Dissertações/Teses

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2024
Descrição
  • IJAIR ROGERIO COSTA DOS SANTOS
  • "EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIOS E NEUROPROTETORES DO EXTRATO DE GERGELIM PRETO (Sesamum indicum L) EM UM MODELO EXPERIMENTAL DE ISQUEMIA ESTRIATAL"

  • Data: 26/03/2024
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  • Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma neuropatologia caracterizada como o
    surgimento súbito global ou focal de déficits da função neurológica de duração
    superior a 24 horas ou que leve a morte, cuja única causa reside na origem vascular.
    Estudos sobre a incidência, comprometimento físico e mortalidade enquadram o AVE
    como a segunda causa de morte no mundo e a principal complicação orgânica que
    leva às disfunções físico-neurológicas, frequentemente, graves e permanentes. A
    indução do AVE em animais de experimentação e o entendimento de sua
    fisiopatologia, bem como a busca de tratamentos que minimizem os danos
    neurológicos e estimulem a recuperação morfofuncional do indivíduo afetado são
    temas de grande relevância científica e clínica. Neste estudo, investigamos os
    possíveis efeitos neuroprotetores e/ou anti-inflamatórios do extrato supercrítico de
    gergelim preto (Sesamun indicum L.) após lesão isquêmica focal por microinjeções de
    80 pmol de endotelina-1 no estriado de ratos adultos, usando as coordenadas
    estereotáxicas: 1,2 mm, anterior-posterior; 2,5 mm, médio-lateral; 4,0 mm,
    dorsoventral. Após a indução do AVE, os grupos controles foram tratados com tween
    a 5% e os tratados receberam 150 mg/kg de gergelim, ambos, por via intraperitoneal,
    em duas doses diárias de 75 mg/kg. A neuropatologia foi obtida em secções
    encefálicas com 50 e 20 μm de espessuras e coradas com violeta de cresila, para
    identificar a área de lesão, e/ou imunomarcadas por anticorpos específicos à
    identificação de neurônios (anti-NeuN), astrócitos (anti-GFAP) e micróglia (anti-ED1).
    Secções de 5 μm de espessura de rim e fígado corados por métodos histológicos e
    histoquímicos não mostraram alterações morfológicas nas células que compõem
    esses órgãos essenciais, sugerindo baixa toxicidade do extrato. Todas as secções
    coradas e/ou imunomarcadas foram visualizadas em microscópio óptico e seus
    campos mais ilustrativos, em todos os tempos de sobrevida e grupos experimentais,
    foram capturados digitalmente e editados em computador. A quantificação das células
    NeuN+(neurônios), micróglia/macrófagos (ED1+) e astrócitos (GFAP+) na área de
    lesão, três secções por lâmina, todo campo ao redor de lesão por secção, com auxílio
    de uma gradícula de área 0,0625 mm2 na ocular possibilitou o teste t-Student à análise
    estatística entre os grupos e o uso do programa Microsoft Excel à plotagem dos
    gráficos. Por fim, uma caracterização da citotoxicidade in vitro, bem como a verificação
    do índice de acidez do extrato revelou baixa acidez e mínima agressividade em células
    sanguíneas, que ratifica o uso do extrato supercrítico em estudos que visem o
    tratamento de doenças agudas e crônicas no SNC.

  • LEONARDO MIRANDA ABDON
  • TECNOLOGIA DE PROCESSAMENTO DE IMAGEM PARA ORIENTAÇÃO DE DEFICIENTES VISUAIS DENTRO DO ESPAÇO RESIDENCIAL

  • Orientador : MANOEL DA SILVA FILHO
  • Data: 06/03/2024
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  • Este trabalho visa o desenvolvimento de tecnologia assistiva baseada em plataforma
    Raspberry Pi com o intuito de permitir maior autonomia dentro de ambientes internos para
    indivíduos com cegueira. Busca-se, portanto, a montagem de um sistema vestível de detecção
    de obstáculos e orientação de caminhos que se utilize de câmera para captar imagens
    direcionadas ao piso imediatamente à frente do usuário, a fim de que se identifiquem códigos
    QR criados especificamente para gerar respostas dentro do algoritmo escrito, para que sejam
    emitidas respostas por meio de padrões vibratórios em motores e frases gravadas por fones de
    ouvido. O sistema foi desenvolvido desta maneira de modo a permitir autonomia à escolha de
    caminhos pelo usuário com auxílio de um produto de tecnologia assistiva de baixo custo, de
    fácil acesso e manutenção, e grande flexibilidade quanto às necessidades e preferências do
    usuário. O sistema teve seu funcionamento testado de maneira fixa em sala de estudo controlada
    e sem janelas e de maneira móvel em corredor controlado e obteve resultados satisfatórios no
    que se refere às distâncias de detecção de caminhos e obstáculos e à velocidade de emissão de
    respostas. Por fim, foi desenhado e confeccionado um suporte com alças para tornar o sistema
    desenvolvido num aparato vestível de maneira simples e não intrusiva.

  • NAYARA KAUFFMANN
  • A INFECÇÃO POR Plasmodium berghei (ANKA) INDUZ UM QUADRO DE ENCEFALOPATIA HEPÁTICA EM MODELO
    MURINO DE MALÁRIA NÃO COMPLICADA

  • Data: 28/02/2024
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  • A disfunção hepatocelular associada ao quadro de malária tem
    como principais alterações a insuficiência hepática, hepatoesplenomegalia e
    aumento das enzimas hepáticas. Diversos estudam já elucidaram que tais
    alterações hepáticas podem ser ocasionadas pelo aumento dos níveis amônia,
    que consequentemente pode levar à disfunção no sistema nervoso central
    (SNC), ocasionando um quadro de encefalopatia hepática, culminando em
    aumento da resposta inflamatória, edema cerebral, desregulação de
    neurotransmissores e alterações cognitivas e locomotoras. Objetivo.
    Caracterizar as possíveis alterações no sistema nervoso central a partir de uma
    lesão hepática induzida pela infecção por Plasmodium berghei ANKA em
    modelo murino de malária não complicada. Metodologia. Para isso foram

    utilizados camundongos da linhagem Balb-c (20-25g) entre 45-54 dias pós-
    natal (CEUA no 2229290317), inoculados com ~106 de eritrócitos parasitados

    via intraperitoneal. O delineamento experimental foi divido em duas partes:
    Primeiramente foram caracterizadas a curva de sobrevivência, parasitemia,
    massa corpórea, sinais clínicos, alterações hepáticas e histológicas,
    neuroquímica, presença de edema cerebral, extravasamento vascular, resposta
    inflamatória, alterações comportamentais e quantificação dos níveis de amônia
    nos grupos controle e PbA. Posteriormente, foi realizado um tratamento com
    lactulose para verificar se as alterações encontradas nos experimentos
    anteriores eram em decorrência do aumento dos níveis de amônia no cérebro
    dos animais. Para isso os grupos foram divididos em: grupo controle, lactulose
    3mg/kg, PbA e PbA+lactulose 3mg/kg, no qual foi avaliado a curva de
    sobrevivência, parasitemia e atividade locomotora pelo protocolo SHIRPA. Os
    resultados foram expressos como média+desvio padrão. Foi realizado o
    ANOVA (uma via), pós teste Tukey, considerando como significativo p<0,05.
    Resultados. Nossos dados demonstraram que o grupo PbA apresentou
    alterações nas funções hepáticas como aumento dos níveis de AST e ALP, BT
    e BD, alterações morfológicas como a hepatoesplenomegalia, além das
    alterações histológicas evidenciar infiltrado inflamatório, deposição do pigmento
    malárico e hiperplasia das células de Kupffer, demonstrando dessa forma um
    quadro de falência hepática. Após caracterizar a lesão hepática, buscamos
    entender se essas alterações poderiam gerar um comprometimento no SNC, o
    qual observamos um comprometimento cognitivo e motor, além de alterações
    nos níveis dos neurotransmissores GABA e glutamato, acompanhado com
    aumento da resposta inflamatória, edema cerebral e disfunção na barreira
    hematoencefálica. Uma vez demonstrado a falência hepática e,
    consequentemente, a presença de alterações cognitiva e comportamentais,
    buscou-se avaliar os níveis de amônia no cérebro dos animais controle e PbA
    na fase inicial da infecção. Nesse sentido, a quantificação dos níveis de
    amônia, evidenciou um aumento no 10o d.p.i., no tecido cerebral quando
    comparado com o grupo controle, em que os níveis estavam dentro do
    esperado em relação a atividade locomotora, ao aplicarmos o protocolo no
    grupo infectado e tratado com lactulose, foi possivel observar que o grupo PbA
    apresentou alterações no comportamento motor, quando comparado com o
    grupo controle. Em contrapartida, o grupo PbA+Lactulose 3mg/kg apresentou
    uma atenuação das alterações cognitivas e comportamentais, evidenciando
    que a terapia com lacutolose consegue atenuar o quadro cognitivo quanto ao 10 comportamento motor, força e tônus muscular, reflexo e função sensorial. Conclusão. Concluimos que a falência hepática ocasiona um quadro de encefalopatia hepática em modelo murino de malária não complicada, o qual culmina para alterações no sistema nervoso central, pelo aumento dos níveis de amônia no cérebro, e ao realizar o sequestro da amônia com o auxilio do tratamento com lactulose na dose de 3mg/kg, esta consegue atenuar os danos neurológicos dos animais com malária não complicada, demonstrando que as alterações comportamentais são provenientes de um quadro de encefalopatia hepática, ocasionada pelo aumento dos níveis de amônia no córtex dos animais infectados.

  • CAIO DE OLIVEIRA BASTOS
  • Classificação de Perfis de Produtividade Usando Redes Neurais Artificiais a partir de Registros
    Eletroencefalográficos: Uma Aplicação na Mineradora Vale S.A., Complexo S11D Eliezer Batista

  • Data: 30/01/2024
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  • Resultados e métodos da neurociência já podem ser aplicados em escala rotineira. De fato,
    a neurociência aplicada já é usada para, por exemplo, medir e estudar a atividade cerebral
    sob alta demanda usando eletroencefalografia (EEG). A produtividade em certos ambientes
    é função direta da atividade cerebral. A atividade intensa de algumas funções cognitivas
    como atenção sustentada e memória de trabalho influenciam a produtividade diretamente.
    O ambiente de trabalho em companhias de mineração, onde trabalhadores são muito
    exigidos física e mentalmente, é um exemplo. O presente trabalho fez parte de um projeto
    maior chamado “Usando Treinamento Cognitivo para o Desenvolvimento de Operadores de
    Alto Desempenho” da empresa Vale S. A. e, portanto, todos os operadores que participaram
    do estudo trabalham para a empresa Vale S. A. e fazem essa simulação de escavação como
    parte de sua rotina de treinamento. Usamos o EEG para medir produtividade em uma
    tarefa sem restrições por controle em laboratório. Para isso criamos um algoritmo de
    aprendizado de máquina para analisar os registros de EEG de operadores de escavadeira
    de alta capacidade (com 37 ± 7 anos de idade) durante a simulação da escavação, processo
    usado para treinamento desses operadores, e estimar a produtividade desses operadores
    durante a simulação, usando somente os dados de EEG coletados em repouso antes e após
    a operação simulada. Esses dados foram pré-processados usando um filtro passa-banda
    de 0,5-100 Hz e uma filtragem usando ICA (Independent Component Analysis). Para
    classificar esses operadores, de acordo com sua produtividade estimada, foi utilizada
    uma rede neural artificial do tipo inception responsável por extrair as características dos
    dados de EEG e reduzir sua dimensionalidade. Os parâmetros dessa rede, como o número
    de camadas da rede e o número de neurônios por camada foram otimizados usando a
    otimização bayeziana. Essas características foram então inseridas em 13 classificadores
    diferentes e os que tiveram a melhor performance foram escolhidos para compor o algoritmo
    final e validá-lo. Foi utilizada uma validação hold-out para testar a acurácia do algoritmo
    final, com 20% dos dados disponíveis. Já os 80% restantes foram usados para treinar o
    algoritmo usando uma validação cruzada. O algoritmo final foi testado em uma classificação
    com 4 classes e uma classificação binária a partir dos mesmos dados de EEG e teve uma
    acurácia de classificação bem alta, mesmo usando os dados da validação hold-out, chegando
    a 91,35%, com um classificador Random Forest, usando 4 classes e 95,05% na classificação
    binária, cujo melhor classificador foi um Extra trees. Nossos resultados mostram que nosso
    algoritmo foi bem sucedido e está pronto para ser usado em em campo, uma vez que os
    dados usados nele foram coletados com quase nenhuma alteração nos processos rotineiros
    dos operadores. Temos, portanto, um protótipo patenteável.

  • THIAGO SOUZA SANTOS
  • AVALIAÇÃO IN VITRO DO POTENCIAL GENOTÓXICO E CITOTÓXICO DO EXTRATO DO AÇAÍ (Euterpe oleracea) CLARIFICADO SOBRE A LINHAGEM CELULAR AGP01 (CÂNCER GÁSTRICO)

  • Data: 24/01/2024
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  • O açaí (Euterpe oleracea MART) é uma fruta de grande importância para a região
    Amazônica em termos nutricionais, culturais e socioeconômicos. Nos últimos anos, o açaí
    tem sido alvo de diversos estudos devido às suas propriedades benéficas à saúde,
    incluindo efeitos contra células tumorais. Portanto, o presente trabalho teve como
    objetivo avaliar in vitro os efeitos genotóxicos e citotóxicos do extrato clarificado de suco
    de açaí em uma linhagem celular de câncer gástrico humano metastático (células AGP01).
    Para fins de comparação, utilizou-se uma linhagem celular não transformada de células
    epiteliais renais de macaco verde africano (células VERO). Foram realizados o ensaio de
    viabilidade por redução de resazurina, o ensaio cometa, a determinação da morte celular
    por corantes fluorescentes diferenciais e o ensaio de migração para cicatrização de feridas.
    Foi observada redução na viabilidade apenas na linhagem AGP01 em 72h. Não houve
    dano genotóxico ou morte celular (através de apoptose ou necrose) em nenhuma das
    linhagens celulares. Entretanto, o extrato de açaí induziu redução da motilidade em ambas
    as linhagens celulares. A redução da viabilidade celular e a indução do efeito
    antimigratório na linhagem celular AGP01 abrem perspectivas para explorar o potencial
    da Euterpe oleracea como adjuvante no tratamento do câncer gástrico.

2023
Descrição
  • LUCIANA FERNANDES PASTANA RAMOS
  • VIABILIDADE E EFICÁCIA DA TELERREABILITAÇÃO E DA CARTILHA DE EXERCÍCIOS PARA PESSOAS COM
    DOENÇA DE PARKINSON RESIDENTES EM UMA REGIÃO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA:
    UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO

  • Data: 18/12/2023
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  • A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa crônica e progressiva, e o
    tratamento atual envolve intervenção farmacológica e fisioterapia. A telerreabilitação, que
    abrange apoio e orientação remota para pacientes em reabilitação, pode potencialmente
    melhorar o acesso aos serviços de fisioterapia para pessoas com doença de Parkinson,
    especialmente aquelas que enfrentam barreiras geográficas aos cuidados de saúde. O objetivo
    principal deste estudo foi avaliar a viabilidade e eficácia de um programa de telerreabilitação
    para pessoas com doença de Parkinson que vivem em uma comunidade sub-representada da
    Amazônia brasileira. Realizamos um ensaio clínico randomizado, de grupo paralelo,
    unicêntrico, cego, envolvendo 19 participantes com diagnóstico de doença de Parkinson de
    Belém, Brasil. Os participantes foram designados para um programa individual de
    telerreabilitação de 4 semanas ou um programa de exercícios baseado em cartilha (grupo
    controle). As avaliações foram realizadas antes da intervenção, imediatamente após a
    intervenção e 4 semanas após o término da intervenção. Mostramos que nosso programa de
    telerreabilitação teve alta adesão entre os pacientes, com efeitos adversos mínimos. Tanto a
    telerreabilitação quanto a orientação da cartilha reduziram o tempo para realização do teste
    Timed Up and Go. Concluindo, nosso programa de telerreabilitação e de cartilha de exercícios
    foi viável e eficaz para pessoas com doença de Parkinson no cenário amazônico. Este ensaio foi registrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC) sob o identificador: RBR-

    6sz837s.

  • KAREN ADRIANA PASTANA MARQUES
  • “Os Efeitos da Atividade Física Voluntária na Recuperação Funcional após AVE Isquêmico (AVEi)”

  • Data: 18/12/2023
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  • O

    O acidente vascular encefálico (AVE) é resultante da oclusão (isquemia - AVEi) ou da
    ruptura (hemorragia - AVEh) de vasos sanguíneos no sistema nervoso central (SNC), ocasiona
    eventos bioquímicos complexos que causam danos ao metabolismo energético das células
    nervosas, disfunção da barreira hematoencefálica e, eventualmente, morte celular de neurônios
    e células da glia. Diversos estudos experimentais estão buscando estratégias de promover
    melhora nas repercussões funcionais e sociais em indivíduos que sofreram AVE. A prática de
    exercícios físicos vem sendo discutida e reconhecida na literatura científica como um fator
    importante estratégia de reabilitação para as repercussões clínicas neurológicas e envolve a
    redução do estresse oxidativo, a liberação de fatores de crescimento celular no SNC e o aumento
    das chances de recuperação funcional. Dessa forma, o presente projeto avaliou os efeitos da
    atividade física voluntária na recuperação funcional e na área de lesão em modelo experimental
    de AVE isquêmico (AVEi) focal na representação sensório-motora (S1/M1) da pata anterior.
    Utilizamos modelos de experimentação animal (Rattus novergicus, todos machos e da linhagem
    Wistar) que sofreram indução experimental de AVEi através do uso de microinjeções do
    vasoconstritor Endotelina-1 (ET-1). Os animais foram organizados nos grupos experimentais:
    grupo controle (GC), grupo sham (GS), AVE sem atividade física voluntária (AVE) e AVE

    com atividade física voluntária (AVE+EX). Foram realizados os testes para avaliação sensório-
    motora staircase e da escada horizontal durante a fase aguda do AVEi (baseline e 3, 7 e 14 dias

    após AVEi). Os procedimentos histológicos de coloração de Nissl foram usados para análise da
    área de lesão. Por fim, os dados foram analisados com o auxílio do sofware GraphPad Prism8
    por meio da análise de variância (ANOVA) de uma via corrigidas por pós-teste Tukey ou teste
    Kruskal-Wallis. A significância estatística foi de p<0,05 e todos os dados foram apresentados
    como média ± desvio padrão. Neste estudo a atividade de corrida voluntária promoveu a
    recuperação funcional, com repercussões na melhora do desempenho motor no teste da escada
    horizontal (F (2,223, 15,56) = [20,29], p<0,0001), além da manutenção da taxa de sucesso no
    teste staircase (F (3, 48) = 3,629, p=0,0193). Assim, apesar de não possuir influência sob o
    tamanho da área de lesão, a atividade física voluntaria foi capaz de promover a melhora dos
    déficits sensório motores, gerando recuperação funcional.

  • BRUNA MENDES LOURENCO CUNHA
  • DINÂMICA DE SUCÇÃO DISFUNCIONAL EM LACTENTES COM ANQUILOGLOSSIA

  • Data: 29/11/2023
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  • O aleitamento materno é amplamente recomendado como alimentação
    exclusiva até os 6 meses de idade e prolongada até os dois anos ou mais. Seus
    benefícios são inúmeros e comprovados, entre eles estão a melhora do sistema
    imunológico, a alimentação rica em nutrientes e o desenvolvimento craniofacial a
    partir do movimento de sucção. No entanto, não são todos os bebês que conseguem
    mamar no seio materno em decorrência de algumas dificuldades, com a
    anquiloglossia. Conhecida como língua presa, ela pode restringir os movimentos da
    língua, dificultando a amamentação e, em alguns casos, sendo responsável pelo
    desmame precoce. Objetivo: Comparar a sucção infantil em lactentes com e sem
    anquiloglossia usando um sensor de pressão controlado por microprocessador
    acoplado a uma chupeta. Métodos: Cinquenta e cinco lactentes de 0 a 2 meses de
    idade foram submetidos ao exame clínico de anquiloglossia, em seguida foi
    oferecido uma chupeta de silicone conectada ao dispositivo de aquisição de pressão
    e a atividade de sucção foi registrada. Assim, obtivemos dados sobre a frequência
    de sucções dentro de uma eclosão, a duração média da sucção, a duração da
    eclosão, o número de sucções por eclosão, a amplitude máxima das sucções por
    eclosão e o intervalo entre eclosões. O teste t não pareado foi utilizado para

    comparações entre os grupos. Resultados: A principal diferença dos recém-
    nascidos com anquiloglossia em relação aos do grupo controle é que eles realizam

    eclosões mais longas durante a atividade de sucção. Conclusão: A duração mais
    longa das eclosões é provavelmente uma estratégia compensatória e pode estar por
    trás da dor relatada pelas mães durante a amamentação. Portanto, propomos um
    método para quantificar objetivamente alguns parâmetros da sucção infantil e
    demonstramos seu uso para auxiliar na avaliação da anquiloglossia.

  • FELIPE ANDRE DA COSTA BRITO
  • DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVO PARA A REALIZAÇÃO DO FINGER TAPPING TEST E A INFLUÊNCIA DO SEXO E DA DOMINÂNCIA MANUAL NO DESEMPENHO FINGER TAPPING TEST BASEADO EM SMARTPHONE.

  • Data: 27/11/2023
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  • O Finger Tapping Test (FTT) é um teste neuropsicológico clássico que avalia o funcionamento
    motor e recentemente tem sido utilizado por meio de smartphones. Nos protocolos clássicos,
    observou-se que o sexo e a dominância manual influenciam o desempenho durante o teste. Ao
    avaliar a influência do sexo e da dominância manual no teste, é possível ajustar as medições de
    desempenho para garantir a validade dos resultados do teste e evitar viés relacionado ao sexo e
    à dominância manual. O presente estudo teve como objetivo avaliar a influência do sexo e da
    dominância manual no desempenho de participantes em protocolos de FTT baseado em
    smartphones. Foi desenvolvido um aplicativo Android para a realização do FTT e recrutou-se
    40 homens e 40 mulheres para realizar três protocolos com diferentes desenhos espaciais
    (protocolos I, II e III). O desempenho dos participantes foi medido usando os parâmetros
    globais, temporais e espaciais do FTT. Foi observado que, para o desempenho no protocolo I,
    a dominância manual teve uma influência significativa nas variáveis globais e temporais,
    enquanto a interação entre dominância manual e sexo teve uma influência maior nas variáveis
    espaciais. Para os protocolos II e III, observamos que a dominância manual teve uma influência
    significativa nas variáveis globais, temporais e espaciais em comparação com outros fatores.
    Conclui-se que o teste baseado em smartphone é parcialmente influenciado pela dominância
    manual e pelo sexo e esses fatores devem ser considerados durante a avaliação do FTT baseado
    em smartphone.

  • RAQUEL CARVALHO BOUTH
  • O papel da biologia molecular no diagnóstico, epidemiologia molecular, e perfil de sensibilidade de cepas de M. leprae em região endêmica da Amazônia Brasileira

  • Data: 09/10/2023
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  • A hanseníase é uma doença crônica, incapacitante e de difícil diagnóstico em todas as suas manifestações clínicas. O objetivo deste estudo foi identificar o melhor marcador laboratorial para o seu diagnóstico, conhecer geneticamente as cepas de M. leprae circulantes no Estado do Pará e avaliar a realidade da droga-resistência na região. Para isso, a equipe multiprofissional avaliou 833 indivíduos em diferentes estratégias na URE Dr. Marcello Candia, e em 14 municípios do Pará. Todos os indivíduos foram avaliados clinicamente, e coletadas amostras biológicas para análise comparativa dos resultados de baciloscopia de raspado intradérmico, detecção molecular do bacilo pela pesquisa da região RLEP por qPCR em lóbulos auriculares, titulação de anticorpos IgM Anti-PGL-I, e biópsia de pele em quem tinha lesão para exame histopatológico, detecção de RLEP, e sequenciamento do genoma completo do M. leprae. Foram clinicamente diagnosticados 351 casos, divididos nos grupos com manifestação clínica clássica e não clássica, e casos assintomáticos e 482 contatos saudáveis. A análise comparativa dos resultados demonstrou que a detecção molecular de RLEP em lóbulo auricular apresentou maior sensibilidade e especificidade e concordância com o diagnóstico clínico (72,5, 70,4 e Kappa= 0,42 respectivamente), seguida da detecção em biópsia de pele (sensibilidade= 65,8%), sorologia Anti PGl-I com 61,2% (52,2 de especificidade), baciloscopia (41,7%) e histopatologia (25,0%). Na associação do RLEP com a sorologia, houve o aumento da correlação com a clínica (Kappa= 0,55). Na avaliação do perfil de cepas circulantes, o perfil mais frequente foi o perfil 4N (52/66- 78,8%), seguido do subtipo 4P (4/66- 6,1%), 3I (9/66 -13,6%), e 1D (1/66- 1,5%). Na análise das regiões de droga-resistência, obtivemos 3/101 (3%) de mutação conferindo droga-resistência a dapsona, gene folP1. 1/40 (2,5%) conferindo resistência às quinolonas,em gyrB. A cepa resistente em gyrB, apresentava também mutação em folP1, e nos genes fadD9, ribD, pks4 e nth, considerada hipermutante. Nossos achados direcionam o exame de detecção molecular de RLEP por qPCR associado à sorologia Anti-PGL-I como boas ferramentas para diagnóstico laboratorial da hanseníase. As cepas do tipo 4, originárias da África, são o tipo mais frequentes na Amazônia e que algumas cepas circulantes apresentam drogaresistência às medicações do esquema de poliquimioterapia atual e às drogas alternativas.

  • JADE THALIA RODRIGUES
  • EFEITOS DE TERAPIA MOTORA BASEADA EM MOVIMENTO DE DANÇA NAS FUNÇÕES DA TEORIA DA MENTE E DO RITMO MU DE PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON

  • Data: 23/08/2023
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  • A Doença de Parkinson (DP) é uma desordem neurodegenerativa progressiva que
    afeta regiões encefálicas cuja circuitaria neural é responsável pelo controle dos movimentos
    voluntários. Além dos sintomas motores, pacientes com DP apresentam sintomas não-motores
    que afetam drasticamente sua qualidade de vida. Estes incluem alterações cognitivas dentre as
    quais destacam-se déficits na memória de trabalho, déficits de funções executivas e na
    habilidade de dedução dos estados mentais de outrem (Teoria da Mente: TM) e podem ter
    relação também com as funções dos neurônios espelho (NE). Os NE são neurônios ativados
    quando uma pessoa realiza ou observa uma dada ação, realizando assim simulação “interna”
    dos atos observados, um processo necessário para a capacidade de reconhecimento de
    emoções e intenções na TM. Sua atividade é influenciada pelo treino prévio das ações
    motoras observadas e pode ser registrada usando-se eletroencefalografia (EEG) através de
    alterações nas amplitudes de onda da banda Mu (ondas alfa 1) detectadas quando um
    indivíduo observa as ações de outra pessoa. O presente trabalho investigou os efeitos de
    terapia motora sobre a atividade eletroencefalográfica e suas correlações com funções da TM
    em pacientes acometidos pela DP. Para tal, foram realizadas avaliações eletroencefalográficas
    para investigação de padrões de dessincronização característicos da atividade de neurônios
    espelho, além dos testes Reading the Mind in the Eyes (RME) e Faux Pas Recognition (FPR).
    Avaliamos pacientes diagnosticados com a DP (n=09), sob esquema farmacológico, Hoehn e
    Yahr 2-4, de ambos os sexos e com idades com média de 62.9 ± 7.1 anos e média de 5,8 ± 1,3
    anos de diagnóstico, em janelas temporais antes do ingresso no projeto (Teste) e após doze
    meses de participação realizando 2 sessões semanais (Reteste) de terapia motora baseada em
    movimento de dança. Os dados tabulados foram analisados usando o teste t de Student. Não
    foram observadas diferenças significativas nos parâmetros de avaliação do teste FPR nas
    janelas temporais de Teste e Reteste. Já no teste RMT, a pontuação média obtida pelos
    participantes no Teste foi de 9,7 pontos, enquanto no Reteste a média foi de 11,3 pontos, com
    significância observada de p=0,0148. A análise estatística eletroencefalográfica (TRPs)
    apresentou resultados significativos no nível de dessincronização das ondas alfa 1 (p=0,014
    ep=0,010). Os resultados demonstram que embora os indivíduos não apresentem melhora no
    desempenho na maioria dos componentes dos testes TM analisados, os resultados de EEG
    indicam alteração de atividade cortical cerebral específica relacionada à ativação do sistema
    de neurônios-espelho, influenciada pela terapia motora baseada em movimentos de dança o
    que a torna uma opção terapêutica adjuvante no tratamento dos sintomas motores e não
    motores de pessoas acometidas por DP.

  • EVERTON RENAN QUARESMA DOS SANTOS
  • Avaliação do óleo essencial de pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke) em modelo de depressão induzida por álcool em ratas adolescentes.

  • Data: 23/08/2023
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  • A depressão é um distúrbio de prevalência mundial, que afeta a funcionalidade e a
    qualidade de vida das pessoas. O óleo essencial de pau-rosa (Aniba rosaeodora
    Ducke) rico em linalol apresenta atividades sobre o sistema nervoso central,
    incluindo do tipo antidepressiva. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do
    óleo essencial em ratas adolescentes através de um modelo de depressão induzida
    por álcool em padrão binge. O óleo essencial foi destilado e analisado por um
    sistema duplo CG-EM e CG-DIC. A capacidade antioxidante do óleo essencial foi
    determinada nos ensaios ABTS•+ e DPPH•. Ratos Wistar fêmeas, com 29 dias de
    idade, receberam por via oral água destilada ou etanol (3 g/kg/dia) em 4 episódios
    de binge e por via intranasal solução salina ou óleo de pau-rosa (35 mg/kg) uma vez
    ao dia por 28 dias. A concentração plasmática de linalol foi determinada após 1h, 2h
    e 48h da administração intranasal do óleo essencial. Após o tratamento
    experimental, foram realizados os testes splash e nado forçado. A expressão gênica
    de BDNF e S100B, os parâmetros biológicos do estresse oxidativo e os níveis de
    citocinas pró-inflamatórias foram determinados no córtex pré-frontal e hipocampo.
    Os resultados demonstraram que o óleo essencial promoveu melhora do perfil
    anedônico e depressivo induzido pelo álcool, prevenindo as alterações
    comportamentais observadas no grupo etanol. Os efeitos comportamentais do óleo
    essencial foram relacionados à modulação positiva de genes de BDNF e S100B, à
    restauração dos níveis de GSH e TEAC, além da atenuação do aumento de TBARS,
    IL-1β, IL-6 e TNF-α induzidos pelo álcool. Os resultados sugerem que o óleo
    essencial melhorou o perfil depressivo induzido pelo álcool através de um
    mecanismo neuroprotetor ao modular positivamente a expressão gênica de fatores
    neurotróficos, reequilibrar o estado antioxidante e atenuar o processo inflamatório,
    possivelmente pela ação do linalol.

  • NAINA YUKI VIEIRA JARDIM
  • Semelhanças cognitivas inesperadas entre idosos ejovens: variabilidade e desempenho cognitivo.

  • Data: 17/08/2023
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  • O estudo da variabilidade interindividual no desempenho cognitivo pode fornecer pistas
    importantes sobre o declínio cognitivo multivariado relacionado à idade. No presente trabalho,
    investigamos a variabilidade, as semelhanças e as diferenças cognitivas entre idosos e jovens.
    Para isso, utilizamos a análise de cluster hierárquico e função discriminante canônica de escores
    cognitivos usando tarefas específicas e sensíveis da Cambridge Neuropsychology Test
    Automated Battery - CANTAB. Entre os 415 voluntários testados, foram encontrados três
    grupos cognitivos distintos, baseados principalmente nos escores de memória de trabalho e
    memória episódica: o grupo 1 foi composto quase que exclusivamente por adultos jovens (94%
    jovens), enquanto os grupos 2 (82% idosos) e 3 (95% idosos) foram compostos
    predominantemente por adultos idosos. Embora o grupo 1 fosse o grupo mais jovem e com
    maior nível de escolaridade em relação aos outros grupos, 18% dos jovens compartilhavam
    desempenhos semelhantes aos do grupo 2 de idosos, enquanto 5% compartilhavam
    semelhanças cognitivas com o grupo 3. Em comparação ao grupo 1, os grupos
    predominantemente de idosos 2 e 3 teve pontuações igualmente mais baixas em memória de
    trabalho, mas em comparação com o grupo 3, o grupo 2 apresentou melhores desempenhos em
    tempo de reação, atenção sustentada e memória episódica. Quando as análises de cluster
    hierárquico e função discriminante foram limitadas à mesma faixa etária, encontramos 4 e 5
    clusters distintos entre adultos jovens e idosos, respectivamente. A memória episódica, a
    atenção sustentada e o tempo de reação contribuíram mais para a formação de grupos em idosos,
    enquanto a memória de trabalho e a atenção sustentada contribuíram para a formação de grupos
    de adultos jovens. A variabilidade cognitiva entre os sujeitos mostrou dispersão significativa
    no processamento visual rápido, memória de trabalho espacial, tempo de reação e aprendizado
    associado emparelhado. A análise comparativa dessas diferenças mostrou que elas não ocorrem
    na mesma direção e magnitude entre indivíduos, domínios cognitivos e tarefas. Constatamos
    que idosos com maior escolaridade e estilo de vida mais ativo devam ter maior reserva cognitiva
    e por isso se desviaram menos do grupo de referência de adultos jovens. Em conjunto, nossos
    dados destacam a importância do estudo da variabilidade como instrumento para a detecção
    precoce de declínios cognitivos sutis e para a interpretação de resultados que se desviam da
    normalidade.

  • AUREA GABRIELA RODRIGUES MENDES
  • EFEITO DO TRATAMENTO COMBINADO COM LASERTERAPIA E GEL DE AÇAÍ NA FASE PROLIFERATIVA DE REPARO EM MODELO DE LESÃO POR RUPTURA TENDÍNEA TOTAL EM RATOS.

  • Data: 11/08/2023
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  • O extrato de açaí tem sido investigado como estratégia farmacológica devido aos
    seus efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e antinociceptivos. Além disso,
    estudos relatam que o laser de baixa intensidade (LBT) pode favorecer o reparo
    tecidual devido aos seus efeitos proliferativos no aumento do número de fibroblastos
    e na síntese de colágeno. Portanto, o uso combinado de açaí com LBT pode ser
    uma alternativa terapêutica no manejo da reparação tendínea. O objetivo deste
    estudo foi avaliar os efeitos do tratamento combinado com gel de açaí e LBT nos
    aspectos morfofuncionais e nociceptivos da lesão do tendão de calcâneo na fase
    proliferativa de reparo. Para isso, 40 ratos Wistar foram divididos em grupo controle
    (CTRL), lesão (LESÃO), gel de açaí 10% (LESÃO+GA), laser infravermelho 2J,
    (LESÃO+LAS) e tratamento combinado (LESÃO+LAS+GA). O teste de Von Frey,
    Ângulo Articular e Índice Funcional de Aquiles foram realizados em 0, 3, 7, e 14 dias
    pós-lesão (DPL). Após 14 dias, os tendões foram coletados e o padrão de
    organização tecidual foi analisado por H&E e Alcian Blue para avaliar as variações
    de glicosaminoglicanos na matriz extracelular, marcação com DAPI para quantificar
    o número de células e autofluorescência de colágeno para avaliar o padrão de
    orientação das fibras colágenas. Demonstramos melhora das características
    macroscópicas do tendão dos grupos tratamentos em relação ao LESÃO, o que
    pode estar correlacionado com melhor organização e orientação tecidual, assim
    como, das fibras colágenas nesses grupos. O aumento do número de células e
    fibroblastos foi mais evidente no grupo laser enfatizando o papel proliferativo da
    laserterapia. A recuperação funcional foi observada em 7 DPL no grupo laser
    isolado, enquanto o tratamento combinado melhorou a nocicepção na fase aguda
    (7o DPL). Na fase proliferativa (14o DPL), o IFA apontou melhora dos aspectos
    funcionais no grupo tratamento combinado. Em contrapartida, a sensibilidade
    nociceptiva foi reestabelecida em todos os grupos tratamentos. Em suma, nossos
    achados indicam que o uso combinado de gel de açaí com LBT pode ser uma
    alternativa terapêutica no manejo do reparo de lesões tendíneas.

  • VALDENIRA DE JESUS OLIVEIRA KATO
  • “Significado da expressão de p16ink4a e da perda de heterozigosidade do gene PTEN no carcinoma epidermóide bucal relacionado ao papilomavirus humano.”

  • Data: 30/06/2023
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  • Os genes p16 e PTEN fazem parte da família dos genes supressores de tumor comumente associados à inativação de uma variedade de cânceres humanos. A perda de sua expressãotem sido estudada mundialmente no Carcinoma Epidermóide Bucal (CEB). Neste estudo, avaliou-se a hipótese de que p16 coopera com PTEN inativo durante a patogênese do CEB, especialmente na agressividade e proliferação do tumor. Para tanto, utilizou-se 119 amostras de CEB nas quais foram avaliadas a relação entre a infecção por HPV, a expressão de
    p16 e mutações em PTEN através das técnicas de imunohistoquímica (IHC), western blot e  imunofluorescência. Os resultados deste estudo demonstraram que PTEN possui alta positividade em pacientes com tumor de tamanho mais avançado (p <0,01) e metástase linfonodal (p = 0,02). A análise estatística evidenciou que a expressão de p16 foi fortemente associada à presença de HPV (p <0,0001), mas que sua expressão aberrantenão está relacionada com PTEN alterado (p=0.52). Observou-se também que 60% das amostras em estágio IV (estágio avançado do tumor) estavam estatisticamente associadas a presença de mutação. Conclui-se que PTEN e p16 são genes supressores que controlam a progressão tumoral. No estudo atual, PTEN demonstrou maior reatividade em estágios avançados da doença (superior a sete vezes). O p16 foi fortemente associado ao HPV, mas não demonstrou associação significativa com nenhum fator clínico- patológico analisado. Ambas as proteínas apresentam grande importância no prognóstico dos pacientes. Foi demonstrado que a presença viral diminui a agressividade do tumor. Lesões em estágios avançados apresentam menor sobrevida, além disso, a presença de mutação foi mais comumente observada em estágios avançados da doença. Observou-se que pacientes fumantes com ausência de p16 estão significativamente associados a uma taxa de sobrevida duas vezes menor.

  • LAIS TEIXEIRA BONFIM
  • “ANÁLISE TRANSCRIPTÔMICA DAS LINHAGENS CELULARES B103 E C6 EXPOSTAS À AÇÃO DO METILMERCÚRIO”

  • Data: 27/04/2023
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  • A intensificação das atividades antrópicas tem produzido uma alta taxa de poluição
    ambiental principalmente em corpos hídricos, onde a contaminação por metais se tornou
    objeto de grande importância, devido à incapacidade desses ambientes em suportar tal
    poluição. O mercúrio (Hg) é um metal pesado de ocorrência natural, que pode ser
    utilizado na fabricação de elementos domésticos como lâmpadas fluorescentes,
    fungicidas e germicidas. A entrada do Hg na cadeia alimentar ocorre pela metilação dos
    íons Hg2+ em MeHg. Após a metilação, o mercúrio é considerado altamente tóxico para
    o ser humano, e entre os principais órgãos alvo dessa intoxicação podemos citar o cérebro,
    uma vez que o MeHg atravessa facilmente a barreira hematoencefálica, podendo
    acumular-se em diferentes áreas cerebrais. Sabe-se que, uma vez no SNC, o MeHg pode
    causar extensos danos celulares, como dano ao DNA, estresse oxidaivo, neuroinflamação
    e morte celular tanto em neurônios quando em células da glia. Dessa forma, o objetivo
    deste trabalho foi analisar as alterações transcriptômicas das linhagens celulares B103 e
    C6, células derivadas de neuroblastoma e glioma de Rattus norvegicus, expostas à ação
    do metilmercúrio. Para isso, foi utilizada a técnica de microarray de expressão afim
    avaliar o perfil global de expressão genica após 24 h de exposição ao MeHg. Nossos
    resultados demonstraram que o MeHg induz alterações significativas na expressão genica
    das duas linhagens celulares estudadas, sendo estas alterações mais proeminentes na
    linhagem C6, na qual observou-se uma maior quantidade de genes diferencialmente
    expressos. Entre os genes que mais se destacaram após a exposição das células B103 ao
    MeHg destacaram-se os genes Cdc42se2 (log2 FC -4.055713), Dcx (log2 FC 3.618981)
    e 4930449C09Rik (log2 FC 3.5129156) para a concentração de 0,1 μM. Já para a
    exposição de 2,8 μM, os genes com maior FC foram Crem (log2 FC -4.027875),
    Otoa (log2 FC 3.501512) e Dcx (log2 FC 3.423433). Além dos genes acima citados,
    destacaram-se os genes Trim14, Gm14169, Gm30871, Otoa e Dcx por serem
    compartilhados entre os dois grupos expostos. Quanto a linhagem C6, destacaram-se dez
    transcritos com FC maior que 3 (Aldh1l2, Dac1, Rps4l, Zbtb46, 6430573p05Rik, Tcf12,
    Awat2, Muc3, Dclre1b, Slc38a6). No tratamento de 6,3 μM, apenas três genes foram
    alterados mais de 3 vezes (Rps4l, Ankdr44 e 2610318N02Rik). Vale ressaltar que três
    genes foram compartilhados entre os tratamentos (Rps4l, Lamb 3 e Gm 41386).

  • PATRICIA SEIXAS ALVES SANTOS
  • MODIFICAÇÃO DO ESPECTRO DE TREMOR DA MÃO PELA MASSA DO APARELHO DE AVALIAÇÃO DO TREMOR EM INDIVÍDUOS JOVENS SAUDÁVEIS: COMPARAÇÃO DE SMARTPHONE E APARELHO VESTÍVEL

  • Data: 28/03/2023
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  • Os tremores são distúrbios comuns caracterizados por uma oscilação
    involuntária e relativamente rítmica que pode ocorrer em qualquer parte do corpo,
    podendo ser fisiológico ou associado a alguma condição patológica. Sabe-se que o
    carregamento de massa pode alterar a distribuição espectral de potência do tremor.
    Atualmente, muitos instrumentos têm sido utilizados na avaliação de tremores com
    sensores inerciais embutidos, que podem diferir significativamente na massa do
    dispositivo. Objetivo: O objetivo deste estudo foi comparar a quantificação do tremor
    da mão usando análise espectral de Fourier obtidas a partir de leituras de acelerômetros
    embutidos em um dispositivo portátil leve (wearable) e um aparelho de telefonia móvel
    comercial (smartphone). Métodos: Foram recrutados 28 indivíduos destros saudáveis
    com idades variando de 18 a 40 anos. Em cada participante foi registrado o tremor da
    mão em repouso e sob adoção de postura ativa usando wearable (6 g) e smartphone
    (170 g) e foi feita análise de Fourier para estudar o espectro de frequências do tremor e
    foram comparadas características espectrais nas faixas entre 0 e 5 Hz e 5 e 12 Hz entre
    os registros obtidos pelos dois aparelhos. Resultados: Os principais achados desta tese
    mostram que na condição de repouso o espectro de tremor da mão teve maior amplitude
    de pico na faixa entre 5 e 12 Hz quando o tremor foi registrado com smartphones, e na
    condição postural houve pico de energia e frequência de pico significativamente
    maiores nos tremores registrados com smartphones na mão dominante. Conclusões:
    Dispositivos com massas diferentes podem alterar as características do espectro do
    tremor da mão e suas comparações mútuas podem ser prejudicadas.

  • JANE DO SOCORRO DOS NAVEGANTES MARCAL CUNHA
  • SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA E NEUROPROTEÇÃO APÓS TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO: ANÁLISES ESTEREOLÓGICAS EM NEURÔNIOS HIPOCAMPAIS DE RATOS.

  • Orientador : MARCIA CONSENTINO KRONKA SOSTHENES
  • Data: 24/03/2023
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  • O traumatismo cranioencefálico (TCE) é considerado um dos maiores problemas em
    Saúde Pública no mundo, pois causa um elevado número de mortes nas sociedades
    modernas, por meios diversos. No Brasil, é responsável por cerca de 50% das mortes
    decorrentes de trauma, sendo considerada a principal causa de morte em adultos
    jovens. Estudos recentes, como o de Gerbatin et al., (2019), propõe que a creatina
    possui efeitos protetores em doenças neurodegenerativas, assim como, efeito
    anticonvulsivante pósTCE associado à sua capacidade de reduzir a perda celular,
    incluindo o número de células parvalbumino-positivas (PARV+) na região do corno de
    Amon 3 (CA3) do hipocampo. Este trabalho apresenta a hipótese de que a
    suplementação com creatina também pode ser promotora de neuroproteção após um
    TCE nas regiões do cornus de Amon 1 e 2 (CA1 e CA2). Todos os protocolos foram
    aprovados junto ao Comitê de Ética Profissional (CEP) da Universidade Federal de
    Santa Maria (UFSM), (protocolo número, 011/2015). Foram utilizados ratos Wistar
    machos (166) com 90 dias de idade provenientes do biotério da UFSM. Os animais
    foram submetidos à cirurgia e 24 horas após, o TCE foi induzido por meio de Fluidic
    Percursion Injury (FPI). Os animais receberam suplementação de creatina durante 4
    semanas e ao final da quarta semana, os animais foram mortos. Os animais foram
    perfundidos transcardiacamente com solução de paraformaldeído 4%, e após
    craniotomia, os encéfalos foram seccionados a 100 μm de espessura sob plano
    coronal para posterior processamento imunohistoquímico para parvalbumina,
    evidenciando neurônios inibitórios (PARVO+), associada a um fator neuroprotetor e
    de aumento de resistência às lesões excitotóxicas. A estimativa de neurônios Parvo+
    foi realizada por estereologia sem viés nas regiões de CA1 e CA2. A análise de
    variância de duas vias para estimativa de neurônios (PARV+) na camada piramidal de
    CA1 e CA2 dorsal demonstrou que tanto o traumatismo crânio encefálico [F(1,18)=0,01,
    p=0,91)] quanto a suplementação de creatina [(F(1,18)=0,79, p=0,38)] não alteraram
    significativamente o número desses neurônios inibitórios entre os grupos
    experimentais. Os resultados não sugerem efeito neuroprotetor produzido pela
    suplementação de creatina, por não ter-se observado perda significativa de neurônios
    inibitórios nas regiões estudadas.

  • LUIS FELIPE SARMIENTO RIVERA
  • La toma de decisiones en los deportes de combate:
    ¿lo que décimos y lo que hacemos? Relaciona entre toma de decisiones y perfil neurocognitivo

  • Data: 02/03/2023
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  • Tem duas formas de pensar como e feito o processo de tomada de decisões. O processo pode ser
    automático ou pode ser modulado por processos linguísticos – de uma forma deliberada-. Além, as
    lutas geram um ambiente de alta emocionalidade, apresentando-se a ansiedade. O objetivo deste
    estudo e entender como o processo de tomada de decisões, a ansiedade e a impulsividade apresentada
    na atividade física do combate, uma luta de judô, donde tem decisões constante em respostas
    constantes em tempo limitado. Para fazer isto, dois grupos de participantes (30 lutadores e 15 não
    lutadores), os lutadores se dividiram em dois subgrupos (15 lutadores em um grupo e 15 lutadores em
    outro). Um dos grupos assistiu um vídeo antecipando os movimentos dos lutadores com um
    questionário e o outro grupo fui filmado em uma luta. Os dois grupos também fizeram um teste de
    impulsividade e outro de ansiedade. Cada participante tinha mais de 4,5 anos de treinamento e era
    competidor. Foram encontradas diferenças nas decisões que os participantes executavam na luta com
    as que eles falavam, especificamente quando faziam uma ação. Também fui encontrada diferencia
    significativa entre os lutadores e constróis apresentando os lutadores maiores níveis de ansiedade não
    fue encontrada diferencia significativa em quanto a impulsividade entre os grupos. Os resultados desta
    pesquisa ajudam a entender como e a cognição em judocas, indicando focos para futuros programas de
    treinamento e preparação para competição dos atletas

  • ANGELICA RITA GOBBO
  • "Estratégias moleculares identificam novos alvos para o diagnóstico e compreensão da fisiopatogenia da hanseníase."

  • Data: 27/02/2023
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  • A hanseníase é uma doença infecto contagiosa crônica ocasionada pelo Mycobacterium leprae que se caracteriza clinicamente por um amplo espectro de sinais e sintomas dermatoneurológicos. A transmissão do M. leprae ocorre principalmente através das vias aéreas superiores, sendo o convívio prolongado com pacientes bacilíferos a principal forma de aquisição do patógeno. O contato com casos de hanseníase dispersos na comunidade
    aumenta o risco de adoecimento em indivíduos susceptíveis. Nesse sentido, a fim de avaliar a aplicabilidade das ferramentas laboratoriais atuais, o presente trabalho avaliou 171 casos de hanseníase e 126 comunicantes. A detecção do gene RLEP pela qPCR foi a técnica que melhor identificou os doentes (89,47%), seguido pela titulação de anticorpos anti-ND-O-HSA (55,5%) e, por fim, a baciloscopia (39,7%). Como as ferramentas laboratoriais utilizadas até o momento possuem limitações, o presente trabalho se propôs a realizar também uma investigação global dos mRNAs alterados em amostras de pele com alterações macroscópicas, microscópicas e moleculares decorrentes da hanseníase, com a finalidade de compreender melhor os processos
    biológicos alterados no desenvolvimento da doença e, assim, identificar alvos em potencial que possam ser utilizados como assinaturas moleculares. Analisando o perfil de expressão de mRNA, foram identificados 894 genes com expressão alterada, sendo 149 suprimidos e 745 aumentados. Separando os genes que se destacam exclusivamente em cada polo da doença, foi possível identificar candidatos para o diagnóstico do polo lepromatoso da hanseníase, sendo FKBP5 e ZBED2 genes com expressão aumentada e CHRM4, CLDN23 e MAST1 com expressão diminuída. Nós observamos que o sistema imunológico é alterado em ambos os
    grupos, porém, por mecanismos imunológicos completamente distintos. No polo TT há predomínio dos processos de ativação da imunidade celular, enquanto no polo LL houve preponderância na resposta imune associada ao sistema complemento. Por fim, a associação entre as abordagens de mRNA, miRNA e piRNA identificou correlação entre 1) mRNA e miRNA (genes ITGA5, ICAM1 e IFNG) nos processos vinculados à ativação/recrutamento leucocitário e à entrada do M. leprae na célula hospedeira, e 2) entre mRNA e piRNA (gene KCNMA1) no controle da excitabilidade neural que pode cursar com o dano ou proteção neural.

  • DEUSA PRISCILA RESQUE XIMENES PONTE
  • EFEITO DA COMPETÊNCIA LEITORA NAS ESTRATÉGIAS DE ORGANIZAÇÃO PERCEPTUAL DA CENA VISUAL EM ESCOLARES

  • Data: 09/02/2023
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  • O atual cenário educacional brasileiro, avaliado por diferentes indicadores nacionais e internacionais,
    tem mostrado resultados alarmantes em matemática, ciências e principalmente em leitura. O país
    encontra-se nas últimas posições em todas as avaliações. Para a mudança deste cenário, são
    necessárias medidas educacionais urgentes que respeitem o desenvolvimento biológico e social do
    aluno. As neurociências aplicadas a educação surgem como um modelo teórico de auxílio para as práticas pedagógicas que visam a melhoria da qualidade na educação. Uma importante contribuição das neurociências na educação está voltada para a leitura, por meio de um aporte teórico/prático sobre o funcionamento cerebral que aponta caminhos mais efetivos para alfabetização com vistas a competência leitora. Nesse sentido, foi possível compreender que evolutivamente a espécie humana ainda não desenvolveu um sistema neural específico para a leitura, utilizando-se de outras estruturas cerebrais para essa função, ou seja, a alfabetização depende de um processo de reciclagem neural de

    estruturas cerebrais associadas com funções sensoriais, motoras e de linguagem, como é o caso das
    regiões cerebrais associadas ao reconhecimento de faces, para acomodar a decodificação da palavra
    escrita. O objetivo deste estudo é o de investigar a relação entre competência leitora e estratégias de
    organização perceptual da cena visual em escolares. Para tal, foram recrutados 140 (cento e quarenta)
    voluntários para participarem da pesquisa (meninas: 64 com idade 6-10 ± 8,5 anos; e meninos: 76
    com idade 6-10 ± 8,2 anos), matriculados do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Os
    participantes foram submetidos a um teste de leitura e ao teste de faces de Mooney, que avalia a
    competência de fechamento perceptual. Nossos resultados evidenciam que o desempenho de meninos
    na faixa de 6-10 anos de idade é diferente ao das meninas na mesma faixa etária para o teste de
    competência leitora, com meninos apresentando um desempenho superior, embora não seja possível
    estabelecer diferenças entre os gêneros para o teste de fechamento perceptual. Esses achados
    demonstram que o desenvolvimento da competência leitora e de habilidades visuais holísticas são
    dissociados na infância e possuem implicações importantes para a alfabetização de escolares.

2022
Descrição
  • ANA LIGIA DE BRITO OLIVEIRA
  • Caracterização epidemiológica, clínica e laboratorial de pacientes sépticos diagnosticados com covid-
    19 e sem covid-19 em unidade de terapia intensiva (UTI): identificação de biomarcadores.

  • Data: 21/12/2022
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  • A sepse é uma doença sistêmica com risco de vida atribuída a uma resposta desregulada do
    hospedeiro à infecção. A sepse é um grave problema de saúde pública que mata cerca de 11
    milhões de pessoas anualmente. Em dezembro de 2019, uma nova condição de pneumonia
    denominada doença de coronavírus 2019 (COVID-19), causada pela síndrome respiratória
    aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2), surgiu e resultou em mais de 1,5 milhões de
    mortes em todo o mundo. Embora existam algumas características únicas pertinentes ao
    COVID-19, muitas de suas manifestações agudas são semelhantes à sepse causada por outros
    patógenos já que essas duas condições compartilham muitas características fisiopatológicas e
    clínicas. Nesse sentido, este estudo teve como objetivo investigar características
    epidemiológicas, clínicas e laboratoriais de pacientes sépticos diagnosticados com COVID-19
    e sem COVID- 19 em unidade de terapia intensiva (UTI) para assim identificar possíveis
    biomarcadores associados ao agravamento de sepse nesses pacientes. Este estudo foi realizado
    a partir da análise de prontuários e/ou amostras de plasma de pacientes atendidos em UTI de
    um Hospital de Belém/PA em dois períodos 2020 (1º período) e 2021 (2º período). Na
    primeira etapa do estudo foram incluídos 200 participantes diagnosticados com COVID-19
    internados em enfermaria e UTI. Na segunda etapa do estudo a população de estudo foi
    composta por 402 pacientes internados em UTI no período de Fevereiro à Junho de 2021. Por
    fim, observamos que a maioria dos casos de sepse com COVID foram por sepse clínica. Os
    marcadores de Dímero D, PCR, IL-6 e IL-10 foram preditivos em determinar em curso clínico
    de COVID-19, em particular para as formas mais grave de sepse. A mortalidade por sepse na
    UTI do hospital foi de 22,3%, sendo que o choque séptico foi o agravamento mais
    representativo dos casos de óbitos em pacientes diagnosticados ou não com COVID. O
    envelhecimento e comorbidades foi associado ao aumento do risco de sepse além disso, eles
    apresentam menor sobrevida quanto maior tempo internação na UTI. O aumento nos valores
    de RPL e RNL foi associada a piora clínica e mortalidade tanto em pacientes sem COVID
    como com COVID. A redução de hemácias e hemoglobina foi associada a piora clínica e
    mortalidade em pacientes com COVID. A partir destes dados, o estudo apresenta descobertas
    sobre biomarcadores que podem ser relevantes na estratificação de risco, diagnóstico,
    identificação da gravidade da sepse que auxiliam na escolha das medidas de cuidado de
    pacientes com sepse diagnosticados ou não com COVID-19.

  • DANIELE SALGADO DE SOUSA
  • Expressão gênica durante o desenvolvimento ocular e regulação da assimetria de opsinas na espécie
    Anableps anableps, peixe de quatro olhos.

  • Data: 30/11/2022
  • Mostrar Resumo
  • O desenvolvimento ocular é um processo complexo orquestrado por vários eventos que
    incluem: especificação, morfogênese e diferenciação celular. Todos esses processos de
    desenvolvimento e funcionamento do olho são extremamente conservados entre as espécies de
    vertebrados viventes, entretanto, por vezes são observadas adaptações interessantes, como em
    peixes do gênero Anableps. Ao contrário da maioria dos peixes, que usam os olhos para a
    exploração de um mundo submerso, em Anableps anableps (Anablepidae:
    Cyprinodontiformes), o olho é adaptado para a percepção simultânea de um mundo acima e
    abaixo d’água. Essas adaptações excepcionais incluem: córneas e pupilas duplicadas, bem
    como retina especializada contendo regiões associadas à visão aérea e aquática simultânea, e
    que expressam genes de modo assimétrico. Recentemente, por análise transcriptômica dos
    olhos em desenvolvimento de A. anableps, 20 genes de opsinas não visuais foram identificados
    sendo assimetricamente expressos entre estágios pré e pós duplicação de córneas e pupilas.
    Desse modo, aqui, analisamos por hibridização in situ a expressão de uma opsina biestável
    (Parapinopsin) e uma neuropsina (Opn5) em larvas de A. anableps. Nossos dados mostraram
    que o padrão de expressão gênico destas opsinas é simétrico entre a retina dorsal e ventral,
    respectivamente, havendo expressão nas camadas CNE, CNI e CCG. Investigamos também a
    expressão de três genes de melanopsinas não visuais (opn4x1, opn4x2, opn4m3), uma opsina
    de tecido múltiplo teleósteo (tmt1b), e duas opsinas visuais (lws e rh2-1) nas retinas dorsal e
    ventral de A. anableps, logo após alterarmos as condições fóticas em que os peixes juvenis se
    encontravam. Mostramos que na transição de um ambiente de alta turbidez para um de água
    límpida, as opsinas alteram seus padrões de expressão gênica. Adicionalmente, por
    imunofluorescência, desvendamos a expressão de Lamin A/C e γ-cristalino, proteínas que
    fazem parte do desenvolvimento ocular em A. anableps e que são expressas de forma similar a
    de outros organismos em desenvolvimento. Portanto, acreditamos que as informações aqui
    descritas elucidam muitos aspectos dos mecanismos moleculares por trás do desenvolvimento
    e da plasticidade adaptativa dos olhos de A. anableps.

  • BRUNO GONCALVES PINHEIRO
  • Investigação dos efeitos da cafeína e SCH58261sobre as alterações comportamentais e no estresse oxidativo, e papel dos receptores A2A na potenciação de longo prazo após intoxicação por etanol em padrão binge em ratos fêmeas da adolescência a fase adulta.

  • Data: 25/11/2022
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  • O consumo binge de etanol é um padrão de ingestão intermitente e episódico envolvido em vários distúrbios cerebrais que afetam adolescentes e mulheres, considerados mais suscetíveis a danos persistentes até a idade adulta. Nos efeitos deletérios do etanol um mecanismo de intoxicação importante, é a superprodução de adenosina, que causa hiperexcitabilidade em seus receptores gerando alterações comportamentais e estresse
    oxidativo. Estes receptores são antagonizados pela cafeína, substância bioativa que pode modular a superativação nociva do etanol. O presente estudo tem como objetivo investigar os efeitos da administração de cafeína nas alterações da locomoção, ansiedade, cognição e desequilíbrio redox induzidos pelo álcool, e se estas alterações são mediadas pelos receptores A2A através do bloqueio por SCH58261, bem como elucidar o papel de A2A na potenciação de longo prazo (LTP) desde a adolescência até a idade adulta. Material e Métodos: Ratas Wistar fêmeas (35 dias de idade; n = 90) foram alocadas em seis grupos: controle (água destilada- gavagem, v.o), etanol (3 g/kg/dia; 3 dias on-4 dias off, v.o), cafeína (10 mg/kg/dia, v.o), cafeína mais etanol (v.o), SCH58261 (0,1 mg/kg/dia, antagonista A2A, intraperitoneal – i,p), e etanol + SCH58261 (i.p e v.o). Todos
    os animais foram submetidos a testes comportamentais de campo aberto, reconhecimento de objeto e labirinto em cruz elevado. Ensaios bioquímicos de capacidade antioxidante equivalente trolox (TEAC), glutationa (GSH), catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD), óxido nítrico (NO), substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) foram avaliados no córtex pré-frontal e hipocampo. Nos ensaios de LTP foram selecionados quatro grupos: controle, etanol, etanol mais SCH58261 e apenas o antagonista (SCH58261) no mesmo esquema de tratamento como reportado previamente no córtex pré-frontal medial (mPFC), e porção ventral (vHip) e dorsal (dHIP) do hipocampo. Resultados: A cafeína evitou os prejuízos comportamentais através do bloqueio dos receptores A2A. Além disso, atenuou o estresse oxidativo induzido pelo desafio do binge drinking por vias alternativas parcialmente diferentes do receptor A2A. E nos estudos de LTP o bloqueio aumentou LTP no mPFC e vHIP, porém diminuiu no dHIP. Conclusão: Assim, sugerimos que o antagonismo de cafeína e A2A consistem em robustez de neuroproteção em deficiências induzidas pelo etanol durante a adolescência.

  • LUANA CARVALHO MARTINS
  • AS CÉLULAS GLIAIS DA CÓCLEA MEDEIAM A CAPTAÇÃO DE GLUTAMATO POR UM TRANSPORTADOR INDEPENDENTE DE SÓDIO

  • Data: 20/10/2022
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  • Embora muitos avanços tenham sido alcançados nos estudos sobre células gliais no Sistema Nervoso Central (SNC), em regiões periféricas como o sistema auditivo periférico, pouco se sabe sobre o papel das células gliais que envolvem os neurônios ganglionares ao longo de toda a via auditiva. A cóclea é um órgão sensorial do sistema auditivo periférico responsável pela recepção e propagação de estímulos periféricos até o sistema nervoso central. O principal neurotransmissor que medeia as sinapses excitatórias na cóclea é o L-
    Glutamato, cuja ação excessiva sob seus receptores tem sido associada a danos na função auditiva. Nesse sentido, ressalta-se o papel crucial de mecanismos de transporte de glutamato capazes de regular a concentração extracelular desse neurotransmissor nos espaços sináptico e extra sináptico para a manutenção da função normal da cóclea. Dentro desse contexto, neste estudo buscamos investigar a atividade e expressão de sistemas de transporte de glutamato em modelo in vitro de culturas primárias de células gliais cocleares obtidas de camundongos (Balb/C) neonatos. Para isso, determinamos o transporte de glutamato dependente e independente de sódio por meio de ensaios de captação e liberação utilizando diferentes estratégias
    farmacológicas. A quantificação de glutamato extracelular em cada amostra foi realizada por meio de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada a um detector de fluorescência. Por fim, as células foram submetidas ao ensaio de imunofluorescência para marcação do transportador de glutamato independente de sódio X CG . Em nossos resultados, demonstramos que as células gliais medeiam a captação de glutamato por meio de um mecanismo independente de sódio que apresenta uma atividade proeminente quando comparado a astrócitos do córtex. Além disso, identificamos pela primeira vez a expressão do transportador X CG - em células gliais da cóclea, principal representante da família de transportadores de glutamato independente de sódio. Tais dados sugerem um possível papel deste transportador no controle das concentrações extracelulares de glutamato e regulação do estado redox, que pode auxiliar na preservação da função auditiva.

  • ANALU ALVES MACIEL
  • O TRATAMENTO COM MEIO CONDICIONADO EM CULTURA PRIMÁRIA DE TENÓCITOS ACELERA O REPARO TENDÍNEO EM MODELO DE LESÃO TOTAL DO TENDÃO CALCÂNEO.

  • Data: 14/10/2022
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  • Os tratamentos convencionais para as tendinopatias são pouco eficazes e as intervenções clinicas
    atuais não proporcionam melhora adequada, deixando este tecido suscetível a novas lesões.
    Recentemente, o uso de terapias mediadas por células tem-se mostrado eficaz para o tratamento de
    lesões em tecidos conectivos como os tendões. Nosso objetivo é avaliar se o tratamento local com
    meio condicionado em culturas de tenócitos é capaz de promover melhoras teciduais e funcionais
    no tendão calcâneo de camundongos tenotomizados. As células do tendão calcâneo de
    camundongos Swiss foram cultivadas para condicionamento celular do meio de cultivo que
    posteriorirmente será aplicado como tratamento. Os animais foram submetidos à tenotomia do
    tendão direito e tratados com solução salina (SAL), DMEM sem soro (DMEM) e DMEM
    condicionado em cultura primária de tenócitos (MC) e comparadas ao grupo controle (CTRL). A
    funcionalidade tendínea foi mensurada através do Índice Funcional de Aquiles (IFA) e a
    sensibilidade mecânica através do limiar de retirada de pata (PWT) pelo teste de Von Frey. Todas
    as análises foram realizadas em 7, 14 e 21 dias pós lesão (dpl). Para análise histológica, os tecidos
    foram corados com HE. Estatística foi realizada por ANOVA-2 seguida do pós teste de Tukey,
    p&lt;0,01. O grupo MC apresentou melhora funcional em 7° e 14°dpl (-40,4±12,6; -36,6±10,4) se
    comparado aos grupos DMEM (-76,5±11,7; -71,6±7,9, p&lt;0,01) e SAL (-88,8±15; -71,4±12,6
    p&lt;0,01). O grupo MC apresentou melhora no limiar de retirada da pata em 7°e 14°dpl (2,24±1,15;
    2,66±1,06) se comparado aos grupos DMEM (0,15±0,07; 0,45±0,76 p&lt;0,01) SAL (0,13±1,15;
    0,77±0,95 p&lt;0,01). Na análise histológica o grupo MC apresentou uma melhor organização tecidual
    com células apresentando um formato mais semelhante ao controle, enquanto os grupos SAL e
    DMEM se diferem bastante deste. Concluímos que o tratamento com o meio condicionado em
    cultura primária de tenócitos acelera a recuperação do tendão de camundongos, promovendo
    melhora na sensibilidade mecânica, na funcionalidade e na organização tecidual no modelo de lesão proposto.

  • JHON JAIRO BUENHOMBRE VASQUEZ
  • PEZ-CEBRA (Danio rerio) COMO MODELO COMO MODELO DE BIENESTAR ANIMAL.

  • Data: 06/10/2022
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  • BUENHOMBRE, V.J.J. Pez-cebra (danio rerio) como modelo como modelo de bienestar
    animal. 2020, p. 195 Tesis (Doctorado)- Universidad Federal de Pará, ICB. Belém, 2022.
    El pez cebra se ha convertido en un modelo importante para varias disciplinas como la
    neurociencia y el testeo de nuevas moléculas farmacológicas. Por ende, la forma como este es
    alojado y las consecuencias del alojamiento sobre su bienestar representan aspectos importantes
    a estudiar. Por ejemplo, la inclusión o no de enriquecimiento ambiental puede afectar la
    neuroendocrinología, la conducta y el bienestar de los peces. Lo que a su vez dificulta la
    interpretación de los resultados obtenidos en los experimentos.
    Son muy pocos los estudios que han evaluado el efecto del enriquecimiento ambiental sobre el
    bienestar del pez cebra y los impactos negativos o positivos del mismo están aún por ser
    dilucidados. Un reto importante es establecer las consecuencias no solo de la presencia del
    enriquecimiento sino también de la pérdida de este. Igualmente, la forma de presentación de un
    estímulo bien sea de forma predecible o impredecible influencia las respuestas fisiológicas y
    conductuales del animal. Por ende, la forma de presentación del enriquecimiento representa
    otro aspecto importante a valorar.
    La evaluación de los estados emocionales (afectivos) es crucial para el estudio del bienestar del
    pez cebra, en particular para evaluar las influencias del entorno sobre el animal. Sin embargo,
    evaluar directamente estos estados es difícil debido a su naturaleza subjetiva. Por ende, el
    enfoque actual se centra en estimarlos a partir de los componentes fisiológicos y conductuales
    resultantes. Hoy en día existen pruebas estandarizadas robustas que evalúan y correlacionan las
    respuestas neuroendocrinas con criterios bien establecidos de valoración conductual de estrés
    y ansiedad en pez cebra. No obstante, no existen pruebas similares para medir los estados
    emocionales positivos en esta especie.
    Una métrica alternativa para evaluar el estado afectivo tanto positivo como negativo de los
    animales son las pruebas de sesgo cognitivo. Estas pruebas permiten a los investigadores inferir
    el estado emocional de un individuo a partir de la cognición. Esta relación ha sido ampliamente
    utilizada en psicología humana donde, por ejemplo, las personas tienden a percibir un estimulo
    novedoso o ambiguo como algo positivo si están de buen humor, pero el mismo estímulo puede
    ser percibido como negativo si la gente se encuentra de mal humor. De manera similar se ha
    evidenciado este enlace entre cognición y emoción en varias especies animales-no humanas
    vertebradas e invertebradas.

    7

    Por ende, la evaluación de contrastes de alojamiento aparentemente negativos (Condiciones
    impredecibles y ausencia o perdida de enriquecimiento) y positivos (Condiciones predecibles
    y presencia o ganancia de enriquecimiento) a través de un tipo de sesgo cognitivo (el sesgo de
    juicio cognitivo (SJC)) en pez cebra puede constituir un modelo prometedor para entender los
    efectos del alojamiento sobre los estados afectivos y el bienestar de este pez. Adicionalmente
    se ha evidenciado que las variaciones individuales como la personalidad influencian el sistema
    nervioso central, el comportamiento y los resultados del sesgo de juicio cognitivo en otras
    especies. Estas diferencias y sus impactos en el pez cebra aún no han sido estudiadas.
    En consecuencia, el objetivo general de esta tesis fue establecer si el sesgo de juicio cognitivo
    puede ser utilizado en pez cebra para la evaluación de estados emocionales positivos y negativos
    producidos por modificaciones ambientales y su relación con la personalidad.
    Por lo tanto, en este estudio se utilizó la inclusión o exclusión de enriquecimiento ambiental,
    de manera súbita o gradual para generar y evaluar las siguientes seis modificaciones
    ambientales: sin enriquecimiento constante, con enriquecimiento constante, ganancia súbita de
    enriquecimiento, ganancia gradual de enriquecimiento, perdida súbita de enriquecimiento y
    perdida gradual de enriquecimiento. Para la evaluación de la posible influencia de estas
    modificaciones sobre los estados emocionales usamos el SJC. También utilizamos la prueba
    estandarizada de claro/oscuro y la prueba de salinidad, que miden comportamientos
    relacionados a la ansiedad, para observar si los resultados de estas pruebas se relacionaban con
    los resultados del SJC.
    De acuerdo con el delineamiento del estudio se encontró que la inclusión o exclusión de
    enriquecimiento ambiental y la forma como este es ofrecido (aumento o disminución de forma
    predecible e impredecible) pueden alterar el comportamiento relacionado a la ansiedad y el
    sesgo cognitivo en pez cebra. Por ende, el SJC puede ser de gran utilidad para evaluar los
    estados afectivos, sin embargo, la prueba de claro/oscuro fue más sensitiva.
    Adicionalmente encontramos que los peces que presentaron una personalidad de osadía fueron
    capaces de aprender la tarea de discriminación espacial necesaria para llevar a cabo el SJC
    mientras que los peces que presentaron una personalidad más tímida no fueron capaces de
    realizar una discriminación exitosa lo cual no nos permitió hacer comparaciones con respecto
    al SJC. No obstante, encontramos resultados similares para los contrastes de vivienda al realizar
    la prueba de claro/oscuro. Tales afirmaciones se sustentan en los resultados de los artículos que
    acompañan la tesis.

  • ANA CAROLINA BRITO DOS ANJOS
  • ANÁLISE IN VITRO DO POTENCIAL ANTITUMORAL DO CONJUGADO
    LDE/PACLITAXEL COMPARADO À FORMULAÇÃO COMERCIAL TAXOL®
    SOBRE LINHAGEM CELULAR C6 DE GLIOBLASTOMA DE RATO

  • Data: 22/09/2022
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  • ANJOS, A.C.B. Análise in vitro do potencial antitumoral do conjugado LDE/Paclitaxel comparado à formulação comercial Taxol® sobre linhagem celular H4 de glioma humano. Dissertação (Mestrado). Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará, Belém, Pará, 2020.
    O glioblastoma multiforme (GBM), também conhecido como glioblastoma e astrocitoma de grau IV, é um dos tipos mais comuns e agressivos de tumores do sistema nervoso central. Dentre as características desse tipo de tumor destacam-se: infiltração de células tumorais isoladas no tecido cerebral normal, proliferação celular, angiogênese e necrose intensa. Atualmente a abordagem terapêutica principal consiste na ressecção cirúrgica (retirada de todo o tumor visível) seguida de radioterapia e quimioterapia. No entanto, na maioria das vezes o tumor não é bem delimitado, se espalhando pela região cerebral, o que dificulta sua ressecção total. Além disso, a retirada de tecido dessa região pode deixar diversas sequelas. Como consequência, os pacientes apresentam altas taxas de recidivas e baixas taxas de sobrevida. Outra problemática no tratamento desse tipo tumoral se dá devido ao revestimento da barreira hematoencefálica que restringe a entrada de moléculas e substâncias, incluindo fármacos. Deste modo, o presente projeto se propõe a analisar os efeitos antineoplásicos da associação de uma nanopartícula chamada de LDE de estrutura semelhante à lipoproteína de baixa densidade (LDL) que atuará como carreadora do fármaco paclitaxel (PTX), comercialmente conhecido como Taxol®, um quimioterápico cuja ação antiproliferativa celular tem sido comprovada no tratamento de outros tipos de cânceres, tais como câncer de mama e câncer refratário de ovário. Utilizar-se-á a linhagem celular H4 de glioma humano para realizar as análises in vitro dos efeitos citotóxicos e de estresse oxidativo. Para avaliação do crescimento e do efeito do fármaco sobre os grupos de tratamento com PTX e LDE/PTX, cerca de 5x103 células serão cultivadas em microplacas de 96 poços, nas concentrações de 0,01; 0,1; 1 e 10 μM. Após esse procedimento, as concentrações que obtiverem maior inibição do crescimento celular serão utilizadas para os experimentos subsequentes a fim de avaliar o efeito das drogas sobre o ciclo celular, índices de apoptose e necrose, bem como a caracterização das espécies reativas de oxigênio. Para o controle experimental serão utilizadas células não expostas aos compostos. Todos os ensaios serão realizados em triplicata e, por fim, será feita a comparação dos resultados obtidos de modo a verificar o grupo que apresentar maior atividade antitumoral.

  • JOSÉ RAMON GAMA ALMEIDA
  • AVALIAÇÃO DA SELETIVIDADE OLFATIVA PÓS ALTERAÇÕES OCASI-ONADAS POR COVID-19

  • Data: 16/09/2022
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  • Introdução: A perda repentina do olfato está entre os primeiros e mais prevalentes sintomas de COVID-19, onde os principais sintomas da infecção por SARS-CoV-2 são semelhantes aos da gripe, como febre, tosse e astenia. Os sintomas da COVID-19 variam entre os indivíduos, desde infecção assintomática até insuficiência respiratória grave, além de outros diversos sintomas. Que podem afetar entre outros as disfunções olfatórias e gustativas. O sentido do olfato vai desde a detecção de odores de advertência no ambiente até a construção de nossas experiências mais prazerosas. Este é um processo que envolve uma rede neural complexa, incluindo o lobo temporal, a amígdala, a ínsula e uma grande parte do lobo límbico: a perda do olfato não deve ser considerada apenas como um sintoma sensorial, mas também como um complexo, síndrome psico-sensorial. Objetivo: Com isso, este trabalho tem como objetivo avaliar a seletividade olfativa e sensação trigeminal nas alterações olfatórias relatadas por pacientes diagnosticados com COVID-19. Materiais e Métodos: Estudo de caso-controle randomizado que envolveu 88 pacientes relacionado a COVID-19 com anosmia ou hiposmia persistente após infecção por SARS-CoV-2. Quarenta e quatro pacientes que tiveram diagnóstico de COVID-19 passaram por avaliação pelo teste do Mini Exame Mental, ficha para coleta de dados, teste de identificação olfatória, teste de memória olfativa, teste de limiar olfatório e teste de sensação trigeminal. Resultados: No teste de identificação para os 4 odorantes em suas essências demonstrou uma seletividade dos pacientes para identificação de determinados odores, entretanto os mesmos em sua grande maioria não conseguiram identificar o odorante da essência de banana. Para o teste de memória olfativa de curta duração foi visível e significante os resultados para os erros sendo mais apresentados no grupo CoVID-19 quando comparado ao controle, no limiar olfativo foi observado diferenças de percepção entre os grupos. Ausência de pelo menos uma função quimiossensorial do trigêmeo durante o período de teste foi relatada por 24 pacientes (58%). A identificação da sensação de resfriamento induzida por lavanda foi correta em 20 pacientes (52%).

  • MATEUS DOS SANTOS SILVA
  • "GLUTATIONA MODULA A LIBERAÇÃO DE ADENOSINA EM CULTURA PRIMÁRIA DE ASTRÓCITOS CORTICAIS DE CAMUNDONGO"

  • Data: 06/09/2022
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  • A glutationa (GSH) é um dos principais antioxidantes no Sistema Nervoso Central (SNC) e um potencial gliotransmissor, induzindo ondas de cálcio no citosol de células gliais. A adenosina (Adn) é um neuromodulador amplamente expresso no SNC e os seus níveis extracelulares são um fator crítico para determinar o seu efeito no tecido nervoso. Sabe-se que vias dependentes de Ca2+ regulam a liberação de Adn. Uma vez que a GSH tem a capacidade de induzir ondas de Ca2+ no citosol de células gliais, o presente trabalho se propõe a investigar se essa molécula pode regular os níveis extracelulares de Adn. Para avaliar isso, foram utilizadas culturas primárias de astrócitos corticais mantidas em DMEM+10% SBF em estufa de CO2 (37oC, 95% O2/5% CO2) por 12-15 dias, quando atingiram a confluência. As células foram incubadas com tampão Hank por diferentes intervalos de tempo, após o qual foi realizada a coleta dessa solução e os neurotransmissores ali presentes foram quantificados por Cromatografia Líquida de Alta Eficácia. Nossos dados mostram que a GSH induz um aumento de 80% nos níveis extracelulares de Adn em dois tempos analisados: 5 e 20 minutos. A remoção da GSH do meio de incubação faz a concentração de Adn retornar aos níveis basais. A remoção de Na+ ou Ca2+ do meio não interferiu no efeito da GSH. O bloqueio dos transportadores equilibrativos de nucleosídeos por dipiridamole (10 μM) diminuiu significativamente os níveis de Adn no meio, mas não interferiu na ação da GSH. A fim de avaliar se o efeito da GSH deriva de uma modulação indireta sobre a liberação de glutamato ou GABA (Dois agentes descritos como reguladores da liberação de Adn), foi realizada a quantificação desses transmissores. Ambos foram significativamente aumentados na presença da GSH. No entanto, diferente do que foi observado com a Adn, a remoção de Na+ do meio de incubação mitigou o efeito da GSH sobre a liberação de glutamato. A incubação dos astrócitos com GABA (50 e 100 μM) não influenciou na concentração extracelular de Adn em nosso modelo experimental, descartando uma modulação GABAérgica por trás do efeito da GSH. A avaliação de agentes redox demonstrou que compostos tiol reproduzem o efeito da GSH, enquanto o antioxidante não-tiol alfa-tocoferol não regulou os níveis extracelulares de Adn. Desse modo, o presente trabalho conclui que os astrócitos expressam um componente sensível à GSH que pode ser modulado pelo seu grupamento sulfidrila.

  • LEONY DIAS DE OLIVEIRA
  • ESTUDOS CITOGENÉTICOS E MOLECULARES NOS GÊNEROS Mesomys e Lonchothrix
    (RODENTIA, ECHIMYIDAE, EUMYSOPINAE).

  • Data: 29/08/2022
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  • A família Echimyidae é considerada a mais diversa a nível taxonômico entre os roedores Sul-
    Americanos, sendo constituída por 25 gêneros e 93 espécies. A subfamília Eumysopinae é
    representada por nove gêneros, entre os quais destacamos os gêneros arborícolas Mesomys
    que possui quatro espécies reconhecidas, e Lonchothrix descrito como monotípico (L.
    emiliae), ambos distribuídos na Amazônia. Estudos morfológicos, moleculares e
    cromossômicos nos gêneros Mesomys e Lonchothrix tem auxiliado para um melhor
    delineamento taxonômico, relações filogenéticas e padrões cariotípicos. Investigações
    filogenéticas têm auxiliado na elucidação de uma diversidade oculta, sugerindo que esses taxa
    são mais diversos do que se supõe. Além disso, os limites de distribuição na Amazônia para
    M. hispidus e M. stimulax vem sendo questionado por alguns autores. Nesse sentido, o
    objetivo deste estudo visa compreender a evolução cariotípica dos gêneros e os limites
    geográficos das espécies mencionadas. Foram analisadas amostras de Mesomys e Lonchothrix
    de diversas localidades da Amazônia brasileira, a partir de citogenética clássica e molecular
    (sondas telomérica e rDNA 18S), e por sequências do gene mitocondrial Citocromo b (Cytb) e
    Citocromo C Oxidase - Subunidade I (COI). Nossos resultados indicam uma nova espécie
    ainda não descrita para o gênero Mesomys (Mesomys sp. n.) apresentando mesma formula
    cariotípica que M. stimulax (2n=60/NF=110), enquanto M. hispidus apresentou
    2n=60/NF=112, inédito para o gênero. L. emiliae apresentou 2n=66/NF=126, inédito para o
    gênero. A heterocromatina constitutiva (HC) apresentou-se distribuída na região centromérica
    de todos os cromossomos de M. hispidus, M. stimulax e L. emiliae, incluindo os cromossomos
    sexuais, com exceção de Mesomys sp. n. que apresentou a HC distribuída na região proximal
    de todos os cromossomos, incluindo os sexuais; a FISH com sondas teloméricas apresentaram
    marcações distais em ambos os gêneros, além disso foi observado marcação intersticial em
    dois pares cromossômicos em L. emiliae; a FISH com sonda de rDNA 18S apresentou
    marcação intersticial em apenas um par em ambos os gêneros. A análise filogenética
    confirmou Mesomys e Lonchothrix como gêneros irmãos, mostrou elevada taxa de variação
    intraespecífica em M. hispidus e a Mesomys sp. n. pode estar relacionada a uma nova
    linhagem no gênero.

  • KLINSMANN THIAGO LIMA
  • INIBIÇÃO DE COX-2 EM CAMUNDONGOS INFANTIS SAUDÁVEIS: CONSEQUÊNCIAS SOBRE O COMPORTAMENTO E O PERFIL OXIDATIVO.

  • Data: 26/08/2022
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  • No sistema nervoso central a ciclooxigenase 2 (COX-2) é uma enzima constitutiva, que atua na manutenção da homeostase neural, modulando a plasticidade sináptica e a geração de novos neurônios. Os Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são fármacos de escolha que atuam na inibição das enzimas ciclooxigenases, sendo a nimesulida (NMS) um fármaco desta classe. Diversos estudos vêm demonstrando o papel dessas enzimas em distúrbios neurológicos e neuropsiquiátricos como a Doença de Parkinson, Doença de Alzheimer, epilepsia, depressão e esquizofrenia. Desse modo, o objetivo do presente trabalho foi investigar os efeitos da inibição de COX-2 em camundongos infantis saudáveis sobre os critérios comportamentais e bioquímicos. Para isso, foram utilizados camundongos Swiss, machos, com idades entre 21 e 34 dias. Os animais foram divididos aleatoriamente em quatro grupos: (1) Veículo, (2) NMS 2,5mg/kg, (3) NMS 5mg/kg e (4) NMS 10mg/kg. Duas injeções de NMS foram administradas ao dia por via intraperitoneal. Ao longo do experimento, diariamente, foi registrada a massa corporal dos animais e eles foram submetidos aos testes comportamentais de Teste de campo aberto (TCA), labirinto em cruz elevado (LCE), teste da caixa claro/escuro (TCE) e reconhecimento de novo objeto (RNO). Além disso, as amostras dos encéfalos foram coletadas para as análises bioquímicas. Os resultados demonstraram a indução de estresse oxidativo com níveis aumentados de peroxidação lipídica no córtex e hipocampo, bem como a expressão de um comportamento ansiogênico.

  • EMERSON FEIO PINHEIRO
  • "ATIVAÇÃO DO RECEPTOR CANABINÓIDE TIPO 1 (CB1r) PREVINE O ESTRESSE OXIDATIVO CEREBRAL E INIBE O COMPORTAMENTO TIPO AGRESSIVO EM Danio rerio (ZEBRAFISH)".

  • Data: 17/08/2022
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  • A agressão é um conjunto de ações complexas que envolvem diversos fatores de natureza genética, neurofisiológica, hormonal e comportamental. Além disso, o estado redox cerebral também pode influenciar o comportamento agressivo em diferentes espécies. Assim, moduladores desse processo podem influenciar na expressão de episódios agressivos, dentre eles está o Sistema Endocanabinóide que atua como principal neuromodulador do SNC, além de exercer um efeito antioxidante em diferentes condições. No entanto, sua participação na modulação de comportamentos agressivos precisa de maior compreensão. Nesse contexto, este estudo avaliou o papel do receptor canabinóide tipo 1 (CB1r) no estado redox cerebral e no comportamento agressivo em Danio rerio (zebrafish). Para isso, 68 animais foram subdivididos em grupos: (a) Controle (n=26), (b) ACEA (n=30) e (c) AM-251 (n=12), todos trados com as drogas de interesse: (a) Veículo (NaCl 0,9%); (b) agonista ACEA 1 mg/kg; (c) antagonista o AM-251 1 mg/kg. Os animais foram isolados aos pares, sem contato físico por 24 horas, seguido de pré-tratamento e após 30 minutos de farmacocinética as lutas foram filmadas por 30 minutos, os indivíduos foram identificados como Dominantes ou Subordinados e os cérebros foram coletados para avaliação do estado redox cerebral desses indivíduos. Nossos resultados demonstraram, pela primeira vez, que a ativação do CB1r pelo agonista ACEA modula o comportamento do tipo-agressivo e por consequente interferiu parcialmente no estabelecimento da hierarquia social em zebrafish, através de uma mecanismo redox-independente. Sugerimos, assim, que o tratamento agudo com alvo ao CB1r é uma ferramenta neurofarmacológica útil para elucidar o papel do SEC na interação social e no comportamento agressivo, permitindo translacionar com inúmeras patologias que tenham a agressividade como desordem comportamental.

  • EDINALDO ROGERIO DA SILVA MORAES
  • MÉTODO BASEADO EM CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA PARA ANALISAR A ATIVIDADE DOS TRANSPORTADORES DE GABA NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

  • Data: 11/08/2022
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  • Os GATs são os principais transportadores de GABA no sistema nervoso central e
    alterações em sua atividade estão envolvidas em várias doenças neurológicas, incluindo
    retinopatias. O presente estudo descreve um método eficiente utilizando cromatografia
    líquida de alta eficiência acoplada à detecção por fluorescência para determinação da
    atividade dos GATs em preparações de retina. Explants de retina foram incubadas em
    concentrações conhecidas de GABA (50-1000 μM) por 30 minutos, e os níveis do
    neurotransmissor derivado de o-ftaldeído (OPA) no meio de incubação foram mensurados.
    Ao avaliar a diferença entre as concentrações inicial e final de GABA no meio (
    Δ𝐺𝑎𝑏𝑎 = [𝐺𝑎𝑏𝑎] 𝑡_0 − [𝐺𝑎𝑏𝑎] 𝑡_𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙), um mecanismo de captação saturável foi
    caracterizado ( Km e Vmáx de 382,4 μM e 34 nmol/mg proteína/minuto, respectivamente).
    Tal mecanismo foi amplamente dependente do Na+ e de temperatura, reiterando que o
    mecanismo de diminuição da concentração é de fato captado por transportadores de alta
    afinidade. Somado a isso, nossos resultados também demonstraram que o ácido nipecótico
    (um substrato dos transportadores GAT) inibiu a captação de GABA em preparações
    retinianas, demonstrando uma elevada especificidade dessa metodologia. No geral, o
    presente estudo caracteriza um método alternativo e altamente sensível para avaliar a
    atividade do GAT no SNC.

  • NAGILA MONTEIRO DA SILVA
  • AVALIAÇÃO ANTITUMORAL DE AMIDAS GRAXAS DERIVADAS DE TRIGLICERIDEOS DE OLEO DE ANDIROBA (Carapa guianensis Aublet) EM LINHAGEM CELULAR DE GLIOMA IN VITRO.

  • Data: 28/06/2022
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  • Glioma é um tipo de tumor raro, que afeta o sistema nervoso de maneira bastante agressiva, possui difícil diagnostico, tratamentos com baixa efetividade e sobrevida menor que um ano . Em virtude de fatores como a variabilidade celular intratumoral, a limitação de agentes quimioterápicos existentes, o desenvolvimento de resistência adaptativa do câncer ao tratamento e a reincidência tumoral pós-cirurgia, se faz necessário o desenvolvimento de novos tratamentos. Nesse contexto, moléculas análogas a endocanabinóides como as Amidas Graxas (AG) se mostram uma boa alternativa, visto que a literatura aponta a existência de ação antitumoral através da interação com este sistema, o qual modula diversas vias metabólicas ligadas ao câncer. Neste trabalho foram sintetizadas dois grupos de amidas graxas (AG1 e AG2) a partir do óleo de andiroba (Carapa guianensis aublet) utilizando lipase de Candida antarctica-B (CAL-B) avaliado seu potencial contra células de glioma in vitro (C6). As AGs reduziram a viabilidade de células de glioma C6 de maneira dose dependente e não foram citotóxicas em células de glia saudáveis. Tanto AG1 quanto AG2 causaram morte celular por apoptose além de causar perda de integridade mitocondrial provavelmente inibindo a via PI3k/AKT. Além disso, as AGs foram capazes de reduzir o potencial migratório das C6. Concluindo, as AGs possuem potencial promissor para tratar câncer cerebral do tipo glioma.

  • JULIANA DOS SANTOS DUARTE
  • “OS EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA BASEADA EM MOVIMENTOS DE DANÇA NO MOVIMENTO, FUNÇÕES EXECUTIVAS, EPISÓDIOS DEPRESSIVOS E QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON”

  • Data: 21/06/2022
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  • A doença de Parkinson é considerada a segunda doença neurodegenerativa mais frequente em todo mundo e é caracterizada por ser crônica e progressiva. Os sintomas motores são os mais bem compreendidos, mas sintomas não motores podem estar presentes e surgir em diferentes estágios temporais da doença. Embora tratamentos farmacológicos sejam de suma importância para atenuar os sintomas da DP, eles ainda são limitados e na maioria das vezes desencadeiam efeitos colaterais. Por isso, abordagens terapêuticas complementares ao farmacológico são cada vez mais investigadas para avaliar seus possíveis efeitos benéficos na sintomatologia e na progressão da doença. A atividade física baseada em movimentos de dança está emergindo como abordagem terapêutica para uma série de sintomas da DP por ser uma atividade multidimensional que requer integração cognitivo-motora, sincronização rítmica e funções neuromusculares. Avaliar os efeitos da atividade física baseada em movimentos de dança no movimento, funções executivas, episódios depressivos e qualidade de vida em pessoas diagnosticadas com DP. 13 pessoas com DP (8♀ 5♂), com idade de 65,9 ± 6,5 anos (média ± DP), Hoehn & Yahr estágios I a III, MDS-UPDRS 67.62 ± 20.83 (média ± DP) realizaram duas sessões semanais (50 min/sessão) de atividade física baseada em movimentos de dança por seis meses. Os protocolos de avaliação foram realizados pré e pós-intervenção, aplicando os testes POMA para avaliação do movimento, o teste FAB para avaliação da função executiva e subdomínios, o teste MADRS para avaliação dos episódios depressivos, o questionário PDQ-39 para avaliação da percepção da qualidade de vida e, por último, a escala MDS-UPDRS para avaliação da severidade da DP. O teste t de Student foi usado para comparar os resultados pré e pós-intervenção da atividade física baseada em movimentos de dança. O nível de significância foi de 95% (p < 0,05). Observamos melhora significativa no equilíbrio e na marcha pelo teste POMA, t (12) = 2,283, p = 0.0207. A função executiva pelo teste FAB, t (12) = 2.840, p = 0.0074, o raciocínio abstrato e controle inibitório pelos subdomínios do teste FAB Conceituação, t (12) = 2.941, p = 0.0062, e Controle Inibitório, t (12) = 2.920, p = 0.0064, mostraram melhoras significativas entre os períodos pré e pós-intervenção da atividade física baseada em movimentos de dança. Os episódios depressivos avaliados pelo teste MADRS reduziram significativamente, t (12) = 2.264, p = 0.0214, e a percepção da qualidade de vida pelo PDQ-39 teve aumento significativo após a atividade física baseada em movimentos de dança, t (12) = 4.239, p = 0.0006. Não observamos mudanças significativas na severidade da DP. A atividade física baseada em movimentos de dança mostrou ter potencial atenuante no movimento, funções executivas, episódios depressivos e qualidade de vida na DP, podendo ser eficaz na reabilitação futura. Os elementos característicos da atividade física baseada em movimentos de dança como sincronização rítmica, maior integração cognitivo-motora e habilidades sociais podem ter contribuído nos resultados obtidos neste estudo.

