|
Descrição |
|
|
-
DEBORAH MARA COSTA DE OLIVEIRA
-
TRIAGEM DE CINCO ESPÉCIES DE PLANTAS MEDICINAIS USADAS NA AMAZÔNIA ATRAVÉS DA ANALISE DE SECREÇÃO DE HISTAMINA
-
Data: 20/12/2013
-
Mostrar Resumo
-
A Organização Mundial de Saúde recomenda o estudo e o uso de plantas medicinais regionais, como fonte de recursos para diminuir os custos dos programas de saúde pública e ampliar o número de beneficiários, sobretudo em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Na Amazônia, a prática da fitoterapia já é parte integral da cultura tradicional, mas em muitas ocasiões existe uma profunda carência de conhecimento científico sobre o efeito dessas plantas. Portanto se torna essencial o estudo com base científica que justifique ou não a indicação dessas plantas para o tratamento ou prevenção doenças. Nesse contexto, as doenças alérgicas são a segunda maior complicação que afeta significativamente a qualidade de vida da população. Nas alergias, os mastócitos são células efetoras chaves participando através da liberação de diversos mediadores pró-inflamatórios, entre eles a histamina. A estabilização de mastócitos e, portanto a inibição da liberação de histamina seria um fator primordial na prevenção e/ou controle das alergias. Assim o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial antialérgico de 5 espécies oriundas ou adaptadas na Amazônia Connarus perrottetii var. angustifolius (Radlk) (barbatimão do pará), Fridericia chica (Bonpl.) L.G. Lohmann (pariri), Luehea speciosa Willd (açoita cavalo), Morinda citrifolia Linn (noni) e Mansoa alliacea (Lam.) A.H. Gentry (cipó d´alho) através da análise de secreção de histamina. Foi realizada a prospecção fitoquímica de extratos brutos etanólicos a 70% de cada espécie de planta (fruto, folhas e/ou casca) e avaliada a liberação de histamina de mastócitos peritoneais de rato incubados in vitro com diferentes concentrações dos extratos e/ou com agentes secretores (composto 48/80 e ionóforo A23187). O presente trabalho monstra pela primeira vez a ação inibitória dessas cinco plantas medicinais sobre a liberação de histamina. Dentre essas 5 plantas, o extrato que demonstrou um efeito mais potente foi o da casca da Connarus perrottetii var. angustifolius (Radlk). Um estudo mais aprofundado desse extrato revelou uma baixa toxicidade aguda e a ausência de genotoxicidade, o que apoiaria seu uso como planta medicinal. As frações aquosa, hexânica e de acetato de etila desse extrato também apresentaram potente efeito inibitório sobre a liberação induzida de histamina. A análise fitoquímica por cromatografia de camada delgada revelou a presença de taninos condensados, catequinas e flavonoides que poderiam ser os responsáveis por esses potentes efeitos Mediante os resultados obtidos, novas bases científicas são formadas para elucidação das informações etnofarmacológicas de plantas tradicionalmente utilizadas na região amazônica. Assim, a possibilidade de investigar alternativas terapêuticas com estes extratos, contra as afeções alérgicas ou condições em que a secreção de mastócitos seja relevante, pode favorecer sobretudo a populações de baixa renda e que habitam áreas com acesso restrito aos centros de saúde, como muitas vezes ocorre na Amazônia, mas que por outro lado tem acesso direto às plantas medicinais.
|
|
|
-
BRUNA CLAUDIA MEIRELES KHAYAT
-
AVALIAÇÃO DE POLIMORFISMOS DE GENES RELACIONADOS AO METABOLISMO DE XENOBIÓTICOS EM PACIENTES COM FISSURA LABIOPALATINA NO ESTADO DO PARÁ
-
Data: 20/12/2013
-
Mostrar Resumo
-
Fissura lábio palatina ou orofaciais é um dos mais frequentes defeitos congênitos existentes e vários estudos relacionam essa malformação a causas multifatoriais. Entre estas causas estão as ambientais, tais como, hábitos etílicos e tabagistas maternos, assim como o uso de agrotóxico. A resposta do embrião humano a agentes teratogênicos é bem conhecida. Estas respostas podem ser investigadas a partir da análise de polimorfismos em genes metabolizadores de xenobióticos, que podem estar relacionados à etiogênese de fissuras lábio palatinas. O Objetivo do nosso estudo foi analisar polimorfismos em sete genes, PON1 (rs662), PON1 (rs854560), MTHFD1, CYP2E1, EPHX1, ABCB1, AHR, onde uma análise correlativa com fatores ambientais, como exposição a agrotóxicos foi realizada, a fim de avaliar se existe ou não influência das diferentes variantes polimórficas e tais interações ambientais na etiogênese das fissuras lábio palatinas.
O número total de amostras analisadas foi de 166 indivíduos, sendo 83 pacientes acometidos por fissura e 83 mães dos mesmos. Os testes realizados foram, o teste de Regressão Logística Multipla, Qui-quadrado e Teste Exato de Fisher. Com nível de significância a ser considerado será p ≤ 0,05.
Nosso resultado consiste de quatro análises diferentes, para cada polimorfismo. Inicialmente, observamos as diferenças entre as frequências genotípicas encontradas nos acometidos e nas mães destes e aquelas das populações de indivíduos hígidos. Isto visando encontrar diferenças entre estes genótipos que possam justificar a gênese das FLP, frente à exposição das mães, e intrauterinamente, dos filhos ao agrotóxico. Num segundo momento, verificamos se houveram diferenças entre os genótipos maternos e dos acometidos, que pudessem representar diferenças significativas entre estes dois grupos de indivíduos (pois as mães, independentemente da exposição ao agrotóxico, poderiam ter FLP, caso o genótipo fosse de elevada importância) e que possam ter relação com a FLP.Em uma terceira análise, observamos se os genótipos encontrados nos indivíduos que apresentam FLP, estão relacionados à exposição relatada aos agrotóxicos, como fator etiológico destas más formações.Em ultima análise, visamos, por análise de regressão, verificar se a característica genotípica desses alvos de estudo, possa ter influenciado no fenótipo do tipo de fissura, seja somente labial, seja palatal ou labiopalatal.A distribuição dos tipos de fissuras entre os acometidos foi de 12% para fissuras somente labiais, 19% para fissuras somente palatais e 69% das fissuras em nosso grupo amostral atingiam o lábio e o palato.Entres as mães envolvidas no estudo, 25% declarou ter contato cotidianamente com agrotóxicos, incluindo-se o período de gravidez e parto dos indivíduos com FLP.
A distribuição encontradas em nossas amostras, de frequências genotípicas referentes aos polimorfismos das enzimas envolvidas, entre outras coisas, no metabolismo dos agrotóxicos, assim como as frequências populacionais provindas de bancos de dados - HapMap e SNP500Cancer - sobre as variações humanas (NCBI, 2013) ) estão dispostos nas tabelas 3 a 9 contidas no texto.
|
|
|
-
VALNEY MARA GOMES CONDE
-
MODULAÇÃO NITRÉRGICA NA REGULAÇÃO OCITOCINÉRGICA DA SECREÇÃO DO PEPTÍDEO NATRIURÉTICO ATRIAL EM CARDIOMIÓCITOS
-
Data: 18/12/2013
-
Mostrar Resumo
-
CONDE, V. M. G. Modulação Nitrérgica na Regulação Ocitocinérgica da Secreção do Peptídeo Natriurético Atrial em Cardiomiócitos. 2013. 83 f. Tese (Doutorado). Instituto de Ciências Biológicas Universidade Federal do Pará, Belém, 2013.
Historicamente conhecida por suas ações sobre o sistema reprodutor, hoje se sabe que a ocitocina (OT) também pode contribuir para a regulação da homeostase cardiovascular e hidroeletrolítica. A OT é produzida nos núcleos supra-óptico e paraventricular do hipotálamo e liberada para o plasma a partir de terminais neurais da pituitária posterior, no entanto, muitos estudos identificaram locais extra-cerebrais de produção OT, incluindo o coração e o endotélio vascular. A ativação de seus receptores em células endoteliais, bem como em sistemas hipotalâmicos/hipofisários e cardíaco, pode resultar na produção de óxido nítrico (NO). O presente trabalho teve como objetivo verificar o papel do NO na regulação da secreção de peptídeo natriurético atrial (ANP) estimulada por OT em cultura primária de cardiomiócitos de embriões de camundongos. Para tal, corações de embriões de camundongos Balb C, com 19 a 21 dias de vida intra-uterina, foram isolados e cultivados para os ensaios com OT e demais substâncias interferentes na síntese de NO e GMPc seu segundo mensageiro. A adição de concentrações crescentes de OT (0.1, 1, 10 e 100 μM) induziu aumento proporcional na secreção de ANP e nitrato para o meio, confirmando a ação estimuladora da OT em cardiomiócitos. O bloqueio da liberação de ANP estimulada por OT (10 μM) foi observada após adição de Ornitina Vasotocina (CVI-OVT) (100 μM), um antagonista específico de OT. Este antagonista inibiu a secreção basal de ANP, quando adicionado individualmente, sugerindo que a OT pode atuar via mecanismo autócrino, tônico estimulatório sobre a secreção de ANP. Amplificação da secreção de ANP estimulada por OT (10 μM) foi observada após sua associação com L-NAME, um inibidor da sintase de óxido nítrico (NOS) (600 μM), e ODQ (100 μM), um inibidor da guanilato ciclase solúvel, sugerindo a ocorrência de feedback negativo nitrérgico na liberação de ANP estimulada por OT no cardiomiócito. Os resultados obtidos mostraram modulação nitrérgica inibidora sobre a secreção de ANP estimulada por OT.
|
|
|
-
GEANNY PEREIRA DA SILVA
-
ANÁLISE DE ALTERAÇÕES NO NÚMERO DE CÓPIAS ENVOLVENDO OS CROMOSSOMOS 1p E 22 EM MENINGIOMAS DE BAIXO GRAU
-
Data: 13/12/2013
-
Mostrar Resumo
-
Os meningiomas constituem o segundo tipo de tumor primários cerebral mais comum, originando-se nas meninges que revestem o cérebro e a medula espinhal. Possuem crescimento lento, sendo encontrados com maior freqüência no SNC. Na maioria dos casos são benignos, porém há também casos de meningiomas classificados como malignos. No nível citogenético, os meningiomas são os tumores mais bem estudados em humanos, e os resultados demonstraram que as alterações mais frequentes nesse tipo de tumor tem sido a perda de uma cópia do cromossomo 22 e a deleção do braço curto do cromossomo 1. Essas alterações têm sido associadas ao processo de gênese tumoral, por serem características de tumores de baixo grau, principalmente deleções envolvendo o cromossomo 22. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi analisar a recorrência de alterações no número de cópias (CNAs) envolvendo os cromossomos 1p e 22 em meningiomas de grau I e II, além de averiguar a existência de outros rearranjos recorrentes, por meio da análise genômica comparativa de alta resolução (array-CGH). As amostras analisadas foram provenientes de oito pacientes. Todas as amostras apresentaram ganhos e perdas de diversos segmentos cromossômicos. Com exceção de um caso, todos os outros apresentaram em maior ou menor grau mais deleções do que amplificações. A perda de segmentos localizados em 1p foi observada em todas as amostras analisadas. Algumas CNAs apresentaram recorrência em até seis dos oito casos. O cromossomo 22 apresentou CNAs em todas as amostras, mas a monossomia total só foi observada em duas das oito amostras. A análise global de CNAs em todas as amostras demonstrou que, apesar de alterações em 1p e 22 serem as modificações mais observadas, como o esperado, outras regiões genômicas também se apresentaram modificadas em várias amostras, apontando para um possível envolvimento dessas modificações com o processo de tumorigênese e progressão tumoral. Algumas delas, como alterações nos pares 9, 12 e 17, já foram observadas em outros trabalhos e foram correlacionadas com meningiomas atípicos e anaplásicos. Dessa forma, os dados obtidos apontam para a existência de um número maior de alterações genômicas em meningiomas de baixo grau, refutando, em parte, a afirmação de que esses tumores são caracterizados por um pequeno número de alterações quando comparados com tumores de malignidade maior. No entanto, o fato desses tumores apresentarem as alterações que são clássicas dos meningiomas, mesmo os benignos, como as deleções em 1p e em 22q, pode ser um indício de que estas alterações devem estar ligadas com os eventos iniciais destes meningiomas, como já foi sugerido diversas vezes por outros autores. Concluindo, essas alterações permanecem como marcadores importantes em meningiomas, e as relações dessas e outras CNAs com a resposta a diferentes tratamentos e ocorrência de recidivas devem ser o próximo passo após a caracterização citogenômica baseada em array-CGH.
