Avaliação da atividade antimalárica in vivo de naftoquinonas isoladas de Eleutherine plicata Herb.
Eleutherine plicata; naftoquinonas; malária
RESUMO
Introdução: O Plasmodium, parasita envolvido na malária, tem se mostrado resistente a maioria dos fármacos disponíveis, tornando-se necessário a busca de alternativas terapêuticas. A resistência do parasita aos medicamentos disponíveis constitui o maior problema no controle da doença. Algumas espécies vegetais têm se mostrado promissoras para o tratamento da malária, destacando-se é a Euletherine plicata, sendo esta atividade atribuída às naftoquinonas. Objetivo: Avaliar a toxicidade e a atividade antimalárica de Eleutherine plicata Herb. Metodologia Para a revisão integrativa da atividade antimalárica de quinonas foram utilizadas diferentes bases de dados. Para a construção dos artigos de desenvolvimento de medicamentos antimaláricos e antileishmania da biodiversidade amazônica, e estresse oxidativo na malária: potencial benefício da suplementação antioxidante foi necessária revisão da literatura, com análise detalhada dos resultados obtidos. Nos estudos de toxicidade, foi avaliado a toxicidade in vitro e in vivo de E. plicata, assim como o envolvimento do estresse na toxicidade e a participação da caspase 8 na morte celular promovida pelas naftoquinonas, em um estudo docking. A atividade antimalárica foi realizada em camundongos Balb/c infectados com P. berghei e tradados com extrato, fração e naftoquinonas (isoeleuterina, eleuterina eleuterol) obtidas de E. plicata. Resultados e discussões: A E. plicata demonstrou que no estudo in vitro a fração de diclorometano é mais tóxica do que a isoleuterina e o extrato. Para avaliação da toxicidade oral aguda e subaguda, os animais não apresentaram alterações clínicas, hematológicas e bioquímicas, sugerindo serem seguras. O extrato, a fração e o eleuterol apresentaram atividade antiplasmódica no 5º dia de infecção, porém apenas a fração de diclorometano (200 mg/Kg) foi ativa no 8º dia de infecção, sendo capaz de reduzir em mais de 30% a parasitemia, promovendo assim maior percentual de sobrevida dos animais. Além disso, foi observado efeito antiinflamatório de E. plicata devido a redução dos níveis de IFN-γ e aumento de IL-10 nos grupos tratados. Conclusões: A E. plicata demonstrou ser uma planta medicinal com baixa toxicidade e parece ser segura. Além disso, a fração de diclorometano apresentou atividade antimalárica e imunomoduladora mais promissora para o desenvolvimento de novos medicamentos antimaláricos.