  • GABRIELA SANTOS ALVAREZ SAMPAIO
  • “TOPOGRAFIA DE CÉLULAS GANGLIONARES ALFA NA RETINA DE Cuniculus paca,
    Dasyprocta aguti E Hydrochoerus hydrochaeris.”

  • Data: 31/05/2022
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  • Introdução: O sistema visual de roedores da Amazônia da subordem Hystrichomorpha
    foi largamente descrito, mas pouco se sabe a respeito da topografia de células
    ganglionares alfa, as quais apresentam função no processamento da visão de estímulos
    em movimento. Os roedores cutia (Dasyprocta aguti), paca (Cuniculus paca) e capivara
    (Hydrochoerus hydrochaeris) são três diferentes espécies de Hystrichomorpha que
    apresentam ciclo circadiano e estilo de vida diferente. Objetivos: Quantificar a
    densidade das células ganglionares alfa e analisar o tamanho do corpo celular de acordo
    com a excentricidade na retina de cutia, paca e capivara. Métodos: Foram utilizadas três
    retinas de cutia, de paca e de capivara provenientes da coleção histológica de retinas do
    Laboratório de Neurofisiologia Eduardo Oswaldo Cruz da UFPA. Para a obtenção das
    retinas, os animais foram anestesiados e sacrificados conforme as normas vigentes na
    época da coleta. As lâminas da coleção foram coradas pelo método de Nissl e foi
    realizada a contagem direta ao microscópio óptico Zeiss. Analisou-se a densidade de
    células ganglionares do tipo alfa-like em diferentes excentricidades da retina, como na
    faixa visual, area centralis, regiões dorsal e ventral. Resultado: Analisando a totalidade
    da retina, a densidade média das células ganglionares alfa-like da cutia foi de 94,7±5,05
    células/μm2 , da paca foi de 28,7±2,03 células/μm2 e da capivara foi de 101,03±24,42
    células/μm2. Foi observada a presença de áreas com alta densidade de células
    ganglionares alfa na região temporal da retina dos três roedores, sendo que a cutia foi a
    espécie que apresentou a especialização mais acentuada desse tipo de células
    ganglionares. A área do corpo celular das células ganglionares alfa que apresentou
    maior frequência na retina da cutia foi o de 200 μm2, na retina da paca foi de 300 a 600
    μm2 e na capivara foi de 300 a 500 μm2. Conclusão: Conclui-se que há uma relação

    ix
    entre a ecologia das espécies e densidade de células ganglionares alfa da retina dos
    grandes roedores brasileiros, de forma que os que apresentam hábitos diurnos
    apresentam retinas com maior número dessas células e com maior especialização na
    região temporal.

  • DIEGO RODRIGUES DE PAULA
  • "RUPTURA TOTAL DO TENDÃO DE AQUILES INDUZ RESPOSTA INFLAMATÓRIA E ATIVAÇÃO GLIAL NA MEDULA ESPINHAL DE CAMUNDONGOS"

  • Data: 30/05/2022
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  • A ruptura do tendão de Aquiles é um acidente comum que afeta atletas profissionais e recreativos. Sintomomas álgicos agudos e crônicos são comumente observados em pacientes após ruptura, geralmete associados a resposta inflamatória local. Os fatores que causam sensibilidade exagerada à dor em pacientes sintomáticos são pouco compreendidos. Evidências sugerem que a ruptura do tendão de Aquiles, não se restringe as alterações estruturias do tecido, mas é capaz de induzir alterações no sistema nervoso central (SNC). Nesse sentido, este estudo objetivou avaliar o impacto da ruptura do tendão de Aquiles no perfil bioquímico e histológico na medula espinhal (L5) e na resposta nociceptiva em modelo murino. Os animais, após cirurgia de tenotomia do tendão de Aquiles, foram divididos em dois grupos: controle (sem ruptura) e Ruptura (tenotomizados). A sensibilidade mecânica foi avaliada através do teste de von Frey no 7° e 14° dia pos tenotomia (dpt). A reatividade glial foi avaliada por imuno-histoquímica para microglia (IBA-1) e astrócitos (GFAP), e a resposta inflamatória foi avaliada por imunofluorscência para NOS-2 e COX-2 em 7 e 14 dpt. Quantificamos os níveis de nitrito na região lombar, por dosagem bioquímica (método de Griess). Demonstramos, pelo teste de sensibilidade mecânica, hiperalgesia na pata ipsilateral do grupo rompido no 7º e 14º dpt quando comparado ao grupo controle. Esse fenômeno foi acompanhado por hiperativação de astrócitos e micróglia em áreas de processamento sensorial da medula espinhal L5, predominantemente no lado ipsilateral à lesão do tendão. Identificamos ativação inflamatória através da expressão de COX-2 e NOS-2, exclusivamente no 14° dpt. Esses dados foram sustentados por achados bioquímicos que demonstraram elevação significativa dos níveis de nitrito na medula espinhal lombar dos animais submetidos à ruptura do tendão de Aquiles em 7 e 14 dpt. O presente estudo demonstrou pela primeira vez que a ruptura total do tendão de Aquiles induz resposta neuroinflamatória associada a ativação glial na medula espinhal (L5) de camundongos.

  • GABRIELE DOS SANTOS COIMBRA
  • DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DAS REDES PERINEURONAIS DURANTE O DESENVOLVIMENTO PÓS-NATAL DO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL

  • Data: 22/04/2022
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  • O córtex pré-frontal (CPF) de mamíferos está envolvido no processamento de diversas funções que vão desde cognição até controle motor complexo para interações sociais. Para esta área do córtex cerebral, ainda não há definição de duração e de quando ocorre o fechamento do seu período crítico de plasticidade. Um dos potenciais marcadores biológicos para isso podem ser as Redes Perineuronais (RPNs). O presente trabalho investigou a distribuição espacial e temporal das RPNs durante o desenvolvimento do CPF medial de ratos, utilizando-se a histoquímica com a aglutinina Vicia villosa. Utilizamos 21 ratos Rattus novergicus, da linhagem wistar, todos machos, que foram aleatoriamente divididos em sete grupos experimentais, compostos por 3 animais em cada grupo, da seguinte forma: grupo de 7, 14, 20, 26, 58, 75 e 135 dias pós-natal, respectivamente. Nossos resultados demonstram que no CPF, as RPNs surgem em P26 com pequeno número de células Vv+ e com perfil imaturo, aumentando em números totais até a fase adulta quando há o predomínio de perfil maduro da RPNs. Concluímos que o início do período crítico de plasticidade no CPFm de ratos da linhagem Wistar criados em condição padrão de laboratório ocorre em 26 e o seu fechamento ocorre em P75 há diminuição progressiva do número de RPNs com perfil imaturo e aumento concomitante do número de RPNs com perfil maduras durante o desenvolvimento pós-natal do CPFm, tornando este perfil de RPN mais prevalente em idades mais avançadas, por volta dos 3 meses de idade, quando os animais já são considerados adultos jovens.

  • LORENA ARAUJO DA CUNHA
  • AVALIAÇÃO IN VIVO DO POTENCIAL EFEITO PROTETOR DA PROLACTINA CONTRA OS DANOS CAUSADOS PELO METHILMERCÚRIO

  • Data: 18/04/2022
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  • Metais biodegradáveis, como o mercúrio, acumulam-se nos organismos vivos ao longo de suas vidas (bioacumulação) e também nas teias tróficas (biomagnificação), podendo atingir altas concentrações em humanos. A contaminação de humanos por mercúrio encontrado na água potável e nos alimentos pode ser comum, principalmente em comunidades ribeirinhas que dependem do  pescado como principal fonte de proteína. Estudos in vitro, com linhagens celulares humanas expostas aos metilmercúrio mostraram que a prolactina possui propriedades citoprotetoras contra efeitos citotóxicos e mutagênicos deste metal, podendo atuar como fator co-mitogênico e inibidor de apoptose. O presente estudo investigou, in vivo, o potencial protetor da prolactina contra os efeitos tóxicos do metilmercúrio em mamíferos, utilizando o camundongo (Mus musculus) como modelo. Biomarcadores de genotoxicidade (ensaio cometa e teste do micronúcleo) e de estresse oxidativo (peroxidação lipídica e atividade das enzimas CAT e SOD), juntamente com análises histológicas (em amostras de tecidos hepático, renal e encefálico) e bioquímicas (parâmetros renais e hepáticos e dosagem de Hg e PRL no sangue), foram utilizados para verificar o potencial protetor da prolactina em camundongos expostos ao metilmercúrio. Foi observada, de maneira mais expressiva, uma redução nas alterações dos parâmetros bioquímicos renais e hepáticos e dos efeitos mutagênicos na presença da prolactina, em comparação com os efeitos isolados do metal. Quando a prolactina foi usada junto com o metal, também foi observado uma diminuição dos danos histológicos e um aumento da atividade da enzima SOD. Os resultados do estudo indicam que a prolactina possui efeitos protetores contra os impactos tóxicos do metilmercúrio.

  • FRANCISCA CANINDÉ ROSÁRIO DA SILVA ARAÚJO
  • ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO AUDITIVO DE FUSÃO BINAURAL

  • Data: 11/04/2022
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  • Introdução: A Interação Binaural (IB) permite a fusão da informação auditiva no tronco encefálico em função de diferenças de percepção de intensidade ou tempo dos estímulos acústicos. Permite avaliar a ação cooperativa e integrada do tronco cerebral baixo e dos hemisférios cerebrais na compreensão sonora. Como o amadurecimento do sistema nervoso central ocorre no sentido crânio caudal, pode haver modificação da resposta para esta habilidade no decorrer do desenvolvimento. Objetivos: Normatizar e comparar o desenvolvimento com o aumento da idade da resposta no teste de fusão binaural (TFB) com filtros digitais passa-baixas (PB) e passa-altas (PA) em indivíduos normo ouvintes. Métodos: Estudo prospectivo, transversal e observacional. Foram avaliados dicoticamente 120 indivíduos, em diferentes faixas etárias (6 a 8 anos, 10 a 12 anos, 14 a 16 anos e 20 a 30 anos) com TFB , filtrado na Fc 500/1700 Hz com filtro digital do tipo Finite Impulse Response de ordem 4096, com fase nula e 50 indivíduos entre 18 e 30 anos com material de fala sem filtragem. Resultados: Houve uma melhora progressiva no desempenho com o aumento da idade (ANOVA (um critério): p&lt;0,0001). Ocorreu diferença significativa entre as palavras filtradas, em qualquer idade e as palavras sem filtragem (Dunnet: p &lt;0,01). A diferença entre as faixas etárias foi significante (Tukey: p&lt;0,01), menos para os resultados obtidos nas faixas etárias de 6-8 e 10-12 anos e de 14-16 e 18-30 anos. Discussão: A IB é uma habilidade que evolui progressivamente com o avançar da idade e a maturação do Sistema Nervoso Central (SNC). Considerações finais: A interpretação dos TFB deve levar em conta o desempenho por faixa etária dos pacientes. Isto é importante para futuras aplicações destes testes em indivíduos com Transtorno do Processamento Auditivo.

  • FLAVIA MONTEIRO FARIAS
  • "DIMORFISMO SEXUAL DA ESPESSURA DA RETINA: UMA ANÁLISE DE APRENDIZAGEM DE MÁQUINA"

  • Data: 11/03/2022
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  • A presente pesquisa comparou a acurácia dos algoritmos de aprendizado de máquina em classificar as medidas de espessura e volume das camadas retinianas como obtidas de sujeitos do sexo masculino e do sexo feminino. O estudo avaliou a retina de 64 participantes saudáveis (38 mulheres e 26 homens), de visão normal e sem doenças oculares ou sistêmicas, pertencentes a faixa etária de 20 a 40 anos. Os dados foram obtidos com o tomógrafo Spectralis HRA+OCT na região macular da retina e de suas camadas: camada de fibras nervosas retinianas (CFNR), camada de células ganglionares (CCG), camada plexiforme interna (CPI), camada nuclear interna (CNI), camada plexiforme externa (CPE), camada nuclear externa (CNE), epitélio pigmentar retiniano (EPR), retina interna (RI) e retina externa (RE). A acurácia de classificação foi obtida com os algoritmos: support vector classifier (SVC), logistic regression (LR), linear discrimant analyses (LDA), k- nearest neighbors (kNN), decision tree (DT), gaussian naive bayes (GNB) e random forest (RF). As características atribuídas as amostras de cada participante foram os valores de espessura nas nove regiões da mácula mais o volume macular total de cada camada retiniana. O ANOVA dois critérios e Tukey HSD post-hoc foram utilizados nas comparações estatísticas entre as acurácias para as variáveis classificador e camada retiniana, considerando o nível de significância de < 0,05. Todos os fatores (classificador, camada retiniana e suas interações) tiveram influências significativas nas acurácias (p < 0,05). O efeito principal do fator tipo de algoritmo resultou em uma razão F de F (6, 630) = 4,527, p = 0,0002. O principal efeito para a camada retiniana produziu uma razão F de F (9, 630) = 51,64 e p <0,0001. O efeito de interação também foi significativo, F (54, 630) = 1,741, p = 0,0012. Todos os algoritmos classificaram alta acurácia (> 0,70) as camadas mais internas da retina (retina total, retina interna, CFNR, CCG, CNI) quanto ao sexo dos participantes, onde foram observadas diferenças significativas entre os sexos nas medidas de espessura e volume. Os algoritmos SVC, LDA e LR produziram alta acurácia (> 0,70) quando os dados de espessura e volume vieram da CFNR em comparação as camadas mais externas da retina. Já os algoritmos KNN, RF e DT tiveram melhor desempenho em classificar corretamente os dados da retina total em relação as camadas mais externas. A espessura e o volume da retina e das camadas mais internas da retina permitem que algoritmos de aprendizado de máquina tenham maior acurácia para separar dados dos diferentes sexos.

  • LUIS CARLOS PEREIRA MONTEIRO
  • RELAÇÃO ENTRE SIMETRIA FACIAL E EXPERTISE ARTÍSTICA NA PREFERÊNCIA ESTÉTICA POR FACES

  • Data: 10/03/2022
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  • A simetria visual está presente quase universalmente em ambientes naturais e artificiais. Sua importância está tanto em níveis perceptuais como cognitivos. O processamento de simetria, em especial o da simetria bilateral, é rápido, eficiente e resistente a ruído. Os humanos, tal como outras espécies, apresentam uma preferência por esses estímulos visuais simétricos, preferência esta influenciada por fatores como idade, sexo e treinamento artístico. Em particular, o treinamento artístico em artes visuais parece diminuir a rejeição por assimetria em estímulos abstratos, mas não se sabe se a mesma tendência seria observada relativamente a estímulos concretos como faces humanas. Neste trabalho, investigou-se o papel da expertise em artes visuais, música e dança, na percepção de beleza e atratividade de faces humanas com diferentes assimetrias. Com este objetivo, a beleza e atratividade de 100 fotografias de faces (50 masculinas e 50 femininas) com diferentes graus de assimetria foram avaliadas por 116 participantes com diferentes níveis de especialização em arte. A expertise artística nas três modalidades artísticas citadas foi estipulada através de um Questionário de Experiência em Artes. A assimetria facial foi obtida a partir de técnicas de morfometria geométrica no software MorphoJ. Estratégias de modelagem multinível (anova para medidas repetidas, correlação para medidas repetidas e modelos lineares mistos) foram utilizadas para análise estatística. A expertise em artes visuais e dança foi associada à extensão em que a assimetria facial influenciou as classificações de beleza atribuídas às faces. Quanto maior a expertise em artes visuais e dança, mais indiferente à assimetria facial o participante era em relação à avaliação de beleza. O mesmo efeito não foi encontrado para a expertise em música ou para avaliações de atratividade. Tais achados são importantes para ajudar a entender como a avaliação estética facial é modificada pelo treinamento artístico e a diferença entre as avaliações de beleza e de atratividade.

  • CÍNTIA TIZUE YAMAGUCHI
  • FUNÇÃO DE RECUPERAÇÃO DO NERVO AUDITIVO APÓS 12 MESES DE USO DO IMPLANTE COCLEAR

  • Data: 04/03/2022
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  • Introdução: O implante coclear é o tratamento padrão para perda auditiva neurossensorial bilateral severa e profunda. Para otimizar a adaptação deste dispositivo principalmente nos pacientes que não possuem capacidade de referir os parâmetros necessários para a programação, como crianças e pessoas portadoras de deficiências associadas, os testes objetivos baseados no potencial de ação das fibras do nervo auditivo vêm sendo estudados como possíveis preditores destes parâmetros a serem utilizados nas programações do implante coclear. A função de recuperação do nervo auditivo é um teste que afere o tempo que o nervo auditivo precisa para se recuperar de um estímulo (sair do período refratário absoluto) para receber novas estimulações e possivelmente ser mais responsivo à sensação auditiva oferecida pelo implante coclear. Objetivo: Através de um software específico de implantes cocleares, com o objetivo de medir a constante de tempo (τ) no período intraoperatório e no pós-operatório após 12 meses de uso do implante coclear em crianças. Método: Recrutamos crianças com implante coclear e resposta neural intraoperatória, avaliamos a função de recuperação usando um software de implante coclear comercialmente disponível. Os dados foram coletados no momento intraoperatório e repetidos duas vezes 12 meses após a cirurgia. Resultados: Verificamos que o tempo de recuperação do nervo auditivo aumenta após 12 meses de uso do implante coclear. Nossos resultados também mostram que o perfil das respostas temporais é significativamente maior na medida pós-operatória do que na intraoperatória. A reprodutibilidade teste-reteste dos registros do potencial de ação composto evocado mostrou-se confiável e estável. Conclusão: Nossos resultados mostraram que houve mudança no ECAP-REC em 12 meses de uso de implante coclear, em relação a mesma medida no momento intraoperatório nos sujeitos deste estudo. A medida de τ no intraoperatório foi mais rápida, entretanto, no pós-operatório a média nos mostrou valores de τ maiores. Entretanto, o nível de corrente foi diferente no intraoperatório e 12 meses após o uso, precisando ser mais bem explorado. Não houve diferença estatística quanto ao teste-reteste no pós-operatório, mostrando confiabilidade e reprodutibildade da medida. Possivelmente seria o início do estudo de um perfil de responsividade em relação tempo de recuperação do nervo auditivo.

2021
Descrição
  • KELY CAMPOS NA VEGANTES
  • AVALIAÇÃO DO EFEITO DA FRAÇÃO LIPÍDICA EXTRAÍDA DE Agaricus brasiliensis ANTIOXIDANTE E IMUNOMODULADORA in vitro E EM MODELO DE SEPSE LETAL EM MURINO.

  • Data: 30/12/2021
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  • A sepse é definida como uma disfunção orgânica potencialmente fatal causada por uma resposta imune desregulada do hospedeiro à uma infecção. Durante a sepse ocorre a desregulação da resposta do hospedeiro com a liberação excessiva de mediadores pró-inflamatórios, geração de espécies reativas com depleção das defesas antioxidantes e dano celular. Com isso o paciente desenvolve disfunção orgânica. Nesse contexto, nosso grupo propõem que a Fração lipídica de A.brasiliensis (FLAb) como uma possível terapia da sepse considerando sua atividade imunomoduladora e antioxidante sistêmica do em modelo de sepse murino. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade da FLAb isolada in vitro e avaliar o efeito do tratamento com FLAb isolada ou associada ao antibiótico ertapenem (F-ERTA) nos parâmetros da coagulação, antioxidante e imunomodulador no modelo de sepse letal em murino. Para isso, a FLAb foi fornecido gentilmente pela Dr. Herta Dalla-Santa da UNICENTRO. No presente estudo foi avaliado a capacidade antioxidante de diferentes concentrações de FLAb (1,25 e 5 μg/mL) e em linhagem de macrófagos RAW 264.7-Luc foi avaliado a citotoxicidade, capacidade fagocítica, óxido nítrico, atividade da NF-κB e citocinas TNF-α e IL-6. Em modelo de sepse CLP em Mus musculus de linhagem swiss foi avaliado a sobrevida por 7 dias dos grupos CLP+Sal (0,9%), CLP+FLAb (0,2mg/Kg), CLP+F-erta (0,2mg/Kg; 30mg/Kg). Para avaliação dos parâmetros na coagulação, antioxidante e imunomodulador, os camundongos foram tratados por 6 ou 24h após CLP. In vitro, a FLAb mostro atividade antioxidante e anti-inflamatória em ambas concentrações. In vivo, o animais CLP+Sal vieram a óbito dentro dentro de no máximo 48 horas enquanto os grupos tratados com FLAb e F-Erta sobreviveram os 7 dias. Durante esse período foi avaliado parâmetros clínicos destes animais, os animais sépticos tratados com salina apresentaram piloereção, com nível de consciência pouco ativo e na maior parte do tempo apresentaram-se parados na gaiola, alguns destes apresentaram secreção ocular. Além disso, os animais tratados com salina apresentaram perda de peso significativa, redução no consumo de água e ração resultando no óbito. Os grupos FLAb e F-ERTA apresentaram-se ativos, com a aparência normal, com respiração e batimentos cardíacos normais além de consumirem água e ração dentro do normal. No sítio inflamatório, cavidade peritoneal o tratamento com a FLAb apresentou efeito anti-inflamatório, diminuiu as espécies reativas de oxigênio (ERO) e aumentou a atividade antioxidante GSH e protegeu do dano celular, mantendo o recrutamento de neutrófilos e os níveis de óxido nítrico (NO), reduzindo a carga bacteriana. Nos parâmetros da coagulação (plaquetograma, tp e ttpa), o tratamento com a FLAb e F-Erta eliminou a carga bacteriana protegeu os animais do dano tecidual. No fígado, 6 horas após CLP o tratamento com a FLAb e F-ERTA foi observado nos parâmetros bioquímicos efeito protetor, além disso, apresentou atividade imunomoduladora, antimicrobiana e antioxidante evitando o dano hepático. Nos parâmetros avaliados no coração, o tratamento com a FLAb e F-ERTA após CLP protegeu os animais do dano cardíaco através da atividade imunomoduladora, antimicrobiana e antioxidante. Nesse sentido, a FLAb isolada mostrou ser promissora como tratamento e/ou coadjuvante na sepse além de evitar a disfunção orgânica dos animais sépticos.

  • CAROLINA RAMOS DOS SANTOS
  • POTENCIAL ANTI-INFLAMATÓRIO E NEUROPROTETOR DO CONJUGADO LDE-METOTREXATO EM RATOS SUBMETIDOS À ISQUEMIA ESTRIATAL

  • Data: 22/12/2021
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  • O acidente vascular encefálico (AVE) promove déficits neurológicos focaisresultantes da lesão vascular, podendo ocasionar disfunção neurológica, limitações físicas e morte. Embora o AVE seja a segunda maior causa de morte no mundo, os tratamentos atuais apresentam custo elevado e uma janela terapêutica limitada, sendo necessária a investigação de novas terapias. O metotrexato (MTX) é um fármaco antineoplásico e anti-inflamatório utilizado no tratamento de diversas doenças, tais como infarto agudo do miocárdio e carcinomas. Para aumentar a especificidade e reduzir a toxicidade do tratamento, alguns estudos investigam a utilização do MTX associado a nanopartículas lipídicas (LDE). Portanto, este trabalho tem como objetivo investigar o potencial anti-inflamatório e neuroprotetor do conjugado LDE-MTX em modelo experimental de lesão isquêmica induzida no estriado de ratos adultos, comparando com os efeitos do MTX não conjugado. Para isso, foram utilizados 24 ratos Wistar adultos (Rattus norvegicus albinus) divididos em quatro grupos experimentais, que receberam os respectivos tratamentos: 1) Solução salina a 0,9%, 200 μL; 2) LDE, 200 μL; 3) MTX comercial na dose de 1 mg/kg; e 4) LDE-MTX a 1 mg/kg. A isquemia estriatal foi induzida por microinjeções de endotelina-1 (ET-1), os tratamentos foram administrados em dose única por via intravenosa 4 horas após a lesão, e os grupos foram acompanhados durante 7 dias. Após este período, os animais foram eutanasiados para processamento histológico e a área de lesão foi analisada por coloração de Nissl, que revelou uma redução do infiltrado inflamatório em animais do grupo LDE-MTX. Posteriormente, a análise imunoistoquímica mostrou que o tratamento com LDE-MTX promoveu o aumento na quantidade de células neuronais (NeuN+) na região peri-infarto, além de reduzir a quantidade de células apoptóticas (caspase3+) e micróglia ativada (células arredondadas Iba1+) na área de lesão. Adicionalmente, o conjugado induziu aumento da citocina anti-inflamatória IL-10 e reduziu a citocina pró-inflamatória TNF-α. O tratamento com MTX não encapsulado também reduziu a apoptose e aumentou a presença de IL-10 na área de lesão, porém, não apresentou efeitos significativos sob neurônios, micróglia e TNF-α. Por fim, a toxicidade dos tratamentos foi avaliada por histopatologia, mostrando que LDE, MTX e LDE-MTX, nas doses administradas, não induziram alterações no fígado e rim dos animais quando comparados ao grupo Salina. Estudos posteriores devem ser realizados para investigar os efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores de LDE-MTX a longo prazo.

  • SUSANNE SUELY SANTOS DA FONSECA
  • ATIVIDADE ANTINEOPLÁSICA DA 1-DESOXINOJIRIMICINA EM MODELOS DE CÂNCER IN VITRO

  • Data: 16/12/2021
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  • O câncer é uma das doenças que mais matam, atualmente, no Brasil, apresenta projeções alarmantes até 2030. Em face dos problemas relacionados ao tratamento oncológico, como o comprometimento de células saudáveis e, consequentmente, a presença de efeitos adversos, é imperativo a busca de substâncias alternativas que possam apresentar efeitos antineoplásicos e que sejam eficazes no tratamento dos pacientes com essa doença. Desta forma, o uso de compostos bioativos tem sido amplamente utilizado no combate as neoplásias. Assim, a substância 1-desoxinojimiricina (1-DNJ) isolada da Bagassa guianensis pode ter grande potencial anticancerígeno. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da 1-DNJ em diferentes linhagens celulares cancerígenas para investigar as possíveis ações antineoplásicas in vitro utilizando linhagens de células de câncer de adenocarcinoma gástrico (ACP02) e glioblastoma (A172). Para isto, foi avaliado o efeito da substância 1-DNJ na viabilidade celular in vitro após 72h de tratamento nas linhagens celulares ACP02 e a A172. Também avaliamos o efeito deste composto bioativo no padrão de migração celular, morte celular por apoptose e alterações no ciclo celular utilizando citometria de fluxo, na produção de oxigênio reativo e sua capacidade antioxidante em sistema livre de células. Os resultados demonstram que a 1-DNJ promove redução significativa da viabilidade celular com de cultura de células cancerigenas tanto em linhagens de células de glioblastoma (A172) na concentração de 6mM (65.88 ±6.89%) quanto de células gástricas cancerigenas (ACP02) na concentração de 8mM (82.6 ± 3.13%) em relação aos seus repectivos controles negativos. A redução da viabilidade parece ser mais efetiva em linhagens de células de glioblastoma, comum ic50 de 5.3 mM quando comparado as outras linhagens ACP02 (19.3 mM) e MRC5 (21.8 mM). Propomos que a redução da viabilidade pode estar relacionada a diminuição da produção de oxigênio reativo em ambas as linhagens após o tratamento com 1-DNJ. Além disso, a 1-DNJ promove parada no ciclo celular, impede a migração celular e induz morte celular do tipo necrose na linhagem ACP02 e apoptose na linhagem A172. Desta forma, sugerimos que a 1-DNJ pode ser uma substânica quimiopreventiva importante e eficaz para o tratamento do câncer do tipo glioblastoma e adenocarcinoma gástrico.

  • CAMILA NUNES DA SILVA
  • "DISPOSITIVO ELETRÔNICO MULTISSENSORIAL PARA REABILITAÇÃO SENSÓRIO-MOTORA DE PACIENTES APÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO"

  • Data: 07/12/2021
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  • O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é causado pela interrupção do fornecimento de sangue para o tecido nervoso, geralmente pelo bloqueio ou rompimento de vaso sanguíneo, causando danos celulares, teciduais e funcionais na região afetada. O AVE é uma das principais causas de sequelas neurológicas em todo o mundo, desta forma, torna-se cada vez mais importante desenvolver terapias voltadas para recuperação funcional dos membros afetados pela doença, visando melhorar o desempenho ocupacional dos pacientes. Uma vez que o sistema nervoso central (SNC) pode se readaptar em resposta à estímulos ambientais (extero ou intracorpóreo), mesmo após sofrer lesão, processo conhecido como neuroplasticidade. No presente projeto utiliza um Dispositivo Eletrônico Multissensorial de baixo custo e em formato de luva (DEM - luva multissensorial) que, de forma lúdica, controla um jogo eletrônico com o objetivo de promover a reabilitação funcional induzindo neuroplasticidade em pacientes que apresentem disfunção motora e sensorial do MMSS após AVE. Ao todo, 7 pessoas participaram da pesquisa, após passarem por triagem cognitiva utilizando os testes Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e Montreal Cognitive Assessment (MoCA). Em seguida, passaram por avaliações sensório-motoras e iniciaram as sessões com o DEM de baixo custo, durante 1h por dia, durante 5 semanas, na sala do Centro Especializado em Reabilitação (CER II), sob supervisão da terapeuta ocupacional responsável pelo presente estudo. A cada 10 sessões, realizamos novamente avaliações sensório-motoras. Após totalizar as 20 sessões concedidas a cada participante, novamente eles foram reavaliados para atividades sensório-motoras. Os resultados demonstraram que o DEM de baixo custo foi capaz de induzir recuperação funcional de pacientes que sofreram AVE e apresentavam disfunções sensório-motoras de MMSS, apresentando aumento de amplitude de movimento (ADM) no punho e mão, aumento de força (Kg) e melhora na sensibilidade tátil.

     

  • THAIS ALVES LOBÃO
  • ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA EM ESPORTES DE COMBATE: EFEITOS SOBRE O DESEMPENHO FÍSICO E COGNITIVO

  • Data: 25/11/2021
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  • A estimulação elétrica transcraniana por corrente contínua (ETCC) é uma técnica de neuromodulação não invasiva utilizado para promover melhoria dos sintomas clínicos de doenças neurodegenerativas. Existem evidências que a ETCC poderia modular as capacidades psicomotoras de esportistas, as quais são importantes para o desempenho destes atletas. Dentre os esportes de combate, o judô e jiu-jitsu são duas modalidades representativas de esportes de lutas com exigências físicas e cognitivas específicos. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi de investigar os efeitos de uma única estimulação na região M1 (motora primária), sobre parâmetros cognitivos (ansiedade, tempo de reação) e físicos (força, potência muscular, flexibilidade) em atletas do sexo masculino e federados dessas modalidades. Para tanto, os lutadores foram submetidos à duas sessões experimentais de ETCC (sham e estimulado), em esquema de cross over para evitar efeito da ordem dos resultados, compostas por avaliações psicomotoras utilizando como métricas o salto contra movimento (SCM), banco de Wells, dinamometrias manual e escapular, IDATE e o software TReaction, todos realizados pré e pós intervenção com a ETCC onde a condição estimulado foi entregue com corrente anódica a 2 mA por 20 minutos. Não houve diferenças estatisticamente significativo entre as condições pré e pós estimulação (sham ou estimulado) e no percentual da diferença entre as duas condições pré e pós testes. Tais dados indicam que nas condições utilizadas a ETCC não teve efeitos nos parâmetros avaliados.

  • DARIO CARVALHO PAULO
  • MORFOLOGIA MICROGLIAL EM ESPÉCIES DISTANTEMENTE RELACIONADAS: INFLUÊNCIAS FILOGENÉTICA, AMBIENTAL E DE IDADE NOS ESTADOS REATIVOS E DE VIGILÂNCIA DA MICRÓGLIA

  • Data: 19/11/2021
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  • A imunovigilância microglial do parênquima cerebral para detectar perturbações locais na homeostase, em todas as espécies, resulta na adoção de um espectro de alterações morfológicas que refletem adaptações funcionais. Aqui, revisamos relatos dessas mudanças na morfologia da micróglia em espécies distantes em condições homeostáticas e não homeostáticas com três objetivos principais: (1) revisar as influências filogenéticas na diversidade morfológica da micróglia durante a homeostase; (2) explorar o impacto das perturbações homeostáticas (exposição do vírus da Dengue) em espécies distantes (Mus musculus e Callithrix penicillata) como um indicador da resposta imune diferencial em cérebros pequenos e grandes; e (3) examinar as influências do enriquecimento ambiental e do envelhecimento na plasticidade da resposta morfológica microglial após estimulação imunológico por infecção por arbovírus neurotrópico. Nossos resultados revelam que as diferenças na morfologia da micróglia entre espécies distantemente relacionadas, sob condição homeostática, não podem ser atribuídas à origem filogenética das espécies. No entanto, cérebros grandes e pequenos, em condições não homeostáticas semelhantes, exibem respostas morfológicas microgliais diferenciais, e demonstramos que a idade e o ambiente interagem para afetar a morfologia da micróglia após um desafio imunológico; em particular, os camundongos que vivem em um ambiente enriquecido em comparação a camundongos sedentários vivendo em gaiolas padrão de laboratório, exibem uma resposta imune mais eficiente ao vírus, resultando em sua remoção mais rápida e no retorno mais precoce da micróglia ao fenótipo morfológico homeostático.

  • DIANDRA ARAUJO DA LUZ
  • EFEITOS DE Ganoderma lucidum SOBRE ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS E ESTRESSE OXIDATIVO INDUZIDOS POR BINGE DRINKING

  • Data: 19/11/2021
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  • Introdução: O etanol é uma substância psicoativa, cujo consumo provoca prejuízos cognitivos, distúrbios de emocionalidade e danos teciduais ao sistema nervoso central, tais como estresse oxidativo, neuroinflamação, excitoxicidade etc. O manejo dos prejuízos induzidos por esta droga, seja na síndrome de abstinência ou alcoolismo ainda não está bem estabelecido, sendo baseado apenas no tratamento dos sintomas, fazendo-se necessária a busca por insumos terapêuticos capazes de corrigir as alterações provocadas de forma mais ampla possível. Ganoderma lucidum é uma espécie conhecida por seus múltiplos benefícios à saúde, inclusive sendo citado na literatura a presença na sua constituição de substâncias antioxidantes, anti-inflamatórias, antidepressivas, sedativo-hipnóticas, dentre outras. Assim, é possível que preparações deste cogumelo consigam reverter ou minimizar os danos decorrentes do consumo de etanol. Objetivo: Este trabalho objetivou investigar os efeitos de um extrato aquoso do micélio de G. lucidum em alterações induzidas pela exposição alcoólica em binge drinking. Material e Métodos: Ratos Wistar (n=30) foram expostos a 5 binges de etanol (3g/kg/dia; 20% p/v) e 24 horas após a última administração foram tratados com um extrato aquoso obtido a partir do micélio do G. lucidum na dose de 100 mg/Kg por 3 dias. Cerca de 24 horas após administração foram realizados os testes do campo aberto, labirinto em cruz elevado, nado forçado e esquiva inibitória, sendo os animais posteriormente eutanasiados para análise de marcadores de estresse oxidativo no sangue. Resultados: O tratamento com G. lucidum reverteu as alterações induzidas pelo álcool, tais como a diminuição da distância total percorrida pelos animais no teste do campo aberto, indicando melhora da atividade locomotora; o tempo de permanência nos braços abertos no labirinto em cruz elevado, sugerindo atenuação do comportamento do tipo ansiogênico; o tempo de latência para descida da plataforma segura no teste da esquiva inibitória, demonstrando melhora da memória de curta duração e ainda o tempo de imobilidade no teste do nado forçado, o que sugere reversão do comportamento tipo depressivo. No tocante ao estresse oxidativo, os níveis de malondialdeído, glutationa e a capacidade oxidante total foram reduzidos pelo extrato, sugerindo reestabelecimento do balanço oxidativo. Conclusão: Diante destes resultados, pode-se inferir que G. lucidum poderá ser um valioso composto bioativo utilizado como adjuvante no manejo dos distúrbios provocados pelo álcool, contudo cuidados com a dose precisam ser observados.

  • ROSEANE GUIMARÃES FERREIRA
  • FUNGOS ENDOFÍTICOS DE PIPER ADUNCUM: ISOLAMENTO, IDENTIFICAÇÃO E ATIVIDADES BIOLÓGICAS

  • Data: 08/10/2021
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  • Os fungos endofíticos são micro-organismos que vivem em associação simbiótica com as plantas trazendo uma série de benefícios às mesmas tais como defesa contra predadores e pragas e resistência a estresses. São considerados como excelentes fontes de biomoléculas como enzimas, antibióticos e antioxidantes. A indústria de modo geral tem ampliado seus investimentos em produtos naturais microbianos, despontando como uma das áreas em que mais se investe em países desenvolvidos. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar a atividade enzimática e biológica do sobrenadante liofilizado do caldo fermentativo obtido do cultivo do fungo endofítico PAC 123 da planta Piper aduncum. O isolamento dos micro-organismos endofíticos foi feito utilizando as folhas e o caules de P. aduncum em ágar Saboraund dextrose (ASD). Após o crescimento, as cepas foram purificadas e a identificadas pela morfológica e por biologia celular, sendo escolhido o fungo PAC 123 (Fusarium lateritium nees) para o desenvolvimento do trabalho. Foram construídas curvas de crescimento com dois meios de cultura diferentes (meio com maltose denominado M e meio com milho pulverizado + maltose denominado S). A partir da curva foram estabelecidos os dias de coleta do sobrenadante resultante do caldo fermentativo fúngico, seguido de posterior liofilização das amostras. As amostras liofilizadas foram utilizadas para os testes enzimáticos e biológicos. Os resultados mostraram que as amostras M e S apresentaram atividade protease com formação média de halo de 10-35 mm, atividade antioxidante representando 3-15% de inibição do radical ABTS +, 80-98% de inibição do radical DPPH e teor médio de 0,5-0,8mg de polifenóis totais para cada 100mg de amostras M e S. Assim, este estudo contribuiu para aumentar o conhecimento sobre a biologia endofítica da planta P. aduncum, ainda tão pouco explorada, bem como demonstrar seu potencial enzimático e antioxidante do fungo endofítico Fusarium lateritium nees (PAC 123).

  • PAULA PINTO RODRIGUES
  • ESTUDOS CITOGENÉTICOS EM GYMNOTIFORMES DA AMAZÔNIA BRASILEIRA

  • Data: 07/10/2021
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  • Os Gymnotiformes (peixes elétricos Neotropicais) são amplamente distribuídos nas Américas Central e do Sul, com maior diversidade e abundância na Bacia Amazônica, sendo uma ordem extremamente diversa. Dentre estes, o gênero Brachyhypopomus (Hypopomidae), atualmente com 28 espécies descritas, possui dados cariotípicos disponíveis para onze delas. Seu número diploide (2n) varia de 36 em B. brevirostris a 44 em fêmeas de B. flavipomus. Já o gênero Archolaemus (Sternopygidae), que compreende um complexo de seis espécies, não possui nenhum dado citogenético publicado até o momento. Visando ampliar estas informações citogenéticas para auxiliar a citotaxonomia e melhor identificação de espécies, bem como investigar os rearranjos cromossômicos responsáveis pela variação cariotípica intragenérica, neste trabalho buscamos estudar o cariótipo de B. brevirostris de duas localidades: Santarém – PA e Reserva Mamirauá, região de Tefé – AM, além de fazermos a primeira descrição cariotípica da espécie Archolaemus janeae sp. nov., analisando indivíduos de duas localidades: Rio Xingu, Altamira – PA e Rio Tocantins, Santarém – PA. Os resultados obtidos até o momento para a espécie Brachyhypopomus brevirostris mostram 2n=38, sendo todos os cromossomos acrocêntricos, com heterocromatina constitutiva evidenciada na região centromérica de todos os cromossomos, além de pequenas bandas heterocromáticas em regiões intersticiais e distais de alguns pares, nas localidades de Tefé - AM e Santarém – PA. A Hibridização in situ Fluorescente com de rDNA 18S marcou a região distal do par cromossômico 19q e a sonda telomérica hibridizou na região distal de todos os cromossomos, sem sinais intersticiais para amostras de Santarém – PA e região de Tefé – AM. Archolaemus janeae mostra 2n igual a 46, sendo composto por 4 cromossomos de dois braços e 42 cromossomos acrocêntricos (2n=46; 4m/sm + 42a), para as localidades de Santarém – PA e Altamira – PA. A heterocromatina constitutiva está evidenciada na região centromérica de todos os cromossomos, além de pequenas bandas heterocromáticas em regiões intersticiais e distais em alguns pares. O rDNA 18S ocorre na região distal do braço curto do par 2, o rDNA 5S ocorre em 5 pares cromossômicos e a sequência snDNA U2 indicou múltipla hibridização. Não foram observadas sequencias teloméricas intersticiais. As populações exibem cariótipos idênticos, confirmando ser uma única espécie. Apresentamos o primeiro dado do marcador U2 para esta família. Estes dados são de grande importância como referência para futuros estudos citotaxonômicos do gênero.

  • MARIA LUCIA SOUZA SIQUEIRA
  • PARAMETROS DE SAUDE METABOLICA E VISUAL EM PACIENTES DIAGNOSTICADAS COM CANCER DE MAMA EM TRATAMENTO ANTICANCER

  • Data: 30/09/2021
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  • O câncer de mama feminino, segundo as estimativas atuais, ainda vem atingindo um nível de incidência e prevalência bem elevado no Brasil e no Pará. A necessidade por estudos que venham ampliar o conhecimento sobre as opções terapêuticas e mitigar os danos sofridos pelo câncer, torna-se inovador em nossa região. Desta forma, objetivamos determinar e avaliar parâmetros de saúde metabólica e visual em pacientes diagnosticadas com câncer de mama expostas a terapias anticâncer. Os objetivos específicos foram divididos em três seções: Seção I: determinar marcadores lipídicos, antropométricos, estresse oxidativo e citocinas pró-inflamatórias para avaliar a saúde metabólica; Seção II: determinar os metabólitos de tamoxifeno (4-hidroxitamoxifeno e endoxifeno) e correlacionar com lipídios sanguíneos para avaliar a interação e metabolismo da droga com lipídios; Seção III: realizar testes visuais para avaliar o efeito das terapias anticâncer na espessura da retina. Pesquisa aprovada pelo comitê de ética com parecer no 1.915.051 (CEP-HOL) e 1.897.057 (CEP-ICS-UFPA) no período de março de 2017 a setembro de 2019. Foi constituída por 40 mulheres diagnosticadas com câncer de mama (Carcinoma Ductal Grau II e III) em um hospital público de referência oncológica em Belém do Pará e que consentiram participar da pesquisa. Um grupo de 20 pacientes formaram o grupo que estavam em quimioterapia (GQt), 20 pacientes o grupo em hormonioterapia com tamoxifeno (GTam) e um outro grupo de mulheres sem câncer foi constituído como controle comparativo (GC) a partir dos critérios de inclusão. Para a determinação dos marcadores bioquímicos, foi utilizado o método automatizado; a antropometria seguiu o manual do Ministério da Saúde; para o estresse oxidativo o método colorimétrico; para a dosagem de citocinas o método de ELISA; para a determinação do tamoxifeno e metabólitos no plasma foi utilizado a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE); para as análises da retina, foi utilizado a tomografia de coerência óptica (TCO). Os resultados obtidos, mostraram que as pacientes eram mulheres predominantemente com idade entre 40 a 50 anos, pardas, com renda de 1 a 3 salários mínimos, estavam na pré e pós-menopausa; apresentaram sobrepeso/ obesidade com IMC elevado, entre 25 a 29,9 kg/m2, circunferência abdominal acima de 80 cm e não realizavam atividade física regular; os níveis médios de lipídios mostraram-se alterados em ambos os grupos estudados, mas com destaque para o grupo quimioterápico com elevação do Colesterol total, LDL e Triglicerídeos e baixos níveis de HDL colesterol, (p<0,05); os parâmetros antioxidantes (TEAC, GSH, CAT e SOD) mostraram baixos níveis de GSH e elevada atividade da CAT, para o grupo quimioterápico e em menor atividade para o grupo de tamoxifeno em relação ao controle (p<0,01); os parâmetros pró-oxidantes (MDA e NO), mostraram que pacientes de quimioterapia apresentaram maior nível de peroxidação lipídica diferente das pacientes de tamoxifeno comparado ao controle (p<0,05); a razão GSH/MDA mostrou maior sensibilidade aos danos oxidantes para as pacientes de quimioterapia (p<0,01); quanto as citocinas,TNF-α e IL-6, mostraram-se elevadas tanto no grupo de quimioterapia quanto no grupo tamoxifeno (p<0,05). As concentrações plasmáticas médias de tamoxifeno, 4-hidroxitamoxifeno e endoxifeno foram 62 ng/mL, 1.04 ng/mL and 8.79 ng/mL; níveis de triglicerídeos variaram de 59 a 352 mg/dL, Colesterol total de 157 a 321 mg/dL, LDL-c de 72 mg/dL a 176 mg/dL e HDL-c de 25.1 mg/dL a 62.8 mg/dL; não houve associação significativa entre tamoxifeno e os metabólitos com os níveis de colesterol e triglicerídeos; houve fraca associação entre tamoxifeno e seus metabólitos ativos com HDLc, LDLc e VLDLc. A média da espessura macular da retina revelou não ter diferença significativa entre as pacientes que receberam quimioradioterapia e tamoxifeno com controle (p>0,05); a espessura macular regional revelou que somente um campo macular apresentou diferença significativa entre dois grupos; no campo macular nasal externo, as pacientes de quimioradioterapia mostraram a espessura da retina mais fina em relação ao controle. Concluímos que pacientes de câncer de mama, expostas a quimioterapia e hormonioterapia, apresentaram: perfil lipídico desfavorável com níveis elevados de colesterol total, LDL, triglicerídeos e baixo HDL, sobrepeso e obesidade, menor capacidade antioxidante para as pacientes que receberam quimioterapia e níveis sistêmicos de citocinas inflamatórias, TNF-α e IL-6, elevados; houve fraca associação entre as concentrações plasmáticas de tamoxifeno e seus metabólitos ativos com os níveis de HDL-c, LDL-c e VLDL-c, com baixo impacto dos níveis de lipoproteínas na exposição ao tamoxifeno, 4-hidroxitamoxifeno e endoxifeno; um campo macular foi alterado no grupo quimioterápico, que apresentou retina mais fina em comparação com o grupo controle, no entanto a estrutura da retina mostrou-se sensível à presença dos metabólitos do tamoxifeno no sangue.

  • MARICELI BAIA LEAO BARROS
  • ANÁLISE MOLECULAR DE REGIÕES HOT SPOT DO GENOMA MITOCONDRIAL DE LINHAGENS DE GLIOBLASTOMA (GBM) TRATADAS E NÃO TRATADAS COM PISOSTEROL

  • Data: 10/09/2021
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  • O gliobalstoma (GBM) é um tumor caracterizado por alto nível de agressividade com sobrevida média de apenas 14,6 meses, proveniente de células-tronco neurais presentes no sistema nervoso central, com grande diversidade histopatológica e genômica. O alto índice de heterogeneidade intratumoral no GBM dificulta o diagnóstico da doença e a adequada intervenção terapêutica. As mitocôndrias são organelas celulares associadas à regulação do metabolismo celular, sinalização redox, geração de energia, regulação da proliferação celular e apoptose. Assim, o acúmulo de mutações no DNA mitocondrial (mtDNA) desempenha um papel importante na patogênese do GBM, favorecendo a produção anormal de energia por meio da glicólise aeróbia e contribuindo para a resistência à apoptose e aos tratamentos convencionais de rádio e quimioterapia. Este cenário torna necessária a introdução de novas linhas de pesquisa que reúnam tecnologias que possibilitem uma melhor análise e compreensão do processo de carcinogênese do GBM, bem como o entendimento da ação do pisosterol, um composto com atividade antiproliferativa. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a integridade mitocondrial em quatro linhagens celulares de glioblastoma (AHOL1, U343MG, 1321N1 e U-87MG) tratadas e não tratadas com pisosterol em diferentes concentrações (0.5, 1.0 e 1.8 µg/mL-1 ), baseada na investigação de possíveis alterações nesse genoma. Foram analisados através da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) seis genes do mtDNA (ND1, ND3, COI, COII, COIII, ATPase-6), em seguida foi realizado o sequenciamento automático e posterior análise e comparação das sequências obtidas. O estudo revelou que o tratamento com pisosterol não modificou o padrão de alterações do mtDNA das linhagens de GBM. Identificamos alterações nos genes ND1, ND3 e COI. No gene ND1 foi observada uma transição não sinônima na posição 3547 (A→G), que provoca a mudança do aminoácido isoleucina para valina, e uma transversão sinônima na posição 3552 (T→A). No gene ND3 também foram identificadas duas transições, a primeira não sinônima localizada na posição 10398 (A→G) e a segunda sinônima na posição 10400 (C→T). No gene COI uma transição não sinônima foi detectada na posição 7196 (C→A). As alterações mais frequentes foram aquelas observadas no complexo I mitocondrial, o que é sugestivo de um possível hot spot para as linhagens de GBM analisadas. O Complexo I está relacionado com a manutenção dos níveis de equilíbrio de NAD+ /NADH e ROS, com a geração de potencial de membrana mitocondrial e produção de ATP, portanto, sua disfunção é frequentemente a causa de distúrbios e doenças mitocondriais. A análise dos polimorfismos e alterações presentes no mtDNA em amostras de GBM se faz necessária para que os pacientes possam ter um melhor prognóstico e tratamento mais eficiente, visto que essas modificações influenciam no fenótipo celular.

  • SABRINA DE CARVALHO CARTAGENES
  • RETIRADA DE CETAMINA RESULTA EM ALTERAÇÕES NO COMPORTAMENTO EMOCIONAL DE RATAS ADOLESCENTES E DESBALANÇO OXIDATIVO NO HIPOCAMPO E CÓRTEX PRÉ-FRONTAL

  • Data: 03/09/2021
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  • A cetamina, também chamada de 'pó K', é um derivado da N-1-feniciclohexi-piperidina e atua bloqueando os receptores de N-Metil-D-Aspartato (NMDA). Além de gerar resposta analgésica e anestésica, a cetamina estimula o sistema límbico, causando alucinações e estado de dissociação do corpo. Esses efeitos permitiram o consumo da droga de forma recreacional, e atualmente está entre as principais drogas alucinógenas consumidas entre os usuários de drogas que frequentam festas do tipo rave. Em geral, é a droga de preferência entre adolescentes e adultos jovens. Considerando a relevância epidemiológica e as consequências nocivas da cetamina como droga de abuso sobre o SNC em adolescentes, o objetivo deste estudo foi investigar as respostas comportamentais e bioquímicas no período de abstinência de cetamina em ratas na fase da adolescência. Foram utilizados ratos fêmeas Wistar (n=20), adolescentes, que receberam via intraperitoneal cetamina (10mg/kg/dia) durante 3 dias consecutivos. Vinte e quatro horas após a última administração de cetamina, os animais foram submetidos aos ensaios comportamentais do campo aberto, labirinto em cruz elevado e nado forçado. Em seguida foram anestesiados com isoflurano a 2% via intranasal e sacrificados para coleta do córtex pré-frontal e hipocampo para avaliação dos níveis de tiobarbitúrico, capacidade antioxidante total, capacidade antioxidante do radical peroxil, espécies reativas de oxigênio, e glutationa reduzida. Nossos resultados demonstraram que 24h após uso recreacional de cetamina houve prejuízos sobre o comportamento emocional, relacionado à ansiedade e depressão, associados às desordens com alterações das espécies reativas de oxigênio, indicadores antioxidantes e peroxidação lipídica no córtex pré-frontal e no hipocampo. Com isso, concluímos que a abstinência imediata do uso recreacional de cetamina em ratas adolescentes gera alterações semelhantes às desordens de humor (ansiedade e depressão), associado à indução de estresse oxidativo no córtex pré-frontal e hipocampo.

  • RAYAN FIDEL MARTINS MONTEIRO
  • EFEITOS DO TRATAMENTO AGUDO-SISTÊMICO DE β-CARIOFILENO EM CAMUNDONGOS FÊMEA SAUDÁVEIS E EM MODELO DE INFLAMAÇÃO SISTÊMICA

  • Data: 30/07/2021
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  • Todas as funções do sistema endocanabinoide (SEC) ainda não são completamente lucidadas, entretanto esse sistema é conhecido por apresentarum efeito neuromodulador, atribuído essencialmente aos receptores canabinóide do tipo I (CB1R), dos quaisaativação sistêmica induz efeitos psicoativos. Diferentemente, o efeito imunomodulador do SEC, atribuído essencialmente sobre os receptores canabinóide do tipo II (CB2R), tem sido demonstrado como alternativa de tratamento de diversas doenças inflamatórias agudas ou crônicas, incluindo doenças neurodegenerativasem modelos animaisvia ativação crônica de CB2R. Entretanto, ainda não está claro os efeitos desse tratamento logo após sua administração. Neste sentido, procuramos investigar os efeitos do tratamento agudo-sistêmico do β-cariofileno (BCP), um fito-canabinóide agonista de CB2R em modelo murino de neuroinflamaçãoinduzidos por LPS. Realizamos o teste de Campo aberto (CA) 2 e 4 h após a indução de sickness behaviorpor Lipopolissacarídeo (LPS) e demonstramos quenos animais pré-tratados com BCP, na janela de 2 h, houve manutençãona qualidade de movimentonos animais que receberam LPSsemalteraçãona indução de sickness behavior, e aumento da atividade na região aversivado aparato nos animais que não receberamLPS. Indicando efeito imuno e neuromodulador do BCP. Realizamos também o teste do Labirinto aquático de Morris (LAM)24 h após a inoculação de LPS, entretanto não foi possível discriminar alterações no aprendizado, porém os animais inoculados e não tratados demonstraram ser mais propensos a formar memória espacial.Por fim, observamos que o pré-tratamento com BCP aumenta a peroxidação lipídica e concentração de nitrito no encéfalo 2 h após a inoculação de LPS, sugerindo assim, aumento imediato do estresse oxidativo pelo tratamento agudo com BCP em modelos de neuroinflamação. Portanto, é de fundamental importância a continuidade da pesquisa dos efeitos neurológicos e imunológicos imediatos ao tratamento com BCP em modelos de animais saudáveis e em modelos neuroinflamatórios para melhor determinação dos riscos atribuídos a esse tratamento, bem como, a adição do tratamento agudo em detrimento do crônico em diferentes patologias neurológicas.

  • KETLIN JAQUELLINE SANTANA DE CASTRO
  • EQUILÍBRIOPOSTURALE PRESSÃO PLANTAR EM INDIVÍDUOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

  • Data: 12/07/2021
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  • Os sistemas visual, somatossensorial e vestibular enviam ao sistema nervoso central informações que auxiliam no controle postural. Logo, uma alteração em um destes sistemas, como a deficiência visual, pode ocasionar déficits no equilíbrio postural. Porém, indivíduos com deficiência visual podem reorganizar a postura em bipedestação com o intuito de manter o equilíbrio. Essa reorganização na postura bípede pode alterar a distribuição de cargas na planta do pé, aumentando a pressão plantar em determinadas regiões. Portanto, a verificação da pressão plantar em sujeitos com deficiência visual pode ser um fator indicativo de reorganização postural para manter o equilíbrio. Objetivo: Comparar o impacto da deficiência visual no controle postural de indivíduos com deficiência visual congênita e adquirida e sujeitos com visão normal. Material e Métodos: O controle postural foi avaliado através da medida do centro de pressão (COP) entre os pés, e as pressões na superfície plantar de cada pé em 36 participantes, com idade entre 18 e 50 anos, de ambos os sexos, sendo 18 voluntários com deficiência visual congênita ou adquirida (grupo experimental) e 18 voluntários sem deficiência visual (grupo controle). As pressões na superfície plantar foram medidas nas condições de olho aberto e de olho fechado usando uma plataforma resistiva de baropodometria. Resultados: Na condição de olho aberto não existiram diferenças entre os grupos no deslocamento do COP. No entanto, os participantes com deficiência visual apresentaram um aumento significativo da pressão plantar nas regiões do primeiro e segundo metatarsos (área M1 e M2) em ambas as condições visuais (p < 0.05). As diferenças nas medidas de pressão entre os grupos sem e com deficiência visual pode ser atribuída principalmente ao subgrupo de sujeitos com deficiência visual adquirida. Conclusões: Os dados deste estudo sugerem que sujeitos com deficiência visual apresentam aumento da pressão nas regiões metatarsais (antepé), que não está associado ao deslocamento anterior do COP ou déficit no controle postural.

  • GABRIEL MESQUITA DA CONCEIÇÃO BAHIA
  • EFEITO CITOPROTETOR DE Copaifera reticulata EM MODELOEXPERIMENTAL IN VITRO DE DEGENERAÇÃO NEURAL INDUZIDO POR ROTENONA: CÓRTEX CEREBRAL TOTAL, HIPOCAMPO E MESENCÉFALO.

  • Data: 09/07/2021
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  • A doença de Parkinson (DP) é uma das doenças neurodegenerativas mais prevalentes, afetando cerca de 2% da população mundial. Alguns processos neuroinflamatórios estão associados aos fatores causadores (ou consequentes) da DP e drogas neuroprotetoras podem ser usadas como possíveis tratamentos paliativos para se retardar o desenvolvimento da doença. Neste sentido, um dos possíveis tratamento é usando-se o óleo-resina extraído das plantas do gênero Copaifera sp. que já tem importante protagonismo etnofarmacológico como anti-inflamatório e, portanto, pode ter ação neuroprotetora. No presente estudo, propomos avaliar o óleo resina de copaíba na viabilidade celular em modelo in vitro de doença de Parkinson induzido por rotenona e seu possível efeito citoprotetor. Utilizamos culturas primárias mistas de células derivadas do mesencéfalo ventral, culturas primárias mistas de células do córtex cerebral total e culturas primarias mistas de células do hipocampo de ratos neonatos. Para a mimetização da DP in vitro e de degeneração celular, usamos o modelo de intoxicação por rotenona com exposição de 3 dias para as culturas do mesencéfalo ventral e 24 horas para as culturas derivadas do córtex cerebral total e hipocampo. Realizamos a análise da curva de concentração-resposta para o óleo-resina de Copaifera reticulata Ducke durante exposição de 3 dias para as culturas do mesencéfalo ventral. Por fim, realizamos experimentos de exposição concomitante de óleo-resina de copaíba e a intoxicação por rotenona. Realizamos ensaio de MTT para medir a viabilidade celular. Nossos resultados demonstraram que a rotenona causou redução na viabilidade celular de para todas as concentrações de rotenona de todas as culturas primarias mistas. Na curva concentração-resposta para o óleo-resina de Copaifera reticulata Ducke, houve citotoxicidade nas maiores concentrações testadas para a cultura primaria mista de mesencéfalo ventral. Quando a exposição as culturas de células  concomitante à rotenona e ao óleo-resina de copaíba, o óleo-resina mostrou-se eficaz apenas para as culturas primarias mistas derivadas do mesencéfalo ventral e do hipocampo de ratos neonatos e não foi eficaz em proteger as células das cultura primaria mista de células do córtex cerebral total frente a intoxicação induzida por rotenona. Nossos resultados mostraram que a rotenona tem um efeito deletério dependente de concentração, o óleo-resina de copaíba possui toxicidade em concentrações maiores que 10 µg/mL para células oriundas do mesencéfalo ventral, que o óleo-resina, promove neuroproteção frente efeitos deletérios de rotenona para as culturas primarias mistas do mesencéfalo ventral (1 µg/mL) e culturas primarias mistas do hipocampo (25 µg/mL) e que para as culturas primarias mistas do córtex cerebral total o óleo-resina não foi capaz de neuroprotger.

  • DARA DA COSTA SOARES
  • ATIVIDADE E EXPRESSÃO DA METALOPROTEASE GP63 NAS ESPÉCIES LEISHMANIA (LEISHMANIA) AMAZONENSIS LEISHMANIA (VIANNIA) BRAZILIENSIS

  • Data: 29/06/2021
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  • A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença tropical negligenciada de caráter infeccioso causada por protozoários do gênero Leishmania sp. No Brasil, Leishmania (L.) amazonensis e Leishmania (V.) braziliensis são as principais espécies patogênicas. As diferentes cepas e espécies, bem como a resposta imunológica do hospedeiro vertebrado, são pontos-chave no desenvolvimento da doença e, consequentemente, nas diferentes manifestações clínicas causadas por esses protozoários como a leishmaniose cutânea localizada (LCL), leishmaniose cutânea difusa (LCD) e leishmaniose mucocutânea (LMC). Parasitos do gênero Leishmania possuem aprimorados mecanismos com a capacidade de silenciar a resposta microbicida de macrófagos infectados através da ação de fatores de virulência como a glicoproteína 63 (GP63). Esta glicoproteína, que possui um sítio catalítico zinco-dependente, é a principal metaloprotease de superfície da Leishmania e é capaz de modular a resposta imune do hospedeiro vertebrado ao clivar um conjunto amplo de substratos citosólicos. Contudo, devido à necessidade de compreensão da atuação e envolvimento da GP63 nos processos de infecção e diferentes manifestações clínicas, é importante analisar que de que forma esta molécula está presente durante esses processos. Tendo isso em vista, a hipótese deste estudo é se existe diferença na expressão do fator de virulência gp63 entre duas espécies causadoras de LTA, Leishmania (Leishmania) amazonensis e Leishmania (Viannia) braziliensis que causam diferentes manifestações clínicas. Portanto, o objetivo deste trabalho foi analisar a expressão e atividade da gp63 nas espécies Leishmania (L.) amazonensis e Leishmania (V.) braziliensis, que possuem maior relevância para o acometimento da LTA. A atividade da gp63 foi analisada utilizando formas promastigotas na fase estacionária (4 e 7 dias de cultivo). Os parasitos foram submetidos à análise do perfil proteolítico através da DQ-gelatin (10µg/ml) em fluorímetro (VICTOR Multilabel Plate Reader X) com comprimento de onda de 480-520 nm. A atividade também será analisada por zimografia em gel contendo 0,1% de gelatina como substrato. A expressão da gp63 será analisada por Western blot utilizando anticorpo anti-GP63. A imunomarcação e quantificação da proteína GP63 serão analisadas por imunofluorescência indireta. Este trabalho mostrou pela primeira vez que a espécie Leishmania (L.) amazonensis apresenta maior atividade da glicoproteína 63 kDa em comparação com a espécie Leishmania (V.) braziliensis

  • GYSELLE RIBEIRO DE CARVALHO OLIVEIRA
  • ANÁLISE DE PATÓGENOS ORAIS ENTRE INDIVÍDUOS PORTADORES DE CÂNCERGÁSTRICO E INDIVÍDUOS SEM CÂNCER.

  • Data: 29/06/2021
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  • O câncer gástrico é o quarto câncer mais comum e o segundo maior em mortalidade no mundo. Fatores ambientais e de estilo de vida, contribuem para a malignidade da doença incluindo tabagismo, consumo excessivo de sal e conservas, baixa ingestão de vitamina C e legumes, esses fatores de risco só poderiam explicar menos de 60% de incidência do câncer gástrico. A associação de perda dentária, má higiene bucal com risco aumentado de câncer gástrico foi relatado em vários estudos epidemiológicos com diversas populações. A investigação de patógenos orais específicos relacionados ao câncer gástrico pode ajudar a identificar os mecanismos subjacentes e gerar conhecimento que poderão levar a melhora clínica, tratamento e intervenções. O objetivo do estudo foi comparar quantitativamente (qPCR) a associação entre patógenos orais em pacientes portadores de câncer gástrico (GC) e pacientes com ausência de câncer (AC), em hospital na cidade de Belém-PA. Participaram da pesquisa 192 pacientes de ambos os grupos, pareados metodologicamente em idade, etnia e sexo. Dentre as bactérias estudadas tivemos as consideradas cariogênicas: S. mutans e S. sobriuns, e as peridontopatogênicas: A. actinomycetemcomitans; T. denticola; T.Forsythia e P. gingivalis. Os resultados sugerem uma associação quantitativa diferente na presença de patógenos orais entre indivíduos sem câncer e pacientes com câncer gástrico. Conforme observado, não se pode afirmar que as bactérias presentes na cavidade oral aumentem o risco de câncer gástrico ou sejam fatores agravantes da doença. Porém, vale ressaltar que, por fazer parte do aparelho digestivo, a falta de cuidados com a cavidade oralpode prejudicar o tratamento de pacientes com câncer gástrico.

  • BRENDA JAQUELINE DE AZEVEDO ATAIDE
  • "MELATONINA PREVINE DANOS CEREBRAIS E DÉFICITS NEUROCOGNITIVOS INDUZIDOS PELA INFECÇÃO POR Plasmodium berghei ANKA EM MODELO MURINO DE MALÁRIA CEREBRAL"

  • Data: 20/05/2021
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  • A malária cerebral é caracterizada por deficiências cognitivas permanentes em crianças infectadas com Plasmodium. As terapias antimaláricas mostram pouca eficácia para evitar déficits neurológicos e alterações do tecido cerebral provocadas pela malária grave. A melatonina é um hormônio endógeno bem conhecido, envolvido no controle das funções cerebrais e na manutenção da integridade da barreira hematoencefálica. O estudo atual avaliou o efeito da melatonina nas alterações histológicas, rompimento da barreira hematoencefálica e deficiências neurocognitivas em camundongos que desenvolveram malária cerebral. Camundongos suíços infectados com Plasmodium berghei cepa ANKA foram utilizados como modelo de malária cerebral. O tratamento com melatonina (5 e 10 mg/kg) foi realizado por quatro dias consecutivos após a infecção, e os dados mostraram um aumento na taxa de sobrevivência em camundongos infectados tratados com melatonina. Também foi observado que o tratamento com melatonina impediu a formação do edema cerebral e evitou a quebra da barreira hematoencefálica induzida pela infecção por Plasmodium berghei. Além disso, a coloração com hematoxilina e eosina demonstrou que a melatonina atenua as alterações histológicas em animais infectados com Plasmodium. A melatonina também foi capaz de prevenir deficiências motoras e cognitivas em camundongos infectados. Tomados em conjunto, esses resultados mostram pela primeira vez que o tratamento com melatonina preveniu danos histológicos cerebrais e alterações neurocognitivas induzidas pela malária cerebral. 

  • ANDRÉ LUIZ DE SOUZA RODRIGUES
  • AVALIAÇÃO DE microRNA’S CIRCULANTES NA ESQUIZOFRENIA: DA DESREGULAÇÃO EPIGENÔMICA À POTENCIAIS BIOMARCADORES

  • Data: 31/03/2021
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  • Introdução: A esquizofrenia é uma patologia grave e complexa que afeta cerca de 0,5-1% da população mundial, sendo de característica crônica e é reconhecida como uma das 15 principais causas de incapacidade. Para o diagnóstico clínico de esquizofrenia, existem critérios clínicos a serem avaliados, que incluem sintomas de ordem positiva e negativa. Existe uma predisposição genética e sua manifestação ocorre após exposição a estímulos ambientais. Desta maneira, fortes evidências demonstram que estes estímulos ambientais têm a capacidade de agir nos mecanismos epigenéticos que agem na regulação da expressão gênica. Os microRNAs (miRNA’s) são biomarcadores estáveis e potencialmente confiáveis, e alguns miRNA’s já foram previamente identificados como potenciais biomarcadores para a esquizofrenia em amostras periféricas. Objetivo: Avaliar o perfil de expressão dos miRNA’s circulantes em pacientes portadores de esquizofrenia (hsa-miR-34a, miR-449a, miR-564, miR-432, miR-548d, miR-572 e miR-652) em relação a indivíduos controles negativos para a doença. Métodos: Estudo analítico, de caso-controle, transversal, utilizando amostras previamente colhidas de pacientes diagnosticados com Esquizofrenia (N = 650) e grupo de controles (N = 924), que preencheram adequadamente os critérios de inclusão. As amostras foram analisadas após extração de RNA através de sua quantificação e técnicas de obtenção da reação da transcriptase reversa e reação em cadeia da polimerase quantitativa em tempo real. Todos os dados foram analisados por meio do programa estatístico IBM SPSS22. Conclusão: Utilizando o método de coleta de sangue periférico com a intenção de encontrar possíveis biomarcadores para a esquizofrenia, foi observada uma expressão aumentada dos sete miRNA’s em vários cenários analisados, demonstrando potencial valor diagnóstico.

  • DANIELA ROSA GARCEZ
  • "AJUSTES POSTURAIS ANTECIPATÓRIOS E COMPENSATÓRIOS EM IDOSOS COM E SEM LOMBALGIA"

  • Data: 25/03/2021
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  • A dor lombar crônica (DLC) está associada a alterações no controle postural e é altamente prevalente em idosos. Pesquisas apontam que o envelhecimento e a DLC são descritos como fatores importantes que afetam o controle postural. O prejuízo no controle postural é um importante fator no risco de quedas. Pesquisas que avaliam o controle postural em idosos com DLC ainda são necessárias para maior efetividade nos programas de reabilitação do equilíbrio, visando maior controle postural e prevenção de quedas nesta população.O objetivo deste estudo é verificar a influencia da DLC nos ajustes posturais antecipatórios (APAs) e compensatórios (CPAs), em idosos, durante um paradigma de perturbação auto-iniciado induzido por um movimento rápido do membro superior ao apontar um alvo. Idosos foram divididos em: Grupo com DLC (GDLC) (n=15) e Grupo Controle (GC) (n=15). A latência dos músculos dos membros inferiores e os deslocamentos do centro de pressão (COP) foram avaliados antes da perturbação até o fim do movimento. O momento T0 (início do movimento) foi definido como a latência do deltóide anterior (DEL) e todos os parâmetros foram calculados em relação a este T0. O reto femoral (RT), semitendinoso (ST) e sóleo (SOL) demonstraram latência atrasada no GDLC comparado com o GC: RF (controle: -0,094 ± 0,017 s; GDLC: -0,026 ± 0,012 s, t = 12, p < 0,0001); ST (controle: -0,093 ± 0,013 s; GDLC: -0,018 ± 0,019 s, t = 12, p < 0,0001); e SOL (controle: -0,086± 0,018 s; GDLC: -0,029 ± 0,015 s, t = 8,98, p < 0,0001). Adicionalmente, o deslocamento do COP esteve atrasado no GDLC (controle: -0,035 ± 0,021 s; GDLC: -0,015 ± 0,009 s, t = 3; p = 0,003) e apresentou uma amplitude menor durante APAs; COPAPA [controle: 0,444 cm (0,187; 0,648); GDLC: 0,228 cm (0,096; 0,310), U = 53, p = 0,012]. O GDLC apresentou tempo maior para alcançar o deslocamento máximo após a pertubação (controle: 0,211 ± 0,047 s; GDLC 0,296 ± 0,078 s, t = 3,582, p = 0,0013). Isto indica que idosos do GDLC apresentam prejuízos para recuperar seu controle postural e menor eficiência dos ajustes antecipatórios durante a fase antecipatória. Nossos resultados sugerem que idosos do GDLC tem o controle feedforward alterado nos músculos do quadril e tornozelo, como verificado na latência dos músculos SOL, ST e RT. Este estudo é o primeiro no campo do envelhecimento que investiga ajustes posturais na população de idosos com DLC. Avaliações clínicas nesta população devem considerar a estabilidade postural como parte de um programa de reabilitação. 

  • JESSICA SOUZA PINHEIRO
  • A INDUÇÃO DO COMPORTAMENTO TIPO ANSIEDADE E ESTRESSE OXIDATIVO PELA INDOMETACINA NO CEREBRO DO Danio rerio (ZEBRAFISH) É PREVENIDA PELO α-TOCOFEROL

  • Data: 27/01/2021
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  • Os anti-inflamatórios não-esteroidais estão entre as drogas mais utilizadas e prescritas no mundo, no entanto esse tipo de fármaco possui diversos efeitos colaterais a nível neural. Estudos relacionados a danos neurocomportamentais e neuroquímicos dessa classe de fármaco ainda são necessários para um melhor entendimento de todos os possíveis danos que eles podem ocasionar. Com isso, a indometacina, que é um AINE, vem sendo bastante utilizada para o tratamento de patologias como artrite reumatoides, lesões muscoesqueléticas, osteoartrite e dores pós-operatórios. A indometacina bloqueia de forma não seletiva as enzimas COX-1 e COX-2, atuando na diminuição da produção de prostaglandinas. Portanto, o objetivo do trabalho foi a avaliação dos efeitos ansiogênicos gerados pela indometacina e o estresse oxidativo no cérebro, e se o antioxidante α-tocoferol exercia proteção diante dos possíveis danos gerados pela indometacina em Danio rerio (zebrafish). Os animais utilizados foram peixes da espécie Danio rerio (n=160), que foram subdivididos em: Controle – Salina 0,9%; Indometacina - INDO 0,5 mg/kg; INDO 0,75 mg/kg; INDO 1,0 mg/kg; INDO 2,0 mg/kg; INDO 3,0 mg/kg; α-Tocoferol – TF; TF+ INDO 1 mg/kg; TF+ INDO 2 mg/kg e foram submetidos ao teste de distribuição vertical eliciado pela novidade, onde os parâmetros tempo no topo, congelamento, nado errático e quadrantes cruzados foram analisados. A análise estatística dos resultados foi realizada através de ANOVA de uma via com pós-teste bonferroni ou tukey para comparação entre os grupos, sendo considerado significativo valores com p<0,05. Os resultados referentes aos parâmetros comportamentais e de estresse oxidativo foram expressos em média ± erro padrão ou desvio padrão. Os parâmetros que apresentaram diferenças estatísticas foram os de tempo no topo e congelamento, onde os animais dos grupos INDO 0,5 mg/kg, INDO 0,75 mg/kg, INDO 1 mg/kg e INDO 2 mg/kg exploraram por menos tempo o topo do aparato em comparação ao grupo CTRL. No parâmetro de congelamento os grupos tratados com indometacina INDO 0,5 mg/kg, 0,75 mg/kg e 2 mg/kg não demonstraram possuir diferenças estatísticas com o grupo CTRL, no entanto se observou uma diferença entre os grupos CTRL e INDO 1 mg/kg. No parâmetro de congelamento os animais do grupo INDO 1 mg/kg apresentaram um maior tempo sem movimentação em comparação ao grupo CTRL. Nos demais parâmetros não houveram diferenças significativas dos grupos tratados com o grupo controle. Quanto a análise da peroxidação lipídica, os grupos INDO 1 mg/kg e INDO 2 mg/kg apresentaram um aumento da produção de MDA em comparação ao grupo CTRL, inferindo assim que houve um aumento do estresse oxidativo quando os animais eram tratados com indometacina. E o α-tocoferol exerceu uma proteção quando os animais foram tratados previamente tanto no grupo TF+ INDO 1 mg/kg, quanto no grupo TF+ INDO 2 mg/kg em comparação com os grupos INDO 1 mg/kg e INDO 2 mg/kg, respectivamente. Por tanto a indometacina está envolvida na indução do comportamento tipo ansiedade e no estresse oxidativo em cérebros de zebrafish.

  • RAFAEL DIAS DE SOUZA
  • EFEITOS DO EXTRATO DE AÇAÍ (Euterpe oleracea MART.) EM MODELOS IN VITRO E IN VIVO DE ISQUEMIA CEREBRAL

  • Data: 19/01/2021
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  • O acidente vascular encefálico (AVE) é uma das principais causas de mortes no mundo, gerando grandes impactos na saúde, na economia e convívio social. O AVE pode ser hemorrágico ou isquêmico, podendo resultar desde pequenas sequelas, até mesmo, o óbito. O quadro de isquemia cerebral, seja ela, global ou focal, é causado por diminuição no fluxo sanguíneo no sistema nervoso central que conduz a falência bioenergética, excitotoxicidade, estresse oxidativo, neuroinflamação, disfunção da barreira hematoencefálica, recrutamento de micróglias/macrófagos, culminando na morte de neurônios, glia e células endoteliais. Compostos antioxidantes, como terapia adjuvante, podem contribuir para a atenuação dos danos causados por um evento isquêmico. Produtos de origem vegetal, muito utilizados na medicina tradicional, possuem inúmeras substâncias benéficas à saúde, comprovado cientificamente, por terem efeitos anti-inflamatório, antioxidante, antitumoral, antinociceptivo, antienvelhecimento, e muitos outros. Dentre essas plantas destacamos o açaí (Euterpe oleracea Mart.), um fruto amazônico utilizado para diversos fins, muito difundido na alimentação, no uso medicinal, industrial e científico. Os frutos maduros do açaizeiro possuem coloração arroxeada, a qual se deve a grande quantidade de antocianinas e outros flavonoides. Neste estudo, visamos investigar os efeitos do extrato do açaí em modelo murino in vitro e in vivo de AVE isquêmico. Para os experimentos in vitro, foram utilizadas culturas primárias de neurônios/células da glia, derivadas de córtex pré-frontal de ratos neonatos da linhagem Wistar. No 8o dia in vitro, as culturas foram tratadas com extrato de açaí nas concentrações de 10 ng/mL a 500 μg/mL por 24 horas, seguido da análise de viabilidade celular por ensaio de MTT. Após estes experimentos, foram escolhidas
    concentrações de 1 ng/mL a 100 μg/mL para uso nos ensaios de privação de glicose/oxigênio (PGO) por 60 minutos e reperfusão por 24 horas. Para os experimentos in vivo, foi utilizado o método de oclusão da artéria cerebral média (OACM) por 30 minutos com acompanhamento e tratamento dos animais por 7 dias. Assim, após 4 horas do início da reperfusão, os animais receberam o extrato de açaí por gavagem e após isto, todos os dias, na concentração de 0,05 g/mL. Foram avaliados diariamente o ganho de peso, ingestão de comida e déficit neurológico. Ao final dos experimentos, os encéfalos foram coletados para análise histológica (volume de infarto). Nos resultados in vitro, para a curva dose-resposta, não houve alteração na viabilidade celular nas doses de açaí testadas em relação ao controle. A hipóxia reduziu a viabilidade celular em torno de 19%, entretanto, o açaí não protegeu contra os danos induzidos pela PGO. In vivo, animais submetidos à OACM tiveram redução nos parâmetros ganho de peso e ingestão de comida e apresentaram déficits neurológicos e volume de infarto significativos quando comparados aos animais controle. O tratamento com o extrato de açaí não reverteu as alterações provocadas nos parâmetros ganho de peso, ingesta de comida e volume de infarto. Contudo, houve melhora no escore clínico nos dias 1 e 6 dos animais tratados com açaí em relação aos animais submetidos à isquemia. Assim, os mecanismos pelos quais o açaí possa ter alterado o escore clínico necessitam de um estudo mais aprofundado para sugerir que os compostos presentes no fruto possam exercer um papel benéfico em pacientes acometidos por AVE.

2020
Descrição
  • RHAYRA XAVIER DO CARMO SILVA
  • COMPORTAMENTO DEFENSIVO DO ZEBRAFISH (Danio rerio, HAMILTON 1822) COMO MODELO PARA O ESTUDO DO MEDO E ANSIEDADE:
    PAPEL DO RECEPTOR 5-HT2C

  • Data: 22/12/2020
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  • A origem de transtornos de ansiedade está atrelada a disfunções de comportamentos defensivos. A serotonina (5-HT) modula essas reações defensivas, aumentando respostas de conflito tipo-ansiedade pela ação em estruturas prosencefálicas e inibindo respostas fisiológicas e comportamentais tipo fuga/pânico pela ação em estruturas mesencefálicas. Evidências desse duplo papel da serotonina sobre a regulação do comportamento defensivo também foram encontradas em zebrafish. O propósito desse trabalho foi avaliar o envolvimento do receptor serotoninérgico 5-HT2C nas reações defensivas do zebrafish em reposta a reação de alarme do zebrafish desencadeada pela exposição a substância de alarme (SA) que consiste em um conjunto de ajustes neurocomportamentais caracterizado pelo aumento do tempo que o animal passa no fundo do aquário (geotaxia), aumento da frequência dos comportamentos de nado errático e congelamento e produção de intensa resposta autonômica. Adicionalmente, o protocolo de estresse agudo de contenção (EAC) foi utilizado para investigar participação do receptor 5-HT2C na reposta ao estresse restritivo. Antes de serem submetidos aos protocolos de estresse, os animais foram pré tratados com o agonista seletivo do receptor 5-HT2C, MK212. Os resultados revelaram o aumento da geotaxia, do nado errático e da duração do congelamento durante a exposição a substância de alarme. O EAC diminuiu o tempo de permanência dos animais no topo do aquário e aumentou a geotaxia, o nado errático e a duração do congelamento. O pré-tratamento com MK212 (2 mg/kg) bloqueou o aumento da geotaxia e do nado errático durante a exposição a substância de alarme. Após a exposição a SA, o tratamento com MK212 (1 mg/kg) diminuiu a duração do congelamento. O MK212 (2 mg/kg) bloqueou o aumento na duração do congelamento ocasionado pelo EAC. Os resultados demonstram que a ativação dos receptores 5-HT2C bloqueia parcialmente a reação de alarme do zebrafish (efeito tipo panicolítico) e bloqueia o aumento do congelamento no teste da DVEN. Em conjunto esses achados sugerem que o receptor 5-HT2C participa seletivamente das respostas neurocomportamentais em zebrafish e está mais fortemente envolvido nas reações defensivas relacionadas ao pânico.

  • DEISE CIBELE NUNES DE ALMEIDA
  • CARACTERIZAÇÃO DO GENOMA DE TUMORES DA TIREÓIDE POR HIBRIDIZAÇÃO GENÔMICA COMPARATIVA EM MATRIZ (aCGH)

  • Data: 16/12/2020
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  • A tireoide é uma glândula endócrina de origem endodérmica situada na região anterior à traqueia, sendo constituída de dois lóbulos unidos por um istmo. Histologicamente, é formada por numerosos sacos esféricos, denominados folículos tireoidianos. Estes são formados por uma cavidade contendo uma substância rica em proteínas (o coloide) que é limitada por uma camada de epitélio simples, que pode ser de células cúbicas, pavimentosos ou colunares, as chamadas células foliculares. Apesar da sua simples organização, a glândula tireoide pode dar origem a um amplo espectro de neoplasias, desde inócuas até lesões altamente malignas. Aproximadamente 94% dos tumores malignos são representados por carcinoma bem diferenciado da tireoide, formados por células de origem folicular. Estas neoplasias são divididas em duas categorias principais: carcinoma papilífero e carcinoma folicular da tireoide. Apesar de sua origem no mesmo tipo de célula, as duas neoplasias mostram comportamento biológico diferente e conjuntos distintos de características genéticas, incluindo padrões específicos de citogenética. As análises citogenéticas podem revelar novos genes, assim como suas vias, envolvidos no surgimento desses tumores. Uma das técnicas mais sensíveis para a detecção de alterações de perda e ganho de segmentos cromossômicos é o aCGH, que pode revelar alterações submicroscópicas. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo analisar o genoma de amostras dos três tipos principais de tumores de tireoides, comparando os resultados entre si, e com tumores benignos, para detecção de alterações que possam ser utilizadas como diferenciais entre os tipos tumorais, bem como para entender melhor as vias genéticas que possam estar envolvidas no seu surgimento. No estudo envolvendo 40 amostras de tecido tireoidiano (1 de tecido normal ,31 pacientes com doença maligna e oito pacientes com doença benigna da tireoide) observamos que não há amplificações e deleções comuns aos três grupos ;o cromossomo 22 sofre alterações compatíveis com evolução para adenomas; existe correlação positiva entre benigno e maligno que tem o mesmo sentido de crescimento; o cromossomo sexual não está relacionado a gravidade e/ou predomínio do sexo feminino; e alguns genes são candidatos a marcador: SESN2, que apresentou deleções nos pacientes acima de 45 anos e poderia ser alvo de análise para diagnóstico de tumores mais agressivos, os genes IGH, SLC20A1P1, C14orf99, HOMER2P1, LINC00221, LOC102724977, encontrados amplificados na amostra normal e na maligna, e não alterada na benigna; GOLG14 pseudogene 1,2,3 e LOC107984633, encontrados amplificados apenas na amostra maligna; PDE4DIP, NBPF9, LOC653513, LOC730257, LOC100996716, LOC101060398, LOC101929790 e LOC102723348 encontrados deletados na amostra maligna .

  • GISELE VIEIRA HENNEMANN KOURY
  • AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE EVOCAR A MEMÓRIA AUDITIVA POR ESTÍMULO VERBAL DIGITALMENTE RESTRITO

  • Data: 11/12/2020
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  • A compreensão da fala requer a reconstrução constante, pelo sistema nervoso central, dos sinais sonoros corrompidos pelos sons ambientais, uma habilidade do processamento auditivo central conhecida como fechamento auditivo. Atualmente se utiliza no Brasil, para avaliar esta habilidade, a testagem com monossílabos filtrados analogicamente, que tem um material de fala restrito e uma limitada atenuação dos componentes acústicos, não forçando, adequadamente, o sistema nervoso a recompor a mensagem original. O objetivo desta tese foi avaliar a capacidade de realizar o fechamento auditivo usando material de fala com conteúdo significativo, cuja redundância extrínseca seja efetivamente reduzida através de filtragem digital, tanto na faixa de frequência quanto na intensidade de atenuação sonora, a fim de aprimorar a detecção de falhas do sistema nervoso central em compreender a mensagem original. Realizou-se um estudo transversal e prospectivo. Inicialmente palavras com conteúdo significativo, usadas na alfabetização, foram selecionadas a partir de verificação da compreensão por crianças saudáveis. A seguir, este material de fala foi filtrado digitalmente em diversas frequências de corte passa-baixas e passa-altas e escutadas por adultos normo-ouvintes, para estabelecer a frequência de corte adequada para a testagem. Os dois novos testes de fala filtrada foram aplicados em crianças e adolescentes de diferentes faixas etárias para determinar como a idade afetava o desempenho, e em crianças com alterações do processamento auditivo, antes e depois do treinamento auditivo acusticamente controlado para avaliar a capacidade diagnóstica e a melhora clínica após o tratamento. Houve um aumento progressivo do desempenho com filtros menos restritivos (p<0,001) e com o aumento da idade para todos os testes (p<0,001). O fechamento auditivo para filtragem passabaixas amadureceu mais precocemente do que com filtragem passa-altas. Demonstrou-se que os novos testes também podem ser usados para o diagnóstico de alterações do processamento auditivo e para a avaliação da melhora funcional após o treinamento auditivo. Estes testes aprimoram as ferramentas de diagnóstico atuais para avaliar o fechamento auditivo, fornecendo informações sobre a sua maturação durante o desenvolvimento normal, validando este método para o diagnóstico e para o controle após o tratamento de pacientes com alterações do processamento auditivo

  • LAIANE PINHEIRO DE SOUSA
  • EFEITO PROTETOR DA EDARAVONA NOS DÉFICITS NEUROCOMPORTAMENTAIS INDUZIDOS PELA MALÁRIA CEREBRAL

  • Data: 16/11/2020
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  • A malária é transmitida pela picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles e causada pelo parasita do gênero Plasmodium. A infecção por P. falciparum pode ocasionar a forma mais grave da doença, como a malária cerebral. A malária cerebral (MC) pode ser definida como uma encefalopatia aguda, difusa, potencialmente reversível, e diagnosticada com a presença de formas assexuadas do P. falciparum em esfregaço sanguíneo e estado de coma. A teoria da obstrução mecânica e a teoria da inflamação são propostas para melhor compreender a patogênese da MC. A maioria dos estudos sobre MC provém da infecção por P. berghei ANKA (PbA) em modelo murino devido o mesmo apresentar características em comum com a infecção por P. falciparum. Os modelos experimentais são utilizados para investigar os mecanismos e os déficits comportamentais envolvidos na evolução da MC, além da ação de substâncias com ação neuroprotetora frente ao quadro da doença. Diante disso, o principal objetivo do presente estudo é avaliar o efeito neuroprotetor da edaravona, na evolução da malária cerebral experimental. Como animais experimentais foram utilizados camundongos albinos suíços infectados via intraperitoneal, com a cepa PbA; (106 eritrócitos parasitados). Os grupos foram divididos em: Grupo controle, grupo EDA 1 mg/kg, grupo EDA 3 mg/kg, grupo PbA, grupo PbA +EDA 1 mg/kg e grupo PbA + EDA 3 mg/kg. A caracterização do quadro de MC foi analisada por meio de parâmetros como, massa corpórea, curva de sobrevivência e evolução da parasitemia. Na avaliação do extravasamento vascular no tecido cerebral foi realizado o ensaio de permeabilidade vascular. Na análise dos déficits neurocomportamentais foram utilizados os testes RMCBS, campo aberto e claro/escuro. Os resultados demonstram que entre o 3°-12° dia pós-infecção todos os grupos mantiveram massa corpórea constante. No que se refere à curva de sobrevivência o grupo PbA iniciou as mortes a partir do 7° d.p.i, e com todos os camundongos evoluindo a óbito no 11° d.p.i. Do mesmo modo, o grupo PbA + EDA 1 mg/kg exibiu sinas clínicos neurológicos e janela de mortes semelhantes ao grupo PbA. Já o grupo PbA + EDA 3 mg/kg evoluiu a óbito somente a partir do 10° d.p.i, e com seu último animal tratado vivo até o 21° d.p.i. Na parasitemia não houve diferenças estatísticas entre os grupos e nos dias pós-infecção. No ensaio de permeabilidade vascular o grupo PbA apresentou acentuado extravasamento vascular cerebral em contraste ao grupo PbA + EDA 3 mg/kg que evidenciou uma diminuição no extravasamento vascular cerebral. Em relação aos testes comportamentais, o grupo PbA exibiu um aumento nos déficits neurológicos ao contrário do grupo PbA + EDA 3 mg/kg que apresentou melhora nos prejuízos neurocomportamentais. Concluindo, o tratamento com edaravona aumentou a sobrevida dos animais infectados e atenuou as complicações neurológicas de camundongos infectados com a cepa PbA.

  • NADYME ASSAD HOLANDA DA SILVA
  • ATIVAÇÃO NITRÉRGICA DO COMPORTAMENTO TIPO ANSIEDADE INDUZIDO POR ESTRESSE AGUDO DE CONTENÇÃO EM Danio rerio (ZEBRAFISH).

  • Data: 13/11/2020
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  • O estado homeostático de um organismo está constantemente sujeito a ação de estressores, que podem variar de acordo com sua natureza e duração. A resposta ao estresse refere-se à resposta de um indivíduo frente a estes estímulos estressores, resultando em várias adaptações fisiológicas que podem levar a alterações comportamentais e desencadear distúrbios neurocomportamentais, a exemplo dos transtornos de ansiedade. Dentre as alterações que ocorrem no organismo pelo comportamento tipo ansiedade induzido pelo estresse, destaca-se a geração de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio. Nesse sentido, o óxido nítrico (NO) desempenha um papel importante na resposta adaptativa do organismo, uma vez que a exposição a estressores modifica sua produção. No entanto, os dados descritos a respeito do papel do NO no comportamento tipo ansiedade induzido por estresse não estão totalmente esclarecidos. Assim, objetivamos demonstrar farmacologicamente a participação do sistema nitrérgico na geração do comportamento tipo ansiedade induzido pelo estresse agudo de contenção (EAC) em Danio rerio (zebrafish). Para isso, utilizamos 92 peixes adultos da espécie Danio rerio (zebrafish) subdivididos nos seguintes grupos: controle (salina 0,9%), EAC, LNAME (10 mg/kg) e L-NAME+EAC. O protocolo de EAC consistiu em manter os animais sob contenção dentro de microtubos por 90 minutos. Posteriormente, o comportamento tipo ansiedade foi avaliado no teste de Distribuição Vertical Eliciada pela Novidade (DVN) e, logo em seguida, os cérebros foram coletados para quantificação da peroxidação lipídica. Os dados foram analisados pela ANOVA de duas vias, seguida do pós-teste Tukey, considerando diferença estatística sempre que p<0,05. Nossos resultados demonstraram que a exposição ao EAC provocou um efeito ansiogênico no comportamento dos animais avaliados no teste DVN e elevou os níveis de peroxidação lipídica no cérebro do zebrafish. Por outro lado, o prétratamento com o inibidor da NOS (L-NAME) preveniu as alterações comportamentais e de peroxidação lipídica induzida pelo EAC. Concluímos, então, que a ativação da via nitrérgica participa da geração do comportamento tipo ansiedade induzida pelo EAC.