|
|
|
-
GEANNY PEREIRA DA SILVA
-
ANÁLISE DE ALTERAÇÕES NO NÚMERO DE CÓPIAS ENVOLVENDO OS CROMOSSOMOS 1p E 22 EM MENINGIOMAS DE BAIXO GRAU
-
Data: 13/12/2013
-
Mostrar Resumo
-
Os meningiomas constituem o segundo tipo de tumor primários cerebral mais comum, originando-se nas meninges que revestem o cérebro e a medula espinhal. Possuem crescimento lento, sendo encontrados com maior freqüência no SNC. Na maioria dos casos são benignos, porém há também casos de meningiomas classificados como malignos. No nível citogenético, os meningiomas são os tumores mais bem estudados em humanos, e os resultados demonstraram que as alterações mais frequentes nesse tipo de tumor tem sido a perda de uma cópia do cromossomo 22 e a deleção do braço curto do cromossomo 1. Essas alterações têm sido associadas ao processo de gênese tumoral, por serem características de tumores de baixo grau, principalmente deleções envolvendo o cromossomo 22. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi analisar a recorrência de alterações no número de cópias (CNAs) envolvendo os cromossomos 1p e 22 em meningiomas de grau I e II, além de averiguar a existência de outros rearranjos recorrentes, por meio da análise genômica comparativa de alta resolução (array-CGH). As amostras analisadas foram provenientes de oito pacientes. Todas as amostras apresentaram ganhos e perdas de diversos segmentos cromossômicos. Com exceção de um caso, todos os outros apresentaram em maior ou menor grau mais deleções do que amplificações. A perda de segmentos localizados em 1p foi observada em todas as amostras analisadas. Algumas CNAs apresentaram recorrência em até seis dos oito casos. O cromossomo 22 apresentou CNAs em todas as amostras, mas a monossomia total só foi observada em duas das oito amostras. A análise global de CNAs em todas as amostras demonstrou que, apesar de alterações em 1p e 22 serem as modificações mais observadas, como o esperado, outras regiões genômicas também se apresentaram modificadas em várias amostras, apontando para um possível envolvimento dessas modificações com o processo de tumorigênese e progressão tumoral. Algumas delas, como alterações nos pares 9, 12 e 17, já foram observadas em outros trabalhos e foram correlacionadas com meningiomas atípicos e anaplásicos. Dessa forma, os dados obtidos apontam para a existência de um número maior de alterações genômicas em meningiomas de baixo grau, refutando, em parte, a afirmação de que esses tumores são caracterizados por um pequeno número de alterações quando comparados com tumores de malignidade maior. No entanto, o fato desses tumores apresentarem as alterações que são clássicas dos meningiomas, mesmo os benignos, como as deleções em 1p e em 22q, pode ser um indício de que estas alterações devem estar ligadas com os eventos iniciais destes meningiomas, como já foi sugerido diversas vezes por outros autores. Concluindo, essas alterações permanecem como marcadores importantes em meningiomas, e as relações dessas e outras CNAs com a resposta a diferentes tratamentos e ocorrência de recidivas devem ser o próximo passo após a caracterização citogenômica baseada em array-CGH.
|
|
|
-
LAYZA COSTA RIBEIRO
-
INVESTIGAÇÃO DO EFEITO ICTIOTÓXICO DO EXTRATO
ETANÓLICO DA RAÍZ DE SPILANTHES ACMELLA (JAMBÚ) EM
ZEBRAFISH ATRAVÉS DA ANÁLISE ELETROFISIOLÓGICA E
COMPORTAMENTAL.
-
Data: 09/12/2013
-
Mostrar Resumo
-
Dentre as várias espécies de plantas medicinais, encontra-se a espécie Spilanthes acmella,
conhecida popularmente como jambú que se destaca por apresentar inúmeras aplicações na
área da medicina popular. A medicina tradicional recomenda suas folhas e flores na
elaboração de infusões no tratamento de anemia, dispepsia, malária, afecções da boca (dor de
dente) e da garganta, contra escorbuto e também como antibiótico e anestésico. Sendo seus
principais efeitos atribuídos ao espilantol, que é um representante importante das substâncias
presentes nessas plantas. Alguns estudos já foram realizados utilizando o espilantol,
possibilitando algumas informações da ação dessa substância, como seu efeito e
imunomodulador devido sua interação funcional com monócitos, granulócitos e células
killers. Porém, ainda não existem estudos eletrofisiológicos acerca de sua ação ictiotóxica,
utilizando, por exemplo, o eletroencefalograma para demonstrar sua ação ao nível de Sistema
Nervoso Central ou eletromiograma para verificar a ocorrência de sua ação a nível muscular
no Zebrafish, evocando a necessidade dessa pesquisa a respeito do assunto. Com base nisso, o
presente trabalho objetivou investigar a ação ictiotóxica do extrato etanólico da raiz de
Spilanthes acmella em Zebrafish através da análise eletrofisiológica e comportamental. Os
resultados mostraram que o extrato etanólico de Spilanthes acmella é um potente indutor de
excitabilidade central no zebrafish, sendo isso constatado a partir das mudanças de padrões de
atividade elétrica vistas no eletroencefalograma do animal submetido à droga e através do
aumento da atividade encefálica visto no espectograma. O extrato também causou alterações,
em menor escala, nos traçados eletromiográficos do zebrafish submetido à mesma
concentração da droga, com aparecimento de contrações musculares esparsas e de mioclonias
breves. Eos achados comportamentais, a partir da delimitação de três estágios de
comportamentos, os quais se iniciaram com o aumento da excitabilidade do animal e
culminam com a convulsão e morte do peixe, serviram para corroborar com os achados
eletrofisiológicos de que o extrato etanólico de Spilanthes acmellaatua como potente droga
com ação no sistema nervoso do zebrafish, com atividade convulsivante
|
|
|
-
VLADIMIR DE AQUINO SILVEIRA
-
ENTROPIA CONJUNTA DE ESPAÇO E FREQÜÊNCIA ESPACIAL ESTIMADA
ATRAVÉS DA DISCRIMINAÇÃO DE ESTÍMULOS ESPACIAIS COM
LUMINÂNCIA E CROMATICIDADE MODULADAS POR FUNÇÕES DE
GÁBOR: IMPLICAÇÕES PARA O PROCESSAMENTO PARALELO DE
INFORMAÇÃO NO SISTEMA VISUAL HUMANO
-
Data: 06/12/2013
-
Mostrar Resumo
-
O objetivo deste estudo foi estimar a entropia conjunta do sistema visual humano
no domínio do espaço e no domínio das freqüências espaciais através de funções
psicométricas. Estas foram obtidas com testes de discriminação de estímulos com
luminância ou cromaticidade moduladas por funções de Gábor. A essência do método
consistiu em avaliar a entropia no domínio do espaço, testando-se a capacidade do sujeito
em discriminar estímulos que diferiam apenas em extensão espacial, e avaliar a entropia no
domínio das freqüências espaciais, testando-se a capacidade do sujeito em discriminar
estímulos que diferiam apenas em freqüência espacial. A entropia conjunta foi calculada,
então, a partir desses dois valores individuais de entropia. Três condições visuais foram
estudadas: acromática, cromática sem correção fina para eqüiluminância e cromática com
correção para eqüiluminância através de fotometria com flicker heterocromático. Quatro
sujeitos foram testados nas três condições, dois sujeitos adicionais foram testados na
condição cromática sem eqüiluminância fina e um sétimo sujeito também fez o teste
acromático. Todos os sujeitos foram examinados por oftalmologista e considerados
normais do ponto de vista oftálmico, não apresentando relato, sintomas ou sinais de
disfunções visuais ou de moléstias potencialmente capazes de afetar o sistema visual. Eles
tinham acuidade visual normal ou corrigida de no mínimo 20/30. O trabalho foi aprovado
pela Comissão de Ética em Pesquisa do Núcleo de Medicina Tropical da UFPA e obedeceu
às recomendações da Declaração de Helsinki. As funções de Gábor usadas para modulação
de luminância ou cromaticidade compreenderam redes senoidais unidimensionais
horizontais, moduladas na direção vertical, dentro de envelopes gaussianos bidimensionais
cuja extensão espacial era medida pelo desvio padrão da gaussiana. Os estímulos foram
gerados usando-se uma rotina escrita em Pascal num ambiente Delphi 7 Enterprise. Foi
utilizado um microcomputador Dell Precision 390 Workstation e um gerador de estímulos
viii
CRS VSG ViSaGe para exibir os estímulos num CRT de 20, 800 x 600 pixels, 120 Hz,
padrão RGB, Mitsubishi Diamond Pro 2070SB. Nos experimentos acromáticos, os
estímulos foram gerados pela modulação de luminância de uma cor branca correspondente
à cromaticidade CIE1931 (x = 0,270; y = 0,280) ou CIE1976 (u = 0,186; v= 0,433) e
tinha luminância média de 44,5 cd/m2. Nos experimentos cromáticos, a luminância média
foi mantida em 15 cd/m2 e foram usadas duas series de estímulos verde-vermelhos. Os
estímulos de uma série foram formados por duas cromaticidades definidas no eixo M-L do
Espaço de Cores DKL (CIE1976: verde, u=0,131, v=0,380; vermelho, u=0,216,
v=0,371). Os estímulos da outra série foram formados por duas cromaticidades definidas
ao longo de um eixo horizontal verde-vermelho definido no Espaço de Cores CIE1976
(verde, u=0,150, v=0,480; vermelho, u=0,255, v=0,480). Os estímulos de referência
eram compostos por redes de três freqüências espaciais diferentes (0,4, 2 e 10 ciclos por
grau) e envelope gaussiano com desvio padrão de 1 grau. Os estímulos de testes eram
compostos por uma entre 19 freqüências espaciais diferentes em torno da freqüência
espacial de referência e um entre 21 envelopes gaussianos diferentes com desvio padrão
em torno de 1 grau. Na condição acromática, foram estudados quatro níveis de contraste de
Michelson: 2%, 5%, 10% e 100%. Nas duas condições cromáticas foi usado o nível mais
alto de contraste agregado de cones permitidos pelo gamut do monitor, 17%. O
experimento consistiu numa escolha forçada de dois intervalos, cujo procedimento de
testagem compreendeu a seguinte seqüência: i) apresentação de um estímulo de referência
por 1 s; ii) substituição do estímulo de referência por um fundo eqüiluminante de mesma
cromaticidade por 1 s; iii) apresentação do estímulo de teste também por 1 s, diferindo em
relação ao estímulo de referência seja em freqüência espacial, seja em extensão espacial,
com um estímulo sonoro sinalizando ao sujeito que era necessário responder se o estímulo
de teste era igual ou diferente do estímulo de referência; iv) substituição do estímulo de
ix
teste pelo fundo. A extensão espacial ou a freqüência espacial do estímulo de teste foi
mudada aleatoriamente de tentativa para tentativa usando o método dos estímulos
constantes. Numa série de 300 tentativas, a freqüencia espacial foi variada, noutra série
também de 300 tentativas, a extensão expacial foi variada, sendo que cada estímulo de
teste em cada série foi apresentado pelo menos 10 vezes. A resposta do indivíduo em cada
tentativa era guardada como correta ou errada para posterior construção das curvas
psicométricas. Os pontos experimentais das funções psicométricas para espaço e
freqüência espacial em cada nível de contraste, correspondentes aos percentuais de acertos,
foram ajustados com funções gaussianas usando-se o método dos mínimos quadrados. Para
cada nível de contraste, as entropias para espaço e freqüência espacial foram estimadas
pelos desvios padrões dessas funções gaussianas e a entropia conjunta foi obtida
multiplicando-se a raiz quadrada da entropia para espaço pela entropia para freqüência
espacial. Os valores de entropia conjunta foram comparados com o mínimo teórico para
sistemas lineares, 1/4π ou 0,0796. Para freqüências espaciais baixas e intermediárias, a
entropia conjunta atingiu níveis abaixo do mínimo teórico em contrastes altos, sugerindo
interações não lineares entre dois ou mais mecanismos visuais. Este fenômeno occorreu em
todas as condições (acromática, cromática e cromática eqüiluminante) e foi mais acentuado
para a frequência espacial de 0,4 ciclos / grau. Uma possível explicação para este
fenômeno é a interação não linear entre as vias visuais retino-genículo-estriadas, tais como
as vias K, M e P, na área visual primária ou em níveis mais altos de processamento neural.
|
|
|
-
FLAVIA MOURA GAIA FARIAS
-
AVALIAÇÃO DO MÉTODO DE FOTOOXIDAÇÃO DO DiI POR DIODO
EMISSOR DE LUZ (LED): ASPECTOS MORFOLÓGICOS DE CÉLULAS
HORIZONTAIS DA RETINA HUMANA
Belém
-
Data: 25/11/2013
-
Mostrar Resumo
-
A análise da morfologia celular é um aspecto crucial da neurobiologia, pois a
relação entre forma e função pode definir os processos fisiológicos na saúde e na
doença. Um dos principais métodos para avaliar a morfologia celular é por meio da
fotooxidação de marcadores fluorescentes intracelulares, dentre os quais se tem o
percloreto de 1,1-dioctadecil-3,3,3,3-tetrametil-indocarbocianina (DiI), uma
carbocianina lipofílica que pode marcar células vivas ou fixadas. O DiI foi escolhido
para este trabalho devido, dentre outros fatores, à sua importante utilização para
estudos de morfologia celular. Como modelo para avaliar a qualidade da fotooxidação
do aparelho construído para essa finalidade, elegeu-se as células horizontais da retina
humana com o intuito de prosseguir com estudo morfométrico posterior dessas
células, tendo em vista a escassez de trabalhos com essa abordagem em retina
humana. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade do método de
fotooxidação do DiI através de LED e utilizando como modelo células horizontais da
retina humana. O material foi obtido do Banco de Olhos do Hospital Ophir Loyola e,
em sequência dissecado, marcado com cristais de DiI e fotooxidado com o aparelho
de LED. As imagens que resultaram do novo método de iluminação para fotooxidação
de traçador fluorescente apresentou elevada qualidade de detalhes da morfologia
neuronal, similares aos resultados obtidos em reações de fotoconversão convencional
com microscópio, o que permite concluir que o aparelho mantém a eficiência da
fotooxidação por revelar detalhes finos da morfologia celular, inclusive com as
vantagens de processar áreas maiores de tecido e considerável redução de custo por
dispensar o emprego de microscópio para o processo.
|
|
|
-
ADRIANA DI PAULA LEOPOLDINO SAAVEDRA
-
MAPEAMENTO DE REGIÕES DE ATIVAÇÃO CEREBRAL DURANTE TAREFAS DEGLUTÓRIAS POR IMAGENS DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA FUNCIONAL
-
Data: 25/11/2013
-
Mostrar Resumo
-
A deglutição é um processo fisiológico complexo que acontece por uma sequência motora automática, regulada por um complicado mecanismo neuromotor e neuromuscular que é iniciado de maneira consciente e é resultado da integridade anatômica e funcional de diversas estruturas faciais. É de extrema importância para a nutrição do organismo como um todo. Um dos maiores desafios no campo das ciências é identificar os substratos neurais de comportamentos fisiológicos, incluindo esse processo de deglutição. O desenvolvimento da tecnologia em neuroimagem funcional nos últimos anos está provocando um rápido avanço no conhecimento de funções cerebrais, o que resultou numa explosão de novos achados em neurociência.
