“Preparação de Organogéis com óleo de açaí (Euterpe olelacea) contendo ácido hialurônico para aplicação antienvelhecimento”.
O envelhecimento pode ser caracterizado pelo conjunto de alterações inevitáveis que ocorrem progressivamenteno organismo ao longo da vida, sendo os radicais livres considerados uma das principais causas do envelhecimento precoce. Objetivo: Neste sentido, objetiva-se realizar o controle de qualidade do óleo de açaí, utilizá-lo para preparar organogel contendo 1% de ácido hialurônico (OG+AH 1%) e analisar suas características físico-químicas e sua toxicidade preliminar, a fim de propor uma formulação antienvelhecimento. Metodologia: Foram analisados os índices de refração, acidez, peróxidos, saponificação, densidade relativa, viscosidade cinemática, FTIR, TG, DSC, estabilidade oxidativa e capacidade antioxidante do óleo de açaí. Enquanto que o organogel sem o ativo (OG) e OG+AH 1% foram analisados pelos ensaios de FTIR, MOLP, tamanho de partícula, potencial zeta, viscosidade aparente, TG, DSC, quantificação do AH, estabilidade acelerada e citotoxicidade. Resultados e discussões: As análises físico-químicas evidenciaram que o óleo de açaí possui a qualidade necessária para compor uma formulação. A formação dos organógeis foi verificada visualmente à temperatura ambiente pelo método de inversão do recipiente; FTIR e MOLP mostraram bandas de absorção e morfologia que identificaram a presença do ativo e formação da rede tridimensional dos organógeis, respectivamente; o tamanho de partícula e potencial zeta demonstraram resultados indicativos da alta permeabilidade dos organógeis pela pele; as formulações apresentaram valores semelhantes de viscosidade aparente; na curva de TG comportamento térmico de alta estabilidade foi elucidado e no DSC foram observados os picos exotérmicos correlacionados a geleificação e reticulação do AH; na quantificação encontrou-se um valor que representa 100% do valor do ativo em OG+AH1%; os dados da estabilidade acelerada mostrou que o OG+AH1% é estável nas temperaturas estudadas; a citotoxicidade demonstrou que a formulação não libera substâncias tóxicas para o meio que possam inviabilizar o crescimento e adesão celular. Conclusões: Assim, conclui-se que a formulação OG+AH1% apresenta propriedades físico-químicas e toxicológicas que contribuem para a proposta de um sistema inovador antienvelhecimento.