  • NIVIA DE SOUZA FRANCO MENDES
  • EFEITO NEUROPROTETOR DA MANGIFERINA NO DESENVOLVIMENTO DA MALÁRIA CEREBRAL EXPERIMENTAL

  • Data: 09/11/2020
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  • A malária cerebral é a manifestação clínica mais comum de infecções causadas por P. falciparum. Esta doença causa complicações neurológicas graves e irreversíveis, como alterações visuais, ataxia e distúrbios cognitivos. Portanto, é necessária a utilização de novas terapias para reduzir os danos causados pela malária cerebral. A mangiferina, composto presente em plantas como a Mangifera indica, tem atividade antioxidante e anti-inflamatória e aparece como possível aliada no tratamento da doença. Com o objetivo de avaliar o efeito da mangiferina (50mg / kg) nas alterações neurológicas causadas durante o desenvolvimento da malária cerebral, utilizamos camundongos da linhagem swiss e a infecção foi induzida através da cepa de Plasmodium berghei ANKA (PbA). Os animais foram divididos em quatro grupos experimentais: controle, mangiferina (Mgf), infectados com PbA (PbA) e infectados com PbA e tratados com mangiferina (Mgf + PbA). O grupo tratado recebeu injeção intraperitoneal de mangiferina por 8 dias. Para caracterizar o quadro de malária cerebral, foram analisados os prejuízos cognitivos pelo protocolo Rapid Murine Coma and Behavior Scale, a curva de sobrevivência, a parasitemia (%), o peso corporal e a permeabilidade vascular. A morte celular foi verificada pela expressão da Caspase-3 e as alterações comportamentais foram avaliadas por meio do teste de campo aberto. Ao longo de todo o estudo, podemos observar que o tratamento com mangiferina aumentou a curva de sobrevivência, reduziu a permeabilidade vascular e morte celular. Além disso, houve melhora das alterações neurológicas, devido à menor exposição do parênquima cerebral dos animais tratados. Assim sendo, em nosso trabalho foi possível avaliar o efeito da Mangiferina durante o curso da doença.

  • ELLEN ROSE LEANDRO PONCE DE LEÃO
  • ANÁLISE COMPORTAMENTAL E QUANTITATIVA DE MICRÓGLIAS NO SEPTO LATERAL EM MODELO MURINO EXPOSTO AO ÁCIDO VALPRÓICO NO PERIODO PRÉ NATAL.

  • Data: 14/10/2020
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  • O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um distúrbio manifestado por deficiências nas condições de neurodesenvolvimento e caracterizados por comprometimento grave nas interações sociais recíprocas e nas habilidades de comunicação, além da presença de comportamentos estereotipados. A exposição pré-natal ao ácido valpróico (VPA) em camundongos vêm sendo bastante utilizada como um modelo de indução de comportamento semelhantes ao autismo associados a alterações celulares. No entanto, nenhum estudo relatou a influência da exposição ao VPA in útero em tarefas hipocampo dependentes e na resposta microglial no septo lateral (SL) em camundongos fêmeas adultas. Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar alterações comportamentais e microgliais no septo lateral em modelo murino (Balb/c) de TEA, induzido pela exposição ao ácido valpróico no período gestacional, em comparação a animais controle. Camundongos fêmeas (Mus musculus), da linhagem BALB/c, receberam no dia 12,5 de gestação, dose única de solução oral de valproato de sódio diluídos em soro fisiológico (600 mg/kg por peso corporal), ou volume igual de solução salina. A prole foi organizada em gaiolas de ambiente padrão de laboratório no 21º dia pós natal. Após 5 meses de idade as fêmeas foram submetidas a testes comportamentais, e em seguida ao processamento de seus cérebros para marcador seletivo microglial (IBA-1 anticorpo). A análise dos testes de campo aberto (distância percorrida, imobilidade, linhas cruzadas e índice de ocupação da periferia vs. centro), labirinto elevado em cruz (distância percorrida, imobilidade e índice de ocupação dos braços fechados vs. abertos) e na quantificação microglial e volumétrica mostraram diferenças significativas entre os grupos VPA e controle, (teste t bicaudal, p ≤ 0,05). Os resultados demonstraram que camundongos fêmeas expostos ao ácido valpróico durante a gestação apresentaram prejuízos significativos em seu comportamento exploratório na vida adulta. Sugerimos que essas alterações comportamentais estejam associadas à resposta inflamatória central desencadeada pelo VPA. Inferimos que este ganho pode estar relacionado às mudanças comportamentais encontradas, as quais são semelhantes às observadas no autismo.

  • VICTOR OLIVEIRA DA COSTA
  • Impactos de 8 meses de destreinamento físico e cognitivo sobre o desempenho cognitivo, capacidade funcional ao exercício e qualidade de vida de idosos

  • Data: 09/10/2020
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  • Já são conhecidos os benefícios de protocolos de intervenções envolvendo exercício físico e estimulação cognitiva em dupla tarefa para a saúde física e cognitiva do idoso. No presente estudo, procuramos investigar efeitos de um período de 8 meses de destreino sobre os parâmetros físicos, cognitivos e de qualidade de vida em idosos saudáveis que participaram de um Programa de Intervenção por exercícios físicos multimodais em dupla tarefa. O Programa de Intervenção em dupla tarefa cujos benefícios foram avaliados foi composto por exercícios físicos (treinamento aeróbico, de força e de equilíbrio) e estímulos multissensoriais de natureza variada, aplicados de forma simultânea durante 24 sessões, duas vezes por semana com duração de 75 minutos cada (JARDIM, 2018). Vinte e dois (22) idosos de 67,2 ± 1,1 anos de idade vivendo em comunidade, foram reavaliados no destreinamento de 8 meses. A avaliação cognitiva foi composta por: Mini-Exame de Estado Mental e Escala de Depressão Geriátrica para rastreio, testes da Bateria CERAD (Fluência Verbal Semântica e Fonológica, Lista de palavras e Teste do Relógio) e testes neuropsicológicos automatizados (CANTAB) enquanto que a avaliação da capacidade funcional ao exercício foi composta por: condicionamento cardiorrespiratório (Teste de Caminhada de Seis Minutos), mobilidade e equilíbrio funcional (Timed Up and Go), resistência muscular dos membros inferiores (Teste de Sentar e Levantar), força da preensão manual, equilíbrio e marcha (Escala de Tinetti), equilíbrio (Escala de Berg) e desempenho em dupla tarefa (Walking while talking); o nível de atividade física foi avaliado através do questionário internacional de atividade física (IPAQ); a percepção subjetiva da qualidade de vida dos idosos pelo questionário SF-36; e a avaliação do risco cardiovascular por medidas antropométricas e frequência cardíaca de repouso e de esforço. Para análise dos impactos do destreinamento de 8 meses somente foi analisado o impacto do destreino nas variáveis que apresentaram alterações entre as avaliações pré e pós-treinamento no Programa de Intervenção. Para analisar a distribuição da amostra foi aplicado o teste de normalidade Shapiro-Wilk, seguido de Análise de Variância (ANOVA) para medidas repetidas com correção de Bonferroni para comparar os dados pré-treinamento, pós- treinamento e destreinamento de 8 meses. O tamanho do efeito do Programa de Intervenção foi estimado para cada variável por meio da porcentagem de variação dos desempenhos pós-treinamento e destreino. As análises estatísticas foram realizadas com o software GraphPad Prism (EUA). Todos os valores são apresentados como média e erro padrão e p ≤ 0,05 (bicaudal) adotado como indicador de significância estatística. Os resultados demonstraram que 8 meses após o término do programa de intervenção, o melhor desempenho cognitivo foi mantido na avaliação da memória imediata e evocação (Bateria CERAD), Aprendizado e memória visual (PAL) e atenção visual sustentada (RVP) da Bateria CANTAB, mas não na função de Reconhecimento (Bateria CERAD). As comparações feitas entre os dados colhidos após 8 meses e aqueles colhidos no pré-treinamento ainda demonstraram diferenças significativas, traduzindo a melhora sustentada dos desempenhos cognitivos em longo prazo. Em contraponto, as medidas de capacidade funcional ao exercício declinaram significativamente no mesmo período, retornando a desempenhos compatíveis com os níveis pré-treinamento. Este estudo demonstrou o tamanho de efeito para as variáveis cognitivas, capacidade funcional ao exercício, qualidade de vida e nível de atividade vigorosa e agregará à literatura, visto que ainda são escassos os estudos que examinaram a duração dos efeitos (destreinamento) das intervenções simultâneas em dupla tarefa apropriando-se dessa ferramenta. Tomados em conjunto, os resultados sugerem a adoção de programas em dupla tarefa nas políticas públicas dedicadas ao idoso para redução da progressão do declínio cognitivo associado ao envelhecimento.

  • MICHELE AMARAL DA SILVEIRA
  • "PERFIL DE ALTERAÇÕES NO NÚMERO DE CÓPIAS (CNAs) EM AMOSTRAS DE

    MENINGIOMAS COLETADAS EM BELÉM-PA"

  • Data: 09/10/2020
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  • Os meningiomas correspondem a mais de um terço das neoplasias primárias do Sistema Nervoso Central (SNC), sendo o tumor intracraniano mais comum. São em sua maioria benignos, de crescimento lento, afetando duas vezes mais mulheres do que homens. Estudos de alterações genômicas quantitativas em amostras tumorais permitem a realização de análises correlativas, com possível identificação de biomarcadores de diagnóstico e prognóstico destas patologias. Dessa forma, o presente trabalho teve por objetivo analisar a ocorrência de alterações no número de cópias (CNAs) em 33 amostras de meningiomas coletados de pacientes de uma população de Belém-PA, por meio da aplicação de aCGH. Pela classificação histopatológica, as amostras foram divididas em vinte e seis de grau I, sendo 9 meningoteliais, 5 fibroblásticas, 4 transicionais, 2 psamomatoso, 3 mistos, 1 sincicial, 1 microcístico e 1 hemagioblástico. Duas amostras de grau II sendo do subtipo de células claras e uma amostra grau III do subtipo anaplásico. O estudo revelou que a proporção de mulheres acometidas em relação aos homens foi de 3:1. A análise de aCGH apresentou um total de 2.304 CNAs com média de 69,8 ± 57,4 por caso, dos quais 1.197 foram ganhos (52%), 926 foram perdas (40,2%), 105 foram amplificações (4,5%) e 76 foram deleções (3,3%). Foi observada uma relação significativa entre o tipo de CNA e o grau do tumor (χ2 = 65.844; p <0,0001; coeficiente de contingência: 0,1772; p <0,0001). Levando-se em consideração todas as CNAs encontradas no estudo, ao compararmos as amostras pertencentes aos três graus de malignidade, identificamos alterações na maioria dos cromossomos, estando algumas presentes nos três graus histopatológicos, como por exemplo, perdas em 1p, 10q, 14q, 22q e ganho em 14q. Outras estavam presentes nos graus I e II, como ganho em 5p, 9q, 16p, 17p e 17q. Foram identificadas também alterações presentes apenas nos graus II e III, como perda em 3p. A análise dessas regiões mostrou o comprometimento de genes com funções como regulação e manutenção da sobrevivência celular, reorganização do citoesqueleto, sinalização celular e reparo do DNA, dentre outros. Um achado interessante foi um ganho recorrente de 8p22 observado apenas nos meningiomas de grau I, uma região que inclui DLC1, um gene candidato a supressor, provavelmente implicando no desenvolvimento ou progressão de meningiomas, geralmente encontrado deletado em outros tipos tumorais. Sendo assim nossos achados inferem sobre um padrão especifico de alterações na população estudada sugerindo um padrão específico para o aparecimento e progressão desses tumores. 

  • SILVIA MAIARA PRESTES COSTA
  • DESENVOLVIMENTO DE UM DISPOSITIVO PARA TREINAMENTO MUSCULAR DA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR

  • Data: 18/09/2020
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  • A força de preensão palmar, comumente medida por meio de um dinamômetro, depende das características individuais do sujeito, além de estar relacionada a patologias que levam a sua diminuição e geram limitações nas tarefas cotidianas. Atualmente, estão disponíveis equipamentos específicos para a reabilitação de força muscular da mão, porém não avaliam a evolução do treinamento no indivíduo. Deste modo, a criação de um dispositivo que possa mensurar a força palmar baseado no exercício de treinamento é fundamental para fornecer aos usuários medidas do desempenho ao longo dos treinos realizados, assim como, poderá orientar o planejamento das intervenções aos profissionais envolvidos no programa de reabilitação. Dessa forma, este trabalho descreve o desenvolvimento de um dispositivo programável, feito a partir da adaptação de uma bola exercitadora manual (utilizada para treinamentos de reabilitação e aumento da força muscular), em conjunto com a plataforma ArduinoTM, um sensor de pressão e outros componentes eletrônicos controlados por uma interface gráfica destinada a gerenciar todo o processo utilizando Python como linguagem de programação. Para testar a eficiência, comparou-se os dados gerados pelo dispositivo Digiflex com os obtidos pelo projeto proposto, mediante um protocolo de fortalecimento muscular de seis semanas em indivíduos saudáveis. Os resultados demonstraram que o Digiflex alcançou resultados apenas nas mulheres, enquanto que, o aparato desenvolvido gerou ganho de força nos homens e mulheres.

  • CARLOS EMILIO MOLANO PATERNINA
  • AVALIAÇÃO DO POTENCIAL CITOTÓXICO E GENOTÓXICO DO CHUMBO E DO MERCÚRIO EM FIBROBLASTOS HUMANOS

  • Data: 15/07/2020
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  • A poluição ambiental é uma das conseqüências da industrialização em larga escala, devido ao despejo de produtos químicos e outros resíduos, principalmente em corpos d'água. Um lugar de destaque é ocupado por metais pesados, devido à sua grande quantidade em resíduos industriais e efeitos nocivos à saúde. Entre eles, destacamos o mercúrio (Hg), usado na extração de ouro na mineração clandestina e descartado nos rios, e o chumbo (Pb), usado como contêiner para agentes radioativos, em tubulações de água, em revestimentos de cabos. Muitas populações humanas estão expostas a doses subletais desses poluentes, sem efeitos agudos. No entanto, nos organismos, os metais pesados podem se acumular e afetar sistemas, órgãos e componentes celulares, incluindo interações com o DNA e certas proteínas nucleares, causando danos e alterações conformacionais no material genético, que podem levar à apoptose, alterações no ciclo celular e aos processos de carcinogênese. Considerando que estudos in vitro fornecem informações importantes sobre as interações de substâncias e componentes celulares, nosso estudo analisou os efeitos citotóxicos e genotóxicos de concentrações subletais de mercúrio e chumbo em fibroblastos humanos. Além disso, os resultados foram analisados por diferentes metodologias, a fim de analisar sua eficiência e complementaridade. Para isso, uma linhagem celular secundária de fibroblastos, não transformada, foi exposta a três concentrações subletais diferentes (5, 10, 15 µM) de MeHg e Pb (NO3)2 por 30 minutos. A citotoxicidade e viabilidade foram analisadas utilizando protocolos baseados no teste de danos à membrana (Azul de Trypan), transformação da resazurina em resorufina e atividades de protease. Além disso, realizamos o teste do MTT. A genotoxicidade foi analisada usando o teste de micronúcleo e o ensaio cometa. Os resultados do azul de Trypan e testes baseados em atividades de protease mostraram que todas as concentrações apresentaram efeitos citotóxicos, com valor p significativo, enquanto o teste com resazurina demonstrou atividade citotóxica apenas nas duas concentrações mais altas. Essa diferença pode ser devido à influência do número de células nos resultados desta técnica. Os resultados obtidos com o teste MTT não concordaram com os demais testes de viabilidade, mas podem ser interpretados como alterações no metabolismo celular, confirmando publicações recentes. O teste de micronúcleo e o ensaio cometa indicaram que ambos os metais são genotóxicos. O MeHg apresentou maior frequência de micronúcleos em relação ao Pb (p <0,001), mas houve maior número de núcleos apoptóticos nas células tratadas com Pb, o que pode indicar que a concentração utilizada foi mais citotóxica que o MeHg e um menor número de células completou o ciclo, para produzir micronúcleos. No ensaio do cometa, que é feito logo após o período de exposição, ambos os metais produziram fragmentação do DNA, com um valor ligeiramente maior de quebras por Pb. Concluímos, portanto, que o mercúrio e o chumbo são citotóxicos e genotóxicos, mesmo em doses subletais. No que diz respeito aos diferentes protocolos, o azul de Trypan, embora simples, é um bom indicador de viabilidade celular, enquanto o MTT se comportou claramente como um indicador do metabolismo celular geral e não deve ser usado como teste de viabilidade. O uso de diferentes testes foi relevante para uma melhor compreensão dos mecanismos de agressão de metais pesados às células, trazendo evidências preliminares sobre os efeitos na saúde humana, além de danos ecológicos.

  • FABIO RODRIGUES DE OLIVEIRA
  • POTENCIAL ANTICONVULSIVANTE DE AMIDAS GRAXAS DERIVADAS DE TRIGLICERÍDEOS DE ÓLEO DE ANDIROBA (Carapa guianensis aublet.)”.

  • Data: 09/06/2020
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  • A epilepsia é uma doença neurológica crônica caracterizada por atividade neuronal excessiva que leva à convulsão; cerca de 30% dos pacientes afetados sofrem da forma refratária e fármaco-resistente da doença. Os medicamentos anticonvulsivantes atualmente utilizados para o controle das crises possuem muitas reações adversas, tornando importante a busca de medicamentos mais eficazes e mais bem tolerados. Há muitas evidências de que os endocanabinóides podem modular farmacologicamente a ação contra convulsões e distúrbios epiléticos. Portanto, o objetivo deste estudo é investigar os efeitos anticonvulsivantes das amidas graxas (AG) em um modelo de convulsão induzida por pentilenotetrazol (PTZ) em camundongos. Os AGs (AG1 e AG2) foram obtidas do óleo de Carapa guianensis por catálise enzimática e caracterizadas por Análise Infravermelha com Transformada de Fourier (FT-IR) e Cromatografia gasosa por Espectrometria de Massas (CG-EM). AG1 mostrou em sua composição maior percentual de Palmitoiletanolamida em relação à AG2, e somente AG1 foi eficaz no controle do tempo de latência aumentado do primeiro espasmo mioclônico e na diminuição significativa da duração total das crises tônico-clônicas em relação ao modelo de pentilenotetrazol. Além disso, as alterações eletrocorticográficas produzidas pelo PTZ são reduzidas quando tratadas com AG1, que subsequentemente diminui a amplitude e a energia das ondas no ritmo beta. Os efeitos anticonvulsivantes de AG1 são revertidos pelo flumazenil, um antagonista benzodiazepínico nos receptores Ácido Gama-Aminobutírico-A (GABA-A), indicando o mecanismo de ação através do local destes receptores. Concluimos que a AG obtida do óleo de C. guianensis foi promissora contra convulsões induzidas por PTZ.

  • CINTHIA CRISTINA SOUSA DE MENEZES DA SILVEIRA

  • EFEITOS DA CETAMINA ASSOCIADA AO ETANOL NO COMPORTAMENTO EMOCIONAL E ESTRESSE OXIDATIVO NO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL E HIPOCAMPO DE RATAS NA PUBERDADE

  • Data: 24/03/2020
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  • O consumo de drogas de abuso é um problema de saúde pública mundial. O álcool é frequentemente utilizado em associação com outras drogas, incluindo a cetamina. Existe pouca informação disponível sobre os danos causados por esta associação. O objetivo deste estudo foi investigar as alterações no comportamento emocional e estresse oxidativo no córtex pré-frontal e hipocampo ocasionadas pelo consumo de cetamina associada ao etanol em ratas na fase de adolescência. Foram utilizados 4 grupos de ratas adolescentes (n=10 animais por grupo), com 28 dias de vida, divididos em controle (solução salina i.n.+água destilada v.o), CET (10mg/Kg i.n.), EtOH (3g/Kg v.o.), CET+EtOH (10mg/Kg i.n.+ 3g/Kg v.o.). A administração foi realizada por 3 dias consecutivos. Os animais foram avaliados vinte e quatro horas após a última administração. A bateria de testes comportamentais consistiu em campo aberto, LCE e nado forçado. Após os testes comportamentais foi realizada a coleta do córtex pré-frontal e hipocampo, para avaliação de ERO, ACAP e peroxidação lipídica. Os resultados obtidos no teste do campo aberto demonstraram locomoção espôntanea preservada e comportamento tipo ansiedade no grupo CET+EtOH, sem diferenças com as drogas isoladas, resultado confirmado com o LCE. No teste do nado forçado, o grupo CET+EtOH demonstrou comportamento tipo depressivo, semelhante às drogas isoladas. Na avaliação da bioquímica oxidativa, o grupo CET+EtOH demonstrou aumento na produção de ERO semelhante ao grupo CET no hipocampo. No córtex pré-frontal o aumento de produção de ERO no grupo CET+EtOH foi superior ao grupo EtOH e inferior ao grupo CET, porém não observou-se alterações na ACAP e nos níveis de peroxidação lipídica. Com estes resultados conclui-se que a associação de Cetamina e Etanol induz comportamentos tipo ansiedade e depressão, semelhante às drogas isoladas, com aumento na produção de ERO no córtex pré-frontal e hipocampo.

  • JORGE EDUARDO CHANG ESTRADA
  • Isolamento de Metaloprotease tipo 1 de Bothrops moojeni e sua ação na hipertensão renovascular em ratos

  • Data: 19/03/2020
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  • A hipertensão é uma doença de preocupação global, que pode gerar difusão vascular e um remodelamento vascular crônico. Os tratamentos atuais incluem alguns diuréticos; bloqueadores β; medicamentos que atuam no sistema renina-angiotensina e outros. Para avaliar uma possível nova droga contra a hipertensão, nosso objetivo é avaliar a ação antihipertensiva da metaloprotease tipo de B. Moojeni (Bm1) em ratos com hipertensão renovascular. Para avaliar esse possível efeito, usamos o modelo animal de dois rins, um clipe (2K1C), com tratamento de 4 semanas com 4 grupos experimentais (divididos em Sham e Has): usando um grupo salina, um grupo controle com Losartana (10mg / kg), um grupo com a metaloproteinase (denominada Bm1 para este experimento, 1μg / kg) e um grupo com as duas drogas (Losartan (10mg / kg) e Bm11μg / kg). Os dados experimentais incluem isolamento e caracterização da Bm1, indução de modelo de animal com alteração de pressão arterial, avaliação de eletrocardiograma e de hipertrofia cardíaca nos animais. Nesse estudo, nossos dados mostram que o uso de Bm1 diminuiu a pressão arterial e a hipertrofia cardíaca no modelo animal de hipertensão, dados que foram mostrados por avaliação de parâmetros cardíacos por eletrocardiograma (comparando grupos hipertensos, Sham tratados ou não com a Bm1). Além disso, a Bm1 não mostrou efeito hematotóxico in vivo, visto que alterou células sanguíneas, como plaquetas, glóbulos vermelhos e linfócitos. Estes dados mostram que o tratamento com Bm1 pode ser eficaz no controle da hipertensão, sem levar a hematoxicidade. A partir dos dados em conjunto, foi possível concluir que a metaloproteinase de B. moojeni pode ser usada no controle da hipertensão em um experimento piloto, acreditamos que o seu mecanismo de ação está associado a capacidade de Bm1 de clivar a angiotensina I.

  • RAIMUNDO MIRANDA DE CARVALHO
  • FREQUENCIA DE PERDA DE HETEROZIGOSIDADE DO GENE NF2 EM PACIENTES COM SCHWANNOMAS INTRARAQUIANOS ESPORÁDICOS

  • Data: 06/03/2020
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  • Considerações gerais: Schwanomas são tumores benignos, de crescimento lento, geralmente encapsulados, que originam-se da bainha de nervos mielinizados. Podem ocorrer em associação à inúmeras desordens genéticas, em especial a Neurofibromatose tipo 2, onde o diagnóstico de Schwanoma do Acústico bilateral é critério diagnóstico. Quando ocorrem no compartimento espinhal, abaixo do forame magno, são denominados Schwanomas Intrarraquianos ou espinhais. Objetivo: determinar a frequencia da perda da heterozigosidade (LOH) do gene NF2 em pacientes com Schwannoma Intrarraquiano Esporádico. Materal e Métodos: foram incluídos no estudo 39 pacientes de ambos os sexos, atendidos em serviço de Neurocirurgia de Hospitais do Norte do Brasil, com diagnóstico de Schwanomas intrarraquianos, no período de janeiro de 1990 a dezembro de 2013. Em todos os pacientes foi realizada pesquisa imunohistoquímica da proteína S-100. Foi realizada extração e amplificação do DNA de blocos embebidos em parafina de pacientes com dignóstico de Schwanoma. Como ténica padrão para análise do status mutacional e verificação da perda de heterozigosidade foi realizado I-FISH. Resultados: A média de idade dos pacientes no momento do diagnóstico foi 48,82 anos. O intervalo médio de tempo entre apresentação dos primeiros sintomas e o diagnóatico foi 14,05 meses. Os 39 pacientes analisados neste estudo estão divididos em 18 mulheres e 21 homens. Os pacientes apresentaram sobrevida global e livre de doença de 100%. Mutações de ponto e/ou perda de alelos foram identificadas em 16/39 amostras (41,03%). A LOH evidenciada por deleção de um alelo e mutação do outro alelo, foi observada em 7/28 dos tumores (17,94%). Duas mutações homozigotas foram detectadas em 4/39 tumores (10,25%) e a presença da mutação em heterozigose, foi revelada em 3/39 (7,69%). Em dois tumores (5,12%) foi detectada a perda de um alelo do gene NF2, sem a presença de mutação. Não foi detectada nenhuma aberração no gene NF2 em 23 schwannoma (58,97%).

  • ALINE COSTA BASTOS
  • ANÁLISE DA AÇÃO CICATRIZANTE DOS EXTRATOS DA FOLHA, PECÍOLO E CAULE DA Montrichardia linifera (Arruda) Schott IN VITRO

  • Data: 17/02/2020
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  • As lesões crônicas acometem uma grande parcela da sociedade, o tratamento para esses pacientes possui custos financeiros elevados e não se obtém um resultado tão satisfatório. Então, o objetivo desse trabalho foi investigar se os extratos etanólicos do caule, pecíolo e folha da Montrichardia linifera (Arruda) Schott possuem atividade cicatrizante in vitro. Para isso, foi realizado a identificação de classes de substância dos extratos por HPTLC, também foi realizado as análises de: citotoxicidade, cicatrização in vitro, morfologia por hematoxilina e eosina e imunomarção para BrdU. Com isso foi demonstrado a atividade antioxidante e a presença de terpenos nos três extratos e a presença de flavonoides e fenóis no extrato da folha. Também foi realizado uma curva seriada com concentrações de 100 a 0,19μg/ml dos extratos do caule, pecíolo e folha, nos tempos de 24, 48 e 72h, e não apresentaram citotoxicidade. A partir do teste de citotoxicidade foi escolhido para os próximos testes as concentrações de 0,78; 0,39; 0,19 μg/ml dos três extratos. Assim, o grupo controle no tempo de 6, 12 e 24h demonstrou área de lesão de 82,08±12,13, 56,14±15,75, 34,34±10,12%, respectivamente, enquanto que o extrato do caule apresentou área de lesão, no tempo de 6h, de 66,108±23,85, 66,10±13,13, 64,81±20,42%, respectivamente; no tempo de 12h, 38,86 ± 20,66, 40,45 ±14,64, 32,29±16,62, respectivamente; no tempo de 24h, 13,48±11,20, 10,67±7,94, 10,15±7,35%, respectivamente. O extrato do pecíolo apresentou área de lesão, no tempo de 6h, 74,02±15,16%, 80,32±22,50%, 75,56± 20,09%, respectivamente; no tempo de 12h, 38,86±20,66, 46,79±12,46, 40,98±5,45%, respectivamente; no tempo 24h, 13,48±11,21, 27,33 ± 13,86, 12,40±7,72%, respectivamente. Já o extrato da folha apresentou área de lesão, no tempo de 6h, 73,08±21,35, 72,91±18,19, 67,84±17,89%, respectivamente; no tempo de 12h, 48,76±21,17, 48,02±17,30, 44,54±18,70%, respectivamente, no tempo de 24h, 24,59 ± 14,58, 26,07 ± 16,73, 23,75 ± 15,76%, respectivamente. Na coloração por hematoxilina e eosina não houve mudança morfológica significativa. Na quantificação de células BrdU positivas, o grupo controle demonstrou uma média de 19,778 ± 3,80, enquanto os grupos tratados com os extratos nas concentrações de 0,78, 0,39, 0,19 μg/ml demonstraram, para o extrato do caule, média de 20,222±1,855, 37,889±7,407, 29,778±4,521 células BrdU positivas, respectivamente, para extrato do pecíolo, média de 20,222±2,587, 20,444±5,077, 24,889±3,551 células BrdU positivas, respectivamente; para o extrato da folha, média de 20,556±3,504, 23,778±5,974, 22,889±3,1798 células BrdU positivas, respectivamente. Portanto, o extrato do caule e pecíolo da Montrichardia linifera, em pequenas concentrações, demonstraram atividade cicatrizante in vitro.

  • STELLA MIRANDA MALCHER
  • DIVERSIDADE CROMOSSÔMICA NO GÊNERO Cerradomys (MAMMALIA: RODENTIA: CRICETIDAE) DEMONSTRADA POR PINTURA CROMOSSÔMICA

  • Data: 14/02/2020
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  • Rodentia é a ordem de mamíferos altualmente descrito com maior número de espécies, possuindo habitat extremamente variado. Ocorre em vários tipos de ambientes com ampla distribuição geográfica, estando ausentes na Antártida. Uma das prováveis razões para o sucesso evolutivo de Rodentia é devido a sua ampla variedade hábitos alimentares. Cricetidae é uma das famílias desta Ordem, na qual está inserida a subfamília Sigmodontinae. Esta Subfamília é representada, em sua grande maioria, por roedores sul-americanos e entre estes estão as espécies do gênero Cerradomys, que são agrupados dentro da Tribo Oryzomyini, que abrange cerca de 35% dos roedores sigmodontíneos. Os roedores apresentam alta diversidade cariotípica, com número diploide variando de 2n=10 em Ctenomys steinbachi (Família Ctenomyidae) e Akodon sp. (Família Cricetidae) à 2n=102 em Tympanoctomys barrerae (Família Octodontidae) e 118 em Dactylomys boliviensis (Família Echimyidae). A classificação mais recente considera que o gênero Cerradomys apresenta oito espécies, todas com cariótipos básicos descritos. O número diploide varia de 2n=46 em Cerradomys langguthi à 2n=60 em C. akroai, o que sugere haver um elevado número de rearranjos cromossômicos. Neste trabalho estudamos por citogenética clássica (bandeamentos G e C) e por pintura cromossômica com sondas de cromossomos totais de Hylaeamys megacephalus (HME; 2n=54), os cariótipos de três espécies de Cerradomys: C. scotti (2n=58), C. subflavus (2n=54) e C. vivoi (2n=50) e comparamos com C. langguthi descrito na literatura, almejando diagnosticar os possíveis rearranjos cromossômicos que ocorreram durante a evolução cariotípica, das espécies deste gênero. Foi realizada uma análise comparativa com as espécies de Sigmodontinae já mapeadas com as sondas de HME, o que permitiu evidenciar que o cariótipo de C. langguthi, em relação à H. megacephalus, sofreu mais rearranjos quando comparado com C. scotti, C. subflavus e C. vivoi. Além disso, detectamos que C. vivoi compartilha mais sintenias conservadas com C. langguthi do que C. scotti e C. subflavus, indicando proximidade filogenética, o que é reforçado pela presença de quatro blocos sintênicos conservados nas diferentes espécies analisadas, o que podem fazer parte do genoma ancestral do gênero.

  • LUMA CRISTINA FERREIRA GUERREIRO
  • ANÁLISE QUANTITATIVA DE NEURÔNIOS IMUNOMARCADOS PARA PARVALBUMINA NO HIPOCAMPO E NÚCLEO MAGNOCELULAR DO ISTMO EM Actitis macularius NO PERÍODO DE INVERNADA

  • Data: 08/02/2020
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  • Já se sabe que os neurônios parvalbuminérgicos (PV) têm seu número modificado em face de estímulos sociais, multissensoriais e cognitivos, tanto em mamíferos quanto em aves. No entanto, nada se sabe sobre sua plasticidade em aves costeiras migratórias de longa distância durante o período de inverno. Aqui investigamos em quatro janelas temporais distintas do período de invernada, a plasticidade dos neurônios fotovoltaicos de duas áreas cerebrais do maçaricomanchado (Actitis macularius), que inclui em sua jornada migratória várias escalas para alimentação e repouso. Utilizamos a PV como marcador de uma subpopulação de neurônios inibitórios e os contamos na formação hipocampal (FH) e no núcleo magnocelular do istmo tectal (IMC). Com base em evidências anteriores de que a FH está envolvida no aprendizado, na memória e na interação social, e o IMC é essencial para o controle dos movimentos de cabeça e pescoço e olhos, testamos a hipótese de que os neurônios da PV aumentariam na FH e permaneceriam inalterados no IMC. Para isso, usamos o fracionador óptico para estimar o número de células. Os cérebros foram processados para imunocoloração PV, seguidos por estimativas do número de neurônios PV nas áreas de interesse. Em comparação com o repouso migratório 1, as estimativas dos neurônios fotovoltaicos mostraram aumento significativo na formação hipocampal do grupo de pré-migração. Sugerimos que a proliferação de neurônios parvalbuminérgicos seja parte das mudanças adaptativas dos circuitos hipocampais envolvidos no processo migratório de volta aos nichos reprodutivos do hemisfério norte.

  • EMANUEL RAMOS DA COSTA
  • MUDANÇAS MORFOLÓGICAS NOS ASTRÓCITOS
    HIPOCAMPAIS NO PERÍODO DE INVERNADA EM
    Arenaria interpres

  • Data: 08/02/2020
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  • Os astrócitos são essenciais para o metabolismo dos neurônios lipídicos em
    voos migratórios ininterruptos de longa distância, quando a glicose não está
    disponível como principal fonte de energia. Anteriormente, foi demonstrado em
    Calidris pusilla que, após um voo transatlântico ininterrupto de cinco dias, os
    astrócitos encolhem seus ramos e reduzem seu número dentro da formação do
    hipocampo. Aqui, voltamos nossa atenção para o período de invernada e
    testamos a hipótese de que, à medida que o inverno avança, as alterações
    morfológicas dos astrócitos hipocampais após a travessia do Atlântico seriam
    recuperadas. Para tanto, utilizamos Arenaria interpres, que também atravessa o
    Oceano Atlântico e chega aos manguezais dos estuários influenciados pelo Rio
    Amazonas para a invernada. As aves foram capturadas em setembro / outubro
    (dentro do período de chegada ao litoral de Bragança - Pará, Brasil para o
    inverno) e em abril / maio (dentro do período de partida para os locais de
    reprodução) e tiveram seus cérebros processados para astrócitos GFAP
    seletivos, por marcação imunohistológica. Reconstruções tridimensionais dos
    astrócitos imunocorados foram realizadas e a classificação morfológica foi feita
    com base em agrupamentos hierárquicos e análise discriminante das
    características morfométricas multimodais. Encontramos dois fenótipos
    morfológicos de astrócitos exibindo complexidades morfológicas distintas após o
    voo transatlântico ininterrupto de longa distância. Embora em uma extensão
    diferente, ambos os morfotipos aumentaram suas complexidades à medida que
    o período de inverno progride em direção à janela de pré-migração. Tomados
    em conjunto, nossas descobertas demonstram que o período ininterrupto de voo
    e invernada de longa distância afetou diferencialmente os morfotipos dos dois
    astrócitos, sugerindo papéis fisiológicos distintos para essas células. Sugerimos
    que a recuperação morfológica durante o período de invernada possa fazer parte
    das mudanças adaptativas dos circuitos hipocampais locais de A. interpres, em
    preparação para a longa jornada de volta aos seus locais de reprodução no
    hemisfério norte.

  • BRUNA CASTRO SANTA MARIA
  • AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO SISTEMA SOMATOSSENSORIAL COMO ESTRATÉGIA PARA O DIAGNÓSTICO PRECOCE E INTERVENÇÃO DE PACIENTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA - TEA

  • Data: 31/01/2020
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  • O transtorno do espectro do autista (TEA) é caracterizado por déficits persistentes na comunicação e interação social em múltiplos contextos e padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. A mais recente edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), apresentou a adição de "hiper e hipo-reatividade à entrada sensorial ou interesses incomuns em aspectos sensoriais do meio ambiente" como características diagnósticas definidoras de autismo. Indivíduos com autismo frequentemente relatam sensibilidades táteis, como endurecimento ou afastamento quando tocados. Desta forma o objetivo deste trabalho foi identificar alterações da sensibilidade somestésica que possam auxiliar em estratégias para o diagnóstico precoce e intervenção de pacientes com autismo.Foi realizada observações clínicas e aplicação de questionários entre os participantes da pesquisa, onde observou-se que as crianças do grupo controle apresentaram minímas alterações de reatividade somestésica, quando comparadas com o grupo de TEA. Verificou-se que 90%dos participantes do grupo TEA não brincavam com diferentes consistências; 70% não brincam com objetos gelatinosos e materiais de diferentes texturas, bem como apresentam aversão a determinados tecidos e/ou etiquetas de roupas; 62% não partcipam de brincadeiras que molham ou lambuzam e andam ou andaram nas pontas dos pés e 50% evitam abraço e/ou contato físico, demosntrando que em crianças com autismo é possivel perceber precocemente hipo ou hiperreatividade somestésica, o que pode auxiliar no diagnóstico precoce e nas estratégias de intervenções.

  • THAÍS CRISTINA GALDINO DE OLIVEIRA
  • INFLUÊNCIA DO AMBIENTE NA MEMÓRIA ESPACIAL, APRENDIZAGEM E MORFOLOGIA DAS MICRÓGLIAS NOS TERÇOS EXTERNO E MÉDIO DA CAMADA MOLECULAR DO GIRO DENTEADO.

  • Data: 14/01/2020
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  • Investigamos a influência ambiental de longo prazo em tarefas dependentes do hipocampo e na morfologia dos terços externo e médio da camada molecular do giro dentado (Mol-GD), os principais alvos da via perfurante, em relação ao reconhecimento de objetos e à memória espacial. Camundongos suíço albino do sexo feminino, com 20 meses de idade, foram alojados após o desmame em ambiente padrão (AP) ou enriquecido (AE) e testados quanto ao reconhecimento de objetos e memória espacial. Todos os camundongos conseguiram distinguir objetos familiares de novos objetos. No entanto, os animais AP não conseguiram distinguir objetos estacionários dos objetos deslocados e passaram mais dois dias de treinamento no labirinto de água para aprender a tarefa. Após o teste, os camundongos foram sacrificados e os hipocampos foram seccionados e processados para a marcação imunológica do IBA1, marcador seletivo da micróglia. Amostras aleatórias e sistemáticas de micróglias foram reconstruídas em três dimensões e classificadas por análise hierárquica por conglomerados. Os camundongos AP mostraram dois fenótipos morfológicos da microglia nos terços externo e médio da camada Mol-GD. Camundongos AE mostraram uma redução na diversidade morfológica da micróglia que essencialmente foi encontrado um único morfotipo. Como a micróglia AE de camundongo mostrou uma complexidade morfológica intermediária entre as micróglias AP dos tipos I e II que foram associadas a um desempenho superior na memória espacial e na aprendizagem, inferimos que a complexidade morfológica pode ser um indicador preciso da micróglia homeostática. Também sugerimos que as micróglias tipo I e tipo II em camundongos AP podem ter diferentes papéis fisiológicos e que os benefícios de memória de AE a longo prazo podem estar associados a respostas adaptativas homeostáticas de fenótipos microgliais a estímulos somatomotores e cognitivos.

  • KEURI ELEUTERIO RODRIGUES
  • O extrato aquoso de Coriandrum sativum L. promove neuroproteção contra alterações motoras e danos oxidativos na progênie de ratas expostas ao metilmercúrio

  • Data: 08/01/2020
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  • Este estudo teve como objetivo investigar os efeitos do extrato aquoso de Coriandrum sativum (EACS) na progênie de ratas expostas ao metilmercúrio (MeHg). A presença de compostos bioativos e a capacidade antioxidante da EACS foram avaliadas. Foram avaliados os níveis totais de mercúrio no pelo da progênie, parâmetros comportamentais motores e estresse oxidativo no cerebelo. A análise dos compostos bioativos revelou quantidades significativas de polifenóis, flavonóides e antocianinas, além de uma variedade de minerais. Um teste DPPH mostrou que a EACS tinha importante atividade antioxidante. O grupo MeHg + EACS apresentou atividade locomotora espontânea significativamente melhor, força de preensão palmar, equilíbrio e coordenação motora nos testes comportamentais comparados ao grupo MeHg, bem como nos parâmetros do estresse oxidativo, com resultados semelhantes aos do grupo controle. O grupo MeHg + EACS também reduziu significativamente os níveis de mercúrio em comparação ao grupo MeHg. Com base nos testes comportamentais, que detectaram grandes melhorias locomotoras, de equilíbrio e de coordenação, além de uma redução no estresse oxidativo, concluímos que a EACS apresentou resultados funcionais positivos na progênie de ratos expostos ao MeHg.

2019
Descrição
  • RAIANY SOUZA DA SILVA BENDELAQUE
  • DEPRESSÃO E ENVELHECIMENTO CELULAR: UM CAMINHO EM COMUM.

  • Data: 22/11/2019
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  • Desde sua descoberta os telômeros e a telomerase são tema de intensas pesquisas, primeiro como um mecanismo de envelhecimento celular e depois como um indicador de saúde. Ao proteger as extremidades dos cromossomos, os telômeros desempenham um papel vital na preservação das informações em nosso genoma. Os telômeros diminuem com a idade e sua taxa de erosão dos telômeros fornece informações sobre o histórico de proliferação celular de um tecido. A enzima telomerase restaura o tamanho do telômero, possuindo importante papel antienvelhecimento. O encurtamento dos telômeros é observado em muitas doenças humanas, incluindo aterosclerose, câncer, síndromes de envelhecimento, esquizofrenia, doença de Alzheimer e demência vascular. A depressão maior (DM) é uma grave entidade nosológica, considerada um problema de saúde pública e está comumente associada a condições médicas de caráter crônico e de maior prevalência na senescência, sugerindo uma forte associação com o envelhecimento celular. A maioria das análises publicadas na literatura demonstraram associação do transtorno DM com a diminuição da função telomérica e do tamanho dos telômeros, porém existem outros estudos com resultados conflitantes. Por este motivo, analisamos a expressão da telomerase e o tamanho do telômero, em leucócitos de sangue periférico de 12 pacientes DM, antes e depois do tratamento com os antidepressivos sertralina e/ou o escitalopran e comparamos esses achados com os encontrados em um grupo controle negativo, composto por indivíduos hígidos, e com um grupo controle positivo formado por pacientes portadores de esquizofrenia (ESQ). A análise da expressão do mRNA de hTERT, a subunidade catalítica da telomerase humana, foi realizada por meio da Reação em Cadeia da Polimerase quantitativa em tempo real (qPCR) e para analisar o comprimento dos telômeros foi realizada a metodologia do Southern Blot. Os pacientes DM, antes do tratamento, e os pacientes ESQ apresentaram uma expressão da telomerase e um comprimento do telômero significativamente menor, em relação ao controle negativo (p<0,05). Após o tratamento com os antidepressivos supracitados, os pacientes DM tiveram esses dois parâmetros teloméricos aumentados e a análise estatística não revelou diferença desses em relação ao controle negativo (p>0,05). A recuperação da função telomérica, após o tratamento, foi acompanhada por uma resposta positiva de 50% ou mais no quadro clínico dos pacientes DM. Por outro lado, foi observada significância na diferença do tamanho dos telômeros de controles negativo e pacientes DM, após o tratamento, em relação ao grupo de pacientes ESQ (p<0,05). Podemos concluir que o transtorno DM tem como gatilho ou consequência a disfunção do telômero e os leucócitos do sangue periférico podem revelar a ativação dos caminhos da senescência. A sertralina e/ou o escitalopran apresentam grande efetividade de recuperação do quadro clínico e da atividade telomérica basal no transtorno DM em comparação à responsividade telomérica do tratamento específico para os pacientes ESQ, sabidamente portadores de uma mais grave, crônica e deteriorante patologia mental. O desfecho positivo dos pacientes DM, que após o início do tratamento tiveram recuperação dos parâmetros teloméricos, revela que a análise dos telômeros é uma ferramenta em potencial para o monitoramento da terapia e seguimento dos pacientes que tem a medicação suspensa por melhora do quadro clínico. O seguimento dos pacientes deste estudo e o aumento do número amostral nos permitirá visualizar se a remissão sintomatológica será seguida da recuperação total do telômero e da manutenção da sua função basal. Um dado muito importante não somente para o plano terapêutico, como para o prognóstico dos acometidos pela DM.

  • CARLOS AUGUSTO FERREIRA LOBAO
  • TAMANHO DE TUMORES DA REGIÃO SELAR COMO UM PREDITOR DE PERDAS PISCOFÍSICAS E ELETROFISIOLÓGICAS DE CAMPO VISUAL

  • Data: 04/11/2019
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  • O crescimento de tumores da região selar representa uma importante causa de perda visual em decorrência da compressão mecânica exercida por estes ao aparato do nervo óptico. Muitos investigadores usaram métodos não-invasivos para avaliar as consequências deste dano ao campo visual e boa associação foi descrita entra as perimetrias psicofísica e eletrofisiológica. Poucos estudos consideraram o tamanho do tumor como um fator preditor da perda visual. Objetivos: No presente estudo foi avaliada a associação entre o tamanho tumoral e as alterações da campimetria visual mensurada pelos métodos psicofísico, usando a campimetria visual de Humphrey, e pelo método eletrofisiológico, com a análise do potencial cortical visual provocado multifocal (mfVECP). Métodos: Foi estuda amostra composta por 14 pacientes com tumores da região selar diagnosticados por ressonância magnética. Foi contado o número de setores com respostas negativas em ambos os métodos. Uma análise de regressão logística simples foi usada para se avaliar a associação entre as dimensões tumorais e as características das perdas dos campos visuais. Resultados: Três pacientes apresentaram campos visuais preservados, três pacientes apresentaram defeito campimétrico tipo hemianopsia e oito pacientes tiveram perdas de campo visual generalizadas em ambas as avaliações. Foi observado que os três diâmetros do tumor e o volume total do tumor tiveram diferentes influências sobre a extensão da perda visual quando estudados os dados psicofísicos e do mfVECP. O diâmetro crânio-caudal máximo do tumor foi o melhor preditor das alterações encontradas na campimetria psicofísica, enquanto que para os resultados do mfVECP, todas as dimensões tumorais e o volume tumoral tiveram valor preditivo semelhante em relação ás perdas visuais. Conclusão: O tamanho dos tumores da região selar é um preditor das perdas visuais encontradas na campimetria visual psicofísica e eletrofisiológica. Esta relação tem potencial em auxiliar nas intervenções clínicas e em prevenir os danos visuais permanentes que podem ser causados ao paciente.

  • MARCIO GONCALVES CORREA
  • INVESTIGAÇÃO DOS EFEITOS BIOQUÍMICOS, PROTEÔMICOS E ESTRUTURAIS DA EXPOSIÇÃO PROLONGADA AO CLORETO DE MERCÚRIO SOBRE A MEDULA ESPINHAL DE RATOS

  • Data: 17/10/2019
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  • O Cloreto de mercúrio (HgCl2) é um poluente amplamente encontrado no meio ambiente. Esta espécie de mercúrio é capaz de promover diversos prejuízos ao Sistema Nervoso Central (SNC), incluindo danos no córtex motor, área relacionada ao planejamento e execução da atividade motora, no entanto, permanecem desconhecidos os efeitos do HgCl2 na medula espinhal, uma importante via de comunicação entre o SNC e a periferia. Administramos HgCl2 para ratos adultos, por 45 dias, via oral, a fim de investigarmos os efeitos na bioquímica oxidativa, no perfil proteômico e em estruturas da medula espinhal. Nossos resultados mostraram que a exposição a este metal promoveu aumento dos níveis de Hg no parênquima medular, prejuízo na bioquímica oxidativa, alteração em proteínas do sistema antioxidante, do metabolismo energético e na mielina; bem como causou desorganização na bainha de mielina e redução na densidade neuronal. Apesar da baixa dose, concluímos que a exposição prolongada ao HgCl2 provoca alterações bioquímicas e na expressão de diversas proteínas, culminando em danos na bainha de mielina e redução de neurônios na medula espinhal.

  • ALEXANDRE MAIA DE FARIAS
  • IMPACTO DO AMBIENTE ENRIQUECIDO EM MODELO DE ENCEFALITE AGUDA INDUZIDA PELO VÍRUS MARABÁ EM MURINO SENIL: ENSAIOS COMPORTAMENTAIS E NEUROPATOLÓGICOS.

  • Data: 11/10/2019
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  • A Amazônia é uma região que combina condições favoráveis para a propagação de arboviroses, o que aumenta sobremaneira o risco de encefalites, agravos ou desenvolvimento de doenças neurodegenerativas e morte na população senil. A busca por recursos, técnicas, medicamentos que possibilitem a diminuição do risco de infecção viral na população é um dever da ciência e obrigação das políticas públicas. Alguns estudos têm demostrado que o ambientes enriquecido (AE) promove neuroproteção em modelos animais de encefalites, todavia, ainda são raros os estudos que investigaram as respostas neuroinflamatórias que o AE pode promover em animais senis em condições de encefalite viral. Testamos a hipótese de que o AE promoveria respostas neuroprotetoras em animais senis submetidos a uma encefalite viral. Para isso, dois grupos de camundongos foram criados em AE ou em ambiente padrão (AP) ao longo da vida. Ao completarem 21 meses de idade, foram inoculados por via intranasal com o vírus Marabá e depois processados para a realização de testes para quantificação de citocinas, imunohistoquímica para detecção dos antígenos virais, micróglias e astrócitos, além de testes para analisar a atividade exploratória e a capacidade de discriminação de odores dos animais. Os resultados demonstraram que o AE promoveu nos animais diminuição dos sinais clínicos de doença, bem como, menor quantidade de áreas encefálicas com a presença do antígeno viral, quando comparado aos animais infectados do AP. Além disso, nos animais do AE as micróglias apresentaram menor ativação nas diferentes regiões encefálicas, incluindo menor número de áreas encefálicas com a presença de células Iba-1 positivas com morfologia arredondada ou amebóide. Também foi observado que nos animais do AE a reação astrocitária estava presente em maior número de áreas encefálicas tanto 3dpi quanto 6dpi, quando comparado aos animais infectados do AP. Os resultados dos testes de detecção de citocinas revelaram que os animais infectados do AP 6dpi apresentaram maiores níveis de MCP-1 e o animais infectados do AE 6dpi apresentaram maiores produção de INF- γ, comparados a todos os grupos. Por fim, os testes comportamentais mostraram que os animais infectados do AE 6dpi apresentaram redução do comportamento exploratório, além de apresentarem menores déficits na discriminação de odores, quando comparado às alterações observadas nos animais do AP. Tomados em conjunto, os resultados mostraram que o AE promoveu neuroproteção frente às alterações neuropatológicas e comportamentais promovidos pela intensa encefalite induzida pelo Maraba vesiculovirus em animais senis.

  • AMANDA BRAGA BONA
  • ANÁLISE ANTITUMORAL DA MENADIONA EM CÂNCER GÁSTRICO PELA INIBIÇÃO DA EXPRESSÃO DO GENE CDC25B EM ENSAIOS IN VITRO E IN VIVO

  • Data: 04/10/2019
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  • O câncer gástrico é um dos tipos de câncer mais incidentes no mundo e apresenta altas taxas de mortalidade e mau prognóstico, principalmente em países em desenvolvimento. A proteína MYC é um importante fator de transcrição responsável por regular a expressão de parte considerável do genoma humano. Ademais, a desregulação deste gene é um dos fenômenos mais comumente demonstrados na carcinogênese gástrica. É sabido que MYC regula positivamente a expressão de CDC25B, que, por sua vez, codifica uma fosfatase responsável pela progressão da divisão celular, induzindo a célula a entrar em mitose. A ativação constitutiva de CDC25B pode promover o crescimento e a proliferação celular de forma desordenada, e tem sido descrita em uma grande variedade de tumores, incluindo o câncer gástrico. À vista disto, inibidores específicos deste gene e/ou de seus transcritos, podem ser de grande valia no tratamento de tumores de estômago. A menadiona é uma forma sintética da vitamina K que age inibindo especificamente a família de fosfatases CDC25. Estudos recentes têm demonstrado que este composto é capaz de inibir a proliferação e induzir a apoptose em diferentes tipos de linhagens celulares tumorais. Para melhor compreender o mecanismo de ação da menadiona no câncer gástrico, avaliamos seus efeitos celulares e moleculares in vitro e in vivo, utilizando as linhagens tumorais gástricas AGP01, ACP02 e ACP03, e primatas não-humanos do novo mundo, Sapajus apella, que tiveram carcinogênese gástrica induzida por N-Metil-N-nitrosourea. Em nossos testes in vitro, a menadiona foi avaliada quanto a sua capacidade inibitória da expressão de CDC25B, por RT-qPCR e Western blot, e seu potencial para reduzir taxas de invasão, migração e proliferação, além da análise do ciclo celular por citometria de fluxo. Já nos nossos experimentos in vivo, além das análises de expressão gênica de CDC25B, por RT-qPCR e Western blot, acompanhamos as lesões pré-neoplásicas e a progressão tumoral nos animais por ultrassonografia, endoscopia, biópsias, análises histopatológicas e imunohistoquímica. Nossos testes demonstraram que a menadiona é capaz de inibir a expressão de CDC25B in vivo e in vitro. O composto foi capaz de reduzir as taxas de migração, invasão e proliferação, além de induzir a parada do ciclo celular nas linhagens celulares. Além disto, os testes em primatas mostraram que a menadiona tem potencial para impedir o desenvolvimento e a progressão tumoral, além de promover o encolhimento do tumor. Portanto, concluímos que o gene CDC25B provou ser um alvo atrativo para investigação e desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas em câncer gástrico, e sugerimos que a menadiona pode ser um importante aliado dos quimioterápicos no tratamento desta malignidade. 

  • ANA CAROLINE CUNHA MESSIAS
  • ANÁLISE DA PRODUÇÃO DE CITOCINAS APÓS EXPOSIÇÃO CELULAR in vitro COM OS ANTÍGENOS ML2478 E ML0840 DO Mycobacterium leprae

  • Data: 26/09/2019
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  • O diagnóstico de casos de hanseníase oligossintomáticos pode possibilitar a realização de intervenções antes do aparecimento de incapacidades físicas. No entanto, devido o diagnóstico ainda ser essencialmente clínico e a evolução lenta da patologia, há dificuldade no reconhecimento desses casos, pois as lesões são discretas e com sutis alterações de sensibilidade. Na maioria das vezes os pacientes são diagnosticados quando já apresentam características clínicas evidentes e/ou também incapacidades físicas. Assim se faz necessário o desenvolvimento de ferramentas laboratoriais que auxiliem no diagnóstico precoce da doença. O ensaio de imunidade celular Whole Blood Assay (WBA) é uma técnica de baixo custo e de fácil execução que proporciona condições para a triagem de antígenos, sendo favorecido em áreas onde a hanseníase é endêmica, podendo facilitar a incorporação de um teste em locais com menor acesso aos laboratórios sofisticados. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta imune celular após exposição in vitro de sangue periférico aos antígenos ML2478 e ML0840 do Mycobacterium leprae. Foram selecionados 87 indivíduos para a quantificação das citocinas Interferon-γ (IFN-γ), Interleucina (IL)-10, IL-17 e Fator de Transformação de Crescimento-β1 após exposição com os antígenos de interesse, específicos do M. leprae, pelo WBA durante 24 horas. No total foram avaliados 47 casos de hanseníase distribuídos em: 6 tuberculoide e 14 dimorfo-tuberculoide (DT), 13 dirmorfo-Virchowiano, 6 Virchowiano; e 8 escolares (ESC) diagnosticados com hanseníase durante estratégia de busca ativa do grupo (casos oligossintomáticos nas formas clínicas: 1 primariamente neural, 1 indeterminada, 6 DT). Os demais 47 indivíduos correspondem a 20 contatos, 13 ESC sadios e a 7 indivíduos com outras doenças dermatológicas. A análise das citocinas sugere que o balanço entre IFN-γ e IL-10 pode indicar indivíduos que estão progredindo ao polo Th2 e que IL-17 e TGF-β1 podem ser utilizadas para acompanhar indivíduos que apresentem resposta semelhante aos casos de hanseníase. A produção das citocinas IFN-γ, IL-10, IL-17 e TGF-β1 pelo estímulo com as proteínas ML2478 e ML0840 não diferiu entre os escolares casos e escolares sadios. E a citocina IL-17 demonstrou produção superior nos casos atendidos na URE em relação aos escolares caso e aos indivíduos dos grupos controles.

  • CLAUDIA XIMENA BOBADILLA CHAVEZ
  • PODE EXISTIR UMA DISFUNÇÃO DA SENSIBILIDADE EM PACIENTES COM DESORDENS DEPRESSIVAS?

  • Data: 13/09/2019
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  • A depressão é uma desordem mental que tornou-se importante no nosso dia a dia, sendo uma das doenças mais comuns por causar incapacidade no indivíduo. Está desordem pode se apresentar desde a adolescência ou fase adulta, bem como em idosos, onde existem relatos clínicos de possíveis variações do sistema somatossensorial e neurocognitivo. O objetivo do nosso estudo é avaliar a percepção da sensibilidade de pacientes depressivos e comparar com indivíduos sadios usando os testes de sensibilidade mecânica, térmica, tátil e dor. De modo que o estudo foi realizado em 25 pacientes diagnosticados com depressão (CID F.33) e 25 indivíduos sadios, no qual os indivíduos foram submetidos aos testes para sensibilidade mecânica, térmica, tátil e dor. Os resultados demonstraram que o limiar para a sensibilidade mecânica foi significativa ao usar o estesiômetro de 0,2g mostrando uma disfunção do nervo radial da mão direita em comparação com os participantes sadios (1, 36 ± 0,098 vs. 1, 08 ± 0,055); além disso, observamos uma disfunção do nervo fibular e nervo sural do pé esquerdo (0, 32 ± 0,478 vs. 0, 61 ± 0,495). Adicionado a isso, no SWM de 2g e 4g foi significativo para a disfunção sensorial do pé esquerdo comparando com indivíduos sadios (0, 25 ± 0,452 vs. 0, 58 ± 0, 50) e (0, 29 ± 0,470 vs. 0, 61 ± 0,496), respectivamente. Por outo lado, na sensibilidade tátil só foi significativa para a sensibilidade tátil no tecido médio com o comprometimento da sensibilidade em pacientes depressivos (36%) e indivíduos sadios (4%). No entanto, para os demais testes de sensibilidade térmica e dolorosa os resultados não foram significativos. Os dados sugerem que existe uma disfunção a nível periférico em membros superiores do nervo radial e em membros inferiores do nervo fibular, nervo tibial e nervo sural, os quais são ramificações do nervo ciático.

  • KATIA LAMARAO VIEIRA
  • Atividade neuroprotetora do treinamento físico moderado contra os danos morfofuncionais cerebelares causados pelo consumo de etanol de forma intensa e episódica (Binge drinking) em ratos.

  • Data: 11/09/2019
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  • O etanol (EtOH) é uma droga psicotrópica, depressora do sistema nervoso central (SNC), porém bastante incentivada e consumida pela sociedade brasileira, como também em grande parte do mundo, refletindo em um problema de saúde pública. Nas últimas décadas, adolescentes têm exercido uma prática bastante comum, que é o binge-drinking. O consumo nocivo do EtOH promove além de alteração biopsicossocial, o desequilíbrio homeostático que causa a neurodegeneração e perda de função com desordens motoras. Em contrapartida, a prática do treinamento físico moderado (TFm) tem sido recomendada para a manutenção da saúde física e mental, como também prevenção ou minimização do desenvolvimento de algumas doenças devido a atividade motora induzir mudanças plásticas e dinâmicas no SNC, de forma favorecer a neurogênense, sinaptogênese e a angiogênese, além de contribuir para a modulação sináptica. Tendo em vista os benefícios do TFm, foram investigados os efeitos neuroprotetores sobre os parâmetros motores, teciduais e bioquímicos no cerebelo de ratos expostos ao EtOH no padrão binge, da adolescência a fase adulta. Para isso, foram utilizados 40 ratos Wistar machos com 30 dias de vida, e divididos em quatro grupos, sendo o controle, com animais sedentários e tratados com H2O destilada; o treinado, composto por animais exercitados e tratados com H2O destilada; o EtOH, formado por animais sedentários e tratados com doses de 3 g/kg/dia de EtOH, 20% (p/v); e o Treinado + EtOH, com animais exercitados e tratados com doses de 3 g/kg/dia de EtOH, 20% (p/v). O protocolo de TFm foi realizado em uma esteira para roedores durante 5 dias, por 4 semanas e as doses do EtOH no padrão binge, foram administradas por gavagem intragástrica nas mesmas semanas do TFm. Após o término desse período, os animais foram submetidos aos testes comportamentais de campo aberto e beam walking. Em seguida, eutanasiados para a coleta do cerebelo, avaliando a imunohistoquimica a partir dos os níveis da capacidade antioxidante equivalente ao trolox (TEAC), da glutationa reduzida (GSH), nitrito e peroxidação lipídica (LPO); como também, a morfologia das células de Purkinje (CsP), a fração de área imunomarcada por anti-sinaptofisina (SYP), e anti-proteína básica de mielina (MBP). De acordo com o resultado, o EtOH causou acentuado estresse oxidativo e danos motores, porém a execução do TFm realizado paralelamente ao tratamento com EtOH promoveu efeitos neuroprotetores no cerebelo dos ratos, entre eles, a modulação da bioquímica oxidativa pela restauração dos níveis de GSH, redução dos níveis de LPO e aumento do TEAC, como também, evitou perda neuronal, danos às vesículas sinápticas (SYP) e componentes mielínicos (MBP). Portanto, o TFm pode ser considerado como uma estratégia terapêutica significante para aquisição da homeostase redox, evitando assim o desequilíbrio oxidativo, como também, danos teciduais e funcionais no cerebelo de ratos tratados por EtOH no padrão binge.

  • ELINE MESQUITA MELO
  • ACOPLAMENTO DINÂMICO ENTRE OS SISTEMAS NERVOSO CENTRAL E AUTONÔMICO CARDÍACO EM PACIENTES COM EPILEPSIA REFRATÁRIA

  • Data: 06/09/2019
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  • O cérebro continuamente envia sinais para as vísceras por meio de sinais interoceptivos, com a finalidade de estabelecer a homeostase. O entendimento de como é processado esses sinais, como também a interação neurovisceral que o sustenta, podem ajudar a elucidar as influencias destes nos processos cognitivos e emocionais em condições normais e patológicos, como a epilepsia. A epilepsia é um distúrbio cerebral crônico caracterizado pela hiper sincronização de grupos neuronais. Cerca de 30% dos indivíduos com epilepsia são refratários ao tratamento farmacológico. Os mecanismos subjacentes à refratariedade ainda não são entendidos, mas existem hipóteses para explicar as possíveis causas. Segundo a hipótese da rede neural, a remodelação plástica de circuitos neurais induzida por crises epiléticas pode contribuir para a formação de redes neurais anormais que suprime o efeito inibitório do sistema antiepiléptico endógeno e também previne as Drogas Anti-Epilépticas de acessar seus alvos. Desta forma, as convulsões alteram a dinâmica das redes neurais corticais. Porém, essas alterações não se restringem ao Sistema Nervoso Central, também alteram a atividade do Sistema Nervoso Autônomo e comprometem a função cardíaca. O objetivo do presente trabalho foi verificar a interação entre o córtex cerebral e o sistema autônomo cardíaco através da avaliação espectral e temporal da correlação da atividade eletrofisiológica em indivíduos com epilepsia refratária e um grupo controle. As medidas utilizadas foram a potência média do sinal elétrico cortical em faixas espectrais distintas do Eletroencefalograma, a Variabilidade da Frequência Cardíaca (caracterizada pelos parâmetros RMSSD, SD1, SDNN), e o Potencial cortical evocado cardíaco (PEC). Os resultados mostraram que ocorre uma correlação significativa (p<0,05) entre a potência média de delta e RMSSD, SD1 nas regiões: frontal, central, temporal e occipital. A potência média Teta apresentou correlação significativa com SDNN em todas as regiões nos pacientes com epilepsia. A análise do PEC indicou diferenças (p=0,05) na latência em janelas de tempo distintas entre os grupos nos canais: Fpz, Fz, F8, F4, F3, Cz, C3, Pz, P4, T3, T4, T6 e O1. Nossos resultados indicam um acoplamento dinâmico diferenciado entre a atividade cortical e cardíaca em pacientes com epilepsia refratária.

  • ANA CAROLINA ALVES DE OLIVEIRA
  • ADMINISTRAÇÃO DE CHUMBO POR LONGO TEMPO E EFEITOS SOBRE O HIPOCAMPO DE RATOS WISTAR: AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL, TECIDUAL, PROTEÔMICA E BIOQUÍMICA

  • Data: 19/08/2019
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  • Este estudo buscou avaliar os efeitos da administração sistêmica de chumbo por longo tempo (desde adolescência à idade adulta) sobre o hipocampo de ratos, buscando possíveis alterações na homeostase da bioquímica oxidativa sistêmica e hipocampal, perfil proteômico e densidade neuronal hipocampal e parâmetros de memória e aprendizagem relacionados a essa região. Foram utilizados 50 ratos Wistar machos, com 35 dias de vida divididos em dois grupos: controle (n=25, tratados com água destilada) e chumbo (n=25 tratados com 50mg/kg de acetato de chumbo), ambos via gavagem orogástrica. A exposição perdurou até o 90º dia de vida dos ratos. Ao fim do período de exposição, os animais foram submetidos a testes comportamentais (reconhecimento de objetos e esquiva inibitória) para avaliação de aspectos mnemônicos. Na sequência, os animais foram eutanasiados e o sangue periférico e hipocampo coletados para a avaliação da bioquímica oxidativa pelos parâmetros de capacidade antioxidante total (TEAC), níveis de glutationa (GSH) e peroxidação lipídica (TBARS). Parte do hipocampo foi destinado à dosagem de chumbo e extração de proteínas para avaliação do perfil proteômico. Outros animais foram perfundidos e o hipocampo processado para imunoistoquímica com o anticorpo anti-NeuN e avaliado quanto à densidade neuronal. Nesse modelo de exposição ao chumbo em ratos, evidenciamos aumento dos níveis de chumbo no hipocampo, associado a prejuízos funcionais, com déficits de memória de curto e longo prazo. O balanço bioquímico também foi afetado, sendo evidenciado no sangue estresse oxidativo com maiores níveis de TBARS e redução dos níveis de TEAC e GSH, e no hipocampo, aumento dos níveis de TBARS e GSH. O perfil do proteoma hipocampal identificou alteração principalmente nas proteínas envolvidas na modulação da transmissão sináptica, regulação da sinalização trans-sináptica e regulação da exocitose. A avaliação imunoistoquímica com anti-NeuN permitiu a identificação de redução na densidade neuronal no grupo exposto, quando comparado aos animais controles em todas regiões hipocampais avaliadas. Mostramos pela primeira vez que a exposição por longo prazo ao chumbo é capaz de promover estresse oxidativo no sangue, associado a aumento dos níveis de chumbo, modulação da homeostase oxidativa e alteração do perfil proteômico no hipocampo, com maior repercussão em proteínas de comunicação sináptica, repercutindo em morte neuronal e prejuízo em funções cognitivas.

  • CAMILA MENDES DE LIMA
  • ALTERAÇÃO DIFERENCIAL NOS ASTRÓCITOS RADIAIS DO HIPOCAMPO E NEUROGÊNESE EM AVES MARINHAS COM ROTAS MIGRATÓRIAS CONTRASTANTES

  • Data: 17/08/2019
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  • Pouco se sabe sobre as influências ambientais nas células radiais α semelhantes à glia (astrócitos radiais) e sua relação com a neurogênese. Como a glia radial participa da neurogênese e da astrogênese em adultos, iremos investigar essa questão em duas aves marinhas migratórias que completam sua migração outonal usando rotas migratórias contrastantes. Antes de seus voos para a América do Sul, as aves fazem escala na Baía de Fundy, no Canadá, e a partir daí o maçarico semipalmado (Calidris pusilla) atravessa o Oceano Atlântico em um voo sem escalas de 5 dias, enquanto a tarambola semipalmada (Charadrius semipalmatus) voa principalmente sobre o continente, com escalas para descanso e alimentação. Usando análise hierárquica de cluster e discriminante de características morfométricas para classificar células reconstruídas tridimensionalmente, encontramos dois morfotipos diferentes de glia radial designados Tipo I e Tipo II. Estas células foram afetadas diferencialmente pelo processo migratório com alterações morfológicas mais intensas no morfotipo Tipo I do que no Tipo II em ambas as espécies. Nós também comparamos o número de neurônios marcados com duplacortina (DCX) com características morfométricas de células semelhantes às glias radiais α na região V do hipocampo do C. pusilla e C. semipalmatus antes e depois da migração no outono. Descobrimos que, em comparação com as aves migratórias, a superfície do convex hull dos astrócitos radiais nas aves invernais aumentou significativamente em C. semipalmatus e C. pusilla e isso parece correlacionado com um aumento do número total de neurônios jovens imunomarcados para DCX em aves invernantes. Apesar das diferenças filogenéticas a diminuição da complexidade morfológica dos astrócitos radiais no maçarico semipalmado e seu aumento na tarambola semipalmada, uma espécie que provavelmente depende mais da informação visuoespacial para a navegação, pode ter implicações funcionais importantes. O voo migratório da tarambola semipalmada, com paradas para alimentação e repouso, versus o voo sem parada do maçarico semipalmado, parece afetar diferencialmente a morfologia e a neurogênese dos astrócitos radiais.

  • MARTHA DE SOUZA FRANCA
  • RUPTURA DO TENDÃO CALCÂNEO INDUZ ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS E HISTOLÓGICAS NA MEDULA ESPINHAL DE CAMUNDONGOS

  • Data: 08/07/2019
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  • A fisiopatologia dos tendões envolve liberação de mediadores neurais que desempenham papel ativo na regulação da dor, inflamação e homeostase do tendão. Novos direcionamentos têm apontado que a lesão não se restringe às alterações estruturais do tecido, mas envolve uma possível participação do Sistema Nervoso Central (SNC) na sua regulação. Nesse contexto, ainda é desconhecido se a lesão tendínea afeta o SNC e, desse modo, o presente estudo tem por objetivo investigar as possíveis alterações histológicas e bioquímicas na medula espinhal (L5) provocada pela ruptura total do tendão calcâneo em modelo experimental de murinos. Para isso, os animais foram submetidos à tenotomia do tendão calcâneo, divididos em três grupos experimentais (n=57): 1) Controle; 2) Ruptura e 3) Ruptura+Sutura. Foi avaliado o número de células totais da substância cinzenta da medula espinhal no segmento vertebral L5 por marcação com DAPI. A reatividade glial foi avaliada por imuno-histoquímica para microglia (IBA-1) e astrócitos (GFAP) em 7, 14 e 21 dias após ruptura do tendão. A participação do sistema nitrérgico foi investigada pela quantificação dos níveis teciduais de nitrito na intumescência lombar em 7, 14 e 21 dias pós-lesão e, pela imunomarcação de iNOS (NOS2) em L5. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o teste ANOVA-1via e pós teste tukey, considerando significativo p<0,05. Os resultados foram expressos em média ± DP. A análise da quantidade de células demonstrou que o grupo Ruptura apresentou número menor de células em 7 (1408,33±58,59; p<0,05), 14 (1402,7±72,7; p<0,05) e 21 (1374,5±74,2; p<0,01) dias pós-lesão em relação ao grupo controle (1668±52,3) e em relação ao grupo Ruptura+Sutura nos dias 7 (1655±66,5; p<0,05), 14 (1639±48,5; p<0,05) e 21 (1668,3±14,1; p<0,01). O grupo com sutura não diferiu do grupo controle. Os resultados da reatividade glial mostraram que em 14 dias pós lesão as microglias se encontravam ativadas em L5 e que os astrócitos estavam ativados em 7, 14 e 21 dias pós lesão. A quantificação de nitrito mostrou maiores níveis de nitrito do grupo Ruptura em 7 (0,0004±10,8x10-5, p< 0,01) e 14 dias (0,0006±1.06 x10-5, p< 0,01) pós lesão em relação ao grupo controle (0,0002±3.45x10-5). A imunomarcação para iNOS foi identificada em 14 dias pós lesão no grupo Ruptura. Nossos resultados demostraram que a ruptura do tendão calcâneo induz alterações na medula espinhal quanto ao número de células totais, ativação de células gliais e participação do sistema nitrérgico em modelo experimental de murinos. Desta forma, aponta para possíveis eventos degenerativos, oxidativos, inflamatórios e de plasticidade neural na medula espinhal decorrente da lesão do tendão calcâneo destacando a participação do SNC no processo de reparo desta lesão.

  • DANILO DO ROSÁRIO PINHEIRO
  • CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE TUMORES MAMÁRIOS CANINOS: IDENTIFICAÇÃO DE MARCADORES DE DIAGNÓSTICO, PROGNÓSTICO E DE SUSCEPTIBILIDADE

  • Data: 04/07/2019
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  • Em fêmeas caninas, os tumores de mama são os mais frequentemente diagnosticados, especialmente em animais não castrados. São altamente agressivos, de etiologia multifatorial e heterogêneos, com diferentes características histopatológicas, moleculares e clínicas, resultando em diferentes prognósticos e resposta ao tratamento. Apesar de ser considerado um modelo para a carcinogênese mamária humana, pouco ainda se sabe sobre estes tumores em caninos, sendo estes diagnosticados geralmente em estágio avançado e tendo a cirurgia de ressecção tumoral como terapia ouro para a espécie. Assim, o trabalho teve como objetivos identificar os diferentes subtipos de tumores mamários de cadelas, bem como potenciais marcadores de diagnóstico, prognóstico e de susceptibilidade. Para tanto, amostras caninas de tecido neoplásico e não-neoplásico de mama foram coletadas no Hospital Veterinário da UFRA (HOVET). A identificação dos subtipos moleculares em Luminal-A e -B, HER-2+ e Triplo Negativo foi realizada por imunohistoquímica. Além disso, a identificação de marcadores diagnósticos e prognósticos, foi realizada a quantificação da expressão gênica dos genes CCNA2, CCNB2, TTK, CHEK2, TP53, MDM2, PCGF1, PCGF2 e TGF1 por PCR em tempo real utilizando o sistema TaqMan. A identificação de marcadores de susceptibilidade foi realizada na plataforma de array SNP Affymetrix 700k (Affymetrix Inc.) seguindo os protocolos do fabricante. A correlação entre os resultados obtidos foi realizada por análise estatística, sendo que resultados com p<0,05 foram considerados significativos. As análises de imuno-histoquímica mostraram a presença de todos os quatro subtipos moleculares previamente descritos para caninos, com prevalência maior dos subtipos positivos para receptores de estrogênio e progesterona (Luminal-A e Luminal-B) e de amostras com Ki67 acima de 10%, sugerindo que, apesar da maioria das amostras serem responsivas ao tratamento com antiestrogênicos, são majoritariamente mais agressivas, com alto índice de proliferação celular. Com exceção de TGF1 e PCGF2, todos os outros genes apresentaram valor diagnóstico para o câncer de mama canino. Em relação ao uso como prognóstico, foi observada a correlação entre a expressão de CCNA2 e subtipos Luminal-A e -B, de TTK com Triplo Negativo, de PCGF1 com sobrevida e MDM2 com a presença de pseudociese. Quando comparadas as amostras tumorais em relação às amostras controle (sem histórico de tumor), foram identificados diversos SNPs em sete genes codificadores de proteína, sendo estes potenciais marcadores de susceptibilidade ao câncer de mama em cães. Os resultados obtidos possuem potencial aplicabilidade na rotina veterinária, permitindo uma identificação precoce do tumor, bem como direcionando o tratamento do animal.

  • RAMON EVERTON FERREIRA DE ARAUJO
  • ANÁLISE CITOGENÉTICA EM MORCEGOS DA FAMÍLIA EMBALLONURIDAE (CHIROPTERA) DA AMAZÔNIA BRASILEIRA ATRAVÉS DE CITOGENÉTICA CLÁSSICA E MOLECULAR

  • Data: 04/07/2019
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  • Emballonuridae é considerada por estudos morfológicos e moleculares como uma das mais ancestrais famílias de morcegos existentes, São raros os trabalhos citogenéticos neste grupo e quase inexistentes as informações para morcegos provenientes do Brasil. Analisamos seis espécies de Emballonurideos provenientes da Amazônia brasileira, Saccopteryx canescens, Saccopteryx gymnura, Saccopteryx bilineata, Saccopteryx leptura e Cormura brevirostris, por citogenética clássica e por Hibridização in situ Fluorescente com sondas de DNA ribossomal, telomérico e sondas de cromossomos totais de Myotis myotis. Os cariótipos analisados são similares aos dados presentes na literatura, indicando que, mesmo geograficamente distantes, não ocorrem variações intraespecíficas. Os bandeamentos clássicos concordam com dados da literatura. A espécie Saccopteryx gymnura teve seu cariótipo descrito pela primeira vez. As sondas de DNA ribossomal 18S e sondas de telômeros humanos identificaram com precisão as regiões organizadoras de nucléolos e as regiões teloméricas. A pintura cromossômica com sondas de Myotis myotis evidenciou várias sintenias cromossômicas entre Emballonuridae e Vespertilionidae. A diferença entre os cariótipos de SBI e SLE é de apenas umafissão/fusão, onde o cromossomo 12 em SBI se apresenta como um metacêntrico que corresponde a dois cromossomos acrocêntricos em SLE, os pares 12 e 13. Entre SCA e SGY os cromossomos de 4, 6, 7, 8, 9, 10 e 11 são conservados e o par 5 possui uma inversão pericêntrica no braço curto em SGY. Os pares 1, 2 e 3 evidenciam translocações Robertsonianas entre os braços cromossômicos de SGY e SCA. Por pintura cromossômica conseguimos identificar segmentos cromossômicos em Cormura brevirostris que estão envolvidos nos múltiplos rearranjos da estrutura multivalente presente nessa espécie. Identificamos fusões/fissões, translocações Robertsonianas, fusões in tandem, inversões pericêntricas e paracêntricas que estão envolvidas no mecanismo de evolução cariotípica dos Emballonuridae estudados.

  • ISABELLE CHRISTINE VIEIRA DA SILVA MARTINS
  • EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO COM AÇAÍ CLARIFICADO (Euterpe oleracea Mart.) SOBRE MARCADORES DE ESTRESSE OXIDATIVO EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE

  • Data: 19/06/2019
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  • Pacientes com doença renal crônica (DRC) em hemodiálise (HD) apresentam um quadro caracterizado pela redução das enzimas antioxidantes e aumento da produção de radicais livres, que apresentam forte associação com complicações cardiovasculares. Assim, várias estratégias terapêuticas têm sido usadas para reduzir o excesso do estresse oxidativo nesses pacientes. Nesse sentido pesquisas com o fruto amazônico Euterpe oleracea, conhecido como açaí, tem mostrado que a suplementação desse fruto produz efeito protetor contra o estresse oxidativo na doença cardiovascular, câncer e envelhecimento, visto que é rico em compostos fenólicos que são potentes antioxidantes. Contudo, não existem estudos que tenham avaliado o efeito do açaí no estresse oxidativo em pacientes renais crônicos em hemodiálise. Assim, o objetivo desse estudo piloto foi avaliar os efeitos da suplementação de açaí clarificado em marcadores de estresse oxidativo em pacientes em hemodiálise, em comparação com o grupo sem suplementação. Oito pacientes em hemodiálise (55,5 ± 4,9 anos) foram randomizados e receberam 20 mL de açaí liofilizado e clarificado, três vezes por semana durante 8 semanas e foram comparados com dez pacientes em hemodiálise sem suplementação (56,1 ± 3,4 anos). Os marcadores plasmáticos de estresse oxidativo – malondialdeído (MDA), nitritos, glutationa total (GSH total), atividade da catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx) – foram avaliados antes e pós suplementação. A análise estatística foi realizada usando o Stata 14, com α=5%, com significância p<0,05 considerada como estatisticamente significante. Os níveis plasmáticos de MDA foram reduzidos após suplementação com açaí de 80,2 ± 9,5 para 66,1 ± 14.5 pg/mL (p= 0,043). Esse estudo piloto indica que o consumo de açaí, um alimento popular no Norte do Brasil pode ser uma estratégia nutricional alternativa na redução dos marcadores de estresse oxidativo em pacientes em hemodiálise.

  • ANDERSON VALENTE AMARAL
  • AVALIAÇÃO DO POTENCIAL NEUROPROTETOR DO BETA-CARIOFILENO EM MODELO MURINO DE DOENÇA DE PARKINSON INDUZIDO POR 6-HIDROXIDOPAMINA

  • Data: 17/06/2019
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  • A doença de Parkinson (DP) é tradicionalmente classificada como uma desordem motora caracterizada por tremor em repouso, rigidez muscular, instabilidade postural e bradicinesia. Tais sintomas ocorrem e função da perda progressiva de neurônios dopaminérgicos presentes na substância negra pars compacta (SNpc) e consequente diminuição de dopamina no estriado (STR). A busca por alternativas terapêuticas que possam interromper ou retardar o curso temporal de neurodegeneração na DP é essencial para promover uma melhor qualidade de vida aos pacientes. Assim, investigamos se o beta-cariofileno (BCP) possui efeitos neuroprotetores em modelo murino de DP induzido por 6-hidroxidopamina (6-OHDA). Para tal, realizamos testes comportamentais como teste de rotações induzidas por apomorfina e teste de exploração em campo aberto, mensuramos a densidade óptica de fibras estriatais, quantificamos neurônios e micróglias na SNpc por estereologia e avaliamos a capacidade antioxidante total do STR e mesencéfalo. Nossas evidências demonstram que o BCP: reduziu o grau de neurodegeneração induzido por 6-OHDA, melhorou o desempenho motor, protegeu fibras estriatais e neurônios dopaminérgicos, além de diminuir a ativação microglial na SNpc. Entretanto, não alterou a capacidade antioxidante total no STR e mesencéfalo. Dessa forma, o BCP demonstrou um potencial efeito neuroprotetor no modelo de DP induzido por 6-OHDA, que merece ser melhor caracterizado para futuras aplicações translacionais.

  • BRUNA PUTY SILVA GOMES
  • ANÁLISE DO EFEITO TÓXICO E ALTERAÇÕES TRANSCRIPTOMICAS DE CÉLULAS NEURONAIS E GLIAIS APÓS EXPOSIÇÃO AO FLUORETO

  • Data: 23/05/2019
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  • Apesar de ser amplamente utilizado na Odontologia para o controle da cárie dentária, quando ingerido em grandes quantidades o fluoreto pode causar efeitos colaterais, dos quais o mais conhecido é a fluorose dentária. Além disso, estudos também sugerem que mesmo em baixas concentrações o flúor pode originar quadros de toxicidade, levando a prejuízos no SNC. A toxicogenômica funcional, que fornece análises de perfis gênicos após exposição a contaminantes tem sido utilizada como ferramenta para a identificação de biomarcadores da intoxicação, bem como para a identificação de vias de sinalização que possam ser utilizadas para o tratamento e/ou prevenção dos danos ocasionados pela toxicidade de determinados compostos. Sabendo-se que os mecanismos moleculares da toxcidade do flúor no SNC ainda permanecem desconhecidos, a análise da exposição prolongada a fluoretos sobre o perfil gênico de poupulações de células do SNC se faz necessário. Nessa tese nós buscamos avaliar os efeitos da exposição a concentrações comumente encontradas no plasma sanguineo da população que ingere agua fluoretada nas principais células do SNC. Para isso, nós utilizados células humanas da linhagem IMR-32 (neurônio) e U87 (glia) e avaliamos parametros de viabilidade e morfologia celular, metabolismo, produção de ATP, estresse oxidativo, fragmentação do DNA e perfil global de expressão gênica após 10 dias de exposição. Nossos resultados demonstraram que o fluoreto não induz alterações fisologicas nas células IMR-32. Por outro lado, induz morte celular por necrose, aumento do metabolismo, diminuição no ATP e GSH/GSSG e fragementação do DNA nas células U87. O perfil de expressão gênica das células U87 foi diferencialmente alterado após exposição ao fluoreto, com diminuição de 1735 genes e aumento na expressão de 1047 genes após exposição a 0.095µg/mL e a diminuição da expressão de 1863 genes e aumento da expressão de 1023 após exposição a 0.22µg/mL. Nossos dados tambem sugerem uma significativa alteração na via TNF-alfa via NFK-B e em processos mitocondriais. Também evidenciamos genes com significativa importância biologia (genes hub) como os genes PTGES3, EP300, CYP1B1, RPS27A. Dessa forma, nossos dados sugerem que as células da glia são afetadas pela exposição ao flúor, sugerindo que a mitocôndria desempenha um importante papel no mecanismo toxicológico do flúor.

  • DANNILO ROBERTO FERREIRA DA SILVA
  • EFEITOS DA EXPOSIÇÃO AO ACETATO DE CHUMBO A LONGO PRAZO SOBRE A MEDULA ESPINHAL DE RATOS: INVESTIGAÇÃO DE ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS E HISTOLÓGICAS

  • Data: 12/04/2019
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  • O chumbo (Pb) é um metal naturalmente encontrado na crosta terrestre, é um dos mais utilizados no setor industrial e apresenta um grande potencial tóxico. A exposição humana ao Pb ocorre, principalmente, através do sistema gastrointestinal e respiratório. Uma vez na corrente sanguínea, o Pb é capaz de se difundir pelo corpo, depositando-se em diversos órgãos e tecidos. O sistema nervoso central (SNC) é considerado como um dos sistemas mais sensíveis a exposição ao Pb. Mesmo com diversos estudos a respeito de danos provocados por exposições ao Pb, existe uma lacuna na literatura a respeito dos efeitos toxicológicos do Pb sobre a medula espinhal. Desta forma, o objetivo deste estudo foi investigar os possíveis efeitos bioquímicos e teciduais induzidos pela exposição a longo prazo ao acetato de Pb sobre a medula espinhal de ratos. Como metodologia, realizamos exposição a longo prazo ao acetato de Pb (dose de 50 mg/Kg diárias durante 55 dias) em 36 ratos albinos da espécie Rattus norvegicus, linhagem Wistar (18 animais controle e 18 animais expostos), machos, com massa corpórea entre 120 e 150 g e com 30 dias de vida. Após a finalização do período de exposição, os animais foram eutanasiados para coleta da medula espinhal para mensuração dos níveis de Pb através de espectrometria de absorção atômica e análises da bioquímica oxidativa de parâmetros pró-oxidantes, como níveis de malondialdeído, para caracterização da peroxidação lipídica (LPO), níveis de nitritos (metabólito do óxido nítrico) e a atividade antioxidante contra radicais peroxil (ACAP). Outros animais foram perfundidos e suas medulas espinhais destinadas ao processamento histológico para análises morfológicas através de morfometria das regiões de substância branca e cinzenta, com coloração em hematoxilina e eosina e subsequente mensuração da densidade de motoneurônios, bem como, imunohistoquímica para quantificação de neurônios maduros e reatividade da proteína básica de mielina na bainha de mielina. Os dados obtidos foram submetidos ao teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov, em seguida aplicados ao Teste-t de Student e teste Mann Whitney de acordo com cada análise, com nível de significância p<0,05 para todos. Nossos resultados demonstram aumento significativo dos níveis de Pb na medula espinhal de ratos expostos quando comparados aos animais controle, com redução da atividade Antioxidante contra Radicais Peroxil, entretanto sem alterações em parâmetros pró-oxidantes. Além disso, houve a diminuição no número de neurônios motores na região do corno anterior (cervical, torácico e lombar), bem como a redução da densidade neurônio maduros e diminuição da imunomarcação para bainha de mielina nos segmentos torácico e lombar. Concluímos que o a exposição ao acetato de Pb a longo prazo promoveu a diminuição de neurônios totais no corno anterior, bem como a redução da bainha de mielina na substancia branca, com redução da capacidade antioxidante. Nossos resultados sugerem que o dano tecidual promovido pela exposição ao acetato de chumbo pode ser decorrente de outros mecanismos que não apenas o estresse oxidativo.

  • MELQUIZEDEC LUIZ SILVA PINHEIRO
  • CITOGENÉTICA EVOLUTIVA EM TRÊS ESPÉCIES DE AVES SUBOCINES DA ORDEM CHARADRIIFORMES

  • Data: 12/04/2019
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  • Os Charadriiformes representam uma das maiores ordens de Aves, com 19 famílias e em torno de 370 espécies. Esta ordem está dividida em 3 grandes subordens monofiléticas: Charadrii, Scolapaci e Lari. Apenas três trabalhos utilizando citogenética molecular foram realizados na Ordem Charadriiformes até o momento, indicando a necessidade de muitos estudos a fim de entender a evolução cariotípica destas famílias. Dados da literatura demonstram que, utilizando sondas de GGA, foi identificada uma fusão de GGA 7 e GGA 8 em Vanellus chilensis, aparentemente uma característica comum na subordem Charadrii. Nesta dissertação foram analisas Charadrius collaris (CCO), Vanellus chilensis (VCH) e Actitis macularius (AMA), pertencentes à família Charadriidae e Scolopacidae, por citogenética clássica e molecular com utilização de sondas de cromossomo total de Burhinus oedicnemus (BOE) a fim de detectar possíveis rearranjos cromossômicos. A Zoo-FISH mostrou um alto grau de conservação nos sete primeiros pares de CCO e VCH. Pode-se afirmar que algumas inversões pericêntricas tenham ocorrido em CCO3, CCO6 e CCO8 e muitas sondas de autossomos hibridizaram no braço longo do cromossomo W de CCO devido a sequencias repetitivas. O estudo sugere que a fusão de dois pares pequenos em CCO e VCH para formar um par metacêntrico de BOE (BOE 8), pode ser uma característica comum a espécies com um número diploide baixo na subordem Charadrii e Lari, e, portanto, um caráter derivado. Também foi analisada pela primeira vez uma Ave da família Scolapacidade por citogenética clássica e molecular (Zoo-FISH). O cariótipo de Actitis macularius (AMA) apresenta 2n alto (92), comum aos Scolapacidae e maior que o cariótipo de PAK, sugerindo haver rearranjos específicos do tipo fissão para a Subordem Scolapacii, levando a macrocromossomos de tamanho médio a pequeno. A Zoo-FISH utilizando sondas BOE detectou em AMA fissões em todos os 14 pares, assim como no restante de microcromossomos. Foram observadas inversões para os pares AMA1-4 e AMA 11-14. Ao contrário do que se observou no cromossomo W de outras espécies analisadas da família, de morfologia metacêntrica e submetacêntrica, em Actitis macularius este cromossomo é acrocêntrico, sugerindo que tenha ocorrido eventos de inversão para essa ave.

  • JESSICA COSTA TEIXEIRA
  • AVALIAÇÃO DA RECUPERAÇÃO FUNCIONAL APÓS DEGRADAÇÃO DA CICATRIZ GLIAL EM MODELO DE ISQUEMIA FOCAL DO TRATO CORTICOESPINHAL

  • Data: 01/04/2019
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  • Chamamos de lesão da medula espinhal (LME) toda injúria às estruturas contidas dentro do canal central coluna vertebral (medula espinhal, cone medular e cauda equina) e pode provocar alterações motoras, sensoriais e autonômicas. Estas alterações manifestam-se principalmente como paralisia ou paresia dos membros, alteração de tônus muscular, alteração dos reflexos superficiais e profundos, alteração ou perda das diferentes sensibilidades somatossensorial (tátil, dolorosa, de pressão, vibratória e proprioceptiva), perda de controle esfincteriano, disfunção sexual e alterações autonômicas como vasoplegia, alteração de sudorese, controle de temperatura corporal entre outras. Entretanto, apesar da importância clínica e socioeconômica, a lesão de medula espinhal ainda carece de estratégias terapêuticas que sejam eficientes em promover melhoras nas funções perdias após lesão. Algumas terapias experimentais vêm sendo testadas, como terapia com células-tronco, terapia de reabilitação física e inibição de matriz extracelular. Entretanto, poucos estudos associaram estas diferentes estratégias terapêuticas. O objetivo do presente projeto é investigar os efeitos regenerativos e funcionais do tratamento de degradação local dos proteoglicanos sulfato de condroitina da cicatriz glial após lesão da medula espinhal utilizando um modelo experimental desenvolvido pela equipe do Laboratório de Neuroplasticidade que provoca isquemia focal na substância branca dorsal, especificamente no trato corticoespinhal que permite descrever qualitativa e quantitativamente o padrão de resposta inflamatória celular, em diferentes janelas temporais, e investigar os efeitos regenerativos e funcionais da remoção de moléculas inibitórias da cicatriz glial formada na área de lesão e, com isso, correlacionar os achados histopatológicos com o desempenho funcional do membro afetado pela LME em testes sensoriomotores.