OBJETIVO: Mapear as regiões de ativação cerebral durante o fenômeno da deglutição por meio do exame de ressonância magnética funcional.
MÉTODO: Participaram do estudo quatro indivíduos do sexo feminino, com idade entre 18 e 30 anos, sem alterações neurológicas, estruturais e alimentares. Após a aprovação da Instituição (Clínica Lobo), do Comité de Ética e Pesquisa do Instituto de Ciências da Saúde (ICS) e a aprovação escrita de cada paciente através do termo de consentimento livre e esclarecido, foram submetidos a quatro provas deglutórias, utilizando a técnica de ressonância magnética funcional.
RESULTADOS: Foi possível a determinação da ativação dos hemisférios cerebrais e cerebelares e as especificas áreas que os compõem. Mesmo com uma amostragem pequena, os resultados das análises individuais mostraram padrões de acordo com a literatura, conjuntamente com dados novos.
DISCUSSÃO: O cerebelo é responsável pela coordenação da ação motora e manutenção da harmonia dos movimentos, posição e equilíbrio do bolo alimentar; o bolbo raquidiano juntamente com o tronco cerebral constitui o centro de atividades reflexas que controla funções ou respostas orgânicas automáticas como a deglutição; o mesencéfalo é a parte do encéfalo que coordena a informação visual; o tálamo encaminha quase todo o tipo de informação sensorial para as zonas específicas do córtex cerebral; o hipotálamo, importante na experimentação das sensações de prazer, regula as funções homeostáticas do corpo, gustação, olfação, salivação, interagindo com o sistema nervoso autônomo e o sistema límbico está ligado ao controle e direção das reações emocionais, sob a ação da amígdala, no processamento de odores e no armazenamento de conteúdos da memória, aqui através do hipocampo.
CONCLUSÃO: O ato de deglutir é um processo complexo, ativando muitas áreas cerebrais, dentre elas podemos destacar a gustativa, mental/visual e a olfativa e que é iniciado muito antes dos processos mecânicos envolvidos, conforme demonstrado pelas áreas corticais e subcorticais ativadas. A área olfativa foi a mais notadamente destacada nas imagens colhidas pela Rmf.
|
|
|
-
CARLOS SANTOS FILHO
-
MEMÓRIA ESPACIAL E MORFOMETRIA TRIDIMENSIONAL DA MICRÓGLIA
DE CA1 E DO GIRO DENTEADO DO Cebus apella.
-
Data: 25/10/2013
-
Mostrar Resumo
-
O presente trabalho tem o intuito de Investigar possíveis correlações entre a
morfologia da micróglia do hipocampo e giro denteado e o desempenho cognitivo
individual em teste de memória espacial no Cebus apella. Devido ao bom
desempenho do Cebus apella em tarefas cognitivas hipocampo-dependentes,
utilizou-se testes selecionados da Bateria Cambridge de Testes Neuropsicológicos
(CANTAB) utilizada previamente com sucesso tanto em primatas do Velho Mundo
quanto em humanos. Empregou-se o teste motor de adaptação a tela para checar
a adaptação dos indivíduos à tela sensível ao toque e o teste de aprendizado
pareado (TAP) para avaliar aprendizado e memória espacial. Para o estudo da
correlação entre o desempenho individual no TAP da bateria CANTAB e a
morfologia da micróglia, foi necessário reconstruir e analisar parâmetros
morfométricos selecionados a partir de micróglias reconstruídas dos terços médio
e externo da camada molecular do giro denteado e do lacunosum molecular de
CA1, empregando microscopia tridimensional. A definição dos limites da formação
hipocampal foi feita empregando-se critérios arquitetônicos previamente definidos.
Para imunomarcação seletiva de micróglias foi utilizado o anticorpo policlonal
(anti-Iba1) dirigido contra a proteína adaptadora ligante de cálcio ionizado Iba-1. A
partir de procedimentos de estatística multivariada identificou-se a ocorrência de
agrupamentos microgliais baseados em parâmetros morfométricos que permitiram
a distinção de pelo menos dois grandes grupos microgliais em todos os indivíduos.
Os resultados comportamentais expressos em taxa de aprendizado e alguns dos
parâmetros morfométricos da micróglia dos terços externo e médio da camada
molecular do giro denteado revelaram significativas correlações, lineares e não
lineares. Em contraste, nenhuma correlação dessa natureza foi encontrada no
lacunosum molecular de CA1. Nós sugerimos baseado no presente e em
trabalhos anteriores que a correlação entre desempenho cognitivo e a
complexidade estrutural da glia não é um atributo exclusivo dos astrócitos e que a
morfologia da micróglia da camada molecular do giro denteado pode estar
associada ainda que de forma indireta ao desempenho individual em testes de
memória espacial.
|
|
|
-
MARCELLA MERGULHAO TAGLIARINI
-
Aplicação de Pintura Cromossômica em
Espécies da Família Accipitridae (Aves,
Falconiformes): Considerações Filogenéticas e
Evolutivas
-
Data: 18/10/2013
-
Mostrar Resumo
-
As análises citogenéticas de diversos Falconiformes mostraram que os
acipitrídeos têm uma organização cromossômica atípica na classe Aves, com
um número diplóide relativamente baixo (média de 2n= 66) e poucos pares de
microcromossomos (4 a 6 pares). Propostas baseadas em citogenética clássica
sugeriram que esse fato devia-se à fusão de microcromossomos presentes no
cariótipo ancestral das Aves. No intuito de contribuir para o esclarecimento das
questões referentes à evolução cromossômica e filogenética dessa família, três
espécies da subfamília Buteoninae (Rupornis magnirostris, Buteogallus
meridionales e Asturina nitida) e duas espécies da subfamília Harpiinae (Harpia
harpyja e Morphnus guianensis) foram analisados citogeneticamente através
da aplicação de técnicas de citogenética clássica e molecular. As espécies de
Buteoninae apresentaram cariótipos muito semelhantes, com número diplóide
igual a 68; o número de cromossomos de dois braços entre 17 e 21, o
cromossomo Z submetacêntrico e o W metacêntrico em R. magnirostris e
submetacêntrico em Asturina nitida. O uso de sondas de 18/28S rDNA mostrou
a localização de regiões organizadoras de nucléolo em um par submetacêntrico
médio nas três espécies, correspondendo ao braço curto do par 7. Sequências
teloméricas foram mapeadas não só na região terminal dos braços, mas
também em algumas posições intersticiais. Sondas de cromossomo inteiro
derivadas dos pares 1 a 10 de Gallus gallus (GGA) produziram o mesmo
número de sinais nessas três espécies. A disponibilidade das sondas de
cromossomos totais derivadas de Leucopternis albicollis confirmou a existência
de uma assinatura citogenética comum para as espécies de Buteoninae
analisadas por FISH, que se trata da associação entre GGA1p e GGA6,
inclusive com um sítio de sequência telomérica intersticial reforçando esse fato.
As espécies de Harpiinae analisadas mostraram que o número diplóide das
espécies de H. harpyja e M. guianensis foi igual a 58 e 54, respectivamente, e
que ambas as espécies apresentam vinte e dois pares de cromossomos de
dois braços, mesmo Harpia apresentando dois pares a mais. 18/28S rDNA
produziram sinais no braço curto do par 1 em M. guianensis e em dois pares
em H. harpyja (pares 6 e 25). Sequências teloméricas intersticiais também
foram observadas em alguns pares. Apesar da similaridade na morfologia
cromossômica, não foram observadas associações compartilhadas por essas
duas espécies. As diferentes associações observadas em Morphnus e Harpia
mostram que essas espécies sofreram uma reorganização genômica
expressiva após sua separação em linhagens independentes. Além disso,
ausência de associações semelhantes sugere que houve fissões nos
macrocromossomos do ancestral em comum desse grupo, e as fusões foram
subsequentes ao seu isolamento como linhagens diferentes. Os resultados
aqui apresentados, somados àqueles publicados anteriormente com outras
espécies de Accipitridae indicam que os processos de fissões envolvendo os
macrocromossomos de GGA e fusões entre esses segmentos e entre esses e
microcromossomos são rearranjos recorrentes nesse grupo. Apesar dos
Falconidae também apresentarem cariótipos atípicos, e números diploides
baixos, os dados globais da citogenética de Accipitridae indicam que, assim
como postulado para as semelhanças morfológicas entre esses dois grupos, os
cariótipos rearranjados corresponderiam a homoplasias, do ponto de vista
evolutivo, apoiando que essas duas famílias não formam um grupo
monofilético.
|
|
|
-
KARLA CAROLINE MARQUES DE OLIVEIRA
-
PAPEL DO ÓXIDO NÍTRICO NA INFECÇÃO MALÁRICA
POR P. gallinaceum
-
Data: 08/10/2013
-
Mostrar Resumo
-
Malária é uma das mais incidentes doenças infecciosas do mundo. Na Amazônia existem muitos casos de malária causados principalmente por duas espécies de protozoários, o Plasmodium vivax e o Plasmodium falciparum, sendo este último responsável pela maioria dos casos de malária grave, que geralmente levam a morte devido ao acometimento de múltiplos órgãos, como o cérebro. Um dos mediadores químicos amplamente estudados nessa patogênese é o Óxido Nítrico (NO), o qual apresenta papel controverso. Atualmente duas hipóteses principais são apontadas como potencializadoras na patogênese. Uma, que a MC é causa da superprodução de NO, produzido pela Óxido Nítrico Sintase Neuronal (nNOS), após um quadro de hipóxia. Outra, diz que a MC é a causa da resposta exacerbada do sistema imunológico com produção de NO pela Óxido Nítrico Sintase Induzida (iNOS), presente nos macrófagos quando ativados pro determinantes antigênicos. Devido grande relevância da doença e dificuldade em enteder a patologia, modelos experimentais têm sido estabelecidos com a finalidade de esclarecer vias potenciais da evolução para MC, dentre eles o modelo de malária aviária causada pelo Plasmodium gallinaceum. Pouco se sabe sobre o seu papel do NO em modelos de malária aviária, principalmente devido inexistência de marcadores específicos para avaliar expressão das enzimas de síntese. Diante disso é importante estabelecer protocolos de purificação da iNOS de galinhas para a produção de um possível marcador. Para tanto se faz necessário investigar o papel do NO durante a malária aviária, em modelo experimental in vivo e in vitro, com linhagens de macrófagos de galinha HD11. Animais infectados com P. gallinaceum tratados com aminoguanidina (AG), um inibidor da produção de NO, tiveram maior sobrevida, além de menores níveis de nitrito no plasma e em macrófagos derivados de monócitos do sangue periférico, sugerindo a inibição da iNOS. Nos experimentos in vitro, células HD11 tratadas com LPS mostraram produção aumentada de NO, inferindo aumento na expressão e atividade da iNOS. Na separação proteica, observamos padrões diferentes que podem ser associados a uma elevada expressão da iNOS nos macrófagos ativados com LPS. Esse estudo proporcionará o melhor entendimento do modelo de malária aviária em galinhas, incluindo a cerebral, e envolvimento do sistema nitrérgico em galinhas infectadas com P. gallinaceum.
