PERFIL DE GLICOCONJUGADOS INTESTINAIS DE FLEBOTOMÍNEOS E SUAS INTERAÇÕES IN VITRO COM PARASITOS ASSOCIADOS, NO CONTEXTO DA EPIDEMIOLOGIA DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR EM BELÉM, PARÁ, BRASIL
Phlebotominae; Leishmania spp.; Carboidratos intestinais; Interação parasito/vetor; Amazônia Brasileira.
O conhecimento do perfil de glicoconjugados intestinais de flebotomíneos e o entendimento de sua interação com espécies de Leishmania é crucial para o avanço do conhecimento sobre competência vetorial, bem como para elucidação do paralelo permissividade/restritividade e, consequentemente, para o fornecimento de evidências para tomadas de decisão no campo da vigilância entomológica/epidemiológica das leishmanioses. O presente projeto propõe a caracterização dos carboidratos residuais do intestino de flebotomíneos epidemiologicamente importantes e uma avaliação in vitro da interação entre espécies de Leishmania e os respectivos flebotomíneos potenciais vetores, associados à leishmaniose tegumentar na região metropolitana de Belém, Brasil. Os flebotomíneos utilizados neste estudo serão provenientes de captura no Bosque Rodrigues Alves, utilizando armadilhas luminosas do tipo CDC, e de colônia do insetário do Laboratório de Leishmanioses do Instituto Evandro Chagas. Os parasitos serão obtidos do criobanco de Leishmania do Instituto Evandro Chagas. Os flebotomíneos serão imobilizados por resfriamento (4oC) e lavados uma vez com PBS e sabão neutro e duas vezes com PBS, após isso, serão dissecados em Grace's Insect Medium (GIM) para retirar o intestino médio sem os túbulos de Malpighi. Os intestinos utilizados para a caracterização dos carboidratos serão armazenados em tampão com inibidor de protease e congelados em nitrogênio líquido até o momento do procedimento. A caracterização será feita por Western Blotting utilizando lectinas conjugadas com peroxidase e os resultados analisados por densitometria utilizando o software ImageJ. Os intestinos utilizados para a interação in vitro serão abertos longitudinalmente para expor o lúmen e marcados com Faloidina e, em seguida, incubados com promastigotas marcadas com Vybrant DIOTM. As amostras serão posteriormente analisadas em microscopia de fluorescência. Os resultados obtidos contribuirão para o melhor entendimento da relação parasito/vetor entre os binômios analisados.