  • RAFAEL OLIVEIRA DA SILVA
  • O TEMPO DE CATIVEIRO E O ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL
    AFETAM A NEUROGÊNESE HIPOCAMPAL DE
    BROW-HEADED COWBIRDS (Molothrus ater) FÊMEAS

  • Data: 30/03/2019
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  • Pássaros parasitas de ninho (Brown-headed cowbirds - Molothrus ater) nos
    fornecem um bom modelo de investigação das habilidades cognitivas, pois são
    aves parasitas obrigatórios, em que somente fêmeas procuram por ninhos
    ideais e por isso apresentam volume hipocampal maior que machos, bem
    como, maiores taxas de neurogênese hipocampal. Também é descrito que o
    cativeiro diminui as taxas de neurogênese e volume hipocampal. Para a
    verificação das taxas de neurogênese vários estudos utilizam marcadores
    endógenos e um deles é a duplacortina, um marcador de neurônios novos.
    Assim, nós testamos a hipótese de como as condições ambientais (enriquecida
    e padrão) e tempo de cativeiro (20 dias e 24 meses) afetam a neurogênese
    hipocampal de Molothrus ater. Nós quantificamos por método estereológico, o
    número e o volume do soma de neurônios hipocampais imunomarcados por
    duplacortina (DCX) de 21 aves Cowbirds fêmeas. Também verificamos o
    volume hipocampal e telencefálico de secções imunomarcadas por Neu-N e
    avaliamos o recrutamento neuronal do hipocampo rostro-caudal. Nossos
    resultados revelaram que o enriquecimento ambiental aumentou a
    neurogênese no V hipocampal e região triangular de aves cativas por um curto
    tempo de cativeiro (20 dias) e que a taxa de recrutamento neuronal se dá na
    porção caudal do hipocampo. O volume telencefálico diminuiu nas aves que
    foram mantidas por um longo tempo de cativeiro, sendo que o volume
    hipocampal não sofreu alterações e o volume somático foi afetado pelo longo
    tempo de cativeiro. Nossos resultados sugerem que o tempo de cativeiro
    influencia a neurogênese hipocampal e que há ativação de diferentes subregiões
    do hipocampo, principalmente a porção caudal.
     



  • SILVIA CAROLINNE PEREIRA RIBEIRO
  • TENDÊNCIAS EPIDEMIOLÓGICAS EM PARTOS PREMATUROS MODERADOS A TARDIOS NA REGIÃO NORTE DO BRASIL

  • Data: 29/03/2019
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  • O nascimento prematuro caracteriza-se como aquele que ocorre antes das 37 semanas de gestação ou menos de 259 dias desde o primeiro dia da última menstruação. O Brasil está entre os 10 países com a maior taxa de nascimentos prematuros, em que aproximadamente 10% dos bebês nascem antes do tempo. A região norte do país, por sua vez, tem uma das maiores taxas de nascimentos prematuros do país. A prematuridade é um problema de saúde pública que pode acarretar problemas em todos os sistemas, bem como transtorno sensoriais e cognitivos. O objetivo deste trabalho foi analisar as tendências epidemiológicas em partos prematuros moderados a tardios na Região Norte do Brasil. Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais de nascimentos registrados no Sistema de Informação de Nascimento Vivo (SINASC) para residentes da Região Norte do Brasil entre 2011 e 2016. Um total de 3.549.525 de nascimentos foi analisado, dos quais 433.907 (12,22%) foram prematuros, sendo utilizado o modelo de regressão polinomial para análise de tendências de nascimentos prematuros: <37 (y = -9.6 + 36.19x – 21.43x² + 6.01x³ - 0.81x4 +0.04x5); 32 a <37 (y = -9.5 + 34.18x – 20.81x² + 6.01x³ - 0.83x4 +0.04x5). A análise de tendências revelou aumento de 36,19% de nascimentos prematuros ao ano (r² = 1, p = <0,05) e a prematuridade moderada a tardia, de 32 a <37 semanas, cresceu 34,18% (r² = 1; p <0,05). Observou-se que houve crescimento da tendência da prematuridade na região norte do Brasil, principalmente da prematuridade moderada a tardia (de 32 a <37 semanas), fazendo-se necessária maior atenção para a prevenção dos mesmos, tendo em vista que a prematuridade é a maior causa de mortalidade no primeiro mês de vida e acrescentam custos consideráveis aos cofres públicos.

  • ANGELITA SILVA DE MIRANDA CORREA
  • O IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DO TESTE NAT-HBV NA FUNDAÇÃO CENTRO DE HEMOTERAPIA E HEMATOLOGIA DO ESTADO DO PARÁ (HEMOPA), REGIÃO NORTE DO BRASIL

  • Data: 21/03/2019
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  • O teste de ácidos nucléicos (NAT) para detecção de vírus durante a triagem de sangue ajudou a prevenir infecções transmitidas por transfusão em todo o mundo. No norte do Brasil, o NAT foi implementado em 2012 para os vírus HIV e HCV e, em janeiro de 2015, a triagem para HBV foi incluída e atualmente usada concomitantemente com testes sorológicos (HBsAg e anti-HBc). Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência e a incidência de infecção pelo HBV entre doadores voluntários de sangue em dez hemocentros regionais da Fundação HEMOPA no estado do Pará e comparar o risco residual da infecção pelo HBV transmitida por transfusão antes e após a implementação do HBV-NAT no Brasil. A prevalência restrita a doadores de primeira vez (FT) e a incidência restrita a doadores de repetição (RP) do HBV foram calculadas com base nas taxas de amostras positivas confirmadas. O risco residual foi baseado na incidência e no modelo WP descritos por Schreiber e coautores. A regressão logística e de Poisson foram utilizadas na análise estatística pelo SPSS v20.0. Um valor de p <0,05 foi considerado estatisticamente significativo. A prevalência do HBV nos períodos antes e após a implantação do HBV-NAT foi de 247 e 251 por 100.000 doações, respectivamente. As taxas de soroconversão foram 114 e 122 por 100.000 doações nos dois períodos, respectivamente. O risco residual (RR) para HBV diminuiu significativamente no período posterior à implementação do HBV-NAT, com redução de 1: 144,92 para 1: 294,11 doações (p <0,001), aumentando significativamente a segurança transfusional na Fundação HEMOPA, na região Norte do Brasil.

  • BERTHA RUTH ZELADA MARILUZ
  • A BASE MOLECULAR DAS ADAPTAÇÕES VISUAIS NOS GENES DAS OPSINAS DE ANABLEPS ANABLEPS E PHREATOBIUS CISTERNARUM ATRAVÉS DA ANÁLISE DE TRANSCRIPTOMA

  • Data: 14/03/2019
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  • Embora os olhos de vertebrados compartilhem a mesma organização geral, muitas espécies desenvolveram especializações que melhoram sua percepção visual do ambiente. Essas especializações são frequentemente refletidas em uma variedade de adaptações visuais que envolvem mudanças na sensibilidade visual, que por sua vez podem ser moduladas pela variação no número de fotorreceptores, pela alteração dos pigmentos visuais ou pela combinação de ambos os mecanismos. No caso das mudanças adaptativas nos pigmentos, estes podem ocorrer devido a diferenças estruturais, no padrão de expressão e no tamanho do repertório dos genes da família das opsinas. No entanto, muito pouco se sabe sobre mudanças adaptativas em pigmentos para ambientes aquáticos com luminosidade diferente. Esta investigação tem por finalidade avaliar a base molecular das adaptações visuais nos genes das opsinas de Anableps anableps e Phreatobius cisternarum, espécies de ambientes de luminosidade diferentes, a primeira de um ambiente de superfície e a segunda de um habitat subterrâneo, através da análise de transcriptoma. Esta investigação compreende dois capítulos. O primeiro capítulo aborda o estudo da espécie Anableps anableps. Combinamos as análises de RNA-Seq e hibridização in situ do tecido do olho desta espécie para entender as adaptações visuais ao ambiente aéreo-aquático. O RNA-Seq do olho exibiu um repertório de 20 genes de opsinas não visuais, o que reflete a heterogeneidade ambiental na qual a espécie vive. Assim mesmo, as análises comparativas nas sequências codificantes da proteína das opsinas permitiram a identificação de seis opsinas apresentando os típicos motivos de aminoácidos do tipo C e nove do Grupo 4, conservadas entre si. Estudos por hibridização in situ na retina mostraram expressão assimétrica destas opsinas não visuais nos diferentes estágios, assim como durante o desenvolvimento ocular da espécie. O segundo capítulo apresenta o estudo da espécie Phreatobius cisternarum. Combinamos análises histológicas, moleculares e de RNA-Seq para entender as adaptações visuais e sensoriais ao ambiente de lençol freático de P. cisternarum. O RNA-Seq da cabeça de P. cisternarum revelou repertório de onze genes de opsinas, 3 opsinas visuais e 8 opsinas não visuais. Duas opsinas visuais, rh1 e lws, apresentaram substituições de aminoácidos que potencialmente contribuíram para o deslocamento vermelho e azul, respectivamente. Nossa análise histológica mostrou a presença de retina rudimentar e a análise de RNA-Seq identificou a expressão de 38 genes de cristalino e 51 genes relacionados ao epitélio pigmentado da retina (RPE), indicando que os olhos reduzidos de P. cisternarum retiveram algumas estruturas do cristalino. A expressão extraretiniana de opn4m3 está possivelmente associada à regulação do relógio periférico. Além disso, a presença de potenciais pseudogenes de opsinas seria regulada por uma pequena retina exposta a um ambiente de baixa luminosidade. Os capítulos introduzem e fornecem uma visão geral da investigação de substituições de aminoácidos de opsinas, alterações nos padrões de expressão e no tamanho do repertório de opsinas (duplicação e pseudogeneização), e como eles poderiam contribuir na mudança da sensibilidade espectral e finalmente na adaptação visual das espécies A. anableps e P. cisternarum a seu ambiente peculiar. O presente estudo fornece a primeira evidência para o entendimento da base molecular adaptativa nos genes das opsinas a ambientes subterrâneos e aéreo-aquático, nas espécies P. cisternarum e A. anableps.

  • JERSEY HEITOR DA SILVA MAUES
  • PERFIL DE EXPRESSÃO DIFERENCIAL DE MicroRNAs DURANTE O ARMAZENAMENTO PROLONGADO DE CONCENTRADOS DE PLAQUETAS COMO FERRAMENTA DE MEDIÇÃO DE QUALIDADE EM BANCOS DE SANGUE

  • Data: 28/02/2019
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  • O concentrado de plaquetas (CP) é um componente essencial do sangue que, mesmo em boas condições ideais de armazenamento, é suscetível a danos celulares ao longo do tempo. Assim, os bancos de sangue descartam bolsas de CP não utilizadas após cinco dias de armazenamento. Os biomarcadores da qualidade do CP são, portanto, muito procurados na governança do banco de sangue. Nesse trabalho foram usados os dados (Gene Expression Omnibus: GSE61856) gerados com NGS – Next Generation Sequencing (Sequenciamento de Próxima Geração) para examinar os perfis de expressão de microRNAs (miRNAs) de CPs que foram armazenados por seis dias em um banco de sangue, ou seja, um dia a mais do que é normalmente armazenado o CP. Foram identificados 14 miRNAs diferencialmente expressos, comparando um CP controle do primeiro dia de armazenamento com os CPs alvos de cada um dos cinco dias subsequentes de armazenamento (do primeiro ao sexto dia). Ao todo, foram identificados nove miRNAs com o perfil downregulated ou diminuição de expressão (miR-145-5p, miR-150-5p, miR-183-5p, miR-26a-5p, miR-331-3p, miR-338-5p, miR-451a, miR-501-3p e miR-99b-5p) e cinco miRNAs com o perfil upregulated ou aumento de expressão (miR-1304-3p, miR-411-5p, miR-432-5p, miR-668-3p e miR-939-5p). Esses miRNAs foram validados por PCR quantitativo em tempo real em 100 unidades de CPs. Como cada unidade de CP é composta por plaquetas de cinco indivíduos, a validação foi realizada em 500 indivíduos (250 homens e 250 mulheres, com idade entre 18 e 40 anos). Os dados foram analisados com agrupamento hierárquico e Análise de Componentes Principais (PCA), que revelaram como variação da média da expressão relativa refletiu a instabilidade da meia-vida dos miRNAs no quarto dia de armazenamento dos CPs, coincidido com o tempo de aparecimento das lesões de armazenamento plaquetário. Essas novas observações podem informar de maneira útil a futura tomada de decisões na governança dos bancos de sangue sobre a qualidade dos CPs.

  • MIGUEL ÁNGEL CÁCERES DURÁN
  • AVALIAÇÃO DE POLIMORFISMOS DOS GENES TIMIDILATO SINTASE, METILENO-TETRAHIDROFOLATO REDUTASE E METIONINA SINTASE EM TUMORES DA MAMA

  • Data: 22/02/2019
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  • O câncer de mama (CM) é tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma. Polimorfismos genéticos em genes da via do folato têm sido associados como fatores na etiologia desta doença. Timidilato sintase (TYMS) codifica a timidilato sintase, responsável pela conversão de desoxiuridina monofosfato (dUMP) em desoxitimidina monofosfato (dTMP). TYMS tem uma repetição em tandem polimórfica na região 5’-UTR (TSER) que contém, geralmente, uma tripla (3R) ou dupla (2R) repetição de uma sequência de 28 pb. Acredita-se que as variantes do TSER sejam funcionalmente relevantes e estejam hipoteticamente associadas ao risco de CM. Outro polimorfismo em TYMS é 1494del6, uma variação de uma sequência de 6 pb (TTAAAG) na posição 1494 da região 3'-UTR. Estas variantes alélicas estão intimamente relacionadas com o nível de expressão da enzima. Metilenotetrahidrofolato redutase codifica a 5,10-metileno-tetrahidrofolato redutase que regula o equilíbrio entre a metilação celular e a síntese de ácidos nucléicos, fornecendo grupos metil para a conversão de homocisteína em metionina. Entre os polimorfismos de MTHFR estão os SNPs C677T e A1298C que geram uma atividade enzimática reduzida que afeta a síntese dos ácidos nucleicos e a disponibilidade de grupos metil para processos bioquímicos, que podem aumentar o risco de CM. Metionina sintase codifica a metionina sintase, que catalisa a remetilação de homocisteína a metionina, um aminoácido precursor essencial da S-adenosilmetionina, que é um doador de metilo universal envolvido em reações de metilação, incluindo a metilação de DNA. O papel desse polimorfismo no risco de câncer ainda é controverso. O objetivo deste estudo foi determinar se os polimorfismos dos genes TYMS, MTHFR e MTR aumentam o risco de desenvolver CM. Para isso, foram utilizadas 61 amostras de pacientes e 35 de controles para as quais foi realizada a extração e purificação do DNA, a amplificação por PCR dos fragmentos contendo os polimorfismos e sua posterior análise diretamente através da visualização em gel, por PCR-RFLP e/ou por sequenciamento automático. Realizou-se uma análise de significância estatística para avaliar as associações de todos os polimorfismos estudados com o risco de desenvolver CM e as características clínicas das pacientes. Verificou-se que o alelo 3R de TSER e os alelos T e C de C677T e A1298C poderiam estar associados ao CM, mas sem significância estatística, e que os polimorfismos TSER e 1494del6 do TYMS poderiam estar relacionados ao risco de desenvolver tumores de mama mais agressivos, embora a associação não seja estatisticamente significante.

  • KELLY CORREA LIMA
  • EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIOS E NEUROPROTETORES DO EXTRATO DE CIPÓ-PUCÁ (Cissus verticillata) APÓS LESÃO AGUDA DA MEDULA ESPINHAL DE RATOS ADULTOS

  • Data: 15/02/2019
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  • A lesão aguda da medula espinhal (LAME) é uma grave condição patológica que acomete vários indivíduos em diversas regiões do mundo e que pode causar sequelas físicas e/ou psicológicas. O tratamento disponível é ineficaz, o que demanda o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas. O desenvolvimento de agentes neuroprotetores é de fundamental importância para a preservação tecidual após LAME. Na Amazônia, há uma diversidade de plantas medicinais cujos potenciais efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores não foram investigados. Embora o cipó-pucá (Cissus verticillata) seja popularmente empregado para o tratamento de sequelas de acidente vascular encefálico, seus efeitos foram pouco investigados. Neste estudo, investigou-se os efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores do extrato supercrítico de cipó-pucá em um modelo experimental de LAME em ratos adultos. O extrato de folhas de cipó-pucá foi obtido através de extração com fluido supercrítico. Os animais foram submetidos a cirurgia de secção da medula espinhal (ME) a nível torácico (T8), tratados com o extrato de cipó-pucá (50 mg/Kg) logo após a lesão, perfundidos 24 horas pós-lesão e a medula espinhal removida e preservada em soluções com concentrações crescentes de sacarose. A análise histopatológica para visualização do padrão de lesão foi feita por coloração de hematoxilina-eosina (HE). A análise imunohistoquímica para visualização de neurônios, microglia, astrócitos e neutrófilos foi realizada utilizando anticorpos contra NeuN, CD68, caspase-3 e MBS-1, respectivamente. A análise quantitativa demostrou preservação neuronal, redução do número de células apoptóticas, microglia ativada e infiltrado inflamatório (neutrófilos) nos animais tratados quando comparados ao grupo controle sugerindo um efeito neuroprotetor e anti-inflamatório do extrato supercrítico de cipó-pucá em modelo de LAME.

  • PAULO RODRIGO OLIVEIRA DA SILVA
  • EFEITOS NEUROPROTETORES E ANTI-INFLAMATÓRIOS DO ÓLEO DE COPAÍBA (Copaifera reticulata DUCKE) EM RATOS ADULTOS SUBMETIDOS A ISQUEMIA FOCAL DO CÓRTEX MOTOR POR MICROINJEÇÕES DE ENDOTELINA-1

  • Data: 15/02/2019
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  • O acidente vascular encefálico (AVE) é uma desordem neural causada pela interrupção do fluxo sanguíneo nos vasos que irrigam o encéfalo (AVE isquêmico) ou rompimento destes (AVE hemorrágico), causando déficits cognitivos, sensoriais e/ou motores. Com exceção do uso trombolíticos, o qual possui uma janela terapêutica muito estreita e é pouco utilizado, inexistem outros tratamentos farmacológicos ou terapia celular disponíveis para esta condição patológica. Desse modo, é necessária a busca por novos tratamentos, tais como o desenvolvimento de agentes neuroprotetores. A Amazônia é uma rica fonte de produtos naturais, mas as suas ações terapêuticas para doenças do sistema nervoso central (SNC) foram pouco investigadas. Neste trabalho, investigou-se as ações neuroprotetoras e anti-inflamatórias do óleo-resina de copaíba (ORC). Ratos Wistar adultos foram submetidos à isquemia focal por microinjeções (80pMol/μl) de endotelina-1 (ET-1) diretamente no córtex motor e foram tratados com doses diárias de ORC (400mg/kg) ou tween a 5%. Os animais foram perfundidos 7 dias após a lesão. A análise histopatológica foi realizada pela coloração com violeta de Cresila (cérebro) e com hematoxilina-eosina (fígado e rins). Realizou-se imunoistoquímica para a marcação de neurônios (anti-NeuN), astrócitos (anti-S100) e caspase (anti-caspase-3). A morfometria demonstrou redução no tamanho da área de lesão quando comparou-se animais tratados (15,96 ± 1,53 mm2) e controle (28,82 ± 2,65 mm2). O exame histopatológico do fígado e rins não encontrou alterações indicativas de toxicidade. Na análise quantitativa observou-se preservação neuronal, porém, não observou-se diferença estatística entre os grupos referente a análise de astrócitos (células S100+). O grupo tratado com ORC apresentou um aumento na expressão de caspase-3. Conclui-se que o ORC pode ter um papel neuroprotetor ao contribuir com a sobrevivência neuronal na área de penumbra isquêmica, porém, trabalhos futuros são necessários a fim de descobrir por qual(is) via(s) o ORC está agindo para promover a sobrevivência neuronal.

  • FABÍOLA DE CARVALHO CHAVES DE SIQUEIRA MENDES
  • INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE MASTIGATÓRIA E DO AMBIENTE SOBRE O APRENDIZADO ESPACIAL E A ORFOMETRIA DOS ASTRÓCITOS DO GIRO DENTEADO EM MODELO MURINO SENIL

  • Data: 13/02/2019
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  • Para medir possíveis influências da mastigação e do estilo de vida sedentário sobre o aprendizado espacial e sobre a morfologia dos astrócitos do giro denteado em modelo murino senil, impusemos um de três regimes de dieta aos diferentes grupos experimentais, desde o 21º dia pós-natal até 6 ou 18 meses de vida. O grupo controle com atividade mastigatória normal recebeu dieta sólida tipo pellet, o grupo com atividade mastigatória reduzida recebeu dieta em pellet seguida por dieta em pó (farelada); e o grupo com atividade mastigatória reabilitada recebeu dieta peletizada seguida de pó e novamente peletizada. Os intervalos de tempo foram iguais em cada dieta. Para mimetizar o estilo de vida sedentário ou ativo, os animais foram mantidos até o final dos testes comportamentais, respectivamente, em gaiolas-padrão (ambiente empobrecido) ou em gaiolas enriquecidas (ambiente enriquecido) e então, sacrificados para perfusão com salina e fixadores aldeídicos. Para medir os efeitos da dieta, do ambiente e da idade sobre a aprendizagem e a memória espacial, medimos o desempenho dos animais no labirinto aquático de Morris e encontramos que a redução da atividade mastigatória, independente do ambiente, diminuiu a taxa média de aprendizado espacial, e sua reabilitação recuperou as perdas associadas em animais jovens. A reabilitação mastigatória combinada ao ambiente enriquecido aumentou a taxa de aprendizado nos animais velhos. Não se encontrou correlação entre taxa de aprendizado e velocidade de nado dos camundongos, sugerindo que os déficits e sua recuperação refletem desempenho cognitivo. Para os estudos morfológicos, empregamos imunomarcação seletiva de astrócitos dirigida para a proteína fibrilar ácida glial (GFAP), reconstruindo em três dimensões aqueles situados no terço externo da camada molecular do giro denteado. Foram reconstruídas digitalmente 1800 células e o estudo morfológico, empregando a análise hierárquica de cluster, revelou dois fenótipos morfológicos designados tipo I e II, que foram afetados diferencialmente pelas variáveis estudadas e podem estar desempenhando funções distintas. O envelhecimento reduziu o nível de complexidade das árvores astrocitárias, enquanto que a alteração mastigatória reduziu-a somente nos animais jovens, aumentando a complexidade dos ramos nos animais velhos. Já o ambiente enriquecido, parece minimizar essas alterações morfológicas induzidas pelo envelhecimento e alteração mastigatória. Concluimos, assim, que a redução da atividade mastigatória e o envelhecimento em camundongos prejudicam a aprendizagem espacial desses animais no labirinto aquático de Morris, com redução na complexidade dos ramos astrocitários. Já a reabilitação da atividade mastigatória parece recuperar essas perdas e uma combinação de ambiente enriquecido e reabilitação oferece benefícios significativos tanto para camundongos jovens quanto velhos, com mudanças morfológicas compatíveis com os achados comportamentais.

  • TEREZINHA MEDEIROS GONÇALVES DE LOUREIRO
  • MASCARAMENTO POR RUÍDO DE LUMINÂNCIA SOBRE A DISCRIMINAÇÃO DE COR E LUMINÂNCIA

  • Data: 08/02/2019
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  • Vários experimentos psicofísicos foram desenvolvidos usando estímulos pseudoisocromáticos para avaliar a visão de cores. Foi observado que a percepção de cores depende das características do ruído de luminância presente no estímulo. Nesta tese foram desenvolvidos dois conjuntos de experimentos que estudam como os efeitos do ruído espacial de luminância influenciam na percepção visual. No primeiro experimento foi investigado o efeito da mudança na amplitude do ruído de luminância na discriminação de cores. Dezoito tricromatas e dez discromatópsicos congênitos tiveram sua visão de cores avaliada por estímulos adaptados do Cambridge Colour Test e foram testados geneticamente para diagnosticar mutações associadas à deficiência congênita da visão de cores. Os estímulos foram compostos por mosaicos de círculos em um campo circular de 5° de ângulo visual. Um subconjunto dos círculos diferiu do campo remanescente pela cromaticidade. A discriminação de cores foi estimada em 4 condições de estímulo que diferiram na amplitude do ruído de luminância: (i) entre 6-20 cd/m²; (ii) entre 8 e 18 cd/m²; (iii) entre 10 e 16 cd/m²; e (iv) entre 12 e 14 cd/m². Foram utilizados seis valores de luminância equidistantes entre os limites de ruído de luminância com a luminância média do estímulo mantida em todas as quatro condições. Os limiares de discriminação de cor foram estimados através de um procedimento de escada em 8 diferentes eixos cromáticos. Uma função de elipse foi ajustada aos dados de cromaticidades limares. Os indicadores da discriminação de cores foi a área da elipse e os valores dos oito limiares de discriminação de cor. A taxa de variação desses indicadores em função dos valores de amplitude do ruído de luminância foi calculada como o valor da derivada da função linear que melhor se ajustava à função. No segundo experimento, um subconjunto dos círculos diferiu do campo remanescente pela diferença de ruído de luminância, formando a percepção de uma letra C. Neste experimento buscou-se avaliar a discriminação de luminância em condições de ruído de luminância de diferentes níveis (nível de 2, 4, 6, 10 e 14). Foram testados 30 sujeitos saudáveis. Um procedimento de escada foi usado para controlar a luminância média do ruído de luminância do alvo. Os limares de discriminação de luminância entre as luminâncias médias do alvo e do fundo foram os indicadores funcionais visuais. Os resultados do primeiro experimento mostraram que a taxa de variação da área de elipse em função da amplitude de luminância em dicromatas foi maior que em tricromatas (p <0,05). Foi observado que a baixa amplitude do ruído de luminância (condição de 2 cd/m²), melhora a discriminação de cores dos sujeitos tricromatas e dicromatas. Em relação aos eixos cromáticos, foi observado que houve diferença significativa entre as taxas de variação do tamanho do vetor limiar em função da amplitude do ruído de luminância de tricromatas e dicromatas nos eixos 0º, 45º, 90º e 135º. Os resultados do segundo experimento mostraram que nos menores níveis de luminância, o ruído prejudica significativamente a discriminação luminância (p < 0,05) comparado com as condições de maiores níveis de ruídos de luminância. Foi observado também que quanto maior o contraste de luminância presente dentro do ruído pior a discriminação de luminância. Conclui-se que a modificação do ruído de luminância pode levar a modificações significativas da discriminação de luminância quanto a discriminação de cor.

  • CRISTIAN ARIEL NEIRA ESPEJO
  • EFECTOS DE LA OBESIDAD Y DE LA CIRUGÍA BARIÁTRICA SOBRE PATRONES COGNITIVOS Y PERCEPTUALES DE LOS HUMANOS

  • Data: 28/01/2019
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  • A obesidade é definida como uma acumulação anormal ou excessiva de gordura que pode ser prejudicial para a saúde e tem sido considerada uma epidemia, é uma doença com alta prevalência na maioria dos países. Atualmente, existe a ideia de que as deficiências nas funções cognitivas, associadas ao lobo frontal, contribuem para a manutenção da obesidade, no entanto, existem investigações que contradizem este postulado. Por outro lado, temos que os padrões de percepção visual, medidos com o teste de Rorschach, têm sido relacionados ao ganho de peso e à obesidade, no entanto, os resultados que determinaram essa relação não são conclusivos. Desta forma, o objetivo principal deste estudo foi determinar se a obesidade em pacientes com e sem cirurgia bariátrica geram diferenças nos padrões de percepção visual e no funcionamento cognitivo. Além disso, procuramos relacionar as funções neuropsicológicas do córtex occito-temporo-parietal, que participam da percepção de estímulos visuais, com as funções neuropsicológicas do córtex pré-frontal. Na pesquisa participaram 48 indivíduos divididos em três grupos (diagnosticado com obesidade, cirurgia bariátrica e um grupo controle), os quais foram avaliados com o teste de percepção visual Rorscahch e os testes neuropsicológicos Stroop e MCST. Os resultados mostraram valores semelhantes para os três grupos nas medidas feitas com os testes neuropsicológicos e com o teste de percepção visual. Além disso, três indicadores do teste de percepção visual foram correlacionados com indicadores de atenção sustentada, controle inibitório e flexibilidade cognitiva. Conclui-se que indivíduos obesos ou bariátricos não apresentam diferenças no funcionamento cognitivo ou nos padrões de percepção visual, existem indicadores do teste de Rorschach que apresentam potencial para serem considerados indicadores neuropsicológicos.

2018
Descrição
  • IVANIRA AMARAL DIAS
  • PLASTICIDADE DE MODALIDADE CRUZADA EM CÓRTICES SENSORIAIS ADULTO

  • Data: 21/12/2018
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  • A circuitaria neural do Sistema Nervoso Central (SNC) é altamente dinâmica e pode ser modificada continuamente pela experiência sensorial, num processo que chamamos de neuroplasticidade, que confere ao SNC a capacidade de adaptação às mudanças na periferia sensorial e/ou em resposta à estímulos ambientais. Essa capacidade do SNC permanece por toda a vida, embora seja mais intensa durante etapas precoces do desenvolvimento, principalmente durante o período crítico de plasticidade. O objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos da privação sensorial bilateral na neuroplasticidade de modalidade cruzada nos córtices sensoriais após período crítico de plasticidade. Animais adultos (Rattus novergicus) foram divididos em três grupos experimentais (CEUA/UFPA: 141-13). O grupo controle (CTL), o grupo privado (DEP) o qual os animais foram submetidos a privação visual por enucleação bilateral e o grupo duplo privado (DDEP) o qual os animais foram submetidos a privação visual por enucleação bilateral e somestésica por vibrissectomia bilateral. Após 60 dias de privação sensorial, os ratos foram perfundidos e os encéfalos eram microcortados no plano coronal e posteriormente processados para imunohistoquímica para marcação de genes imediatos c-Fos. Os resultados mostraram que a privação sensorial visual bilateral reduziu o numero total de neurônios c-Fos+ no córtex visual (**p< 0,0056), aumentou no córtex auditivo (**p< 0,0099) e no córtex somestésico não apresentou diferenças significativas. A privação visual bilateral associada com a vibrissectomia reduziu o número de neurônios c-Fos+ no córtex visual (*p< 0,0268) e não apresentou diferenças significativas nos córtices somestésico e auditivo.

  • DINAIR PAMPLONA DOS SANTOS TEMBRA
  • INVESTIGAÇÃO DOS EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO SOBRE PARÂMETROS COGNITIVOS E BIOQUÍMICOS EM RATOS EXPOSTOS AO ETANOL DE FORMA INTENSA E EPISÓDICA (BINGE DRINKING)

  • Data: 21/12/2018
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  • O padrão de consumo de EtOH pesado e episódico, equivalente ao consumo de fim de semana, caracteriza o padrão de consumo excessivo de álcool e promove um desequilíbrio das funções metabólicas encefálicas, contribuindo para a neurodegeneração e disfunção cerebral. E por ser uma droga legal, tem relevância global em saúde pública e social. Desta forma, objetivamos investigar os efeitos do treinamento físico, em esteira rolante, sobre os efeitos deletérios do EtOH nas funções do hipocampo relacionadas à memória e aprendizagem. Para isso, foram utilizados 80 ratos Wistar, divididos em quatro grupos: Grupo controle, treinado (animais treinados com doses de água destilada); Grupo EtOH (animais não treinados com doses de 3 g / kg / dia de EtOH, 20% p / v); e grupo EtOH + Treinado (animais treinados expostos a EtOH). O exercício físico foi realizado em esteira rolante por 5 dias por semana durante 4 semanas e todas as doses de EtOH foram administradas por gavagem intragástrica em quatro ciclos repetidos de EtOH em binge. Após o período experimental, os animais foram submetidos à tarefa de reconhecimento de objetos e teste do labirinto aquático de Morris, e após eutanasiados, o sangue e o hipocampo foram coletados para medição de níveis da capacidade antioxidante equivalente ao trolox (TEAC), conteúdo de glutationa reduzida (GSH), nitrito e peroxidação lipídica. (LPO). Nossos resultados mostraram que o EtOH causou acentuado estresse oxidativo e dano mnemônico, e o exercício físico promoveu efeitos neuroprotetores, entre eles, a modulação da bioquímica oxidativa no plasma (pela restauração dos níveis de GSH) e no hipocampo (reduzindo os níveis de LPO e aumentando os parâmetros antioxidantes) e melhoria da função cognitiva. Portanto, o exercício físico pode ser uma ferramenta profilática e terapêutica importante para melhorar e até prevenir os efeitos deletérios do EtOH nas funções cognitivas. 

  • GISELY DA SILVA NASCIMENTO
  • AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO CRÔNICO COM VITAMINA C NO ESTRESSE EM RATOS WISTAR ADOLESCENTES, EM UM MODELO DE DOR INFLAMATÓRIA INDUZIDA POR ÁCIDO ACÉTICO

  • Data: 21/12/2018
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  • O estresse no período da adolescência pode esta ligada a consequências que podem persiste ao longo da vida. As injurias sofridas no cérebro, devido a exposição a fatores ligados ao estresse, contribuem para o desenvolvimento de patologias ligadas ao comportamento e emocionalidade, como a ansiedade e depressão. Essas duas patologias vem tomando proporções cada vez mais assustadoas nos dias de hoje, principalmente entre adolescentes e jovens, devido a plasticidade cerebral nessa fase. Diante disso, este trabalho teve como objetivo avaliar a influencia do tratamento crônico com vitamina C no estresse em animais adolescentes, em um modelo de dor inflamatória induzida por ácido acético. Utilizando o teste de campo aberto, demostrou-se que a vitamina C reduziu de forma significativa o comportamento relacionado ao estado ansioso. Este tratamento também reverteu de forma satisfatória os déficits de memória e aprendizado no labirinto aquático de Morris. Desta forma, pode-se concluir que o tratamento crônico com vitamina C possui efeitos benéficos sobre a emocionalidade e comportamentos de animais adolescentes submetidos a injeções de ácido acético. É , além disso que o modelo de injeção de ácido acético, mostrou ser eficiente na indução de um estado tipo ansioso dos animais.

  • JONABETO VASCONCELOS COSTA
  • EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIOS E NEUROPROTETORES DO EXTRATO DE CIPÓ-PUCÁ (Cissus verticillata) APÓS ISQUEMIA FOCAL INDUZIDA POR MICROINJEÇÕES DE ENDOTELINA-1 (ET-1) NO CÓRTEX MOTOR DE RATOS ADULTOS.

  • Data: 19/12/2018
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  • A resposta inflamatória pode exacerbar o processo lesivo após desordens neurais agudas como no acidente vascular encefálico. Alternativas de se obter uma diminuição na resposta inflamatória no acidente celular encefálico vem sendo amplamente estudada com o uso de compostos fitoterápicos, nesta hipótese o cipó pucá (Cissus verticillata), uma planta medicinal amazônica popularmente utilizada como anti-inflamatório e anti-hipoglicêmico vem sendo utilizada pela medicina popular no tratamento de doenças agudas inflamatórias. Entretanto, não existem investigações sobre os possíveis efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores do extrato da planta em modelos experimentais de desordens neurais agudas. Neste estudo, investigou-se os efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores do extrato da planta por extração supercrítica em ratos adultos submetidos a lesão aguda induzida por endotelina-1 (ET-1) no córtex motor. Dois grupos experimentais foram delineados: O primeiro com animais do grupo controle com um tempo de sobrevida de vinte e quatro horas e de sete dias (Grupo N= 3 para cada tempo de sobrevida), submetidos a isquemia focal com ET-1, porém injetados apenas solução salina e tween 5% via intraperitoneal (i.p), e o segundo grupo de animais tratados com doses de 100 mg/Kg (i.p) de extrato da planta logo após a cirurgia com os mesmos tempos de sobrevida (Grupo N=5 para cada tempo de sobrevida). Em seguida perfundidos vinte quatro horas e sete dias após a indução da lesão isquêmica. A análise histopatológica geral foi realizada em secções coradas pela violeta de cresila e hematoxilina. Neutrófilos e macrófagos foram identificados por imunoistoquímica com anticorpos específicos (anti-MBS1 e IBA-1, respectivamente), astrócitos marcados com anticorpo anti-GFAP. Realizou-se contagem microglia/macrófagos ativados e corpos neuronais nos grupos experimentais mencionados e avaliou-se a atividade de astrócitos após a lesão. O tratamento com o extrato de Cissus verticillata induziu efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores nos animais tratados, bem como a diminuição da cavitação tecidual, ativação de astrócitos no centro da lesão e diminuição de infiltrado de células inflamatórias polimorfonucleares e/ou microglia/macrófago.

  • RAFAEL MONTEIRO FERNANDES
  • AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DECORRENTES DA EXPOSIÇÃO AO CLORETO DE ALUMÍNIO SOBRE PARÂMETROS MOTORES, COGNITIVOS E DE ESTRESSE OXIDATIVO EM RATOS.

  • Data: 18/12/2018
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  • Aluminum (Al) is the third most abundant metal in the earth's crust, being present in large amounts in soil and water, its high bioavailability makes it an important agent for environmental imbalance. Al is considered a neurotoxic agent and accumulates in the nervous system, being associated with several neurodegenerative diseases. Thus, this study investigated the effects of chronic exposure to aluminum chloride (AlCl3) on cognition, motor behavior and oxidative stress. For this, adult Wistar rats were divided into three groups: Al1 (8.3 mg / kg / day), Al2 (5.2 mg / kg / day) and Control (Distilled water) being exposed orally for 60 days. After the exposure period, behavioral, histological, oxidative stress parameters and quantification of aluminum levels in the blood were performed. There were no changes in motor behavior, there was change in only one exploratory parameter and in cognition. No differences were found in the population of Purkinje neurons between the experimental groups. Exposure to Al increased levels of this metal in the blood, also altering the parameters of oxidative biochemistry. Thus, we can affirm that exposure to Al in rats at doses equivalent to urban exposure is capable of promoting breakage of blood homeostasis, altering hippocampal biochemical balance, generating a state of oxidative stress and cognitive damage, but not being able to promote significant changes in the cerebellum and motor parameters.

  • LUANA KETLEN REIS LEÃO DA PENHA
  • EXPOSIÇÃO SUBCRÔNICA DE RATOS WISTAR JOVENS A DOSE BAIXA DE CHUMBO INDUZ DÉFICITS LOCOMOTORES E ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS ASSOCIADOS A ESTRESSE OXIDATIVO E DISFUNÇÃO SINÁPTICA

  • Data: 18/12/2018
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  • O chumbo (Pb) é um metal pesado, que pode ser utillizado na produção de diversos compostos. A principal via de exposição do homem é através do consumo de comida ou água contaminada, sendo que uma vez absorvido, cerca de 99% do chumbo circulante difunde-se para tecidos moles, dentes, ossos e cérebro. No Sistema Nervoso Central (SNC), diversos estudos vêm demonstrando déficits na capacidade de aprendizagem, cognição e desenvolvimento intelectual em humanos expostos ao chumbo durante determinado período da vida. Contudo, encontra-se pouco compreendido os mecanismos de ação envolvidos com a toxicidade do Pb. A partir disso, este estudo buscou avaliar os efeitos exploratórios, motores e teciduais induzidos pela exposição subcrônica de ratos Wistar jovens a 50 mg/Kg de chumbo, associado a possíveis mecanismos de ação. Foram utilizados ratos machos Wistar, expostos durante 55 dias a uma dose de 50mg/Kg de Pb por gavagem, sendo que os animais controles receberam água destilada. Realizou-se os testes de campo aberto, plano inclinado e rota-rod para avaliação locomotora. Foi realizado coloração com hematoxilina e eosina, bem como, imuno-histoquímica para quantificação de neurônios maduros, bainha de mielina e vesículas sinápticas. Para avaliação da expressão de proteínas foi realizado o perfil proteômico. A análise estatística foi realizada pelo teste t de Student, sendo considerado como significativo p <0,05. Após observamos depósito de chumbo apenas no cerebelo, foi possível caracterizar déficits exploratórios e motores nos ratos expostos ao chumbo, sendo que observamos diminuição no número de células de Purkinje, bem como neurônios maduros, diminuição de vesículas sinápticas e diminuição da bainha de mielina. Na avaliação da indução de estresse oxidativo, foi possível avaliar aumento de MDA e nitrito apenas no córtex motor. E na avaliação da expressão de proteínas, ambas as regiões apresentaram alterações em proteínas responsáveis pelo processo de liberação de neurotransmissores, bem como receptores e segundos mensageiros e, ainda, proteínas envolvidas com processo de apoptose. Com isso, concluímos que o a exposição subcrônica a baixa dose de Pb de ratos Wistar jovens promoveu altrações locomotoras e histológicas, associado a indução de estresse oxidativo, alterações no processo de sinalização celular, bem como morte por apoptose.

  • ELDRA CARVALHO DA SILVA
  • AVALIAÇÃO COGNITIVA DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO EXPOSTOS AO MÉTODO DE ENSINO PIRAMIDAL MULTIVETORIAL

  • Data: 15/12/2018
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  • Este estudo se propõe a caracterizar a relação ensino-aprendizagem e sua eficácia relativa ao desempenho cognitivo de alunos de iniciação científica em nível médio expostos à pirâmide de formação acadêmica universitária (graduandos, mestrandos e doutorandos) para vetorização e popularização da ciência em escolas de ensino básico de Oriximiná, Pará. Tratase de um método de educação em ciência e tecnologia para todos os níveis de formação acadêmica, desenvolvido no Programa de Ação Interdisciplinar (PAI), no Campus de Oriximiná-PA, da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). A caracterização do instrumental didático como prática pedagógica e sua contextualização educacional, para além da experiência escolar, são objetos qualitativos deste estudo; como também o quantitativo do desempenho mnêmico temporal e espacial, de curto e longo prazo, atenção e cálculo; a memória de evocação; a linguagem e praxia, como forma de validação da relação ensinoaprendizagem almejada. O Mini-Exame do Estado Mental (MINIMENTAL) e o Teste de Aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey (RAVLT) foram aplicados a alunos de três escolas de ensino médio, participantes ou não do PAI. A pesquisa qualitativa foi desenvolvida para caracterizar as diferentes metodologias de ensino-aprendizagem na escola de nível médio e no grupo de trabalho do PAI. A avaliação do desempenho cognitivo nos permite afirmar que nos itens lembranças, atenção e cálculo, linguagem e praxia, os alunos do grupo PAI se sobressaíram de forma significativa sobre os alunos do grupo controle, destacando que esses itens, segundo a literatura estudada, são os mais influenciados pelo processo educativo. Alunos do grupo PAI obtiveram igual desempenho cognitivo para memória imediata sugerindo mudança na estratégia de aprendizagem nos alunos expostos ao modelo piramidal de formação. Os alunos do grupo PAI, para além da memorização imediata dos conteúdos, são envolvidos em práticas e situações que os levam a questionar esses conteúdos, conhecer de forma mais profunda, buscar soluções para problemas, ler artigos científicos, o que nos faz inferir que esse aluno, portanto, ultrapassa a capacidade de mera memorização da informação, isso pode justificar sua melhor performance cognitiva no teste MEEM e performance não muito satisfatória no teste De Rey. Quando avaliamos o desempenho cognitivo dos alunos PAI em relação à formação da pirâmide acadêmica, podemos afirmar que o melhor desempenho cognitivo dos alunos foi no período em que a pirâmide estava completa, incluindo alunos da graduação na monitoria, o que podemos dizer que esse coletivo surte mais efeito na performance cognitiva dos alunos.

  • BRUNO ALEXANDRE QUADROS GOMES
  • ALTERAÇÕES OXIDATIVAS E INFLAMATÓRIAS INDUZIDAS
    PELA DAPSONA NO SANGUE E NO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL DE
    CAMUNDONGOS: EFEITOS DO ÁCIDO ALFA-LIPÓICO

  • Data: 14/12/2018
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  • A dapsona (DDS), um fármaco utilizado na poliquimioterapiada hanseníase, pode provocar muitas reações adversas e intoxicações, induzindo a geração de espécies reativas de oxigênio (ERO) e desequilíbrio no estado redox, levando a um aumento na formação de metemoglobina (MetHb), hemólise e liberação de heme e ferro livre, o qual pode interferir na homeostase redox em tecidos mais vulneráveis, como o córtex pré frontal (PFC), causando neurotoxicidade e até neuroinflamação. Nesse sentido, compostos antioxidantes com propriedades quelantes, como o ácido α-lipóico (ALA) podem ter papel fundamentalno combate ou prevenção dessas alterações. Assim, este trabalho tem o objetivo de avaliar o efeito da DDS sobre a formação de MetHb, alterações hematológicas e estresse oxidativo periférico, bem como alterações oxidativas e neuroinflamatórias no PFC. Para isso, foi induzida a formação de MetHb em camundongos Swiss com DDS 40mg/kg ip durante 5 dias. Duas horas após a administração de DDS, foi administrado ALA em duas concentrações (12,5 e 25 mg/kg). Além do percentual de MetHb, foram avaliadas a capacidade antioxidante (TEAC), concentração de glutationa reduzida (GSH), superóxido dismutase (SOD), Catalase (CAT) substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e concentrações de ferro, no sangue e no PFC, bem como as concentrações de IL-1β, IL-17 e IL-4 e, expressão de F4/80+, GFAP, e BDNF no PFC. Nossos resultados mostrararm que DDS induz a formação de MetHb nos eritrócitos dos camundongos, no entanto, ALA foi capaz de prevenir ou reverter a oxidação da hemoglobina induzida pela DDS nas duas concentrações utilizadas. DDS reduziu a capacidade antioxidante (TEAC) no plasma e nos eritrócitos; diminuiu as concentrações de GSH, CAT e SOD nos eritrócitos; e aumentou de TBARS e ferro plasmático; no entanto, ALA nas duas concentrações aumentou ou reestabeleceu TEAC no plasma e nos eritrócitos aos níveis basais. Além de aumentar ou reestabelecer os níveis intraeritrocitários de GSH, SOD e CAT; e reduziu os níveis de TBARS e ferro, especialmente nos animais eutanasiados 4h após os tratamentos. O tratamento com DDS 40mg/kg também reduziu TEAC, GSH, CAT e SOD no PFC dos camundongos e aumentou TBARS e ferro, caracterizando estresse oxidativo, especialmente nos animais eutanasiados 24h após os tratamentos. O tratamento com ALA aumentou ou restabeleceu TEAC e GSH, aumentou SOD e CAT na concentração de 12,5mg/kg nos grupos com eutanásia em 4h, bem como, reduzir os níveis de TBARS e de diminuir ou prevenir a sobrecarga de ferro, especialmente nos grupos eutanasiados em 24h. DDS também promoveu ativação microglial e astrocitária no PFC, a partir da expressão de F4/80+ e GFAP, respectivamente, com produção de IL-1β e IL-4, e redução de BDNF, no entanto, ALA 25mg/kg reduziu a expressão de GFAP e IL-1β, além do aumento de BDNF, sugerindo que DDS também pode causar neuroinflamação e que ALA apresenta atividades anti-inflamatórias e antioxidantes benéficas contra a toxicidade induzida por DDS. Esses resultados sugerem que o ALA é promissor e tem um importante papel na prevenção e/ou formação de MetHb, no restabeleceimento do equilíbrio redox e das concentrações de ferro, tanto no sangue como no PFC. Assim, ALA pode ser uma alternativa terapêutica viável na toxicidade induzida por DDS, com menor toxicidade e facilitando a adesão ao tratamento de pacientes com hanseniase. 

  • MARCUS AUGUSTO DE OLIVEIRA
  • EM DIREÇÃO À COSTA BRASILEIRA FUGINDO DO INVERNO: ROTAS MIGRATÓRIAS CONTRASTANTES E PLASTICIDADE DIFERENCIAL DOS ASTRÓCITOS HIPOCAMPAIS

  • Data: 04/12/2018
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  • Um dos maiores eventos sazonais do planeta é a migração de aves partindo do polo Ártico em direção ao hemisfério sul fugindo do inverno e retornando ao Ártico durante a primavera para o período reprodutivo. Bilhões de indivíduos precisam se lembrar das rotas aprendidas durante essa jornada épica, e encontrar os mesmos lugares para descansar e se alimentar. Esses pássaros podem navegar milhares de quilômetros com grande precisão, utilizando-se de suas memórias espacial e temporal associadas ao hipocampo, uma área-chave para a realização dessa tarefa. Recentemente, demonstramos que o maçarico semipalmado Calidris pusilla, depois de atravessar o Atlântico em direção à costa da América do Sul, revelou mudanças significativas em seus astrócitos do hipocampo. De fato, os astrócitos do hipocampo das aves capturadas no litoral de Bragança no Brasil, em comparação com os do hipocampo de indivíduos capturados na Baía de Fundy, no Canadá, eram menos numerosos e exibiam ramos encolhidos. No presente trabalho, utilizamos outro maçarico semipalmado, o Charadrius semipalmatus, que apesar de ter os mesmos pontos de início e término de migração do C. pusilla, usa uma estratégia migratória diferente, realizando um voo sobre o continente com paradas para descanso e alimentação ao longo da rota. Apropriando-nos da oportunidade oferecida pelos voos migratórios contrastantes, testamos a hipótese de que os astrócitos de pássaros em período de invernada da espécie C. semipalmatus capturados no litoral de Bragança (Brasil) mostrariam maiores complexidades morfológicas do que os astrócitos do hipocampo dessas aves migratórias capturadas na Baía de Fundy (Canadá). Baseados no fato de que as paradas para repouso e alimentação, assim como a mudança constante na paisagem constituiriam um ambiente enriquecido esperávamos encontrar um aumento da complexidade em C. semipalmatus em vez da redução em complexidade encontrada previamente em C. pusilla. Para testar essa hipótese, comparamos as características morfológicas tridimensionais (3-D) dos astrócitos do C. semipalmatus adultos capturados na Baía de Fundy (n = 265 células) com as das aves capturadas na região costeira de Bragança, Brasil, durante o período de invernada (n = 242 células), e comparamos com os resultados obtidos com o C. pusilla. O programa Neurolucida foi utilizado para reconstruções tridimensionais e a análise de agrupamentos hierárquicos de astrócitos foi usada para classificar células. Essa análise mostrou duas famílias de astrócitos, que denominamos Tipo I e Tipo II, com base em várias características morfológicas. Contrariando nossa expectativa, os fenótipos Tipo I e Tipo II mostraram em média, independente da espécie, menor complexidade morfológica após a migração e essa variação foi significativamente maior no Tipo I do que no Tipo II. As magnitudes dessas alterações na complexidade morfológica foram significativamente maiores em C. pusilla do que em C. semipalmatus. Em conjunto, essas descobertas sugerem que estratégias contrastantes de voo migratório de longa distância podem afetar diferencialmente a morfologia dos astrócitos e que morfologias distintas de astrócitos podem estar associadas a diferentes papéis funcionais durante a migração.

  • REGIANNE MACIEL DOS SANTOS CORREA
  • AVALIAÇÃO IN VITRO DOS EFEITOS CITOTÓXICOS E GENOTÓXICOS DO ANTIFÚNGICO FLUCONAZOL EM LINHAGEM DE RIM DE MACACO VERDE AFRICANO (VERO)

  • Data: 26/11/2018
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  • O Fluconazol é um antifúngico triazólico de amplo espectro que é bem estabelecido como
    tratamento de primeira linha para infecções por Candida albicans. Apesar de seu uso extensivo,
    os relatos sobre seus efeitos genotóxicos / mutagênicos são controversos, portanto, mais estudos
    serão necessários para melhor esclarecimento de tais efeitos. Células de rim de macaco verde
    africano (Vero) foram expostas in vitro a diferentes concentrações de Fluconazol e foram
    avaliadas quanto a diferentes parâmetros, tais como: citotoxicidade (ensaio MTT e morte
    celular por corantes fluorescentes), genotoxicidade / mutagenicidade (teste do cometa e teste
    do micronúcleo) e indução de estresse oxidativo (ensaio do DCFH-DA). O Fluconazol foi
    utilizado nas concentrações de 81,6; 163,2; 326,5; 653; 1.306 e 2.612,1μM para o ensaio do
    MTT e 81,6; 326,5 e 1.306μM para os demais ensaios. Os resultados do MTT mostraram que a
    viabilidade celular diminuiu à partir da concentração de Fluconazol de 1.306μM (85,93%),
    sendo estatisticamente significativa (P <0,05) na concentração de Fluconazol de 2.612,1μM
    (35,25%), em comparação com o controle (100%). O Fluconazol também induziu necrose (P
    <0,05) quando as células foram expostas às concentrações de 81,6; 3.26,5 e 1.306μM para
    ambos os tempos de tratamento testados (24 e 48h) em comparação com o controle negativo.
    Com relação à genotoxicidade / mutagenicidade, os resultados mostraram que o Fluconazol
    aumentou significativamente (P <0,05) o índice de dano ao DNA, avaliado pelo ensaio do
    cometa, à 1.306μM (ID = 1,17) em comparação ao controle negativo (ID = 0,28). A freqüência
    de micronúcleos também aumentou até atingir signficância estatística (P <0,05) em 1.306μM
    de Fluconazol (com 42MN / 1000 células binucleadas) em relação ao controle negativo (13MN
    / 1000 células binucleadas). Finalmente, a formação significativa (P <0,05) de espécies reativas
    de oxigênio foi observada em 1.306μM de Fluconazol (DO = 40,9), em comparação ao controle
    negativo (DO = 32,3). Nossos resultados mostraram que o Fluconazol foi citotóxico e
    genotóxico nas condições avaliadas. É provável que tais efeitos possam ser devidos às
    propriedades oxidativas do Fluconazol e / ou à presença de FMO (Flavina monoxigenase) em
    células Vero.

  • DAISY SILVA MIRANDA
  • MARCADORES FUNCIONAIS DA ATIVIDADE ELÉTRICA DO CÓRTEX CEREBRAL PARA IDENTIFICAR ATRASOS NO DESENVOLVIMENTO DE FUNÇÕES EXECUTIVAS NO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL EM ADOLESCENTES

  • Data: 30/10/2018
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  • A cognição humana é o resultado da interação entre fatores genéticos, epigenéticos e ambientais. Vários estudos têm mostrado que o córtex pré-frontal (CPF) é uma região crítica para a inteligência humana. Essa região tem um longo período de maturação que só finaliza no início da idade adulta. Estudos anteriores demonstram que a potência das oscilações de alta frequência registradas pelo EEG em repouso se correlaciona inversamente com a maturidade e amadurecimento de circuitos corticais, e a amplitude de oscilações de baixa frequência se correlaciona negativamente com bom desempenho cognitivo, principalmente no córtex pré-frontal. O principal objetivo deste estudo é verificar a correlação entre a potência das diferentes frequências elétricas corticais de adolescentes medidas com EEG com o desempenho na escala WISC-IV (Escala de Inteligência Wechsler para Crianças) que mede a capacidade intelectual. Adolescentes (N= 23) com idades entre 12-16 anos e 11 meses foram submetidos a registros de EEG em repouso por 5-10 minutos e em um segundo momento foram submetidos a avaliação psicométrica da escala WISC-IV. Os resultados mostraram que a potência alfa se correlaciona negativamente tanto com IMO nas regiões parietal e occipital (HD e HE), e na região central (HD) quanto com o QIT na região temporal (HE), nas regiões parietal e occipital (HD e HE) e na região central (HD. A potência da frequência teta nas regiões temporal (HE), parietal e occipital (HD e HE) se correlaciona negativamente com IMO e QIT. Na análise de gêneros, observamos que a correlação entre as potências das bandas alfa e teta e os índices cognitivos, ocorre em ambos os hemisférios para mulheres, mas não para homens.



  • WALLAX AUGUSTO SILVA FERREIRA
  • ANÁLISE DO PERFIL DO NÚMERO DE CÓPIAS E TRANSCRIPTOMA DE PACIENTES COM GLIOMAS E EM LINHAGENS DE GLIOBLASTOMAS TRATADAS COM PISOSTEROL

  • Data: 17/10/2018
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  • Os tumores do Sistema Nervoso Central (SNC) representam aproximadamente 2% de todos os tipos de cânceres. Embora a incidência dos tumores do SNC seja pequena, comparada às outras neoplasias, estes tumores estão entre as mais graves malignidades humanas, pois afetam o órgão responsável pela coordenação e integração de todas as atividades orgânicas. Os gliomas representam aproximadamente 80% de todos os tumores intracraniais, afetando tipicamente adultos, com uma incidência elevada entre 40 e 65 anos de idade. Apesar de numerosos fármacos contra os gliomas já terem sido desenvolvidos, os mesmos induzem reações adversas e os seus efeitos terapêuticos não são satisfatórios. O presente trabalho teve como objetivo avaliar e comparar o perfil de Variações no Número de Cópias (CNVs) e expressão gênica de pacientes diagnosticados com gliomas e em linhagens de glioblastomas (U87-MG, U343, AHOL1 e 1321N1) tratadas com pisosterol. Para os experimentos feitos com as linhagens tratadas com pisosterol, nós demonstramos que as mesmas foram altamente sensíveis ao tratamento do pisosterol. A droga reduziu o número de células vivas de forma dose-dependente. Além disso, demonstramos que após 48h de exposição ao pisosterol, todas as linhagens foram bloqueadas em G2/M. E por fim, demonstramos ainda que o pisosterol é capaz de modular a expressão de diversos genes da via ATM/ATR, além de promover a apoptose. Demonstramos em escala genômica que todas as linhagens tiveram mais genes que foram significativamente down-regulated do que up-regulated após o tratamento com pisosterol. Para os experimentos feitos com as biópsias de gliomas, demonstramos que de um painel de 26 genes, apenas 11 genes (TNFRSF1A, SNAPC2, CASP8, IRAK3, GPX3, FZD9, TFAP2C, CDH1, RPRM, POU4F3 e MGMT) exibiram mudanças no padrão de metilação na região promotora em todos os graus analisados. Além disso, o padrão de metilação desses 11 genes tiveram correlações com algumas características clinicopatológicas, tais como idade, sexo e grau histológico. E por fim, fizemos uma caracterização molecular descrevendo as alterações genômicas dos gliomas originários de Belém-PA.

  • FERNANDA FARIAS DE ALCANTARA MARCHESAN
  • HOMOCISTEÍNA VITAMINA B12 E ÁCIDO FÓLICO COMO BIOMACARDORES DE TRIAGEM NO DIAGNÓSTICO PRECOCE E MONITORAMENTO DO CÂNCER GÁSTRICO

  • Data: 11/10/2018
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  • O câncer gástrico nas últimas décadas vem apresentando uma queda em número de casos, o que muito se deve ao progresso no que tange a saúde sanitária, e ao maior acesso da população a políticas educacionais. No entanto, continua sendo a terceira causa de morte a nível mundial entre homens e mulheres. Tais mortes, geralmente estão vinculadas ao diagnóstico tardio. O presente estudo pretende pelas dosagens de homocisteína, vitamina B12 e ácido fólico, montar um perfil de biomarcadores de triagem, os quais possam ser inseridos na rotina comum de exames, visando o diagnóstico célere da doença. Foram analisadas 207 amostras de caso controle e 207 de pacientes com câncer gástrico, em ambos foram realizadas as dosagens bioquímicas de homocisteína, ácido fólico e vitamina B12, pareadas em relação a idade, localização do tumor, sub-tipo, classificação tumoral, infecção por EBV (Epstein-Barr Vírus), e Helicobacter pilory. Para dosagem da tríade, foram utilizadas técnicas quimioluminescência, e as demais variáveis foram obtidas pelas informações hospitalares. Como resultados, foram encontradas diferenças significativas entre as médias da tríade dos pacientes com câncer em relação ao controle, em todas as variáveis pareadas. Em conclusão, nosso estudo mostrou que a análise da tríade (homocisteína, vitamina b12 e ácido fólico) tem seu valor no diagnóstico do câncer gástrico, podendo futuramente ser um eficaz marcador de triagem para este tipo de câncer.

  • MIGUEL ANGELO DE OLIVEIRA CANTO
  • ESTUDO SOBRE O CRESCIMENTO DO TAMBAQUI (COLOSSOMA MACROPOMOM) SUBMETIDO À DIETA SUPLEMENTADA COM CAMU CAMU (MYRCIARIA DUBIA) EM ÁGUA CORRENTE E AQUECIDA

  • Data: 24/09/2018
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  • Este estudo investigou o crescimento do tambaqui (Colossoma macropomum) (Cm), um teleósteo caracídeo endêmico da região amazônica, em laboratório. Peixes juvenis foram submetidos à simulação das condições naturais de alimentação, clima e água corrente, correspondentes aos períodos de cheia e seca do ciclo hidrológico Amazônico. Na cheia sua alimentação é predominante de frutos e sementes, o ambiente é ameno (28±2°C) e a correnteza é maior (0,2 a 0,3 m/s). Na seca, a alimentação é à base de proteína animal, não há correnteza e a média da temperatura se eleva (34±2°C). Por conseguinte, o alvo deste estudo foi investigar os efeitos da Myrciaria dubia (Md) no crescimento do Cm nas simulações de seca ou cheia, no que tange a temperatura amena (28º C) ou aquecida (34ºC), água parada ou corrente (0,2 ou 0,3m/s), e dieta com maior (45%) ou menor (32%) teor de proteína bruta (PB). Para tal, juvenis de Cm foram aclimatados (70 ou 126 dias) em tanques de (310 ou 1000 litros) de acordo com o protocolo experimental. Protocolo I: dieta com oferta diária
    fracionada (3x/dia) e suplementada com Md; proteína bruta a (45 ou 32%); água corrente (0,2 m/s) ou parada a 28 ou 34ºC; análise do conteúdo muscular de IGF-1 e lipídeos totais. protocolo II: oferta única ou fracionada (3x/dia); água parado ou corrente (0,3 m/s), intercalada, (12 horas) ou contínua; quantificação da massa de gordura cavitária. Os resultados estão apresentados em média mais ou menos erro padrão da média e comparada por ANOVA mais pós-teste Bonferrone. Teste de correlação para peso, comprimento ou gordura cavitária versus água corrente; nas condições de oferta única ou fracionada foi realizada para verificar inter-relações entre os fenômenos estudados. Uma potencialização da expansão da massa corporal mais não do comprimento ocorreu pela dieta suplementada com Md na condição água parada e aquecida. Em contraste similar potencialização ocorreu para água corrente e aquecida na dieta 45% PB. Por sua vez menor performance de crescimento (peso e comprimento) foi observada no grupo submetido a dieta 32% PB. A água corrente igualmente potencializou o acumulo de gordura cavitária e muscular de lipídeos totais, sugerindo que o esforço natatório demanda acumulo de energia potencial possivelmente relacionado à preservação do anabolismo proteico, desde que não foi alterado o conteúdo de proteínas no tecido muscular. Por outro lado a oferta única diária de alimento não foi suficiente para manter a performance de crescimento resultante ao nado sustentado (água corrente). Já na oferta fracionada o grupo submetido a água corrente continua apresentou a melhor performance, sugerindo que o nado sustentado em água corrente pode ser um fator determinante para o crescimento do Cm se lhe for ofertada dieta com alto teor proteico, ao considerarmos o ambiente aquecido como o mais favorável. Finalmente, o conteúdo aumentado de IGF-1 no musculo confirma participação deste fator de crescimento como via final de regulação humoral da hipertrofia muscular. Hipertrofia esta resultante ao aumento do esforço natatório, e, surpreendentemente, em resposta a dieta suplementada por Md.

  • NARRERY SILVA DOS SANTOS
  • ANÁLISE CINEMÁTICA DO MECANISMO AÇÃO-PERCEPÇÃO EM SERES HUMANOS

  • Data: 31/08/2018
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  • Utilizamos um paradigma motor de apontar com a mão em dois experimentos para testar a hipótese de que o controle motor de movimento dos braços é lateralizado. No primeiro experimento, comparamos a cinemática dos movimentos de alcance realizados pelo braço direito e esquerdo. A captura de dados cinemáticos foi realizada com uma câmera Microsoft Kinect enquanto os participantes permaneciam sentados e apontavam para uma barra de metal localizada em frente em um paradigma de múltiplo alcance e redundância de alvo. No segundo experimento, os participantes deveriam estimar a localização do final da trajetória de alcance do braço de uma terceira pessoa realizando a mesma tarefa de alcance do primeiro experimento em um vídeo com a terça parte do movimento ocluída, em um paradigma de simulação mental de movimento. Participaram desta pesquisa 14 indivíduos de ambos os sexos (destros, sinistros e ambidestros) com idade média de 24,6±3,9 anos. Os resultados corroboram a teoria de especialização hemisférica do controle do movimento dos membros superiores, com o hemisfério esquerdo estando associado com movimentos de precisão e o hemisfério direito com movimentos de apoio, mais sensíveis à influência da aceleração da gravidade. De maneira importante, essa diferença também se reflete na simulação de movimento com os braços.



  • ALINE BARRAL TAKAHASHI
  • Avaliação in vitro da suscetibilidade antifúngica de conidíos e células muriformes de Fonsecaea spp

  • Data: 14/08/2018
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  • A cromoblastomicose (CBM) é uma doença fúngica caracterizada por lesões crônicas cutâneas e subcutâneas, decorrentes da implantação transcutânea prévia de diferentes fungos negros, pertencentes a família Herpotrichiellaceae, o principal agente pertencente ao gênero Fonsecaea. A região amazônica é a principal área endêmica do Brasil, o estado do Pará a principal área endêmica no país e segunda no mundo. Não há uma padronização de tratamento, é usado a terapia medicamentosa, com diferentes esquemas, principalmente itraconazol. Novos azólicos como posaconazol e voriconazol começaram a ser utilizados, mas com limitações devido ao alto custo, o uso de métodos físicos como a criocirurgia, termoterapia, terapia a laser e a combinação de ambos. As baixas taxas de cura e altas taxas de recidivas da doença pode estar relacionado aos diferentes métodos de tratamento empregados e a própria falta de um esquema padronizado. O objetivo deste trabalho foi avaliar a sensibilidade in vitro de conídios e células muriformes, induzidas in vitro, de Fonsecaea spp. frente a diferentes antifúngicos, até o momento não há estudos que avaliem a ação de fármacos usando a forma patogênica do fungo, reforçando a importância deste estudo, seguindo o método estabelecido na norma M38-A2, do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). A concentração inibitória mínima para cada fármaco utilizado foi obtida após 5 dias de interação, o posaconazol apresentou melhor atividade inibitória in vitro para conídios (CIMMG=0.632μg/ml) e células muriformes (CIMMG=1μg/ml). Na análise da concentração fungicida, tanto em conídios quanto em células muriformes, o posaconazol apresentou menor valor (CFMMG=6.72μg/ml, em ambos). As amostras fúngicas apresentaram tempos distintos para diferenciar seus conídios em células muriformes, portanto acreditamos que apesar de pertencerem ao mesmo gênero os fungos apresentam particularidades fisiológicas ainda desconhecidas. Nos testes de suscetibilidade in vitro, o PCZ teve as menores concentrações inibitórias e fungicidas tanto em conídios quanto em células muriformes,com isso investir em testes de suscetibilidade foi impor importante para identificar cepas sensíveis ou resistente.

  • ERIKA BAPTISTA LUIZ BADARANE
  • REGISTRO DO PERFIL DE SUCÇÃO EM LACTENTES COM E SEM ANQUILOGLOSSIA POR DISPOSITIVO MICROCONTROLADO

  • Data: 06/08/2018
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  • Nos primeiros meses de vida, a sucção constitui a função necessária para a alimentação eficiente por via oral (VO) e para o adequado desenvolvimento motor oral. Para tanto, esta deve ser coordenada e harmônica, sendo necessários, entre outros fatores: reflexo de busca e de sucção; vedamento labial; adequada movimentação da língua e mandíbula; ritmo de sucção, eclosões de sucção alternadas com pausas; coordenação entre sucção-deglutição-respiração. A adequada movimentação da língua tem a função de realizar o vedamento anterior (aderida ao redor do mamilo) e posterior (aderida ao palato mole e faringe), a compressão do mamilo, além da organização e propulsão do bolo alimentar. Tendo em vista que na literatura não há consenso sobre a relação direta entre anquiloglossia e dificuldade de amamentação ou desmame precoce, o objetivo deste trabalho é avaliar o perfil de sucção em lactentes com e sem anquiloglossia através de registro realizado por dispositivo microcontrolado. Aos lactentes com e sem anquiloglossia, foi oferecida uma chupeta de silicone esterilizada, ligada ao dispositivo para sucção durante dois minutos. O dispositivo lê variações de pressão provenientes de um sensor conectado a chupeta. O processamento dos dados relativos as variações de pressão foi realizado por meio de filtros de Kalman e rede neural. Os resultados evidenciaram que os lactentes com e sem anquiloglossia, quando classificadas com rede neural de múltiplas camadas – Perceptron Multilayer, com topologia de 5, 10 e 20 neurônios na camada oculta, não apresentaram nenhuma segregação nos grupos classificados, ou seja, não se encontrou diferença entre eles, com valor de R (0,98) indicando forte correlação entre os grupos. Com isso, concluímos que não é possível relacionar a presença de anquiloglossia com dificuldade de amamentação, ressaltando que este estudo utilizou um método de avalição mais objetivo quando comparado as demais pesquisas da literatura.

  • TAMIRYS SIMÃO PIMENTA
  • ANÁLISE GENÔMICA COMPARATIVA E OS POLIMORFISMOS NOS GENES TNFA, IFNG, IL6 e IL10 ASSOCIADOS À EXPRESSÃO DE CITOCINAS NA INFECÇÃO POR Plasmodium vivax NO MUNICÍPIO DO ITAITUBA, ESTADO DO PARÁ

  • Data: 19/07/2018
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  • A malária é uma das mais importantes doenças transmitidas por vectores e que
    acomete grande parte da população mundial. O P. vivax é a espécie predominante
    nas Américas, representando 64% dos casos. A área endêmica da malária no Brasil
    compreende a Região Amazônica, responsável por 99% dos casos autóctones.
    Trabalhos anteriores demonstraram a alta prevalência da malária em garimpeiros
    na região Amazônica e a espécie mais frequente envolvida é o P. vivax. A
    resistência à malária faz parte da interação de diferentes fatores que regulam as
    relações entre o parasito e o hospedeiro. Essa interação é um fator determinante
    na resposta imune a infecção. Os polimorfismos de nucleotídeos únicos (SNPs) nos
    genes de citocinas têm sido explorados em estudos de variação genética humana
    e tentam explicar a influência dessa variação na susceptibilidade as doenças
    infecciosas. As variações no número de cópias (CNVs) também podem afetar
    potencialmente a expressão dos genes de várias maneiras, contudo pouco se sabe
    sobre o papel dessa variação genética na adaptação humana frente à infecção pelo
    P. vivax. O estudo objetivou investigar se as alterações genômicas quantitativas e
    os SNPs nos genes TNFA-308A>G, IFNG+874T>A, IL6-174C>G e do haplótipo -
    1082/-592/-819 no gene IL10, associados à produção de citocinas podem
    influenciar na fisiopatogenia da malária vivax. O estudo selecionou 129 pacientes,
    a partir de 288 atendidos na cidade de Itaituba, estado do Pará, sendo 79 pacientes
    sem infecção para malária e 50 pacientes positivos para P. vivax e destes, 15
    tinham infecção primária a malária e 35 pacientes relataram episódios anteriores a
    infecção. Foi determinada a carga parasitária pela gota espessa; os parâmetros
    hematológicos; as citocinas foram dosas por citometria de fluxo; a genotipagem dos
    SNPs foi feita por PCR-SSP e a variação no número de cópias foi determinada pela
    técnica do aCGH. A análise estatística foi realizada utilizando o programa Bioestat
    e Graph-pad prim. Observados que ambos os grupos maláricos (primário e
    recorrente) apresentaram redução significativa no número de plaquetas; no grupo
    recorrente observamos aumento significativo na porcentagem de monócitos; não
    observamos diferenças significativas na frequência dos SNPs; não observamos
    associações dos SNPs com a infecção pelo P. vivax; observamos diferenças
    significativas nos níveis plasmáticas das citocinas entre os grupos; observamos
    xviii
    níveis significativamente maiores nos indivíduos com o haplótipo IL10GCC/GCC e correlação entre os níveis das citocinas IL-10, TNF-α e IL-6 e a carga parasitária; observamos um aumento significativo no nível das citocinas IFN-γ, IL-6 e IL-10 no grupo com malária primária em comparação ao controle endêmico, bem como um aumento significativo na expressão das citocinas TNF-α, IL-6 e IL-10 no grupo recorrente em comparação ao grupo controle, enquanto que a expressão da citocina IFN-γ foi significativamente maior no grupo primário em comparação com o grupo recorrente. Descrevemos pela primeira as alterações quantitativas no genoma dos pacientes infectados com P. vivax e identificamos 112 genes amplificados e 12 genes deletados na população em estudo, e, apesar das CNVs encontradas não incluírem nenhum gene relacionado com receptores ou fatores de resistência a malária vivax e nem estarem correlacionados com os dados clinico-patológicos da doença, observamos vários genes com alterações no número de cópias relacionados a outras doenças. Este estudo fornece dados adicionais sobre a resposta imune entre P. vivax e o hospedeiro e as alterações genômicas quantitativas no hospedeiro de uma área endêmica de garimpo.

  • NATHALYA INGRID CARDOSO DO NASCIMENTO
  • DISPOSITIVO PARA AVALIAÇÃO POSTURAL EM AMBIENTE TRIDIMENSIONAL

  • Data: 17/07/2018
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  • A postura humana pode ser definida como o equilíbrio entre estruturas ósseas e musculares do corpo humano, através dela é possível diagnosticar e tratar diversas patologias, por isso à ciência esta em busca de métodos quantitativos e precisos para sua análise. Uma postura ereta correta é considerada um bom marcador de saúde, tornando imprescindível a avaliação para um prognóstico terapêutico favorável. Em virtude disso, é necessária a elaboração de novas ferramentas de avaliação postural com menores erros matemáticos e metodológicos para obtenção de resultados precisos e confiáveis para a clínica e pesquisa. O objetivo desta pesquisa é apresentar uma nova ferramenta de avaliação postural, baseada em um braço eletromecânico que permite medir pontos no universo tridimensional. O protótipo foi desenvolvido e aperfeiçoado a fim de reduzir os erros no momento da coleta dos dados, para isto foi utilizado um sensor de efeito Hall. O programa permite avaliar 24 relações entre os pontos, além da coluna vertebral analisando a distância em milímetros e o ângulo em graus entre um acidente anatômico e outro nas vistas anterior, lateral direita, posterior e lateral esquerda. Os testes iniciais foram realizados nos eixos X e Y em um modelo angular, desenhado em ângulos de 10 em 10 graus e obteve baixa variabilidade em suas medidas, enfatizando a alta precisão do sistema de medição do protótipo. Dessa forma, foi possível desenvolver um novo método de avaliação postural com baixo custo, alta precisão em seus resultados para a utilização na prática clínica, na pesquisa e posteriormente a inserção no sistema único de saúde. 

  • WALDO LUCAS LUZ DA SILVA
  • VARIAÇÃO TEMPORAL DOS NÍVEIS DE GABA E GLUTAMATO NO CÉREBRO DE Danio rerio (ZEBRAFISH) SUBMETIDOS A AMBIENTES ANSIOGÊNICOS

  • Data: 13/07/2018
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  • O comportamento tipo ansiedade pode ser definido como um estado de apreensão, onde o perigo é iminente, podendo ocorrer a partir da exposição a ambientes novos ou a estímulos aversivos incontroláveis. Muitos sistemas de neurotransmissão podem estar envolvidos na modulação dos estados de ansiedade em mamíferos assim como em teleóteos. Dentre estes, os sistemas GABAérgico e glutamatérgico, apresentam-se como as principais vias de modulação do comportamento tipo ansiedade. Assim, o presente trabalho tem por objetivo avaliar os níveis extracelulares de GABA e glutamato ao longo do processo de geração da ansiedade nos testes de Preferência Claro/Escuro (PCE) e Distribuição Vertical Eliciada pela Novidade (DVN) em Danio rerio. Foram utilizados 60 animais da espécie Danio rerio (selvagem, longfinn), os quais foram expostos aos Testes PCE e DVN nos tempos 5, 10 e 15 min. Os parâmetros analisados para o PCE foram: tempo no compartimento claro, número de quadrantes cruzados no compartimento claro e cruzamentos entre os compartimentos; para o DVN, os parâmetros foram: Tempo na região superior do aquário, número de quadrantes cruzados, entradas no topo, velocidade máxima, velocidade média e Distância total percorrida. Em seguida, os cérebros foram dissecados e incubados com Hank/Na+ para quantificação de GABA e Glutamato por Cromatografia Líquida de Alta Eficácia (CLAE). Todos os testes foram filmados e os vídeos avaliados utilizando o software Zebtrack. Foi aplicado o teste ANOVA de uma via com pós-teste Tukey, considerando significativos valores com p<0,05. Os dados foram expressos em média ± erro padrão e todos os experimentos foram previamente aprovados pelo comitê de ética local (CEPAE UFPA 213-14). Nossos resultados demonstram exploração do compartimento claro no teste PCE, sem diferença entre os tempos (F[3, 20]= 17.10) e sem alteração entre número de cruzamentos entre os minutos 5, e 10 (F[3, 20]= 6.28; p<0.05). Há aumento do número de cruzamento entre os quadrantes no tempo de 15 minutos em relação aos demais tempos de exploração (F[3, 20]= 6.28; p<0.05). Além disso, há aumento de conteúdo extracelular de glutamato no decorrer do teste (F [4, 10] = 8.98) e diminuição de GABA nos últimos minutos em comparação aos animais não expostos ao teste (F [4, 9] = 20.83; p<0.05). Os padrões comportamentais dos animais expostos ao teste DVN também variam de acordo com o tempo de exposição, onde, conforme há aumento do tempo, há aumento do tempo de exploração do topo (F[3, 28]= 15.99; p<0.01), aumento do número de transições para o topo (F[3, 22]= 16.86 p<0.05), aumento do número de quadrantes cruzados (F[3, 21]= 38.70; p<0.01), aumento da distância total percorrida (F[3, 27]= 61.44; p<0.01), sem alteração das velocidades máximas (F[3, 28]= 19.73; p<0.01) e média em todos os tempos. Os níveis de glutamato aumentam na exposição ao teste (F [4, 10] = 24.62) e os níveis de GABA permanecem inalterados (F [4, 9] = 1.76). Concluímos, assim, que os sistemas glutamatérgicos e gabaérgicos modulam de maneira diferente o comportamento tipo ansiedade em Danio rerio.

  • NAINA YUKI VIEIRA JARDIM
  • PREVENÇÃO DAS ALTERAÇÕES FUNCIONAIS E COGNITIVAS DO ENVELHECIMENTO: A INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO E DA ESTIMULAÇÃO COGNITIVA EM DUPLA TAREFA

  • Data: 05/07/2018
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  • Diante da taxa de envelhecimento mundial e da epidemia silenciosa de declínio cognitivo e demência em idosos, a necessidade de estratégias de intervenção para proteger e / ou melhorar a funcionalidade e o desempenho cognitivo no envelhecimento aumentou. Estudos recentes sugeriram que, em comparação com os protocolos de estimulação simples, as intervenções em dupla tarefa envolvendo exercício físico e tarefas cognitivas são mais eficientes, melhorando o desempenho cognitivo e a capacidade em tarefas simultâneas. Embora os resultados preliminares na literatura sejam promissores, existem poucos trabalhos usando protocolos de estimulação em dupla tarefa. No presente estudo, procuramos investigar os efeitos de um programa de intervenção em dupla tarefa (exercício físico multimodal e estimulação multissensorial) nos desempenhos cognitivos, funcionalidade e qualidade de vida de idosos saudáveis. Para análise, 28 adultos idosos vivendo em comunidade (66,14 ± 1,00 anos de idade) foram submetidos a avaliações cognitivas, físicas e de qualidade de vida (repostas ao questionário SF36) antes e após a intervenção. A cognição foi avaliada por meio do Mini exame de estado mental (MMSE) para rastreio, fluência verbal semântica e fonológica, lista de palavras CERAD e testes neuropsicológicos automatizados (CANTAB); As avaliações físicas incluíram a aptidão cardiorrespiratória (Teste de Caminhada de seis minutos), mobilidade funcional (Equilíbrio e Agilidade), força muscular de membros inferiores (sentar e levantar em 30 segundos) e força muscular dos membros superiores (dinamômetro); O teste em dupla tarefa foi realizado pelo teste caminhando e conversando (Walking While Talking). Os indivíduos participaram de um programa de intervenção em dupla tarefa composto por exercícios físicos (treinamento aeróbico e de força) e estímulos multissensoriais de natureza variada, compostos por 24 sessões, realizados duas vezes por semana por 75 minutos cada. Os valores extremos foram excluídos e o teste T foi aplicado para investigar possíveis diferenças entre a avaliação antes e após a intervenção. Após a intervenção, os sujeitos apresentaram maior desempenho cognitivo (fluência verbal, memória episódica verbal (CERAD), atenção visual sustentada (RVP), aprendizado visual pareado (PAL), memória de reconhecimento visual (DMS), melhores parâmetros físicos e funcionais (força do membro superior, aptidão cardiorrespiratória, mobilidade funcional), melhor desempenho no teste em dupla tarefa e no questionário SF36 que incluiu percepção pessoal sobre a função física melhorada e limitações reduzidas devido a problemas físicos. Assim, o programa de intervenção em dupla tarefa, baseado em exercícios aeróbicos e de força e estimulação multissensorial, melhora a cognição, mobilidade funcional, condicionamento cardiorrespiratório, força de membros superiores e inferiores, medidas da qualidade de vida e capacidade de realizar atividades em dupla tarefa, como normalmente requerido na rotina diária dos adultos idosos.

  • PEDRO PHILIPE MOREIRA MATTA
  • EXPOSIÇÃO SUBCRÔNICA AO METILMERCÚRIO INDUZ DANOS TECIDUAIS, BIOQUÍMICOS E PROTEÔMICOS EM CEREBELOS DE RATOS

  • Data: 04/07/2018
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  • O metilmercúrio (MeHg) representa a forma mais tóxica do mercúrio, que em intoxicações crônicas induz danos motores e cognitivos em ratos adultos. Dados na literatura sugerem um tropismo deste metal em relação ao cerebelo. No entanto, poucos estudos buscam elucidar os mecanismos associados aos danos induzidos por MeHg em baixa doses utilizando um modelo de exposição subcrônica. A partir disso, o objetivo deste trabalho foi caracterizar as alterações motoras, teciduais, bioquímicas oxidativas e proteômicas induzidas pela exposição subcrônica ao MeHg. Para isso foram utilizados 56 ratos Wistar adultos, divididos em dois grupos: grupo controle e grupo exposto (0,04 mg/Kg/dia de MeHg), ambos administrados via gavagem intragástrica por 60 dias. Após o período de exposição, foram realizados os testes comportamentais de open field e rotarod. Posteriormente, coletou-se o cerebelo desses animais para análise bioquímica, proteômica, dosagem dos níveis de mercúrio e avaliação tecidual. Para análise estatística dos dados foi utilizado o teste t-Student, considerando um valor significativo de p<0,05. O perfil proteômico foi analisado pelo software ProteinLynx Global SERVER™ (PLGS), e foram consideradas subexpressas proteínas com p<0,05 e superexpressas proteínas com p< 0,95, o teste utilizado foi o teste exato de Fisher com correção por Bonferroni. Os resultados demonstraram um aumento nos níveis de mercúrio no cerebelo, e alterações nos testes motores dos animais expostos ao MeHg. No open field ocorreu uma diminuição da distância total percorrida e do número de rearing em comparação ao grupo controle com p<0,05, já no rotaroad foi observado uma diminuição do tempo de latência da primeira queda e um aumento no número de quedas no grupo MeHg em comparação ao controle (p<0,05). Na avaliação bioquímica ocorreu um aumento nos níveis de nitrito e de peroxidação lipídica e diminuição na capacidade antioxidante contra radicais peroxil (ACAP) (p<0,05). O perfil proteômico desses animais também sofreu alteração, das 1220 proteínas identificadas no total 436 proteínas foram encontradas exclusivamente no grupo controle e 311 proteínas no grupo MeHg. Além disso, demonstrou uma subexpressão de 115 proteínas e uma superexpressão de 358 proteínas no grupo MeHg quando comparado com o grupo controle. Na avaliação tecidual encontrou-se uma diminuição das células de Purkinje, células NeuN+ e uma menor quantidade de células IBA1+. Nas análises por fração de área foi encontrada uma menor quantidade de células GFAP positivas, sinaptofisinas e MBP+. Assim, nossos resultados sugerem que a intoxicação por MeHg provocou danos celulares e proteômicos induzidos por estresse oxidativo que causou o déficit motor encontrados nos testes comportamentais. 

  • SYMARA RODRIGUES
  • ALTERAÇÕES MITOCONDRIAIS E TUMORIGÊNESE DE
    CÂNCER GÁSTRICO EM Sapajus apella.

  • Data: 15/06/2018
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  • Câncer é o nome dado a uma variedade de doenças que podem ocorrer em
    diferentes regiões do corpo, que se caracteriza principalmente pela proliferação
    desregulada de células. Uma organela muito importante, tanto em células
    normais quanto em células mutadas, é a mitocôndria, responsável pela maior
    parte da produção de ATP na célula. Mutações no DNA mitocondrial podem
    acarretar apoptose ou influenciar na eficiência da formação de ATP.
    Considerando diversas estimativas diferentes, o câncer gástrico sempre figura
    entre os cinco mais incidentes na população mundial, bem como na população
    brasileira e paraense. Dessa forma, entender o comportamento tumoral torna-se
    importante para o combate dessa patologia. O objetivo do trabalho, portanto, é
    analisar a presença de alterações no DNA mitocondrial de linhagens de
    carcinoma gástrico implantadas em um modelo animal. Foram analisados quatro
    genes mitocondriais (COI, ATPase 8, ND1 e ND3) de quatro linhagens de câncer
    gástrico (AGP01, ACP02, ACP03 e PG100) e uma controle (Carcinossarcoma
    256 de Walker) para avaliar as possíveis mutações do DNA mitocondrial. Essas
    linhagens foram inoculadas em primatas não humanos da espécie Sapajus
    apella, sendo que alguns animais receberam concomitantemente com as
    linhagens a substância carcinogênica N-metil-N-nitrosurea (MNU). Os tumores
    gástricos que se desenvolveram nos animais foram retirados cirurgicamente,
    após isso foi feita a extração do DNA, amplificação e sequenciamento das
    sequencias de interesse. Foram observadas alterações nos genes ND1 e ND3.
    As duas transições encontradas em ND1, uma na posição 3594 (CT) e 3693
    (GA) do DNA mitocondrial, não possuíam registro associado a nenhuma
    patologia, tendo sido relacionadas com marcadores populacionais. Os
    resultados sugerem que alterações nos genes codificadores de proteínas que
    participam do Complexo I da cadeia respiratória são mais frequentes que em
    outras porções do mtDNA nas linhagens de carcinoma gástrico analisadas.

  • CAROLINE DANTAS BRASIL SFAIR
  • PROTÓTIPO DE UM SUSTENTADOR DE CABEÇA REMOTAMENTE
    CONTROLADO PARA CRIANÇAS COM HIPOTONIA CERVICAL

  • Data: 15/06/2018
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  • A hipotonia é considerada uma desordem de movimento, no qual a atividade
    motora é reduzida, condição patológica onde o tônus muscular é extremamente
    diminuído causando fraqueza e flacidez de membros, associado com a diminuição da
    resistência de músculos para alongamento passivo. A hipotonia é vista mais
    comumente na musculatura de tronco e pescoço, provocando assim, a falta de
    sustentação da cabeça. A incidência exata da hipotonia é difícil de ser determinada, por
    não ser um diagnóstico específico. Porém, as causas desta desordem são de origens
    variadas e podem ser devido a doenças neurodegenerativas, neuromusculares, lesões,
    desordens cromossômicas e metabólicas. As que acometem o sistema nervoso central
    são as de maior prevalência, além de estarem envolvida em mais de 500 doenças
    genéticas diferentes, entre outras de origem desconhecida. Dessa forma, a
    biomecânica do pescoço e cabeça incluindo seus componentes (coluna cervical,
    músculos e nervos) são diretamente afetados pela postura patológica dos indivíduos
    acometidos, bem como a respiração, alimentação e interação com o meio em que
    estão inseridos. Atualmente existem tecnologias assistivas que beneficiam hipotônicos,
    porém são suportes cervicais simples que não oferecem nenhum tipo de mobilidade
    para o utilizador. Assim, é de extrema necessidade que novas tecnologias sejam
    desenvolvidas, para tal objetivo o presente projeto propõe a construção de um aparato
    de sustentação de cabeça e pescoço com baixo custo relativo que promova alguma
    mobilidade ao assistido, tanto de forma passiva (controle-dependente) por meio de um
    aplicativo desenvolvido pelo grupo de pesquisa que será controlado remotamente
    através de comunicação do tipo Bluetooth®. Este, exigirá supervisão do terapeuta,
    permitindo treinamento em ambientes variados, facilitando o controle postural em
    diferentes magnitudes, bem como promover a melhora da qualidade de vida do
    utilizador.

  • LETICIA MIQUILINI DE ARRUDA FARIAS
  • O EFEITO DO RUÍDO ESPACIAL DE COR SOBRE A DISCRIMINAÇÃO
    LIMIAR DE LUMINÂNCIA: INVESTIGAÇÃO BÁSICA E APLICADA EM
    POPULAÇÕES EXPOSTAS AO MERCÚRIO

  • Data: 22/05/2018
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  • As imagens naturais são um conjunto complexo de padrões de contraste de cor e de
    luminância que quando combinados na cena visual ajudam a criar a discriminação de
    objetos em relação ao ambiente visual ao seu redor. Diversas propostas têm sido feitas
    para estudar como o sistema visual processa estímulos que combinam contrastes de cor e
    luminância. Esta tese tem como proposta principal apresentar um novo estímulo para ser
    usado em tarefas de discriminação de luminância sob o mascaramento de um ruído de
    cor. Sendo assim, cinco experimentos foram executados utilizando como foco principal
    esse novo paradigma com o intuito de explorar questões básicas e aplicadas de seu uso.
    O estudo 1 investigou o efeito da saturação do ruído de cor sobre a discriminação limiar
    do contraste de luminância. O estudo 2 investigou como o arranjo de mosaico contribuiu
    para os valores de contraste limiares de luminância sob o mascaramento do ruído de cor.
    O estudo 3 investigou a influência do conteúdo cromático do ruído espacial de cor sobre
    a discriminação limiar de luminância. O estudo 4 investigou a influência da polaridade
    do contraste de luminância sob o mascaramento do ruído espacial de cor sobre os
    contrastes limiares estimados. O estudo 5 comparou os valores de contrastes limiares de
    luminância sob o mascaramento de cor em duas populações ribeirinhas de diferentes
    bacias hidrográficas da Amazônia paraense e sob diferentes níveis de exposição alimentar
    ao mercúrio. O principal achado desta tese foi que os contrastes limiares de luminância
    variaram em função do comprimento do vetor do ruído espacial cromático. Quanto mais
    elevado fosse o comprimento do vetor do ruído espacial cromático, maior seria o contraste
    limiar de luminância. O contraste limiar estimado pelo estímulo sem mosaico exibiu
    valores significativamente menores que os estimados com estímulos com mosaico (p
    <0,01). Não foi observada diferença estatística entre os contrastes limiares estimadas em
    torno das cinco cromaticidades de referência nas distintas condições de saturação (p>
    xi
    0,05). Os contrastes limiares de luminância estimados no protocolo de decremento de
    luminância foram significativamente menores em todos os níveis de saturação quando
    comparados aos estimados por meio do protocolo de incremento de luminância (p <0,05).
    Não há diferença estatística entre os limiares de discriminação de luminância estimados
    entre as comunidades ribeirinhas que foram diferentemente expostas ao mercúrio (p>
    0,05). Os contrastes limiares de luminância estimados através do novo estímulo, descrito
    nesta tese, foram influenciados pelo ruído espacial cromático, ruído espacial de tamanho,
    e pela polaridade do contraste de luminância do estímulo. No entanto, as distintas
    composições do ruído espacial cromático não exibiram nenhuma influência sobre a
    discriminação de luminância. A presença de uma ou mais vias visuais sensíveis a cores e
    à luminância pode ser o substrato fisiológico do mecanismo que está subjacente à
    percepção de contraste de luminância desse novo estímulo.