|
|
|
-
NATALIE CHAVES FERREIRA
-
ESTUDO MORFOLÓGICO E IMUNOLÓGICO DA ENCEFALITE
INDUZIDA PELO VÍRUS JURUAÇÁ EM MODELO MURINO
-
Data: 08/10/2013
-
Mostrar Resumo
-
Muitos estudos têm sido realizados para o entendimento da neuropatogênese das
encefalites virais a partir de trabalhos experimentais, porém, nenhum estudo experimental foi
dedicado à compreensão da neuropatogênese de membros da família Picornaviridae isolados
de morcegos na região amazônica. O vírus Juruaçá, um desses agentes, parcialmente
caracterizado como membro da família Picornaviridae por Araújo e colaboradores (2006),
causou lesões no encéfalo de camundongos neonatos com presença de gliose reativa, apesar
de não provocar efeito citopático (ECP) em cultivos primários de células do sistema nervoso
central (SNC), sugerindo que este agente viral seja responsável pela morte dos animais devido
a uma intensa resposta imune. O objetivo desse trabalho foi investigar a resposta imune no
SNC e alterações celulares causadas pelo vírus Juruaçá em camundongos albinos da linhagem
BALB/c neonatos a partir de análises histopatológicas, de ativação microglial e da expressão
de citocinas, óxido nítrico (NO) e espécies reativas de oxigênio (ROS). Para tanto, foram
realizados processamento de amostras para histopatologia, ensaios imunoenzimáticos,
imunohistoquímicos e de imunofluorescência, além de testes para quantificação de NO e ROS
e análises estatísticas. Nossos resultados demonstraram que o vírus Juruaçá induz lesões por
todo o encéfalo, com maior intensidade no parênquima cortical. Os testes imunohistoquímicos
demonstraram a presença de antígenos virais e de micróglias reativas distribuídos por todo o
encéfalo e região anterior da medula espinhal. Micróglias com aspecto ameboide,
demonstrando intensa ativação, foram observadas principalmente no córtex cerebral, bulbo
olfatório, núcleo olfatório anterior, prosencéfalo e diencéfalo próximo ao ventrículo lateral. A
produção das citocinas anti-inflamatórias (IL-10, IL-4) diminuiu ao longo do tempo, enquanto
que as pró-inflamatórias (IL-12, IL-6, IL-1β, TNF-α, IFN-γ) aumentaram significativamente a
partir do 8º dia. Os ensaios para detecção de ROS demonstraram grande produção de radicais
superóxido desde o 4º dia, já a produção de NO foi sempre menor nos animais infectados.
Provavelmente, a ativação das células gliais, principalmente micróglias, e consequente
produção de citocinas pró-inflamatórias e ROS promoveram uma ação devastadora sobre as
células do SNC, que coincide com a intensificação dos sinais clínicos. Diante do exposto,
ficou evidente que os nossos resultados indicam que o vírus Juruaçá é responsável por uma
doença de cunho inflamatório que leva a óbito 100% de camundongos neonatos infectados.
|
|
|
-
ALESSANDRO DOS SANTOS PIN
-
INFLUÊNCIA DA FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR
PROPRIOCEPTIVA NA ALTERAÇÃO DA FIBRA DO MÚSCULO
RECTUS FEMORIS VISTA ATRAVÉS DA ELETROMIOGRAFIA DE
SUPERFÍCIE E DINAMOMETRIA ANALÓGICA
-
Data: 23/09/2013
-
Mostrar Resumo
-
A Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva FNP é uma
técnica que cada vez mais vem sendo utilizada no treinamento muscular de
pessoas saudáveis e atletas. Pesquisas vêm mostrando que exercícios de
resistência, dentre eles a FNP, são capazes de converter o tipo das fibras
musculares treinadas. Esta pesquisa teve como objetivo verificar a eficiência da
FNP no acréscimo de força muscular e verificar por métodos não invasivos se
haveria indicativo de conversão de tipo de fibra muscular após o treinamento.
Um grupo amostral de 22 jovens, universitárias do sexo feminino com idade
entre 18 e 25 anos e fisicamente ativas, foi dividido em: grupo controle (GC
n=10) e grupo experimental (GE n=12). Foram inicialmente mensurados: I -
força da Contração Voluntária Máxima - CVM do músculo quadríceps por
dinamometria analógica e root mean square - RMS e II - área de ativação
muscular por eletromiografia de superfície (EMG) de todos os sujeitos. Após a
primeira coleta de dados o GE realizou treinamento baseado na FNP no
membro inferior dominante por 15 sessões em 5 semanas. Ao final, nova
mensuração foi feita em todos. Quanto à força muscular, houve acréscimo em
ambos os grupos, significativa no GC (p<0,01) e no GE (p<0,05); para RMS e
tempo de CVM, houve aumento não significativo no GE, mas a interação Vxt
aumentou significativamente para este grupo. Os resultados corroboram a
literatura ao mostrar que músculos com predomínio de fibras resistentes (fibras
I/ II A) possuem maior tempo de contração com mais ativação elétrica e de que
a FNP é capaz fibras tipo II B para II A. Concluiu-se que para a amostra
estudada o treinamento foi eficiente no acréscimo de força muscular e os
dados EMG apresentados mostram fortes evidências da conversão das fibras
do músculo treinado.
|
|
|
-
CRISTOVAM GUERREIRO DINIZ
-
ENSAIOS ESTEREOLÓGICOS E MORFOLOGIA TRIDIMENSIONAL NA
FORMAÇÃO HIPOCAMPAL DE AVES MIGRATÓRIAS MARINHAS: Análise
quantitativa da imunomarcação seletiva de neurônios e micróglia em Calidris
pusilla e Actitis macularia.
-
Data: 14/08/2013
-
Mostrar Resumo
-
É objetivo do presente trabalho implantar como modelos para estudo da formação hipocampal das aves migratórias as espécies de maçarico Calidris pusilla e Actitis macularia que abandonam as regiões geladas do Canadá, fugindo do inverno, em direção à costa da América do Sul e do Caribe onde permanecem até a primavera quando então retornam ao hemisfério norte. Mais especificamente pretende-se descrever a organização morfológica qualitativa e quantitativa da formação hipocampal, empregando citoarquitetonia com cresil violeta e imunomarcação para neurônios e células da glia, sucedidas por estimativas estereológicas do número total de células identificadas com marcadores seletivos para aquelas células, assim como comparar a morfologia tridimensional da micróglia das aves com a dos mamíferos. As coletas de campo para a caracterização da formação hipocampal do Calidris pusilla e Actitis macularia em seus aspectos morfológicos foram feitas no Brasil na Ilha Canelas (0°47'21.95"S e 46°43'7.34"W) na Costa da Região Nordeste do Pará no município de Bragança, e no Canadá, na Baia de Fundy perto de Johnson's Mills na cidade de New Brunswick (45°50'19.3" N 64°31'5.39" W).
A definição dos limites da formação hipocampal foi feita empregando-se as técnicas de Nissl e de imunomarcação para NeuN. Para a definição dos objetos de interesse das estimativas estereológicas e das reconstruções tridimensionais empregou-se imunomarcação com anticorpo anti-NeuN para neurônios e anti-IBA-1 para micróglia. As estimativas estereológicas revelaram em média número similar de neurônios nas duas espécies enquanto que no hipocampo de Actitis macularia observou-se número de micróglias 37% maior do que no de Calidris pusilla. Além disso, encontrou-se que em média o volume da formação hipocampal do Actitis macularia é 38% maior do que o encontrado em Calidris pusilla.
Os estudos comparativos da morfologia microglial das duas espécies de aves com a dos mamíferos Rattus novergicus e Cebus apella revelaram diferenças morfológicas significantes que indicam que as micróglias das aves mostram em média, menor complexidade (dimensão fractal), tem diâmetros e perímetros de soma menores e possuem ramos mais finos do que aquelas do rato e do macaco.
|
|
|
-
IGOR PATRIK RAMOS NEGRÃO
-
ANÁLISE CITOGENÉTICA COMO BIOINDICADOR PARA PACIENTES COM DIAGNÓSTICO SUGESTIVO DE ALZHEIMER
-
Data: 02/08/2013
-
Mostrar Resumo
-
A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa que provoca morte neuronal e consequente perda progressiva das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho, interferindo na relação social e no comportamento do paciente. Entre as doenças causadoras de demência, a DA é a mais incidente que as de cunho vascular, numa proporção de 4:1, respectivamente. Além das terapias farmacológicas, os métodos diagnósticos auxiliam na identificação precoce da doença auxiliando o tratamento prévio, assim diminuído a progressão da doença. Atualmente estudos citogenéticos vêm demonstrando alterações cromossômicas em portadoras da DA e podem auxiliar no diagnósticos da doença. O objetivo desse trabalho foi verificar o potencial da análise cariotípica de linfócitos do sangue periférico como bioindicador diagnostico da doença de Alzheimer. Para a realização deste trabalho, utilizamos dois grupos de mulheres com 65 anos ou mais, sendo um grupo com (10) portadoras de DA e outro grupo (10) normais. Cada indivíduo foi submetida ao questionário socioeconômico, teste de rastreio cognitivo (MEEM) e à coleta de sangue venoso para cultura de linfócitos e análise cromossômica. Nossos resultados demonstram que o grupo de mulheres portadoras da DA apresentaram elevada taxa de monossomia e trissomia em relação às mulheres normais. Através de estudo de anamnese via questionário, verificamos o estilo de vida de ambos os grupos. Quando comparado a relação das alterações cromossômicas com o nível cognitivo do grupo DA, nós evidenciamos uma tendência inversamente proporcional entre o número de monossomia/trissomia e o desempenho cognitivo. Outro aspecto de nossas análises foi o papel de cada cromossomo ligado à DA. Os cromossomos 1, 14 e 21 não apresentaram trissomia e na verificação da frequência de monossomia, cada cromossomo possui frequência abaixo de 3 % de aneuploidia, ou seja, os cromossomos estudados não possuem uma grande representatividade nas alterações cromossômicas encontradas no estudo.
|
|
|
-
CARLOS EDUARDO MATOS CARVALHO BASTOS
-
ALTERAÇÕES GENÉTICAS E EPIGENÉTICAS EM MENINGIOMAS NA POPULAÇÃO PARAENSE
-
Data: 17/07/2013
-
Mostrar Resumo
-
Os meningiomas são os tumores intracranianos mais frequentes, originando-se das meninges que revestem o cérebro e cordão espinhal. Apesar de terem sido um dos primeiros neoplasmas sólidos estudados citogeneticamente, ainda são escassos os estudos genéticos e epigenéticos nesses tumores. O presente trabalho teve como objetivo investigar alterações genéticas e epigenéticas que pudessem contribuir na iniciação e progressão tumoral em meningiomas na população paraense. Essa tese está subdivida em três capítulos. No Capítulo I foi investigada a associação entre o polimorfismo MTHFR C677T e meningioma em 23 pacientes da população paraense, utilizando 96 indivíduos sem histórico de lesões pré-neoplásicas como grupo controle. Essa associação não foi encontrada, apesar de sugerir um aumento não estatisticamente significante no risco de desenvolver meningioma em portadores do genótipo TT quando comparados ao genótipo CC. No Capítulo II foi avaliado o padrão de metilação em duas famílias do microRNA124 em meningiomas na população paraense. Hipermetilação na região promotora de miRN124a2 e miRNA124a3 parece ser um evento frequente, uma vez que foi encontrada em 73,9% e 69,56% das amostras analisadas, respectivamente. No Capítulo III, foi analisado o padrão de metilação dos genes APC, BRCA1, CDH1, CDH13, CDKN2A, DAPK1, ESR1, FHIT, GSTP1, MGMT, MLH1, NEUROG1, PDLIM4, PTEN, RARB, RASSF1, RUNX3, SOCS1, TIMP3, TP73, VHL e WIF1 em um meningioma de grau I e um de grau II através de uma placa comercial desenvolvida através da tecnologia MethylScreen. O padrão de metilação do gene CDKN2B também foi analisado na amostra coletada em 25 pacientes com meningioma através da conversão por bissulfito, PCR e sequenciamento direto. O gene RASSF1A apresentou-se metilado em 16,73% e 63,66% dos sítios CpGs analisados na amostra de meningioma de grau I e grau II, respectivamente. O gene RUNX3 se apresentou metilado apenas na amostra de grau II em 52,88% dos sítios CpG analisados. Nossos resultados apontam a importância das alterações epigenéticas na tumorigênese e progressão tumoral em meningiomas.
|
|
|
-
ALUIZIO GONÇALVES DA FONSECA
-
PAPILLOMA VÍRUS HUMANO: PREVALÊNCIA, DISTRIBUIÇÃO E IMPORTÂNCIA COMO FATOR PREDITIVO PARA METÁSTASES LINFONODAIS EM CARCINOMA DO PÊNIS
-
Data: 09/07/2013
-
Mostrar Resumo
-
A etiologia do carcinoma epidermóide do pênis (CEP) está relacionada a múltiplos
fatores de risco como a presença de prepúcio, pobre higiene, dermatites crônicas e tabagismo.
Entretanto, o fator de risco mais extensivamente estudado, éa infecção pelo papiloma vírus
humano (HPV). Está bem estabelecido que esteexerce um importante papel etiológico em
neoplasias da cérvice uterina; entretanto, sua associação com CEP tem sido foco de debates,
demonstrando-se presença viral variando entre 15% a 80% dos casos, sugerindo que apenas
um subgrupo desses tumores seja causado pelo HPV. O prognóstico da doença é influenciado
negativamente principalmente pela presença de metástases em linfonodos inguinais. Desta
forma, a abordagem cirúrgica destes, assume importância decisiva na cura da doença.
