total de 2829 mosquitos, sendo predominantes as espécies Cx. quinquefasciatus (84,76%) e Ae. aegypti (15,13%) e formados 113 pools (44 formados por Aedes sp. e 69 formados por Culex sp.). Até o momento, apenas as amostras de Aedes foram testadas, para detecção de vírus Dengue e Chikungunya. Das 44 amostras analisadas, três compostas por Ae. aegypti foram positivas para vírus Chikungunya: AR832767, AR832784 e AR832785. No momento as amostras estão sendo submetidas à sequenciamento para caracterização molecular. Os dados obtidos permitiram afirmar que o vírus Chikungunya já circula no interior do Maranhão em populações de mosquitos Ae. aegypti.