  • MARJORIE LUJAN MARQUES TORRES
  • EFEITO PROTETOR DA RAÇÃO ENRIQUECIDA COM AÇAÍ (Euterpe oleracea) NO QUADRO DE MALÁRIA CEREBRAL EXPERIMENTAL

  • Data: 17/05/2018
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  • A malária cerebral (MC) é uma das complicações mais severas atribuídas à infecção pelo protozoário Plasmodium falciparum, ganhando destaque nas taxas de mortalidade infantil em áreas endêmicas. Esta enfermidade apresenta uma patogênese complexa e ainda pouco elucidada, estando associada a alterações cognitivas, comportamentais e motoras. Visando ampliar os conhecimentos a respeito desta patologia e procurando os benefícios atribuídos ao consumo diário de antioxidantes, o principal objetivo deste trabalho é avaliar o possível efeito protetor do fruto da Euterpe oleracea (açaí) durante a evolução do quadro de malária cerebral experimental (MCE) induzida em modelo murino por meio da inoculação da cepa ANKA de Plasmodium berghei (PbA). Para tal, utilizaram-se camungondos da linhagem albino suíço, os quais foram inoculados intraperitonealmente (i.p.) com 10⁶ de eritrócitos parasitados. Os animais (fêmeas e machos entre 4 a 6 semanas) foram divididos em quatro grupos, dentre os quais os grupos Açaí e PbA+Açaí foram mantidos com uma dieta exclusiva com ração enriquecida com açaí, e aos grupos Controle e PbA foram proporcionadas somente ração padrão durante os 22 dias de experimento. Para caracterização do quadro de MCE foram avaliados diversos parâmetros como o surgimento dos sinais clínicos, curva de sobrevivência, parasitemia (%), ganho de massa corpórea e permeabilidade vascular. Para avaliação das alterações comportamentais e locomotoras dos animais foi utilizado o protocolo SHIRPA. Observamos prolongamento de sobrevida dos animais infectados e tratados com dieta enriquecida com açaí, além de diminuição das alterações neurológicas decorrentes da exposição do parênquima cerebral. Este trabalho nos permitiu validar o desenvovimento do quadro de malária cerebral experimental (MCE) em modelo murino e avaliar o efeito neuroprotetor do açaí (Euterpe oleracea) no decorrer da doença.

  • ANANDA MARQUES PETY
  • NOVAS ABORDAGENS EVOLUTIVAS EM PEIXES DA AMAZÔNIA: MAPEAMENTO DE ELEMENTOS REPETITIVOS COMO MARCADORES PARA ESTUDOS EM ESPÉCIES DO CLADO PECKOLTIA (SILURIFORMES, LORICARIIDAE)

  • Data: 30/04/2018
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  • Os dados citogenéticos fornecem informações importantes sobre a diversidade de Loricariidae, pois eles corroboram as análises de classificação das espécies não descritas e ajudam na compreensão da diversidade inter-intraespecífica. No entanto, entre as espécies do clado Peckoltia, somente a determinação do número de cromossomos não resolve essas questões, porque a maioria das espécies exibe um número diplóide (2n) estável. Assim, o uso de outros marcadores cromossômicos, são necessários para esclarecer a organização genômica dessas espécies e entender sua diversidade. O mapeamento físico de DNAs repetitivos tem sido amplamente utilizado como uma ferramenta importante no estudo de problemas taxonômicos e evolutivos em peixes, bem como para entender os processos de organização genômica e diversificação. O objetivo do presente trabalho foi mapear sítios ribossômicos (rDNA) 5S e 18S em Ancistomus feldbergae e cinco espécies de Peckoltia: P. cavatica; P. multispinis; P. oligospila; P. sabaji e P.vittata, e discutir os mecanismos de organização e diversificação dessas sequências. Os resultados do presente estudo demonstram que todas as seis espécies analisadas possuem cariótipo constituído de 52 cromossomos, mas possuem fórmula cariotípica divergente. Regiões Organizadoras de Nucléolo (NOR) do tipo simples foram observadas em Ancistomus feldbergae, P. cavatica, P. multispinis e P.vittata, enquanto NOR múltiplas foram encontradas em P. oligospila e P. sabaji. Foram observadas variações extensas no número e localização dos sítios de rDNA 5S e 18S entre as espécies. Esses dados indicam que as inversões não são os únicos eventos mais importantes na evolução do cariótipo neste grupo e devem ser úteis na identificação das espécies estudadas aqui. Além das inversões, as transposições são importantes eventos evolutivos envolvidos, pelo menos, em clusters de rDNA que se espalham em Peckoltia e provavelmente em outras espécies de Hypostominae.

  • IVETE FURTADO RIBEIRO CALDAS
  • O QUE OS OLHOS NÃO VÊEM O CORAÇÃO NÃO SENTE: IMPLICAÇÕES PARA A OPINIÃO SOBRE A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

  • Data: 27/04/2018
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  • Introdução: O crescimento da violência urbana tem levado a sociedade a cobrar do Estado medidas mais severas e punitivas para resolver o problema da criminalidade juvenil. Uma das propostas é a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. As discussões sobre essa proposta têm sido polarizadas ideologicamente e são raras as instâncias onde o debate é baseado em evidências científicas confiáveis. Nessa pesquisa, tentamos contribuir para identificar os condicionantes sociais e morais implícitos associados com a questão da maioridade penal. Para isso, desenhamos dois experimentos para avaliar como fatores socioeconômicos, sociodemográficos e o desenvolvimento moral do indivíduo influenciam na opinião sobre o tema. Objetivo: Verificar a relação entre fatores socioeconômicos, sociodemográficos e o desenvolvimento moral na opinião sobre a redução da maioridade penal. Materiais e Métodos: Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa com delineamento transversal que constituiu-se de dois experimentos: Experimento Belém e Experimento Regional. No Experimento Belém os dados foram coletados em dois locais públicos do município de Belém, Pará, a Praça Batista Campos e o Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA). No Experimento Regional foi utilizada uma ferramenta on line com o intuito de alcançar pessoas de diferentes regiões do território brasileiro. A amostra foi composta por indivíduos maiores de 18 anos de ambos os sexos. Os instrumentos utilizados foram: (1) Questionário socioeconômico e sociodemográfico e (2) Dilema do adolescente em conflito com a lei. Na análise dos dados foi utilizado o teste do Qui-quadrado (χ2) de Pearson e a mineração de dados. Resultados: Os funcionários do tribunal apresentam preferência por estágios inferiores (estágio 1) e menor nível de competência moral (índice C médio) (3,97, diferente do público em geral que prefere estágios superiores (estágio 6) e índice C (14.29). Houve uma relação significativa entre a preferência de estágios e a opinião dos sujeitos, apenas no grupo dos funcionários do tribunal (χ2 = 20,665, df = 10, p = 0,024). O primeiro é menos de acordo com a redução da idade de responsabilidade criminal do que o segundo. Conclusão: A acurácia da opinião é maior nos extremos da distância psicológica, ou seja, quando o indivíduo está muito distante ou muito perto da realidade desse adolescente.

  • RAISSA MELO DE SOUSA
  • CARACTERIZAÇÃO DO PADRÃO DE EXPRESSÃO E METILAÇÃO DO GENE P21CDKN1A/CIP1 EM TUMORES MAMÁRIOS CANINOS

  • Data: 20/04/2018
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  • A maioria dos tumores mamários caninos são malignos, fazendo com que o animal venha a óbito. Um dos fatores envolvidos nessa patogênese é a alteração no nível de expressão do gene P21, que codifica uma proteína que pode inibir a iniciação e a progressão tumoral. Um evento que pode afetar o nível celular da proteína p21 e o perfil de metilação desse gene, podendo ocasionar um silenciamento gênico ou uma superexpressão dele. Considerando a importância funcional desse gene, este estudo tem o objetivo de avaliar o perfil de metilação e expressão do gene P21 em tumores mamários de cadelas do estado do Pará, com o intuito de identificar marcadores moleculares de diagnóstico precoce, sobrevida e prognóstico. Para isso, 83 amos-tras de tecidos tumoral e não tumoral foram coletadas no Hospital Universitário Mário Dias Teixeira, em Belém. O DNA e RNA de cada amostra foram extraídos utilizando kits específi-cos. Para as análises de metilação, o DNA obtido foi submetido ao processo de modificação, com posterior técnica de Bisulfite Sequencing PCR, utilizando iniciadores específicos para re-gião e posterior visualização em gel de agarose 2%. Os resultados do sequenciamento foram analisados no software BiQ Analyzer a fim de avaliar o padrão de metilação. Para análise de expressão gênica, foi realizada a quantificação do mRNA do gene-alvo utilizando a técnica de PCR em tempo real, utilizando como controles constitutivos os genes GAPDH e HPRT1. Com análise estatística feita por meio dos testes Exato de Fisher, Odds Ratio e Mann-Whitney no programa GraphPad Prism, considerando os resultados significativos quando p ≤0.05, com in-tervalo de confiança 95%. Para avaliação do perfil de metilação, foi realizada a caracterização das ilhas CpGs do gene P21, sendo que a ilha 1 está localizada em um íntron e possui 34 sítios CGs, enquanto que a ilha 2 foi identificada no éxon 2, com 22 sítios CGs. Na ilha 1 não foi detectada metilação, enquanto que a ilha 2 estava metilada, contudo o perfil de metilação não foi diferente entre as amostras tumorais, não tumorais e controles, não sendo possível correla-cionar os valores de metilação com os dados clínicos e de expressão. Os níveis de expressão das amostras tumorais foram baixos quando comparados com as amostras não tumorais e con-trole, demostrando que o papel de p21 nesses tumores pode se apresentar alterado. No entanto, nenhuma correlação estatisticamente significativa foi observada entre a expressão e os dados clínicos e histopatológicos dos pacientes. Apesar disso, foi observada uma expressão reduzida em animais com sobrevida >1 ano de idade, e uma expressão elevada em animais com sobrevida < 1 ano de idade, sugerindo a influência de p21 como um marcador de prognóstico. Ainda são necessários estudos mais detalhados do gene P21 para verificar se essas alterações poderão ser utilizadas como marcadores moleculares, e assim colaborar no prognóstico e detecção do câncer na espécie.

  • FELIPE ANDRE DA COSTA BRITO
  • MOSAICO: DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA GERADOR DE ESTÍMULOS VISUAIS DE MOSAICO.

  • Data: 17/04/2018
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  • A visão de cores e a visão de luminância são de grande importância nas diversas atividades do ser humano e por isso deficiências nestas funções visuais podem comprometer enormemente o poder laboral e a qualidade de vida de uma pessoa. Diversas propostas de avaliação visual têm sido desenvolvidas em plataformas computadorizadas e não computadorizadas. As ferramentas para avaliação da visão de cor e luminância, utilizando estímulos do tipo de mosaico variegado, presentes atualmente no mercado possuem pouco ou nenhum controle do usuário sobre os parâmetros do estímulo. Esta dissertação tem por objetivo apresentar o desenvolvimento de um programa que permite ao usuário um maior controle dos parâmetros dos de estímulos de mosaico. Para o desenvolvimento deste programa foi utilizada a linguagem unificada de modelagem (UML) que permite a especificação, documentação e visualização de objetos de um programa através de diagramas padronizados. O programa foi escrito em linguagem MATLAB e foi criado um executável para utilização do programa pelo usuário. O programa final foi chamado de MOSAICO e permite a criação de uma grande variedade de estímulos de mosaico variegado. O programa apresenta um maior número de vantagens que outras propostas de geradores deste tipo de estímulo e poderá contribuir com os cientistas visuais interessados no estudo de discriminação de cor e luminância.

  • ANA PAULA SIROTHEAU CORREA RODRIGUES
  • REABILITAÇÃO DE PACIENTES COM IMPLANTE COCLEAR UTILIZANDO UMA NOVA ABORDAGEM NA ANÁLISE DA PERCEPÇÃO AUDITIVA

  • Data: 28/03/2018
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  • A comunicação é a forma que temos de interagir com o mundo, essa comunicação pode ser verbal ou não verbal. Para o progresso satisfatório da comunicação oral é necessário que a via auditiva, desde a porção central até a porção periférica esteja funcionando adequadamente. Quando ocorre alguma alteração na via auditiva, é necessário o uso de dispositivos que auxiliem a percepção do som, dentre estes instrumentos destacamos o implante coclear, porém, para o aproveitamento adequado deste recurso, é imprescindível uma reabilitação eficiente. Objetivo: Desenvolver um simulador de implante coclear com a finalidade de proporcionar ao reabilitador identificar o estímulo recebido pelo deficiente auditivo, e dessa forma atuar nas programações das sessões de reabilitação, para que os sons possam ser detectados corretamente, favorecendo o desenvolvimento ou a manutenção da comunicação oral. Métodos: Para o desenvolvimento do estudo foram formados 3 grupos de indivíduos: o primeiro grupo foi constituído por 6 pacientes implantados que receberam como estimulo o som puro. Os grupos 2 e 3 foram compostos por normo-ouvintes que receberam os sons filtrados pelo simulador de implante coclear, o grupo 2 com 22 indivíduos recebeu os sons filtrados para 22 canais ativados (100%) e o grupo 3 percebeu sons filtrados com 17 canais ativados (77%), correspondendo ao número de canais ativados em um implante coclear. Todos os participantes foram submetidos a sessões com estímulos audiovisuais em um software executado em um computador com tela sensível ao toque. Os estímulos são 124 palavras extraídas de uma lista utilizada no exame de logoaudiometria, sendo 16 trissílabos, 46 dissílabos e 62 monossílabos. As palavras trissílabas foram geradas sinteticamente e as demais gravadas em voz feminina de fonoaudióloga. Resultados: Observou-se que todos os grupos apresentaram maior dificuldade na detecção de monossílabos, onde o período de latência foi aumentado e ocorreram mais erros para percepção do som, isso deve-se a diminuição da pista auditiva. E, portanto, se houver um tratamento de reabilitação individualizado, acredita-se que o desenvolvimento do deficiente auditivo implantado decorra de uma forma mais eficiente.

  • LORENA DUARTE FERNANDES
  • ANÁLISE DE ALTERAÇÕES MOLECULARES NOS GENES ND1 E ND3 EM CÂNCER DE PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS NA POPULAÇÃO PARAENSE

  • Data: 09/03/2018
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  • O carcinoma broncopulmonar é o mais frequente em todo o mundo, sendo uma das neoplasias mais agressivas, possuindo uma razão mortalidade/incidência em torno de 90%, com sobrevida global em cinco anos baixa, cerca de 10 a 15%, na maioria das populações do mundo. Na Região Norte do Brasil, esta patologia é a terceira mais frequente entre os homens e a quarta entre as mulheres. Do ponto de vista anatomopatológico, o câncer de pulmão é classificado em dois tipos principais: pequenas células e não-pequenas células, sendo este último o mais incidente, respondendo por 75% dos casos. Atualmente, a distinção entre os subtipos se baseia em diferenças histológicas, imunohistoquímicas e moleculares. Nesse contexto, é importante ressaltar que as informações moleculares influenciam não só no diagnóstico, prognóstico, mas também na conduta terapêutica. Diversas alterações genéticas e epigenéticas do genoma nuclear estão relacionadas a patogênese deste tumor. Entretanto, alterações na fosforilação oxidativa resultantes da disfunção mitocondrial tem sido há muito tempo sugeridas como envolvidas no processo de tumorigênese. Dessa forma, o presente estudo analisou dois genes do DNA mitocondrial (ND1 e ND3) integrantes do complexo I da cadeia respiratória mitocondrial em 66 amostras de tecido pulmonar de pacientes com e sem câncer de pulmão não pequenas células na população do estado do Pará. Após a análise pelo sequenciamento, foram identificadas quatro alterações no gene ND1: C3553T, T3552A, C3595ins e G3666A e apenas duas alterações no gene ND3: A10398G e C10400T. Dentre as alterações encontradas no gene ND1, não foram observadas significância estatística em relação ao desenvolvimento do câncer de pulmão. Entretanto, foi descoberto uma alteração estrutural no gene ND1 na presença de C3595ins, ainda não descrita na literatura. Ao passo que, a presença do alelo A, observada em T3552A no gene ND1, foi associada de forma significativa ao um efeito protetor ao desenvolvimento de câncer de pulmão. Já alterações no gene ND3 (G10398A e T10400C) foram significantemente associadas com o câncer de pulmão, sendo estas alterações em ND3 potenciais para utilização como marcadores em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células.

  • LAIS TEIXEIRA BONFIM
  • Avaliação do efeito citoprotetor do composto homeopático Canova®
    em linhagem celular de rim de macaco verde africano (VERO) exposta
    ao fármaco dipirona sódica.

  • Data: 01/03/2018
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  • O paracetamol, a dipirona sódica e o ibuprofeno estão entre os principais medicamentos isentos de prescrição médica disponíveis nas farmácias. Entre estes fármacos, a dipirona sódica tem se destacado na literatura como um dos medicamentos mais utilizados. Apesar de seu amplo uso, nosso grupo de pesquisa tem demostrado que a dipirona sódica apresenta efeitos genotóxicos e citotóxicos. Desta forma, são de grande importância estudos com medicamentos que proporcionem proteção ou que amenizem os eventuais danos causados por esta droga. O composto homeopático Canova® (CA) parece ser um bom candidato para esse fim, uma vez que ameniza os efeitos colaterais de medicamentos a ele associado. Portanto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o possível efeito citoprotetor do CA em linhagem celular de rim de macaco verde africano (VERO) exposta ao fármaco dipirona sódica utilizando os ensaios do cometa, apoptose e imunocitoquímica. Nossos resultados demonstaram através do teste do cometa que a dipirona sódica induziu um aumento no índice de dano (ID) ao DNA da linhagem VERO. No entanto, quando estas células foram co-tratadas com CA nas três concentrações estudadas, observou-se uma redução significativa no ID, o que indica um possível efeito antigenotóxico do CA. Quanto ao ensaio de apoptose e necrose observamos que a dipirona induziu um aumento na percentagem de apoptose tanto em 24 quanto em 48 h. Entretanto, quando este fármaco foi associado ao CA, foi observada uma redução significativa neste efeito nas três concetrações de CA + dipirona. No que diz respeito aos resultados de imunocitoquímica, foi demonstrado um aumento na expressão de caspase 8 e citocromo C quando as células foram expostas à dipirona; em contrapartida, o co-tratamento reduziu significativamente este efeito. Quanto à expressão de caspase 9, observamos que a dipirona induziu um aumento nesta atividade, porém o co-tratamento não apresentou a capacidade de reduzir tal efeito. Desta forma, desmonstrou-se, em nossas condições experimentais, que CA age como citoprotetor conta os danos causados pela dipirona.

  • SILVIA MARIA MACHADO DA ROCHA
  • PERFIL CITOPATOLÓGICO DE PACIENTES ATENDIDAS NA CASA DA MULHER E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DO ÁCIDO CAURENOICO CONTRA LINHAGENS DE CÂNCER CERVICAL

  • Data: 28/02/2018
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  • O câncer do colo do útero (CCU), de grande importância para saúde pública, sendo considerado o 4º tipo de câncer que mais acomete mulheres no mundo, possui como principal fator de risco infecções por papilomavírus humanos (HPVs). Aproximadamente 70% de mulheres com câncer de colo de útero encontram-se em regiões menos desenvolvidas, o que demonstra uma relação socioeconômica. Os papilomavírus pertencem à família Papillomaviridae, que abrangem mais de 40 gêneros, dos quais cinco são compostos de HPVs, com pelo menos 200 espécies já descritas associadas a infecções humanas. Estes vírus são envelopados, esféricos e possuem como genoma DNA de fita dupla. Os HPVs possuem tropismo por células epiteliais e infecções persistentes podem levar a transformações intraepiteliais progressivas com evolução para lesões precursoras do câncer cervical, e por fim câncer. A infecção por HPV é a infecção sexualmente transmissível (IST) mais comum em todo o mundo e a maioria das pessoas sexualmente ativas, homens e mulheres, terá contato com o vírus durante algum momento da vida. No presente estudo foram analisados o perfil citopatológico de pacientes atendidas em uma Unidade de Referência Secundária em Câncer Ginecológico do município de Belém/PA e a atividade do ácido caurenoico contra linhagens de câncer cervical. Para tanto houve a identificação do perfil dos achados microbiológicos e citopatológicos nos exames realizados pelo laboratório da Casa da Mulher, durante o período de um ano, sendo utilizados dados de 2.202 exames preventivos de câncer de colo de útero (PCCU), apresentando fraca correlação entre faixa etária e frequência de achados microbiológicos e alterações patológicas. Já os achados microbiológicos, apresentaram a presença de três espécies: Gardnerella vaginalis (23,48%), Candida sp. (12,44%) e Trichomonas vaginalis (0,68%). A prevalência de anormalidades citológicas correspondeu a 5,72%. As atipias celulares de significado indeterminado a 2,679%, e a proporção total das lesões neoplásicas potencialmente malignas foi de 1,09%. O aumento da cobertura de PCCU na população feminina precisa ser alcançado e a promoção da saúde deve ser efetivada por meio de parcerias intersetoriais, participação popular e responsabilização coletiva pela qualidade de vida. Já a avaliação do efeito genotóxico e mutagênico do ácido caurenoico (AC) em linhagens de câncer cervical foi realizada com a utilização de linhagens HeLa (HPV18-positivo), CaSki (HPV16-positivo) e C33A (HPVnegativo), sendo que o AC mostrou forte correlação positiva com os indicadores de genotoxicidade avaliados. Em concentrações elevadas, inibiu a expressão dos genes E6 e E7 de HPV, que interferem na regulação do ciclo celular. E, mesmo sendo observados efeitos genotóxicos, os ensaios apontaram para possibilidade do uso do AC como matéria-prima de agentes terapêuticos para câncer cervical com presença de HPV, assim como em pesquisas futuras sobre as funções de E6 e E7.

  • LOUISE BOGEA RIBEIRO
  • COMPLEXIDADE SEMÂNTICA E HABILIDADE DE DECODIFICAÇÃO: UM MODELO QUANTITATIVO DA COMPREENSÃO DE TEXTOS DENOTATIVOS EM LÍNGUA PORTUGUESA BASEADO NA TEORIA DA INFORMAÇÃO.

  • Data: 26/02/2018
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  • Com base em princípios da neurociência cognitiva e da teoria da informação, com ênfase no trabalho de Claude Shannon, realizou-se uma análise estatística de 33.101 palavras a partir da coleta de textos científicos da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações e da Biblioteca Digital da USP, mediante a utilização da linguagem de programação C# e do Microsoft Visual Studio 2012 enquanto complemento do código, incluindo o SQL Server Management Studio 2012 para o gerenciamento do banco de dados, em prol do desenvolvimento do programa de processamento de informação intitulado de CalcuLetra, com o objetivo de mensurar a dificuldade de compreensão textual em Língua Portuguesa. A partir das premissas de que o aprendizado dos significados das letras, palavras e outros símbolos favorece o desenvolvimento do sistema nervoso central de humanos; que o comportamento metacognitivo do leitor permite a resposta a estímulos advindos do processo de leitura; e que as palavras de maior ocorrência no banco representam as mais conhecidas pelos seus autores, o algoritmo determina, assim, o grau de familiaridade das palavras conforme os parâmetros matemáticos e estatísticos do banco. Ao comparar textos não literários ou denotativos com os valores probabilísticos encontrados, revela-se quão compreensivo é o texto inserido no programa, considerando leitores neurotípicos e que o conteúdo possua os devidos elementos de coesão textual, conforme as regras gramaticais da língua. Nossos resultados revelam grupos de palavras que causam a incompreensão ou facilitam a leitura. Adicionalmente, mostramos lacunas de vocabulário e na utilização do dicionário.
    Apesar dos resultados preliminares, este estudo foi mais uma prova de conceito para o método empregado e demonstrou seu potencial para futuras pesquisas.
    A metodologia do modelo de quantificação pode ser adaptada a outras línguas, e espera-se que a pesquisa possa contribuir em prol da elaboração de diagnóstico objetivo de transtornos do comportamento (ex. dislexia), mediante classificação quantitativa da incompreensão escrita; e ter a sua aplicabilidade enquanto instrumento auxiliar na análise de exames dissertativos de vestibulares, do Enem e de concursos públicos, cuja avaliação é ainda de forma subjetiva.

  • CLEBSON PANTOJA PIMENTEL
  • INVESTIGAÇÃO DE OCORRÊNCIA DE ALTERAÇÕES MOLECULARES NOS GENES KRAS, HRAS, NRAS E BRAF EM CARCINOMA PAPILÍFERO DA TIREOIDE

  • Data: 25/01/2018
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  • O tipo mais comum de câncer de tireoide é o Carcinoma Papilífero (PTC), que representa 80% de todos os casos de neoplasias que acometem essa glândula. O PTC é um tumor maligno, de evolução lenta, que ocorre em qualquer idade, com maior frequência entre 30 a 40 anos. A via metabólica MAPK é a via mais associada ao PTC. Dentre as muitas proteínas que atuam nessa via e que se encontram alteradas nos casos de PTC, destacam-se aquelas codificadas por genes pertencentes às famílias RAS e BRAF. Considerando que na Amazônia brasileira, os estudos genéticos e clínicos sobre o câncer de tireoide são raros, o presente trabalho teve como objetivo investigar possíveis alterações nos genes HRAS, NRAS, KRAS e BRAF em pacientes portadores de PTC oriundos de um hospital público da cidade de Belém (PA), e fazer a associação entre a mutação encontrada e os achados bioquímicos e clínicos. Para isso, foram utilizadas como ferramentas a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) e a técnica de sequenciamento automático direto. A análise estatística foi realizada pelo pacote de software SPSS versão 21.0. Os dados contínuos foram expressos em média e desvio padrão e os dados categóricos foram expressos em porcentagem. O teste t de Student foi utilizado para avaliar as variáveis contínuas e os testes exato de Fisher e Qui-quadrado foram usados para analisar as variáveis categóricas. Foi considerado p<0,05 como significativo em todas as análises. Como resultados, a análise por sequenciamento do gene BRAF revelou a presença da mutação BRAFV600E em 21 de 53 pacientes (16 mulheres e 5 homens, 39,6%), assim como uma mutação nova no códon 38 no gene K-RAS (p.D38E). Em relação aos dados clínicos, houve uma associação significativa entre a mutação BRAFV600E e rouquidão, assim como entre a mutação BRAFV600E e metástase linfonodal. Adicionalmente, a observação de uma nova mutação no gene K-RAS indica que o número de alterações gênicas envolvendo a via metabólica MAPK encontra-se ainda incompleto. Os dados obtidos podem ser utilizados para uma melhor avaliação pré-cirúrgica de tumores tireoidianos, com o objetivo de aumentar a sensibilidade para a detecção do câncer e evitar cirurgias desnecessárias de lesões erroneamente identificadas como malignas.

2017
Descrição
  • ALODIA BRASIL COSTA
  • ESTUDO ELETRORRETINOGRÁFICO DA ADAPTAÇAO À LUZ DE VIAS DE PROCESSAMENTO ESPECÍFICAS DE CONE E DE OPONÊNCIA EM COR E LUMINÂNCIA

  • Data: 15/12/2017
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  • O sistema visual apresenta uma função essencial denominada adaptação à luz ou adaptação fotópica que consiste na regulação da sensibilidade à luz permitindo adaptação visual a ampla faixa de níveis de iluminação. Esse fenômeno não está totalmente elucidado. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar a magnitude e padrão temporal da variação das respostas elétricas da retina para estímulos seletivos à cone L e à cone M e para estímulos específicos da via de luminância e da via de cor vermelho-verde, possibilitando a avaliação da atividade das vias visuais parvocelular vermelho-verde (via P) e magnocelular (via M), durante a adaptação à luz. Para tal, 6 sujeitos saudáveis foram submetidos a 30 minutos de adaptação ao escuro e em seguida a um campo constante de adaptação à luz por 16 min. Os estímulos foram dados a cada 2 min e registrada a resposta elétrica da retina por eletrorretinograma de campo total (ffERG) ao longo dos 16 min. Foi utilizada a técnica de tripla substituição silenciosa para isolamento das respostas das vias originadas nos cones L ou M. Também foram utilizados estímulos específicos de luminância (Lum) e de cor vermelho- verde (Crom). Para cada tipo de estimulação utilizou-se frequências temporais intermediária (12 Hz, que reflete a atividade da via P) e alta (36 Hz, que reflete a atividade da via M) resultando em 8 condições de estimulação. Amplitude e fase dos componentes primeiro (F), segundo (2F) e terceiro harmônico (3F) foram extraídas por Transformada Rápida de Fourier. Observou-se que amplitude e fase aumentaram ao longo do tempo de adaptação à luz com formas de onda senoidais simples na maioria dos componentes e condições de estimulação.Os aumentosrelativos de amplitude de Fnasrespostas conduzidas por cone M durante a adaptação à luz foram maiores do que nas conduzidas por cone L em ambas as frequências temporais, 12 Hz (M= 1,21; L= 0,33) e 36 Hz (M= 1,94; L= 0,55), assim como foram maiores em 36 Hz que em 12 Hz para os dois cones. Em geral, houve leve aumento de fase de F durante o tempo de adaptação à luz (< 30 graus), levemente maiores em 36 Hz. Quanto à cinética de adaptação à luz, amplitude e fase de F que parecem refletir a atividade da via P apresentaram adaptação mais rápida (Cone L 12 Hz, Cone M 12 Hz, Crom 12 Hz, Lum 12, com média de 1,4 min) e aquelas que provavelmente refletem atividade da via M apresentaram adaptação mais lenta (Lum 36 Hz, Cone L36 Hz, Cone M 36 Hz, com média de 4,9 min). Assim, via M e P apresentaram distintas magnitude e cinética de adaptação à luz, sendo a via M a via de maior aumento e mais lenta adaptação. 

  • GISELLE CRISTINA BRASIL CARVALHO
  • CITOPROTEÇÃO DO ÁCIDO KÓJICO (AK) NA MORTE INDUZIDA POR LPS EM CÉLULAS DE MÜLLER DE RETINA DE EMBRIÃO DE GALINHA

  • Data: 07/12/2017
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  • 5-Hidroxi-2-hidroximetil-γ-pirona (AK), conhecido inibidor de tirosinase, enzima importante para síntese de melanina e por isso é usado para desordens de pigmentação. AK também promove significativa ativação de macrófagos e promove acúmulo citoplasmático de espécies reativas de oxigênio (EROs), o que sugere seu papel como potencializador do sistema imune como microbicida. Não existe trabalho na literatura que mostra a ação do AK no sistema nervoso central (SNC) como ativador celular e seu possível papel protetor frente a infecções. Para testar essa hipótese usamos glias de Muller da retina que apresentam propriedades semelhantes aos dos macrófagos e LPS, como ativador glial. Portanto, o presente trabalho avalia a ação do AK como possível papel protetor na morte celular induzida por LPS, em cultura de células da glia provenientes de embriões de galinha. Culturas enriquecidas com células da glia, foram tratadas com AK (10, 25, 50 e 100 μM) e LPS (0,1; 1; 10, 100 e 500 ng/mL) durante 24 horas. Após tratamento, as células não mostraram citotoxicidade tratadas com AK, entretanto, tratadas com LPS ocorreu morte celular, de uma maneira dose-dependente. Verificamos o acúmulo de EROs em grupos tratados com AK (100 μM) e LPS (100 e 500 ng/ml), sendo que nas culturas co-tratados com AK e LPS nas mesmas concentrações houve uma redução desse acúmulo. AK também foi capaz de inibir a atividade das enzimas antioxidantes, ( catalase e Superóxido dismutase) e inibir os níveis de glutationa, enquanto LPS produz um aumento na atividade dessas enzimas. AK foi capaz de inibir as enzimas antioxidantes e glutationa do aumento induzido por LPS. Esses dados revelam que AK promove a modulação do balanço oxidativo e antioxidativo como possível mecanismo protetor na morte celular produzido por LPS em células enriquecidas de Glia de Müller.

  • NELISSON CLEI FERREIRA ALVES
  • PREVALÊNCIA E ASSOCIAÇÃO DA INFECÇÃO GÁSTRICA POR HELICOBACTER PYLORI E DO VÍRUS EPSTEIN-BARR EM CASOS DE GASTRITE NA POPULAÇÃO DO AMAPÁ

  • Data: 03/11/2017
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  • A epidemiologia da HP e do vírus Epstein-Barr (EBV) é mundial. A prevalência de ambos os agentes carcinogênicos na população humana mundial é de cerca de 45%. Um estudo recente sugere que coinfecção de EBV com HP cagA positiva, aumenta o potencial oncogênico desta bactéria. O objetivo deste trabalho foi identificar a prevalência da bactéria HP e do EBV e a associação desses patógenos e do gene cagA em pacientes com gastrite na população do Amapá. Foi realizado um estudo descritivo, do tipo transversal, onde foram analisadas 292 amostras de mucosa gástrica de pacientes com gastrite submetidos a endoscopia, com faixa etária entre 14 e 83 anos de idade. Para detecção da HP foi utilizado o teste da Urease e a Reação em Cadeia da Polimerase, esta metodologia também serviu para revelar as cepas cagA positivas da bactéria. Adicionalmente, foi utilizada a técnica de hibridação in situ para detecção do EBV e a análise microscópica que determinou as características histopatológicas da mucosa gástrica. Resultados: Nosso estudo mostrou alta prevalência de casos de HP em pacientes com gastrite com uma frequência relativa de 87,67% dos 292 casos analisados, sendo maior incidência, dos casos positivos para HP, no sexo feminino, 88,27%. A incidência do gene cagA em amostras de pacientes positivos para HP foi de 72,66%, com maior prevalência no sexo feminino, 75,32%. No presente estudo foram encontrados 8,59% dos pacientes com infecção viral causada por EBV em amostras positivas para HP com maior prevalência no sexo masculino, 9,18%. De acordo com a faixa etária nosso estudo mostrou maior prevalência do gene cagA e do EBV em pacientes positivos para HP no segmento entre 44 e 54 anos, com 23,12% e 36,37%, respectivamente. A maioria dos achados deste estudo assemelha-se aos relatos da literatura, contudo, evidenciou-se a necessidade de estudos com maior casuística a fim de melhor esclarecer se há ou não há correlação entre a infecção por HP e EBV no norte do Brasil.

  • FABIO DA SILVA WAN-MEYL
  • CORRELAÇÃO ENTRE MEDIDAS QUANTITATIVAS DE ESPESSURA RETINIANA, CONCENTRAÇÃO DE METABÓLITOS ENCEFÁLICOS E FUNÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS DE PACIENTES COM TRANSTORNOS NEUROCOGNITIVOS

  • Data: 18/10/2017
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  • Atualmente, com o aumento na expectativa de vida das populações humanas, as doenças neurodegenerativas, de comum ocorrência com o avançar da idade, tornaram-se fonte de serias preocupações. Deste modo, tem sido fomentado em todo o mundo a investigação de novos meios de diagnóstico precoce de transtornos neurocognitivos associados a doenças como a de Alzheimer e de Parkinson, assim como a melhoria do entendimento dos métodos de diagnóstico clinico neurológico atualmente disponíveis. Neste sentido, este trabalho propõe investigar a existência de possíveis correlações entre os resultados de exames utilizados na investigação clínica neurológica de pacientes diagnosticados com transtorno neurocognitivo associado a essas importantes doenças neurodegenerativas (doenças de Alzheimer e Parkinson). Os resultados mostram que a medida da espessura da camada de fibras nervosas da retina perimacular, realizada por tomografia de coerência óptica, é um parâmetro que pode não diferir de modo relevante entre grupos de pacientes e sujeitos saudáveis. Por outro lado, a medida da amplitude dos sinais espectroscópicos gerados por metabólitos encefálicos, realizada por espectroscopia de prótons em ressonância magnética, revela alterações encefálicas que variam de região para região. Além disso, a medida neuropsicológica de funções cognitivas, realizada pela aplicação da bateria automatizada CANTAB, revela que diversos aspectos dessas funções estão prejudicados nesses pacientes. Finalmente, a Análise de Componente Principal mostra que, considerando o conjunto de variáveis obtidos pelas medidas tomográficas e neuropsicológicas, é possível observar uma correlação entre várias dessas variáveis. Deste modo, conclui-se que correlacionando os resultados obtidos por diferentes abordagens pode agregar potencial na interpretação dessa casuística, o que não seria possível se considerarmos tais dados de modo isolado.

  • CAROLINA DOS SANTOS ARAUJO
  • Estudo de mecanismos cromáticos e acromáticos para o potencial cortical provocado visual (VECP) e multifocal (mfVEP)

  • Data: 06/10/2017
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  • Os potenciais provocados visuais (VECP) e multifocais (mfVEPs) vem sendo amplamente utilizados para investigar o processamento da informação cortical em resposta a estímulos em diferentes locais do campo visual e apresentam o potencial de fornecer informações complementares aos VEPs convencionais sobre mecanismos cromáticos e acromáticos da visão humana. O objetivo deste trabalho foi investigar a contribuição dos mecanismos cromáticos e acromáticos ao VECP e mfVEP a partir de dois experimentos: no primeiro, 9 sujeitos tricromatas saudáveis, com acuidade visual normal ou corrigida para 20/20, foram avaliados sob uma estimulação visual de 8º de tamanho, formada por redes senoidais acromáticas em 7 frequências espaciais (de 0,4 a 10 cpg) e em seis níveis de contraste (3,12% a 99%); no segundo, foi apresentada para 14 sujeitos saudáveis, com acuidade visual normal ou corrigida para 20/20 (12 tricromatas, 1 discromatópsico do tipo protan e 1 discromatópsico do tipo deutan) uma estimulação multifocal em formato de tabuleiro de dardos com 60 setores cobrindo 40° de ângulo visual em 7 razões diferentes de luminância vermelho-verde (R/R+G) e em uma condição acromática (99%). As duas estimulações foram apresentadas sob a forma de padrão reverso, controlado temporalmente por sequências-m. O primeiro slice (K2.1) e o segundo slice (K2.2) do kernel de segunda ordem foram extraídos. No experimento 1, foram analisados os componentes principais das formas de onda registradas e no experimento 2 foi analisada a relação sinal-ruído (SNR) das formas de onda para classificá-las como confiáveis (SNR> 1,35) ou não confiáveis (SNR <1,35) e foi quantificado o número de formas de onda confiáveis em 6 anéis diferentes de mesma excentricidade visual (R1 sendo o anel central e R6 o anel mais periférico). Os resultados do experimento 1 indicaram que as respostas em K2.1 foram dominadas pela via M, já as respostas em K2.2 refletiram a contribuição apenas da via P. Os resultados do experimento 2 foram semelhantes para K2.1 e K2.2. Nos anéis R1-R4, todas as proporções de luminância vermelho-verde apresentaram um número similar de formas de onda confiáveis. Nos anéis R5-R6, havia mais formas de onda confiáveis nas razões de luminância vermelho-verde com alto contraste de luminância, enquanto a condição equiluminante apresentava o menor número de respostas confiáveis. Os indivíduos protan e deutan apresentaram resultados invertidos: as condições de estímulo com o verde mais brilhante do que o vermelho geraram formas de onda mais confiáveis no sujeito protan (0.2-0.4), enquanto a combinação oposta gerou formas de onda mais confiáveis no sujeito deutan. Os dois slices do kernel de segunda ordem foram úteis para estudar os mecanismos cromáticos e acromáticos do mfVEP. Os resultados em R1-R4 indicaram uma contribuição semelhante de mecanismos cromáticos e acromáticos para mfVEP, enquanto R5-R6 mostraram contribuição mais pronunciada do mecanismo acromático para o mfVEP. O método utilizado no presente estudo permitiu identificar as características específicas dos sujeitos discromatópsicos protan e deutan a partir dos dados obtidos. 

  • MILENA SILVA DE FREITAS
  • CARACTERIZAÇÃO VOCAL DE PACIENTES PORTADORES DE LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES)

  • Data: 18/09/2017
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  • O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença crônica caracterizada por dano tecidual progressivo. Nas últimas décadas os novos tratamentos aumentaram muito a vida útil dos pacientes com LES. Isso cria uma alta demanda para identificar os sintomas gerais associados ao LES e desenvolver terapias que melhorem sua qualidade de vida sob cuidados crônicos. Nós hipotetizamos que os pacientes com LES deveriam apresentar sintomas disfônicos. Dado que os distúrbios da voz podem reduzir a qualidade de vida, a identificação de uma potencial disfonia relacionada ao LES pode ser relevante para a avaliação e o manejo desta doença. Medimos os parâmetros vocais GRBAS em pacientes com LES e no grupo controle. Os pacientes com LES também preencheram um questionário relatando déficits vocais percebidos. Os pacientes com LES tiveram uma intensidade vocal significativamente menor e uma HNR ruim, bem como aumento dos valores de jitter e shimmer. Todos os parâmetros subjetivos da escala GRBAS foram significativamente anormais em pacientes com LES. Além disso, a grande maioria dos pacientes com LES (29/36) relatou pelo menos um déficit vocal percebido, com déficits mais prevalentes sendo fadiga vocal (19/36) e rouquidão (17/36). Os déficits de voz auto relatados foram altamente correlacionados com os scores de GRBAS alterados. Além disso, os scores de danos nos tecidos nos diferentes sistemas de órgãos correlacionaram-se com os sintomas disfônicos, sugerindo que algumas características da disfonia relacionada ao LES se devem a danos nos tecidos. Nossos resultados mostram que uma grande fração de pacientes com LES sofre de disfonia perceptível e pode se beneficiar da terapia de voz para melhorar a qualidade de vida.

  • NARA GYZELY DE MORAIS MAGALHÃES
  • ALTERAÇÕES DA FORMAÇÃO HIPOCAMPAL DO Calidris pusilla ASSOCIADAS À MIGRAÇÃO OUTONAL DE LONGA DISTÂNCIA

  • Data: 31/08/2017
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  • Após a reprodução na tundra ártica superior, os maçaricos acometidos pela inquietação migratória traçam uma rota preliminar herdada e utilizam bússolas naturais, mapas e marcos visuais, até alcançar, ainda no hemisfério norte, sítios de parada que dispõem dos recursos nutricionais necessários ao rápido e elevado ganho de reservas energéticas, tal como acontece na Baia de Fundy-Canadá. Após esse sítio de parada que é utilizado por 75 % da população de Calidris pusilla, a experiência migratória outonal de longa distância continua com voos de 6 dias ininterruptos sem escala sobre o Atlântico até que essas aves chegam a América do Sul e depois na ilha de Canela – Brasil. Para testar a hipótese de que o processo migratório de longa distância influenciaria a neurogênese, número de astrócitos GFAP positivos e a ativação de genes de expressão rápida capturamos 12 indivíduos em plena atividade migratória na Baia de Fundy e 9 indivíduos na Ilha de Canelas no Brasil. Após a imunomarcação seletiva para neurônios maduros (NeuN), neurônios imaturos (Dcx), astrócitos (GFAP), e ativação neuronal por genes de expressão rápida (c-Fos) quantificamos esses marcadores na formação hipocampal e comparamos resultados dessa quantificação dos indivíduos em migração (Baia de Fundy) com aqueles em período de invernada (Ilha de Canela). Para tanto utilizamos análises estereológicas quantitativas que permitiu estimar o total de células, o número de células ativas, o número total de astrócitos e de neurônios novos e maduros. Para verificar se as diferenças encontradas eram estatisticamente significativas empregamos o teste t Student. Nossos resultados confirmaram que a migração outonal provocou mudanças hipocampais em Calidris pusilla. Após a migração detectamos que a formação hipocampal possui volume maior e mais neurônios novos em contrapartida, menos células ativadas e menor número de astrócitos. Entretanto, esse processo não influenciou o número de células totais e de neurônios maduros. Sugerimos que a diferença encontrada entre o volume e número de neurônios novos, dos indivíduos em plena migração e após o processo ter sido concluído, possivelmente ocorreu em função do processo migratório em combinação com as condições encontradas durante o início do período invernada. O presente trabalho demonstra pela primeira vez que as aves marinhas migratórias de longa distância oferecem janela de oportunidade única para investigar muitas questões relacionadas à neurobiologia celular da migração de uma forma geral, e em particular, sobre a plasticidade neural associada à função da neurogênese do hipocampo adulto das aves. Futuramente pretendemos monitorar a neurogênese nessa espécie durante todo o período de invernada.

  • NAILA FERREIRA DA CRUZ
  • AVALIAÇÃO in vitro DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DA Malpighia glabra Linn. EM AGENTES DA CROMOBLASTOMICOSE

  • Data: 31/08/2017
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  • A cromoblastomicose (CBM) é uma micose por implantação, crônica, de distribuição cosmopolita, causada por fungos melanizados. Após implantação transcutânea, os propágulos dos agentes da CBM apresentam uma plasticidade celular e morfológica única, ocorrendo a diferenciação celular, resultando nas células muriformes. O tratamento dessa micose é um desafio pela ausência de um antifúngico padrão. Vários métodos de terapia são utilizados (físicos e farmacológicos), isoladamente ou associados, no entanto, com pouco sucesso de cura clínica. A região amazônica tem uma vasta biodiversidade de vegetais que precisam ser melhor caracterizados quanto à sua composição química e aplicabilidade no tratamento de diferentes doenças. Nessa variedade de plantas, o fruto da Malpighia glabra Linn. (acerola) apresenta um alto teor de vitamina C, apresentando também vitaminas do complexo B, A, antocianinas e flavonoides, que destacam-se por apresentarem diferentes ações biológicas e terapêuticas já demonstradas tanto em in vitro quanto in vivo. Um grande interesse está atualmente centrado nas atividades biológicas de um destes flavonoides, a quercetina, pois exerce múltiplas atividades farmacológicas, apresentando propriedades biológicas únicas que podem melhorar o desempenho mental e/ou físico, e reduzir o risco de diferentes infecções. Este estudo teve como objetivo avaliar a atividade antifúngica in vitro do extrato da M. glabra em conídios e nas células muriformes de cepas de Fonsecaea spp. O extrato da M. glabra apresentou atividade antifúngica tanto em conídios quanto em células muriformes das cepas avaliadas. Além do extrato bruto, os conídios de diferentes cepas também foram sensíveis a diferentes diluições do extrato. Foram avaliadas a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração fungicida mínima (CFM). A média geométrica da CIM da quercetina para os conídios foi de 4,75 µg/mL e a média geométrica da CFM foi de 11,31 µg/mL, isso sugere que a quercetina apresenta ação fungistática. São necessários mais estudos para que futuramente a M. glabra ou a quercetina, isolada ou associada com outro componente isolado do extrato, possa ser usada para o tratamento da CBM.

  • AMIR SAMER ZAHLAN
  • SISTEMA ROBOTIZADO PARA REABILITAÇÃO DE ACOMETIDOS PELO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO – AVE

  • Data: 03/08/2017
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  • O AVE está em quinto lugar entre as doenças que mais matam nos Estados Unidos sendo, também, uma das principais causas de incapacidade neurológica do mundo. Nos últimos anos, a terapia robótica vem ganhando cada vez mais espaço na reabilitação de indivíduos acometidos por um AVE, se mostrando, em alguns casos, mais eficiente que a terapia convencional. Poucos estudos exploram a reabilitação do tronco em indivíduos acometidos pelo AVE, assim como as reações de equilíbrio com o paciente sentado, sendo que muitas atividades diárias são realizadas nessa posição. Graças aos sistemas robóticos, é possível proporcionar uma alta dosagem e intensidade de treinos repetitivos voltados a atividades específicas. Pensando nisso, foi desenvolvida uma plataforma para avaliar as reações dos indivíduos acometidos por um AVE, utilizando tecnologias robóticas. Foi construído um modelo para simular os movimentos do sistema utilizando peças usinadas em plástico. Para configurar os protocolos de movimentos foi desenvolvida uma interface gráfica de controle onde o fisioterapeuta pode inserir os parâmetros dos comandos de movimento, como: angulação, velocidade e eixo dos movimentos. A partir do desvio padrão dos dados coletados das posições dos acelerômetros, foi possível mostrar que a plataforma se move de acordo com o programado, seguindo uma precisão de até 1°. Espera-se que com o dispositivo robótico se possa atender maior número de pacientes, sendo uma alternativa na reabilitação do AVE, proporcionando um ambiente seguro e propício para a reabilitação.

  • DEYVSON DIEGO DE LIMA REIS
  • POLIMORFISMOS GÊNICOS DO TIPO INDEL: O PAPEL DA VULNERABILIDADE GENÉTICA NO DESENVOLVIMENTO DA NEUROINFLAMAÇÃO E NA FISIOPATOLOGIA DO TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR

  • Data: 26/07/2017
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  • A fisiopatologia da depressão ainda permanece não totalmente compreendida. E apesar das contribuições da hipótese monoaminérgica para a compreensão de parte dos aspectos neurobiológicos desse transtorno, surgiram estudos com o objetivo de investigar o papel da neuroinflamação, dos polimorfismos em genes que influenciam a atividade inflamatória e as funções dos receptores monoaminérgicos no desenvolvimento do transtorno depressivo maior (TDM). Contudo, são poucas as pesquisas que analisaram o papel de vias inflamatórias upstream (como o papel dos genes NFKB1 e PAR1, capazes de influenciar a transcrição gênica de citocinas pró-inflamatórias) e do polimorfismo do gene codificante do receptor alfa 2 adrenérgico (gene ADRA2B) em indivíduos com o diagnóstico de depressão. Portanto, o objetivo deste estudo foi analisar o papel dos polimorfismos do tipo INDEL dos genes NFKB1 (rs28362491), PAR1 (rs11267092) e ADRA2B (rs34667759) no desenvolvimento do transtorno depressivo maior. Doze pacientes com diagnóstico de TDM e 145 controles saudáveis tiveram amostras de sangue coletadas e os polimorfismos dos 3 genes foram genotipados por uma única reação multiplex. Os produtos do PCR multiplex foram separados por eletroforese capilar e os dados analisadas no software GeneMapper 3.7 (Applied Biosystems). Esta pesquisa encontrou uma associação estatisticamente significante entre a variável depressão e os portadores do genótipo Del/Del do gene ADRA2B (p = 0,002): esses indivíduos apresentaram uma chance 6,41 vezes maior de desenvolver depressão quando comparados aos portadores dos genótipos Del/Ins e Ins/Ins. Não houve significância estatística entre os polimorfismos INDEL dos genes NFKB1 e PAR1 e o fenótipo depressivo. Nossos resultados sugerem que o marcador INDEL do gene ADRA2B (rs34667759), especificamente o alelo deleção, seja um possível biomarcador genético de vulnerabilidade para o desenvolvimento do TDM.

  • WALTHER AUGUSTO DE CARVALHO
  • AJUSTES MOTORES COMPENSATÓRIOS APÓS LESÃO ISQUÊMICA FOCAL UNILATERAL DO TRATO CORTICOESPINHAL

  • Data: 30/06/2017
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  • O objetivo deste trabalho foi desenvolver um novo modelo de lesão química da medula espinhal causada por isquemia transitória focal e unilateral após microinjeção de endotelina-1 (ET- 1) no funículo dorsal e avaliar as alterações sensório-motoras da pata anterior de ratos (Wistar). Dos cinquenta (n = 50) animais (CEPAE/UFPA protocolo BIO0079-12), que foram treinados, trinta e três (n = 33) foram selecionados para compor os grupos controle (n = 15), sham (n = 6) e lesão (n = 12). Pelo uso de micropipeta foi injetado a profundidade de 1 mm a partir da superfície pial da medula espinhal o volume de 250 nL de solução salina (sham) ou ET-1 (lesão) próximo à artéria dorsal média da medula espinhal, no segmento cervical C4. A ET-1 provocou formação de cavidade cística amórfica de 0,421 mm2 ( 0,035 mm2 , n=3) sobre o trato corticoespinhal e substância branca suprajacente, ipsilateral ao sítio de microinjeção que pode ser medido em cortes transversais (50 m) corados pela técnica de Nissl. As funções motoras das patas anteriores foram avaliadas por testes sensório-motores específicos antes e após lesão em 3, 7 e 14 dias. Os resultados foram avaliados pelo teste estatístico ANOVA com análise post-hoc de Tukey ( = 0,05). Os resultados mostram, através do teste do manuseio do macarrão, que após a lesão ocorre um comportamento motor de compensatório onde a pata não-preferencial assume as funções da pata preferencial. O teste do “Staircase” revelou decréscimo da capacidade apreensão do objeto com a pata preferencial e o teste de extensão da pata mostrou que houve diminuição da sensibilidade.

  • CAMILA LORENA RODRIGUES MACHADO
  • ESTADO NUTRICIONAL DE POPULAÇÕES EXPOSTAS AO MERCÚRIO: ESTUDO OBSERVACIONAL DE COORTE NAS REGIÕES DO RIO TAPAJÓS E TUCURUÍ.

  • Data: 19/06/2017
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  • As comunidades ribeirinhas da Amazônia são populações vulneráveis expostas a fatores que dificilmente são encontrados nas populações do resto do país (desde a biodisponibilidade da riqueza natural Amazônica até o isolamento geográfico). Entretanto, pouco se sabe sobre as características antropométricas e hábitos alimentares dessas comunidades. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo do estado nutricional e do consumo alimentar de comunidades ribeirinhas das regiões do rio Tapajós e Tucuruí através da análise de parâmetros antropométricos (Índice de massa corpórea, circunferência da cintura, razão cintura-quadril e circunferência do pescoço), bem como análise do perfil alimentar. Foram incluídos neste estudo 234 indivíduos adultos (143 do Tapajós e 91 de Tucuruí). Os resultados mostraram que 77% e 65% da população do Tapajós e de Tucuruí, respectivamente, apresentam 2 ou mais parâmetros antropométricos alterados, mostrando a predominância de pré-obesidade e obesidade nestas populações. As mulheres apresentaram riscos maiores de desenvolver doenças relacionadas à obesidade. Nos hábitos alimentares, tiveram destaque o consumo de frutas tanto na região do Tapajós (87,3%) como na região de Tucuruí (89%), bem como o consumo de peixes (Tapajós 97,9% e Tucuruí 95,6%) e farinha (Tapajós 86,6% e Tucuruí 86,8%). Verificamos também que as populações apresentam hábitos alimentares saudáveis, porém, consomem determinados alimentos que estariam influenciando no estado nutricional atual, assim como o modo de preparo. É de extrema importância estudos que envolvam as populações ribeirinhas, visto que estudos que incluem essas populações são escassos, sendo necessárias medidas educativas e de saúde pública para conscientizar a melhora dos hábitos alimentares e a importância da prática de atividade física para evitar os problemas relacionados à saúde.

  • GABRIEL CARDOSO DE QUEIROZ SANTOS
  • AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO COM INDOMETACINA NO APRENDIZADO E NA MEMÓRIA ESPACIAL EM MODELO MURINO DE DIABETES TIPO 1

  • Data: 25/05/2017
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  • Diabetes mellitus (DM) é o nome dado a um grupo de desordens metabólicas que tem como característica em comum o acometimento da regulação dos níveis de glicose no sangue, levando invariavelmente a hiperglicemia. Esta doença vem se tornando uma das mais incidentes na população adulta, principalmente em países em desenvolvimento, causando várias consequências graves como doenças cardiovasculares e renais, fatores responsáveis por um elevado índice de mortalidade dos indivíduos acometidos. Além destas consequências mais bem investigadas e descritas na literatura, vem-se observando outros tipos de complicações. Estudos clínicos e experimentais demonstram que tanto a diabetes mellitus tipo 1 quanto a tipo 2 podem contribuir para o desenvolvimento de déficits cognitivos e demências. Porém, os mecanismos que levam a tais desordens ainda não são totalmente compreendidos. Estudos utilizando o anti-inflamatório não esteroide não seletivo, indometacina, mostram que aspectos relacionados a plasticidade neuronal prejudicados na diabetes podem ser revertidos, demonstrando que há a possibilidade destas desordens serem moduladas por alterações neuroinflamatórias. Desta forma, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a influência do tratamento crônico com indometacina na memória e no aprendizado em um modelo murino de diabetes mellitus tipo 1. Utilizando o teste de campo aberto demonstrou-se que a indometacina reduziu de forma significativa comportamentos relacionados ao estado ansioso. Este tratamento também reverteu déficits de memória de trabalho espacial no teste de labirinto em Y e de aprendizado e memória espacial no labirinto aquático de Morris. Desta forma, pode-se concluir que o tratamento crônico com indometacina possui efeitos benéficos sobre a cognição de camundongos submetidos a modelo de diabetes mellitus tipo 1.

  • MAURICIO FERREIRA GOMES
  • POTENCIAL CICATRIZANTE DO EXTRATO CETÔNICO DE Pentaclethara macroloba NO PROCESSO DE REPARO DE LESÕES EXCISIONAIS NA PELE DE CAMUNDONGOS DIABÉTICOS

  • Data: 25/05/2017
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  • O Diabetes Mellitus (DM), uma doença que desperta o interesse de muitos profissionais da saúde, é uma patologia crônica com escala mundial, e que no decorrer dos anos tornou-se motivo de preocupação para a saúde pública. A doença divide-se em diabetes tipo 1 e tipo 2, a qual causa uma disfunção na fisiologia da insulina/glicose. Essa desregulação causa alterações significativas em alguns eventos biológicos, dentre eles, o processo de cicatrização. O surgimento de uma lesão em uma pessoa normal desencadeia uma cascata de reações celulares e bioquímicas com objetivo de reparar o tecido lesionado. Em pacientes portadores de diabetes o reparo é mais lento. Vários mecanismos são descritos como fatores importantes no retardo do processo de cicatrização em diabéticos, entre eles, a produção excessiva de Espécies Reativas de Oxigênio (ROS), diminuição do Óxido Nítrico (NO), diminuição da reposta aos Fatores de Crescimento (GFs) e das proteínas da via de sinalização da insulina. A busca por formas terapêuticas que possam auxiliar o processo de reparo tecidual apresenta uma grande demanda, devido o índice de pessoas portadoras de diabetes está aumentando aos longos dos anos. O extrato da semente de Pracaxi são poderosos cicatrizantes dermatológicos, auxiliam na hidratação e na renovação celular, processos importantes na cicatrização, demonstrando assim perspectivas positivas na sua utilização em lesões de pacientes diabéticos. O projeto tem como objetivo analisar a caracterização do efeito farmacológico da aplicação tópica do extrato cetônico da semente Pentaclethra macroloba Wild (Pracaxi), no processo de regeneração tecidual em animais diabéticos. Para avaliarmos o potencial da planta, inicialmente era induzido nos animais um quadro clínico de diabetes através da droga aloxana, citotóxica as células beta - pancreáticas, em seguida era gerada uma lesão cutânea com o punch de biopsia na região dorsal dos animais e posteriormente as lesões eram tratadas com o extrato de pracaxi. Após o tratamento serão avaliados os efeitos e os benefícios da utilização do extrato em lesões cutâneas em diabéticos.

  • DARIO CARVALHO PAULO
  • CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DE ASTRÓCITOS DA FORMAÇÃO HIPOCAMPAL DE MAÇARICOS DA ESPÉCIE Calidris pusilla DURANTE A MIGRAÇÃO E EM PERÍODO DE INVERNADA.

  • Data: 12/04/2017
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  • O maçarico semipalmado Calidris pusilla (C. pusilla) é uma ave migratória de longa distância, que deixa para trás todos os anos, o seu habitat de reprodução no extremo Norte do Canadá e Alasca, em direção à linha costeira da América do Sul, escapando do inverno. Antes de atravessar o Oceano Atlântico, eles param na Baía de Fundy, na costa atlântica da América do Norte, onde aumentam os triglicérides no tecido adiposo, para atender as vigorosas demandas energéticas do voo sem paradas, de 5,3 mil quilômetros sobre o oceano. Uma vez que a atividade bioenergética e de oxidação-redução dos astrócitos estariam sob intensa demanda para sustentar a atividade neuronal e a sobrevivência durante a migração transatlântica de longa distância, nós hipotetizamos que as alterações morfológicas dos astrócitos seriam facilmente visíveis em indivíduos capturados nos sítios de invernada. Para testar essa hipótese, os astrócitos imunomarcados para a protína ácida fibrilar glial - GFAP foram seleccionados de secções da formação hipocampal, uma área que foi proposta desempenhar um papel central na integração da informação espacial e multisensorial para a navegação. Nós quantificamos e comparamos as características morfológicas tridimensionais de astrócitos no hipocampo de aves migratórias adultas capturadas na baía de Fundy, no Canadá, com astrócitos do hipocampo de aves capturadas na região costeira de Bragança durante o período de invernada. Para selecionar os astrócitos para reconstruções microscópicas 3D, utilizamos abordagem amostral aleatória e sistemática. Usando a análise hierarquica de cluster e a análise discriminante aplicada às características morfométricas dos astrócitos reconstruidos para classifica-los morfologicamente, encontramos dois fenótipos morfológicos (designados tipos I e II), tanto em indivíduos migrantes quanto em indivíduos em invernada. Embora em proporções muito diferentes, as complexidades morfológicas de ambos os tipos de astrócitos foram reduzidas após o voo sem parada de longa distância. De fato, as aves capturadas na região costeira de Bragança, durante o período de invernada, apresentaram uma morfologia astrocítica menos complexa do que os indivíduos capturados na baía de Fundy, no Canadá, durante a migração de outono. Como a redução da complexidade foi muito mais intensa no tipo I do que nos astrócitos do tipo II, sugerimos que esses fenótipos morfológicos podem estar associados a diferentes papéis fisiológicos. De fato, em comparação ao tipo I, a maioria dos astrócitos do tipo II não alteraram significativamente a sua morfologia após o voo de longa distância, e a maioria deles, 72,5%, mostraram interações com vasos sanguíneos, enquanto somente 27,5% dos astrócitos do tipo I revelaram tal interação.

  • CELICE CORDEIRO DE SOUZA
  • EFEITOS DO TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE CÉLULAS MONONUCLEARES DA
    MEDULA ÓSSEA APÓS LESÃO INCOMPLETA DA MEDULA ESPINHAL DE
    RATOS ADULTOS

  • Data: 30/03/2017
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  • A lesão da medula espinhal (LME) causa perda permanente da função
    neurológica abaixo do nível de lesão, gerando consequências físicas sociais e
    psicológicas nos pacientes. A fisiopatologia da LME envolve processos complexos,
    como hemorragia, excitotoxicidade e inflamação, geradas principalmente pelas
    células microgliais. Apesar do avançado conhecimento sobre os mecanismos
    patológicos, ainda não existem estratégias terapêuticas eficazes e aprovadas para o
    tratamento das lesões e suas consequências sem que tenham efeitos adversos
    graves. A terapia celular pode representar uma boa estratégia terapêutica por
    demonstrar bons resultados na modulação do ambiente inflamatório da lesão e por
    prováveis mecanismos de diferenciação. No presente estudo, investigamos a ação
    das células mononucleares da medula óssea (CMMO) em lesões incompletas
    (hemissecção à direita da medula espinhal, segmento T8-T9) após 42 dias de lesão
    (lesão crônica). As células eram do próprio animal lesionado (transplante autólogo) e
    o transplante foi intramedular, ou seja, as células eram inseridas próximas ao local da
    lesão. No presente estudo, investigaram-se os efeitos funcionais do transplante por
    meio da escala BBB (Basso, Beatie e Bresnahan), que permite graduar a função
    motora das patas posteriores dos animais. Investigou-se também os efeitos antiinflamatórios
    das CMMO. Foram utilizadas técnicas histológicas e imunohistoquímicas
    usando a coloração de Violeta de Cresila e os anticorpos anti-ED-1 (marcador de
    micróglia/macrófagos ativados) e anti-GFAP (marcador de astrócitos fibrilares). Foram
    realizadas análises qualitativas e quantitativas. Para análise quantitativa, o número de
    astrócitos e macrófagos/micróglia ativados por campo foram contados usando
    microscópio binocular com gradícula de contagem (0,0625mm2) em objetiva de 40x.
    As médias das contagens e os desvios-padrão obtidos foram plotados em
    coordenadas cartesianas. A contagem se deu da seguinte forma: no lado direito da
    medula espinhal (lado com lesão) e três campos por região medular (funículo ventral
    - FV, funículo dorsal - FD, funículo lateral - FL, corno dorsal - CD, corno ventral - CV
    e substância cinzenta intermediária-SCI), totalizando 18 campos de contagem por
    secção. O tratamento com CMMO não foi eficaz para melhorar a função motora dos
    animais lesionados quando comparamos os animais tratados e não tratados (médias
    e desvios-padrão dos grupos: falso operado, n=4, 21±0; controle, n=4, 13,57±3,88;
    tratado, n=5, 15,07±3,46). Na análise qualitativa por meio da coloração de Violeta de
    Cresila, os animais tratados apresentaram melhor preservação tecidual quando
    comparados com os animais não tratados. Na análise quantitativa da ativação
    microglial, observamos que o tratamento com as CMMO reduziu a ativação dessas
    células inflamatórias (controle: 19,52±7,79; tratados: 10,04±2,37), porém não reduziu
    significativamente a ativação dos astrócitos (médias dos grupos: controle 17,74±
    2,757; tratados 14,46± 5,283). Os resultados sugerem que mais estudos são
    necessários para chegar-se a uma estratégia eficaz para os pacientes com LME. Um
    possível tratamento combinado com outras estratégias pode vir a ser promissor para
    a funcionalidade dos pacientes.

  • ALDANETE SANTOS ROSARIO
  • AÇÃO DA HIDROXICLOROQUINA SOBRE NEURÔNIOS DA RETINA DE EMBRIÃO DE GALINHA

  • Data: 22/03/2017
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  • Hidroxicloroquina (HCQ), classicamente empregado no tratamento da malária e de doenças autoimunes, tem sido proposta como fármaco de escolha para outros fins terapêuticos. Entretanto, este fármaco é conhecido por causar efeitos colaterais, como distúrbios visuais, que podem ser irreversíveis, sendo que os mecanismos que levam a essas desordens não são completamente conhecidos. A toxicidade produzida na retina pelo uso da HCQ pode ser devida a sua alta taxa metabólica, sendo o tecido muito susceptível à ação de xenobióticos e danos oxidativos. Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos do fármaco HCQ sobre células da retina, bem como seus possíveis mecanismos de citotoxicidade. Como modelo de estudo, utilizamos culturas de células da retina de embrião de galinha. Para avaliar a viabilidade celular foi usado o ensaio de medida de atividade mitocondrial por MTT. A função lisossomal foi avaliada pela taxa de incorporação do corante vermelho neutro. Os níveis de espécies reativas de oxigênio geral e de ânion superóxido foram avaliados pela sonda CellROX e por Nitro Blue Tetrazolium (NBT), e os níveis de glutationa total foram quantificados usando o reagente de Ellman. A viabilidade foi testada em culturas mistas (glia e neurônios), ou culturas enriquecidas com neurônios ou glia, após tratamento com HCQ. Para comparação foi utilizado a cloroquina (CQ), fármaco da qual a HCQ é derivada. As células foram expostas às concentrações de 25μM, 50μM e 75μM por 24 horas. Os resultados demostram que culturas mistas tratadas com CQ apresentaram redução na viabilidade de 36 e 61% para as concentrações de 50μM e 75μM, respectivamente, enquanto HCQ não altera a viabilidade em nenhuma das concentrações testadas. No entanto, quando culturas enriquecidas com células gliais foram expostas a HCQ por 24 horas, a concentração de 75μM teve uma pequena redução na viabilidade das células, sendo as reduções nas células neuronais mais acentuadas, 20, 33 e 56% para as concentrações de 25μM, 50μM e 75μM, respectivamente. Mesmo um tempo menor de tratamento (6 horas) causou perda de viabilidade em neurônios retinianos. A capacidade de incorporação do corante supravital vermelho neutro, também foi alterada em culturas neuronais tratadas com HCQ por 24 horas, tendo redução de 19 e 32%, comparadas ao controle, para as concentrações de 50μM e 75μM, respectivamente. HCQ reduziu significativamente os níveis de espécies reativas de oxigênio produzidas pelas células neuronais, principalmente ânion superóxido, 43, 52 e 61% para as concentrações de 25μM, 50μM e 75μM de HCQ em 24 horas de tratamento, respectivamente. Os níveis de glutationa total em células neuronais apresentaram redução de 37 e 53% quando tratados com 50μM e 75μM de HCQ por 24 horas, respectivamente, comparado ao controle. Quando o meio condicionado de células gliais foi utilizado em células neuronais tratadas com HCQ por 6 horas, este reverteu completamente o processo de citotoxicidade causado pelo fármaco. E quando os níveis de glutationa total foram mensurados em culturas enriquecidas com glia, tratadas com HCQ por 24 horas, não foram observadas quaisquer alterações. Estes resultados sugerem ação citotóxica de CQ em cultura mista de células da retina de embrião de galinha, o que não é observado no tratamento com HCQ. Entretanto, HCQ mostrou ação citotóxica quando as células são cultivadas separadamente, principalmente sobre neurônios, que é revertida por algum fator liberado pelas células gliais no ambiente extracelular, sendo a glutationa uma possível candidata a exercer essa função neuroprotetora.

  • NAYARA CRISTINA LIMA DE OLIVEIRA
  • AVALIAÇÃO SERIADA DO PERFIL HEMATOLÓGICO E BIOQUÍMICO DE PRIMATAS NÃO HUMANOS DA ESPÉCIE Sapajus apella TRATADOS COM LDE-OLEATO DE PACLITAXEL COMO INSTRUMENTO PARA A TERAPÊUTICA DO CÂNCER

  • Data: 24/02/2017
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  • Estudo de um sistema de veiculação de quimioterápicos, denominado LDE, com composição lipídica semelhantes com as lipoproteínas de baixa densidade naturais do corpo. As LDE apresentam vantagens sobre as formas químicas comerciais, pois são capazes de se concentrar nos tecidos neoplásicos após injeção na corrente circulatória, podendo assim direcionar-se aos tumores. As LDE podem ser utilizadas como “portadoras” do quimioterápico paclitaxel (PTX) para possível redução da toxicidade e aumento da sua ação terapêutica. A utilização de primatas não humanos como modelos experimentais in vivo é de grande importância em trabalhos de aplicação à saúde humana, devido as suas semelhanças anatômicas, bioquímicas e filogenéticas com os primatas humanos, gerando resultados que podem ser interpretados de forma mais próxima e segura para os fenômenos em seres humanos. O projeto objetivou avaliar a toxicidade crônica das nanopartículas associadas com o quimioterápico Paclitaxel (LDE-PTX) em indivíduos da espécie Sapajus apella, a partir da determinação de parâmetros hematológicos e bioquímicos, e suas possíveis alterações. Durante a pesquisa foram utilizados 15 animais, divididos em grupos: Controle negativo (CN); Experimental (EXP1 e EXP2) onde os animais receberam a LDE-PTX por via intravenosa em duas doses diferentes de 175 mg⁄m2 e 250 mg⁄m2 respectivamente; e o Controle positivo (CP1 e CP2) onde os animais receberam por via intravenosa o fármaco na forma comercial nas mesmas doses utilizadas no grupo experimental, respectivamente. Os primatas foram acompanhados durante 6 ciclos de quimioterapia, com intervalo de 3 semanas. A análise hematológica e bioquímica foi realizada a cada ciclo através dos valores do eritrograma, leucograma, plaquetogrma, fosfatase alcalina, proteína total, albumina e globulina, bilirrubina total e frações, glicemia, amilase e lipase sérica. A análise dos eletrólitos sódio e potássio, foi realizada no soro dos animais nos dias das coletas de materiais. Os dados foram expressos em média ± desvio padrão e submetidos à análise de variância ANOVA, com pós-teste de Bonferroni com significância para p<0,05, através do BioEstat®5.3. Os resultados obtidos demonstraram vantagens da utilização de LDE-PTX, já que os teste hematológicos demonstram que houve uma menor toxicidade em todos os ciclos quimioterápicos e a não alteração da maioria dos parâmetros bioquímicos, demonstram que a toxicidade do fármaco testado associado a LDE apresentam menor efeito tóxico do que sua versão comercial. Conclui-se com as análises dos resultados que a toxicidade hematológica e bioquímica foi menor no tratamento com o PTX associado à LDE do que o tratamento do PTX na sua forma comercial.

  • FRANCISCO CANINDE FERREIRA DE LUNA
  • PERFIL DE EXPRESSÃO E DE METILAÇÃO DE GENES DOS COMPLEXOS POLYCOMB 1 E 2 EM TUMORES MAMÁRIOS CANINOS

  • Data: 17/02/2017
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  • O complexo Polycomb (PcG) é constituído por fatores multiproteicos que medeiam a repressão de diversos genes no organismo. As proteínas PcG são divididas em dois complexos distintos, PRC1 e PRC2, sendo que PRC1 tem atividade ligase E3, catalisando a mono-ubiquitinação da histona H2A nos resíduos de lisina na posição 119 (H2AK119ub), enquanto PRC2 tem atividade metiltransferase, mediando a mono, di, e trimetilação na histona H3 nos resíduos de lisina na posição 27 (H3K27me2/3). Sabe-se que PRC1 é subdivido em complexos não canônicos e canônicos, sendo este último composto por proteínas CBX (CBX2, CBX4, CBX6, CBX7 ou CBX8). Já PRC2, compreende três proteínas centrais: SUZ12, EED e EZH1 ou EZH2, que é a proteína metiltransferase responsável por conferir a principal atividade enzimática ao complexo PRC2. Sabe-se que a desregulação das proteínas PcG pode alterar vias relacionadas ao desenvolvimento, ocasionando um aumento desordenado de proliferação celular, inibição da apoptose, e aumento das células tumorais. Dentre os tumores com alteração na expressão de PcG, estão os tumores mamários. Em caninos, este tipo de tumor é a neoplasia mais frequente em cadelas. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo avaliar o padrão de metilação e expressão dos genes CBX2 e CBX7 (PRC1), e EED, EZH2 e SUZ12 (PRC2) em tumores de mama em cadelas do estado do Pará. Para isso, foram avaliadas 83 amostras de tecido neoplásico e não-neoplásico, provenientes de 40 animais, coletadas no Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural da Amazônia. Para a análise do padrão de metilação, as amostras foram convertidas por ação do bissulfito de sódio e submetidas à técnica de Bissulfite sequence PCR para detecção das possíveis áreas metiladas. Para a análise da expressão de RNA, foi feita a conversão a cDNA e posterior quantificação dos transcritos usando a detecção por sonda Taqman. A emissão da fluorescência foi captada com o auxílio do ABI PRISM 7500 Sequence Detection System. As análises estatísticas foram realizadas pelos testes Kruskal-Wallis e Teste T Mann Whitnae, para avaliar as associações dos padrões de metilação com os níveis de expressão, e destes com progressão tumoral e demais características clinicopatológicas, sendo os resultados considerados significativos quando p< 0,05.

  • HECTOR ANDRES PAEZ ARDILA
  • EFEITO DO GANHAR OU PERDER NOS NIVEIS DE RAIVA E ANSIEDADE EM
    LUTADORES DE JUDÔ

  • Data: 17/02/2017
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  • A agressão é um comportamento que envolve uma ativação simultânea de
    componentes fisiológicos, bioquímicos, neurológicos e comportamentais e emoções,
    como ansiedade e raiva. Nos seres humanos, os esportes podem ser considerados
    como uma forma de display, pois permitem que a agressão seja expressada com
    uma baixa probabilidade de danos permanentes para os sujeitos. As competições
    têm sido usadas como modelos para avaliar a ativação produzida pelas diferentes
    fases de competição, tal como o resultado do combate. O judô tem sido utilizado
    como um modelo de agressão competitiva para avaliar as diferentes respostas
    corporais nos comportamentos agonísticos em seres humanos, pois oferece um
    contexto semelhante aos estudados nas lutas em animais. O objetivo do presente
    estudo foi avaliar o efeito do ganhar/perder nos níveis de raiva e ansiedade em
    lutadores de judô regional, do sexo masculino, vinculados à federação paraense de
    Judô, utilizando as escalas psicométricas STAXI e IDATE, assim como fazer uma
    comparação destes resultados com a população geral brasileira e uma analise de
    correlação para conhecer as diferenças entre os diferentes componentes com o
    numero de golpes, utilizando uma avaliação pre e pós lutas e a filmagens das lutas.
    Se encontraram diferenças entre vencedores e perdedores, assim como entre
    lutadores e a população brasileira; os perdedores apresentaram maiores níveis de
    raiva, enquanto que a ansiedade foi maior para os vencedores.

  • ITALO SERGIO LOPES CAMPOS
  • DETERMINANTES DO GANHAR OU PERDER EM HUMANOS: UM ESTUDO COM ATLETAS DE JUDÔ

  • Data: 17/02/2017
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  • No ambiente esportivo experiências de sucesso ou de fracasso são frequentemente vivenciadas por diferentes indivíduos nos mais variados ambientes. Tentar explicar como um indivíduo lida com a vitória ou a derrota em termos comportamentais, vai depender de uma série de fatores, incluindo história do atleta, situação em que ele se encontra (ambiente), aptidão (capacidade de desempenho) e maturidade esportiva (experiência). O objetivo geral da tese foi sistematizar um modelo teórico sobre os determinantes do vencer e perder no judô, para tal buscou-se verificar (através de análise documental), se resultados de lutas anteriores são determinantes para a manutenção de vitórias e/ou derrotas subsequentes; em sequência o estudo analisou o judô a partir de uma situação de competição buscando descrever em tempo real, possíveis interações quantitativas e qualitativas da luta. De acordo com o delineamento deste estudo, evidenciou-se que a aptidão (capacidade de desempenho relacionada a luta), aliada à maturidade esportiva do atleta (experiência na modalidade) foram os fatores que mais potencializaram o processo de ganhar ou perder. Tal afirmação se sustenta baseada nos resultados dos artigos publicados a partir da construção da tese, ou seja, esportes determinam e condicionam características morfofuncionais que estão relacionadas com demandas do ambiente esportivo; experiências anteriores dos atletas (vitória ou derrota) podem determinar resultados subsequentes mesmo que em um pequeno espaço de tempo; o tempo de treinamento e os fatores morfofuncionais são
    fortes determinantes para o resultado das lutas. Tais dados corroboram e sinalizam, que a treinabilidade parece ser um dos fatores que diferencia vencedores e perdedores nos resultados obtidos neste estudo.

    .

  • THAYSSA FERREIRA DOS SANTOS
  • NEUROPROTEÇÃO, DIMINUIÇÃO DO INFILTRADO DE NEUTRÓFILOS E MICROGLIOSE APÓS TRATAMENTO COM ÓLEO-RESINA DE COPAIFERA RETICULATA DUCKE EM UM MODELO EXPERIMENTAL DE LESÃO AGUDA DA MEDULA ESPINHAL

  • Data: 25/01/2017
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  • A fisiopatologia da lesão aguda da medula espinhal (LAME) envolve processos complexos como alterações vasculares, excitotoxicidade, peroxidação lipídica e neuroinflamação, causada principalmente pelas células microgliais. Apesar do conhecimento da fisiopatologia, ainda não existe um tratamento eficaz para a LAME. Diante disso, existe uma mobilização da comunidade científica em encontrar uma substância capaz de promover neuroproteção e, consequentemente diminuir as sequelas da LAME abaixo do nível da lesão. Nesse contexto, o Óleo de resina de Copaíba, pode representar uma boa estratégica terapêutica. Neste estudo, investigamos os efeitos antiinflamatórios e neuroprotetores do óleo de resina de copaíba após hemisecção da medula espinhal de ratos. Os animais foram divididos em 2 grupos experimentais e controle de 24h e 7 dias de sobrevida. Foram utilizadas técnicas imunohistoquímicas usando os anticorpos anti-MBS-1(marcador de neutrófilos), anti-Iba -1(marcador de micróglias), assim como coloração com Violeta de Cresila. Foram realizadas análises qualitativas e quantitativas. O óleo de resina de copaíba se mostrou eficaz em diminuiu o recrutamento de células inflamatórias para a área de lesão medular e promoveu melhor preservação da área tecidual em comparação com o grupo controle. Assim como no menor recrutamento de neutrófilos em ratos tratados em comparação com o grupo controle (Grupo Tratado : 8,33 ± 0,66 (N=3); Grupo Controle: 12,27 ± 0,28 (N=3) ). O óleo de resina de copaíba também promoveu a redução do número de micróglias na área de lesão medular em diferentes tempos (Grupo Tratado no 1º dia: 8,59 ± 1,72 (N=3), Grupo Controle no 1º dia : 35,07 ± 9,87 (N=3). Grupo Tratado no 7º dia: 19,59 ± 9,48 (N=3), Grupo Controle no 7º dia : 65,77 ± 6,19 (N=3)). Esses resultados sugerem o efeito antiinflamatório e neuroprotetor do óleo de resina de copaíba após a LAME, revelando uma estratégia promissora para o paciente pós LAME.

2016
Descrição
  • MICHELLE NERISSA COELHO DIAS
  • FENÓTIPOS MICROGLIAIS E TRATAMENTO COM MINOCICLINA APÓS
    ISQUEMIA FOCAL INDUZIDA POR MICROINJEÇÕES DE ENDOTELINA-1 NO
    CÓRTEX MOTOR DE RATOS ADULTOS

  • Data: 23/12/2016
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  • As células microgliais são componentes fundamentais do sistema imune inato que
    fazem, continuamente, uma varredura completa do parênquima neural em busca de
    alterações teciduais sutis para a preservação da integridade tecidual. Estes
    macrófagos residentes do sistema nervoso central (SNC), correspondem a cerca de
    20% da população celular encefálica. Em desordens neurais agudas e crônicas,
    incluindo lesão cerebral e da medula espinhal, acidente vascular encefálico
    experimental (AVE), doenças de Alzheimer, Parkinson e Huntington, células
    microgliais são ativadas, o que é refletido em alterações morfológicas e bioquímicas.
    Nestas doenças, acredita-se que a ativação microglial contribua tanto para
    neuroproteção como para a exacerbação do processo lesivo. Diversas evidências
    experimentais sugerem que a ativação microglial excessiva pode contribuir para a
    exacerbação do processo lesivo após AVE experimental. No entanto, nossos
    estudos prévios sugerem que as células microgliais podem liberar fatores tróficos
    após AVE experimental em regiões anatomicamente distintas da população
    microglial com fenótipos prejudiciais. Inexistem estudos que tenham descrito os
    padrões de reatividade dos diferentes fenótipos microgliais após isquemia
    experimental. No presente projeto, investigaremos os padrões de ativação de células
    microgliais apresentando fenótipos benéficos e prejudiciais, avaliando que
    populações microgliais são inibidas pela tetraciclina minociclina após isquemia
    cortical focal. Os animais foram submetidos à isquemia focal no córtex motor por
    microinjeções de 80 pMol de endotelina-1 (ET-1). Os mesmos foram sacrificados 7,
    14 e 30 dias após a indução isquêmica. Foi feita a técnica de imuno-histoquímica
    para a observação da perda neuronal (NeuN+) e imunofluorescência dupla para
    avaliar a densidade de células microgliais M1 e M2 na área lesionada. A análise
    estatística da densidade de células NeuN+ foi feita pelo test t de Student dos grupos
    de 07 dias de sobrevida controle e tratado enquanto que a análise das células
    microgliais M1 e M2 foram feitas pela análise de variância dos grupos de 07, 14 e 30
    dias sobrevida controle, adotando em todos os testes o nível de significância P<0.05.
    Foi comprovada uma preservação no numero de neurônios presentes no
    parênquima lesionado dos animais tratados com minociclina. Foi observada uma
    diminuição no numero de células microgliais M1 nos animais tratados com
    minociclina, sugerindo que o fármaco pode apresentar efeitos em vias de expressão
    dos fenótipos microgliais M1. Entretanto, quando comparados os animais de 07, 14
    e 30 dias controle, há um aumento do numero desse fenótipo M1 que se estende do
    07 dia até o 30 dia de sobrevida. Concluímos que há um efeito neuroprotetor do
    fármaco minociclina relacionada ao acidente vascular encefálico, sugerindo que
    esse fármaco pode estar envolvido na modulação dos fenótipos microgliais
    necessitando de maiores estudos sobre a sua função nas vias de expressão desses
    fenótipos.

  • LUANA DE NAZARE DA SILVA SANTANA
  • CARACTERIZAÇÃO DA INJÚRIA NO CÓRTEX MOTOR DE RATOS EM UM MODELO DE EXPOSIÇÃO CRÔNICA AO METILMERCÚRIO (MeHg)

  • Data: 21/12/2016
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  • O mercúrio é um contaminante ambiental que representa um grande risco para a saúde humana. A exposição à este metal tóxico ocorre principalmente através de uma dieta contaminada por Metilmercúrio (MeHg), em baixas concentrações e por um longo período de tempo. Desta forma, neste estudo propomos uma avaliação dos efeitos do MeHg sobre o córtex motor em um modelo animal de exposição crônica e em baixa dose, semelhantemente a exposição alimentar em áreas de grande toxicidade ambiental por mercúrio. Ratos adultos foram expostos ao MeHg durante 60 dias, com uma dose de 0,04 mg/kg/dia, enquanto o grupo controle recebeu apenas o veículo. Após este período, foram submetidos a ensaios comportamentais com intuito de se avaliar o desempenho motor após exposição mercurial, sendo então sacrificados e avaliados por parâmetros bioquímicos oxidantes (alteração na concentração de Nitritos - NO, Peroxidação Lipídica - LPO e Capacidade Antioxidante Total) assim como avaliação dos depósitos totais de mercúrio no córtex motor e alterações da densidade celular de neurônios e astrócitos. Os dados foram tabulados e avaliados estatisticamente pelo teste t-Student (p<0,05). Foi possível observar depósitos de mercúrio total no córtex motor, além de déficit nos parâmetros motores, com a redução na locomoção total, no equilíbrio e aumento no número de quedas, aliados à um significativo aumento nos níveis de NO e LPO e diminuição da capacidade antioxidante total dos animais expostos, com redução da população de astrócitos e neurônios, quando comparados aos animais controle esses achados sugerem que a exposição de animais adultos ao MeHg, mesmo em baixa dose e cronicamente, promove alterações no córtex motor com danos em suas funções.

  • CARLOS ANTONIO DA COSTA JUNIOR
  • AVALIAÇÃO DA INTEGRIDADE GENÔMICA MITOCONDRIAL EM GLIOMAS DE ALTO E BAIXO GRAU NA POPULAÇÃO PARAENSE

  • Data: 14/12/2016
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  • O câncer se caracteriza pela a rápida proliferação de células anormais que crescem
    além dos seus limites habituais, podendo invadir partes adjacentes ou à distância. O
    câncer do SNC representa 2% de todas as neoplasias no mundo, sendo ligeiramente
    mais alta em homens que em mulheres. As mitocôndrias, responsáveis pela produção
    da maior parte do ATP celular através da oxidação fosforilativa (OXPHOS), pode
    também atuar através da glicólise com a mesma finalidade, não necessitando
    exclusivamente de oxigênio. Esta opção é característica das células cancerosas,
    conhecida como efeito Warburg. Uma hipótese para explicar essa alteração
    metabólica pode estar relacionada aos defeitos no DNA mitocondrial (mtDNA)
    causados pela OXPHOS, onde essas mutações podem induzir as células cancerosas
    à glicólise. Foram analisadas oito regiões do mtDNA (D-LOOP, ND1, ND3, CO I, CO
    II, CO III, ATPase 6 e ATPase 8) em tecidos neoplásicos de pacientes acometidos por
    câncer de células da glia na população paraense, relacionando os dados obtidos com
    as características clínicas e patológicas dos pacientes. Dentre as alterações
    encontradas, as do complexo I parecer ser determinantes para a progressão dos
    tumores de alto grau, assim como, as alterações indel parecem comprometer
    estruturas importantes para a OXPHOS. As deleções 4977 pb, quando associadas a
    outras alterações no ND1/ND3 ou a heteroplasmias, sugerem mau prognostico,
    porém, parecem ter uma redução no risco quando as alterações nos ND1 e ND3 são
    simultâneas.

  • FRANCISCO BRUNO TEIXEIRA
  • CARACTERIZAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CÓRTEX MOTOR DE RATOS
    ADULTOS SUBMETIDOS À EXPOSIÇÃO CRÔNICA COM MERCÚRIO
    INORGÂNICO

  • Data: 12/12/2016
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  • O mercúrio é um metal tóxico, que pode se apresentar no meio ambiente nas
    formas elementar, orgânica e inorgânica. O mercúrio inorgânico possui menor
    lipossolubildade, e logo menor absorção no organismo e passagem na barreira
    hematoencefálica. Por este motivo, modelos de exposição que utilizam o
    mercúrio inorgânico em ratos e que busquem avaliar seus efeitos no sistema
    nervoso central são escassos, principalmente em indivíduos adultos. Diante
    disso, investigamos se o cloreto de mercúrio (HgCl2), em um modelo de
    exposição crônica e em baixas concentrações é capaz de promover alterações
    motoras associadas a variáveis no balanço oxidativo, citotoxicidade celular e
    apoptose no córtex motor de ratos adultos. Para esta finalidade, ratos foram
    expostos por 45 dias em uma dose de 0.375 mg/kg/dia. Após este período, os
    animais foram submetidos à avaliação motora e em seguida coletado o córtex
    motor para mensuração de mercúrio depositado no parênquima neural,
    avaliação e quantificação de citotoxicidade celular e apoptose e avaliação do
    balanço oxidativo. Além disso, animais foram perfundidos para avaliação da
    densidade de neurônios maduros e astrócitos do córtex motor. Nossos
    resultados verificaram que a exposição crônica ao mercúrio inorgânico
    promoveu diminuição do equilíbrio e da coordenação motora fina. Além disso,
    verificamos que este modelo de exposição promoveu a morte celular por
    citotoxicidade e indução de apoptose no córtex motor; diminuição do número
    de neurônios e de astrócitos, formação de depósitos de mercúrio e estresse
    oxidativo evidenciado pelo aumento da lipoperoxidação e da concentração de
    nitritos e diminuição da capacidade antioxidante total. Assim, nossos resultados
    fornecem evidências que a exposição ao mercúrio inorgânico, mesmo diante de
    sua baixa capacidade de atravessar barreiras biológicas, ainda assim é capaz
    de induzir alterações motoras associadas a morte celular por citotoxicidade e
    apoptose e estresse oxidativo no córtex motor de ratos adultos.

  • BRUNA PUTY SILVA GOMES
  • ALTERAÇÕES DE EXPRESSÃO GÊNICA NA LINHAGEM DE GLIOBLASTOMA HUMANO U87 APÓS EXPOSIÇÃO AO MeHg E HgCl2 

  • Data: 02/12/2016
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  • As formas orgânicas e inorgânicas de mercúrio vem sendo apontadas como importantes contaminantes em várias regiões do mundo devido suas características toxicológicas. Diversos estudos já relataram que a intoxicação por metilmercúrio (MeHg) e cloreto de mercúrio (HgCl2) podem ocasionar danos ao SNC. Acredita-se que as células da glia são reconhecidamente importantes para os mecanismos de proteção celular frente aos danos ocasionados pelo mercúrio. No entanto, pouco se sabe a respeito da influência deste metal no genoma dessas células. Desta forma, neste trabalho nós realizamos um mapeamento completo da rede gênica de células da glia humana, da linhagem U87 após exposição mercurial, com o intuito de identificar as possíveis alterações genéticas ocasionadas pelas formas orgânicas e inorgânicas do mercúrio. Nossos resultados demonstraram que as células U87 são mais sensíveis a exposição ao MeHg quando comparado com a exposição ao HgCl2. Após análise de curvas de concentração, foi identificado uma LC50 de 28.8μM e 10,68μM após 4h e 24h de exposição a MeHg e uma LC50 de 92.25μM e 62.75μM após o mesmo tempo de exposição a HgCl2. Em relação ao conteúdo gênico, nossos resultados demonstraram que ambos os metais ocasionaram alteração na dosagem gênica, sendo a exposição ao MeHg altamente influenciada pela concentração e tempo de exposição, enquanto a exposição a HgCl2 parece ser fortemente influenciada pelo tempo de exposição. No total, foram identificados 205 genes com diminuição na dosagem gênica e 188 genes com expressão aumentada (Fold change > 5) após 4h de exposição a 5μM de MeHg e 204 genes down-regulados e 180 up-regulados após exposição na mesma concentração de HgCl2. As análises após 24h de exposição identificaram alteração em 90 genes down-regulados e 3 genes up-regulados após exposição a 1μM de MeHg, 116 genes down-regulados e 66 genes up-regulados após exposição a 10μM de MeHg. Já em relação ao HgCl2, foram identificados 98 genes down-regulados e 73 genes up-regulados nos grupos expostos a 5μM de HgCl2, 326 genes down-regulados e 66 genes up-regulados nos grupos expostos a 62,75μM de HgCl2. Nossos dados sugerem que ambas as formas mercuriais são capazes de alterar o perfil gênico das células da linhagem U87, interferindo assim em importantes vias de sinalização capazes de ocasionar alterações bioquímicas e fenotípicas nas células gliais.