Poroutro lado, os métodos disponíveis para o estadiamento desses linfonodos são imprecisos e
as linfadenectomias são acompanhadas de morbidade significativa. A descrição de outros
marcadores histológicos é escassa, devido a raridade desses tumores.O objetivo do presente
trabalho é avaliar a prevalência, distribuição e associação do HPV com parâmetros
histológicos de pior prognóstico, no sentido de determinar seu possível valor preditivo para
metástases inguinais, assim como avaliar os fatores prognósticos já descritos. Espécimes
tumorais em parafina de 82 pacientes portadores de carcinoma epidermóide do pênis, foram
testados para prevalência e distribuição do genótipo do HPV por PCR. O estado do HPV foi
correlacionado com fatores histopatológicos e ocorrência de metástases inguinais. Foi também
avaliada a influência de diversascaracterísticas histológicas tumorais, na sobrevida livre de
doença inguinal em 5 anos. O seguimento variou entre 1 e 71 meses (média 20 meses). O
DNA do HPV foi identificado em 60,9% da amostra, tendo maior prevalência dos tipos virais
11 e 6 (64% e 32%, respectivamente). Não houve correlação independente significativa das
variáveis histológicas de pior prognóstico com o estado do HPV. A probalidade de sobrevida
vi
livre de doença inguinal em 5 anos, também não foi influenciada pelo HPV (log Rank
teste=0,45). Os únicos fatores patológicos independentes para metástases inguinais foram
estadiamento T≥T1b-T4 (p=0,02), invasão linfovascular (p=0,04) e fronte de invasão
infiltrativa (p-0,03). O estado e a distribuição do HPV não mostrou correlação com fatores
histológicos de pior prognóstico, nem mostrou importância na predição de metástases
linfonodais em CEP.
|
|
|
-
DANIEL VALLE VASCONCELOS SANTOS
-
O FATOR DE CRESCIMENTO NEURONAL NA INFECÇÃO POR Schistosoma
mansoni: ESTUDO MOLECULAR, IMUNOENZIMÁTICO E MORFOMÉTRICO
EM MODELO PERMISSÍVEL E NÃO PERMISSÍVEL À INFECÇÃO
-
Data: 03/07/2013
-
Mostrar Resumo
-
A esquistossomose é uma doença tropical causada, principalmente, pelo
trematódeo Schistosoma mansoni, sendo que sua ocorrência afeta,
mundialmente, 110 milhões de pessoas. A deposição dos ovos do parasita
pode ocorrer, de forma ectópica, no sistema nervoso central (SNC) o qual leva
à formação de granulomas com consequente produção do Fator de
Crescimento Neuronal (NGF). Uma vez que muitos estudos demonstram a
importância do NGF no desenvolvimento das vias corticais visuais, nosso
estudo visou avaliar a possível alteração dos níveis de NGF no sistema visual
assim como o impacto deste sobre a morfologia de células piramidais em dois
modelos animais. A alteração na concentração do fator de crescimento assim
como a morfometria neuronal foram avaliadas em animais permissíveis
(camundongos) e não permissíveis (ratos) à infecção. Foram utilizados 174
ratos (Hooded Lister) e 135 camundongos albinos criados e mantidos em
gaiolas e alimentados ad libitum. Esses animais foram inoculados, logo após o
nascimento, com 50 cercárias. Setenta e sete ratos e 73 camundongos foram
inoculados com solução salina e constituíram o grupo controle do estudo. Os
períodos de infecção abrangeram uma a 48 semanas. Amostras do fígado e
córtex visual foram retiradas, extraídas e quantificadas com kit de imunoensaio
(ChemiKineTM Nerve Growth Factor (NGF) Sandwich ELISA Kit - Chemicon
International). Para a análise morfométrica utilizamos células piramidais da
camada IV do córtex visual marcadas através de injeção extracelular com
Dextrana-Biotinilada (10.000 kDa). Os resultados foram expressos como média
± desvio padrão. Utilizamos teste t de Student para determinar diferenças
estatísticas entre os grupos estudados. O valor médio de NGF encontrado no
córtex visual de ratos infectados foi 39,2% maior do que no grupo controle
(infectados: 400,9 ± 143,1 pg/mL; controle: 288 ± 31,9 pg/mL; p < 0,0001). Nas
amostras de fígado, o aumento foi 28,9% maior no grupo infectado (infectados:
340,9 ± 103,9 pg/mL; p < 0,01; controle: 264,4 ± 38,6 pg/mL). Nenhum
aumento significativo foi detectado antes de uma semana de infecção. Entre os
camundongos, o aumento de NGF na área visual foi de 94,1% (infectados:
478,4 ± 284 pg/mL; p < 0,01; controle: 246,5 ± 76,8 pg/mL). No fígado
destes animais o aumento foi de 138,7% (infectados: 561,8 ± 260,7 pg/mL; p <
0,01; controle: 301,3 ± 134,6 pg/mL). Em camundongos encontramos
diferenças significativas quanto aos parâmetros dendríticos avaliados. A
quantidade de dendritos foi 11,41% maior no grupo infectado do que no
controle (controle: 25,28 ± 5,19; infectados: 28,16 ± 7,45; p < 0,05). O
comprimento total dos dendritos também foi afetado (controle: 4.916,52 ±
1.492,65 μm; infectados: 5.460,40 ± 1.214,07 μm; p < 0,05) correspondendo a
um aumento de 11,06%. A área total do campo receptor dendrítico sofreu um
aumento de 12,99% (controle: 29.346,69 ± 11.298,62 μm2; infectados:
33.158,20 ± 7.758,31; p < 0,05) enquanto que a área somática teve uma
redução de 13,61% (controle: 119,38 ± 19,68 μm2; infectados: 103,13 ± 24,69
μm2; p < 0,001). Quando foram avaliados os efeitos do aumento de NGF em
ratos infectados não observamos diferenças significativas quanto aos
parâmetros dendríticos analisados, em comparação ao grupo controle, com
exceção de um aumento na área do corpo neuronal da ordem de 21,18%
(controle: 132,20 ± 28,46 μm2; infectados: 160,20 ± 31,63 μm2; p < 0,00001).
Este trabalho mostrou que a reação de produção de NGF no SNC durante a
infecção por Schistosoma mansoni ocorre em maior magnitude no modelo
permissível do que no modelo não permissível. Também demonstramos que,
em camundongos, os efeitos sobre a morfologia neuronal é drasticamente
afetada quando o organismo é submetido a um aumento na concentração de
NGF em decorrência da infecção por Schistosoma mansoni. Diante destes
dados, estudos avaliando as possíveis repercussões visuais e também dos
efeitos na fisiologia celular causados pela infecção mansônica torna-se
necessário para avaliar o real dano causado por este aumento patológico do
fator de crescimento neuronal nas vias visuais de mamíferos.
|
|
|
-
MARCOS VINICIUS LEBREGO NASCIMENTO
-
Physalis angulata ESTIMULA PROLIFERAÇÃO DE CÉLULAS-TRONCO NEURAIS DO GIRO DENTEADO HIPOCAMPAL DE CAMUNDONGOS ADULTOS
-
Data: 01/07/2013
-
Mostrar Resumo
-
A zona subgranular (ZSG) do giro denteado (GD) de mamíferos adultos é conhecida por produzir constantemente novos neurônios. A busca por novas moléculas que possam modular a formação de novas células neurais são bastante atuais. Visto que a Amazônia é conhecida mundialmente pela sua biodiversidade, com um potencial pouco explorado de fármacos naturais derivados de plantas medicinais típicas da região. O trabalho buscou investigar o efeito neurogênico do extrato aquoso (EA) da Physalis angulata e da substância purificada Fisalina D sobre as células-tronco do GD do hipocampo de camundongos adultos. Os camundongos machos (BALB/c), 6 a 8 semanas de idade foram divididos em quatro grupos experimentais: controle e tratados com EA ou substância purificada. Os animais receberam diferentes doses do extrato (0,1; 1 e 5 mg/Kg) e/ou substância purificada (5mg/Kg) ou salina (grupo controle), 5 horas depois uma única dose de 5-Bromodeoxiuridina (BrdU) [50mg/kg]. Em seguida, os animais foram sacrificados 24 horas ou 7 dias após a administração do BrdU. Os cérebros foram coletados e cortes coronais do hipocampo (40 μm) foram realizados para contagem das células BrdU-positivas no GD hipocampal. Para avaliação estatística realizamos análise de variância (ANOVA) das médias amostrais seguida pelo pós-teste t de Student. O EA promoveu um aumento significativo do número de células BrdU positivas no GD dos grupos tratados em relação ao grupo controle [Controle, 92±24 (n=9); 0,1mg/Kg, 160±22 (n=4); 1mg/Kg, 310±5 (n=4); 5mg/Kg, 501±24 (n=3)] nos animais sacrificados 24 horas após administração do BrdU. Quando os animais foram sacrificados 7 dias após administração do BrdU, o número de células BrdU+ no GD também foi maior no grupo tratado em relação ao controle [Controle, 107±7 (n=4); 5mg/Kg, 145±23 (n=4)]. Usando a substância purificada, Fisalina D, também observamos um aumento do número de células BrdU+ no GD do grupo tratado com a droga em relação ao grupo controle [Controle, 92±24 (n=9); Fisalina D, 5mg/Kg, 316±37 (n=3)]. Este resultado sugere que o EA e a sustância purificada, na dose de 5 mg/Kg, estimulam a proliferação de células BrdU-positivas na ZSG do GD do hipocampo de camundongos adultos
|
|
|
-
LAYSE MARTINS GAMA
-
MALÁRIA E MEDICINA POPULAR: EFEITO DA Bertholletia excelsa H.B.K. (CASTANHA-DO-PARÁ) EM CAMUNDONGOS INFECTADOS COM Plasmodium berghei
-
Data: 25/06/2013
-
Mostrar Resumo
-
A malária é uma infecção considerada um grave problema de saúde pública, especialmente
para a região Amazônica. Entretanto, fatores como a resistência, dificuldade de acesso e
toxicidade dos fármacos tradicionais reduzem a efetividade das drogas distribuídas pelo
governo para controle da infecção. Assim, a população amazônica ainda usa os recursos
naturais, como a Bertholletia excelsa (Castanha-do-Pará), para melhorar os aspectos clínicos
causados pela doença. Entretanto, não existe comprovação científica do efeito desse fruto na
malária. Assim, este trabalho avaliou o efeito do pré tratamento com Castanha-do-Pará em
camundongos BALB/c infectados com Plasmodium berghei, através dos parâmetros a seguir:
sobrevida até a morte de todos os indivíduos, parasitemia e peso dos animais (no 3º, 7º, 10º,
16º e 18º dia pós-inoculação do parasita), e, no 10º de infecção, hemograma completo, peso
do fígado e do baço e análise das enzimas hepáticas aspartato aminotransferase (AST),
alanina aminotransferase (ALT) e ɣ-glutamil aminotransferase (ɣGT). O teste de
Kolmogorov-Smirnov foi usado para avaliar a normalidade, seguido de Análise de Variância
(ANOVA) de uma via ou teste t de Student, seguido do teste post hoc de Tukey. O
acompanhamento dos animais parasitados mostrou uma sobrevivência em média de 13,9 dias,
com perda de peso, aumento do tamanho dos órgãos, e alterações tanto do hemograma
(diminuição do hematócrito, hemoglobina, hemácias totais e plaquetas e aumento dos
leucócitos totais) como das enzimas hepáticas (aumento da AST e ALT e diminuição da
ɣGT). Interessantemente, o pré tratamento de 11 dias com o fruto exerceu uma proteção
significativa em relação a alguns dos parâmetros medidos como a aumento da sobrevida dos
animais para 14,8 dia, diminuição dos níveis de parasitemia e leucócitos totais, manutenção
do peso dos animais por mais tempo e do peso do baço, bem como influenciou positivamente
nas enzimas hepáticas ALT e γ-GT. Assim, estes dados já demonstram que a B. excelsa pode
ser utilizada como um reforço nutritivo diante a infecção causada pelo Plasmodium.
|
|
|
-
THAYANA LUCY FREITAS ALBUQUERQUE
-
ANÁLISE NUTRICIONAL E ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO ÓLEO PLUKENETIA POLYADENIA.
