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Banca de QUALIFICAÇÃO: ORLANDO FIGUEIREDO NASCIMENTO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ORLANDO FIGUEIREDO NASCIMENTO
DATA: 03/09/2024
HORA: 18:00
LOCAL: Campus de Bragança-PA UFPA
TÍTULO:




O DITONGO NASAL -ÃO NO PORTUGUÊS FALADO POR VAQUEIROS DE SOURE, MARAJÓ, PARÁ.


PALAVRAS-CHAVES:

 

 

 

Ditongo nasal -ão; Marajó dos campos; Vaqueiros. Variação Linguística.


PÁGINAS: 99
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Língua Portuguesa
RESUMO:

Tomando como base conhecimentos do campo fonético, ao mesmo tempo em que estabelece discussões de caráter decolonial e sociolinguístico, essa dissertação procura investigar a realização do ditongo nasal -ão a partir da fala de vaqueiros e pessoas de seu estreito convívio na cidade de Soure, região do Marajó dos Campos, no Pará. No presente estudo, oito pessoas ligadas ao ofício de vaqueiro participaram de entrevistas para verificar se o fenômeno da variante do ditongo nasal -ão para -on ainda estaria em uso entre os membros dessa comunidade linguística. Para a análise dos dados, essa pesquisa procurou verificar como os fatores linguísticos e extralinguísticos influenciam a realização da variante levando em conta fatores linguísticos como extensão do vocábulo, tonicidade, número e classe gramatical assim como fatores extralinguísticos como idade, gênero, escolaridade e convívio com os meios urbano e rural. O trabalho se fez valer de entrevistas que trouxeram narrativas de experiência a partir das orientações de Tarallo (1997) que serviram de base para discutir o fenômeno fonético seguindo as orientações de Mattos e Silva (2006) e Bisol (1998) assim como a perspectiva sociolinguística variacionista presentes em Labov (1972) e Calvet (2002). Para compreendermos a história de ocupação, o surgimento dos vaqueiros e os dilemas sociológicos do Marajó dos Campos, nos remetemos aos trabalhos de Pacheco (2010). Com Mignolo (2017) promovemos discussões sobre decolonialidade, já que este trabalho compreende o Marajó como um espaço que retrata as contradições da América latina. Desse modo, ao selecionarmos pessoas de diferentes faixas etárias, o estudo mostra que a ocorrência da variante ainda sobrevive no falar de vaqueiros e pessoas de seu convívio acima de 50 anos, não estando mais presente nas pessoas mais jovens que tendem a seguir a pronúncia dos centros urbanos e com maior grau de escolaridade. Nesse sentido, esta pesquisa vai ao encontro das perspectivas do Programa de Pós-graduação em Linguagens e Saberes na Amazônia e da linha de pesquisa Língua, Cultura e Tradução aos quais se vincula bem como do PROLIPAM – Projeto Línguas Indígenas e o Português na Amazônia Oriental: contato linguístico, educação e tradução, ao qual está vinculado.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1639552 - TABITA FERNANDES DA SILVA
Interno - 1705980 - SILVIA HELENA BENCHIMOL BARROS
Externo à Instituição - EDNALVO APOSTOLO CAMPOS
Notícia cadastrada em: 02/09/2024 21:55
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