EPIDEMIOLOGIA DA INFECÇÃO POR HIV, HTLV E Treponema pallidum, PERCEPÇÃO DAS FORMAS DE PREVENÇÃO E ASPECTOS SOCIOCOMPORTAMENTAIS DE RISCO PARA A EXPOSIÇÃO ÀS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM ADOLESCENTES E MULHERES JOVENS DO ESTADO DO PARÁ, REGIÃO NORTE DO BRASIL
Infecções sexualmente transmissíveis; HIV; HTLV; sífilis
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que mais de um milhão de pessoas adquirem infecções sexualmente transmissíveis (IST) diariamente no mundo e representam um grande problema de saúde pública mundial. A pesquisa teve como objetivo descrever a ocorrência de HIV-1, HTLV-1/2 e Treponema pallidum, assim como analisar os fatores de vulnerabilidade para a exposição às IST em adolescentes e mulheres jovens cisgêneros de Belém que possuíam status sorológico desconhecido, com participação de 400 indivíduos. Tratou-se de um estudo transversal, descritivo e analítico, desenvolvido no período de dezembro de 2019 a dezembro de 2022. A prevalência de sífilis foi de 4,5% e de HIV foi de 0,5%. Não houve positividade para HTLV. A média de idade foi de 22,7 anos, a maioria das participantes residia em Belém (75,9%), autodeclaravam-se pardas (75,9%) e eram solteiras (61,4%). Quanto às práticas sexuais, a maioria realizava sexo oral (60%) e possuía apenas um parceiro (76%). Sobre uso de preservativo, 38% não usavam, e 71% não o utilizaram na última relação sexual. Entre os fatores de vulnerabilidade significativos para a prevalência de IST, destacam-se a importância de conversar sobre o tema, o tratamento dos parceiros após diagnóstico e hábitos de higiene pessoal. Esses resultados sugerem a necessidade de estratégias educativas para prevenir e tratar IST, visando reduzir seu impacto econômico e social.