-
Data: 27/05/2013
-
Mostrar Resumo
-
Este estudo investigou os efeitos nutricionais resultantes da administração crônica via oral do óleo de Plukenetia polyadenia em ratos sobre o peso, a ingesta de ração, a composição lipídica do sangue, e a histologia dos órgãos, além de investigar a toxicidade e a atividade antinociceptiva após administração de diferentes dosagens via oral em camundongos. A análise nutricional de peso e ingesta de ração mostrou que a administração crônica do óleo não interferiu nutricionalmente na homeostasia destas variáveis, independente das dosagens utilizadas (100 e 200mg/kg). As frações lipídicas do sangue como colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos também não sofreram alterações nos animais suplementados. Não foi encontrado edema, morte celular ou resposta inflamatória nas células hepáticas, cardíacas, pulmonares, gástricas, intestinais, pancreáticas e renais após a suplementação crônica em ambas as dosagens. No teste de contorções abdominais induzidas por ácido acético, o óleo administrado via oral (25, 50 e 100mg/kg) reduziu significantemente o número de contorções em comparação com o controle. No teste da placa quente, o tratamento com o óleo na dosagem de 200mg.kg/peso não induziu alterações no tempo de latência ao estímulo térmico, quando comparado com o controle. No teste da formalina, o tratamento oral nas doses de 50 e 100mg.kg/peso, mostrou um efeito antinociceptivo significativo, reduzindo o tempo de lambida somente na segunda fase (inflamatória). O óleo na dosagem de 200mg/kg não afetou a atividade comportamental dos ratos submetidos ao teste de campo aberto e não apresentou efeitos tóxicos. Nossos resultados demonstram que o óleo de Plukenetia polyadenia, apresentou atividade antinociceptiva sem promover toxicidade.
|
|
|
-
ANA PAULA DRUMMOND RODRIGUES DE FARIAS
-
EFEITO IN VITRO E IN VIVO DO 5-HIDROXI-2-HIDROXIMETIL-GAMA-PIRONA DURANTE A INFECÇÃO POR Leishmania (Leishmania) amazonensis
-
Data: 27/05/2013
-
Mostrar Resumo
-
As leishmanioses são um grupo de doenças infecciosas distribuídas mundialmente. A quimioterapia é o tratamento mais eficaz para a doença; apesar do grande número de drogas antileishmania disponíveis, são usualmente tóxicas, caras e requerem um longo período de tratamento. Portanto, torna-se necessária a busca de novas substâncias que sejam capazes de atuar sobre o protozoário sem causar danos ao hospedeiro, que tenham uma via de administração não invasiva e que, ainda, sejam viáveis economicamente. O ácido kójico, ou 5-hidroxi-2-hidroximetil- γ-pirona (HMP), é conhecido por inibir a enzima tirosinase no processo de produção da melanina, sendo extensivamente utilizado em cosméticos e também como tratamento tópico para melasma, não havendo citotoxicidade em humanos; entretanto, o potencial do HMP como agente antileishmania não é conhecido. O presente estudo analisou o efeito deste bioproduto em infecções por L. amazonensis in vitro e in vivo. O HMP promoveu a diminuição do crescimento de promastigotas e amastigotas em 62% (IC50 34μg/mL) e 79% (IC50 27,84 μg/mL) in vitro, respectivamente. A análise ultraestrutural de ambas as formas evolutivas tratadas com 50 μg/mL do HMP apresentaram corpos vesiculares no interior da bolsa flagelar, induziu uma intensa vacuolização intracelular bem como alterações mitocondriais. O estudo in vitro também demonstrou que o HMP foi capaz de reverter o efeito inibitório causado pela L. amazonensis no que diz respeito à produção de radicais de oxigênio. A análise histopatológica de lesões proveniente de animais submetidos ao tratamento tópico com o HMP demonstrou que o tecido apresentou um intenso processo de cicatrização. Além disso, fibras colágenas foram encontradas de maneira organizada no local da infecção de animais tratados, com um pequeno infiltrado celular e diminuição do número de parasitos. Tendo em vista a ação seletiva do HMP in vitro, o processo de ativação da célula hospedeira pelo bioproduto e a diminuição do número de parasitos observados durante o tratamento com a pomada, e pelo fato do HMP ser amplamente utilizado como agente antimelasma em humanos, esse metabólito pode ser promissor como tratamento tópico contra a Leishmaniose cutânea e apresentando grande potencial como agente leishmanicida.
|
|
|
-
AMANDA ANASTACIA PINTO HAGE
-
CARACTERIZAÇÃO LIPÍDICA DE DUAS CEPAS DE
Leishmania (Viannia) braziliensis CAUSADORAS DA
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
-
Data: 24/05/2013
-
Mostrar Resumo
-
A leishmaniose tegumentar americana (LTA) constitui uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania com elevada incidência na região Amazônica. Uma variedade de espécies de leishmania é responsável por esta patologia. Desta forma, dependendo da espécie e da resposta imunológica do hospedeiro vertebrado, a doença pode apresentar diferentes formas clínicas, como a leishmaniose cutânea localizada (LCL) e a leishmaniose mucocutânea (LMC). A principal espécie responsável pela LTA é a Leishmania (Viannia) braziliensis. Contudo, devido à existência de uma multiplicidade de cepas desta espécie e ao reduzido número de estudos relacionados, torna-se importante o conhecimento dos aspectos metabólicos básicos do protozoário, como o metabolismo lipídico, na tentativa de caracterizar vias ou componentes fundamentais para seu desenvolvimento e infectividade. Desta forma, este trabalho teve como objetivo analisar distribuição de corpos lipídicos (CLs) e o perfil lipídico de duas cepas de L. (V.) braziliensis, isolada de diferentes casos clínicos, em diferentes períodos da fase estacionária do crescimento celular. As formas promastigotas das cepas M17593 (LCL) e M17323 (LMC) de L. (V.) braziliensis foram utilizadas na fase estacionária inicial (EST-I) e estacionária tardia (EST-T) de crescimento. Inicialmente, foi realizada análise ultraestrutural das formas promastigotas por microscopia eletrônica de transmissão (MET) e foram observadas estruturas sugestivas de CLs distribuídos no citoplasma do parasito, confirmados pela técnica citoquímica ósmio-imidazol, organelas necessárias para o metabolismo energético do parasito. Para quantificar a distribuição de CLs entre os dias de cultivo e entre as cepas, foi realizada análise por citometria de fluxo com Bodipy® 493/503. Os resultados indicaram que a cepa responsável pela LMC apresentou maior quantidade de CLs durante a fase estacionária tardia. Na cepa LCL não foi observado diferença significativa entre as fases estudadas. Assim, pode ser sugerido que a exacerbada resposta inflamatória que ocorre em pacientes com LMC, esteja relacionada com o acúmulo de CLs no parasito, fonte de energia e eicosanoides, como prostaglandinas. Outra hipótese é a possível correlação de CLs com a baixa exposição do fosfolipídio fosfatidilserina para a superfície externa da membrana, importante para a infectividade do parasito. Para análise dos lipídios totais, os parasitos foram submetidos à extração lipídica, seguido da técnica de HPTLC, onde foram encontrados predominantemente fosfolipídios, esterol esterificado, esteróis, triglicerídeos e ácidos graxos compondo o parasito, com variações entre as cepas e entre as fases estudadas. A cepa LCL na fase estacionária tardia possui maior quantidade de lipídios totais, que pode ser justificado por já ser conhecida como a cepa mais infectiva e possivelmente apresentar maior quantidade de glicoconjugados associados com subdomínios lipídicos importantes para o reconhecimento de fagócitos. É importante ressaltar que a maior infectividade da cepa LCL quando comparada à cepa LMC, resulta em um menor processo inflamatório. Estes resultados indicam que há uma variação no perfil lipídico e na distribuição de CLs entre as diferentes cepas de L. (V.) braziliensis, que pode estar relacionado com a infectividade do parasito e com a manifestação clinica da doença.
|
|
|
-
LUIS ANTONIO LOUREIRO MAUES
-
ATIVIDADE ANTIPROLIFERATIVA E ANTINEOPLÁSICA DE FLAVONÓIDES DA ESPÉCIE Brosimum acutifolium EM MODELO DE GLIOBLASTOMA in vitro
-
Data: 24/05/2013
-
Mostrar Resumo
-
Dentre os tumores que acometem o sistema nervoso, o glioblastoma multiforme (GBM), destaca-se por seu alto grau de agressividade e baixo prognóstico, apresentando em média uma sobrevida de 15 meses a partir do diagnóstico. O presente estudo objetivou investigar a atividade antiproliferativa e antineoplásica de quatro flavonoides isolados da espécie Brosimum acutifolium (Huber), duas flavanas: 4-hidroxi-7,8-(2,2-dimetilpirano) flavana (BAS-1) e 7,4-dihidroxi-8,(3,3-dimetilalil)-flavana, (BAS-4); e duas chalconas: 4,2-dihidroxi-3,4-(2,2-dimetilpirano)-chalcona (BAS-6) e 4,2,4-trihidroxi-3-(3,3-dimetilalil)-chalcona (BAS-7), em glioblastoma C6 de rato in vitro. Nossos resultados mostraram boa atividade citotóxica para as flavanas (BAS-1, -4) e para a chalcona BAS-7, com IC50 menor que 100 μM em teste de viabilidade pelo MTT, já a chalcona BAS-6, não demonstrou atividade citotóxica nas concentrações testadas. Estes flavonoides mostram ser menos citotóxico para célula não neoplásica (glia), com grau de segurança maior para a BAS-4 e BAS-7, uma vez que apresentaram menor efeito citotóxico à célula não neoplásica e menores índices hemolíticos. A análise de migração celular mostrou que o tratamento com BAS-1, BAS-4 e BAS-7 em baixas concentrações foi efetivo em promover inibição da migração celular. Estes três flavonoides também foram muito promissores em inibir a formação e o crescimento de colônia, além de promover parada no ciclo celular, com substancial aumento na população SubG0 para o tratamento com BAS-1 e BAS-4 com 100 μM. As flavanas BAS-1 e BAS-4 também mostraram maior capacidade de promover a perda na integridade do potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm) e aumento para marcação com anexina V, indicativo de que estas drogas promovem morte por apoptose. No entanto a análise por microscopia eletrônica demonstrou marcantemente no tratamento com a BAS-4 a presença de vacúolos autofágicos, sugestivo que o processo de morte neste tratamento ocorre tanto por apoptose quanto autofagia. Com base nestes resultados pode-se concluir que dos flavonoides testados a BAS-1, BAS-4 e BAS-7 possuem potencial como agente antineoplásico na terapia do GBM, sendo a BAS-4 a mais promissora de todas.
|
|
|
-
RAQUEL RAICK DA SILVA ALBUQUERQUE
-
ATIVIDADE LEISHMANICIDA DO EXTRATO DA RAIZ DE Physalis angulata E SUA AÇÃO NA CÉLULA HOSPEDEIRA.
-
Data: 23/05/2013
-
Mostrar Resumo
-
A Leishmaniose é uma doença infecciosa causada por várias espécies de parasitas do gênero Leishmania. A quimioterapia é o único tratamento efetivo para a doença, mas essas drogas são, em geral, tóxicas e requer um longo período de tratamento. Produtos naturais provenientes de plantas oferecem novas perspectivas e representam uma importante fonte de novos agentes leishmanicidas. Assim, é de grande importância avaliar os efeitos do extrato aquoso da raiz de Physalis angulata, planta amplamente utilizada pela medicina popular, em formas promastigotas e amastigotas de Leishmania (Leishmania) amazonensis e sua ação sobre a célula hospedeira. As fisalinas D, E, F e G foram demonstradas pela primeira vez na raiz de P. angulata pela análise cromatográfica. Uma atividade antiproliferativa e uma inibição dose dependente de promastigotas 74,1% e 99,8 % (IC50 35,5 μg/mL) e amastigotas 70,6% e 70,9% (IC50 32.0 μg/mL) foram observadas quando os parasitas foram tratados com 50 e 100 μg/mL do extrato, respectivamente. A análise da atividade microbicida da célula hospedeira infectada com L. amazonensis mostrou que extrato foi capaz de reverter o efeito causado pelo parasito de inibir a produção de espécies reativas de oxigênio. O tratamento com o extrato também induziu alterações morfológicas importantes em formas promastigotas avaliadas por microscopia óptica, microscopia eletrônica de transmissão e varredura. Foram observadas alterações na morfologia, na divisão celular, principalmente na fase de citocinese, na membrana flagelar, na bolsa flagelar e alterações em organelas importantes, como o cinetoplasto, onde ocorreu duplicação irregular e alteração do seu tamanho. Já por citometria de fluxo foi possível confirmar que o tratamento induziu uma exposição de fosfatidilserina e diminuição no volume celular de promastigotas tratadas. Com relação à célula hospedeira, o extrato promoveu alterações no citoesqueleto, o aumento número de projeções citoplasmáticas, do volume celuar e de vacúolos e da habilidade de espraiamento sem causar efeito citotóxico ou alteração ultraestrutural em macrófagos tratados com o extrato. Assim, estes resultados demonstram que o extrato aquoso da raiz de P. angulata foi eficaz na ativação da célula hospedeira e na inibição do crescimento do protozoário, o que representa uma fonte alternativa e promissora de agente leishmanicida.
