EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA DO VÍRUS DA HEPATITE A, VÍRUS DA DENGUE, CITOMEGALOVÍRUS E VÍRUS DA RUBÉOLA NO ARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ, PARÁ
Hepatite A, Dengue, Citomegalovírus, Rubéola, Marajó
O Arquipélago do Marajó é uma área carente que necessita de obras de infraestrutura, saneamento ambiental, educação e serviços básicos e especializados de saúde pública. A ausência de estudos epidemiológicos na região torna ainda mais difícil o estabelecimento de políticas públicas de saúde que auxiliem na elaboração de estratégias de combate e prevenção de doenças. O objetivo do presente estudo foi descrever a frequência e distribuição das infecções causadas pelos vírus da hepatite A, vírus da dengue, betaherpesvírus humano 5 (citomegalovírus) e vírus da rubéola nos municípios de Chaves, Portel, Anajás e São Sebastião da Boa Vista, no Arquipélago do Marajó, Pará. Foi realizado um estudo transversal, com uma abordagem descritiva, com a coleta de 1.993 amostras de sangue, no período de outubro de 2012 a abril de 2013. As amostras foram processadas e determinada a presença de anticorpos específicos contra o VHA, VDEN, CMV e VR. A prevalência geral de anticorpos foi de 82,8% para o VHA, 44,1% para dengue, 97,9% para o CMV e 89,2% para rubéola. Observou-se, para todos os vírus estudados, que a taxa de anticorpos aumentou em função da idade sugerindo que o risco de infecção é determinado, também, pelo tempo de exposição. Na população geral, a presença de anticorpos para o VHA foi associado estatisticamente ao sexo feminino, idade, estado civil, escolaridade e à origem da água de consumo. O VDEN também foi associado ao sexo feminino, idade e escolaridade, além da renda familiar. A prevalência da infecção pelo CMV foi associada ao sexo feminino e à idade, enquanto o VR foi associado somente à idade. O uso dos quatro vírus como marcadores de saúde, mostrou que agentes de transmissão diversas são disseminados e pouco se faz para a prevenção de agentes infecciosos. As informações epidemiológicas geradas são importantes para a busca de melhoria da qualidade de vida da população do Marajó, além de constituir uma abordagem útil para a avaliação das principais necessidades relacionadas ao saneamento na região. Por fim, estes resultados também podem contribuir para a elaboração ou melhorias nas estratégias de caráter preventivo para essas e outras infecções, pela aplicação de medidas efetivas de contenção de infecções, inclusive pelo uso de vacinas disponíveis. O Arquipélago do Marajó é uma área carente que necessita de obras de infraestrutura, saneamento ambiental, educação e serviços básicos e especializados de saúde pública. A ausência de estudos epidemiológicos na região torna ainda mais difícil o estabelecimento de políticas públicas de saúde que auxiliem na elaboração de estratégias de combate e prevenção de doenças. O objetivo do presente estudo foi descrever a frequência e distribuição das infecções causadas pelos vírus da hepatite A, vírus da dengue, betaherpesvírus humano 5 (citomegalovírus) e vírus da rubéola nos municípios de Chaves, Portel, Anajás e São Sebastião da Boa Vista, no Arquipélago do Marajó, Pará. Foi realizado um estudo transversal, com uma abordagem descritiva, com a coleta de 1.993 amostras de sangue, no período de outubro de 2012 a abril de 2013. As amostras foram processadas e determinada a presença de anticorpos específicos contra o VHA, VDEN, CMV e VR. A prevalência geral de anticorpos foi de 82,8% para o VHA, 44,1% para dengue, 97,9% para o CMV e 89,2% para rubéola. Observou-se, para todos os vírus estudados, que a taxa de anticorpos aumentou em função da idade sugerindo que o risco de infecção é determinado, também, pelo tempo de exposição. Na população geral, a presença de anticorpos para o VHA foi associado estatisticamente ao sexo feminino, idade, estado civil, escolaridade e à origem da água de consumo. O VDEN também foi associado ao sexo feminino, idade e escolaridade, além da renda familiar. A prevalência da infecção pelo CMV foi associada ao sexo feminino e à idade, enquanto o VR foi associado somente à idade. O uso dos quatro vírus como marcadores de saúde, mostrou que agentes de transmissão diversas são disseminados e pouco se faz para a prevenção de agentes infecciosos. As informações epidemiológicas geradas são importantes para a busca de melhoria da qualidade de vida da população do Marajó, além de constituir uma abordagem útil para a avaliação das principais necessidades relacionadas ao saneamento na região. Por fim, estes resultados também podem contribuir para a elaboração ou melhorias nas estratégias de caráter preventivo para essas e outras infecções, pela aplicação de medidas efetivas de contenção de infecções, inclusive pelo uso de vacinas disponíveis.