  • VERONICA GABRIELA RIBEIRO DA SILVA
  • GANHO DE CONTRASTE DO POTENCIAL CORTICAL PROVOCADO VISUAL MULTIFOCAL: EFEITOS DA EXCENTRICIDADE E DO MODO DE ESTIMULAÇÃO

  • Data: 29/11/2016
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  • Neste estudo foram avaliadas as possíveis contribuições das vias paralelas visuais M e P para o potencial cortical provocado visual em diferentes excentricidades visuais usando o ganho de contraste como indicador fisiológico no primeiro (K2.1) e segundo (K2.2) slices do kernel de segunda ordem dos potenciais corticais provocados multifocais (mfVEPs). O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (023/2011 – CEP/NMT) do Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará. Nove sujeitos (22,5 ± 3,7 anos de idade) com visão normal foram testados. O estímulo foi gerado através do programa VERIS (EDI, San Mateo, CA) e consistiu em um tabuleiro de dardos ocupando 44° do ângulo visual, com 60 setores escalonados considerando a magnificação cortical, onde cada setor continha 16 quadrados (8 pretos e 8 brancos) com contraste espacial de luminância e luminância média de 40 cd/m², mostrados através de um monitor CRT, situado a uma distância de 32 cm do indivíduo testado. Cada setor foi temporalmente modulado por uma sequência-m pseudo-aleatória no modo de apresentação de padrão reverso e padrão de pulso em cinco contrastes de Michelson entre 6,25-100%. Foram extraídos os dados de K2.1 e K2.2 dos mfVEPs. Calcularam-se os valores médios de amplitude de registros correspondentes a 6 diferentes anéis de mesma excentricidade no campo visual (A1 e A6 sendo os anéis mais interno e externo, respectivamente) em função do contraste do estímulo. Os dados de amplitude em função do contraste do estímulo foram modelados por funções de Michaelis-Menten. A constante de semissaturação (C50) do modelo foi o indicador inversamente proporcional do ganho de contraste da função. Em K2.1, respostas para o padrão reverso apresentaram um alto valor do C50 (média, desvio padrão: 35,5% ± 9,3), indicando baixo ganho de contraste na função. Para os anéis mais externos (A2 – A6), foram estimados C50 inferiores aos estimados em A1 (média, desvio padrão: A2: 26,5% ± 6,5; A3: 22,4% ± 8,8; A4: 18,4% ± 4,4; A5: 20,6% ± 9,3; A6: 26,7% ± 12), representando funções de alto ganho de contraste. Em K2.2, no anel central (A1) e no mais periférico (A6), as funções de resposta ao contraste geradas pelo padrão reverso apresentaram um alto valor do C50 (média, desvio padrão: 38,4% ± 4,2; 37,5% ± 10,2), indicando baixo ganho de contraste na função. De A2 a A5, originou funções com valores de C50 inferiores aos estimados em A1 (média, desvio padrão: A2: 27,4% ± 7,4; A3: 20,2% ± 4,9; A4: 22,4% ± 4,2; A5: 18,7% ± 3,2; A6: 23,1% ± 8,9), representando funções de alto ganho de contraste. Para o padrão de pulso, no K2.1 e K2.2, no anel central (A1) e no K2.2 no anel mais externo (A6), as funções de resposta ao contraste geradas não apresentaram valores significativos e confiáveis para a análise. Em K2.1 os anéis intermediários (A2 – A5) originaram funções com alto C50 (média, desvio padrão: A2: 44,7% ± 10,5; A3: 38,3% ± 12,1; A4: 45,8% ± 12,1; A5: 49,4% ± 16,1; A6: 47,8% ± 14,7), representando funções de baixo ganho de contraste. Em K2.2, nos anéis intermediários (A2 – A5, exceto em A4) a estimulação originou valores de C50 maiores do que em K2.1 (média, desvio padrão: A2: 50,2% ± 10,3; A3: 48,2% ± 11,1; A4: 28,5% ± 4,2; A5: 54,3% ± 16,2), representando funções de baixo ganho de contraste. Para o padrão reverso, os resultados sugerem a predominância da via M nos anéis excêntricos intermediários e da via P no anel mais central (A1) e no mais periférico (A6). Para o padrão de pulso, sugere predominância da via P em todas as excentricidades.

  • AILIN CASTELO BRANCO
  • EFEITO DO METILMERCÚRIO EM GIRINOS E RECÉM-METAMORFOSEADOS DE Physalaemus ephippifer (STEINDACHNER, 1864) (ANURA, LEPTODACTYLIDAE)

  • Data: 23/11/2016
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  • A contaminação por metais em anfíbios tem sido levada em consideração como um dos fatores que contribui para o declínio populacional desses animais. O mercúrio (Hg) é um contaminante ambiental que apresenta altos níveis de toxicidade. A sua forma orgânica, o metilmercúrio (MeHg), pode ser bioacumulável alcançando níveis elevados na cadeia trófica. Para as populações de anfíbios, a bioacumulação de metais se torna importante, pois esses animais podem ser difusores de MeHg do ambiente aquático para o ambiente terrestre devido ao seu ciclo de vida duplo. Concentrações de MeHg em altas doses podem provocar óbvios efeitos letárgicos e a mortalidade da larva do anfíbio, porém as dúvidas se desvelam em buscar conhecimentos quanto aos efeitos das doses sub-crônicas do MeHg. Portanto, a presente pesquisa tem por objetivo explorar os efeitos da exposição subcrônica do MeHg em um modelo experimental, a espécie Physalaemus ephippifer, descrevendo, identificando e caracterizando as possíveis alterações no desempenho físico das larvas e dos recém-metamorfoseados, além de alterações teratogênicas e alterações morfológicas no sistema nervoso e sensorial. Após o ensaio toxicológico, nas concentrações de 0,007μg/ml, 0,004 μg/ml, 0,0007 μg/ml e 0,0004 μg/ml e controle negativo, os animais foram analisados pelo emprego das técnicas de análise comportamental simulando fuga predatória, análises morfométricas e análises de microscopia de luz e eletrônica de varredura. A pesquisa revelou que as concentrações utilizadas não provocam debilidades locomotoras nos girinos e nem danos morfológicos anatômicos aparentes, porém, levam ao aparecimento de uma massiva quantidade de células com núcleos picnóticos nas áreas do cerebelo e tectum óptico. Tal alteração, que se mantém no indivíduo mesmo depois da metamorfose, leva a uma debilidade locomotora na concentração de 0,007μg/ml, no qual é também a concentração em que se observa um aumento da incidência de danos teratogênicos (má formação da córnea). Dessa maneira, concluiu-se que o MeHg é um agente neurotóxico e teratogênico para P. ephippifer e que tais características levam a um decréscimo na performance locomotora. O presente trabalho pode fornecer subsídios para a compreensão da ação do MeHg nas populações de anfíbios que convivem em ambientes em que este contaminante está presente como integrante do ecossistema.

  • LORENA MONTEIRO GOMES
  • AVALIAÇÃO IN VITRO DOS EFEITOS GENOTÓXICOS E CITOTÓXICOS DO FÁRMACO DIPIRONA SÓDICA (METAMIZOL SODIUM) EM LINHAGEM DE RIM DE MACACO VERDE AFRICANO (VERO)

  • Data: 27/10/2016
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  • A dipirona sódica ou metamizol sodium, pertencente à família das pirazolonas, é um dos compostos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) mais utilizados, inclusive no Brasil, principalmente devido a sua comercialização ser de baixo custo financeiro. Porém, em determinados países a venda deste medicamento é proibida devido a relatos de casos graves de agranulocitose em decorrência do seu uso. Apesar de sua ampla utilização, estudos demonstrando efeitos genotóxicos e citotóxicos da dipirona em células de mamíferos são escassos. Portanto, o presente trabalho pretende avaliar a viabilidade celular, os efeitos genotóxicos, os efeitos citotóxicos (indução de apoptose e necrose) e a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) em linhagem VERO (linhagem renal de macaco verde africano) expostas a dipirona. Nossos resultados demonstraram uma redução significativa na viabilidade das células expostas a dipirona pelo ensaio MTT. Um aumento significativo no índice de dano avaliado pelo teste do cometa também foi observado, indicando o potencial genotóxico da droga. No que diz respeito aos efeitos citotóxicos da dipirona, observou-se um aumento significativo no número de células apoptóticas utilizando-se corantes fluorescentes tanto em 24 quanto em 48 h de tratamento com a droga. Nossos resultados também mostraram que não houve indução significativa na geração de ROS pela droga por meio da técnica do DCFH-DA. Desta forma, demonstrou-se em nosso trabalho, que a dipirona é uma droga genotóxica e citotóxica em linhagem VERO, nas condições avaliadas.

  • LUANNA DE MELO PEREIRA FERNANDES
  • Caracterização dos efeitos comportamentais, teciduais e bioquímicos da administração intermitente e episódica de EtOH em ratas da adolescência à fase adulta

  • Data: 18/10/2016
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  • O consumo do etanol (EtOH) tem aumentado principalmente no púbico feminino adolescente. A ingestão de EtOH na forma intermitente e episódica possui frequência de consumo em torno de 3 vezes por semana. Os efeitos tóxicos dessa forma de consumo são especialmente perigosos em detrimento ao consumo contínuo de EtOH devido às altas doses ingeridas seguidas de abstinência, acarretando maiores alterações no sistema nervoso central (SNC) em maturação em pouco tempo de consumo. Considerando a relevância epidemiológica e as consequências nocivas do EtOH sobre o balanço oxidativo, produção hormonal e de neurotrofina no SNC em maturação, o objetivo deste estudo foi investigar as respostas comportamentais, teciduais e bioquímicas derivadas do consumo intermitente e episódico de EtOH em ratas na fase de adolescência à idade adulta. Ratos Wistar fêmeas adolescentes (n=80) receberam, por gavagem, água destilada ou EtOH (3 g/kg/dia) durante 3 dias consecutivos por semana. Os animais foram avaliados sete horas e meia após o último dia de administração em 1, 4 e 8 semanas de episódios de binge drinking (37, 58 e 86 DPN, respectivamente), além disso, foi adicionado um período de 14 dias de abstinência após 8 BD (100 DPN) a fim de avaliar a habilidade do SNC em reverter danos gerados sobre ele. A bateria de testes comportamentais foi constituída de atividade locomotora espontânea, reconhecimento de objetos, labirinto em cruz elevado, pole test, beam walking e rotarod. Os animais foram sacrificados e as amostras de sangue coletadas para avaliação dos níveis de corticosterona, de malondialdeído, atividade da catalase, atividade da superóxido-dismutase e conteúdo de glutationa. Por conseguinte, o hipocampo foi dissecado para quantificação do imunoconteúdo de BDNF. A administração de EtOH alcançou concentração sanguínea média de 197,4 mg/dL e no período de 7,5 horas após a última administração de EtOH em binge agudo, a concentração sanguínea foi de 0,7 mg/dL. Dessa forma, os animais realizaram os ensaios comportamentais pós-consumo de EtOH, não sob efeito da droga. O consumo de EtOH em binge não alterou o ganho de peso dos animais da adolescência à vida adulta, no entanto, reduziu a atividade locomotora exploratória, prejuízo na coordenação motora, equilíbrio e aprendizado motor associado à bradicinesia, assim como, prejuízo no processo mnemônico e aumento do comportamento relacionado à ansiedade. Estes prejuízos foram acompanhados de elevação hormonal de corticosterona, redução dos níveis de BDNF hipocampal e desequilíbrio no balanço oxidativo sistêmico. Dessa forma, foi possível identificar que os prejuízos encontrados sobre o comportamento semelhante à ansiedade, memória de curta duração, bradicinesia e atividade locomotora espontânea apareceram desde o pós-consumo de EtOH por três dias consecutivos, no entanto, não apresentaram recuperação nem piora do dano após repetidos episódios. Em contrapartida, houve recuperação da memória de curta duração na tarefa de reconhecimento do objeto associado ao retorno dos níveis normais de BDNF na idade adulta. Além disso, demonstrou piora no aprendizado motor na fase adulto jovem seguido de recuperação gradual e parcial após período prolongado de retirada da droga, mesmo assim, o prejuízo da coordenação motora e equilíbrio permaneceram na fase adulta.

  • ROSANA TELMA SANTOS LOPES
  • MODULAÇÃO DA NEUROINFLAMAÇÃO CELULAR E NEUROPROTEÇÃO
    INDUZIDAS POR TRATAMENTO COM BETACARIOFILENO EM UM MODELO
    EXPERIMENTAL DE ISQUEMIA ESTRIATAL EM RATOS ADULTOS

  • Data: 11/10/2016
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  • O acidente vascular encefálico (AVE) resulta de redução permanente ou transitória do
    fluxo sanguíneo para áreas encefálicas. Pode ser classificado como hemorrágico ou
    isquêmico. Sendo que o último é responsável por cerca de 87% dos casos. Esta desordem
    aguda é a segunda maior causa de mortalidade e incapacidade no mundo e a principal
    causa de mortes no Brasil. Desde que o AVE isquêmico em pacientes usualmente resulta
    de oclusão trombótica ou embólica na maior artéria cerebral, mais frequentemente da
    artéria cerebral média (MCA), modelos de isquemia cerebral experimental foram
    desenvolvidos para simular a doença humana. Neste estudo, investigou-se os efeitos do
    sesquiterpeno betacariofileno, encontrado em cerca de 40% do extrato puro de copaiba,
    após oclusão de MCA (MCAO) induzida por microinjeções de endotelina-1 (ET-1) em
    ratos adultos. Analisou-se qualitativamente a área de lesão (através da técnica de Nissl) e
    por imunohistoquímica para neurônios maduros (NeuN), ativação microglial/macrofágica
    (ED1) e astrócitos (GFAP). Quantificou-se o número de células NeuN+ e GFAP+ no
    estriado isquêmico nos tempos de sobrevida investigados. Foi observado que o tratamento
    com betacariofileno reduziu a ativação microglial nos animais tratados em coparação aos
    animais controle. O número de células NeuN+ permaneceu maior em animais tratados com
    betacariofileno 3 e 7 dias após a MCAO. O tratamento com betacariofileno mostrou-se
    significativamente eficaz na redução da reatividade astrocitária 7 dias após-MCAO. Estes
    resultados sugerem que o tratamento com betacariofileno inibe satisfatoriamente a ativação
    microglial/macrofágica e reduz a reatividade astrocitária concomitante com indução de
    neuroproteção após MCAO. Considerando-se que o betacariofileno é um extrato dietético
    natural com comprovados fatores anticarcinogênico, anti-inflamatório e antimicrobiano
    utilizado em tratamentos de doenças humanas não neurais, e por possuir baixo teor de
    toxicidade, o seu uso como agente neuroprotetor poderá minimizar a lesão e danos
    neurológicos subsequentes após AVE em humanos.

  • RAILSON CRUZ SALOMÃO
  • POTENCIAL CORTICAL PROVOCADO VISUAL GERADO POR ESTÍMULOS PSEUDOISOCROMÁTICOS

  • Data: 11/10/2016
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  • O potencial cortical provocado visual (VECP) são úteis na investigação de mecanismos da visão de cores e disfunções de visão de cores. Redes senoidais cromáticas são geralmente usadas para gerar o VECP, mas exigem medidas psicofísicas antes para realizar a equalização de brilho das redes. Uma alternativa pode ser a substituição delas por estímulos pseudoisocromáticas que fazem uso de ruído de luminância e forçar a percepção do alvo ser dependente de contraste cromático. Neste trabalho, comparamos VECPs gerados por redes senoidais cromáticas isoluminantes e redes pseudoisocromáticas. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará, Protocolo # 570434. Sete tricomatas normais foram testados com redes sinusoidais cromáticas e redes ilusórios proporcionado pelo estimulo pseudoisocromático de 0,33, 0,66, 1, 1,33, 1,66, e 2 cpg, apresentado no padrão reverso (1 Hz) e padrão onset (300 ms) - offset (700 ms) modos. Os sinais foram registrados usando eletrodos de superfície, x30,000 amplificado, digitalizado a 1 kHz, e filtrada entre 0,1-100 Hz. VECP de reversão provocado por redes pseudoisocromáticas teve amplitude e latência semelhante em comparação com aqueles provocada por redes senoidais. VECPs onset-offset desencadeados por redes senoidais teve maior amplitude e menor latência do que os obtidos com o estímulo pseudoisocromático. Diferentes mecanismos visuais são responsáveis pelas respostas corticais provocado por estímulos ilusórios quando apresentado em diferentes modos de estimulação.

  • AMANDA PAMELA DOS SANTOS QUEIROZ
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA E ANTI-INFLAMATÓRIA DA PELLUCIDINA A E ELUCIDAÇÃO DO MECANISMO DE AÇÃO EM MODELOS IN VIVO.

  • Data: 07/10/2016
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  • A Peperomia pellucida (Piperaceae) é uma planta herbácea comumente encontrada nos continentes americano e asiático. Na Amazônia a espécie é conhecida pelo nome de erva-de-jabuti. Esta planta é utilizada, na medicina popular, para tratar uma vasta gama de sintomas e doenças, tais como conjuntivite, dor de cabeça, asma, úlcera gástrica, inflamação. Este estudo visou analisar a atividade antinociceptiva e anti-inflamatória dessa substância, assim como elucidar seu mecanismo de ação. Para todos os ensaios foram utilizados camundongos albinos suíços, machos (25 - 40 g), que foram inicialmente tratados com a pellucidina A nas doses de 0,5; 1 e 5 mg/kg (i.p.), submetidos a avaliação locomotora pelo ensaio de campo aberto e a modelos animais de dor aguda, como os testes de contorção abdominal induzida por ácido acético, testes da formalina e o ensaio da placa-quente. Em seguida, foi realizado o teste de contorção abdominal induzida por ácido acético para a elucidação do mecanismo de ação, no qual os animais foram tratados na dose padrão de 5 mg/kg (i.p.) e para análise anti-inflamatória do composto foi utilizado o modelo de granuloma induzido por pelotas de algodão, no qual os animais foram tratados na dose de 10 mg/kg (i.p.). O composto, não demonstrou alterar a deambulação dos animais em nenhuma das doses administradas. No ensaio de contorção a Pellucidina A conseguiu inibir em 43% o número de contorções abdominais na dose de 1 mg/kg, e 65% na dose 5 mg/kg. No teste da formalina, observou-se efeito antinociceptivo apenas dose de 5 mg/kg, com redução de 68% no tempo de lambida da pata do animal na fase inflamatória. Os animais tratados com a Pellucidina A e submetidos ao ensaio da placa-quente não demonstram possuir qualquer alteração em seu tempo de latência sobre a placa, apresentando uma resposta similar aos animais tratados apenas com a solução veículo. Para a elucidação do mecanismo de ação a Pellucidina A foi administrada na dose padrão de 5 mg/kg (i.p.) e associada com a Indometacina (5 mg/kg i.p.), o NS-398 (10 mg/kg i.p.), a cipro-heptadina (0,5 mg/kg i.p.), a naloxona (1mg/kg i.p.) e o L-NAME (5 mg/kg i.p). A Pellucidina A manifestou uma ação sinérgica quando associada com cipro-heptadina e L-NAME, apresentando uma diminuição no padrão de contorções abdominais em 97% quando associado com a cipro-heptadina e 96% com L-NAME. Na análise da ação da Pellucidina A (10 mg/kg i.p.) no teste do granuloma induzido por pelotas de algodão, a Pellucidina A apresentou atividade anti-inflamatória, reduzido em 24% a formação de granuloma nos camundongos tratados. Os resultados obtidos corroboram com a hipótese de que a Pellucidina A apresenta atividade analgésica, possuindo ação periférica, capaz de interferir no processo inflamatório, atuando como um possível agonista glicocorticóide.

  • ANGELICA RITA GOBBO
  • Avaliação de biomarcadores sorológicos em um estudo de busca ativa de casos novos de hanseníase em área hiperendêmica

  • Data: 07/10/2016
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  • A hanseníase é uma doença infecciosa crônica caracterizada por alterações de sensibilidade tátil, térmica e dolorosa na pele e nervos periféricos. Devido a ausência de diagnóstico laboratorial para a hanseníase, novas ferramentas que contribuam para a identificação de casos são necessárias para permitir o tratamento dos doentes antes da progressão para incapacidades físicas. Nesse sentido, o presente estudo objetivou avaliar a contribuição de biomarcadores sorológicos para o diagnóstico precoce da hanseníase. Foi realizado um estudo de busca ativa no distrito de Mosqueiro - Belém – Pará onde todos os participantes foram examinados clinicamente por médicos hansenologistas experientes e então 5mL de sangue periférico foram coletados para posteriores quantificações dos anticorpos anti-ND-O-BSA, anti-LID-1 e anti-NDO-LID pela técnica de ELISA. A ação de busca ativa no distrito de Mosqueiro diagnosticou 104 casos novos entre 895 indivíduos avaliados (11.6%), indicando uma alta endemia oculta que coincide com a alta soroprevalência de anticorpos anti-ND-O-BSA observada entre os estudantes. Foi observada uma diferença significativa entre os pacientes com diagnóstico tardio e precoce, sobretudo nas formas multibacilares. Todos os biomarcadores testados demonstraram resultados promissores na detecção dos casos tardios, tal como relatado na literatura, no entanto para os casos precoces estas moléculas identificaram corretamente apenas 50% dos indivíduos. Nenhum dos biomarcadores avaliados apresentou sensibilidade capaz de identificar todos os casos novos de hanseníase, sejam eles precocemente ou tardiamente diagnosticados. Apesar da molécula LID-1 ter evidenciado uma baixíssima sensibilidade para o diagnóstico precoce, sua alta especificidade e acurácia sugere sua utilização como uma potencial ferramenta de triagem sorológica para a identificação de sujeitos assintomáticos com alto risco de adoecimento. Assim, concluiu-se que apesar de nenhum biomarcador ter revelado utilidade no diagnóstico sorológico, a detecção dos anticorpos anti-LID-1 apresentou uma possível aplicabilidade na triagem dos indivíduos com maior risco de desenvolver a doença, contribuindo indiretamente para o diagnóstico da hanseníase

  • NUBIA FERNANDA SANTOS DA SILVA CAMPOS
  • DISLIPIDEMIAS E SÍNDROME METABÓLICA EM POPULAÇÕES EXPOSTAS AO MERCÚRIO: ESTUDO OBSERVACIONAL DE COORTE NAS REGIÕES DO RIO TAPAJÓS E TUCURUÍ.

  • Data: 30/09/2016
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  • As doenças cardiovasculares destacam-se como a principal causa de morte no Brasil e no mundo, por representar um terço das mortes e o principal gasto com assistência médica. Entre 2000-2010, o número de óbitos por doenças cardiovasculares em cem mil habitantes aumentou até 28% na região Norte, estando as dislipidemias e a Síndrome Metabólica entre os principais fatores de risco. Esses valores tornam-se mais preocupantes, pois podem estar subestimados em virtude de subnotificações consequentes ao isolamento geográfico da região, que é característico do Norte do Brasil. As dislipidemias correspondem a alterações no perfil lipídico plasmático, e representam um critério para a diagnose de síndrome metabólica. A síndrome metabólica pode ser definida como um conjunto de alterações metabólicas, como a hiperglicemia, dislipidemia, hipertensão arterial e obesidade. Recentemente, estudos em modelos animais e clínicos têm demonstrado o risco aumentado da doença aterosclerótica e hipertensão com a exposição ao mercúrio. Na região do rio Tapajós, vários trabalhos vêm demonstrando a exposição humana nas populações ribeirinhas que consomem peixe contaminado com metilmercúrio. Também, dados recentes do nosso grupo mostram que as comunidades ribeirinhas do Tucuruí apresentam elevados níveis de mercúrio. Assim, o objetivo deste estudo observacional de coorte foi analisar as possíveis alterações lipídicas e a presença de síndrome metabólica, em comunidades ribeirinhas da região amazônica: Boa Vista do Tapajós, Barreiras, Pimental, Brasília Legal, Fordlândia e Pedra Branca (Tapajós), Vila Cametá e Comunidade de Ouro Verde (Tucuruí) com histórico de exposição mercurial. Para isso, foram realizados os cálculos do índice de massa corpórea (pelo peso e estatura), aferições da pressão arterial, análises do perfil glicêmico (glicemia de jejum) e lipídico, pelas dosagens plasmáticas de triglicerídeos, colesterol total, HDL e pelos cálculos de LDL, VLDL e colesterol não HDL. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, um total de 337 indivíduos adultos de ambos os sexos (220 do Tapajós e 117 de Tucuruí) foram analisados. Elevados níveis médios de obesidade e frequências elevadas de indivíduos que apresentaram dislipidemias foram detectados, especialmente em Tucuruí, onde as frequências foram ainda maiores que no Tapajós. Também, foram identificadas elevadas percentagens de indivíduos com síndrome metabólica (14% a 35% dependendo da definição adotada). Os critérios adotados pela NCEP se revelaram os mais sensíveis para a identificação da síndrome metabólica (SM) nessas populações. O fator que mais contribui para a detecção da presença da SM foi o nível de HDL baixo, presente em 32% dos indivíduos com SM. No Tapajós, o segundo e terceiro fatores mais frequentes foram os níveis elevados de triglicerídeos e glicose, no entanto em Tucuruí foi a pressão arterial alterada e os triglicerídeos elevados. Em conclusão, nosso estudo fornece, dados epidemiológicos sobre a prevalência de dislipidemia, sobrepeso e obesidade, hipertensão arterial e síndrome metabólica em adultos ribeirinhos da Amazônia. Somando-se a isso, a avaliação epidemiológica do perfil lipídico é uma ferramenta importante para a promoção de medidas de saúde que visa prevenir e reduzir fatores de risco cardiovascular.

  • BARBARA BEGOT OLIVEIRA RISUENHO
  • POTENCIAL CORTICAL PROVOCADO VISUAL PSEUDOALEATÓRIO GERADO POR ESTÍMULOS COMPOSTOS: EFEITO DO MODO DE APRESENTAÇÃO E DO TEMPO DE ADAPTAÇÃO DA RESPOSTA

  • Data: 28/09/2016
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  • O potencial cortical provocado visual convencional (VECP, sigla em inglês) apresenta polaridade positiva em resposta ao modo de apresentação reversa para estímulos cromáticos isoluminantes e estímulos de luminância, enquanto o modo de apresentação onset tem polaridade positiva em resposta a estímulos de luminância, mas negativa em resposta a estímulos cromáticos. Foi avaliado como o modo de apresentação afeta o VECP pseudo-aleatório gerado em resposta a estímulos de luminância e compostos (cromáticos e de luminância). Onze tricromatas normais e 17 voluntários discromatópsicos foram avaliados. Uma sequência-m modulou temporalmente os estímulos de grades senoidais com contraste de luminância e composto tanto para o padrão de apresentação reverso quanto para o onset. Uma rotina de correlação cruzada foi usada para extrair o kernel de primeira ordem (K1) e o primeiro e o segundo slice do kernel de segunda ordem (K2.1 e K2.2, respectivamente) das respostas ao VECP. Calculou-se a integral das amplitudes dos componentes do registro em um intervalo de tempo para a estimar a magnitude do sinal para cada condição de estímulo. Foi utilizada uma correlação cruzada normalizada para restar a similaridade dos componentes do VECP. Para avaliar como o tempo de interação afeta a amplitude do VECP foi calculado o valor quadrático médio (RMS, sigla em inglês) em uma janela temporal e correlacionado com ao intervalo de interação das respostas referentes ao slice do kernel de segunda ordem avaliado. Os componentes do VECP variaram segundo o modo de apresentação e a presença de contraste cromático verde-vermelho nos estímulos. Para os tricromatas, K1, K2.1 e K2.2 do padrão onset, bem como K2.1 e K2.2 do padrão reverso nas condições de estimulação composta apresentaram forma de onda predominantemente negativa em 100ms. Para os discromatópsicos, nas mesmas condições, foi observado pequena positividade ou pequena negatividade. Tricromatas apresentaram maior magnitude no VECP do que os discromatópsicos nas condições compostas no padrão onset em K1, no padrão onset e reverso em K2.1 e no padrão reverso em K2.2. Tricromatas e discromatópsicos tiveram amplitudes similares no VECP em resposta aos estímulos compostos no padrão reverso em K1, no padrão onset em K2.2 e em todas as condições de luminância. A correlação cruzada mostrou grande similaridade entre as formas de onda geradas pelo estímulo composto no padrão onset em K2.1 e no padrão reverso em K2.2, assim como entre o padrão reverso em K2.1 e K2.2. A amplitude do VECP foi menos quanto maior era o intervalo de interação das respostas. Nós sugerimos que K2.1 do padrão reverso composto é a resposta mais apropriada para o estudo da visão de verde-vermelho.

  • JOSE ROGERIO SOUZA MONTEIRO
  • Novas ferramentas terapêuticas contra a convulsão e o comportamento tipo
    depressivo: ensaios pré-clínicos com açaí clarificado

  • Data: 28/09/2016
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  • O açaí (Euterpe Oleracea Mart.) é uma palmeira típica do norte do Brasil, rica em compostos
    fenólicos e antocianinas, substâncias com elevada atividade antioxidante, anti-inflamatória e
    de comprovados efeitos benéficos à saúde. O estresse oxidativo e a inflamação estão
    envolvidos na geração e propagação de crises convulsivas, principal característica clínica da
    epilepsia, e na patogenia da depressão. Neste trabalho investigamos o potencial efeito
    neuroprotetor, anticonvulsivante e antidepressivo de amostras comerciais de açaí clarificado
    (AC). Apenas 4 doses de AC foram suficientes para aumentar as latências para crises
    convulsivas mioclônicas e tônico-clônicas e para diminuir a duração total das crises tônicoclônicas
    induzidas pelo Pentilenotetrazol (PTZ). Alterações eletrocorticográficas induzidas
    pelo PTZ foram prevenidas de forma significativa pelo AC. Já no modelo de comportamento
    tipo depressivo induzido pelo lipopolissacarídeo (LPS), o AC reduziu o tempo de imobilidade
    e aumentou significativamente o consumo de sacarose dos animais, indicando que o AC
    possui atividade preventiva sobre o aparecimento de comportamentos que são característicos
    da depressão clínica. Tanto no modelo de PTZ quanto de LPS o AC exibiu potente atividade
    preventiva em relação ao estresse oxidativo. O AC preveniu a peroxidação lipídica e a
    elevação dos níveis de nitritos no córtex cerebral, hipocampo, estriado e córtex pré-frontal.
    Estes resultados demonstram pela primeira vez que o açaí é uma fruta que exerce potente
    atividade protetora frente ao desenvolvimento de crises convulsivas, do comportamento tipo
    depressivo e do estresse oxidativo,

  • GISELE PRISCILA SOARES DE AGUIAR
  • AUMENTO DA ATIVAÇÃO NEURONAL E DE MARCAÇÃO DE BDNF APÓS DEGRADAÇÃO DAS REDES PERINEURONAIS EM MODELO EXPERIMENTAL DE PRIVAÇÃO SENSORIAL

  • Data: 23/09/2016
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  • O sistema nervoso central (SNC) tem a capacidade de processar e armazenar informações colhidas do ambiente e, em virtude disso, modificar-se para se adequar à diversidade de estímulos ambientais. Entretanto, o SNC possui baixa capacidade regenerativa após lesão ou doença neurodegenerativa. Diversos trabalhos estão demonstrando os mecanismos celulares e moleculares que atuam em sua plasticidade, como as moléculas de glicosaminoglicanas de sulfato de condroitina (GAGs-SC), importantes componentes da matriz extracelular do tecido nervoso responsáveis pela estabilização sináptica, concentração de fatores de crescimento e íons próximos aos neurônios. A degradação destas GAGs-SC do tecido nervoso possui o potencial de (re)abrir uma (nova) janela para plasticidade do SNC. O objetivo de nosso trabalho foi avaliar a influência da degradação destas GAGs-SC na atividade neuronal, demonstrada via marcação de cFos,e nos níveis de marcação de BDNF, em modelo experimental de privação sensorial durante o período crítico de plasticidade. Para isso, utilizamos 18 Rattus novergicus, da linhagem Wistar, submetidos à vibrissectomia da face direita desde o primeiro dia de vida (P0) até o fim do período crítico de plasticidade (P30). Os animais privados com 40 dias de vida receberam implantes epidurais de polímero Elvax, previamente saturado com condroitinase ABC (para degradação da matriz extracelular) ou com albumina de soro bovino (controle), no campo de barris do hemisfério cerebral contralateral à privação sensorial (esquerdo). Após 10 (P50) ou 20 dias (P60) de implante do polímero, nossos resultados demonstram que os animais submetidos a privação sensorial e à degradação das GAGs-SC apresentaram alteração na característica de maturidade das redes perineuronais (PNNs) em relação aos animais sem privação. Estes animais também apresentam aumento no número de células cFos positivas (principalmente na camadas granular de S1) e de imunomarcação para BDNF no PMBSF privado após o implante de elvax saturado com ChABC. Desta forma, concluímos que a degradação das GAGs-SC induziu a plasticidade local, provocando mudanças na atividade cortical e na expressão de BDNF no PMBSF privado, mesmo 30 dias após o fim do período crítico de plasticidade de S1.

  • DLÂNIO GABRIEL FIGUERÊDO SILVA
  • EFEITO DO TRATAMENTO COM Euterpe Oleracea (AÇAÍ) NO PROCESSO DE REPARO DO TENDÃO DE AQUILES EM RATOS

  • Data: 09/09/2016
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  • O tendão de Aquiles é o maior e mais forte tendão do corpo humano, seu uso em excesso induz o surgimento de microtraumas e ativação de vias de sinalização que levam a uma resposta inflamatória. O extrato etanólico de Euterpe Oleracea(açaí)é um produto natural extraído do fruto dessa palmeira. Apesar de evidências apontarem um efeito anti-inflamatório e antioxidante desse produto, não há dados na literatura sobre tais efeitos na lesão tendínea. Assim, o objetivo do trabalho foi investigar o efeito anti-inflamatório e pró-regenerativo do extrato etanólico de Euterpe oleracea em modelo de ruptura total do tendão de Aquiles em ratos. Esse trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa animal da instituição (CEPAE-UFPA/206-14). Os animais foram distribuídos em quatro grupos (n=24): controle; veículo (salina 0,9%); extrato de E. oleracea (extrato etanólico de Euterpe oleracea,125μg/ml) e metilprednisolona (30 mg/ml). Após os respectivos tratamentos, o tecido foi analisado em 7, 14 ou 21 dias pós-injúria (dpi) por histoquímica com hematoxilina eosina e autofluorescência do colágeno. Imunofluorescência para COX2 e mensuração dos níveis de nitrito pelo método de Griess foi realizado em 7dpi. O tratamento com o extrato de E. Oleracea acelerou a organização tecidual e melhorou a orientação das células, um efeito semelhante ao anti-inflamatório esteroidal metilprednisolona. O tratamento com o produto natural levou a um alinhamento precoce das fibras de colágeno, bem como na matriz, de modo geral, se comparado aos demais grupos, o que foi observado no 7dpi e mantido em 14 e 21 dpi. O tratamento com o extrato de E. oleracea ou metilprednisolona reduziram a marcação para COX2 se comparado ao veículo em 7 dpi. Redução nos níveis teciduais de nitrito foi observado em 7dpi nos grupos tratados com extrato de E. oleracea(20.80 ± 2.54 μm/ml) e metilprednisolona (19.40 ± 2.31 μm/ml) se comparado ao grupo veículo (29.33 ± 3.98μm/ml). O tratamento com extrato de E. oleracea melhorou o padrão de organização tecidual, reduziu a marcação para COX2 e os níveis de nitrito, sugerindo efeito anti-inflamatório e antioxidante. Nossos achados destacam que o extrato de E. oleracea representa um produto natural com potencial aplicação no reparo do tendão de Aquiles.

  • AMANDA SODRE MOTA
  • Poderia um óleo atuar como analgésico opioide?
    OLÉO DE Plukenetia polyadenia: ELUCIDAÇÃO DO MECANISMO DE AÇÃO.

  • Data: 05/09/2016
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  • O óleo de semente de Pukenetia polyadenia (Pp-óleo) é usado pelos povos amazônicos para artrite e
    reumatismo, espalhando-o nos braços e pernas. Baseando-se no conhecimento etnofarmacológico,
    procuramos investigar o mecanismo de ação do Pp-óleo Materiais e métodos: O Pp-óleo foi obtido por
    prensagem e avaliado em sua atividade antinociceptiva em modelos de nocicepção (contorção abdominal
    induzida por ácido acético, placa quente e teste de formalina) em camundongos. A elucidação do
    mecanismo de ação foi feita a partir do modelo de contorção por ácido acético e adição de antagonistas do
    sistema opioide juntamente com drogas não seletivas para COX , nesse caso o AAS, e drogas seletivas para
    COX-2 sendo assim, utilizado o Celecoxibe. Também foram utilizados ensaios neurocomportamentais
    responsáveis pela avaliação de possíveis danos ao sistema locomotor, os quais foram escolhidos o modelo
    de campo aberto, rotarod e pole teste.
    Resultados: Pp-óleo demonstrou um efeito antinociceptivo dependente de dose significativamente
    relevante (p <0,05) na estimulação química provocada pelo ácido acético no teste de contorção abdominal.
    No entanto, o resultado do teste da placa quente e da primeira fase da formalina não foram significativos
    (p> 0,05), sugerindo que Pp-óleo tem uma atividade analgésica, a qual é de origem periférica putativo. Para
    validar essa afirmação foram realizados testes neurocomportamentais de avaliação do sistema central. Os
    quais os resultados mostram-se não significativos nos três testes aplicados confirmando que Pp-óleo não age
    na via central. Além disso, nos testes de elucidação do mecanismo de ação, a antinocicepção foi revertida
    pela naloxona.
    Conclusão: Pp-óleo mostrou ter propriedades analgésicas. Além disso, os resultados sugerem que
    receptors opioides estejam envolvidos na sua ação antinociceptiva e que estejam agindo por uma via
    periférica.

  • KLEBSON DE JESUS ARAUJO RODRIGUES
  • PLASTICIDADE AUMENTADA NO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL DE RATOS COM A REMOÇÃO DE REDES PERINEURONAIS

  • Data: 01/09/2016
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  • No processo de envelhecimento, há uma diminuição natural na plasticidade no Sistema Nervoso Central (SNC). Algumas regiões cerebrais podem ser particularmente afetadas pelo envelhecimento, como o córtex pré-frontal (CPF), que possui um papel fundamental nas funções executivas, incluindo atenção, flexibilidade cognitiva, memória de trabalho, tomada de decisão, etc. O declínio na plasticidade do CPF e do SNC como um todo pode ser atribuído principalmente pelo aparecimento de estruturas chamadas redes perineurais (RPNs) que envelopam o corpo celular e dendritos de classes específicas de neurônios. As RPNs são estruturas de matriz extracelular consistindo de proteoglicanos de sulfato de condroitina, ácido hialurônico, proteínas de ligação e tenascina, e estão envolvidos no controle da plasticidade cortical e também no encerramento do período crítico. Contudo, têm-se mostrado que a degradação das RPNs pela enzima Condroitinase ABC (ChABC) restaura formas juvenis de plasticidade no cérebro adulto por liberar os freios da plasticidade. O objetivo do presente trabalho é caracterizar o curso temporal da formação e desenvolvimento das RPNs no córtex pré-frontal medial (CPFm) de ratos. As RPNs foram marcadas com a lecitina Vicia villosa, que se liga a cadeias de glicosaminoglicanos presentes nas RPNs. Além disso, verificamos se a digestão localizada das RPNs no CPFm através da injeção de ChABC é capaz de abrir um novo período crítico de plasticidade e facilitar o desempenho em testes de função executiva (memória operacional). Os resultados mostraram que as RPNs no CPFm começam a surgir aos 20 DPN e amadurecem progressivamente até os 75-90 DPN. Formas exclusiamente maduras de RPNs foram observadas em animais com 5 meses de idade. Além disso, os resultados mostraram que a remoção enzimática das RPNs com ChABC promoveu melhoras no aprendizado dos testes de função executiva

  • GABRIELA DE PAULA ARRIFANO DE OLIVEIRA
  • ANÁLISE DE PARÂMETROS DE EXPOSIÇÃO MERCURIAL, SUSCETIBILIDADE GENÉTICA E INTOXICAÇÃO EM POPULAÇÕES RIBEIRINHAS DO TAPAJÓS E TUCURUÍ

  • Data: 30/08/2016
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  • O mercúrio é um metal pesado responsável por episódios de intoxicação em todo o mundo. Sua forma mais tóxica é o metilmercúrio que possui afinidade pelo Sistema Nervoso Central, apresentando reconhecida neurotoxicidade. Algumas regiões da Amazônia são bem caracterizadas por exposição mercurial em humanos, como a região do Tapajós, devido à atividade garimpeira local, por exemplo. Contudo, outras, como Tucuruí, permanecem praticamente não estudadas, com apenas um estudo em humanos até o momento. Na Amazônia, existe um grande número de estudos sobre exposição, porém, os estudos sobre a intoxicação e suscetibilidade são bem menos numerosos nas populações amazônicas, e até hoje não existe nenhum estudo que analise simultaneamente os três fatores. Assim, o objetivo deste trabalho foi determinar a exposição (conteúdo do agente tóxico no corpo através do nível de mercúrio em amostras de cabelo), a suscetibilidade individual (predisposição que cada indivíduo tem a sofrer um maior ou menor dano com a mesma quantidade de exposição, através da genotipagem da apolipoproteina E) e a intoxicação (quantificação da extensão do dano já provocado usando como biomarcadores a S100B e a NSE) em populações ribeirinhas amazônicas. Foram estudados 388 indivíduos, selecionados após critérios de inclusão e exclusão. Os genótipos da apolipoproteina E mais frequentes foi ɛ3/ɛ3, seguido pelo ɛ3/ɛ4. As frequências alélicas foram de 0,043:0,784:0,173 para ε2:ɛ3:ɛ4, respectivamente. A mediana do nível de mercúrio total no cabelo foi 4,2 μg/g (1,9- 10,2). Uma percentagem significativa de participantes (24,8%) apresentaram níveis de mercúrio total acima de 10 μg/g, limite preconizado pela OMS, e 12,8% dos participantes mostraram um conteúdo total em mercúrio maior ou igual a 20 μg/g. Os níveis de Tucuruí foram muito maiores do que os níveis no Tapajós (área reconhecida pela presença de garimpos). Foram identificados 29% de indivíduos portadores de ApoE4 (considerados de risco) e 8 indivíduos em risco máximo (portadores de ApoE4 e com mercúrio acima do limite de 10 μg/g). Ainda, houve diferença significativa nos níveis de RNAm da proteína S100B entre os grupos expostos a níveis altos e baixos de mercúrio. Pela primeira vez, foram estudados simultaneamente marcadores das três esferas de influência em toxicologia humana (exposição, suscetibilidade e intoxicação). Nossos dados apoiam já o uso em conjunto desses marcadores para um monitoramento adequado das populações amazônicas, que assistirá o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tomada de decisões governamentais frente ao problema do impacto causado pelo mercúrio na Amazônia.

  • JESSICA BATISTA DE JESUS
  • Ação da Ciclosporina A na via de ativação do Fator de Crescimento de Nervo (NGF) em células neurais do SNP

  • Data: 29/08/2016
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  • A Ciclosporina A é um imunossupressor químico com ação conhecida sobre células T do sistema imune. No sistema nervoso, a Ciclosporina A age inibindo a ação da Calcineurina, um importante segundo mensageiro da via de transdução de sinal do Fator de Crescimento de Nervo (NGF) resultando na hiperfosforilação do Fator Nuclear de Células T Ativadas (NFAT) e regulação negativa de NGF, TrkA e outros fatores que participam da via. As isoformas da família de NFAT1-4 são dependentes de calcineurina, enquanto a isoforma NFAT5 é independente. Já foi demonstrado o papel neuroprotetor da Ciclosporina A por via dependente ou independente de calcineurina. No presente trabalho, procuramos avaliar a ação da Ciclosporina A no sistema nervoso periférico, associando níveis de NGF, TrkA e o fator de transcrição independente de calcineurina, NFAT5 com a plasticidade de células neuronais oriundas de Gânglios da Raiz Dorsal (GRD) mantidas em culturas. Usamos culturas de GRD E10, suplementado com Meio Condicionado de Retina de E9, tratados com Ciclosporina A por 48 e 72 horas. Culturas enriquecidas de Neurônios foram confirmadas pelo método de imageamento de cálcio. A ação da Ciclosporina A sob a neuritogênese foi avaliada por microscopia de campo claro, a expressão de NGF, TrkA e NFAT5 foi realizada por RT-PCR e o acúmulo de NGF intracelular foi avaliado por Imunofluorescência, assim como a presença de TrkA em neurônios. O teste de viabilidade das culturas tratadas ou não com as concentrações de 1-40μM de Ciclosporina A foi realizado pelo método de MTT. Os resultados mostram aumento dos níveis de NGF em culturas mistas, e de receptor TrkA e NFAT5 em culturas enriquecidas em neurônios após o tratamento com a Ciclosporina A. Dada a importância da via de NGF no desenvolvimento e manutenção do SNP, o uso da Ciclosporina A, pode vir a ser usado na clínica como novo alvo para novas terapias.

  • HELENIANA MARIA MIRANDA DE CARVALHO
  • ANÁLISE IMUNOLÓGICA E GENOTÓXICA EM Rattus Novergicus DA LINHAGEM
    WISTAR TRATADOS COM CICLOFOSFAMIDA

  • Data: 11/08/2016
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  •  

    O desenvolvimento deste trabalho, deu-se devido a necessidade de se compreender melhor o
    sistema imune, levando-se em consideração a diversidade dos modelos experimentais de
    imunossupressão, bem como a variedade de respostas imunológicas e genotóxicas, diferenças
    estas, relacionadas às espécies, ao medicamento e doses utilizadas. Desta maneira, objetivo do
    presente estudo foi analisar os efeitos no sistema imunológico e os efeitos genotóxicos em Rattus
    norvegicus da linhagem Wistar, após a inoculação do agente alquilante Ciclofosfamida (CY). A
    administração de 50 mg/kg de CY nos roedores, possibilitou observar uma significativa
    diminuição dos parâmetros de celularidade e peso relativo dos órgãos linfóides. A imunidade
    humoral dos roedores sofreu supressão, visto que foi realizada a análise da titulação de
    anticorpos, o ensaio sobre as células formadoras de placa e o teste de hemólise. Foram realizadas
    quatro inoculações desse imunossupressor e a periodicidade entre as inoculações foi determinada
    pela recuperação dos níveis de normalidade dos parâmetros supracitados. Nas duas vezes que foi
    administrada a droga, houve redução no número de linfócitos e posteriormente diminuição de
    neutrófilos, porém somente no segundo contato com a CY foi observada a imunossupressão. A
    análise da genotoxicidade da ciclofosfamida (CY) foi analisada através do ensaio cometa e foi de
    suma importância, pois dectamos danos genômicos ocorridos no DNA , expostos às diferentes
    doses da ciclofosfamida (CY), que foram de 50 mg/kg nas duas primeiras fases e de 25 mg/kg
    nas duas últimas fases do experimento. Além disso, foi verificado que os efeitos genotóxicos são
    cumulativos a cada dose de CY aplicada, pois mesmo sendo administrado na terceira fase, a
    metade da concentração (25 mg/kg) das duas inoculações inicias CY, o índice de danos não
    correspondeu a metade dos índices de danos da primeira e da segunda administração. Entretanto,
    ao analisarmos imunologicamente e genotoxicamente os roedores, nosso trabalho possibilitará
    testar novos esquemas terapêuticos de imunossupressão.

  • DANIELE DE ARAUJO MOYSES
  • AVALIAÇÃO DO POTENCIAL CITOTÓXICO E GENOTÓXICO DO PIROXICAM EM LINHAGEM VERO

  • Data: 08/08/2016
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  • O Piroxicam é um AINE que pertence farmacologicamente a classe oxicam e é indicado para tratar diversos males como artrite reumatoide, dismenorreia primária, endometriose, entre outros. Suas propriedades anti-inflamatórias são bem conhecidas e está relacionada a sua capacidade não seletiva de inibição reversível das COXs, mas sabese pouco a respeito de sua atividade citotóxica e de sua ação no DNA. São escassos dados a respeito dos possíveis efeitos genotóxicos do Piroxicam em células de mamíferos. Esses efeitos podem ser monitorados para a prevenção e controle de algumas reações adversas e efeitos colaterais importantes. O presente estudo foi delineado para investigar os possíveis efeitos genotóxicos e citotóxicos induzidos in vitro pelo fármaco Piroxicam em linhagem de rim de macaco verde africano (VERO). A viabilidade das células expostas ao Piroxicam foi avaliada pelo ensaio MTT, a citotoxicidade do Piroxicam foi verificada pela quantificação de apoptose e necrose utilizando corantes fluorescentes (Hoechst, iodeto de propídeo e diacetato de fluoresceína) e a genotoxicidade do Piroxicam foi avaliada pelo teste do cometa. Os resultados do ensaio de viabilidade celular mostraram que o Piroxicam reduz significativamente (p<0,05) a viabilidade das células nas concentrações de 1,0 mM, 2,0 mM, 4,0 mM e 8,0 mM. Observou-se também que o Piroxicam induz morte significativa (p<0,01) por apoptose em todas concentrações testadas, tanto para tratamento de 24h quanto para 48h. No caso do ensaio cometa, não houve danos ao DNA em nenhuma concentração testada. Os dados defendem a ideia de que o Piroxicam possui atividade citotóxica, mas não apresenta potencial genotóxico nas condições testadas.

  • NATALI VALIM OLIVER BENTO TORRES
  • ENVELHECIMENTO E PROTEÇÃO COGNITIVA: Influências da escolaridade e da aptidão física

  • Data: 25/07/2016
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  • Estudou-se a influência da idade, educação formal e da aptidão física no desempenho cognitivo de idosos usando avaliação clínica e hematológica. Para isso, foram concebidos três ensaios independentes. No primeiro, investigou-se as influências da idade e baixa escolaridade no desempenho cognitivo de idosos saudáveis. No segundo investigou-se possíveis associações entre o declínio cognitivo associado à idade, nível de atividade física e volume de plaquetas, este último, um marcador indireto de inflamação. No terceiro, comparou-se idosos saudáveis com pacientes com doença de Alzheimer (DA), onde é prontamente reconhecido a contribuição da inflamação para a progressão mais rápida da doença. Para medir a influência da educação, utilizou-se testes selecionados da Bateria Cambridge de Testes Neuropsicológicos Automatizados (CANTAB) minimizando a influência de variáveis sócio-culturais e educacionais, normalmente presentes nos procedimentos clássicos de avaliação neuropsicológica. Assim, a atenção visual sustentada, tempo de reação, memória espacial de trabalho e aprendizagem e memória episódica foram medidos em 182 idosos. Foram estabelecidos os seguintes critérios de inclusão: mini-exame de estado mental (MEEM) dentro dos parâmetros de normalidade, acuidade visual de 20/30 ou superior, ausência de história prévia ou atual de traumatismo craniano, acidente vascular cerebral, alcoolismo crónico, doenças neurológicas, queixas de perda de memória e ausência de doenças psiquiátricas, incluindo depressão e presença de sinais clínicos e/ou hematológicos de infecção ativa. Os indivíduos foram agrupados de acordo com a escolaridade (1 a 7 e ≥ 8 anos de estudo) e idade (60-69 e ≥ 70 anos de idade). A análise de variância de dois critérios indicou que o nível de escolaridade influenciou a atenção visual sustentada, aprendizagem e memória, tempo de reação e memória de trabalho espacial, e a idade influenciou a latência do tempo de reação. Os resultados sugerem que a melhoria da educação deve ser um dos alvos de ações preventivas para reduzir o declínio cognitivo relacionado à idade e que a CANTAB pode ser usada para detectar o declínio cognitivo sutil no envelhecimento saudável. No estudo que mediu associações potenciais entre as alterações morfológicas de plaquetas, aptidão física e declínio cognitivo relacionado à idade, foram adotados os mesmos critérios utilizados no primeiro ensaio e avaliou-se 152 idosos saudáveis. O questionário internacional de atividade física (IPAQ - forma longa) e medidas de aptidão física (agilidade, força muscular dos membros inferiores e condicionamento cardiorrespiratório) foram adotados como indicadores do nível de atividade física. Com base no autorrelato da prática de exercício físico, os voluntários que exerciam atividades físicas supervisionadas pelo menos três vezes por semana compuseram o grupo Exercício, enquanto o grupo Sedentário foi composto por idosos que não realizaram exercícios durante os seis meses anteriores à avaliação. Os idosos ativos apresentaram desempenho significativamente maior em todos os testes físicos, atenção visual sustentada e tempo de reação, e estes resultados foram associados com volumes de plaquetas significativamente menores. Foram encontradas correlações significativas entre os volumes de plaquetas e as performances nos testes de aprendizagem e memória, processamento visual rápido e atenção sustentada. No terceiro estudo, comparando a morfologia de plaquetas de pacientes com doença de Alzheimer com idosos saudáveis, identificou-se que os voluntários com DA mostraram plaquetas com volumes significativamente maiores em associação a baixo desempenho no MEEM. Tomados em conjunto, os resultados mostram que a atividade física e a aptidão física dela decorrente estão associadas a um volume de plaquetas menor e menor declínio cognitivo durante o envelhecimento. O encontro de plaquetas com volumes médios maior e menor, encontrados respectivamente em pacientes com doença de Alzheimer e em idosos que se exercitam regularmente, sugere que este parâmetro, geralmente ignorado em análises de rotina hematológica, parece ter valor preditivo para encorajar medidas preventivas.

  • NELSON ELIAS ABRAHAO DA PENHA
  • EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIOS E NEUROPROTETORES DO EXTRATO DE GERGELIM (Sesamum indicum L.) EM UM MODELO EXPERIMENTAL DE LESÃO AGUDA DA MEDULA ESPINHAL DE RATOS

  • Data: 10/06/2016
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  • A medula espinhal é o componente do sistema nervoso central (SNC) com funções cruciais para o estabelecimento da locomoção, habilidades motoras, somestesia e controle autonômico. Lesões medulares estão entre as condições patológicas mais graves e mais debilitantes à saúde humana, com grande incidência em todas as regiões do mundo. A reprodução dos diferentes tipos de lesão da medula espinhal (ME) em animais de experimentação e o entendimento de sua fisiopatologia, bem como a busca de tratamentos que minimizem os danos neurológicos e estimulem a recuperação morfofuncional do indivíduo afetado são temas de grande relevância científica e clínica. Neste estudo, investigamos os possíveis efeitos neuroprotetores e/ou anti-inflamatórios do extrato supercrítico de gergelim (Sesamun indicum L.) em tempos agudos após lesão experimental da medula espinhal (ME) de ratos adultos. Ratos machos adultos foram submetidos à hemissecção da ME em uma mesa estabilizadora em nível de T8. Os grupos controle e sham (falso operado) foram tratados com tween a 5% (veículo) e o grupo tratado recebeu injeções intraperitoneais de extrato de gergelim (150 mg/kg divido em duas doses diárias) em tempos agudos e sub-agudos de sobrevida após a lesão (1, 3 e 7 dias). Foram obtidas secções de 20 μm da ME com auxílio do um criostato. Estas seções foram coradas com azul de metileno, hematoxilina-eosina (HE), tricrômico de gomori, violeta de cresila e imunomarcadas por anticorpos específicos para a identificação de neutrófilos (anti-MBS-1) e micróglia (anti-ED1). Avaliou-se a força muscular por registro eletromiográfico realizados nos animais controle e tratados com gergelim, 1 e 7 dias após o trauma da ME. Os animais controle apresentaram cavitação progressiva da ME concomitante com recrutamento de neutrófilos e ativação microglial/macrofágica. O tratamento com extrato de gergelim induziu preservação tecidual e diminuição considerável do recrutamento de neutrófilos nos tempos de 1 e 3 dias após a indução da lesão experimental, o que foi confirmado por análise quantitativa (p<0.05). O tratamento com gergelim também diminuiu a ativação microglial/macrofágica no tempo de 7 dias após a lesão (P<0.05). Os registros eletromiográficos revelaram que o tratamento com gergelim induziu cerca de 50% de recuperação da força muscular em relação aos animais controle. Os resultados sugerem que o extrato de sementes de gergelim preto é anti-inflamatório, neuroprotetor e induz recuperação da força muscular em ratos adultos submetidos à trauma experimental da medula espinhal. Estudos futuros devem confirmar que fitoterápicos à base de gergelim podem ser usados como possíveis agentes neuroprotetores para tratamento da lesão da medula espinhal humana.

  • VALDENIRA DE JESUS OLIVEIRA KATO
  • IMUNOEXPRESSÃO DA PROTEÍNA PTEN EM AMOSTRAS DE CARCINOMA
    EPIDERMOIDE BUCAL E SUA CORRELAÇÃO COM CARACTERÍSTICAS
    CLÍNICO-PATOLÓGICAS E SOBREVIDA

  • Data: 03/06/2016
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  • O Carcinoma de Células Escamosa Oral (CCEO) é a neoplasia maligna mais comum
    que afeta a cavidade oral, sendo responsável por mais de 90% dos casos
    diagnosticados neste sítio anatômico. Apesar dos recentes avanços no tratamento, a
    taxa de sobrevivência de 5 anos ainda gira em torno de 30-50%. Mecanismos
    moleculares que esclarecem a agressividade de lesões ajudam na identificação de
    quimioterápicos que possam ser utilizados para melhorar a taxa de sobrevida. O
    objetivo deste estudo foi investigar a imunoexpressão da proteína PTEN através da
    técnica de imuno-histoquímica (IHC) em amostras de pacientes com carcinoma
    epidermoide de boca (CEB) e relacioná-la com características clínico-patológicas,
    grau histológico e sobrevida e, ao lado disso, avaliar a presença de deleção alélica
    através da técnica de FISH. Nossos resultados mostraram que em um total de 119
    casos de carcinoma epidermoide, 31 casos foram negativos para expressão de PTEN
    e 88 casos foram positivos, sendo 15 (17,05%) bem diferenciados, 43 (48,86%)
    moderadamente diferenciados e 30 (34,09%) pouco diferenciados. Considerando as
    características clinico-patológicas não foram encontradas correlações estatísticas
    significantes com a expressão de PTEN por IHC. Em relação à sobrevida foi
    observado que pacientes com infiltração linfononal (N) = 2 ou 3 cm tem risco 4 vezes
    maior de ir a óbito do que um paciente com N = 0 ou 1 cm. Por fim, houve associação
    significativa entre expressão por IHC negativa e o resultado da técnica de FISH no
    que diz respeito a deleção e entre expressão por IHC positiva e o resultado da técnica
    de FISH não deletado.

  • NAYARA KAUFFMANN
  • O TRATAMENTO COM GLUTATIONA POTENCIALIZA O DANO HEPÁTICO EM CAMUNDONGOS INFECTADOS COM Plasmodium berghei (ANKA).

  • Data: 10/05/2016
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  • A malária é uma doença causada por protozoários do gênero Plasmodium e apresenta-se como um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Para avaliar o quadro de malária, modelos murinos tem sido utilizado devido às suas similaridades entre as espécies infectantes para os camundongos e as espécies infectantes para o homem. O aumento na produção de espécies reativas de oxigênio e alterações na atividade de enzimas como a glutationa peroxidase e superóxido dismutase foram caracterizadas dentro do quadro clínico da doença, porém pouco se sabe a respeito da participação de moléculas antioxidantes como a glutationa na evolução da doença. Diante do exposto, o principal objetivo deste trabalho é avaliar o efeito da glutationa na evolução do quadro de malária murina e frente aos danos causados pela infecção com cepa ANKA de Plasmodium berghei (PbA). Para isso foram utilizados camundongos Balb-C, o qual foi inoculado (~106 de eritrócitos parasitados) via intraperitoneal. Os grupos foram divididos em: grupo malária (PbA) (n=6), grupo PbA + GSH 1mg (n=6), grupo PbA +GSH 3mg (n=6) e grupo PbA +GSH 8mg (n=7), tratados por 7 dias consecutivos. O desenvolvimento da doença foi monitorado diariamente pela determinação da sobrevivência, massa corpórea e a parasitemia foi monitorada a cada três dias em distensões sanguíneas, também foi analisado os cortes histológicos do tecido hepáticos e foi realizado a dosagem bioquímica das transaminases hepáticas. Nossos dados demonstraram que o tratamento com GSH (8mg/kg) acelerou a mortalidade dos animais infectados uma vez que entre o 13-14 dia pós infecção cerca de 43% dos animais evoluíram a óbito. No grupo infectado com PbA que não recebeu tratamento com GSH, uma diminuição semelhante (40%) só foi observada a partir do 23-25 dia pós infecção. Já em relação aos grupos PbA+GSH 1mg e PbA+GSH 3mg, não houve diferença quando comparado com o grupo PbA. Interessantemente, embora o tratamento com GSH 8mg tenha acelerado a mortalidade no grupo infectado, não observamos diferença significativa no nível de parasitemia dos quatros grupos analisados. Em relação a massa corpórea foi possível observar uma diferença entre o dia 0 e 24 em todos os grupos, porém quando analisado entre os grupos. Já no que diz respeito as análises histológicas e dosagens bioquímicas, podemos observar que ouve alterações tanto na histologia quanto na nas transaminases, sendo estas alterações mais expressas no grupo PbA que foi tratado com glutationa 8mg/kg do que no grupo PbA. Concluindo que a glutationa quando administrada via intraperitoneal acelera a mortalidade dos camundongos infectados com a cepa ANKA, porém essa mortalidade não está associada com aumento da parasitemia, indicando então que a mortalidade pode ser decorrente das alterações hepáticas.

  • GIOVANNI FREITAS GOMES
  • Alterações da Morfologia da Micróglia do Septo Lateral e Comportamento Semelhante ao Ansioso em um Modelo Murino de Inoculação Sequencial de VDEN1 e VDEN4: Influência do Enriquecimento Ambiental

  • Data: 05/05/2016
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  • A infecção por dengue é a maior causa de mortes por infecções por arbovírus no Brasil. A despeito de sua importância epidemiológica e um século de estudos sistemáticos dedicados aos mecanismos patogênicos da doença eles permanecem mal compreendidos. No continente americano, as epidemias parecem associadas ao fato de que múltiplos sorotipos circulam de forma simultânea, mas pouco se sabe sobre as alterações que ela é capaz de induzir no sistema nervoso central. O objetivo do presente trabalho foi o de avaliar possível influência do enriquecimento ambiental sobre as manifestações do comportamento e da morfologia microglial no septo lateral associadas à inoculação sequencial alternada de diferentes sorotipos do vírus da dengue (VDEN1 e VDEN4). Para esse fim, foram usadas fêmeas adultas de 10 meses de idade de camundongos imunocompetentes da variedade suíça albina, mantidas em ambiente padrão ou enriquecido. Foi feita uma única infecção intraperitoneal com homogenado cerebral infectado com VDEN1 seguida 28 dias após, por infecção com homogenado cerebral infectado com VDEN4. Com o intuito de acentuar os sintomas clínicos, foi implantado nos últimos sete dias a contar do 29º dia após a primeira infecção, um regime de infecções múltiplas alternadas de VDEN1 e VDEN4 acentuadas por anticorpo heterólogo anti-VDEN3. Animais controles receberam igual regime de inoculações e volumes de homogenado cerebral não-infectado. A avaliação comportamental, feita por meio da atividade exploratória do campo aberto (CA) e do labirinto em cruz elevado (LCE), mostrou que animais infectados de ambiente padrão apresentaram redução do tempo de permanência na periferia do CA e no braço fechado do LCE, sendo esse o único grupo experimental que apresentou tal modificação do comportamento. Para avaliar possíveis alterações da morfologia microglial nesses grupos experimentais, foram sacrificados para análise neuropatológica de 5 indivíduos em função das janelas de infecção. Para imunomarcação seletiva da micróglia, utilizamos anticorpo anti-IBA-1 e o método de reconstrução tridimensional para a análise morfométrica. De forma geral, células obtidas a partir de animais infectados de ambiente padrão, quando comparados aos não-infectados, apresentaram alterações significativas, com aumento significativo da complexidade, K-Dim, número e densidade de segmentos e comprimento dos ramos. Animais de ambiente enriquecido não apresentaram a mesma alteração. Além disso, testamos a hipótese de que as micróglias do septo lateral encontram-se divididas em subtipos e que essa conformação também poderia ser alterada pela infecção. Notamos que, em estado fisiológico, micróglias do septo lateral de animais de ambiente padrão ou enriquecido apresentam-se subdivididas em três subpopulações, uma mais complexa, uma menos complexa e uma intermediária. Após a infecção por VDEN1 ou por VDEN4, houve alteração desse padrão na população de micróglias do septo lateral do animais de ambiente padrão, com surgimento de um subtipo de alta complexidade e aumento do percentual de células mais complexas, porém não em animais de ambiente enriquecido. Baseado nessas evidências sugerimos que as micróglias do septo lateral apresentam um padrão morfológico heterogêneo e que a infecção pelos sorotipos 1 e 4 da dengue é capaz de induzir alterações na morfologia da micróglia e no padrão de subdivisão dessas células, associado ao aumento do percentual de células de alta complexidade, além de induzir alterações comportamentais importantes detectadas no CA e no LCE, e que o enriquecimento ambiental parece proteger os animais contra as alterações comportamentais e da morfologia da micróglia do septo lateral no presente modelo de infecção.

  • DANIELLE VALENTE BRAGA
  • Adenosina modula os níveis extracelulares de glutamato induzido por hiperosmolaridade em cultura de astrócitos hipotalâmicos

  • Data: 29/04/2016
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  • Estudos recentes mostram que liberação de glutamato por células gliais hipotalâmicas é uma importante resposta fisiológica em situações de hiperosmolaridade. Além disso, estudos prévios apontam um marcante aumento dos níveis de adenosina no fluido intersticial renal após o aumento da ingestão de sódio. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi caracterizar a possível relação entre a liberação de adenosina e a liberação de glutamato em culturas primárias de astrócitos expostas à situação de hiperosmolaridade. Culturas de astrócitos hipotalâmicos obtidos de ratos da linhagem Wistar nos dois primeiros dias de nascidos,  foram expostas à solução hipertônica com sódio (340mOsm/L) nos tempos 3, 5, 10 e 15 minutos. Após o estímulo, o meio de incubação foi coletado e os níveis extracelulares de glutamato e adenosina foram determinados por Cromatografia Liquida de Alta Eficácia (CLAE). Afim de avaliar a relação entre estes compostos em situações hiperosmóticas, utilizou-se o tratamento das culturas com Adenosina, com R-PIA um agonista do receptor A1, bem como com glutamato e agonista do receptor tipo NMDA. Nossos resultados demonstraram elevação significativa dos níveis extracelulares de glutamato após o estímulo hiperosmótico com um pico em 5 minutos. Similarmente, observamos o aumento nos níveis de adenosina no meio de incubação após 10 e 15 minutos. O tratamento com glutamato induziu aumento nos níveis extracelulares de adenosina após 15 e 20 minutos em meio iso-osmótico. A exposição ao NMDA não induziu a liberação de adenosina e em nenhuma das concentrações utilizadas. Os pré-tratamentos com adenosina e o agonista A1 R-PIA impediram a liberação de glutamato induzida por hiperosmolaridade.  Nossos resultados mostraram também que o efeito do estímulo na liberação de glutamato e adenosina é dependente de sódio, e apresenta uma resposta específica para astrócitos do hipotálamo que pode ser modulada através da ativação do receptor A1 de adenosina. 

2015
Descrição
  • LUIZ RAIMUNDO C DA S E CUNHA JUNIOR
  • INVESTIGAÇÃO DE EFEITOS MUTAGÊNICOS EM TRABALHADORES EXPOSTOS À RADIAÇÃO IONIZANTE NO BRASIL

  • Data: 28/12/2015
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  • As radiações ionizantes (RI) estão presentes na maioria dos diagnósticos precoces de uma infinidade de doenças, muitos tipos de câncer estão inclusos, e têm a característica de um diagnóstico rápido e preciso e, muitas das vezes, mais barato. A utilização deste tipo de energia no entanto, requer de cuidados de proteção específicos, uma vez que as RI tem a característica de alterar o material genético, através de mutações.
    Os operadores da área da radiologia em hospitais são a classe de trabalhadores que está exposta de forma mais direta e, portanto, são alvos de investigações que podem auxiliar no entendimento da interação das RI com o material biológico, além de auxiliar a estes profissionais no requisito de proteção radiológica.
    Foram coletadas 75 amostras de indivíduos que trabalham em vários departamentos da radiologia em 5 hospitais de 4 Estados diferentes no Brasil (São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Pará). Os critérios de seleção para a participação foram: ter ao menos 18 anos de idade e 2 anos de profissão, não ser etilista ou tabagista, não estar tomando medicamentos. Para análise citogenética, foram realizados os testes do cometa e Micronúcleo, assim como estudo de aberrações cromossômicas. Este estudo foi avaliado e aprovado por comitê de ética.
    Todos as amostras foram comparadas com indivíduos do mesmo gênero e idade que não tenham passado por qualquer tipo de exame radiológico nos últimos 6 meses.Quando comparados com o controle, os testes de MN e AC demonstraram uma totalidade de danos, usando o teste T, o banco de dados SPSS e bioestat. O teste do cometa mostrou um nível de danos maior se comparado aos controles (0,84 0,47).
    Foi estabelecida a média de idade e feita relação entre gênero e idade dos participantes, sendo os níveis de danos maiores para o gênero feminino em relação ao masculino. Individuos com idades acima dos 45 anos também demonstraram um nível de dano maior quando comparados com idades inferiores. Um fator a ser levado em consideração é de que a população de Porto alegre apresentar um nível de dano menor se comparado aos outros grupos, sendo muito provável este evento por conta da utilização de equipamentos DR de conversão direta. Os equipamentos de Belo Horizonte e Ribeirão Preto utilizam CR e os de Belém, convencionais

  • ALESSANDRA MENDONCA TOMAS
  • CONDICIONAMENTO FÍSICO E DESEMPENHO EM TESTES
    NEUROPSICOLÓGICOS EM ADULTOS JOVENS

  • Data: 21/12/2015
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  • O Brasil é um País em período de transição demográfica com aumento expressivo da população acima de 65 anos, o que requer mudanças nas políticas públicas destinadas à saúde. O início precoce de cuidados específicos com a população adulta e jovem visando o envelhecimento bem-sucedido, pode representar redução futura de gastos públicos e menor incidência de doenças associadas ao envelhecimento, como as demências. Para prover subsídios às políticas de saúde baseadas em evidências, o presente trabalho investigou os efeitos do condicionamento físico no desempenho em testes neuropsicológicos automatizados selecionados para mensuração de funções de aprendizado, memória visuoespacial e linguagem. Foram avaliados 109 adultos jovens saudáveis de ambos os sexos, submetidos à anamnese; avaliação cognitiva global empregando o Mini exame do estado mental, testes de linguagem (incluindo fluência verbal e a lista de palavras da Bateria CERAD) e testes neuropsicológicos automatizados (Bateria CANTAB); avaliação da aptidão física (avaliação indireta do condicionamento cardiorrespiratório, resistência de membros inferiores, avaliação da agilidade, mensuração de índices perimétricos e antropométricos). Com base na estatística multivariada através da análise de conglomerados (método de Ward, Distância Euclidiana) os voluntários foram reunidos em três grupos, pareados por idade e escolaridade, para proceder-se o teste ANOVA um critério ou o Kruskall-Wallis, em caso de amostras com variâncias desiguais. Também foi realizada a análise de correlação, componentes principais e análise discriminante, a qual mostrou que o condicionamento cardiorrespiratório foi a variável que mais contribuiu para formação de agrupamentos. O nível de significância foi fixado em valores de p≤0,05. Foram constatadas diferenças significativas nos testes de fluência verbal semântica; nos testes de aptidão física incluindo frequência cardíaca de repouso, condicionamento cardiorrespiratório, resistência de membros inferiores e avaliação da agilidade e em testes neuropsicológicos da Bateria CANTAB (aprendizagem pareada - PAL e tempo de reação - RTI). A análise de correlação demonstrou apenas correlações fracas. Os resultados obtidos no presente estudo indicam que o desempenho em testes neuropsicológicos não pode ser predito pelo condicionamento físico de adultos jovens praticantes ou não de exercício físico regular. Entretanto, o condicionamento físico demonstrou estar associado com melhor desempenho em tarefas de atenção, memória visuoespacial e de aprendizado, mensuradas através do PAL e RTI.

  • PATRICIA FAGUNDES DA COSTA
  • ISOLAMENTO E CULTIVO in vitro DO AGENTE ETIOLÓGICO DA DOENÇA DE JORGE LOBO:
    MORFOLOGIA, FISIOLOGIA E GENOMA DE Candida loboi sp. nov.

  • Data: 18/12/2015
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  • A Doença de Jorge Lobo é uma infecção crônica, granulomatosa, que se desenvolve após a implantação traumática do fungo na pele. Manifesta-se com lesões nodulares, verrucosas e/ou queloidiformes, localizadas principalmente nos membros inferiores e pavilhões auriculares. Doença prevalente na região Amazônica e, atualmente considerada como emergente, com casos novos em outros continentes em humanos e golfinhos. Pouco se conhece sobre o agente etiológico da doença de Jorge Lobo, principalmente pela impossibilidade do cultivo in vitro, dificultando a caracterização correta do agente. Este trabalho teve como objetivo isolar, cultivar e caracterizar cepas do agente etiológico da doença de Jorge Lobo provenientes de pacientes atendidos na Unidade de Referência em Dermatologia Sanitária do Estado do Pará Dr. Marcello Candia, Marituba no estado do Pará. Durante alguns anos foram acompanhados 23 pacientes, a maioria lavradores do sexo masculino, entre 14 e 80 anos de idade, com material biológico coletado por raspado dérmico e biópsia, para confirmação do diagnóstico pelo exame micológico direto e histopatologia, com posterior tratamento. O material biológico coletado foi processado para o isolamento, com a obtenção de células leveduriformes características do agente etiológico da doença de Jorge Lobo após 7 a 14 dias em meio RPMI com a enzima dispase II. Depois de 2 a 6 meses em RPMI (5% CO2, 37ºC) observamos a fragmentação das células-mãe provenientes das lesões e a presença de células leveduriformes, variando de 1 a 7 μm de diâmetro. A partir deste momento, foi possível manter as cepas do agente etiológico da doença de Jorge Lobo em meio líquido RPMI ou em ágar Sabouraud-dextrose à temperatura ambiente, onde formaram colônias pastosas, branco-acastanhadas, cerebriformes, por vezes lanuginosas. Células destas cepas foram analisadas por diferentes técnicas de microscopia óptica e eletrônica, bioquímicas e genéticas, culminando com a descrição do genoma da cepa de um paciente, logo após o isolamento enzimático e antes da diferenciação em cultura, definindo aseguinte identificação taxonômica:Eukaryota; Fungi; Dikarya; Ascomycota; Saccharomycotina; Saccharomycetes; Saccharomycetales; Debaryomycetaceae; Candida/Lodderomyces clade; Candida; Candida sp. LDI48194. A apresentação de características clínicas peculiares, associada a aspectos morfológicos únicos, propriedades fisiológicas e genéticas, que não permitem a definição de uma espécie já identificada, indicam que o agente da doença de Jorge Lobo é, na realidade, uma nova espécie, para a qual propomos a nomenclatura de Candida loboi.

  • CAROLINE MARTINS ALMEIDA
  • ESTUDO DA AÇÃO IMUNOMODULATÓRIA DO ÁCIDO KÓJICO SOBRE AS CÉLULAS MONONUCLEARES DA MEDULA ÓSSEA DE CAMUNDONGOS

  • Data: 03/11/2015
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  • A medula óssea é um tecido de aspecto gelatinoso que contém células hematopoieticas responsáveis pela proliferação e diferenciação das células sanguíneas circulantes. A proliferação de monócitos na medula óssea e a diferenciação destas células em macrófagos desempenham papel crucial para a resposta imune. Neste contexto, a busca por medicamentos que potencializem a resposta imune inata se faz necessária para restaurar a homeostasia e resposta imune. O Ácido Kójico (AK) é um metabólito secundário obtido de fungos do gênero Aspergillus que apresenta várias aplicações (aditivo alimentar, cosméticos, agente antitumoral, radioprotetor e ativador de macrófagos), por este motivo, este trabalho tem o objetivo de avaliar a ação imunomodutatória do AK em células da medula óssea de camundongos. Estas células foram obtidas a partir de fêmures de camundongos, tratadas com AK na concentração de 100 μg/mL e mantidas em cultura por 24-96 horas. Foi possível observar através da microscopia óptica que células mononucleares da medula óssea tratadas com AK promoveram o aumento da adesão celular, maior espraiamento celular, maior volume citoplasmático e grande quantidade de vacúolos. Para confirmar estes resultados, foi analisado por Western blot a via de sinalização Akt. AK foi capaz de ativar esta via, que apresenta papel regulatório muito importante no desenvolvimento e diferenciação celular. Também foi detectado por citometria de fluxo o aumento de F4/80 e do CD11b, seguido da diminuição do CD11c em células tratadas por 96 horas, mostrando que o AK é capaz de induzir o processo de diferenciação das células da medula óssea em macrófagos e não em células dendríticas. A análise microbicida revelou que o AK também potencializou a fagocitose e aumentou a produção de ânion superóxido, entretanto, não promoveu o aumento na produção de óxido nítrico. Além disso, não foram observados efeitos citotóxicos nas células tratadas com AK quando comparadas as células não tratadas. Assim, o AK parece atuar como agente imunomodulador, sendo capaz de induzir as células da medula óssea durante o processo de diferenciação da linhagem monocítica.

  • TATIANE CRISTINA MOTA
  • CARACTERIZAÇÃO IN VITRO DOS EFEITOS GENOTÓXICOS E CITOTÓXICOS DA DROGA ANTIMALÁRICA ARTESUNATO EM LINFÓCITOS HUMANOS

  • Data: 23/10/2015
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  • A malária é uma das patologias infecto-contagiosas mais graves no mundo, apresentando distribuição geográfica bastante extensa em zonas tropicais. Seu tratamento é baseado na administração de drogas específicas, como, a artemisinina e seus derivados: artesunato, o qual será objeto deste estudo, e artemeter. O artesunato, é um composto semi-sintético derivado da artemisinina, substância extraída da planta chinesa Artemisia annua L. Apesar da ampla utilização do artesunato na terapia antimalárica, e de haver fortes evidências de que outros antimaláricos como, a partenina e a cloroquina, apresentem efeitos genotóxicos in vitro; ainda hoje são escassos os trabalhos que demonstrem seus efeitos genotóxicos em linfócitos humanos. Em estudos prévios realizados no laboratório de citogenética humana, foi demonstrado que o artesunato induz danos genotóxicos e citotóxicos ao DNA de linfócitos humanos em cultura. Apesar destes achados, os mecanismos indutores de tais efeitos não foram devidamente caracterizados devido a limitações das técnicas utilizadas. Assim, o presente estudo teve como objetivo caracterizar in vitro os efeitos genotóxicos e citotóxicos do artesunato em linfócitos de sangue periférico humano utilizando técnicas como FISHMN, ensaios de estresse oxidativo e imunocitoquímica por imunofluorescência. Pretendeu-se através do uso de tais técnicas, elucidar os mecanismos responsáveis pelos efeitos do artesunato no DNA de linfócitos humanos. A partir dos resultados encontrados no presente estudo foi possível inferir que o artesunato induz a formação de ROS e outros radicais livres e que estas substâncias estão causando danos no DNA dos linfócitos humanos em cultura. Assim, as células com o DNA danificado, não sendo capazes de reverter tal condição, ativam a apoptose pelas vias extrínseca e intrínseca.

  • MARIO SANTOS BARBOSA JUNIOR
  • ALTERAÇÕES MORFO-FUNCIONAIS EM CÓRTEX ISQUÊMICO DE ANIMAIS TRATADOS COM TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE CÉLULAS MONONUCLEARES DA MEDULA ÓSSEA.

  • Data: 08/10/2015
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  • Dados estatísticos apontam AVE como a segunda maior causa de morte e primeira causa de incapacidade dentre todas as demais doenças no mundo. O AVE isquêmico (AVEi) é responsável por cerca de 87% de incidência dos casos de acidentes vasculares encefálicos. Os atuais modelos para estudos de AVE baseiam-se em comprometimento cerebrovascular. Um modelo experimental, capaz de mimetizar a fisiopatologia isquêmica, amplamente utilizado, é o de isquemia induzida por Endotelina-1 (ET-1). No curso isquêmico, a inflamação atua na contenção do infarto ocasionado pelo AVEi, e em contrapartida a intensidade da resposta inflamatória influencia na neurodegeneração e consequentemente na perda funcional. A terapia celular autóloga, com células mononucleares da medula óssea, promove modulação na neuroinflamação, sendo oportuna durante um evento isquêmico para diminuição de perda tecidual e funcional. No presente trabalho, utilizamos um modelo experimental de AVEi focal para avaliar os efeitos morfofuncionais do implante autólogo de células mononucleres da medula óssea (CMMOs) sobre as alterações morfofuncionais relacionadas ao AVEi. Demonstramos, neste estudo, que os transplantes autólogos de CMMO em períodos agudo ou agudo e subagudo, de evento isquêmico, promoveram neuroproteção e modulação inflamatória capazes de repercutirem em preservação e recuperação funcional em atividades especificas. Demonstramos, também, que o tratamento reforçado em período subagudo, do evento isquêmico, foi capaz de promover aumento das melhoras morfofuncionais promovidas pelo transplante autólogo em período agudo.

  • LOUISE NEIVA PEREZ
  • Ontogenia do Peixe de Quatro Olhos Anableps anableps:
    Adaptações Ósseas e Oculares para a Visão Simultânea Aérea e
    Aquática

  • Data: 30/09/2015
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  • A evolução e desenvolvimento dos olhos tem intrigado cientistas por séculos. Além da perda parcial ou completa dos olhos, poucos vertebrados apresentam uma modificação substancial na morfologia do olho. Um exemplo é o peixe de quatro olhos (Anableps anableps). Esta espécie pode ser encontrada desde o Golfo de Paria na Venezuela até o Delta do Parnaíba no Brasil, apresenta fecundação interna e se reproduz continuamente ao longo do ano. O peixe de quatro olhos é um modelo interessante para o estudo de inovações morfológicas no contexto de evolução e desenvolvimento (Evo-Devo) por apresentar algumas estruturas oculares divididas, como córneas e pupilas. A retina é uma estrutura única dividida em duas regiões, dorsal (recebe informações luminosas aquáticas) e ventral (recebe informações luminosas aéreas). Estas características permitem que esses animais acomodem a visão aérea e aquática simultaneamente. O presente estudo teve como objetivo a descrição ontogenética dos estágios de desenvolvimento da espécie Anableps anableps, e a descrição morfológica e molecular da retina durante o processo de desenvolvimento ocular. Foram descritos seis estágios larvais. Os dois primeiros estágios, não apresentavam as córneas e pupilas divididas, e a partir do estágio 3, é possível observar o inicio da divisão. Também foi descrito o desenvolvimento e a expansão do osso frontal. O aparecimento do osso frontal também ocorre no estágio 3. Foi identificado o aparecimento de um septo inter-orbital cartilaginoso, a partir do estágio 4 de desenvolvimento ocular. Observou-se que no inicio do desenvolvimento da retina, as células ainda não estão organizadas, não sendo possível distinguir as camadas da retina. Durante o desenvolvimento é possível observar as camadas se organizando, foi possível identificar que a camada nuclear externa dorsal é menos densa que a camada nuclear interna ventral. O padrão de proliferação celular foi descrito em três estágio do desenvolvimento, antes e durante a divisão ocular, sendo observado na zona marginal ciliar. A proliferação celular é mais acentuada no inicio do desenvolvimento ocular e no estágio 5 de desenvolvimento, a quantidade de células em proliferação celular diminui. Os resultados deste trabalho irão elucidar a base genética das mudanças morfológicas presentes neste gênero.

  • LEOPOLDO SILVA DE MORAES
  • Análise de Variações Genômicas em Genes da Região Cromossômica 22q11.2 em Pacientes Esquizofrênicos do Estado do Pará

  • Data: 28/08/2015
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  • Os polimorfismos COMT Val158Met e ZDHHC8 rs175174 têm recebido papel de destaque no
    estudo molecular da esquizofrenia não apenas por estarem localizados no principal locus de
    suscetibilidade da doença, 22q11, mas também por relacionarem-se, respectivamente, ao estado
    dopaminérgico do córtex pré-frontal e à atividade de diversas proteínas em células neuronais.
    Para avaliar a influência dos genótipos polimórficos na esquizofrenia, genotipamos por PCR em
    tempo real 130 pacientes e 175 controles de uma população do Norte do Brasil. Nossos
    resultados indicaram uma ausência de associação entre ambos os polimorfismos com a chance de
    esquizofrenia na população estudada. Todavia, quando categorizada por sexo, encontramos uma
    associação dicotômica entre o genótipo Met/Met do polimorfismo COMT Val158Met e a
    suscetibilidade à esquizofrenia, conferindo uma chance maior da doença em homens (OR =
    10,76; IC 95% = 2,09–55,34; p = 0,004) que em mulheres (OR = 0,23; IC 95% = 0,07–0,69; p =
    0,009). Além disso, a análise de variância revelou uma associação dos genótipos Val/Met (COMT
    Val158Met) e GG (ZDHHC8 rs175174) com maiores médias de idade de início da esquizofrenia.
    Nosso estudo suporta a hipótese de associação dependente de gênero do polimorfismo COMT
    Val158Met com a esquizofrenia, além de apontar uma influência de ambos os polimorfismos
    estudados com a idade de início da doença.

  • PATRYCY ASSIS NORONHA TAVARES
  • IMUNOREATIVIDADE PARA OS RECEPTORES DE NEUROTROFINAS p75NTR E TrkA NA ZONA SUBVENTRICULAR DE RATOS ADULTOS APÓS ISQUEMIA ESTRIATAL

  • Data: 21/08/2015
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  • Neurotrofinas são fatores de crescimento expressos por células do Sistema Nervoso, tanto durante o desenvolvimento quanto na vida adulta. O Fator de Crescimento Nervoso (NGF, do inglês- Nerve Growth Factor), o Fator Neurotrófico derivado do Cérebro (BDNF- do inglês- Brain-derived Neurotrophic Factor), Neurotrofina-3 (NT-3) e Neurotrofina-4/5 (NT-4/5), desempenham inúmeras funções relacionadas a maturação e resposta do tecido nervoso à patologias, como o Acidente Vascular Encefálico (AVE). Nesta condição, o aumento da expressão das neurotrofinas pode interferir no grau de neurogênese na Zona sub-ventricular (SVZ), bem como redirecionar a corrente migratória das Células-tronco Neurais Adultas (CTNAs) para a região isquêmica. A presença dos receptores de neurotrofinas p75NTR e TrkA, em CTNAs da SVZ, indica que eles podem participar na regulação da neurogênese nessa região. Neste trabalho, descrevemos a influência de uma isquemia experimental, através de uma microinjeção do peptídeo vasconstritor Endotelina-1, restrita ao estriado adjacente à SVZ; sobre o padrão de imunoreatividade para os receptores p75NTR e TrkA em diferentes tempos de sobrevida. Foi analisado o padrão histopatológico do estriado isquêmico e a citoarquitetura da SVZ, seguidos de análises imunoistoquímicas para os receptores. Inúmeras células p75NTR + foram encontradas na SVZ contra e ipsilateral ao sítio de injeção, ocorrendo uma redução de imunorreatividade no primeiro e terceiro dia após a isquemia. Raríssimas células TrkA+ foram encontradas na SVZ de ambos os grupos, porém, observamos inúmeros terminais axonais TrkA+ na SVZ ipsilateral a isquemia. Logo, após o processo isquêmico, houve espessamento da SVZ, concomitante à redução da imunorreatividade para o p75NTR e surgimentos de terminais axonais TrkA+.

  • TEREZINHA MEDEIROS GONÇALVES DE LOUREIRO
  • EFEITOS DA ADAPTAÇÃO AO FLICKER DE LUMINÂNCIA SOBRE O POTENCIAL CORTICAL PROVOCADO VISUAL

  • Data: 20/08/2015
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  • O potencial cortical provocado visual tem sido utilizado para avaliar a visão espacial de luminância. A observação prolongada de um estímulo visual leva a uma série de mudanças na resposta neural em diferentes níveis de processamento do sistema visual. Os resultados destes estudos tem levado à compreensão de como o córtex visual primário processa informações espaciais. Muito tem sido sugerido sobre a ativação das vias paralelas M e P para a contribuição das respostas visuais corticais à partir do uso de estímulos que ativariam preferencialmente uma ou outra via. Uma abordagem para se estudar as interações da atividade atribuída às vias paralelas visuais M e P sobre as respostas corticais poderia ser a aplicação de estímulos que promovessem a adaptação preferencial de uma das vias ou mesmo de ambas e deixar que a via remanescente pudesse se expressar na resposta visual cortical. O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos da adaptação ao flicker para estímulos de contraste de luminância sobre respostas corticais visualmente provocadas em várias condições favoráveis à ativação diferencial ou conjunta das vias paralelas M e P, levando a um aumento ou diminuição das respostas corticais. Foram avaliados 8 sujeitos com visão normal e acuidade normal ou corrigida 20/20. Foram utilizadas várias condições de estimulação, as quais serão três condições de estimulação sem adaptação visual, contendo apenas os estímulos testes, redes senoidais em 0,4 cpg, 2 cpg e 10 cpg com taxa de reversão espacial de 180 graus de 1 Hz (condições controle). As demais condições apresentaram um estímulo de adaptação que será uma máscara gaussiana bidimensional que variará a luminância no tempo cosenoidalmente (flicker) com modulação temporal de 5 Hz, 10 Hz e 30 Hz. O experimento consistiu em apresentar um estímulo de adaptação durante 8 s seguido por um estímulo teste durante 2 s. As respostas corticais foram registradas sobre o couro cabeludo acima do córtex occipital e foram registradas apenas durante a apresentação do estímulo teste. As respostas corticais foram avaliadas no domínio do tempo e das frequências temporais. No domínio do tempo, medido a latência e a amplitude do componente P1 (pico-linha), enquanto no domínio das frequências temporais foram avaliadas as amplitudes das bandas de frequências alfa, beta e gama presentes no registro. As respostas para os estímulos testes foram comparadas entre as condições sem adaptação e com adaptação visual ao flicker. O principal resultado foi que a adaptação visual ao flicker ocorreu de forma diferenciada no domínio das frequências espaciais. Os resultados indicam que o componente P1 foi encontrado em todas as condições de estimulação e adaptação ao flicker na frequência espacial mais baixa (0,4 cpg) em todas as condições temporais. Os resultados também indicam que ocorreu uma diminuição da energia da banda alfa na mesma condição de 0,4 cpg e um aumento da banda gama. Este trabalho concluiu que a adaptação ao flicker levou à diminuição da amplitude do potencial cortical provocado visual causado pela diminuição da energia das oscilações alfa e aumento da energia na banda gama em 0,4 cpg, representando uma modificação do balanço entre as duas vias visuais M e P nas células do córtex.

  • MONICA GOMES LIMA MAXIMINO
  • Sensibilização dependente de tempo em paulistinhas adultos como modelo
    de transtorno de estresse pós-traumático: Papel do óxido nítrico

  • Data: 11/08/2015
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  • LIMA, M. G. Sensibilização dependente de tempo em paulistinhas adultos como modelo
    de transtorno de estresse pós-traumático: Papel do óxido nítrico. Plano de tese
    (Doutorado) – Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2015.
    O Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) é classificado como um transtorno relacionado
    ao trauma e a estressores, um conjunto de doenças neuropsiquiátricas severamente debilitantes
    que se caracterizam por uma desregulação de respostas de estresse após um evento
    traumático. O paulistinha (Danio rerio Hamilton 1822) tem emergido como um modelo importante
    para o estudo de funções genéticas, neurofarmacológicas e comportamentais, como
    no estudo sobre ansiedade e estresse. O óxido nítrico (NO) é um gasotransmissor que parece
    ter um papel importante na regulação de respostas neurocomportamentais ao estresse, inclusive
    no paulistinha. É diante deste cenário que propomos um modelo comportamental para
    TEPT, com a avaliação da sensibilização dependente de tempo do comportamento do paulistinha
    em decorrência da exposição à substância de alarme co-específica (SA) – um potente estressor.
    Com esse modelo, verificaremos o papel do sistema nitrérgico nesse processo de sensibilização.
    Os animais serão expostos à SA e mantidos livres de estresse por 24 h; após esse
    período, o comportamento dos animais será analisado. Realizaremos 5 experimentos que visam
    investigar: i) o efeito atrasado da substância de alarme sobre diferentes tarefas comportamentais
    em paulistinhas, ii) a comparação da sensibilização dependente de tempo nos fenótipos
    shortfin e longfin, iii) a aplicação de Critérios Comportamentais de Corte na sensibilização
    dependente de tempo, iv) a quantificação de glutamato extracelular e nitrito tecidual no
    telencéfalo após exposição à substância de alarme, e v) Participação do NO na iniciação e
    consolidação da sensibilização dependente de tempo. Nossos resultados revelaram que: i) a
    substância de alarme produz sensibilização atrasada da ansiedade (aumento da geotaxia, diminuição
    da habituação, aumento do nado errático, aumento da frequência de thrashing no teste
    de distribuição vertical eliciada pela novidade; diminuição do tempo no branco, aumento do
    nado errático, avaliação de risco e tigmotaxia, no teste de preferência por escuridão) e hiperexcitação
    (aumento da distância percorrida na primeira tentativa e a inclinação da habituação
    no teste de reatividade de sobressalto). ii) em relação aos animais shortfin, a exposição de animais
    longfin produziu maior sensibilização do tempo no compartimento branco, da avaliação
    V
    de risco e da tigmotaxia, enquanto os animais shortfin apresentaram frequência de nado errático
    maior. iii) 25,74% dos animais que foram expostos à SA alcançaram o critério de Resposta
    Comportamental Extrema (RCE) e 20% atingiram o critério para Resposta Comportamental
    Mínima (RCM); em animais não-expostos, apenas 4% alcançaram o critério de RCE e 96%
    alcançaram o critério de RCM. Animais classificados como RCE dispenderam menos tempo
    no compartimento branco, com entradas de menor duração, maior tigmotaxia e mais nado errático
    em relação a animais classificados como RCM e controles não-expostos; iv) o tratamento
    com L-NAME 30 minutos antes da exposição à SA não bloqueou a sensibilização comportamental
    no teste de preferência por escuridão; v) o tratamento com L-NAME 30 minutos
    após a exposição à SA bloqueou a sensibilização da escototaxia e da avaliação de risco; vi) o
    tratamento com L-NAME 90 minutos após a exposição à SA bloqueou a sensibilização da
    avaliação de risco, nado errático e tigmotaxia. Esses resultados sugerem que a sensibilização
    dependente de tempo no paulistinha pode ser um bom modelo para estudo do TEPT e apontam
    o NO com um importante mediador nesse processo.