|
|
|
-
LAYANA DE SOUZA GUIMARAES
-
INCAPACIDADE FÍSICA EM PESSOAS AFETADAS PELA HANSENÍASE: ESTUDO APÓS ALTA MEDICAMENTOSA
-
Data: 23/04/2013
-
Mostrar Resumo
-
A incapacidade física é o principal problema da hanseníase. Apesar do sucesso da poliquimioterapia (PQT) no tratamento da doença, sabe-se que cerca de 25% a 50% dos pacientes podem ter algum dano do nervo e desenvolver incapacidades físicas, classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como grau de incapacidade física (GIF) 0 para sensibilidade normal, sem deformidades visíveis, 1 para a sensibilidade diminuída, sem alterações visíveis, ou 2 para deficiências visíveis / deformidade. De 2004 a 2010 o Brasil registrou 21,7% dos casos como sendo GIF 1 e 7% como GIF 2, enquanto que no Estado do Pará, 15,3% dos pacientes foram diagnosticados com GIF 1, e 5,1% com GIF 2 no momento do diagnóstico de hanseníase. A fim de investigar as incapacidades físicas em pacientes curados, examinamos as funções sensitivo-motoras de 517 pessoas afetadas pela hanseníase, notificados 2004 a 2010 em oito municípios hiperendêmicos da Amazônia brasileira, correlacionando os achados com aspectos epidemiológicos e sócio-econômico, e comparando com os dados encontrados no Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Adicionalmente, 2164 contatos intradomiciliares dos pacientes visitados foram avaliados clinicamente em busca de sinais e sintomas da doença. As visitas domiciliares dos pacientes constaram de avaliação clínica, avaliação neurológica simplificada e determinação do GIF, realização de entrevista sobre suas características demográficas e sócio-econômicas. O GIF 1 foi encontrado em 16,2% e DG 2 em 12,4% dos pacientes avaliados. Foi encontrada uma correlação estatisticamente significativa entre as formas multibacilares (MB) e o GIF 1 ou 2 (p <0,001), incapacidade física e o sexo masculino (p <0,001); incapacidade ocorreu em casos acima de 40 anos de idade (p <0,001). Mais da metade (50,5%) dos casos não tinha cicatriz de BCG, correlacionada com idades mais elevadas (p <0,001), casos MB (p <0,001), e com incapacidade (p <0,005). Por fim, embora SINAN informe apenas 5,6% de casos com GIF 2, encontramos 12,4% durante nossas visitas. Entre os contatos, foram diagnosticados 181 casos novos, 127 (70,2%) foram diagnosticados como multibacilares e 17,1% apresentaram incapacidade física, sendo 5,5% GIF 2. A ocorrência de deficiência física foi predominante em pacientes MB, homens,> 40 anos de idade e sem cicatriz de BCG, todos os fatores de risco importantes para o desenvolvimento de deficiência. As diferenças de GIF encontradas no SINAN e no nosso estudo sugerem piora das funções sensório-motor após a alta da PQT, indicando a importância do acompanhamento destes pacientes por anos depois de terminar o tratamento MDT. A alta taxa de detecção de casos novos diagnosticados neste estudo reflete o baixo índice de avaliação de contatos no estado do Pará (58,8%), perpetuando o diagnóstico tardio. Os achados clínicos sugerem a existência de prevalência oculta e alto índice de infecção subclínica na amostra estudada, indicando necessidade de avaliação clínica periódica.
|
|
|
-
MICHELLE FERREIRA GUIMARÃES
-
PARÂMETROS ACÚSTICOS DA VOZ DE SUJEITOS DO SEXO MASCULINO ANTES, DURANTE E APÓS O PROCESSO DE MUDA VOCAL
-
Data: 12/04/2013
-
Mostrar Resumo
-
A voz e a habilidade vocal são diferentes em cada indivíduo e em cada fase da vida. Devido
aos escassos estudos sobre a qualidade vocal de meninos e adolescentes durante a puberdade,
o presente estudo teve como objetivo quantificar os seguintes parâmetros da análise acústica
da voz: frequência fundamental, jitter, shimmer, relação harmônico-ruído e intensidade. Para
entender como se dá a variação da voz com o desenvolvimento de meninos e adolescentes,
esses parâmetros foram correlacionados entre si e também com o grau do desenvolvimento
puberal de sujeitos do sexo masculino. Métodos: Foram sujeitos desse estudo 110 indivíduos
do sexo masculino, com idade entre 11 e 20 anos, estudantes de três escolas estaduais de
Macapá, onde foi feita a coleta dos dados. Os sujeitos foram divididos em 4 grupos, 32
sujeitos com idade entre 11 e 12 anos compuseram o Grupo I, 29 sujeitos com idade entre 13
e 15 anos o Grupo II, o Grupo III foi composto por 30 sujeitos com idade entre 16 e 18 anos, e
o Grupo IV por sujeitos com idade entre 19 e 20 anos. Todos os sujeitos foram submetidos à
gravação da voz diretamente no computador com auxilio de microfone unidirecional.
Solicitou-se emissão sustentada da vogal /é/ e fala encadeada: contagem de 1 a 10 e leitura de
um parágrafo pré-estabelecido. Em seguida os sujeitos foram avaliados por um médico clínico
geral para caracterização do desenvolvimento puberal de acordo com os estágios descritos por
Tanner. A análise vocal foi realizada com o programa acústico Voz Metria®. Resultados: Os
sujeitos apresentaram F0 média durante a vogal sustentada de 223,28 Hz, 249,86 Hz, 122,63
Hz e 127,61 Hz para os Grupos I, II, III e IV respectivamente. A F0 durante a fala encadeada
foi de 217,09 Hz, 246,18 Hz, 117,27 Hz e 123,42 para os Grupos I, II, III e IV
respectivamente. Shimmer apresentou valores aumentados nos quatro grupos. Jitter,
intensidade e a relação harmônico-ruído mantiveram-se dentro dos padrões de normalidade
estabelecidos pelo programa acústico utilizado. Quanto ao desenvolvimento puberal, a
maioria dos sujeitos está em G3 (n=38; 34,5%) e G4 (n=42; 38,2%) e P3 (n=34; 31%) e P4
(n=36; 32,7%). O grau de desenvolvimento puberal está correlacionado com a F0 durante a
fala encadeada (p<0,001) e com a F0 durante a emissão da vogal sustentada (p<0,001) e essa
correlação foi estatisticamente significante entre G2 e G5, e G3 e G5. Conclusão: Até os 15
anos os parâmetros vocais acústicos são típicos da voz infantil. Dos 16 aos 20 anos há
decréscimo significativo da F0, porém a voz ainda está em processo de estabilização, com
valores aumentados de shimmer. F0 é o único parâmetro correlacionado com o grau de
desenvolvimento puberal. A finalização do processo de muda vocal se apresentou, na
população estudada, como um evento tardio em relação ao desenvolvimento puberal.
|
|
|
-
JAMILLY AMARAL PINTO
-
ANÁLISE CITOGENETICA DE DUAS ESPECIES DO GENERO Hylaeamys (Rodentia: Cricetidae) POR CITOGENETICA CLASSICA E MOLECULAR
-
Data: 05/04/2013
-
Mostrar Resumo
-
Os roedores formam uma das mais numerosas e antigas ordens da classe Mammalia. Na América do Sul, a ordem Rodentia compreende cerca de 42% das espécies de mamíferos, sendo que desta parcela mais de 50% pertencem a família Cricetidae, que inclui a subfamília Sigmodontinae. O gênero Hylaeamys está agrupado na tribo Oryzomyini e corresponde a um dos 10 novos gêneros propostos para espécies e grupos de espécies dentro de Oryzomys. Hylaeamys corresponde ao grupo megacephalus, sendo constituído pelas espécies H. acritus, H. laticeps, H. megacephalus, H. perenensis, H. oniscus, H. tatei e H. yunganus distribuídas na Venezuela, Trinidad, Guianas, Paraguai e no Brasil, em áreas de floresta tropical amazônica, mata atlântica e cerrado. Este trabalho visa analisar marcadores cromossômicos em duas espécies do gênero Hylaeamys, fornecendo dados que auxiliem na sua caracterização taxonômica e citogenética. Foram trabalhadas dezenove amostras de Hylaeamys megacephalus (HME) e quatro de Hylaeamys oniscus (HON). HME apresenta 2n=54 e HON, 2n=52. Os resultados obtidos por bandeamentos G, C e por hibridização in situ, com sondas de cromossomo total de Hylaeamys megacephalus permitiram determinar as características cromossômicas das espécies em estudo, além de permitir uma análise comparativa entre as mesmas e em relação a Cerradomys langguthi, observando assim suas homeologias e diferenças cariotípicas. As duas espécies de Hylaeamys diferem por um rearranjo tipo fusão/fissão cêntrica onde HON apresenta a associação 14/19 de HME. Esta associação é compartilhada com CLA com inversão (19/14/19). Este trabalho é um marco para estudos de filogenia cromossômica do gênero Hylaeamys.
|
|
|
-
ALODIA BRASIL COSTA
-
AVALIAÇÃO DO EFEITO PROTETOR DA Euterpe oleracea (AÇAÍ) NA RESPOSTA ELETROFISIOLÓGICA DA RETINA DE RATOS EXPOSTOS AO METILMERCÚRIO.
-
Data: 19/03/2013
-
Mostrar Resumo
-
O metilmercúrio (MeHg) é a forma mais tóxica do mercúrio. A exposição ao MeHg gera estresse oxidativo, podendo afetar a retina, pois esta possui alta vulnerabilidade em função do seu elevado conteúdo de ácidos graxos poliinsaturados e consumo de oxigênio. Nesse contexto, a administração de antioxidantes exógenos obtidos pela dieta, como os presentes na Euterpe oleracea (açaí), poderia ser uma forma de prevenir esse desequilíbrio e suas consequências. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o possível efeito protetor da Euterpe oleracea nas alterações eletrofisiológicas causadas pelo MeHg na retina. Para tal, foi realizada gavagem com MeHgCl (5 mg/Kg) ou solução salina (NaCl 0,9%) durante 7 dias e pré-tratamento com ração enriquecida com polpa de açaí (10%) por 28 dias. Foram utilizados ratos Wistar divididos em 4 grupos: Grupo MeHg (recebeu ração padrão e MeHgCl); MeHg+Açaí (ração enriquecida com açaí e MeHgCl); Açaí (ração enriquecida com açaí e NaCl); Veículo (ração padrão e NaCl). Um dia após a última gavagem os animais foram submetidos ao eletrorretinograma de campo total (ffERG) para obtenção da resposta escotópica (de bastonetes, mista 1 e mista 2) e fotópica (de cones e de flicker em 12; 18; 24 e 30Hz). No dia seguinte ao ffERG foi aplicado o teste campo aberto para avaliar a atividade locomotora dos animais. Posteriormente, foi feita medição de peroxidação lipídica no tecido retiniano pelo método TBARS. A análise estatística foi feita pelo teste ANOVA de uma via com pós-teste de Tukey, considerando significativo p<0,05. Os resultados do campo aberto e da massa corporal não apresentaram diferença entre os grupos. O MeHg reduziu a amplitude das seguintes respostas: onda-b da resposta de bastonetes (Veículo: 114,6±23,6 μV e MeHg: 41,2±9,6 μV); onda-a (Veículo: 8,4±1,4 μV e MeHg: 3,4±0,3 μV) e onda-b (Veículo: 176,7±17,8 μV e MeHg: 69,5±12,0 μV) na resposta mista 1; onda-a (Veículo: 103,1 ±23,3 μV e MeHg: 40,2±9,6 μV) e onda-b (Veículo: 281±,38,3 μV e MeHg: 138,6±14 μV) da resposta mista 2; onda-a (Veículo: 27,2 ±3,6 μV e MeHg: 7,5±1,8 μV) e onda-b (Veículo: 139,3±16,1 μV e MeHg: 54,4±10 μV) da resposta de cones; onda-b nas frequências 12 Hz (Veículo: 67,7±10μV e MeHg: 28,6±6,9 μV), 18 Hz (Veículo: 31,3±3,4 μV e MeHg: 14,2± 2,3 μV) e 24 Hz (Veículo: 21,0±1,8μV e MeHg: 11,0± 1,1μV) e 30 Hz (Veículo: 10,9±0,6μV e MeHg: 6,0± 1,1μV). O tempo implícito das ondas não foi alterado em nem uma das respostas. O pré-tratamento com Euterpe oleracea evitou a redução de amplitude de ambas as ondas nas respostas mista 1 (onda-a: 8,3±0,6 μV; onda b: 144,1±7,1 μV) e mista 2 (onda-a: 106,4±13,6μV; onda b: 275,2±27,6 μV), assim como da onda-b da resposta de cones (104,5±5,9 μV) e fotópica de flicker em 12 Hz (67,2±9,1 μV), 18 Hz (29,5±4,8 μV) e 24 Hz (21,9±2,4 μV). A peroxidação lipídica no tecido retiniano do grupo MeHg (294,9±205,8%) foi maior que a do Veículo (100±25,1%) e o açaí protegeu contra esse dano oxidativo (MeHg+Açaí: 111,2±26,1%). Nossos resultados demonstraram alteração difusa na resposta eletrofisiológica e aumento na peroxidação lipídica da retina induzidos pelo MeHg e proteção exercida pelo açaí nesses dois parâmetros. Assim, a Euterpe oleracea poderia ser utilizada como importante alternativa para amenizar as alterações causadas pelo MeHg na retina.
