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Banca de DEFESA: FABRICIO GONCALVES CORDEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FABRICIO GONCALVES CORDEIRO
DATA: 23/09/2015
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório "Paulo Mendes"-ICB-UFPA
TÍTULO:

CARACTERIZAÇÃO CLINICO-EPIDEMIOLÓGICA DA SEPSE EM PACIENTES INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL PÚBLICO EM BELÉM-PA


PALAVRAS-CHAVES:

sepse, UTI, óbito, fatores de risco.


PÁGINAS: 79
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Microbiologia
RESUMO:

A sepse representa a segunda maior causa de morte dentro de unidades de tratamento intensivo (UTI), sendo estimados cerca de 19 milhões de casos no mundo todo por ano. Estudos no Brasil demonstram uma mortalidade acima de 40% para pacientes com sepse, sepse grave ou choque séptico, sendo que em 2009 atingiu 60%, a maior entre 37 países. Esta síndrome resulta tanto de infecções adquiridas na comunidade como aquelas de origem hospitalar, sendo a causa mais comum a pneumonia, seguida de infecções do trato urinário e intra-abdominais. Na literatura identificam-se padrões variados de agentes etiológicos para sepse, com predomínio das bactérias quando o estudo relaciona-se ao ambiente hospitalar, sobretudo, nas UTI. Constitui uma enfermidade tempo-dependente e seu diagnóstico é sugerido por dados clínicos e laboratoriais inespecíficos e confirmado, posteriormente, pelo isolamento do agente etiológico utilizando-se culturas de materiais biológicos. Assim, este estudo teve o objetivo de analisar as características clinico-epidemiológicas da sepse em pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva da FHCGV em Belém-PA. Tratou-se de um estudo de coorte, do tipo retrospectivo envolvendo pacientes que estiveram internados na UTI Geral da Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV) no período de novembro de 2011 a outubro de 2014 diagnosticados com sepse, sepse grave ou choque séptico na admissão ou durante sua permanência na unidade, cuja definição dos casos de sepse foi baseada nas Diretrizes Internacionais para Tratamento da Sepse Grave e Choque Séptico publicadas em 2013. Foram revisados 167 prontuários médicos e coletados dados de interesse para o estudo, dentre os quais 27 pacientes (16,2%) com sepse, 62 (37,1%) com sepse grave e 78 (46,7%) com choque séptico. A mortalidade geral correspondeu a 75,45%. A maioria dos pacientes foi do sexo masculino e com idade acima de 60 anos. A média de permanência na UTI foi de 39 dias e a permanência hospitalar de 63 dias de internação. As variáveis: presença de comorbidades, infecções de origem hospitalar, evolução para o choque séptico, realização de hemodiálise e a idade maior que 60 anos estavam significativamente associadas ao óbito. Evidenciou-se uma elevada mortalidade por sepse, sobretudo entre pacientes que desenvolvem o choque séptico. Assim, a sepse em Belém, não diferentemente do que refere a literatura mundial, é uma das principais causas de morte em UTI, ocasionando elevado impacto econômico e social para o doente e sua família. O desenvolvimento de novos estudos e o estabelecimento de protocolos clínicos, segundo as diretrizes da Campanha Sobrevivendo à Sepse podem aprimorar o atendimento de maneira racional e eficaz, permitindo a identificação antecipada de pacientes com risco de sepse, o que diminuiria o risco de morte associado à evolução para os estágios de sepse grave e choque séptico, e, por conseguinte, garantindo um prognóstico melhor aos sujeitos vitimados pela sepse.
Palavras-chave: sepse, UTI, óbito, fatores de risco.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1795698 - ANDERSON RAIOL RODRIGUES
Interno - 2331683 - DELIA CRISTINA FIGUEIRA AGUIAR
Externo ao Programa - 326297 - MARIA DA CONCEICAO NASCIMENTO PINHEIRO
Presidente - 326298 - TEREZA CRISTINA DE OLIVEIRA CORVELO
Notícia cadastrada em: 08/09/2015 10:55
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