  • SUELLEN ALESSANDRA SOARES DE MORAES
  • REGENERAÇÃO TENDÍNEA EM MODELO MURINO: ESTUDO DA PLASTICIDADE CENTRAL E INVESTIGAÇÃO DO EFEITO DA MODULAÇÃO NITRÉRGICA NA PLASTICIDADE PERIFÉRICA

  • Data: 10/08/2015
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  • As lesões tendíneas causam forte impacto sobre as pessoas em decorrência da dor e limitação funcional dela resultante. Após a lesão, o tecido passa a apresentar uma rede de nervos. Adicionalmente, há indícios da ocorrência de plasticidade central na medula após a lesão. Dentre os fatores moleculares envolvidos no reparo da lesão, o óxido nítrico (NO) é implicado na remodelagem tecidual, contudo seus efeitos ainda não são bem compreendidos. A proposta deste estudo é averiguar a existência de plasticidade central e a influência do NO na plasticidade periférica, limitação funcional e regeneração tendínea em modelo murino. Para estudar os efeitos do NO na plasticidade periférica, utilizamos animais controle (CTRL, sem lesão) ou tratados com salina (SAL, NaCl 0,9%), L-nitro-arginina-metil-éster (L-NAME, inibidor da síntese de NO) ou nitroprussiato de sódio (SNP, doador de NO) em dias alternados até o 21º dia pós-lesão (DPL). Para avaliar a ocorrência de plasticidade central (segmento L5), apenas a lesão foi realizada e a medula coletada em 2 ou 21 DPL. Analisamos a integridade e a organização tecidual nas amostras de tendão por H&E, microscopia eletrônica de transmissão e imunofluorescência, que também foi usada para avaliar a plasticidade periférica. Para verificar a recuperação funcional do tendão, determinamos o índice funcional de Aquiles, o ângulo articular e o campo aberto. No estudo da medula espinhal, investigamos a reatividade glial e o envolvimento neuronal após a injúria através de colocalizações com o indicador de ativação celular c-Fos. Os achados desta pesquisa mostram que a inibição do NO promove a organização tecidual em associação ao aumento da síntese, secreção e deposição de colágeno. Além disso, a administração local de L-NAME parece favorecer a diferenciação celular para tipos morfológicos análogos a tenócitos e melhorar a organização de ramos nervosos por dentre a malha de colágeno em correlação com a recuperação funcional em 21 DPL. Por outro lado, o aumento nos níveis de NO através de SNP promoveu uma piora em quase todos os parâmetros analisados. Nossos dados mostram ainda que a injúria tendínea desencadeia um processo de plasticidade central com aumento da reatividade glial em 2 DPL e da ativação celular ipsilateral à lesão em 2 e 21 DPL. Em suma, nossos achados indicam a ocorrência de plasticidade central após a lesão tendínea e o favorecimento do reparo tecidual e da plasticidade periférica através do bloqueio nitrérgico, revelando aspectos fundamentais da recuperação tecidual que podem representar novos alvos para uma nova abordagem terapêutica em lesões tendíneas.

  • ADRIANO GUIMARAES SANTOS
  • Investigação de tipos e origem celular neurogênicos em áreas diversas do Sistema Nervoso Central da espécie Cebus apella
  • Data: 27/07/2015
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  • A identificação de populações de precursores neuronais, e células-tronco geradas pelo próprio Sistema Nervoso Central tem sustentado debates sobre seu possível uso na reparação de danos causados por desordens agudas do Sistema Nervoso Central. Contudo, no caso do cérebro mamífero adulto, tal geração é considerada evolutivamente restrita a duas áreas: a zona subgranular do giro denteado do hipocampo, e as paredes dos ventrículos laterais onde novos neurônios são continuamente gerados. Utilizaremos 6 primatas não-humanos, adultos, machos, da espécie Cebus apella (Macaco-prego, 10 anos de idade), com pesos entre 2,1 e 2,8 Kg (média 2,5 Kg) pré-tratados com BrdU que após sacrifício e devido processamento histológico, tiveram seus tecidos analisados em imuno-histoquímica para análises por meio de anti-BrdU, Anti-Nestina, anti-sox2 e DCX em diversas áreas do Sistema Nervoso Central. As paredes ventriculares apresentaram presença de neuroblastos similar àquela já observada em trabalhos anteriores, porém resultados inesperados também foram observadas em áreas como o córtex frontal.
  • NELSON MONTE DE CARVALHO FILHO
  • VARIABILIDADE ALÉLICA E EXPRESSÃO DO GENE ABCA4 EM
    SUJEITOS DIAGNOSTICADOS COM A MACULOPATIA DE
    STARGARDT: ASSOCIAÇÃO COM A FUNÇÃO E ESTRUTURA DA
    RETINA E MORFOLOGIA CELULAR GRANULOCÍTICA

  • Data: 24/06/2015
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  • A maculopatia autossômica recessiva de Stargardt se caracteriza pela perda progressiva
    simétrica da visão na região central do campo visual em indivíduos entre a primeira e segunda
    décadas de vida. Também fazem parte do diagnóstico clínico a presença de lesões maculares
    pontuais de coloração amarelo-esbranquiçadas encontradas nas regiões foveal e parafoveal,
    além da deposição de lipofuscina gerando hipofluorescência e atrofia córiocapilar e do
    epitélio pigmentado da retina. A acuidade visual dos portadores da degeneração de Stargardt
    decresce com o seu progresso e tende a se estabilizar entre 20/200 (1,0 logMAR) a 20/400
    (1,3 logMAR). Esta tese teve como objetivos a investigação da ocorrência de associações
    entre as variantes alélicas (mutações) e os níveis de expressão do gene ABCA4 com a
    morfologia dos granulócitos periféricos e os fenótipos clínicos, eletrofisiológicos e de
    estrutura da retina em pacientes portadores da maculopatia de Stargardt. Nos onze sujeitos
    selecionados foram identificadas quatro variantes do tipo não-sinônimas e três do tipo
    sinônimas. A combinação alélica L1395P/D1817E foi encontrada em 64% dos 22
    cromossomos analisados sugerindo a ocorrência do efeito do fundador. Não foi possível a
    associação entre os genótipos e os fenótipos analisados. Os valores diferenciais de expressão
    do gene ABCA4 obtidos entre pacientes e grupo controle, bem como a prevalência de
    neutrófilos bastonados na circulação sanguínea periférica sugerem a possibilidade de servirem
    como biomarcadores para Stargardt. As imagens retinográficas e angiográficas obtidas
    permitiram a classificação em estágios I, II e III de comprometimento retiniano nos sujeitos
    investigados. O valores de espessura da região central da mácula dos pacientes foram bem
    menores do que aqueles obtidos para os controles, evidenciando a perda da camada de
    fotorreceptores. Os achados eletrorretinográficos de campo total em função do tempo de
    adaptação ao claro possibilitaram a caracterização das perdas funcionais nos sujeitos
    investigados.

  • DANIELLA PATERNOSTRO DE ARAUJO
  • Avaliação da suscetibilidade in vitro de Fonsecaea spp a diferentes antifúngicos e análise das concentrações plasmáticas de itraconazol e hidroxiitraconazol em pacientes com cromoblastomicose na região amazônica

  • Data: 18/06/2015
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  • A cromoblastomicose (CBM) é uma micose por implantação fúngica na pele, de evolução crônica, causada pela inoculação traumática de fungos dematiáceos. O Estado do Pará é uma das principais áreas endêmicas, sendo F. pedrosoi o principal agente etiológico. A baixa taxa de cura é reflexo da falta de um esquema terapêutico padronizado e da escassez de dados relacionados a suscetibilidade de fungos negros aos fármacos disponíveis para o tratamento. O principal objetivo deste trabalho foi avaliar a suscetibilidade in vitro de isolados clínicos de Fonsecaea spp. frente a nove antifúngicos, correlacionando as Concentrações Inibitórias Mínimas (CIM) do itraconazol (ITZ) com a evolução clínica e os tipos de lesões, além de quantificar os níveis plasmáticos de ITZ e Hidroxi-ITZ (ITZOH) em pacientes atendidos na Unidade de Referência Especializada em Dermatologia Sanitária do Estado do Pará Dr. Marcello Candia. Os 38 isolados clínicos de Fonsecaea foram avaliados em relação ao ITZ, cetoconazol (CTZ), posaconazol (PCZ), voriconazol (VCZ), fluconazol (FCZ), anfotericina B (ANF B), caspofungina (CAS), terbinafina (TBF) e 5-fluorocitosina (5-FLU), de acordo com as recomendações do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI, documento M38-A2). A CIM para cada fármaco utilizado foi obtida após 5 dias de incubação a 30°C, e dentre os fármacos testados, o PCZ foi o mais efetivo (CIM 0.28 μg/ml, CFM 4.35 μg/ml) podendo ser uma alternativa terapêutica em isolados não sensíveis ao ITZ. Os resultados da correlação entre a CIM do ITZ e a evolução clínica demonstraram que os pacientes com piora tiveram um valor médio ± erro padrão da média (0.90 ± 0.10 μg/ml) superior aos sem melhora (0.45 ± 0.05 μg/ml) com melhora (0.59 ± 0.05 μg/ml) e cura (0.45 ± 0.05 μg/ml), com diferença significativa (p < 0.05) entre os grupos. Não houve correlação entre o CIM do ITZ e os tipos de lesões dos pacientes. Observamos uma grande variabilidade interindividual entre os níveis plasmáticos de ITZ e ITZOH, sendo importante destacar que o ITZOH estava até 3 vezes mais elevado no plasma dos pacientes (p < 0.001), o que pode contribuir para atividade antifúngica do tratamento e sugere uma importante contribuição deste metabólito na terapia. Por fim, avaliamos três pacientes que foram submetidos a altas doses de ITZ, 600 mg/dia, com aumento significativo dos níveis plasmáticos de ITZOH (p=0.0148) e uma concentração >1000 ng/ml na somatória ITZ+ITZOH, considerada satisfatória para a maioria das infecções fúngicas, além de apresentarem melhora do quadro clínico. Em resumo, nossos dados 1) confirmam F. pedrosoi como o principal agente etiológico da CBM no Pará; 2) não evidenciam correlação entre as lesões, as espécies e a sensibilidade ao ITZ; 3) demonstram que ITZ, VCZ e PCZ foram os fármacos com menor CIM, sendo que o PCZ apresentou a menor CFM; 4) correlacionam o metabólito ITZOH com a evolução clínica dos pacientes e; 5) indicam que o uso de altas doses de até 600 mg/dia de ITZ podem ser usadas em pacientes que não respondem a doses terapêuticas menores.

  • CLEITON MENDES LOPES
  • ANÁLISES DOS GENES TP53, PTEN, IDH1 E IDH2 EM
    TUMORES NÃO GLIAIS DO SISTEMA NERVOSO HUMANO

  • Data: 17/06/2015
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  • Apesar da considerável incidência, estudos de alterações genéticas nos genes
    TP53, PTEN, IDH1 e IDH2, em tumores não gliais, são raros e, em alguns casos,
    inexistentes. Os tumores não gliais são classificados geralmente como benignos e
    raramente evoluem à malignidade, apresentando diferentes classificações,
    incidências e localizações. Os genes supressores tumorais e de resposta a danos ao
    DNA, TP53 e PTEN, estão entre os genes mais frequentemente mutados em
    tumores humanos. Os genes IDH1 e IDH2 estão envolvidos no metabolismo celular
    e, também, foram encontrados frequentemente mutados em gliomas, melanomas e
    leucemias, sendo atualmente considerados como bons marcadores em gliomas.
    Foram realizadas análises de alterações genéticas nos genes citados, a fim de
    verificar se estão associados à etiologia e/ou progressão de tumores não gliais do
    Sistema Nervoso Humano (SNH). Foram utilizadas as técnicas de PCR-SSCP para
    amplificação da região de interesse e triagem mutacional das amostras para
    posterior sequenciamento. Foram analisadas 37 amostras de tumores não gliais (14
    schwannomas, 3 Meningiomas, 4 Meduloblastomas, 2 Neurocitomas e 14
    Metástases do Sistema Nervoso Central (SNC). Somente o gene IDH1 apresentou
    polimorfismos na SSCP em 12 (32,4%) amostras, sendo, então, submetidas ao
    sequenciamento. No entanto, as reações de sequenciamento foram satisfatórias em
    apenas em 5 amostras, entre as polimórficas, (1 metástase, 1 meningioma e 3
    schwanomas,). Análises dessas 5 amostras identificaram diferentes mutações, uma
    delas, presente em todas, uma transversão T→A no éxon 4 do códon 106 do gene
    IDH1, resultando na substituição do aminoácido treonina por serina. Foram, também,
    identificadas outras mutações em regiões não codificantes (íntron 4) do gene IDH1
    em duas dessas amostras. As mutações encontradas em nosso estudo ainda não
    haviam sido relatadas na literatura. Nossos resultados indicam a participação do
    gene IDH1 na patogênese desses tumores.

  • MELLINA MONTEIRO JACOB
  • PROPRIEDADES ESPACIAIS DAS RESPOSTAS ISOLADAS DE CONES L E M AO ELETRORRETINOGRAMA: IMPLICAÇÕES SOBRE A ATIVIDADE DAS VIAS VISUAIS PARALELAS
  • Data: 16/06/2015
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  • Foi estudada a organização espacial dos sinais de cones L e M ao eletrorretinograma (ERG), refletindo a atividade das vias pós-receptorais magno e parvocelular. Para tal, foram criados estímulos senoidais que isolavam as respostas de cones L e M e que eram emitidos por um estimulador que utilizava quatro primárias de LED, permitindo que fosse aplicado o paradigma da tripla substituição silenciosa. As frequências temporais utilizadas foram de 8 e 12 Hz, para refletir a atividade de oponência de cones, e 30, 36 e 48 Hz para refletir a atividade de luminância. As respostas de eletrorretinograma foram registradas com estímulos que alcançavam todo o campo visual (campo total) e por estímulos que variavam em configuração espacial, entre estímulos circulares e anelares com diâmetros diferentes. Os resultados obtidos confirmam a presença de dois mecanismos de resposta diferentes a estímulos com frequências temporais intermediárias e altas. As respostas de ERG medidas em frequências temporais altas dependeram fortemente da configuração espacial de estimulação. Nas condições registradas com campo total, as respostas de cones L foram substancialmente maiores do que as respostas de cones M na mesma condição, e do que as respostas de cones L a estímulos menores. Já as respostas de cones M aos estímulos com campo total e com diâmetro de 70º, apresentaram valores de amplitude similares. As respostas de cones L e M medidos com frequências temporais de 8 e 12 Hz, apresentaram amplitudes similares, e estavam aproximadamente em contra-fase. As amplitudes foram constantes para a maioria das configurações de estimulação. Os resultados indicaram que, quando as respostas de ERG refletem a atividade de luminância, elas estão correlacionadas positivamente com o tamanho do estímulo. Além de 35º de excentricidade retiniana, a retina contém principalmente cones L. Estímulos pequenos são suficientes para obter respostas máximas de ERG em frequências temporais intermediárias, onde o ERG é sensível também ao processamento de oponência de cones.

  • CELINA COELHO DA ROSA
  • Caracterização cromossômica e mapeamento genômico comparativo com sondas de Hylaeamys megacephalus de Oecomys paricola e Oecomys auyantepui (Cricetidae – Sigmodontinae)

  • Data: 19/05/2015
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  • A Ordem Rodentia representa a mais numerosa ordem de mamíferos, com cerca de 42% das espécies conhecidas atualmente. Os roedores apresentam 2.227 espécies, 468 gêneros e 33 famílias recentes, sendo este último elevado para 50 se forem consideradas as famílias extintas. A enorme variação na morfologia, na diversidade de habitats e climas e na alimentação são as causas desta Ordem ser mais numerosa e melhor sucedida evolutivamente entre as ordens de mamíferos. O gênero Oecomys pertence à subfamília Sigmodontinae (Cricetidae, Rodentia) com aproximandamente 16 espécies descritas, distribuídas em floresta tropical e subtropical do Centro e do Sul da América. Estudos citogenéticos prévios sugerem que o gênero Oecomys apresenta uma grande diversidade cariotípica, com o número diplóide variando entre 58 e 86. No presente trabalho foram analisados, por meio de técnicas citogenéticas convencionais e pintura cromossomo multidirecional (Sondas cromossômicas de Hylaeamys megacephalus – HME), foram analisados 18 exemplares de Oecomys, sendo quatro identificados como da região metropolitana de Belém, Pará ; dois no Município de Santa Bárbara, Pará; cinco  na região de Carajás, Pará e 7 na região do Calha Norte, Pará. Os exemplares do Parque Ambiental de Belém apresentaram 2n=72 e NF=76 e foram identificados como O. paricola. Os exemplares de Santa Bárbara apresentaram 2n=70 e NF=74 e foram identificados como O. paricola. Os exemplares de Carajás apresentaram 2n=70 e NF=72 e foram identificados como O. paricola. Os exemplares coletados do Calha Norte apresentaram 2n=62 e NF=80 e foram identificados como O.auyantepui.  Os citótipos descritos para O. paricola apresentaram diferenças em 5 picos de HME hibrizados, evidenciando 3 rearranjos para esta espécie. Para O. auyantepui foram identificados 5 rearranjos.  As diferenças cromossômicas encontradas para O. paricola de diferentes regiões geográficas sugere que estes citótipos pertencem a espécies crípticas, o que é caracterizado pela ausência de diferenças significativas morfológicas e moleculares, podendo os rearranjos cromossômicos ser a causa do processo de especiação.  Desta forma, O. paricola representa um complexo de espécies onde os indivíduos desta espécie estão se diferenciando independentemente um do outro, e ainda não houve tempo suficiente para fixação de diferenças morfológicas e moleculares.

  • CÉSAR AUGUSTO RAIOL FÔRO
  • INFLUÊNCIAS DO AMBIENTE E DA IDADE SOBRE A COMPLEXIDADE MORFOLÓGICA DOS ASTRÓCITOS DO GIRO DENTEADO DE CAMUNDONGOS SUÍÇOS ALBINOS
  • Data: 14/05/2015
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  • Durante nosso estudo anterior (Diniz et al., 2010), os camundongos (Mus musculus) mantidos em ambiente empobrecido desde o desmame, mimetizando um estilo de vida sedentário, tem um desempenho pior em testes de memória espacial no labirinto aquático de Morris e não distinguem entre objetos antigos e recentes, e entre objetos deslocados e estacionários nos testes de memória semelhante à episódica. Contrastando com esses desempenhos os camundongos mantidos em gaiolas enriquecidas por igual período, preservam essas habilidades estando os resultados comportamentais associados à variação do número de astrócitos em função da camada. Usando as mesmas séries de seções anatômicas imunomarcadas seletivamente para proteína ácida fibrilar glial do estudo anterior, testamos a hipótese de que o empobrecimento ambiental reduziria a complexidade morfológica dos astrócitos e que essa redução estaria associada ao declínio nos testes de memória semelhante à episódica. Para isso utilizou-se microscopia óptica tridimensional empregando amostragem sistemática e aleatória sem viés para selecionar os astrócitos das camadas polimórfica, granular e molecular do giro denteado (GD). Testes de aglomerados e análises discriminantes das reconstruções morfométricas tridimensionais dos astrócitos de cada camada e grupo experimental revelaram dois principais fenótipos morfológicos. Em comparação ao tipo II, detectamos que os astrócitos do tipo I são mais complexos, revelaram maior volume de seus ramos, maior número de segmentos e vértices. A análise integrada com os achados comportamentais anteriores dos mesmos sujeitos revelou que as reduções da complexidade morfológica encontrada em camundongos jovens de ambiente empobrecido e camundongos envelhecidos do ambiente enriquecido, foram observadas em ambos os tipos de astrócitos das camadas giro denteado. Tomados em conjunto nossos dados sugerem que os efeitos em longo prazo do empobrecimento ambiental e do envelhecimento sobre a morfologia dos astrócitos podem contribuir pelo menos em parte para as alterações dos circuitos subjacentes ao declínio de cognitivo observado.
  • ADRIANO AZEVEDO DE MELLO
  • Estudo do Papel das Proteínas LYN, CKB e SRC na Carcinogênese Gástrica.
  • Data: 28/04/2015
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  • O câncer gástrico (CG) é o quarto tipo câncer mais frequente e a segunda maior causa de mortalidade em todo o mundo. Um melhor entendimento da biologia da progressão dessa neoplasia é crucial para redução da taxa de mortalidade com o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas e de tratamento dos pacientes. Em nosso estudo, foram analisadas amostras de câncer gástrico, encontrando-se expressão elevada de mRNA e de proteínas das quinases SRC e LYN, e níveis diminuídos da quinase CKB. Essas alterações podem ter um papel na invasão e na metástase dos tumores gástricos. A expressão dessas três quinases também foram associadas com a expressão do oncogene MYC, um possível biomarcador para o câncer gástrico. Objetivando-se entender os mecanismos que regulam a expressão desses genes, avaliou-se os padrões de metilação dessas três quinases. Assim, descobriu-se que a hipometilação de SRC e LYN e a hipermetilação de CKB estavam presentes apenas nas amostras neoplásicas gástricas. A perda de metilação de SRC e LYN foi associada com aumento nos níveis de expressão de seus mRNA e proteínas, sugerindo que a metilação do DNA está envolvida na regulação da expressão dessas quinases. A frequência de hipermetilação e metilação parcial de CKB foi mais elevada em amostras de câncer gástrico do que em amostras gástricas não-neoplásicas; no entanto, a expressão de CKB estava apenas parcialmente regulada por metilação do DNA. Analisando os dados de expressão, descobriu-se que alterações nos padrões de metilação do DNA das três quinases estudadas também estavam associadas com o avanço do câncer gástrico, invasão tumoral mais profunda e a presença de metástase. Portanto, a expressão de SRC, LYN e CKB ou a metilação do DNA, relacionada a esses genes, podem ser marcadores preditivos úteis para a progressão tumoral e alvos estratégicos em terapêutica anticâncer.
  • ALLAN COSTA MALAQUIAS
  • EXPOSIÇÃO À CONCENTRAÇÃO SUBLETAL DE METILMERCÚRIO: GENOTOXICIDADE E ALTERAÇÕES NA PROLIFERAÇÃO CELULAR
  • Data: 01/04/2015
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  • LETICIA MIQUILINI DE ARRUDA FARIAS
  • Correlação entre parâmetros estimados pelos testes Colour Assessment and Diagnosis e Cambridge Colour Test na avaliação da discriminação de cores

  • Data: 31/03/2015
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  • Os testes Colour Assessment and Diagnosis (CAD) e Cambridge Colour Test (CCT) têm sido amplamente utilizados em pesquisas básicas e clínicas, devido à alta sensibilidade e especificidade de seus resultados. Estes testes utilizam diferentes paradigmas de estimulação para estimar os limiares de discriminação de cor. Pouco se sabe sobre a relação de cada paradigma na avaliação da discriminação de cor nesses testes. Sendo assim, este trabalho objetiva comparar os parâmetros de avaliação da discriminação de cor estimados pelos testes CAD e CCT em sujeitos tricromatas e com discromatopsia congênita. Foram avaliados 59 sujeitos tricromatas e 38 sujeitos discromatópsicos (16 protans, 22 deutans) com idade média de 26,32 ± 8,9 anos. Foram testados 66 sujeitos nos testes CAD e CCT, 29 sujeitos no teste CAD e 2 sujeitos no teste CCT. O fenótipo da visão de cores de todos os sujeitos foi determinado através de uma bateria de testes psicofísicos e a estimativa dos limiares de discriminação de cor foi avaliada pelos testes CAD e CCT. Os dados de limiares de discriminação de cor foram ajustados a funções de elipse. Os critérios analisados para cada sujeito foram: a área da elipse, o ângulo de rotação e tamanho dos vetores protan, deutan e tritan. Para cada um dos parâmetros foi realizada: estatística descritiva, análise da dispersão dos parâmetros entre os testes CAD e CCT e dos parâmetros em conjunto, razão entre os parâmetros, correlação dos parâmetros a três modelos matemáticos e análise de concordância. Os parâmetros de área e tamanho dos vetores deutan e tritan do subgrupo tricromata; área e tamanho do vetor tritan do subgrupo protan; e tamanho dos vetores protan e tritan do subgrupo deutan apresentaram equivalência entre os resultados de ambos os testes. Os parâmetros de área, ângulo de rotação e tamanho dos vetores protan e tritan apresentaram concordância de medidas entre os testes CAD e CCT. Fatores como as localizações distintas das coordenadas centrais dos testes CAD e CCT e a disposição espacial dos vetores no espaço de cor da CIE 1976 no teste CCT podem ter influenciado na determinação de limiares de discriminação cromática de ambos os testes. Apesar de utilizarem paradigmas distintos na configuração da estimulação, os testes CAD e CCT são equiparáveis.

  • MARCELO MARQUES CARDOSO
  •  

    SOBREVIVÊNCIA E DISPERSÃO DE CÉLULAS DA FRAÇÃO MONONUCLEAR DA MEDULA ÓSSEA TRANSPLANTADAS HETEROLOGAMENTE NO ESTRIADO APÓS ISQUEMIA EXPERIMENTAL

  • Data: 27/02/2015
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  • Estudos experimentais evidenciam o potencial promissor das células da fração mononuclear da medula óssea (CMN-MO) no tratamento de modelos de isquemia cerebral. Sabe-se que as CMN-MOs são sensíveis à modificações microambientais, tal qual aquelas induzidas por uma isquemia, como eventos associados à inflamação. Contudo, pouco se conhece a respeito da biodistribuição e sobrevida dessas células no tecido nervoso pós-lesão. Objetiva-se investigar se a sobrevivência e a disseminação das CMN-MOs são influenciadas pela resposta inflamatória após isquemia estriatal. Parecer CEPAE, protocolo nº 073/12. Transplante heterólogo (5x105 de CMN-MOs) no estriado de ratos Wistar, agrupados entre controles não-tratados (IST) e falso-operado (FO) e tratados (ITCM), perfundidos em 1, 3, 7 e 28 dias. CMN-MO foram impregnadas com Nanocristais Qdot para posterior identificação por microscopia de fluorescência no tecido do receptor. Coloração, por violeta de cresila, e imunoistoquímica básica (IBA1 e ED1) foram aplicadas para análise histopatológica do tecido em microscopia de luz. Testes neurocomportamentais (teste de remoção do adesivo e teste do cilindro) foram realizados para aferir a resposta dos grupos às intervenções. Os achados histopatológicos evidenciam a eficiência do modelo experimental de indução isquêmica em reproduzir a lesão no estriado dorsolateral. O infiltrado celular no grupo IST marca a resposta inflamatória, posteriormente confirmada por imunoistoquímica para ED1 e IBA1; o infiltrado celular no grupo ITCM, evidencia a permanência das CMN-MO em todas as sobrevidas estudadas. O perfil de perda por morte das CMN-MO transplantadas no sítio de lesão é semelhante entre os grupos ITCM e FO, contudo, evidencia que resposta inflamatória do receptor causa maior decaimento do montante celular no grupo ITCM. Procedimentos de infusão celular mais refinados ou automatizados podem melhorar a sensibilidade dos testes comportamentais para discriminar a evolução entre os grupos estudados. Conclui-se que a alteração do microambiente pós-isquemia cria condições que determina a dispersão e a sobrevivência das CMN-MO. Outras análises de imunoistoquímicas podem apontar resultados quanto ao perfil microglial presentes nas sobrevidas estudadas e o grau de imunomodulação pelo estudo da dinâmica das citocinas inflamatórias produzidas.

  • ENEAS DE ANDRADE FONTES JUNIOR
  • Acidente vascular encefálico isquêmico na
    exposição crônica ao etanol: estudo pré-clínico
    da comorbidade e da resposta a minociclina.

  • Data: 27/02/2015
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  •  

    O acidente vascular encefálico (AVE) é a segunda maior causa de morte no mundo e a principal
    no Brasil, sendo que 87% dos AVE ocorrem por processos isquêmicos (AVEI). O consumo
    crônico de etanol, que se inicia geralmente na adolescência, é reconhecido como um fator de
    risco independente para a elevação da morbidade e mortalidade por AVEI. Apesar de que
    casos que combinem as duas patologias sejam relativamente frequentes, não há dados
    disponíveis em modelos animais ou clínicos que demonstrem a qualidade ou mecanismos de
    interação entre as duas morbidades, e tão pouco suas consequências sobre a intervenção
    terapêutica. Considerando então os recentes estudos que propõem a minociclina como nova
    ferramenta terapêutica para o tratamento do AVEI, este estudo teve por objetivo investigar a
    interação entre a Intoxicação Alcoólica Crônica (IAC) iniciada na adolescência e o AVEI em
    córtex motor na fase adulta em ratos, e os efeitos do tratamento com minociclina sobre esta
    interação, usando parâmetros comportamentais, celulares e moleculares. Ratas Wistar (de 35
    dias de idade) foram expostas cronicamente a etanol (6,5 g/kg/dia, 22,5% m/v) ou água por
    55 dias. Um dia após o fim da IAC, foi induzida isquemia focal no córtex motor com endotelina-
    1 (ET-1), seguindo-se sete dias de tratamento com minociclina ou salina. Ao final deste período
    os animais foram testados em modelos de campo aberto e rota rod. A seguir, os animais foram
    sacrificados e o córtex dissecado para avaliação dos níveis de nitritos e de peroxidação lipídica.
    De cada grupo, alguns animais foram perfundidos e o córtex motor submetidos à analise
    histológica, para avaliação do dano, e histopatológica, para a morte neuronal (anti-NeuN),
    ativação microglial/macrófagica (Anti-ED1) e astrocitária (anti-GFAP). A intoxicação por etanol
    a partir da puberdade até a idade adulta potencializou os danos causados pela isquemia,
    causando grandes perdas na capacidade de iniciar e gerir os movimentos, bem como na
    coordenação e força motora em comparação aos animais isquêmicos pré-tratados com água.
    Estas manifestações foram acompanhadas de aumento da perda neuronal, redução do
    número de células ED1+ e GFAP+ e maiores níveis de nitritos e peroxidação lipídica. O
    tratamento com minociclina foi eficiente em prevenir/reverter as perdas motoras e danos
    teciduais induzidos pela isquemia focal, inibindo também a elevação dos marcadores de
    estresse oxidativo. A IAC tanto isoladamente como sucedida pela isquemia focal, modificaram
    o desfecho do tratamento com minociclina. Os nossos resultados indicam que a intoxicação
    com álcool durante a adolescência agrava o déficit motor e danos no tecido em animais
    sujeitos a isquemia focal no córtex motor. Este processo parece estar associado com a
    ativação microglial/ astrocitária, mas principalmente com o estresse oxidativo. Mostra ainda
    que o histórico prévio de IAC iniciado na adolescência interfere significativamente no
    tratamento da isquemia cerebral com minociclina.

  • MARTHA DE SOUZA FRANCA
  • O TRATAMENTO COM ÁCIDO ASCÓRBICO ACELERA O PROCESSO DE REPARO DO TENDÃO CALCÂNEO EM MODELO DE LESÃO TENDÍNEA EM RATOS

  • Data: 24/02/2015
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  • A ruptura do tendão calcâneo acomete uma grande parte da população, principalmente atletas e idosos e seu processo de reparo ainda necessita de maiores esclarecimentos, possibilitando novos tratamentos. O ácido ascórbico (AA) é uma substância conhecida pela participação na hidroxilação de prolina e lisina, importante para síntese da matriz extracelular, bem como eficiência comprovada em diversos tratamentos por suas propriedades antioxidantes. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo avaliar o efeito do tratamento local com AA nos parâmetros de reparo tecidual e funcional no tendão calcâneo de ratos. O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética da instituição (CEPAE-UFPA) sob o parecer 161-13. Os animais foram submetidos à ruptura do tendão calcâneo, em três grupos (n=18): Controle; Injúria+AA (30mM); Injúria+veículo (NaCl 0,9%). Todos os tratamentos foram realizados por injeção local, a partir do segundo dia pós-lesão e a cada dois dias até o 14º dia ou 21º dia. Foi avaliado a marcha dos animais pelo Índice funcional de Aquiles (IFA) nos dias 7(n=6), 14(n=6) e 21(n=3) dias pós-lesão, o número de células por marcação com DAPI no 14º(n=9) e 21º(n=9) dia pós –lesão e a estrutura do tecido por marcação com HE, nos mesmos dias. Os animais não diferiram no ganho de massa corporal. O grupo Injúria+AA(-39.51±15.3) apresentou melhora funcional principalmente no 14º dia, se comparado ao grupo Injúria+veículo(-89.22±16.57, p<0,01). A análise histológica demonstrou sob contagem do número de células, que o grupo Injúria+AA(762±29.6) apresentou um menor número de células no 21º dia em relação ao grupo Injúria+veículo(916±57.0, p<0,01). A análise da autofluorescência do colágeno e HE demostrou que o grupo tratado com AA apresentou uma estrutura tecidual mais conservada em 14 e 21 dias pós-lesão em relação ao grupo veículo que, por sua vez, difere bastante do grupo controle. Nossos resultados sugerem que o ácido ascórbico acelera o processo de reparo da lesão tendínea, apresentando melhoras teciduais e funcionais 21 dias após a lesão.

  • RAFAEL MONTEIRO FERNANDES
  • AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DECORRENTES DA EXPOSIÇÃO AO CLORETO DE LUMÍNIO SOBRE PARÂMETROS  OTORES, COGNITIVOS E DE ESTRESSE OXIDATIVO EM RATOS.

  • Data: 20/02/2015
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  • O alumínio (Al) é o terceiro metal mais abundante na crosta terrestre, estando presente em grandes quantidades no solo e na água, sua alta biodisponibilidade o torna um importante agente para o desequilíbrio ambiental. Al é considerado um agente neurotóxico e se acumula no sistema nervoso, sendo associado a várias doenças neurodegenerativas. Assim, este estudo investigou os efeitos da exposição crônica ao cloreto de alumínio (AlCl3) na cognição, comportamento motor e estresse oxidativo. Para isso, ratos Wistar adultos foram divididos em três grupos: Al1 (8,3 mg / kg / dia), Al2 (5,2 mg / kg / dia) e Controle (Água destilada) expostos por via oral por 60 dias. Após o período de exposição, parâmetros comportamentais, histológicos, de estresse oxidativo e quantificação dos níveis de alumínio no sangue foram realizados. Não houve alterações no comportamento motor, houve mudança em apenas um parâmetro exploratório e na cognição. Não foram encontradas diferenças na população de neurônios Purkinje entre os grupos experimentais. A exposição ao Al aumentou os níveis desse metal no sangue, alterando também os parâmetros da bioquímica oxidativa. Assim, podemos afirmar que a exposição ao Al em ratos em doses equivalentes à exposição urbana é capaz de promover a quebra da homeostase sanguínea, alterando o equilíbrio bioquímico do hipocampo, gerando um estado de estresse oxidativo e dano cognitivo, mas não sendo capaz de promover mudanças significativas. o cerebelo e os parâmetros motores.

  • LUANA KETLEN REIS LEÃO DA PENHA
  • CARACTERIZAÇÃO DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA E ALTERAÇÕES NEUROQUÍMICAS E ELETROFISIOLÓGICAS DO TECIDO RETINIANO EM MODELO MURINO DE MALÁRIA CEREBRAL INDUZIDO PELA INFECÇÃO POR Plasmodium berghei ANKA

  • Data: 19/02/2015
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  • A malária cerebral (MC) é uma das complicações mais graves resultante da infecção por P. falciparum e a principal causa de morte em crianças. O quadro de MC apresenta uma patogênese complexa, associado a complicações neurológicas provenientes de uma resposta imunológica exacerbada, bem como eventos hemorrágicos. Estudos descrevem uma retinopatia associada ao quadro, juntamente com um intenso processo de astrogliose nas proximidades de vasos que nutrem o tecido retiniano. O presente trabalho buscou caracterizar o processo inflamatório e as possíveis alterações neuroquímicas e eletrofisiológicas no tecido retiniano de camundongos albino suíço, quando inoculados com a cepa ANKA de Plasmodium berghei (PbA). Camundongos albino suíço foram infectados com cepa PbA. Para caracterização do quadro de malária cerebral experimental (MCE) foram avaliados diversos parâmetros, como surgimento dos sinais clínicos, curva de sobrevivência, parasitemia (%), ganho de massa corpórea, permeabilidade vascular e quantificação de citocinas (TNF-α, IL-6 e IL-10) no tecido cortical. Para avaliarmos alterações na funcionalidade do tecido retiniano, utilizamos eletrorretinograma de campo total. Para a avaliação dos sistemas de neurotransmissão foi realizado ensaio de liberação e captação de glutamato e GABA que, posteriormente foi quantificado por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. Para análise da resposta inflamatória foi realizada a quantificação de citocinas (TNF-α, IL-6 e IL-10) no tecido retiniano. Após a caracterização do quadro de MCE nós observamos a diminuição da amplitude de onda-b de cones e bastonetes, bem como aumento do tempo implícito de bastonetes, respostas mistas em diferentes intensidades e potencial oscilatório. Observamos aumento na liberação e captação de glutamato e, ainda, a ativação de uma via antiinflamatória no tecido retiniano. Este trabalho nos permitiu validar o modelo murino de MCE e caracterizar, pela primeira vez, alterações na funcionalidade do tecido retiniano, acompanhada de alterações no sistema glutamatérgico, bem como ativação de uma via antiinflamatória no tecido retiniano.

  • DIEHGO TULOZA DA SILVA
  • PROTEÍNA PR-4 DE PIMENTEIRA-DO-REINO (Piper nigrum L.): EXPRESSÃO HETERÓLOGA EM SISTEMA BACTERIANO E AVALIAÇÃO FUNCIONAL
  • Data: 06/02/2015
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  • Proteínas Relacionadas à Patogênese (PR) são induzidas em resposta ao ataque de patôgenos. Proteínas PR são agrupadas em 17 famílias, PR-1 a PR-17. Atividades antifúngicas e enzimáticas foram descritas para algumas dessas proteínas. Entre elas, a família PR-4 compõe as classes I e II de quitinases de plantas. Um clone de cDNA que codifica uma PR-4 da classe II, nomeada PnPR-4, foi isolado, em estudos anteriores, de Piper nigrum L. (pimenteira do reino). Esta é uma importante cultura para Brasil, principalmente no estado do Pará, no entanto sua produção tem diminuído devido à doença conhecida como podridão da raiz (Fusariose) causada pelo fungo Fusarium solani f. sp. Piperis. Neste trabalho, o cDNA da PnPR-4 foi usado para a produção da proteína recombinante, chamada de PnPR-4. O quadro de leitura aberta (ORF) da PnPR-4, foi amplificado por meio de ensaio de PCR e, em seguida a ORF foi ligada ao vetor de expressão pET-29(a) e introduzido, por eletroporação, em E. coli Rosetta (DE3). Nas células transformadas, a produção da proteína de interesse foi induzida por IPTG 1mM à 37°C por 5h. Após a produção, a atividade enzimática da proteina recombinante PnPR-4 foi avaliada pela detecção da atividade enzimática de quitinase em gel de poliacrilamida após eletroforese. A atividade foi avaliada em pH: 5.0 e pH:7.8 para demonstra a estabilidade da proteína recombinante. A massa molecular da PnPR-4 foi de 13.5 kDa, estando de acordo com outras PR-4 produzidas pelo sistema de expressão heterologa em sistema bacteriano. No ensaio de atividade enzimática, a PnPR-4 apresentou atividade quitinolitica, tanto em pH:5.0 ou pH:7.8. Esta é uma característica de chitinases de plantas, atividade em uma ampla faixa de pHs. Onde, a atividade ótima ocorre entre pH: 3.0 e 5.0. Na proteína recombianante, o pH ótimo foi 5.0, no entato ela teve atividade em pH 7.8, demonstrando a estabilidade da enzima. Estes resultados mostram que o sistema bacteriano de expressão heteróloga é eficaz para a produção da proteína recombinante PnPR-4, que é uma enzima com atividade quitinolitica e altamente estável. Assim, a PnPR-4 é uma nova enzima que pode ser usado em biotecnologia vegetal no combate contra fungos patogênicos da planta.
  • TARCYANE BARATA GARCIA
  •  

    O FATOR DE CRESCIMENTO DO NERVO INIBE O EDEMA CITOTÓXICO DE CÉLULAS DE MÜLLER E CÉLULAS BIPOLARES DA RETINA DE RATO POR MEIO DA LIBERAÇÃO DE CITOCINAS GLIAIS: PARTICIPAÇÃO DO SISTEMA GLUTAMATÉRGICO E PURINÉRGICO 

  • Data: 03/02/2015
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  • O fator de crescimento do nervo (NGF) pode retardar a degeneração celular na retina de ratos em diferentes injúrias retinianas. O acúmulo de água em células da retina contribui para o desenvolvimento de edema retiniano e degeneração neuronal. Em atribuição ao seu efeito protetor, este trabalho teve por objetivo avaliar se o NGF influencia o edema celular osmótico em células de Müller e células bipolares. Assim, montagens planas, fatias de retina e células isoladas da retina de ratos foram superfundidas com solução hipo-osmótica na presença de BaCl2. Secções retinianas foram utilizadas para imunomarcações, e a liberação de adenosina foi medida por cromatografia líquida de alta eficácia, em montagens planas. A área de secção transversal celular foi medida antes e após a superfusão em meio hipo-osmótico, em fatias de retina e suspensões celulares. Tanto células de Müller quanto células bipolares foram imunopositivas para TrkA, mas somente células de Müller foram marcadas contra p75NTR e NGF. A hipo-osmolaridade induziu um rápido e significativo aumento da liberação de adenosina endógena em retinas controle, mas não em retinas perfundidas com BaCl2. O NGF inibiu o edema citotóxico em células de Müller e em células bipolares em fatias de retina controle e retinas pós-isquêmicas submetidas a condições hipo-osmóticas. Por outro lado, NGF impediu o edema citotóxico da célula de Müller isolada, mas não da célula bipolar isolada (em meio hipo-osmótico contendo íons Ba2+). Isto sugere que NGF induz a liberação de fatores por células de Müller, os quais inibem o edema citotóxico de células bipolares em fatias de retina. O efeito inibitório do NGF sobre o edema citotóxico de células de Müller foi mediado pela ativação do receptor TrkA, mas não de p75NTR, e foi anulado por bloqueadores de receptores metabotrópicos de glutamato, receptores de adenosina A1, e receptores do fator de crescimento de fibroblasto (FGF). O bFGF evitou o edema citotóxico de células de Müller isoladas, mas inibiu somente em parte o edema citotóxico de células bipolares isoladas. O bloqueio de FGFR impediu o efeito inibidor de edema celular da adenosina, sugerindo que a liberação de bFGF ocorre após à ativação autócrina/parácrina de receptores A1. Além de bFGF, GDNF e TGF-β1 reduziram em parte o edema citotóxico da célula bipolar. Estes dados sugerem que o efeito neuroprotetor do NGF é em parte mediado pela prevenção de edema citotóxico de células gliais e bipolares da retina.

  • TAYANA SILVA DE CARVALHO
  • A intensificação do comportamento tipo ansiedade induzido por
    cafeína em Daniorerio(zebrafish) é prevenida pelo tratamento com -
    Tocoferol e L-NAME

  • Data: 23/01/2015
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  • O crescente consumo de bebidas com elevado teor de cafeína pode resultar no
    aparecimento de sintomas provenientes do transtorno de ansiedade induzida por essa
    droga. Atualmente, tem-se utilizado a cafeína como um indutor farmacológico do
    comportamento tipo ansiedade e essa indução pode facilitar a melhor compreensão da
    relação entre alterações comportamentais e os mecanismos de ação envolvidos nesse
    efeito, portanto o presente trabalho propôs que a via nitrérgica poderia ser um
    mecanismo chave para explicar os efeitos comportamentais produzidos pela cafeína e
    que esses efeitos poderiam ser revertidos por um antioxidante, logo, no presente
    trabalho nós tivemos como objetivo avaliar o possível efeito do L-NAME e do -
    tocoferol no comportamento tipo ansiedade ampliado pela cafeína nos testes de
    preferência claro/escuro (PCE) e distribuição vertical eliciada pela novidade (DVN) em
    Daniorerio. Foram utilizados peixes da espécie Daniorerio(n=178) subdivididos nos
    seguintes grupos experimentais: SAL – salina 0,9%; CAF – cafeína 100 mg/kg; DMSO
    – dimetilsulfóxido 0,1%; L-NAME - (N-Nitro-L-arginina-metil éster hidrocloreto) 10
    mg/kg; TF – -tocoferol 1 mg/kg (receberam apenas uma injeção por i.p); SAL + SAL;
    DMSO + SAL; SAL + CAF; L-NAME + SAL; L-NAME +CAF; TF + CAF (receberam
    duas injeções seguidas, uma injeção de cada substância na forma de cotratamento, por
    i.p). Os animais foram submetidos ao teste de preferência claro/escuro e de distribuição
    vertical eliciada pela novidade. Todos os testes foram filmados e os vídeos foram
    avaliados utilizando o X-PLO-RAT. Os dados foram expressos em média ± erro padrão.
    Foi aplicado o teste de normalidade utilizando o teste Shapiro-Wilk e o teste
    paramétrico ANOVA de uma via com pós-teste Tukey, considerando significativos
    valores com p<0,05. Nós demonstramos que o -tocoferol na dose de 1 mg/kg reverteu
    todos os parâmetros do comportamento tipo ansiedade ampliado pela cafeína nos testes
    de PCE e do DVN e esse efeito foi semelhante ao observado quando administrado um
    inibidor da enzima óxido nítrico sintase (NOS), L-NAME. Portanto, o presente trabalho
    demonstrou pela primeira vez que o efeito comportamental ampliado pela cafeína no
    teste escotáxico e no DVN pode ser modulado pelo sistema nitrérgico e que o -
    tocoferol reverte esse efeito comportamental induzido pela cafeína de forma total.

2014
Descrição
  • KELLY HELORANY ALVES COSTA
  • ANÁLISE MORFOLÓGICA E TOPOGRÁFICA DAS CÉLULAS GANGLIONARES DA RETINA DO CAITITU (Tayassu tajacu)

  • Data: 22/12/2014
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  • Na Amazônia habitam diversas espécies de animais silvestres, tornando-a um importante local de investigação sobre fisiologia comparada. Dentre estas espécies, destacamos o caititu Tayassu tajacu, animal distribuído na América Central e Latina. Existem várias publicações acerca da morfologia de órgãos sexuais, carne e sangue do caititu. Porém, no que diz respeito ao estudo sobre a morfofisiologia visual do caititu, as publicações ainda são escassas. Diante dessa realidade, o presente estudo investigou a morfologia e topografia das células ganglionares da retina do Tayassu tajacu. Foram utilizadas seis retinas, provenientes de oito animais de ambos os sexos da espécie Tayassu tacaju. Os caititus, criados e mantidos em cativeiro na Empresa Brasileira de Pesquisa Brasileira - Embrapa/Pará, foram abatidos de acordo com as normas de manejo animal para posterior retirada e fixação dos olhos. As retinas foram dissecadas e coradas utilizando a técnica de Nissl para visualização de células ganglionares, amácrinas deslocadas, hemácias, micróglia e células componentes da vascularização. A contagem de células ganglionares foi realizada ao longo do eixo horizontal e vertical, sendo o número de células ganglionares por campo convertido em valores de densidade. Diferentes regiões da retina foram analisadas quanto à densidade celular, obtendo-se como valor médio de densidade 351,822 ± 31,434 CG/mm². Verificaram-se diferenças de densidade entre as regiões estudadas: a região dorsal teve densidade média e desvio padrão de 894 ± 44 CG/mm²; a região ventral 894 ± 1 CG/mm²; a região nasal 1.403 ± 43; e a região temporal com 1596 ± 251. O pico de densidade a média, localizado a aproximadamente 3,13 mm de distância no sentido dorsal e 6,77 mm no sentido temporal do nervo óptico, foi de 6.767 CG/mm². Verificaram-se duas regiões especializadas, a faixa visual e a area temporalis. A faixa visual, localizada no sentido horizontal da região nasal para temporal, apresentou alta densidade celular, possivelmente proporcionando melhor visão panorâmica do ambiente e detecção de objetos em movimento no horizonte. Já a area temporalis, localizada dentro da faixa visual, proporciona maior acuidade visual e resolução espacial, do meio em que vivem Os resultados deste trabalho permitem iniciar comparações morfofisiológicas da retina dos caititus com a de outras espécies animais.

  • DANIELLE CRISTINNE AZEVEDO FEIO
  • "AVALIAÇÃO DO USO DE NANOPARTÍCULAS LIPÍDICAS QUE SE LIGAM A RECEPTORES CELULARES COMO INSTRUMENTO PARA A TERAPÊUTICA DO CÂNCER"

  • Data: 19/12/2014
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  • Sistema de nanopartículas à base de lipídios têm sido usados como veículos experimentais para agentes quimioterápicos no tratamento do câncer. Recentemente essas preparações de nanopartículas foram testadas também em modelos animais de doenças inflamatórias cardiovasculares crônicas, doenças reumáticas entre outras. Acredita-se que esses sistemas suspostamente atenuem os graves efeitos tóxicos de agentes quimioterápicos antineoplásicos. Este estudo teve como objetivo investigar os efeitos da associação do paclitaxel a um sistema de nanopartículas à base de lipídios no tratamento crônico em primatas não-humanos, da espécie Cebus apella, por meio de extensas documentações e métodos detalhados da análise toxicológica através de bioquímica sérica, parâmetros hematológicos e histopatológicos. As nanopartículas a base de lipídios (LDE) eram constituída por ésteres de colesterol esterificado e colesterol, lectina e treolin, com adição de paclitaxel. Foram estudados dezoito Cebus apella; sendo que três animais foram tratados apenas com solução salina, administrada por via intravenosa, a cada três semanas, durante seis ciclos de tratamento; seis animais foram tratados com o paclitaxel associado a LDE no mesmo regime de administração, com três animais recebendo a dose mais baixa do fármaco (175 mg/m²) e três com a dose mais elevada (250mg/m2); seis animais foram tratados com o paclitaxel na forma comercial, sendo que três receberam as doses mais baixas (175 mg/m²) e outros três com doses mais elevadas (250mg/m2). Três semanas após o último ciclo de tratamento foram submetidos a eutanásia por dosagem letal de anestésico, e os fragmentos de tecidos foram recolhidos para a análise histopatológica. Em três animais não-tratados, a cinética plasmática da LDE foi determinada após a injeção intravenosa do colesterol radioativo (3H), seguido de coleta de sangue ao longo de 24 horas. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa com animais de experimentação da UFPA (CEPAE/BIO008-11). No grupo LDE-paclitaxel, nenhuma toxicidade clínica foi observada, o peso, assim como o consumo de alimentos foram semelhantes aos animais pertencentes ao grupo controle. O tratamento foi interrompido após o segundo ciclo em quatro animais de grupo que recebeu o paclitaxel na forma comercial, devido a elevada toxicidade clínica, entretanto dois animais completaram os 6 ciclos de tratamento. Esses dois animais apresentaram perda de peso, náuseas e vômitos, diarréia, lesão inflamatória descamativa, perda de 70% do pelo corpóreo e diminuição da atividade física. A dose de paclitaxel 175 mg/m2 é usado em quimioterapia contra o câncer com uma toxicidade considerável, enquanto que a dose a 250 mg/m2 é intolerável e mostra toxicidade considerável nos pacientes. O uso de LDE como transportador de fármaco, em ambos as doses neutralizou consideravelmente a toxicidade do fármaco em primatas não humanos da espécie Cebus apella, intimamente relacionadas a sujeitos humanos. Isso foi observado não só devido as manifestações clínicas, bioquímicas e hematológicas, mas também pela análise histopatológica do estômago, intestino delgado e grosso, esôfago, pâncreas, traqueia e da vesícula biliar. Os resultados suportam a hipótese de que os sistemas de nanopartículas à base de lipídios utilizado como transportadores de droga pode oferecer ferramentas valiosas na diminuição da toxicidade e aumentar a segurança dos agentes quimioterápicos, assim como, amplia a sua utilização em outras doenças crônicas que não o câncer.

  • JOAO BENTO TORRES NETO
  • ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL REDUZ AS ALTERAÇÕES ASTROCITÁRIAS E A PROGRESSÃO DA DOENÇA PRION EM MODELO MURINO: ensaios morfométricos, estereológicos e comportamentais.

  • Data: 26/11/2014
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  • Já está bem estabelecido que um estilo de vida sedentário é fator de risco para uma série de doenças crônicas, dentre elas a doença de Alzheimer. A neuropatologia da doença de Alzheimer é caracterizada por depósitos amilóides, perda neuronal, gliose reativa e vacuolização da neurópila. A doença príon tem sido amplamente utilizada como modelo experimental para estudar aspectos celulares e moleculares da neurodegeneração crônica em muito semelhante àquela descrita na doença de Alzheimer. O ambiente empobrecido das gaiolas padrão de laboratório tem sido usado para mimetizar um estilo de vida sedentário enquanto que o ambiente enriquecido tem sido empregado para mimetizar um estilo de vida ativo. Para testar a hipótese de que o ambiente enriquecido pode contribuir para desacelerar o curso temporal da neurodegeneração crônica associada à doença príon em modelo murino induzimos a doença príon em vinte camundongos fêmeas da variedade suíça albina que tinham sido alojadas aos seis meses de idade em ambiente enriquecido (EE) ou em ambiente padrão (SE) durante cinco meses. Após esse peródo foram realizadas cirurgias para injeção estereotáxica intracerebral bilateral de homogendao de cérebro de camundongo normal (NBH, n=10) ou de camundongo com sinais clínicos de doença príon terminal (ME7, n=10). Os animais foram devolvidos as suas gaiolas e condições de alojamento originais formando os seguintes grupos experimentais: NBH SE=5, NBH EE=5, ME7 SE=5, ME7 EE=5. Após três semanas foi iniciado teste semanal empregando o burrowing, uma tarefa sensível ao dano hipocampal e 18 semanas após as inoculações realizou-se os testes de memória de reconhecimento de objetos. Encerrados os testes sacrificou-se os animais realizando-se o processamento histológico do tecido nervoso visando a imunomarcação astrocítica das áreas de interesse. A redução progressiva da atividade de burrowing teve início na décima terceira semana pós injeção no grupo ME7 SE e somente na décima quinta semana no grupo ME7 EE. A habilidade de reconhecer o objeto deslocado no teste de memória espacial foi comprometida no grupo ME7 SE, mas se manteve normal nos demais grupos experimentais. O teste de discriminação entre o objeto novo e o familiar não revelou alterações. As análises quantitativas sem viés dos astrócitos imunomarcados para proteína fibrilar ácida (GFAP) foram realizadas no stratum radiatum de CA3 e na camada polimórfica do giro denteado dorsal. As estimativas estereológicas do número total de astrócitos e do volume do corpo celular revelaram que em CA3 somente ocorre hipertrofia dos corpos celulares em animais dos grupos ME7 SE e ME7 EE em relação aos respectivos controles, sendo o volume médio dos corpos celulares do grupo ME7 EE menor que aquele do grupo ME7 SE. Na camada polimórfica houve significativo aumento do número de astrócitos no grupo ME7 SE em relação ao NBH SE e do grupo NBH EE em relação ao NBH SE. O volume do corpo celular também foi significativamente maior nos grupos ME7 em relação aos respectivos controles dos grupos NBH. As análises morfométricas tridimensionais revelaram importante aumento de volume e área de superfície dos segmentos das árvores astrocíticas nos grupos doentes em comparação aos controles. O enriquecimento ambiental reduziu o aumento de volume dos ramos observado no grupo ME7 e aumentou o número de intersecções dos ramos distais no grupo NBH EE em relação ao NBH SE e nos ramos proximais no grupo ME7 EE em relação ao ME7 SE. O emprego da análise de cluster e discriminante permitiu a identificação dos parâmetros morfométricos que mais contribuíram para a distinção entre os grupos. Para testar a hipótese de existirem subfamílias de astrócitos morfologicamente distintos dentro de cada grupo experimental, foi realizada análise de conglomerados que resultou na formação de duas famílias distintas no grupo NBH SE, três famílias nos grupos NBH EE e ME7 EE e quatro famílias no grupo ME7 SE. As bases celulares e moleculares que conduzem a formação de novas famílias de astrócitos e a neuroproteção associada ao ambiente enriquecido que diminui a velocidade de progressão da doença permanecem por serem investigadas.

  • ERICA DE TÁSSIA CARVALHO CARDOSO
  • INIBIÇÃO DA ATIVIDADE DA TIROSINASE POR ANÁLOGOS DO
    ÁCIDO KÓJICO

  • Data: 14/11/2014
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  • A tirosinase é uma enzima chave para a biossíntese de melanina. É uma enzima “cobre-dependente” que pode existir em três estados intermediários: desoxi (Cu1+-Cu1+), oxi (Cu2+-O2-Cu2+) e met (Cu2+-Cu2+). Apresenta atividade bifuncional, pois oxida fenóis ou catecóis em seus o-difenóis correspondentes, sendo que o processo de oxidação de fenóis pode ser descrito por cinética de Michaelis-Menten. Distúrbios na tirosinase estão associados com hiperpigmentação e escurecimento enzimático de frutas e fungos. Assim a busca por substâncias de origem natural ou sintética capazes de regular o comportamento desta enzima é fator chave para o tratamento de tais desordens. Nesta perspectiva, no presente trabalho buscou-se analisar bioquimicamente a atividade anti-tirosinase de análogos do ácido kójico derivados de 4H- pironas (S-01, S-02, S-03 e S-04) e derivados de diidropirano[3,2-b]cromenodionas (S-05, S-06, S-07 e S-08), quimicamente planejadas por modelagem molecular no LPDF, do ICEN da UFPA. A cinética das substâncias S-02, S-04, S-06, S-07 e S-08 apresentaram inibição do tipo competitiva, semelhante ao padrão de inibição do ácido kójico, com valores de Ki de 145,0 ± 20,0 μM; 64,0 ± 10,0 μM; 4,0 ± 0,0 μM; 6,0 ± 0,0 μM; 9,0 ± 0,0 μM, respectivamente, e de 5,0 ± 0,0 μM para o ácido kójico, enquanto a substância S-01 apresentou uma inibição do tipo mista (Ki = 999,0 ± 150,0 μM). Já as substâncias S-03 e S-05 não apresentaram atividade inibitória. As substâncias testadas demonstraram alto grau de segurança tanto na integridade de membrana de eritrócitos em teste de hemólise, quanto na viabilidade em teste com MTT em culturas de fibroblasto MRC5, em cultura de células nervosas de retina de embrião de galinha e em melanoma B16F10. Assim, demonstrou-se que as substâncias S-02, S-04, S-06, S-07 e S-08 apresentam atividade como potentes inibidores de tirosinase, podendo ser candidatos no tratamento de desordens de pigmentação.

  • CAIO MAXIMINO DE OLIVEIRA
  • Papel da serotonina no comportamento defensivo do paulistinha (Danio rerio Hamilton
    1822) adulto: Diferenças entre modelos comportamentais, linhagens e efeitos do estresse
    predatório agudo

  • Data: 14/11/2014
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  • Os transtornos de ansiedade apresentam a maior incidência na população mundial
    dentre os transtornos psiquiátricos, e a eficácia clínica das drogas ansiolíticas é
    baixa, em parte devido ao desconhecimento acerca das bases neuroquímicas
    desses transtornos. Para uma compreensão mais ampla e evolutivamente
    substanciada desses fenômenos, a utilização de espécies filogeneticamente mais
    antigas pode ser uma aproximação interessante no campo da modelagem
    comportamental; assim, sugerimos o uso do paulistinha (Danio rerio Hamilton 1822)
    na tentativa de compreender a modulação de comportamentos tipo-ansiedade pelo
    sistema serotonérgico. Demonstramos que os níveis extracelulares de serotonina no
    encéfalo de paulistinhas adultos expostos ao teste de preferência claro/escuro [PCE]
    (mas não ao teste de distribuição vertical eliciada pela novidade [DVN]) apresentamse
    elevados em relação a animais manipulados mas não expostos aos aparatos.
    Além disso, os níveis teciduais de serotonina no rombencéfalo e no prosencéfalo
    são elevados pela exposição ao PCE, enquanto no mesencéfalo são elevados pela
    exposição ao DVN. Os níveis extracelulares de serotonina estão correlacionados
    negativamente com a geotaxia no DVN, e positivamente com a escototaxia,
    tigmotaxia e a avaliação de risco no PCE. O tratamento agudo com uma dose baixa
    de fluoxetina (2,5 mg/kg) aumenta a escototaxia, a tigmotaxia e a avaliação de risco
    no PCE, diminui a geotaxia e o congelamento e facilita a habituação no DVN. O
    tratamento com buspirona diminui a escototaxia, a tigmotaxia e o congelamento nas
    doses de 25 e 50 mg/kg no PCE, e diminui a avaliação de risco na dose de 50
    mg/kg; no DVN, ambas as doses diminuem a geotaxia, enquanto somente a maior
    dose diminui o congelamento e facilita a habituação. O tratamento com WAY 100635
    diminui a escototaxia nas doses de 0,003 e 0,03 mg/kg, enquanto somente a dose
    de 0,03 mg/kg diminui a tigmotaxia e a avaliação de risco no PCE. No DVN, ambas
    as doses diminuem a geotaxia, enquanto somente a menor dose facilita a
    habituação e aumenta o tempo em uma “base” (“homebase”). O tratamento com SB
    224289 não produziu efeitos sobre a escototaxia, mas aumentou a avaliação de
    risco na dose de 2,5 mg/kg; no DVN, essa droga diminuiu a geotaxia e o nado
    errático nas doses de 2,5 e 5 mg/kg, enquanto a dose de 2,5 mg/kg aumentou a
    formação de “bases”. O tratamento com DL-para-clorofenilalanina (2 injeções de 300
    mg/kg, separadas por 24 horas) diminuiu a escototaxia, a tigmotaxia e a avaliação
    de risco no PCE, aumentou a geotaxia e a formação de bases e diminuiu a
    habituação no DVN. Quando os animais são pré-expostos a uma “substância de
    alarme” co-específica, observa-se um aumento nos níveis extracelulares de
    serotonina associados a um aumento na escototaxia, congelamento e nado errático
    no PCE; os efeitos comportamentais e neuroquímicos foram bloqueados pelo prétratamento
    com fluoxetina (2,5 mg/kg), mas não pelo pré-tratamento com WAY
    100,635 (0,003 mg/kg). Animais da linhagem leopard apresentam maior escototaxia
    e avaliação de risco no PCE, assim como níveis teciduais elevados de serotonina no
    encéfalo; o fenótipo comportamental é resgatado pelo tratamento com fluoxetina (5
    mg/kg). Esses dados sugerem que o sistema serotonérgico dessa espécie modula o
    comportamento no DVN e no PCE de forma oposta; que a resposta de medo
    produzida pela substância de alarme também parece aumentar a atividade do
    sistema serotonérgico, um efeito possivelmente mediado pelos transportadores de
    serotonina, e ao menos um fenótipo mutante de alta ansiedade também está
    associado a esses transportadores. Sugere-se que, de um ponto de vista funcional,
    a serotonina aumenta a ansiedade e diminui o medo em paulistinhas.

  • RODRIGO RIBEIRO FURTADO
  • DETECÇÃO DA ATIVIDADE E IMUNOLOCALIZAÇÃO DA ENZIMA ÓXIDO NÍTRICO SINTASE EM Leishmania (Leishmania) amazonensis E Leishmania (Viannia) braziliensis.

  • Data: 30/10/2014
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  • As leishmanioses são protozoonoses causadas por parasitos do gênero Leishmania e estão distribuídas por diversas partes do mundo. Essa patologia se manifesta sobre diversas formas clínicas: Leishmaniose visceral (LV), Leishmaniose cutânea (LC) e Leishmaniose cutaneomucosa (LM). O parasito Leishmania apresenta duas formas evolutivas: a forma promastigota, de vida livre, e a forma amastigota, intracelular obrigatório, presente principalmente nas células fagocíticas mononucleadas. A inibição do crescimento ou destruição dos parasitos dentro da célula hospedeira é um mecanismo fundamental para erradicar a infecção. A inibição dos efeitos leishmanicidas do macrófago parece estar relacionada com a capacidade de algumas espécies em inibir a produção de óxido nítrico (NO). Estudos recentes têm mostrado que algumas espécies de Leishmania possuem a capacidade de produzir NO a partir de uma forma constitutiva da enzima Óxido Nítrico Sintase (cNOS). Este trabalho tem como objetivo detectar e localizar a enzima cNOS presente em promastigotas de Leishmania (Leishmania) amazonensis e Leishmania (Viannia) braziliensis. Para isto, o presente estudo utilizou citometria de fluxo, a qual permitiu quantificar a produção de NO nos parasitos, evidenciando a maior atividade da enzima cNOS em Leishmania (L.) amazonensis quando comparada com a espécie Leishmania (V.) braziliensis. Foi realizada a imunomarcação das formas promastigotas com o anticorpo anti-cNOS para observar a localização ultraestrutural da enzima por microscopia eletrônica de transmissão (MET), posteriormente a co-marcação com os anticorpos anti-cNOS e anti-GAPDH para confirmar a provável compartimentalização desta enzima em organelas glicossomais. Os resultados sugerem que a produção de NO por diferentes espécies de Leishmania é um processo localizado em organelas glicossomais com a captura do aminoácido L-arginina da célula hospedeira, o sequestro deste substrato priva o hospedeiro de sintetizar o NO exógeno danoso ao parasito. Esta modulação sugere mais um mecanismo de escape que os protozoár

  • ALINE ANDRADE DE SOUSA
  • INFLUÊNCIAS DO ENVELHECIMENTO E DO AMBIENTE SOBRE A PROGRESSÃO DA ENCEFALITE EXPERIMENTAL POR ARBOVÍRUS PIRY EM MODELO MURINO: MUDANÇAS MORFOLÓGICAS MICROGLIAIS E ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS

  • Data: 03/10/2014
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  • O enriquecimento ambiental e os efeitos do envelhecimento sobre as alterações morfológicas das micróglias e no comportamento foram investigados em modelo murino de encefalite sub-letal por arbovírus. Para medir possíveis influências da idade e do ambiente sobre a progressão da encefalite, camundongos suíços albinos fêmeas de 2 meses de idade foram mantidos em Ambiente Padrão (AP) ou em Ambiente Enriquecido (AE), durante: 6 meses (Adulto - A) e 16 meses (Senil –S). Após os testes comportamentais, os camundongos A e S foram inoculados intranasalmente com igual volume de homogenado de cérebro de camundongo infectado pelo vírus Piry (Py) ou homogenado de cérebro de camundongo normal. Oito dias após a inoculação (8DPI), quando os primeiros testes comportamentais revelaram as alterações relacionadas à doença, os cérebros foram seccionados e inumomarcados seletivamente para IBA-1 e antígenos virais. Aos 20 ou 40DPI, os animais restantes foram testados comportamentalmente e processados para os mesmos marcadores e nenhum sinal neuropatológico foi detectado. Em camundongos adultos infectados o ambiente padrão (APPyA), a atividade de burrowing diminuiu e se recuperou rapidamente (8-10DPI), a atividade de campo aberto (20-40DPI), mas manteve-se inalterado em animais da mesma idade e de ambiente enriquecido (AEPyA). Em contraste animais senis tanto de ambiente enriquecido (AEPyS) quanto de ambiente empobrecido (APPyS) reduzem significativamente a atividade de burrowing em todas janelas. A encefalite causada pelo virus Piry, induziu perdas olfativas transitórias em animais APPyA e AEPyA, mas permanents em APPyS e AEPyS. A imunomarcação para os antígenos viral do Piry atingiram seu pico no parênquima do SNC aos 5 e 6DPI e desapareceu aos 8DPI. Todas as reconstruções tridimensionais das micróglias, foram realizadas aos 8DPI. Mudanças Microgliais foram significativamente mais graves em camundongos adultos do que em camundongos senis, mas os animais AE parecem recuperar a morfologia microglia homeostática mais cedo do que os animais de AP. Os efeitos benéficos do AE foram menores em camundongos envelhecidos.

  • TANIA MARA PIRES MORAES
  • AVALIAÇÃO SOROLÓGICA DOS ANTÍGENOS MICOBACTERIANOS ND-O-BSA, LID-1 E NDO-LID EM PACIENTES COM HANSENÍASE, CONTATOS INTRADOMICILIARES E ESTUDANTES DE UM MUNICÍPIO HIPERENDÊMICO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA

  • Data: 05/09/2014
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  • Apesar dos esforços para sua eliminação como problema de saúde pública, a hanseníase permanece com alta prevalência em alguns países, como o Brasil, sendo o Estado do Pará responsável pelo diagnóstico de aproximadamente 10% dos cerca de 400.000 casos novos do Brasil nos últimos 10 anos. Até o momento, não existe nenhum teste de diagnóstico para detectar a hanseníase nos estágios iniciais, contribuindo assim para a manutenção das altas taxas de incidência da doença. Neste sentido, novos antígenos específicos do M. leprae que possibilitem o desenvolvimento de novos métodos de diagnóstico podem facilitar a detecção precoce de casos novos e contribuir para alcançar as metas de controle da hanseníase. Neste estudo, foi realizada avaliação clínica e dermatoneurológica dos participantes para a detecção de casos novos e foram coletadas amostras de sangue para pesquisa de anticorpos em dois momentos diferentes, T1 e T2, em um intervalo de tempo de 2 anos entre os mesmos. Os anticorpos IgM anti-ND-O-BSA e IgG anti-LID-1 foram detectados por ELISA, além de anti-IgM e anti-IgG associados para a pesquisa de anti-NDO-LID em amostras de plasma, também por ELISA ou sangue total pelo teste rápido OrangeLife® (OL) de 79 pessoas com hanseníase, 131 contatos e 331 estudantes do município de Breves, Estado do Pará. Nossos resultados mostraram alta incidência de hanseníase de 18,6% e 6,1% em contatos e estudantes respectivamente em T1 e de 19,8% e 9,4% em T2 e neste momento, entre contatos, foram positivos 44,3% para anti-ND-O-BSA, 7,86% para o anti-LID-1 e 37,4% para o anti-NDO-LID e para estudantes foram 49,5% para o anti-ND-O-BSA, 5,1% para o anti-LID-1 e 45% para o anti-NDO-LID. A associação entre os antígenos mostrou uma forte correlação para o ND-O-BSA e NDO-LID. A positividade para o OL em casos novos foi de 44,3% para MB, a maioria BT, em estudantes foi 47,4% e em contatos foi de 36,3%, com baixa concordância com ELISA anti-NDO-LID. No seguimento (T2), o percentual de casos novos foi de 35% e o maior percentual foi identificado entre indivíduos positivos para anti-ND-O-BSA. Os dados mostram alta incidência em contatos e estudantes através de busca ativa e seguimento sorológico, e concluímos que o antígeno ND-O-BSA se mostrou mais sensível no ensaio de ELISA para a identificação de casos novos em populações endêmicas.

  • CLAUDIA MARIA DA ROCHA MARTINS
  • ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO USO DE AGROTÓXICOS E DE POLIMORFISMO DO GENE GSTT1 NA ETIOLOGIA DE FISSURAS LABIOPALATAIS EM PACIENTES DO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 28/08/2014
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  • RESUMO
    Defeito congênito ou malformação congênita é qualquer anomalia anatômica, metabólica ou funcional, herdada por um mecanismo de transmissão mendeliana, ou causada por uma mutação gênica nova, por uma alteração cromossômica ou por uma agressão física, química ou infecciosa sobre o feto ou embrião em desenvolvimento. Suas causas podem ser genéticas ou ambientais, sendo, na maioria das vezes, de origem multifatorial, onde fatores de predisposição genética interagem com fatores ambientais desencadeadores. No estado do Pará, um grande número de indivíduos acometidos por Fissuras Labiopalatinas são oriundos de zonas rurais, principalmente no nordeste do estado onde sabidamente se faz uso indiscriminado de agrotóxicos nocivos a saúde humana, muitos dos quais tem alto potências teratogênico .O objetivo de nosso estudo foi Investigar a associação entre o polimorfismo (rs4630) no gene GSTT1 e a exposição a agrotóxicos na etiologia das fissuras lábio palatinas, bem como analisar o padrão das alterações de fala dos pacientes de acordo com o tipo da fissura . Foram analisados 83 pacientes portadores de Fissuras Palatinas, labiais ou Labiopalatinas de ambos os sexos, e 83 mães desses pacientes, todos oriundos do estado do Pará, com residência em zona rural e capital. Foram realizadas análises fonoaudiológicas e com o sangue desses indivíduos foi feita a análise molecular. A análise estatística foi realizada através dos programas estatísticos SPSS v. 12.0 e BioEstat v. 5.0. Os testes realizados foram os testes de Regressão Logística Multipla, teste x2e o teste exato de Fisher. O resultado consiste em cinco análises moleculares diferentes. Constatamos que a presença do alelo C no genótipo dos indivíduos pode influenciar no metabolismo de xenobióticos e aumentar o risco para desenvolver fissuras Orais.

  • THAYANA DE NAZARE ARAUJO MOREIRA
  • ASPECTOS MORFOLÓGICOS COMPARATIVOS ENTRE NEURÔNIOS DA CAMADA I DO CÓRTEX VISUAL DE DUAS ESPÉCIES DE ROEDORES: Cavia porcellus E Rattus norvegicus.

  • Data: 20/08/2014
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  • A camada I tem como característica principal a baixa quantidade de neurônios e uma alta densidade de fibras nervosas. A morfologia dos neurônios da camada I ainda é pouco estudada, tanto que nos estudos que avaliaram a morfologia desses neurônios não se chegou ainda a um consenso sobre as formas e funções desses neurônios. Este estudo avaliou a morfologia dos neurônios da camada I do córtex visual de duas espécies de roedores: Cavia porcellus, popularmente conhecido no Brasil como porquinho-da-índia e Rattus norvegicus, que é o rato e foi utilizada a linhagem Wistar, comumente usado nas pesquisas científicas. O porquinho-da-índia é um modelo animal muito estudado, utilizado em diversos segmentos da ciência. Apesar dessa espécie ser bem estudada, trabalhos na camada I desse animal são relativamente raros, especialmente em relação à morfologia e eletrofisiologia dos neurônios dessa região cortical. Pesquisas em ratos sobre os neurônios da camada I são mais frequentes, tanto em relação a morfologia quanto a eletrofisiologia. Para discriminar as possibilidades de diferenças na morfologia dos neurônios da camada I do córtex visual do porquinho-da-índia e do rato, este estudo classificou esses neurônios de acordo com a trajetória de seus dendritos e analisou as medidas dendríticas utilizando a técnica de injeção intracelular de biocitina. Após a classificação dos neurônios as comparações foram feitas entre os mesmos tipos celulares de cada roedor. Foram utilizados 35 porquinhos-da-índia da variedade Dunkin-Hartley de pêlo curto de ambos os sexos com idades de 4 a 5 dias de vida pós-natal. Quanto aos ratos, foram utilizados 30 ratos da variedade Wistar, de ambos os sexos com idades de 14 a 21 dias de vida pós-natal. Os animais foram anestesiados e tiveram seus encéfalos removidos, hemisférios separados e foram realizados cortes no plano coronal na região occipital onde se localiza a área visual dos roedores. As fatias foram mantidas em líquido cérebro-espinhal artificial e em seguida levadas ao microscópio para injeção de biocitina e posteriormente foram fixadas e tratadas para montagem em lâmina e contracoradas com Nissl para melhor visualização. Os neurônios encontrados foram classificados como: horizontais, ascendentes, descendentes e radias. Foram analisadas as seguintes medidas dendríticas: área do campo receptor, comprimento dendrítico total e médio, área total do corpo celular, número de dendritos, distância da pia-máter e análise da distribuição de Sholl. Dos resultados obtidos os mais notáveis foram o alcance dos ramos dendríticos e o tamanho do corpo celular dos neurônios da camada I do porquinho-da-índia quando comparados aos do rato. Isso sugere que, nessa espécie, um maior número de microcircuitos neurais podem ser estabelecidos, e por conseguinte maior taxa metabólica, justificada pelo maior tamanho do corpo celular.

  • LIENNE SILVEIRA DE MORAES
  • AÇÃO DO ALCALOIDE (+)-FILANTIDINA SOBRE O PROTOZOÁRIO Leishmania (Leishmania) amazonensis E A CÉLULA HOSPEDEIRA.
  • Data: 14/08/2014
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  • A leishmaniose é uma doença de caráter antropozoonótico causada por parasitas do gênero Leishmania. Estes parasitas proliferam principalmente dentro de macrófagos de mamíferos e são responsáveis por promover uma diversidade de manifestações clínicas como Leishmaniose Cutânea (LC) e Leishmaniose Mucocutânea (LMC). O único tratamento utilizado para a leishmaniose é a quimioterapia, onde geralmente são utilizadas drogas tóxicas e com longo período de tratamento. O estudo de produtos naturais obtidos de plantas como agente leishmanicida desempenha um papel importante na busca de novas drogas para o tratamento da leishmaniose. A (+)-filantidina é um alcaloide extraído do caule da planta Margaritaria nobilis, pertencente a família Phyllanthaceae. Desta forma, objetivo deste estudo é avaliar os efeitos da (+)-filantidina sobre formas promastigotas de Leishmania (Leishmania) amazonensis e a célula hospedeira. A atividade antiproliferativa de formas promastigotas foi avaliada quando os parasitas foram tratados com 50, 100 e 200 μg/ml do alcaloide por 96 horas, com redução de 73,75%, 82,50% e 88,75% no número de parasitas respectivamente, quando comparados ao grupo controle sem tratamento. No período de 96 horas, foi observado um valor IC50 de 56,34 μg/ml. A anfotericina B foi utilizada como droga de referência na concentração de 0,1 μg/ml, sendo observada redução de 100% dos parasitas durante as 96 horas de tratamento. O tratamento com o alcaloide promoveu alterações importantes nas promastigotas, mostradas através de microscopia eletrônica de transmissão e varredura. Foram observadas alterações no corpo celular, flagelo, cinetoplasto, mitocôndria, indução na formação de rosetas, presença de vesículas eletrodensas sugestivas de corpúsculos lipídicos e aumento no número de estruturas semelhantes a acidocalcisssomos. Com relação à célula hospedeira, não foi observado efeito citotóxico nos macrófagos tratados com alcaloide e análise por microscopia eletrônica de varredura mostrou que o alcaloide promoveu aumento no número de projeções citoplasmáticas, aumento do volume celular e espraiamento. Assim, estes resultados demonstram que a (+)-filantidina foi eficaz na redução do crescimento de formas promastigotas do protozoário, sendo eficaz na ativação de macrófagos sem causar efeito citotóxico para o mesmo, o que pode representar uma fonte alternativa para o tratamento da leishmaniose.
  • SUSANNE SUELY SANTOS DA FONSECA
  • EFEITO PROTETOR DA FLAVANA EXTRAÍDA DA ESPÉCIE Brosimum acutifolium CONTRA DANOS CAUSADOS POR HIPÓXIA EM CÉLULAS RETINIANAS: UM ESTUDO IN VITRO

  • Data: 14/07/2014
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  • O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi) causa danos celulares por provocar intensa excitotoxicidade e estresse oxidativo após privação de oxigênio e glicose para uma região do encéfalo. Neste trabalho, investigamos o potencial neuroprotetor da planta amazônica Brosimum acutifolium que é rica em flavanas como a 4',7-diidroxi-8-(3,3-dimetilalil)flavana (brosimina b, aqui abreviada como Bb) que apresenta elevado potencial antioxidante. Utilizamos cultura de células retinianas de embrião de galinha submetidas a hipóxia experimental, por privação de oxigênio e glicose, para avaliarmos o potencial antioxidante da Bb através da análise do sequestro do radical 2,2-difenil-1-picril-hidrazil (DPPH). Além disso, avaliamos a viabilidade celular (VC) e o perfil oxidativo e antioxidativo após 3, 6 e 24 horas de hipóxia, pela produção de oxigênio reativo (O2-) e atividade antioxidante endógena pela enzima catalase, respectivamente. Nossos resultados demonstram que nosso modelo experimental de hipóxia in vitro provoca redução tempo-dependente da VC, acompanhada por intenso estrese oxidativo, devido à excessiva produção de oxigênio reativo (O2-). O tratamento com Bb (10μM) protegeu significativamente a viabilidade celular durante 3 e 6 h de hipóxia experimental em células retiniana cultivadas in vitro, além de favorecer o aumento da atividade da enzima catalase em todos os tempos testados. Desta forma, concluímos que a Bb possui ação antioxidante e neuroprotetor por contribuir na defesa contra o estresse oxidativo induzido em condições de hipóxia, tornando-se como uma droga com potencial uso em tratamentos em casos de AVCi in vivo.

  • SIMONE RODRIGUES CAMPELO
  • Leishmania (L.) amazonensis inibe a maturação e a função ativadora das
    células de Langerhans da pele tratadas com TNF-α e anti-CD40 in vitro

  • Data: 27/06/2014
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  • Leishmania amazonensis é um dos principais agentes etiológicos em um amplo espectro de formas clínicas da Leishmaniose Tegumentar Americana. De modo geral, a resistência frente às leishmanioses decorre do desenvolvimento de uma resposta imune celular eficiente, porém muitos estudos têm demonstrado que citocinas específicas ou combinações de citocinas podem ser fatores de resistência ou suscetibilidade à infecção por L. amazonensis. Estudos recentes sugerem a participação das células de Langerhans (LCs) nas resposta anti- Leishmania, porém os mecanismos envolvidos durante esta interação são ainda pouco estudados. Objetivos: Estudar o papel do TNF-α e anti-CD40 nas interações in vitro entre as LCs e L. amazonensis, observando o perfil de citocinas produzidas e a expressão de moléculas de superfície, bem como verificar a capacidade destas células em ativar a produção de IFN-γ e IL-4 por células do linfonodo. Metodologia: As LCs foram isoladas da epiderme de camundongos BALB/c e incubadas com promastigotas de L. amazonensis, TNF-α e/ou anti- CD40. Após 24h, as LCs foram co-cultivadas com células obtidas de linfonodos por 72h. As citocinas IL-6, IL-12, IFN-γ e IL-4 foram dosadas por ensaio imunoenzimático (ELISA) e as moléculas de superfície foram analisadas por citometria de fluxo. Resultados: Os níveis de IL- 6 e IL-12p70 produzidos pela LCs foram significativamente reduzidos após interação com L. amazonensis, mesmo após o tratamento das LCs com TNF-α ou anti-CD40. Em relação às moléculas de superfície, não houve diferença na expressão de CD207 em nenhum dos grupos, porém a presença de L. amazonensis promoveu uma redução significativa na expressão de CD40 nas LCs tratadas com TNF-α ou anti-CD40, e aumentou a expressão de CD86 em todos os grupos. Na presença de L. amazonensis, as células do linfonodo apresentaram uma produção diminuída de IFN-γ e não houve alteração na produção de IL-4. Quando cocultivadas com LCs estimuladas previamente com L. amazonensis, a produção de IFN-γ também foi reduzida, mesmo na presença dos estímulos TNF-α e/ou anti-cD40. Não foram observadas alterações significativas na produção de IL-4 pelas células do linfonodo cocultivadas nas mesmas condições experimentais. Conclusão: L. (L.) amazonensis exerce um efeito imunomodulador sobre a resposta imune mediada por LCs, inibindo a produção de IL-6 e IL-12p70 e expressão de CD40, além de impedir a ativação da produção de IFN-γ por células do linfonodo co-cultivadas com LCs, mesmo após tratamento com TNF-α e anticorpo anti-CD40.

  • DANIELLE SANTANA COELHO
  • AVALIAÇÃO PRÉ-CLÍNICA DA DULOXETINA EM MODELO DE CONVULSÃO: ANÁLISE COMPORTAMENTAL, ELETROENCEFALOGRÁFICA E INFLUÊNCIA NO ESTRESSE OXIDATIVO.
  • Data: 17/06/2014
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  • O transtorno epiléptico apresenta alta prevalência e severidade. Além da gravidade da epilepsia per se, este distúrbio pode ser acompanhado de várias comorbidades, sendo a depressão a principal comorbidade psiquiátrica. Os mecanismos envolvidos na relação epilepsia/depressão ainda não estão bem esclarecidos, e sabe-se que o tratamento de ambos os distúrbios pode ser problemático, já que alguns anticonvulsivantes podem causar ou aumentar sintomas depressivos, enquanto alguns antidepressivos parecem aumentar a susceptibilidade a convulsões. Por outro lado, estudos têm demonstrado que alguns antidepressivos, além de seguros, também possuem atividade anticonvulsivante como a venlafaxina, um inibidor da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN). Considerando que a duloxetina, outro IRSN, apresenta uma inibição mais potente sobre transportados monoaminérgicos e que não existe nada na literatura a respeito de sua influência sobre convulsões apesar de que está sendo aplicado atualmente na clínica, o objetivo do nosso estudo é verificar o possível efeito anticonvulsivante da duloxetina através do modelo de convulsões induzidas pelo pentilenotetrazol (PTZ) em camundongos. Para tal, camundongos foram pré-tratados com duloxetina (10, 20, 40 mg/kg/i.p.) e trinta minutos após receberam uma injeção intraperitoneal de PTZ (60 mg/kg). Por vinte minutos os animais foram monitorados para a avaliação dos tempos de latência para o primeiro espasmo mioclônico e a primeira crise tônico-clônica, como também o tempo de duração das convulsões e de sobrevida. A análise eletroencefalográfica foi utilizada para avaliar a severidade das crises (aumento da amplitude das ondas). Após esse período os animais foram sacrificados, o córtex cerebral dissecado e análises bioquímicas (atividade da superóxido desmutase (SOD), catalase (CAT), níveis de nitritos e peroxidação lipídica) foram feitas para investigação dos mecanismos pelos quais a droga influencia as convulsões. Os resultados preliminares demonstraram que a duloxetina apresenta atividade anticonvulsivante, sendo capaz de aumentar significativamente o tempo de latência tanto para o primeiro espasmo clônico, como para a primeira convulsão tônico-clônica induzidas pelo pentilenotetrazol. Ainda a avaliação eletroencefalográfica demonstrou que a duloxetina na dose de 20 mg/kg diminuiu significativamente a amplitude das ondas enquanto a dose de 40 mg/kg aumentou significativamente a amplitude em comparação a todos os tratamentos. Quanto à avaliação da influência no estresse oxidativo, animais tratados apenas com PTZ apresentaram um aumento significativo do nível de peroxidação lipídica, e diminuição da atividade da SOD e da CAT. Quanto ao nível de nitritos não houve nenhuma alteração significativa entre os tratamentos. A duloxetina na dose de 20 mg/kg se mostrou efetiva para evitar as alterações induzidas pelo PTZ nos parâmetros de estresse oxidativo avaliados. A atividade anticonvulsivante da duloxetina (20 mg/kg) colabora com a teoria que tem sido apresentada nos últimos ano de que a modulação da neurotransmissão serotonérgica e noradrenérgica pode ter efeito anticonvulsivante. Ainda, a capacidade da duloxetina de inibir a exacerbação do estresse oxidativo envolvido nas convulsões induzidas pelo PTZ corrobora com estudos que demonstram que algumas substâncias anticonvulsivantes podem modular as convulsões pelo menos em parte por sua atividade antioxidante. Portanto concluímos que a duloxetine é um adjuvante promissor para o tratamento de pacientes que apresentam a comorbidade epilepsia e depressão.
  • DANIELLA BASTOS DE ARAÚJO
  • GENOTOXICIDADE HUMANA E FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS: AVALIAÇÃO DA DULOXETINA EM CULTURAS DE LINFÓCITOS

  • Data: 29/05/2014
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  • Fármacos antidepressivos são largamente utilizados no tratamento sintomático do transtorno depressivo. Inúmeras pesquisas atuais sobre a depressão vêm contribuindo para o avanço da terapia farmacológica e para o surgimento de novos fármacos antidepressivos. Diretrizes atuais para testes de genotoxicidade de novos medicamentos sugerem a importante utilidade de ensaios que detectem danos ao DNA, ou seja, testes para avaliar a indução de quebras no DNA. Entretanto, o número escasso de dados sobre a genotoxicidade de fármacos faz com que seja reduzido o número de fármacos que realmente podem ser usados em segurança. Portanto, é de extrema importância estudos sobre a avaliação genotoxicológica de fármacos, principalmente, drogas utilizadas por um longo período de tempo como é o caso dos antidepressivos. A duloxetina é um antidepressivo novo, pertencente à classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRSN), utilizada no tratamento sintomático da depressão. Apesar da existência de trabalhos demonstrando que alguns fármacos antidepressivos são genotóxicos, não existe até hoje nenhum estudo sobre a possível genotoxicidade da duloxetina em células de origem humana. Assim, o presente estudo tem como objetivo explorar o possível potencial genotóxico in vitro da duloxetina em culturas primárias de linfócitos humanos através das técnicas de detecção de aberrações cromossômicas e micronúcleos. Culturas primárias de linfócitos sanguíneos de voluntários sadios foram expostas a diferentes concentrações de duloxetina (10-150 ng/ml) e ciclofosfamida (6 μg/ml) como controle positivo. Aberrações cromossômicas estruturais, índice mitótico, índice de divisão nuclear, índice de binucleação, número de células com um, dois, três e quatro micronúcleos e o número de células com pontes nucleoplasmáticas foram avaliadas. Todos os índices das culturas incubadas com duloxetina foram significativamente menores que aqueles dos grupos controles, indicando um certo grau de citotoxicidade da droga. Entretanto, só as concentrações de 100 e 150 ng/ml provocaram o aumento significativo da presença de aberrações cromossômicas e micronúcleos. Considerando que essas concentrações ficam perto do limite superior da faixa terapêutica da droga usada em humanos, nossos resultados alertam já sobre a necessidade de aprofundar no conhecimento da genotoxicidade humana da duloxetina.