|
|
|
-
KATIA SOARES DE OLIVEIRA
-
PREVALÊNCIA DE HELICOBACTER PYLORI E VÍRUS EPSTEIN-BARR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Dissertação
-
Data: 13/03/2013
-
Mostrar Resumo
-
Introdução: Infecções por Helicobacter pylori (HP) e vírus Epstein-Barr (VEB) são comuns no mundo todo, embora o HP seja o maior fator em doenças gastroduodenais, seu percentual de associação com VEB é incerto. Tanto o VEB quanto o HP são classificados como carcinógenos classe 1 pela Organização Mundial de Saúde, e uma substancial fração de indivíduos se tornam co-infectados na adultice. Esses dois patógenos podem potencializar sinergicamente para causar gastrite crônica perpetua. O objetivo deste trabalho foi verificar a prevalência de HP e do vírus Epstein-Barr em crianças e adolescentes. Material e Método: Estudo descritivo, do tipo transversal. Foram analisadas amostras de mucosa gástrica de 64 crianças e adolescentes através do Teste da Urease para diagnóstico do HP, da técnica de PCR para detecção da cepa cagA de H. pylori, da técnica de hibridização in situ para detecção do EBV e da análise patológica para determinação de características histopatológicas. Resultados: A prevalência de HP nas crianças e adolescentes em estudo foi de 53,1% enquanto a prevalência de VEB foi 3,1%. Entre os pacientes infectados por HP, a maioria (94,3%) apresentava gastrite a endoscopia digestiva alta, sendo gastrite enantemática a mais comumente encontrada. Na análise histopatológica, também a maioria (97,1%) dos pacientes apresentava algum grau de gastrite, com 80% classificados com gastrite crônica moderada. Cepas cagA positivas foram encontradas em 64,7% dos infectados com HP e entre estes todos tinham gastrite, com predomínio de gastrite crônica moderada (54%), no entanto não se observou correlação com significância estatística entre esses achados. Em adição, também não houve significância estatística para a associação entre infecção por HP e por VEB na população estudada, a baixa prevalência de VEB nesta análise sugere que esse vírus não é um agente etiológico das lesões da mucosa gástrica. No nosso conhecimento, este é o primeiro estudo que relaciona estes dois agentes infecciosos na mucosa gástrica de crianças e adolescentes do norte do Brasil. Conclusão: A maioria dos achados deste estudo se assemelha aos relatos da literatura, contudo evidenciou-se a necessidade de estudos com maior casuística, envolvendo a população pediátrica imunocompetente afim de melhor esclarecer se há ou não correlação entre a infecção por HP e VEB em nossa região.
|
|
|
-
CAROLINA DOS SANTOS ARAUJO
-
Influência de Parâmetros Espaciais do Estímulo Sobre Potenciais Corticais Visuais Provocados Gerados por Estimulação Pseudo-aleatória
-
Data: 08/03/2013
-
Mostrar Resumo
-
As contribuições dos mecanismos de detecção de contraste ao potencial cortical provocado visual (VECP) têm sido investigadas com o estudo das funções de resposta ao contraste e de resposta à frequência espacial. Anteriormente, o uso de sequências-m para o controle da estimulação era restrito à estimulação eletrofisiológica multifocal que, em alguns aspectos, se diferencia substancialmente do VECP convencional. Estimulações únicas com contraste espacial controlado por sequências-m não foram extensivamente estudadas ou comparadas às respostas obtidas com as técnicas multifocais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da frequência espacial e do contraste de redes senoidais no VECP gerado por estimulação pseudoaleatória. Nove sujeitos normais foram estimulados por redes senoidais acromáticas controladas por uma sequência-m binária pseudoaleatória em 7 frequências espaciais (0,4 a 10 cpg) em 3 tamanhos diferentes (4º, 8º e 16º de ângulo visual). Em 8º, foram testados adicionalmente seis níveis de contraste (3,12% a 99%). O kernel de primeira ordem não forneceu respostas consistentes com sinais mensuráveis através das frequências espacias e dos contrastes testados o sinal foi muito pequeno ou ausente enquanto o primeiro e o segundo slice do kernel de segunda ordem exibiram respostas bastante confiáveis para as faixas de estímulo testadas. As principais diferenças entre os resultados obtidos com o primeiro e o segundo slice do kernel de segunda ordem foram o perfil das funções de amplitude versus contraste e de amplitude versus frequência espacial. Os resultados indicaram que o primeiro slice do kernel de segunda ordem foi dominado pela via M, porém para algumas condições de estímulo, pôde ser percebida a contribuição da via P. Já o segundo slice do kernel de segunda ordem refletiu contribuição apenas da via P. O presente trabalho estende achados anteriores sobre a contribuição das vias visuais ao VECP gerado por estimulação pseudoaleatória para uma grande faixa de frequências espaciais.
|
|
|
-
ANA CAROLINA ALVES DE OLIVEIRA
-
REDUÇÃO DO VOLUME HIPOCAMPAL, PERDA NEURONAL E ALTERAÇÕES GLIAIS EM RATOS EXPOSTOS CRONICAMENTE AO ETANOL DA ADOLESCÊNCIA À FASE ADULTA
-
Data: 04/03/2013
-
Mostrar Resumo
-
O consumo de etanol (EtOH) é considerado um problema de saúde pública do Brasil e no mundo, sendo alvo de pesquisas epidemiológicas e de seus efeitos no organismo durante as várias etapas do desenvolvimento humano. Neste contexto, torna-se necessário o entendimento dos efeitos do EtOH no Sistema Nervoso Central, mais especificamente sobre a formação hipocampal, pois embora seja conhecida como uma estrutura particularmente sensível aos seus efeitos deletérios do EtOH, os mecanismos subjacentes aos efeitos de exposição crônica são pouco estabelecidos. O presente estudo objetiva verificar quais as repercussões da exposição crônica ao EtOH em ratos, desde a adolescência até a idade adulta, sobre os padrões morfométricos e morfologia hipocampal. Ratos Wistar, fêmeas, receberam EtOH por gavagem (6,5 g/kg/dia, 22,5% V/v), do 35º ao 90º dia pós-natal, sendo comparado com grupo controle, o qual recebeu apenas água destilada. Foi realizada análise morfométrica e estereológica, bem como histoquímica e imunoistoquímica. Para a marcação imunoistoquímica, utilizou-se os anticorpos Anti-NeuN, Anti-GFAP e Anti-Iba1. Verificou-se perda neuronal significativa em CA1 e hilo, com CA3, apresentando diminuição não significante no número de células Neu-N+. Também foi encontra redução significativa da população microglial em todas as áreas investigadas, com ativação destas células. Houve redução no número de astrócitos em animais expostos ao EtOH em todas as áreas, embora não de forma significativa em CA1. Análise estereológica evidenciou redução de volume na formação hipocampal de ratos expostos ao EtOH em relação ao grupo controle. Desta forma, conclui-se que animais expostos cronicamente ao EtOH, sofrem redução volumétrica e perdas neuronal e glial na formação hipocampal.
|
|
|
-
MADACILINA DE MELO TEIXEIRA
-
PADRÕES NEUROPATOLÓGICOS NAS SUBSTÂNCIAS BRANCA E CINZENTA
REVELADOS POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E RESSONÂNCIA
MAGNÉTICA E DÉFICITS NEUROLÓGICOS CORRESPONDENTES EM
CRIANÇAS COM ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO PROGRESSIVA DA
INFÂNCIA
-
Data: 17/01/2013
-
Mostrar Resumo
-
A Encefalopatia Crônica Não Progressiva da Infância (ECNP) é a sequela neurológica com
maior comprometimento motor para a criança, e continua sendo na atualidade a hipóxicoisquemia
perinatal a maior causa de lesão cerebral. É conhecida como Paralisia Cerebral,
sendo definida por uma sequela de agressão encefálica, caracterizada, principalmente, por um
transtorno persistente, mas não invariável do tônus, da postura e do movimento, que aparece na
primeira infância. A caracterização da ECNP se faz considerando as condições anatômicas,
etiológicas, semiológicas e não evolutiva. Neste estudo adotou-se a classificação baseada em
aspectos anatômicos e clínicos, que enfatizam o sintoma motor, enquanto elemento principal
do quadro clínico. A neuroimagem tem fundamental importância para o diagnóstico e
prognóstico de lesões cerebrais, exercendo a importante função de descartar ou confirmar a
presença de lesões em recém-nascidos e nas crianças com alterações no desenvolvimento. A
Tomografia Cerebral (TAC) e a Ressonância Magnética do Crânio (RM) vêm desempenhando
enorme papel para o estudo dos vários tecidos que constituem o sistema nervoso. Assim este
estudo teve o objetivo geral de avaliar os padrões neuropatológicos nas substâncias branca e
cinzenta, obtidos por TAC ou RM de Crânio, de pacientes com história clínica de ECNP
hipóxico-isquêmica perinatal, correlacionando os dados obtidos por neuroimagem com os
padrões motores obtidos por exame clínico-neurológico. Foram obedecidas as normas
vigentes para estudo em seres humanos impostas pela Resolução CNS 196/96, submetida ao
Comitê de Ética e Pesquisa da Plataforma Brasil sob o Nº 112168. A população foi
constituída por pacientes com idade de zero a sete anos, de ambos os sexos, atendidos no
Ambulatório de Paralisia Cerebral do Projeto Caminhar do Hospital Universitário Bettina
Ferro de Souza (HUBFS), com diagnóstico de ECNP. A amostra do estudo foi composta por
15 crianças com diagnóstico de ECNP por Hipóxia neonatal. Para o diagnóstico radiológico
em neuroimagem foram utilizados os dados dos laudos da TAC e da RM de Crânio. A
avaliação clínico-neurológica utilizou para a avaliação do movimento o modelo da escala
Gross Motor Function Classification System (GMFCS E&R), elaborada por Palisano, que
gradua a criança em cinco níveis no qual o Nível I corresponde à normalidade e o Nível V a
maior gravidade de limitação. Das 15 crianças avaliadas quanto ao movimento e a relação do
Nível de Motricidade pela GMFCS E&R 05 crianças apresentavam nível V, 04 crianças nível
IV, 05 crianças nível III e 01 criança nível II. Quanto ao imageamento cerebral 46%
realizaram TAC e 54% RM do Crânio. A RM de Crânio apresentou-se neste estudo como a
imagem de eleição, pois das 8 crianças que realizaram o exame, 6 apresentavam alterações.
Ficou evidente que o exame por imagem de eleição para a criança que apresenta
Encefalopatia Crônica não Progressiva é a RM de Crânio, podendo se adotar como protocolo
para a conclusão diagnóstica, evitando expor a criança a uma carga elevada de RX como
ocorre na TAC, e ainda, evitando gastos desnecessários para a saúde pública.
|
|
|
-
ADEMIR FERREIRA DA SILVA JUNIOR
-
INTOXICAÇÃO CRÔNICA EXPERIMENTAL COM ALUMÍNIO: PADRÕES DEGENERATIVOS, COMPORTAMENTAIS E TERAPIA EXPERIMENTAL COM MAGNÉSIO APÓS LESÃO HIPOCAMPAL
-
Data: 17/01/2013
-
Mostrar Resumo
-
Evidências experimentais sugerem que o alumínio é um agente neurotóxico com ações deletérias sobre os processos cognitivos. No entanto, poucos estudos investigaram os efeitos neurocomportamentais da intoxicação experimental com alumínio. Neste estudo, investigou-se os efeitos comportamentais, histopatológicos e bioquímicos da intoxicação crônica com citrato de alumínio sobre o hipocampo de ratos adultos, ao mesmo tempo delineando terapia experimental de tratamento com magnésio para a reversão das alterações neuropatológicas encontradas. Utilizou-se 70 ratos Wistar machos de 230-250 g, divididos em 1 grupo (G1) citrato de sódio, grupo controle (G2), grupo citrato de alumínio (G3), citrato de alumínio + sulfato de magnésio (G4), citrato de sódio + sulfato de magnésio (G5). A dose usada de citrato de alumínio foi de 100 mg/kg e sulfato de magnésio 250 mg/kg. O neurotóxico foi administrado por via intragástrica, durante 30 dias. Os animais foram submetidos aos testes comportamentais do campo aberto, Rota rod, Reconhecimento social e Labirinto em T elevado (LTE). Além disso, foi verificado os níveis de alumínio no soro e no hipocampo dos animais em espectrômetro de absorção atômica em forno de grafite (GF AAS) e análise imunoistoquímica para NeuN e GFAP. Verificou-se que o grupo G3 apresentou um aumento da atividade locomotora no teste do campo aberto em comparação ao grupo controle e já o grupo G4 apresentou uma diminuição (P<0.001). Nos testes de memória do LTE e de Reconhecimento social, os animais do grupo G3 apresentaram um déficit no aprendizado em relação aos demais grupos e já os animais do grupo G4 apresentaram um bom desempenho nos teste (P<0.001). Os níveis de alumínio encontrados no hipocampo do grupo G3 foi consideravelmente elevado e nos grupos G1, G2 e G4 os níveis ficaram abaixo do limite de detecção do equipamento. Estes resultados sugerem que a intoxicação experimental com citrato de alumínio induz déficits de aprendizado e memória e que a administração de sulfato de magnésio pode ter a capacidade de minimizar os danos causados pelo metal no hipocampo de animais intoxicados.
|
|