  • SUELLEN SIRLEIDE PEREIRA NOGUEIRA
  • IMUNOPATOGENIA DA INTERAÇÃO ENTRE MACRÓFAGOS e/ou CÉLULAS DE LANGERHANS E Lacazia loboi
  • Data: 24/04/2014
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  • A lobomicose é uma infecção subcutânea crônica, granulomatosa, causada pela implantação traumática do fungo Lacazia loboi nos tecidos cutâneo e subcutâneo. Ocorre predominantemente na região Amazônica e atinge qualquer grupo populacional. Histologicamente, observa-se reação inflamatória crônica caracterizada por intensa histiocitose e fibroplasia, abundante número de macrófagos, células gigantes multinucleadas do tipo corpo estranho e presença de considerável número de células leveduriformes. Os macrófagos são células fagocíticas que participam do reconhecimento e da resposta a patógenos através da fagocitose, da apresentação de antígenos aos linfócitos T e da produção de citocinas. As células de Langerhans (LC) são um grupo de Células dendríticas (CD) derivadas da medula óssea situadas principalmente em uma camada suprabasal da epiderme. Estudos envolvendo a interação fungo-hospedeiro na doença de Jorge Lobo são escassos. Assim, Este estudo é um passo importante para o melhor entendimento da biologia e patogenia do L. loboi, e para o estudo da imunopatologia da interação patógeno versus hospedeiro desta doença emergente e pouco conhecida. O objetivo do presente trabalho foi analisar a interação in vitro entre macrófagos peritoneais não ativados e/ou LC, isolados de camundongos BALB/c, com L. loboi recém-isolado de pacientes com doença de Jorge Lobo, bem como determinar os índices de infecção, fagocitose e fusão, e medir a produção das citocinas TNF-α, IL-4, IL-6, IL-10 e IL-12. Os resultados demonstraram que L. loboi é fagocitado por macrófagos, mas não por LC. O índice de infecção na interação entre macrófagos e L. loboi foi semelhante à interação entre macrófagos, LC e L. loboi em todos os tempos analisados. A média do número de fungos por macrófago também foi praticamente igual entre as interações e ao longo do tempo, variando de 1,2 a 1,6 fungos/macrófagos. Não houve a formação de células gigantes em macrófagos cultivados ou LC cultivadas isoladamente e em nenhum dos co-cultivos. Não houve diferença significante na produção de IL-4, IL-2 e IL-10 nas interações estudadas. Os níveis de TNF-α diminuem ao longo do tempo na interação entre macrófagos e L. loboi, enquanto a adição de LC induz aumento da produção de TNF-α, principalmente após 48 horas. LC modulam negativamente a produção de IL-6 por macrófagos e L. loboi também inibem essa produção por macrófagos isoladamente ou em co-cultivo com LC. L. loboi estimulam significativamente a produção de IL-12 por macrófagos co-cultivados com LC, mas não em LC ou macrófagos isoladamente.
  • ISABELLE CHRISTINE VIEIRA DA SILVA MARTINS
  • SELETIVIDADE ESPACIAL DE COR DO POTENCIAL CORTICAL PROVOCADO VISUAL PSEUDOALEATÓRIO
  • Data: 23/04/2014
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  • A seletividade espacial para cor tem sido investigada usando métodos eletrofisiológicos invasivos e não invasivos, e métodos psicofísicos. Em eletrofisiologia cortical visual não invasiva este tópico foi investigado usando métodos convencionais de estimulação periódica e extração de respostas por promediação simples. Novos métodos de estimulação (apresentação pseudo-aleatória) e extração de respostas corticais não invasivas (correlação cruzada) foram desenvolvidos e ainda não foram usados para investigar a seletividade espacial de cor de respostas corticais. Este trabalho objetivou introduzir esse novo método de eletrofisiologia pseudoaleatória para estudar a seletividade espacial de cor. Foram avaliados 14 tricromatas e 16 discromatópsicos com acuidade visual normal ou corrigida. Os voluntários foram avaliados pelo anomaloscópio HMC e teste de figuras de Ishihara para caracterizar a visão de cores quanto à presença de tricromacia. Foram usadas redes senoidais, 8º de ângulo visual, vermelho-verde para 8 frequências espaciais entre 0,2 a 10 cpg. O estímulo foi temporalmente modulado por uma sequência-m binária em um modo de apresentação de padrão reverso. O sistema VERIS foi usado para extrair o primeiro e o segundo slice do kernel de segunda ordem (K2.1 e K2.2, respectivamente). Após a modelagem da resposta às frequências espaciais com função de diferença de gaussianas, extraiu-se a frequência espacial ótima e banda de frequências com amplitudes acima de ¾ da amplitude máxima da função para servirem como indicadores da seletividade espacial da função. Também foi estimada a acuidade visual cromática pelo ajuste de uma função linear aos dados de amplitude a partir da frequência espacial do pico de amplitude até a mais alta frequência espacial testada. Em tricromatas, foi encontrada respostas cromáticas no K2.1 e no K2.2 que apresentaram seletividade espacial diferentes. Os componentes negativos do K2.1 e do K2.2 apresentaram sintonia passa-banda e o componente positivo do K2.1 apresentou sintonia passa-baixa. A acuidade visual estimada de todos os componentes estudados foi próxima àquelas encontradas por Mullen (1985) e Kelly (1983). Diferentes componentes celulares podem estar contribuindo para a geração do VECP pseudoaleatório. Este novo método se candidata a ser uma importante ferramenta para a avaliação não invasiva da visão de cores em humanos.
  • KETLIN JAQUELLINE SANTANA DE CASTRO
  • EFEITO COMBINADO DO EXERCÍCIO FÍSICO E DA DEGRADAÇÃO DA MATRIZ EXTRACELULAR NA PLASTICIDADE DO CÓRTEX CEREBRAL APÓS ISQUEMIA

  • Data: 14/04/2014
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  • O acidente vascular cerebral (AVC) é a maior causa de mortes e incapacidades neurológicas no Brasil, e mais de 80% deles são decorrentes de evento isquêmico. Os sobreviventes de AVC apresentam uma variedade de déficits motores, cognitivos e sensoriais, que prejudicam suas atividades de vida diária, limitando assim sua independência. Portanto, torna-se cada vez mais necessário elaborar estratégias terapêuticas que promovam a recuperação funcional de pacientes acometidos por AVC. Após isquemia do tecido nervoso, ocorre no meio extracelular a super expressão de moléculas inibitórias a regeneração neuronal e à plasticidade sináptica, como os proteoglicanos de sulfato de condroitina (PGSCs), o principal componente das redes perineuronais (RPNs). A remoção destas moléculas com a ação da enzima condroitinase ABC (ChABC) tem sido usada como estratégia para induzir a plasticidade neuronal. Outro fator que tem sido utilizado para estimular a neuroplasticidade é o exercício físico específico para o membro afetado após AVC. O exercício físico está relacionado à liberação de neurotrofinas, importantes para a regeneração do sistema nervoso. Portanto, a remoção dos PGSCs junto com o exercício físico pode potencializar a indução da plasticidade cerebral e recuperação funcional após lesão isquêmica experimental na área sensório-motora de ratos. Para testar nossa hipótese, utilizamos n=16 ratos (Ratus norvergicus) da linhagem Wistar, divididos nos seguintes grupos experimentais (todos com sobrevida de 21 dias após AVC isquêmico): Grupo Controle ou BSA (Isquemia experimental, implante de Elvax saturado com BSA); Grupo Exercício (Isquemia experimental, implante de Elvax saturado com BSA + exercício físico específico); Grupo ChABC (Isquemia experimental, implante de Elvax saturado com ChABC); e Grupo ChABC + Exercício (Isquemia experimental, implante de Elvax saturado com ChABC + exercício físico específico). A lesão isquêmica foi induzida através de microinjeções do vasoconstritor Endotelina-1 (ET-1) no córtex sensório-motor, na representação da pata anterior. Logo em seguida foi implantado uma microfatia de polímero de Etileno vinil acetato saturado com ChABC (grupos ChABC e ChABC + Exercício) ou BSA (grupos Controle e Exercício). Foram avaliadas a área de lesão e a degradação dos PGSCs, além da recuperação funcional da pata afetada através do teste da exploração vertical e do teste da escada horizontal. Avaliamos a área de lesão (mm2) com auxílio do programa ImageJ (NIH, USA), delimitando a área com palor celular e também marcada com azul de colanil que estava presente na solução de injeção do peptídeo vasoconstritor ET-1 e verificamos que não houve diferença significativa no tamanho da área de lesão entre os grupos Controle (0,48±0,12), Exercício (0,46±0,05), ChABC (0,50±0,18) e ChABC + Exercício (0,55±0,05) (ANOVA, pós-teste de Tukey, ***p<0,001; **<0,01; *p<0,5). Animais que foram submetidos à remoção enzimática dos PGSCs apresentaram imunomarcação para o anticorpo anti-condroitin-4-sulfato (C4S) na área de lesão ao final da sobrevida, não havendo
    evidencias de degradação de PGSCs nos grupos Controle e Exercício. Verificamos ainda no teste do cilindro que a indução da lesão isquêmica não provocou perda funcional ampla, não alterando o comportamento exploratório, nem a frequência de uso da pata anterior afetada dos animais após a lesão (grupo Controle: pré-lesão ou baseline (0,33±0,10), 3 (0,29±0,17), 7 (0,30±0,10), 14 (0,29±0,16) e 21 (0,27±0,13) dias após a lesão; grupo Exercício: pré-lesão ou baseline (0,30±0,12), 3 (0,32±0,24), 7 (0,19±0,37), 14 (0,31±0,10) e 21 (0,32±0,09) dias após a lesão; grupo ChABC: pré-lesão ou baseline (0,34±0,07), 3 (0,20±0,11), 7 (0,23±0,07), 14 (0,33±0,14) e 21 (0,39±0,16) dias após a lesão; grupo ChABC + Exercício: pré-lesão ou baseline (0,34±0,04), 3 (0,20±0,09), 7 (0,26±0,04), 14 (0,18±0,08) e 21 (0,27±0,04) dias após a lesão) (ANOVA, pós-teste de Tukey, ***p<0,001; **<0,01; *p<0,5). O grupo que teve apenas a remoção dos PGSCs apresentou um melhor desempenho motor no teste da escada horizontal, mantendo sua frequência de acertos quando comparado aos demais grupos, sendo que ao final da sobrevida de 21 dias, os grupos Controle e ChABC + Exercício alcançaram uma recuperação espontânea (equivalente ao teste pré-lesão), se aproximando do grupo ChABC. Apenas o grupo tratado somente com Exercício não alcançou a recuperação espontânea, apresentando um desempenho motor significativamente inferior aos demais grupos em todos os momentos de reavaliação (grupo Controle: pré-lesão ou baseline (7,70±0,54), 3 (5,30±0,71), 7 (5,4±1,14), 14 (5,20±0,37) e 21 (6,70±0,48) dias após a lesão; grupo Exercício: pré-lesão ou baseline (8,40±0,28), 3 (4,30±0,48), 7 (4,75±0,50), 14 (5,35±0,41) e 21 (5,05±0,67) dias após a lesão; grupo ChABC: pré-lesão ou baseline (7,65±0,97), 3 (6,90±0,65), 7 (7,80±0,37), 14 (7,15±0,87) e 21 (7,45±0,32) dias após a lesão; e grupo ChABC + Exercício: pré-lesão ou baseline (8,10±0,22), 3 (3,65±1,48), 7 (4,95±1,06), 14 (7,35±0,37) e 21 (6,70±0,48) dias após a lesão (ANOVA, pós-teste de Tukey, ***p<0,001; **<0,01; *p<0,5). Portanto, a remoção dos PGSCs, o exercício físico forçado precoce e sua associação não influenciaram no tamanho da área de lesão após isquemia focal no córtex sensório-motor. Porém, apenas a remoção dos PGSCs das redes perineuronais melhorou precocemente o desempenho motor do membro afetado após isquemia focal no córtex sensório-motor. Enquanto que a remoção dos PGSCs associada ao exercício físico melhorou o desempenho motor do membro afetado após a lesão, porém essa melhora foi tardia. E o exercício físico aplicado precocemente após isquemia focal no córtex sensório-motor prejudicou o desempenho motor do membro afetado.

  • LENA STILIANIDI GARCIA
  • PREVALÊNCIA DO GENE TSPY EM PACIENTES COM ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL NO PARÁ
  • Data: 14/04/2014
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  • Pacientes portadores de Distúrbios da Diferenciação Sexual (DDS) apresentam maior risco de desenvolver neoplasias. As alterações neoplásicas mais frequentes nestes pacientes são: o gonadoblastoma, o carcinoma in situ/tumores de células germinativas intra-tubulares nãoclassificados. As células germinativas tipo II são as percussoras destas lesões na maioria dos casos. O gonadoblastoma é uma neoplasia benigna que não metastiza, mas pela alta prevalência e risco de evolução para as formas malignas de neoplasias gonadais, merece especial atenção. Em uma região próxima ao centrômero no braço curto do cromossomo Y, foi mapeado o gene TSPY, imputado como o gene do gonadoblastoma. Este gene expressa-se em grande quantidade nas células que constituem o gonadoblastoma. Foram avaliados 47 pacientes com DDS nos seus cariótipos e na pesquisa da prevalência do TSPY através da técnica da reação em cadeia de polimerase (PCR). As análises revelaram que 50% das pacientes com síndrome de Turner, mesmo sem o cromossomo Y, íntegro ou não, evidente no cariótipo, foram positivas para a presença do gene TSPY. Estes dados evidenciam a importância da investigação do referido gene no acompanhamento e orientação de gonadectomia em pacientes com DDS.
  • ALAN BARROSO ARAUJO GRISOLIA
  • Modulação dos sistemas GABAérgico e glutamatérgico na secreção hipotalâmica de ocitocina sob condições hiperosmóticas.
  • Data: 07/04/2014
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  • Em mamíferos, a osmolalidade do fluído extracelular é o parâmetro mais importante na manutenção do balanco hidroeletrolitica. Deste modo, variações de osmolalidade são detectadas por células hipotalâmicas especializadas, iniciando assim uma sinalização neuroquímica, com envolvimento dos sistemas glutamátergicos e GABAérgico, a qual pode desencadear a secreção da ocitocina. Entretanto, o modo como a relação dos aminoácidos GABA e glutamato pode modular a liberação de ocitocina durante a hiperosmolalidade ainda é pouco compreendida. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi caracterizar o efeito do meio hipertônico sobre os níveis extracelulares de GABA e glutamato e sua relação com a liberação de ocitocina em preparações de hipotálamo in vitro. Para tal, Ratos Wistar Machos (270-300g) foram mantidos em condições padrões de laboratório. E após decapitação o cérebro foi retirado rapidamente, os fragmentos hipotalâmicos foram imediatamente dissecados em Krebs Ringer Bicarbonato Glicose gelado (KRBG) e colocados no sistema de perinfusão com solução de KRBG isotônica (280 mOsm/Kg H₂O) fluxo de 0.5-1.0 ml/min, foram feitas as coletas a cada minuto durante 15 min. O estímulo hipertônico (340 mOsm/Kg H₂O) ocorreu por 3 minutos. As dosagens de glutamato, GABA e ocitocina foram efetuadas por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC). As dosagens de glutamato mostraram um aumento da liberação somente após a diminuição da concentração de GABA. Este padrão de liberação temporal motivou-nos a adicionar GABA (3 μM) durante o estímulo osmótico, resultando no bloqueio da liberação de glutamato anteriormente observada. Além disso, os resultados mostraram que a liberação de ocitocina estimulada por solução de NaCl hipertônica pode depender também de uma diminuição da liberação de GABA. O presente estudo sugere que a liberação de ocitocina estimulada por hipertonicidade depende de alteração da relação GABA/glutamato.
  • FABÍOLA DE CARVALHO CHAVES DE SIQUEIRA MENDES
  • INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE MASTIGATÓRIA E DO AMBIENTE SOBRE O APRENDIZADO ESPACIAL E O PADRÃO DA ATIVIDADE EXPLORATÓRIA EM MODELO MURINO SENIL
  • Data: 01/04/2014
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  • Para medir possíveis influências da mastigação e do estilo de vida sedentário em modelo murino senil, impusemos um de três regimes de dieta aos diferentes grupos experimentais do 21º dia pós-natal até 6 ou 18 meses de vida: dieta sólida tipo pellet; dieta em pellet seguida por uma em pó, farelada; ou dieta peletizada seguida de pó e novamente pellet, com intervalos de tempo iguais em cada dieta. Para mimetizar o estilo de vida sedentário ou ativo, os animais foram criados, respectivamente, em gaiolas-padrão (ambiente empobrecido-AP) ou em gaiolas enriquecidas (ambiente enriquecido-AE). Para medir os efeitos da dieta, do ambiente e da idade sobre a atividade exploratória, realizamos o teste do campo aberto, onde camundongos jovens de AP que sofreram alteração da atividade mastigatória demonstraram maior preferência pela zona periférica, mas no envelhecimento e no AE essas diferenças foram minimizadas. Nos velhos de AE, essas diferenças reapareceram. Já sobre as influências na aprendizagem e memória espacial, aplicamos o labirinto aquático de Morris e vimos que a redução da atividade mastigatória, independente do ambiente, diminuiu a taxa média de aprendizado espacial e sua reabilitação recuperou as perdas associadas em animais jovens e, quando combinada ao AE, melhorou a taxa de aprendizado em velhos. Não se encontrou correlação entre taxa de aprendizado e velocidade de nado dos camundongos sugerindo que os déficits são de natureza cognitiva. Concluímos assim, que a alteração da atividade mastigatória influencia o padrão de exploração por zonas no campo aberto e a estimulação ambiental acentua os seus efeitos no envelhecimento, privilegiando a preferência pela zona periférica e a redução da atividade mastigatória prejudica a memória espacial durante o teste do labirinto aquático de Morris e a sua reabilitação é capaz de recuperar as habilidades espaciais, mas em idosos é necessária a combinação com um AE.
  • DEISE CIBELE NUNES DE ALMEIDA
  • CARACTERIZAÇÃO DO GENOMA DE TUMORES BEM DIFERENCIADOS DA TIREÓIDE POR HIBRIDIZAÇÃO GENÔMICA COMPARATIVA EM MATRIZ (aCGH)
  • Data: 31/03/2014
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  • Os tumores bem diferenciados da tireóide representam mais de 95% das neoplasias malignas da glândula. A identificação pré-operatória dos carcinomas papilíferos está bem estabelecida através dos métodos de Punção aspirativa por Agulha fina e Ultrassonografia , com quase 100% de acurácia, enquanto os tumores foliculares significam um dilema para o cirurgião, visto que os métodos existentes não conseguem determinar com eficiência o diagnóstico sendo que 60-80% dos casos operados são benignos. Dessa forma, com o intuito de se analisar alterações genômicas do tipo variações no número de cópias (CNVs) que possam diferenciar esse tumor de outros tipos de doenças da tireóide, foram analisados 13 pacientes com doença tireoidiana (3 bócios, 2 hiperplasias , 4 adenomas foliculares e 4 carcinomas foliculares ) mais 1 individuo sadio através do método de aCGH, para identificação de CNVs que pudessem determinar com eficiência a presença de carcinoma folicular. Os achados foram confrontados com dados de carcinomas papilífero clássico (4 pacientes) e variante folicular (2 pacientes). Foram encontradas 725 CNVs na amostra, 703 dos pacientes com patologia. Dentre estas foram selecionadas 18 regiões mais frequentes. Houve um padrão de amplificação maior em pacientes jovens com adenomas e deleção em pacientes mais velhos. Os pacientes com carcinoma apresentaram taxas de CNVs muito próximas. Os carcinomas foliculares apresentaram padrões exclusivos de alteração nos cromossomos 8 e 12. Concluímos, assim, que os carcinomas foliculares da tireoide são uma patologia com um padrão exclusivo de alterações, não havendo correlação de progressão tumoral a partir de adenomas foliculares, sendo que duas regiões -8p22 e 12p13.32-p13.33, estão presentes em 100% e 75% das amostras respectivamente, podendo ser fortes candidatos a marcadores desse tipo tumoral.
  • MARCIO JOSE TEIXEIRA SFAIR
  • EFEITOS DO EXERCICIO VOLUNTARIO NA RECUPERAÇÃO DE HEMISSECÇÃO DA MEDULA ESPINHAL: MUDANÇAS NA REDE PERINEURONAL E ACETILAÇÃO DE HISTONAS.
  • Data: 31/03/2014
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  • A prática regular de exercícios físicos previne e combate várias doenças ao longo do tempo, destacando-se como excelente ferramenta terapêutica para o tratamento de lesões no sistema nervoso central (SNC). Após uma transecção (completa ou incompleta/hemissecção) da medula espinhal, células gliais reativas secretam substâncias inibitórias à regeneração axonal como, por exemplo, as moléculas de proteoglicanas de sulfato de condroitina (PGSCs) que exercem papel importante na formação de uma barreira físico-química, chamada cicatriz glial, que impede o crescimento dos axônios danificados pela lesão. Pesquisas que envolvem modelo experimental de lesão da medula espinhal e reabilitação por exercício físico têm obtido promissores resultados. No entanto, os mecanismos fisiológicos e moleculares pelos quais promovem esses resultados positivos ainda são pouco conhecidos. O objetivo do presente trabalho foi analisar a recuperação da função motora da pata posterior após protocolo de exercício físico voluntario em modelo experimental de hemissecção da medula espinhal e investigar dois mecanismos moleculares envolvidos na recuperação funcional: a degradação de PGSCs nas redes perineuronais e acetilação de histonas. Para isso, vinte e quatro (24) ratos da linhagem Wistar (Rattus novergicus) foram utilizados e separados em 3 grupos (controle, treinados e não treinados). Com exceção do grupo controle, todos os animais foram habituados a rodas de corridas e em seguidas foram submetidos a uma cirurgia experimental de hemissecção da medula espinhal, na altura da 8a vertebra torácica. Nossos resultados demonstraram que o exercício voluntário em rodas de corrida após lesão experimental da medula espinhal promoveu recuperação da função motora da pata posterior afetada, porém não observamos diferenças qualitativas na acetilação de histonas e degradação de PGSCs entre os grupos.
  • RAMON COSTA DE LIMA
  • AVALIAÇÃO DA MARCHA E DO EQUILÍBRIO EM PACIENTES PORTADORES DE SÍNDROME LIPODISTRÓFICA SECUNDÁRIA À TERAPIA ANTIRRETROVIRAL.

  • Data: 31/03/2014
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  • A Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida (SIDA) é uma enfermidade que assola a população mundial há décadas e ouvir esse diagnóstico era como uma “sentença de morte”. Com o advento da novas terapêuticas medicamentosas, a característica aguda da doença passou a ser de caráter crônico. Todavia, as drogas utilizadas na Terapia Antiretroviral (TARV) apresentam reações adversas, especialmente quando o paciente é submetido a longo prazo de utilização do chamado “coquetel”. Uma das reações adversas da TARV é a Lipodistrofia, que em escala molecular ocasiona a apoptose de adpócitos e alterações mitocondriais nas fibras musculares. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi de investigar as repercussões musculares da Lipodistrofia e a alteração dos padrões de marcha e equilíbrio de pacientes nesse quadro clínico. Foram avaliados 38 sujeitos de ambos os sexos, divididos em dois grupos: HIV positivo com Lipodistrofia (HIVL) e HIV positivo sem Lipodistrofia (HIV). No teste de Equilíbrio foi utilizada uma Plataforma de força (EMGSystem do Brasil), que avalia o deslocamento do Centro de pressão (Cop) nos sentidos anteroposterior (AP) e mediolateral (ML) do indivíduo gerando as variáveis deslocamento linear total, área total de deslocamento, velocidade de deslocamento e amplitude do deslocamento, num período de sessenta segundos para cada coleta. Para o teste de Marcha foi utilizado o Eletromiógrafo de 8 canais (EMGSystem do Brasil) para captar o sinal elétrico dos músculos Reto Femoral (RF), Bíceps Femoral (BF), Gastrocnêmio Lateral (GL), Tibial Anterior (TA) e Glúteo Médio (GMd) durante a deambulação e o processamento do sinal eletromiográfico foi feito através do modelo matemático Root Mean Square (RMS) e normalizado pela contração voluntária máxima (CVM). Os resultados de cada grupo foram expressos em média e desvio padrão e comparados através do Teste t de Student para amostras paramétricas e o teste Mann-Whitney para amostras não-paramétricas. As análises dos resultados nas duas fases do ciclo da marcha mostraram diferenças significativas. Na fase de Apoio e na fase de Balanço os sinais eletromiográficos do músculo GMd e TA foram maiores no grupo HIVL em relação ao grupo HIV. Quanto ao equilíbrio as variáveis com significância estatística na comparação dos grupos foram o Deslocamento total e a Área do deslocamento, ambas maiores no grupo HIVL em relação ao grupo HIV. Com isso concluímos que os pacientes com a Síndrome Lipodistrófica apresentaram alteração dos padrões de marcha e equilíbrio.

  • GLENDA FIGUEIRA GUIMARAES
  • ELETROFISIOLOGIA DA VISÃO EM MODELO EXPERIMENTAL DE RATOS COM DIABETES E HIPOTIREOIDISMO
  • Data: 28/03/2014
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  • O diabetes mellitus constitui um problema de saúde pública mundial devido ao seu potencial de morbidade e mortalidade. Esta patologia é caracterizada como uma desordem metabólica com hiperglicemia crônica, resultado de uma deficiência absoluta ou relativa na secreção e/ou ação da insulina. Associado a esse quadro, problemas com a tireoide são frequentemente encontrados em pacientes acometidos por diabetes, principalmente com o avançar da idade. Além disso, há um corpo de conhecimento que descreve que tanto o diabetes quanto o hipotiroidismo provocam isoladamente perdas visuais, no entanto, não há muitas publicações acerca da fisiologia envolvendo em conjunto ambas patologias com as complicações visuais. O presente trabalho objetivou investigar questões relevantes para uma compreensão mais detalhada do quadro de evolução do comprometimento retiniano em modelos animais acometidos concomitantemente por duas doenças: diabetes e hipotireoidismo. Para isso, foram utilizados 50 ratos Wistar machos (Rattus norvegicus), com dois meses de idade, pesando entre 80 a 120 gramas, divididos em quatro grupos: um grupo controle sem procedimentos; um grupo com hipotireoidismo optando por um modelo experimental de tireoidectomia bilateral; um grupo com diabetes, com aplicação de 200 mg/Kg a 2% de Aloxana; e dois grupos com as duas patologias, adotando ambos os procedimentos experimentais, alterando a sequência das patologias em questão. Nos grupos estudados foi utilizado para avaliar as alterações visuais, um método não invasivo amplamente utilizado no meio acadêmico que é o eletrorretinograma (ERG) em diferentes períodos de 30, 45 e 60 dias. Assim, encontramos uma diminuição da amplitude média da onda-a dos animais nos grupos com diabetes e com as duas patologias em todos os registros realizados, os que apresentaram maiores diferenças estatísticas foram em relação ao registro de estocópica máxima, como também diferença no potencial oscilatório de ambos os grupos com as duas patologias. Os resultados obtidos dão suporte à hipótese que as duas patologias concomitantes (diabetes e hipotireoidismo) diminuem significativamente as respostas do ERG.
  • JOSE ELIERSON BARROS COSTA
  • EFEITO ANTINEOPLÁSICO DO COMPOSTO 4,2´,3´,4´-TETRAMETOXI CHALCONA EM LINHAGEM DE NEUROBLASTOMA B103 DE RATO

  • Data: 28/03/2014
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  • Neuroblastoma é a neoplasia mais frequentemente diagnosticada na infância.
    O termo é comumente usado para se referir a uma ampla variedade de
    tumores neuroblásticos, incluindo os neuroblastomas, ganglioneuroblastomas e
    ganglioneuromas. Estimativas mostram que 8 milhões de crianças até 15 anos
    de idade por ano são atingidas por esta neoplasia, onde 80% dos casos são
    acometidos em até 4 anos de idade, o tumor é derivado de células malignas
    embrionárias advindas de células neuronais primordiais, desde gânglios
    simpáticos até medula adrenal e outros pontos. Neste estudo, foi avaliado o
    potencial citotóxico do composto 4,2´,3´,4´ tetrametoxi chalcona em modelo in
    vitro de neuroblastoma B103 de rato. Foram preparadas soluções estoques da
    droga a 50mM em dimetilsulfóxido (DMSO) e armazenadas a -20ºC para o
    preparo de novas concentrações (150μM, 100 μM, 75 μM e 50 μM). A
    viabilidade celular foi testada a partir de cultura de células da glia do córtex de
    rato e de neuroblastoma b103. Ensaios de migração celular e formação de
    colônias também foram realizados. Para a análise estatística foi realizado a
    análise de variância um critério (ANOVA) seguido pelo teste de Tukey,
    utilizando-se o programa BioEstat 5.0. Na avaliação do efeito citotóxico das
    chalconas, foi observado que o tratamento com o composto 4,2`3`4´-
    tetrametoxi chalcona não demonstrou nenhum efeito citotóxico contra células
    normais do córtex de rato para as concentrações testadas, enquanto que em
    culturas de células de neuroblastoma B103 foi demonstrado que esta droga
    promove a morte celular de forma significativa.

  • NATIELLE FERREIRA RABELO
  • INFLUÊNCIA DA GLUTATIONA (GSH) NOS REGISTROS ELETRORRETINOGRÁFICOS DE RATOS WISTAR ADULTOS

  • Data: 26/03/2014
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  • A glutationa (GSH) é uma molécula que intervêm em diversos processos biológicos, conhecida principalmente pela sua ação antioxidante. Atualmente, esse tripeptídeo constituído de glutamato, cisteína e glicina tem sido amplamente estudado pela sua possível ação como neurotransmissor e nuromodulador no CNS. No presente trabalho foi avaliada a ação dessa molécula através do eletrorretinograma, para avaliar a resposta em massa da retina, produzida após estimulação luminosa. Métodos: foram realizadas injeções intravítreas de GSH em diferentes concentrações (1, 5 e 10 mM) e de PBS (controle) em ratos Wistar. O protocolo de avaliação consistiu de 6 estímulos em diferentes condições de adaptação: resposta Escotópica de bastonetes e resposta Escotópica máxima, após adaptação ao escuro de pelo menos 12h; resposta Fotópica de cones, após 10 min de adaptação ao claro, com a utilização de filtros para a avaliação da subpopulações de cones UV e S; e a resposta ao estímulo de flicker em 12 Hz. Os principais parâmetros analisados foram as amplitudes das ondas –a e –b e seus respectivos tempos implícitos e a amplitude das ondas –b do flicker. RESULTADOS: os resultados mostram alterações nas respostas com a diminuição da amplitude da onda-b do ERG em todos os estímulos. Quando realizado o teste de múltiplas comparações, foram observadas diferenças entre os grupos controle e GSH 5mM e GSH 10mM. Alterações na amplitude da onda-a só foram observados na resposta Escotópica máxima, com significativa diminuição da amplitude. Os tempo de latência das respostas não apresentaram alterações em nenhum grupo avaliado. DISCUSSÃO: as células de Muller na retina contém grande quantidade de GSH e podem atuar ativamente na modulação das respostas glutamatérgicas e glicinérgicas; além disso, já foi mostrado que a GSH induz a liberação de GABA na retina, o que pode explicar a diminuição das amplitudes observadas pela super-ativação de alguma via inibitória. CONCLUSÃO: o presente trabalho vem colaborar com a hipótese de que a GSH atue como neuromodulador no SNC, com significativas alterações inibitórias após sua administração na retina.

  • EDILENE MAIA LIEBENTRITT
  • ESTUDO EXPLORATÓRIO DE ALTERAÇÕES NA LINGUAGEM EM PACIENTES COM ALZHEIMER EM INDIVÍDUOS COM BAIXA ESCOLARIDADE
  • Data: 21/03/2014
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  • O presente trabalho descreve características da linguagem, em especial de alguns dos aspectos discursivos, de idosos com envelhecimento saudável, com declínio cognitivo senil, ou com doença de Alzheimer leve e moderada. Foram avaliados um total de 44 idosos sendo 22 saudáveis, 4 com declínio cognitivo senil, 9 com doença de Alzheimer leve e 9 com doença de Alzheimer moderada, classificados pelos critérios do CDR. Foram aplicados os testes neuropsicológicos do mini exame do estado mental, nomeação de Boston resumido, fluência verbal e narrativa por confronto visual (figura do roubo dos bolinhos). Foram estimados os desempenhos nos testes selecionados e aplicada a avaliação dos relatos pelos critérios propostos por Groves-Wright (2004) assim como foi feita a tipificação da narrativa. Tratamento estatístico paramétrico determinou os valores de média, erro-padrão e o nível de significância das diferenças entre as médias foi fixado para valores de p<0.05. Em seguida foi realizado inventário e análise do léxico e das categorias gramaticas das narrativas, e realizada análise paramétrica a partir dos escores Z, através do programa STABLEX. Encontrou-se que a fluência verbal semântica é melhor nos idosos saudáveis quando comparados aos com declínio cognitivo leve. As narrativas mostraram diferenças estatisticamente significantes entre os idosos saudáveis e os com declínio cognitivo leve nas análises de frequência de uso do vocabulário e das categorias gramaticais como um todo, e também entre saudáveis e todos os demais grupos nas análises de cada uma das categorias gramaticais. A análise do vocabulário e das categorias gramaticais permitiu identificar comprometimentos da função narrativa medida pelo tipo de vocabulário e pelas categorias gramaticais preferidas ou rejeitadas. Os resultados contribuem para distinguir as características da narrativa de idosos saudáveis, daquelas de idosos com declínio cognitivo leve ou com Alzheimer leve ou moderado, apontando alterações que possivelmente são indicadores precoces que podem ser usados para avaliar o curso temporal da doença.
  • ELIZA MARIA DA COSTA BRITO LACERDA
  • Investigação de Danos Visuais em Pacientes Diagnosticados com Meningite Criptocócica Não Associada à Imunossupressão
  • Data: 20/03/2014
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  • A meningite criptocócica é uma severa doença infecciosa causada pelo Cryptococcus spp. que apresenta alta letalidade e deixa nos sobreviventes uma série de sequelas sensoriais, entre as quais estão as alterações visuais. O objetivo deste estudo foi descrever as perdas visuais sofridas por pacientes, sem história de imunossupressão, diagnosticados com meningite criptocócica, de forma a indicar um possível mecanismo e fatores de risco para essas sequelas visuais. O trabalho foi composto de um estudo de série de casos de pacientes com meningite criptocócica sem história de imunossupressão (n = 7 pacientes, n = 14 olhos) e um estudo transversal analítico de todos os casos de meningite criptocócica sem história de imunossupressão notificados em 14 anos num hospital de referência do Pará (n = 113 casos). No estudo de série de casos, as funções visuais de uma amostra de pacientes foi cuidadosamente analisada por meio de avaliação oftalmológica, testes psicofísicos e eletrofisiológicos. No estudo transversal analítico, foi realizada análise de dados de prontuário com enfoque nas alterações visuais. Observou-se que os pacientes estudados na série de casos apresentaram grave diminuição da acuidade visual e mesmo em pacientes sem queixa visual houve alteração na percepção de cor, na percepção de contraste de luminância em diferentes frequências espaciais e no campo visual. Os testes indicam comprometimento da retina central como principal desencadeadora de uma cascata de alterações que impedem o normal processamento da imagem no córtex visual. Sugere-se que lesões do nervo óptico não foram as únicas responsáveis pelas alterações visuais observadas. Os principais fatores de risco para as alterações visuais observados pelo estudo transversal analítico foram o tempo de doença antes do início do tratamento e a resposta imunológica do paciente.
  • ALEXANDRE MAIA DE FARIAS
  • ESTUDO DA NEUROPATOLOGIA INDUZIDA PELO VÍRUS MARABÁ EM MODELO MURINO
  • Data: 28/02/2014
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  • O vírus Marabá (Be AR 411459) é um Vesiculovírus (VSV), membro da família Rhabdoviridae, isolado em 1983, de um pool de flebotomíneos capturado em Marabá-PA pela Seção de Arbovírus do Instituto Evandro Chagas. Na literatura pouco se tem sobre neuropatologia experimental induzida pelo vírus Marabá, apesar dos 30 anos de isolamento. Um único estudo, porém, revelou que a infecção viral em camundongos recém-nascidos provoca necrose e picnose em neurônios em várias regiões do sistema nervoso central (SNC) O objetivo do presente trabalho foi investigar a distribuição do vírus Marabá no SNC, a ativação microglial e astrocitária, aspectos histopatológicos; e a expressão de citocinas e óxido nítrico (NO), na encefalite induzida pelo vírus Marabá em camundongo BALB/c adultos. Para tanto, foram realizados processamentos de amostras para análise histopatologica; immunohistoquímica para marcação de microglia, astrócitos e antígeno viral; testes de quantificação de citocinas e NO; e análises estatísticas. Os resultados demonstraram que os animais infectados (Ai) 3 dias após a inoculação (d.p.i.) apresentam discreta marcação do antígeno viral, bem como quanto a ativação de microglia e astrócitos no SNC. Por outro lado, nos Ai 6 d.p.i. a marcação do antígeno viral foi observada em quase todas regiões encefálicas, observando-se intensa ativação microglial nestes locais, embora a astrogliose tenha sido menor. Edema, necrose e apoptose de neurônios foram observados principalmente no bulbo olfatório, septo interventrícular e córtex frontal dos Ai 6 d.p.i. A quantificação dos níveis de IL-12p40, IL-10, IL-6, TNF- α, INF-ү, MCP-1 e de NO mostrou aumentos significativos nos Ai 6 d.p.i., quando comparados aos animais controles e Ai 3 d.p.i.. Por outro lado, os níveis de TGF-β, importante imunossupressor, não foi significativo em todos os grupos e tempos avaliados (3 e 6 d.p.i.). Estes resultados indicam que o vírus Marabá pode infectar diversas regiões do SNC de camundongo BALB/c adulto 6 d.p.i., produzindo alterações anátomo-patológicas e uma forte resposta imune inflamatória que pode ser letal para o animal.
  • ANDREA DO SOCORRO CAMPOS DE ARAUJO SOUSA
  • ALTERAÇÕES HISTOPATOLÓGICAS DOS RINS DE MACACOS PREGO, Cebusapella (Linnaeus 1758) APÓS EXPOSIÇÃO CRÔNICA A BAIXAS DOSES DE METILMERCÚRIO.
  • Data: 28/02/2014
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  • O mercúrio representa um grande riscoambientale ocupacional constituindo um problema para a saúde humana na região Amazônica. Muito embora estudos tenham demonstrado que o mercúrio compromete vários tecidos e órgãos, os rins constituem-se órgãos-alvo para a toxicidade do metal. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi investigar os efeitos de uma exposição crônica a baixas doses de metilmercúrio sobre o parênquima renal de macacos Cebusapella, machos, adultos, expostos durante 120 dias consecutivos com doses diárias via oral, de 1,5 μg na dieta. As concentrações de mercúrio total no sangue dos animais foram monitoradas a cada 30 dias usando espectrofotômetro de absorção atômica a vapor frio (Hg 201), comparando ao grupo controle. O método utilizado para análise histopatológica foi a inclusão em parafina com coloração pela Hematoxilina e Eosina, Tricrômico de CAB e PAS. As investigações imuno-histoquímicas compreenderam as reações para a detecção de actina para musculo liso (IA4), actina muscular (HHF35) e pancitoqueratina (AE1 e AE2). Os resultados obtidos demonstraram que o tratamento com mercúrio causou diferença significativa (P<0,001) entre os grupos exposto e controle. Quanto aos níveis de Hg total, foram observadas alterações histopatológicas com características de hidropsia nos Túbulos Proximais, um achado comum na exposição ao metilmercúrio em outras espécies, sem alterações significativas nas concentrações de creatinina e ureia. O teste de correlação de Person demonstrou uma forte relação negativa entre a concentração de mercúrio e a perda de massa corporal dos animais (P<0,0001). Outro achado importante foi a diminuição do número de células mesangiais, o que sugere que o metilmercúrio executou a sua nefrotoxicidade atingindo não somente o sistema tubular renal, como também as células do mesangio glomerular, fazendo-se necessário um maior aporte de estudos experimentais para esclarecer qual o nível de alerta da concentração de mercúrio é capaz de desencadear mecanismos de agressão e injúria renal em indivíduos expostos ao metilmercúrio.
  • HELENO RAMOS MASSOUD JUNIOR
  • ANÁLISE MORFOLÓGICA in vitro DA AÇÃO DE ANTIFÚNGICOS EM CEPAS DE Fonsecaea pedrosoi
  • Data: 21/02/2014
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  • A cromoblatomicose (CBM) é uma doença causada por implantação transcutânea de várias espécies de fungos melanizados. O estado do Pará é a principal área endêmica do país, sendo Fonsecaea pedrosoi o principal agente etiológico. O tratamento desta doença não é padronizado e diversas formas de intervenção são relatadas na literatura. Por outro lado, os testes de susceptibilidade in vitro aos fármacos antifúngicos podem ajudar na escolha do esquema terapêutico e na identificação de cepas resistentes. Este trabalho tem como objetivo avaliar a susceptibilidade in vitro ao itraconazol (ITZ), ao cetoconazol, (CTZ), ao fluconazol (FCZ) e a terbinafina (TBF) em 20 isolados clínicos de Fonsecaea pedrosoi, bem como as possíveis alterações morfológicas induzidas por ITZ ou TBF na Concentração Inibitória Mínima (CIM) e em altas concentrações. Os testes de susceptibilidade foram conduzidos de acordo com as recomendações do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI, documento M38-A2). As concentrações finais de ITZ, TBF e CTZ em cada teste variaram de 16 a 0.03 μg/mL e de 64 a 0.125 μg/mL para o FCZ. A CIM para cada fármaco utilizado foi obtida após cinco dias de incubação a 30°C, sendo definida como a mínima concentração do fármaco capaz de reduzir em 100% o crescimento visual do fungo quando comparado com o grupo controle. O ITZ demonstrou ser o fármaco mais efetivo in vitro contra conídios de F. pedrosoi (CIM 90= 1μg/mL). A TBF apresentou baixa atividade in vitro, com 70% das cepas apresentando CIM ≥ 0.5 μg/mL. Quando se analisa morfologicamente os conídios tratados com a CIM para ITZ observa-se um aumento no diâmetro celular, a presença de conídios em processo de divisão e formação de pequenas cadeias. Na maior concentração do teste de susceptibilidade (16 μg/mL) observou-se a irregularidade no contorno celular, o desprendimento de material pigmentado da parede celular e a vacuolização. Em 32 μg/mL e 64 μg/mL notou-se a ruptura da parede celular e conídos amorfos. Não foram observadas - em nenhuma das concentrações analisadas - alterações morfológicas significativas induzidas pela TBF. Além disso, a 5-Fluorocitosina (5-FC) e o FCZ não impediram o crescimento dos conídios, mesmo em altas concentrações. No entanto, alterações ultraestruturais foram notadas após tratamento com 5-FC 64 μg/mL. Portanto, sugere-se um comportamento morfológico diferente de conídios frente ao ITZ ou TBF durante os testes de susceptibilidade in vitro. Em síntese, dentre os fármacos estudados, ITZ apresentou a melhor atividade antifúngica in vitro, enquanto a 5-FC somente provocou alterações estruturais em hifas e conídios na mais alta concentração utilizada no estudo.
  • SUSAN BEATRIZ BATISTA DE OLIVEIRA
  • Perfil de suscetibilidade antifúngica e fatores de virulência de leveduras isoladas de onicomicose de pacientes atendidos no Laboratório central do Estado do Pará (LACEN).
  • Data: 21/02/2014
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  • Introdução: Onicomicoses são infecções ungueais causadas por fungos, podendo ser causadas por dermatófitos, leveduras e fungos filamentosos não dermatófitos. O diagnóstico de leveduras como agente de onicomicose tem aumentado significativamente, tal evidência tem sido atribuída ao crescente número de indivíduos imunocomprometidos e transplantados, ao aumento do uso de drogas antibacterianas de amplo espectro, à fatores genéticos, tendências atópicas e ao aumento da vida média da população. O objetivo principal do trabalho foi determinar o perfil de suscetibilidade antifúngica e alguns dos fatores de virulência de leveduras causadoras de onicomicoses. Métodos e Resultados: Foram estudadas 100 amostras de raspado ungueal semeadas em Agar Sabouraud com cloranfenicol e em Agar Mycosel. A identificação e o teste de suscetibilidade antifúngica (fluconazol, anfotericina B, fluocitocina e voriconazol) foram realizados através do método automatizado Vitek 2 e visando a pesquisa dos fatores de virulência para detecção de fosfolipase e proteinase foram utilizados os meios com emulsão de ovo a 50% e o ágar BSA (Bovine Serum Albumin), respectivamente. Das 100 amostras coletadas, 57 (57%) foram positivas no exame micológico direto e 42 (42%) na cultura. Dos isolados, 29 (69%) eram Candida parapsilosis, 8 (19%) C. albicans, 3 (7,2%) C. haemulonii, 1 (2,38%) C. lusitanea e 1 (2,38%) C.tropicalis. Todas as espécies de C. albicans, C. lusitanea e C. tropicalis foram sensíveis aos antifúngicos. As espécies de C. parapsilosis apresentaram resistência em 6 (20,7%) cepas ao fluconazol, e em 3 (10,34%) ao voriconazol. C. haemulonii apresentou resistência em 1 (33,33%) cepa ao fluconazol, 1 (33,33%) a flucitosina, 1 (33,33%) ao voriconazol e 3 (100%) à anfotericina B. Os Fatores de resistência, fosfolipase e proteinase, estiveram presentes somente nas espécies de C. albicans com positividade de 87,5% e 50% respectivamente. Conclusão: A espécie C. parapsilosis é um agente emergente de onicomicose, apresentando cepas resistentes aos antifúngicos. C. haemulonii apresentou perfil multirresistente. C. albicans, ainda que sensível a todos os fármacos testados foi a única espécie que apresentou os fatores de virulência estudados.
  • NATALIA PONTES LIMA
  • Caracterização dos efeitos do extrato de folhas de Swietenia macrophylla em modelo experimental de doença de Parkinson.
  • Data: 13/02/2014
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  • Estudos prévios indicam que o extrato de folhas de mogno Swietenia macrophylla possui composição química rica em substâncias antioxidantes com efeito neuroprotetor em cultura. Um dos principais mecanismos envolvidos na neurodegeração da Doença de Parkinson (DP) é o estresse oxidativo. Portanto, substâncias antioxidantes são candidatas potenciais para terapias que retardem o processo neurodegenerativo da doença. Este estudo tem por objetivo caracterizar os efeitos do extrato de folhas de mogno frente à degeneração nigroestriatal e alterações comportamentais de camundongos expostos a uma única injeção intraestriatal de 6-OHDA unilateralmente. Foram utilizados camundongos machos, os quais foram submetidos à cirurgia estereotáxica para a injeção de 20 μg de 6-OHDA no estriado esquerdo. Os animais foram subdivididos em 4 grupos, de acordo com a dose de extrato de mogno administrada. O extrato foi aplicado por via intraperitoneal nos 7 primeiros dias após a injeção de 6-OHDA nas doses de 0,0 (controle), 0,5 (G1), 1,0 (G2) e 5,0 mg/kg (G3). O grupo controle (GC) recebeu injeções de salina a 0,9% (veículo). Foi feita análise da ambulação no campo aberto antes, no 7º e no 21º dias e do número de rotações induzidas por apomorfina no 7º e no 21º dias após a cirurgia. Avaliação da neurodegeneração foi realizada através da contagem de neurônios dopaminérgicos TH+ na substância negra por estereologia. Como resultado, encontrou-se diferença estatisticamente significativa no 21º dia, onde os grupos G2 e G3 apresentaram redução no comportamento ambulatório em relação aos grupos G1 e GC; este dois últimos tiveram comportamento ambulatório equivalente entre si. Em relação às rotações induzidas por apomorfina, no 21º dia, o G1 apresentou média de rotações significativamente menor do que os grupos GC, G2 e G3. Na contagem de células, G1 apresentou diminuição na perda dos neurônios dopaminérgicos estatisticamente significativa em relação ao controle. Assim, concluímos que o extrato de mogno na concentração de 0,5 mg/kg promoveu neuroproteção na neurodegeneração do sistema nigroestriatal induzida por 6-OHDA.
  • SANDERSON CORREA ARAUJO
  • ATIVIDADE ANTIINFLAMATÓRIA E NEUROPROTETORA DA EDARAVONA NO CÓRTEX SENSÓRIOMOTOR PRIMÁRIO DE RATOS ADULTOS SUBMETIDOS À ISQUEMIA FOCAL EXPERIMENTAL.

  • Data: 12/02/2014
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  • O acidente vascular encefálico (AVENC) é uma desordem neural iniciada a partir da redução ou interrupção do fluxo sanguíneo, tornando inadequada a demanda energética para a região, promovendo assim um dano tecidual. O AVENC é classificado em hemorrágico ou isquêmico. O AVENC isquêmico tem maior prevalência e pode ocorrer por trombose ou embolismo. A patologia isquêmica tem múltiplos eventos interrelacionados como excitotoxicidade, despolarização periinfarto, estresse oxidativo e nitrosativo, inflamação e apoptose. Um elemento de fundamental importância na patologia isquêmica é a célula microglial, cuja atividade está intimamente ligada à progressão do ambiente lesivo. Uma alternativa terapêutica no tratamento do AVENC é um pirazolona denominada Edaravona. O presente trabalho avaliou a o efeito neuroprotetor da Edaravona na dose de 3mg/kg no córtex sensóriomotor primário após lesão isquêmica focal. A indução isquêmica foi induzida através da administração de 40pM do peptídeo vasoconstritor endotelina 1 diretamente sobre o córtex sensóriomotor primário. Foram avaliados animais tratados com Edaravona (N=10) e animais tratados com Água Destilada (N=10) nos tempos de sobrevida 1 e 7 dias após o evento isquêmico. O tratamento com edaravona evidenciou através da análise histopatológica com violeta de cresila uma redução de 49% e 66% na área de infarto nos animais nos tempo de sobrevida 1 e 7 dias respectivamente. Os estudos imunohistoquímicos para micróglia/macrófagos ativos (ED1+) demostraram uma redução na presença de células ED1+ em 35% e 41% para os tempos de sobrevida 1 e 7 dias respectivamente. A redução na presença de neutrófilos (MBS-1+) foi significativa apenas nos animais com tempo de sobrevida de 24h onde se observou a redução em 56% na presença dessas células. A análise estatística foi feita por análise de variância com correção a posteriori de Tukey com p <0,05.

  • GABRIELA SANTOS ALVAREZ SAMPAIO
  • SINTOMAS NÃO MOTORES NA DOENÇA DE PARKINSON: MODELO DE LESÃO INTRAESTRIATAL POR 6-OHDA EM CAMUNDONGOS
  • Data: 10/02/2014
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  • A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum em idosos, caracterizada pela neurodegeneração de neurônios dopaminérgicos da substância negra (SN), com etiologia não claramente estabelecida, entretanto as causas podem estar associadas a exposição de toxinas ambientais e fatores genéticos. Os processos patológicos envolvidos na DP são disfunção mitocondrial, estresse oxidativo, inflamação e excitotoxicidade. A sintomatologia da DP são alterações motoras, cognitivas e autonômicas. Contudo, poucos estudos analisam os sintomas não-motores da DP, principalmente em modelos animais. Nesse contexto o objetivo deste trabalho foi avaliar sintomas não-motores da DP em modelo animal com lesão provocada pela neurotoxina 6-hidroxidopamina com duas doses diferentes, injetadas bilateralmente no estriado. Para alcançar nossos objetivos realizamos os testes de campo aberto, apomorfina, labirinto aquático de Morris e testes de discriminação olfativa, além de análises histológicas. Nossos resultados mostraram alterações motoras, déficits de memória e aprendizado, associadas a diminuição de células dopaminérgicas na SN, neurônios estriatais e neurônios da região hipocampal CA1. Dessa forma, esse modelo para os sintomas não-motores da DP pode ser utilizado para a compreensão dos mecanismos que envolvem a doença, assim como para avaliar medidas terapêuticas que possam retardar ou interromper a progressão da DP.
  • LANE VIANA KREJCOVA
  • INFLUÊNCIAS DO TAMANHO DA NINHADA E DA ATIVIDADE FÍSICA SOBRE A PLASTICIDADE GLIAL NA FORMAÇÃO HIPOCAMPAL EM MODELO MURINO
  • Data: 07/02/2014
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  • Estudos anteriores demonstraram efeitos importantes do estresse perinatal no desempenho cognitivo na vida adulta e durante o envelhecimento. Entretanto permanece por ser estudado em detalhe como o exercício físico em diferentes fases da vida contribui para reduzir esses déficits. Isso é particularmente verdadeiro quando se trata de documentar as alterações da matriz extracelular e das células da glia, largamente ignoradas nesses estudos. Assim o objetivo geral do presente trabalho é o de investigar as possíveis influências do tamanho da ninhada e da atividade física sobre a memória de reconhecimento de objetos na vida adulta e possíveis alterações associadas à plasticidade glial e da matriz extracelular da formação hipocampal em modelo murino. Para alcançar esses objetivos alteramos o tamanho da ninhada de ratos Wistar de modo a acentuar o grau de competição entre os filhotes por tetas funcionais e diminuir a quantidade de cuidado materno por indivíduo. Durante o período de aleitamento quantificamos o cuidado materno em ninhadas de diferentes tamanhos. Em várias janelas temporais submetemos grupos selecionados de sujeitos ao exercício em esteira durante 5 semanas adotando o mesmo protocolo de treinamento. Após o exercício alguns grupos de animais adultos e senis foram submetidos ao teste de memória de reconhecimento de objetos que é dependente do hipocampo, sendo sacrificados e processados para imunohistoquímica seletiva para micróglia. Outros grupos de animais adultos não submetidos aos testes comportamentais foram igualmente sacrificados sendo um dos hemisférios empregado para registro de parâmetros difusionais no hipocampo enquanto que o outro foi empregado para imunohistoquímicas seletivas para astrócitos, células NG2 e reelina. Encontramos que o aumento do tamanho da ninhada está relacionado à redução do cuidado materno, ao declínio cognitivo, à proliferação e alteração da morfologia microglial, astrocitária e de células NG2 positivas, assim como às alterações nos padrões de difusão encontradas no tecido hipocampal. Além disso que tais alterações podem ser revertidas pelo menos de forma parcial pela atividade física e que esse efeito é tanto maior quanto mais jovem é o sujeito. O envelhecimento agrava as alterações morfológicas microgliais induzidas pelo aumento do tamanho da ninhada e reduz o desempenho nos testes de memória de reconhecimento de objeto. Os mecanismos moleculares associados a esses efeitos permanecem por ser investigados.
  • LUANA MELO DIOGO DE QUEIROZ
  • "TOXICIDADE IN VITRO E IN VIVO DO ORTOBENZAMOL, ANÁLOGO DO PARACETAMOL"
  • Data: 23/01/2014
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  • O paracetamol (PAR) é um dos medicamentos de venda livre mais utilizado em todo o mundo. A sua popularidade se deve, principalmente, às suas atividades analgésicas e antitérmicas semelhantes a dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs). Entretanto, têm sido demonstrado em estudos pré clínicos e clínicos, que doses elevadas do PAR produzem toxicidade hepática e/ou renal. No intuito de minimizar a toxicidade do PAR e obter melhor atividade analgésica e anti-inflamatória, um estudo prévio realizou modificações na estrutura química do PAR por modelagem molecular, dando origem ao ortobenzamol (OBZ) - análogo do PAR. Este composto demonstrou melhores resultados teóricos para as atividades analgésica e anti-inflamatória e ainda, menor toxicidade quando comparado ao paracetamol. Assim, o OBZ foi sintetizado e avaliado em modelos de nocicepção e inflamação em animais. O estudo demonstrou atividade analgésica central do OBZ, com potência superior ao PAR. Além disso, nos testes de inflamação essa droga apresentou inibição significativa no processo inflamatório. Entretanto, para que o OBZ possa ser considerado uma alternativa terapêutica nova e importante para o tratamento da dor e/ou da inflamação é necessário determinar sua toxicidade. Assim, este estudo se propõe avaliar a toxicidade in vitro e in vivo do OBZ e, compará-la com a do PAR. Para isso, a neurotoxicidade foi avaliada in vitro em culturas primárias de neurônios corticais, através de ensaios de viabilidade celular, determinação dos níveis de glutationa total e reduzida, assim como a possível capacidade neuroprotetora frente ao estresse oxidativo. Foram realizados estudos in vivo em camundongos, iniciados pela determinação da dose efetiva mediana (DE50) do PAR, a fim de compará-la com a do OBZ nos modelos de toxicidade estudados. Realizou-se a determinação da toxicidade aguda e, avaliaram-se alterações nos parâmetros hematológicos através do hemograma, leucograma e plaquetograma. A possível disfunção hepática e renal foi determinada, por meio da análise dos níveis plasmáticos das enzimas aspartato aminotransferase (AST), de alanina aminotransferase (ALT), gama glutamiltransferase (GGT) e, da creatinina no sangue. Finalmente, também foi determinado o estresse oxidativo hepático e cerebral pela análise dos níveis de nitritos e peroxidação lipídica. Assim, obtivemos o perfil de toxicidade do OBZ para avaliar se seria adequado como alternativa terapêutica ao PAR.
  • LILIANE DIAS E DIAS DE MACÊDO
  • ESTUDO EXPLORATÓRIO COMPARATIVO DO DECLÍNIO COGNITIVO SENIL APÓS ESTIMULAÇÃO MULTISSENSORIAL E COGNITIVA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E NÃO INSTITUCIONALIZADOS
  • Data: 21/01/2014
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  • O objetivo do presente trabalho foi investigar, empregando testes neuropsicológicos selecionados, a duração dos efeitos benéficos do programa de estimulação multissensorial e cognitiva realizado em idosos vivendo em instituições de longa permanência ou em comunidade. Os participantes do estudo foram idosos institucionalizados (n=20, 75,1 ± 6,8 anos de idade) e não institucionalizados (n=15, 74,1 ± 3,9 anos de idade), com 65 anos de idade ou mais, sem histórico de traumatismo crânio-encefálico, acidente vascular encefálico ou depressão primária, acuidade visual mínima 20/30 mensurada pelo Teste de Snellen e que participaram regularmente do Programa de Estimulação Multissensorial e Cognitiva. Foram realizadas reavaliações em cinco períodos (2, 4, 6, 8 e 12 meses) após a finalização da intervenção multissensorial e cognitiva. Para isso empregou-se o Mini Exame do Estado Mental (MEEM); nomeação de Boston; fluência verbal semântica (FVS) e fonológica (FVF), testes da Bateria Montreal de Avaliação da Comunicação (MAC), Teste de Narrativa “Roubo de Biscoitos” e testes neuropsicológicos selecionados da Bateria Cambridge (CANTAB) incluindo: Triagem Motora (Motor Screening – MOT); Processamento Rápido de Informação Visual (Rapid Visual Information Processing – RVP); Tempo de Reação (Reaction Time - RTI); Aprendizagem Pareada (Paired Associates Learning - PAL); Memória de Trabalho Espacial (Spatial Working Memory - SWM) e Pareamento com Atraso (Delayed matching to sample - DMS). Os resultados apontaram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos revelando taxa de declínio cognitivo maior nos idosos institucionalizados. Esses resultados confirmam sugestão anterior de que o ambiente pobre de estímulos somato-motores e cognitivos das instituições de longa permanência aceleram o declínio cognitivo senil. Além disso, a análise das curvas ROC seguido dos cálculos de sensibilidade, especificidade e eficiência para cada teste revelou que os testes da bateria CANTAB para memória e aprendizado espacial pareado assim como para memória espacial de trabalho permitiram a distinção entre os grupos I e NI em todas janelas de reavaliação. Os resultados demonstraram que uma vez cessado o programa de estimulação, se observa em ambos os grupos declínio cognitivo progressivo, com perdas mais precoces e mais intensas nos idosos institucionalizados do que naqueles vivendo em comunidade com suas famílias. Além disso, observou-se que a duração dos efeitos benéficos sobre o desempenho nos testes neuropsicológicos de ambos os grupos é heterogêneo, e que os efeitos de proteção guardam relação estreita com a natureza das oficinas. Por conta disso os escores dos testes de linguagem declinaram mais lentamente. Os resultados reúnem evidências que permitem a recomendação de programas regulares de estimulação somatomotora e cognitiva para idosos institucionalizados com o intuito de promover a redução da taxa de progressão do declínio cognitivo senil.
  • DANIEL GUERREIRO DINIZ
  • INFLUÊNCIAS DA IDADE E DO AMBIENTE SOBRE O CURSO TEMPORAL DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA DENGUE ACENTUADA POR ANTICORPO HETERÓLOGO EM MODELO MURINO: ENSAIOS COMPORTAMENTAIS E HISTOPATOLÓGICOS
  • Data: 03/01/2014
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  • Por conta de que o ambiente enriquecido (AE) aumenta a atividade de células T e contribuí para imunopatogênese durante as infecções heterólogas do vírus da dengue (VDEN), nós hipotetizamos que animais que crescem em AE em comparação com animais que crescem em ambiente padrão (AP), ao serem infectados pelo vírus da dengue, desenvolveriam formas mais graves da doença. Além disso, como os animais velhos apresentam menor declínio funcional em células T de imunidade adaptativa, testamos a hipótese de que camundongos AE velhos ao serem infectados pelo vírus da dengue apresentariam maior taxa de mortalidade do que animais AP pareados por idade, e isso estaria associado à maior hiperplasia dos linfócitos T. Para testar essas hipóteses implantamos regime de inoculações múltiplas em animais adultos de 9 e 18 meses de idade. Dois regimes de inoculação foram testados: inoculações múltiplas de homogeneizado cerebral infectado por um único sorotipo (IUS) ou inoculações alternadas daquele homogeneizado e de anticorpo heterólogo (ICAH). Em ambos os casos foram feitas inoculações múltiplas intraperitoneais encontrando-se diferenças significativas no curso temporal da doença nos animais submetidos a um ou outro regime de inoculação. Comparado ao grupo ICAH para o qual detectou-se diferenças significativas entre os grupos AE e AP (Kaplan-Meyer log-rank test, p = 0,0025), não foram detectadas diferenças significativas entre os grupos experimentais AP e AE submetidos ao regime IUS (Kaplan-Meyer log-rank test, p = 0,089). As curvas de sobrevivência dos grupos AE e AP sob o regime ICAH foram estendidas após a injeção de glicocorticoides reduzindo-se os sintomas e o número de mortes e esse efeito foi maior no grupo AE do que no AP (Kaplan-Meyer log-rank test, p = 0,0162). No regime ICAH, o grupo AE mostrou sinais clínicos mais intensos do que o AP e isso incluiu dispneia, tremor, postura encurvada, imobilidade, paralisia pré-terminal, choque e eventual morte. Comparado ao grupo AP, o grupo AE independentemente da idade apresentou maior mortalidade e sinais clínicos mais intensos. Esses sinais clínicos mais intensos nos animais do ambiente enriquecido submetidos ao regime ICAH foram associados à maior hiperplasia de linfócitos T no baço e maior infiltração dessas células no fígado, pulmões e rins. Embora a hiperplasia linfocítica e a infiltração tenham se mostrado mais intensas nos animais velhos do que nos jovens, a imunomarcação para os antígenos virais nos mesmos órgãos foi maior nos jovens VII do que nos velhos. A presença do vírus nos diferentes órgãos alvo foi confirmada por PCR em tempo real. Tomados em conjunto os resultados sugerem que o ambiente enriquecido exacerba a resposta inflamatória subsequente à infecção por dengue acentuada por anticorpo heterólogo, e isso está associado à sintomas clínicos mais intensos, maior taxa de mortalidade e ao aumento da expansão de células T. Os ensaios comportamentais e histopatológicos do presente trabalho permitiram testar e validar novo modelo murino imunocompetente para estudos em dengue permitindo testar numerosas hipóteses oriundas de estudos epidemiológicos e in vitro.
2013
Descrição
  • DEBORAH MARA COSTA DE OLIVEIRA
  • TRIAGEM DE CINCO ESPÉCIES DE PLANTAS MEDICINAIS USADAS NA AMAZÔNIA ATRAVÉS DA ANALISE DE SECREÇÃO DE HISTAMINA
  • Data: 20/12/2013
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  • A Organização Mundial de Saúde recomenda o estudo e o uso de plantas medicinais regionais, como fonte de recursos para diminuir os custos dos programas de saúde pública e ampliar o número de beneficiários, sobretudo em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Na Amazônia, a prática da fitoterapia já é parte integral da cultura tradicional, mas em muitas ocasiões existe uma profunda carência de conhecimento científico sobre o efeito dessas plantas. Portanto se torna essencial o estudo com base científica que justifique ou não a indicação dessas plantas para o tratamento ou prevenção doenças. Nesse contexto, as doenças alérgicas são a segunda maior complicação que afeta significativamente a qualidade de vida da população. Nas alergias, os mastócitos são células efetoras chaves participando através da liberação de diversos mediadores pró-inflamatórios, entre eles a histamina. A estabilização de mastócitos e, portanto a inibição da liberação de histamina seria um fator primordial na prevenção e/ou controle das alergias. Assim o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial antialérgico de 5 espécies oriundas ou adaptadas na Amazônia Connarus perrottetii var. angustifolius (Radlk) (barbatimão do pará), Fridericia chica (Bonpl.) L.G. Lohmann (pariri), Luehea speciosa Willd (açoita cavalo), Morinda citrifolia Linn (noni) e Mansoa alliacea (Lam.) A.H. Gentry (cipó d´alho) através da análise de secreção de histamina. Foi realizada a prospecção fitoquímica de extratos brutos etanólicos a 70% de cada espécie de planta (fruto, folhas e/ou casca) e avaliada a liberação de histamina de mastócitos peritoneais de rato incubados in vitro com diferentes concentrações dos extratos e/ou com agentes secretores (composto 48/80 e ionóforo A23187). O presente trabalho monstra pela primeira vez a ação inibitória dessas cinco plantas medicinais sobre a liberação de histamina. Dentre essas 5 plantas, o extrato que demonstrou um efeito mais potente foi o da casca da Connarus perrottetii var. angustifolius (Radlk). Um estudo mais aprofundado desse extrato revelou uma baixa toxicidade aguda e a ausência de genotoxicidade, o que apoiaria seu uso como planta medicinal. As frações aquosa, hexânica e de acetato de etila desse extrato também apresentaram potente efeito inibitório sobre a liberação induzida de histamina. A análise fitoquímica por cromatografia de camada delgada revelou a presença de taninos condensados, catequinas e flavonoides que poderiam ser os responsáveis por esses potentes efeitos Mediante os resultados obtidos, novas bases científicas são formadas para elucidação das informações etnofarmacológicas de plantas tradicionalmente utilizadas na região amazônica. Assim, a possibilidade de investigar alternativas terapêuticas com estes extratos, contra as afeções alérgicas ou condições em que a secreção de mastócitos seja relevante, pode favorecer sobretudo a populações de baixa renda e que habitam áreas com acesso restrito aos centros de saúde, como muitas vezes ocorre na Amazônia, mas que por outro lado tem acesso direto às plantas medicinais.
  • BRUNA CLAUDIA MEIRELES KHAYAT
  • AVALIAÇÃO DE POLIMORFISMOS DE GENES RELACIONADOS AO METABOLISMO DE XENOBIÓTICOS EM PACIENTES COM FISSURA LABIOPALATINA NO ESTADO DO PARÁ
  • Data: 20/12/2013
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  • Fissura lábio palatina ou orofaciais é um dos mais frequentes defeitos congênitos existentes e vários estudos relacionam essa malformação a causas multifatoriais. Entre estas causas estão as ambientais, tais como, hábitos etílicos e tabagistas maternos, assim como o uso de agrotóxico. A resposta do embrião humano a agentes teratogênicos é bem conhecida. Estas respostas podem ser investigadas a partir da análise de polimorfismos em genes metabolizadores de xenobióticos, que podem estar relacionados à etiogênese de fissuras lábio palatinas. O Objetivo do nosso estudo foi analisar polimorfismos em sete genes, PON1 (rs662), PON1 (rs854560), MTHFD1, CYP2E1, EPHX1, ABCB1, AHR, onde uma análise correlativa com fatores ambientais, como exposição a agrotóxicos foi realizada, a fim de avaliar se existe ou não influência das diferentes variantes polimórficas e tais interações ambientais na etiogênese das fissuras lábio palatinas. O número total de amostras analisadas foi de 166 indivíduos, sendo 83 pacientes acometidos por fissura e 83 mães dos mesmos. Os testes realizados foram, o teste de Regressão Logística Multipla, Qui-quadrado e Teste Exato de Fisher. Com nível de significância a ser considerado será p ≤ 0,05. Nosso resultado consiste de quatro análises diferentes, para cada polimorfismo. Inicialmente, observamos as diferenças entre as frequências genotípicas encontradas nos acometidos e nas mães destes e aquelas das populações de indivíduos hígidos. Isto visando encontrar diferenças entre estes genótipos que possam justificar a gênese das FLP, frente à exposição das mães, e intrauterinamente, dos filhos ao agrotóxico. Num segundo momento, verificamos se houveram diferenças entre os genótipos maternos e dos acometidos, que pudessem representar diferenças significativas entre estes dois grupos de indivíduos (pois as mães, independentemente da exposição ao agrotóxico, poderiam ter FLP, caso o genótipo fosse de elevada importância) e que possam ter relação com a FLP.Em uma terceira análise, observamos se os genótipos encontrados nos indivíduos que apresentam FLP, estão relacionados à exposição relatada aos agrotóxicos, como fator etiológico destas más formações.Em ultima análise, visamos, por análise de regressão, verificar se a característica genotípica desses alvos de estudo, possa ter influenciado no fenótipo do tipo de fissura, seja somente labial, seja palatal ou labiopalatal.A distribuição dos tipos de fissuras entre os acometidos foi de 12% para fissuras somente labiais, 19% para fissuras somente palatais e 69% das fissuras em nosso grupo amostral atingiam o lábio e o palato.Entres as mães envolvidas no estudo, 25% declarou ter contato cotidianamente com agrotóxicos, incluindo-se o período de gravidez e parto dos indivíduos com FLP. A distribuição encontradas em nossas amostras, de frequências genotípicas referentes aos polimorfismos das enzimas envolvidas, entre outras coisas, no metabolismo dos agrotóxicos, assim como as frequências populacionais provindas de bancos de dados - HapMap e SNP500Cancer - sobre as variações humanas (NCBI, 2013) ) estão dispostos nas tabelas 3 a 9 contidas no texto.
  • VALNEY MARA GOMES CONDE
  • MODULAÇÃO NITRÉRGICA NA REGULAÇÃO OCITOCINÉRGICA DA SECREÇÃO DO PEPTÍDEO NATRIURÉTICO ATRIAL EM CARDIOMIÓCITOS
  • Data: 18/12/2013
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  • CONDE, V. M. G. Modulação Nitrérgica na Regulação Ocitocinérgica da Secreção do Peptídeo Natriurético Atrial em Cardiomiócitos. 2013. 83 f. Tese (Doutorado). Instituto de Ciências Biológicas – Universidade Federal do Pará, Belém, 2013. Historicamente conhecida por suas ações sobre o sistema reprodutor, hoje se sabe que a ocitocina (OT) também pode contribuir para a regulação da homeostase cardiovascular e hidroeletrolítica. A OT é produzida nos núcleos supra-óptico e paraventricular do hipotálamo e liberada para o plasma a partir de terminais neurais da pituitária posterior, no entanto, muitos estudos identificaram locais extra-cerebrais de produção OT, incluindo o coração e o endotélio vascular. A ativação de seus receptores em células endoteliais, bem como em sistemas hipotalâmicos/hipofisários e cardíaco, pode resultar na produção de óxido nítrico (NO). O presente trabalho teve como objetivo verificar o papel do NO na regulação da secreção de peptídeo natriurético atrial (ANP) estimulada por OT em cultura primária de cardiomiócitos de embriões de camundongos. Para tal, corações de embriões de camundongos Balb C, com 19 a 21 dias de vida intra-uterina, foram isolados e cultivados para os ensaios com OT e demais substâncias interferentes na síntese de NO e GMPc seu segundo mensageiro. A adição de concentrações crescentes de OT (0.1, 1, 10 e 100 μM) induziu aumento proporcional na secreção de ANP e nitrato para o meio, confirmando a ação estimuladora da OT em cardiomiócitos. O bloqueio da liberação de ANP estimulada por OT (10 μM) foi observada após adição de Ornitina Vasotocina (CVI-OVT) (100 μM), um antagonista específico de OT. Este antagonista inibiu a secreção basal de ANP, quando adicionado individualmente, sugerindo que a OT pode atuar via mecanismo autócrino, tônico estimulatório sobre a secreção de ANP. Amplificação da secreção de ANP estimulada por OT (10 μM) foi observada após sua associação com L-NAME, um inibidor da sintase de óxido nítrico (NOS) (600 μM), e ODQ (100 μM), um inibidor da guanilato ciclase solúvel, sugerindo a ocorrência de feedback negativo nitrérgico na liberação de ANP estimulada por OT no cardiomiócito. Os resultados obtidos mostraram modulação nitrérgica inibidora sobre a secreção de ANP estimulada por OT.
  • GEANNY PEREIRA DA SILVA
  • ANÁLISE DE ALTERAÇÕES NO NÚMERO DE CÓPIAS
    ENVOLVENDO OS CROMOSSOMOS 1p E 22 EM MENINGIOMAS
    DE BAIXO GRAU

  • Data: 13/12/2013
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  • Os meningiomas constituem o segundo tipo de tumor primários cerebral mais comum,
    originando-se nas meninges que revestem o cérebro e a medula espinhal. Possuem
    crescimento lento, sendo encontrados com maior freqüência no SNC. Na maioria dos
    casos são benignos, porém há também casos de meningiomas classificados como
    malignos. No nível citogenético, os meningiomas são os tumores mais bem estudados
    em humanos, e os resultados demonstraram que as alterações mais frequentes nesse tipo
    de tumor tem sido a perda de uma cópia do cromossomo 22 e a deleção do braço curto
    do cromossomo 1. Essas alterações têm sido associadas ao processo de gênese tumoral,
    por serem características de tumores de baixo grau, principalmente deleções envolvendo
    o cromossomo 22. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi analisar a
    recorrência de alterações no número de cópias (CNAs) envolvendo os cromossomos 1p
    e 22 em meningiomas de grau I e II, além de averiguar a existência de outros rearranjos
    recorrentes, por meio da análise genômica comparativa de alta resolução (array-CGH).
    As amostras analisadas foram provenientes de oito pacientes. Todas as amostras
    apresentaram ganhos e perdas de diversos segmentos cromossômicos. Com exceção de
    um caso, todos os outros apresentaram em maior ou menor grau mais deleções do que
    amplificações. A perda de segmentos localizados em 1p foi observada em todas as
    amostras analisadas. Algumas CNAs apresentaram recorrência em até seis dos oito
    casos. O cromossomo 22 apresentou CNAs em todas as amostras, mas a monossomia
    total só foi observada em duas das oito amostras. A análise global de CNAs em todas as
    amostras demonstrou que, apesar de alterações em 1p e 22 serem as modificações mais
    observadas, como o esperado, outras regiões genômicas também se apresentaram
    modificadas em várias amostras, apontando para um possível envolvimento dessas
    modificações com o processo de tumorigênese e progressão tumoral. Algumas delas,
    como alterações nos pares 9, 12 e 17, já foram observadas em outros trabalhos e foram
    correlacionadas com meningiomas atípicos e anaplásicos. Dessa forma, os dados
    obtidos apontam para a existência de um número maior de alterações genômicas em
    meningiomas de baixo grau, refutando, em parte, a afirmação de que esses tumores são
    caracterizados por um pequeno número de alterações quando comparados com tumores
    de malignidade maior. No entanto, o fato desses tumores apresentarem as alterações que
    são clássicas dos meningiomas, mesmo os benignos, como as deleções em 1p e em 22q,
    pode ser um indício de que estas alterações devem estar ligadas com os eventos iniciais
    destes meningiomas, como já foi sugerido diversas vezes por outros autores.
    Concluindo, essas alterações permanecem como marcadores importantes em
    meningiomas, e as relações dessas e outras CNAs com a resposta a diferentes
    tratamentos e ocorrência de recidivas devem ser o próximo passo após a caracterização
    citogenômica baseada em array-CGH.

  • GEANNY PEREIRA DA SILVA
  • ANÁLISE DE ALTERAÇÕES NO NÚMERO DE CÓPIAS
    ENVOLVENDO OS CROMOSSOMOS 1p E 22 EM MENINGIOMAS
    DE BAIXO GRAU

  • Data: 13/12/2013
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  • Os meningiomas constituem o segundo tipo de tumor primários cerebral mais comum,
    originando-se nas meninges que revestem o cérebro e a medula espinhal. Possuem
    crescimento lento, sendo encontrados com maior freqüência no SNC. Na maioria dos
    casos são benignos, porém há também casos de meningiomas classificados como
    malignos. No nível citogenético, os meningiomas são os tumores mais bem estudados
    em humanos, e os resultados demonstraram que as alterações mais frequentes nesse tipo
    de tumor tem sido a perda de uma cópia do cromossomo 22 e a deleção do braço curto
    do cromossomo 1. Essas alterações têm sido associadas ao processo de gênese tumoral,
    por serem características de tumores de baixo grau, principalmente deleções envolvendo
    o cromossomo 22. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi analisar a
    recorrência de alterações no número de cópias (CNAs) envolvendo os cromossomos 1p
    e 22 em meningiomas de grau I e II, além de averiguar a existência de outros rearranjos
    recorrentes, por meio da análise genômica comparativa de alta resolução (array-CGH).
    As amostras analisadas foram provenientes de oito pacientes. Todas as amostras
    apresentaram ganhos e perdas de diversos segmentos cromossômicos. Com exceção de
    um caso, todos os outros apresentaram em maior ou menor grau mais deleções do que
    amplificações. A perda de segmentos localizados em 1p foi observada em todas as
    amostras analisadas. Algumas CNAs apresentaram recorrência em até seis dos oito
    casos. O cromossomo 22 apresentou CNAs em todas as amostras, mas a monossomia
    total só foi observada em duas das oito amostras. A análise global de CNAs em todas as
    amostras demonstrou que, apesar de alterações em 1p e 22 serem as modificações mais
    observadas, como o esperado, outras regiões genômicas também se apresentaram
    modificadas em várias amostras, apontando para um possível envolvimento dessas
    modificações com o processo de tumorigênese e progressão tumoral. Algumas delas,
    como alterações nos pares 9, 12 e 17, já foram observadas em outros trabalhos e foram
    correlacionadas com meningiomas atípicos e anaplásicos. Dessa forma, os dados
    obtidos apontam para a existência de um número maior de alterações genômicas em
    meningiomas de baixo grau, refutando, em parte, a afirmação de que esses tumores são
    caracterizados por um pequeno número de alterações quando comparados com tumores
    de malignidade maior. No entanto, o fato desses tumores apresentarem as alterações que
    são clássicas dos meningiomas, mesmo os benignos, como as deleções em 1p e em 22q,
    pode ser um indício de que estas alterações devem estar ligadas com os eventos iniciais
    destes meningiomas, como já foi sugerido diversas vezes por outros autores.
    Concluindo, essas alterações permanecem como marcadores importantes em
    meningiomas, e as relações dessas e outras CNAs com a resposta a diferentes
    tratamentos e ocorrência de recidivas devem ser o próximo passo após a caracterização
    citogenômica baseada em array-CGH.

  • LAYZA COSTA RIBEIRO
  • INVESTIGAÇÃO DO EFEITO ICTIOTÓXICO DO EXTRATO ETANÓLICO DA RAÍZ DE SPILANTHES ACMELLA (JAMBÚ) EM ZEBRAFISH ATRAVÉS DA ANÁLISE ELETROFISIOLÓGICA E COMPORTAMENTAL.
  • Data: 09/12/2013
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  • Dentre as várias espécies de plantas medicinais, encontra-se a espécie Spilanthes acmella, conhecida popularmente como jambú que se destaca por apresentar inúmeras aplicações na área da medicina popular. A medicina tradicional recomenda suas folhas e flores na elaboração de infusões no tratamento de anemia, dispepsia, malária, afecções da boca (dor de dente) e da garganta, contra escorbuto e também como antibiótico e anestésico. Sendo seus principais efeitos atribuídos ao espilantol, que é um representante importante das substâncias presentes nessas plantas. Alguns estudos já foram realizados utilizando o espilantol, possibilitando algumas informações da ação dessa substância, como seu efeito e imunomodulador devido sua interação funcional com monócitos, granulócitos e células killers. Porém, ainda não existem estudos eletrofisiológicos acerca de sua ação ictiotóxica, utilizando, por exemplo, o eletroencefalograma para demonstrar sua ação ao nível de Sistema Nervoso Central ou eletromiograma para verificar a ocorrência de sua ação a nível muscular no Zebrafish, evocando a necessidade dessa pesquisa a respeito do assunto. Com base nisso, o presente trabalho objetivou investigar a ação ictiotóxica do extrato etanólico da raiz de Spilanthes acmella em Zebrafish através da análise eletrofisiológica e comportamental. Os resultados mostraram que o extrato etanólico de Spilanthes acmella é um potente indutor de excitabilidade central no zebrafish, sendo isso constatado a partir das mudanças de padrões de atividade elétrica vistas no eletroencefalograma do animal submetido à droga e através do aumento da atividade encefálica visto no espectograma. O extrato também causou alterações, em menor escala, nos traçados eletromiográficos do zebrafish submetido à mesma concentração da droga, com aparecimento de contrações musculares esparsas e de mioclonias breves. Eos achados comportamentais, a partir da delimitação de três estágios de comportamentos, os quais se iniciaram com o aumento da excitabilidade do animal e culminam com a convulsão e morte do peixe, serviram para corroborar com os achados eletrofisiológicos de que o extrato etanólico de Spilanthes acmellaatua como potente droga com ação no sistema nervoso do zebrafish, com atividade convulsivante
  • VLADIMIR DE AQUINO SILVEIRA
  • ENTROPIA CONJUNTA DE ESPAÇO E FREQÜÊNCIA ESPACIAL ESTIMADA ATRAVÉS DA DISCRIMINAÇÃO DE ESTÍMULOS ESPACIAIS COM LUMINÂNCIA E CROMATICIDADE MODULADAS POR FUNÇÕES DE GÁBOR: IMPLICAÇÕES PARA O PROCESSAMENTO PARALELO DE INFORMAÇÃO NO SISTEMA VISUAL HUMANO
  • Data: 06/12/2013
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  • O objetivo deste estudo foi estimar a entropia conjunta do sistema visual humano no domínio do espaço e no domínio das freqüências espaciais através de funções psicométricas. Estas foram obtidas com testes de discriminação de estímulos com luminância ou cromaticidade moduladas por funções de Gábor. A essência do método consistiu em avaliar a entropia no domínio do espaço, testando-se a capacidade do sujeito em discriminar estímulos que diferiam apenas em extensão espacial, e avaliar a entropia no domínio das freqüências espaciais, testando-se a capacidade do sujeito em discriminar estímulos que diferiam apenas em freqüência espacial. A entropia conjunta foi calculada, então, a partir desses dois valores individuais de entropia. Três condições visuais foram estudadas: acromática, cromática sem correção fina para eqüiluminância e cromática com correção para eqüiluminância através de fotometria com flicker heterocromático. Quatro sujeitos foram testados nas três condições, dois sujeitos adicionais foram testados na condição cromática sem eqüiluminância fina e um sétimo sujeito também fez o teste acromático. Todos os sujeitos foram examinados por oftalmologista e considerados normais do ponto de vista oftálmico, não apresentando relato, sintomas ou sinais de disfunções visuais ou de moléstias potencialmente capazes de afetar o sistema visual. Eles tinham acuidade visual normal ou corrigida de no mínimo 20/30. O trabalho foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa do Núcleo de Medicina Tropical da UFPA e obedeceu às recomendações da Declaração de Helsinki. As funções de Gábor usadas para modulação de luminância ou cromaticidade compreenderam redes senoidais unidimensionais horizontais, moduladas na direção vertical, dentro de envelopes gaussianos bidimensionais cuja extensão espacial era medida pelo desvio padrão da gaussiana. Os estímulos foram gerados usando-se uma rotina escrita em Pascal num ambiente Delphi 7 Enterprise. Foi utilizado um microcomputador Dell Precision 390 Workstation e um gerador de estímulos viii CRS VSG ViSaGe para exibir os estímulos num CRT de 20”, 800 x 600 pixels, 120 Hz, padrão RGB, Mitsubishi Diamond Pro 2070SB. Nos experimentos acromáticos, os estímulos foram gerados pela modulação de luminância de uma cor branca correspondente à cromaticidade CIE1931 (x = 0,270; y = 0,280) ou CIE1976 (u’ = 0,186; v’= 0,433) e tinha luminância média de 44,5 cd/m2. Nos experimentos cromáticos, a luminância média foi mantida em 15 cd/m2 e foram usadas duas series de estímulos verde-vermelhos. Os estímulos de uma série foram formados por duas cromaticidades definidas no eixo M-L do Espaço de Cores DKL (CIE1976: verde, u’=0,131, v’=0,380; vermelho, u’=0,216, v’=0,371). Os estímulos da outra série foram formados por duas cromaticidades definidas ao longo de um eixo horizontal verde-vermelho definido no Espaço de Cores CIE1976 (verde, u’=0,150, v’=0,480; vermelho, u’=0,255, v’=0,480). Os estímulos de referência eram compostos por redes de três freqüências espaciais diferentes (0,4, 2 e 10 ciclos por grau) e envelope gaussiano com desvio padrão de 1 grau. Os estímulos de testes eram compostos por uma entre 19 freqüências espaciais diferentes em torno da freqüência espacial de referência e um entre 21 envelopes gaussianos diferentes com desvio padrão em torno de 1 grau. Na condição acromática, foram estudados quatro níveis de contraste de Michelson: 2%, 5%, 10% e 100%. Nas duas condições cromáticas foi usado o nível mais alto de contraste agregado de cones permitidos pelo gamut do monitor, 17%. O experimento consistiu numa escolha forçada de dois intervalos, cujo procedimento de testagem compreendeu a seguinte seqüência: i) apresentação de um estímulo de referência por 1 s; ii) substituição do estímulo de referência por um fundo eqüiluminante de mesma cromaticidade por 1 s; iii) apresentação do estímulo de teste também por 1 s, diferindo em relação ao estímulo de referência seja em freqüência espacial, seja em extensão espacial, com um estímulo sonoro sinalizando ao sujeito que era necessário responder se o estímulo de teste era igual ou diferente do estímulo de referência; iv) substituição do estímulo de ix teste pelo fundo. A extensão espacial ou a freqüência espacial do estímulo de teste foi mudada aleatoriamente de tentativa para tentativa usando o método dos estímulos constantes. Numa série de 300 tentativas, a freqüencia espacial foi variada, noutra série também de 300 tentativas, a extensão expacial foi variada, sendo que cada estímulo de teste em cada série foi apresentado pelo menos 10 vezes. A resposta do indivíduo em cada tentativa era guardada como correta ou errada para posterior construção das curvas psicométricas. Os pontos experimentais das funções psicométricas para espaço e freqüência espacial em cada nível de contraste, correspondentes aos percentuais de acertos, foram ajustados com funções gaussianas usando-se o método dos mínimos quadrados. Para cada nível de contraste, as entropias para espaço e freqüência espacial foram estimadas pelos desvios padrões dessas funções gaussianas e a entropia conjunta foi obtida multiplicando-se a raiz quadrada da entropia para espaço pela entropia para freqüência espacial. Os valores de entropia conjunta foram comparados com o mínimo teórico para sistemas lineares, 1/4π ou 0,0796. Para freqüências espaciais baixas e intermediárias, a entropia conjunta atingiu níveis abaixo do mínimo teórico em contrastes altos, sugerindo interações não lineares entre dois ou mais mecanismos visuais. Este fenômeno occorreu em todas as condições (acromática, cromática e cromática eqüiluminante) e foi mais acentuado para a frequência espacial de 0,4 ciclos / grau. Uma possível explicação para este fenômeno é a interação não linear entre as vias visuais retino-genículo-estriadas, tais como as vias K, M e P, na área visual primária ou em níveis mais altos de processamento neural.
  • FLAVIA MOURA GAIA FARIAS
  • AVALIAÇÃO DO MÉTODO DE FOTOOXIDAÇÃO DO DiI POR DIODO EMISSOR DE LUZ (LED): ASPECTOS MORFOLÓGICOS DE CÉLULAS HORIZONTAIS DA RETINA HUMANA Belém
  • Data: 25/11/2013
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  • A análise da morfologia celular é um aspecto crucial da neurobiologia, pois a relação entre forma e função pode definir os processos fisiológicos na saúde e na doença. Um dos principais métodos para avaliar a morfologia celular é por meio da fotooxidação de marcadores fluorescentes intracelulares, dentre os quais se tem o percloreto de 1,1’-dioctadecil-3,3,3’,3’-tetrametil-indocarbocianina (DiI), uma carbocianina lipofílica que pode marcar células vivas ou fixadas. O DiI foi escolhido para este trabalho devido, dentre outros fatores, à sua importante utilização para estudos de morfologia celular. Como modelo para avaliar a qualidade da fotooxidação do aparelho construído para essa finalidade, elegeu-se as células horizontais da retina humana com o intuito de prosseguir com estudo morfométrico posterior dessas células, tendo em vista a escassez de trabalhos com essa abordagem em retina humana. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade do método de fotooxidação do DiI através de LED e utilizando como modelo células horizontais da retina humana. O material foi obtido do Banco de Olhos do Hospital Ophir Loyola e, em sequência dissecado, marcado com cristais de DiI e fotooxidado com o aparelho de LED. As imagens que resultaram do novo método de iluminação para fotooxidação de traçador fluorescente apresentou elevada qualidade de detalhes da morfologia neuronal, similares aos resultados obtidos em reações de fotoconversão convencional com microscópio, o que permite concluir que o aparelho mantém a eficiência da fotooxidação por revelar detalhes finos da morfologia celular, inclusive com as vantagens de processar áreas maiores de tecido e considerável redução de custo por dispensar o emprego de microscópio para o processo.
  • ADRIANA DI PAULA LEOPOLDINO SAAVEDRA
  • MAPEAMENTO DE REGIÕES DE ATIVAÇÃO CEREBRAL DURANTE TAREFAS DEGLUTÓRIAS POR IMAGENS DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA FUNCIONAL
  • Data: 25/11/2013
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  • A deglutição é um processo fisiológico complexo que acontece por uma sequência motora automática, regulada por um complicado mecanismo neuromotor e neuromuscular que é iniciado de maneira consciente e é resultado da integridade anatômica e funcional de diversas estruturas faciais. É de extrema importância para a nutrição do organismo como um todo. Um dos maiores desafios no campo das ciências é identificar os substratos neurais de comportamentos fisiológicos, incluindo esse processo de deglutição. O desenvolvimento da tecnologia em neuroimagem funcional nos últimos anos está provocando um rápido avanço no conhecimento de funções cerebrais, o que resultou numa explosão de novos achados em neurociência. OBJETIVO: Mapear as regiões de ativação cerebral durante o fenômeno da deglutição por meio do exame de ressonância magnética funcional. MÉTODO: Participaram do estudo quatro indivíduos do sexo feminino, com idade entre 18 e 30 anos, sem alterações neurológicas, estruturais e alimentares. Após a aprovação da Instituição (Clínica Lobo), do Comité de Ética e Pesquisa do Instituto de Ciências da Saúde (ICS) e a aprovação escrita de cada paciente através do termo de consentimento livre e esclarecido, foram submetidos a quatro provas deglutórias, utilizando a técnica de ressonância magnética funcional. RESULTADOS: Foi possível a determinação da ativação dos hemisférios cerebrais e cerebelares e as especificas áreas que os compõem. Mesmo com uma amostragem pequena, os resultados das análises individuais mostraram padrões de acordo com a literatura, conjuntamente com dados novos. DISCUSSÃO: O cerebelo é responsável pela coordenação da ação motora e manutenção da harmonia dos movimentos, posição e equilíbrio do bolo alimentar; o bolbo raquidiano juntamente com o tronco cerebral constitui o centro de atividades reflexas que controla funções ou respostas orgânicas automáticas como a deglutição; o mesencéfalo é a parte do encéfalo que coordena a informação visual; o tálamo encaminha quase todo o tipo de informação sensorial para as zonas específicas do córtex cerebral; o hipotálamo, importante na experimentação das sensações de prazer, regula as funções homeostáticas do corpo, gustação, olfação, salivação, interagindo com o sistema nervoso autônomo e o sistema límbico está ligado ao controle e direção das reações emocionais, sob a ação da amígdala, no processamento de odores e no armazenamento de conteúdos da memória, aqui através do hipocampo. CONCLUSÃO: O ato de deglutir é um processo complexo, ativando muitas áreas cerebrais, dentre elas podemos destacar a gustativa, mental/visual e a olfativa e que é iniciado muito antes dos processos mecânicos envolvidos, conforme demonstrado pelas áreas corticais e subcorticais ativadas. A área olfativa foi a mais notadamente destacada nas imagens colhidas pela Rmf.
  • CARLOS SANTOS FILHO
  • MEMÓRIA ESPACIAL E MORFOMETRIA TRIDIMENSIONAL DA MICRÓGLIA DE CA1 E DO GIRO DENTEADO DO Cebus apella.
  • Data: 25/10/2013
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  • O presente trabalho tem o intuito de Investigar possíveis correlações entre a morfologia da micróglia do hipocampo e giro denteado e o desempenho cognitivo individual em teste de memória espacial no Cebus apella. Devido ao bom desempenho do Cebus apella em tarefas cognitivas hipocampo-dependentes, utilizou-se testes selecionados da Bateria Cambridge de Testes Neuropsicológicos (CANTAB) utilizada previamente com sucesso tanto em primatas do Velho Mundo quanto em humanos. Empregou-se o teste motor de adaptação a tela para checar a adaptação dos indivíduos à tela sensível ao toque e o teste de aprendizado pareado (TAP) para avaliar aprendizado e memória espacial. Para o estudo da correlação entre o desempenho individual no TAP da bateria CANTAB e a morfologia da micróglia, foi necessário reconstruir e analisar parâmetros morfométricos selecionados a partir de micróglias reconstruídas dos terços médio e externo da camada molecular do giro denteado e do lacunosum molecular de CA1, empregando microscopia tridimensional. A definição dos limites da formação hipocampal foi feita empregando-se critérios arquitetônicos previamente definidos. Para imunomarcação seletiva de micróglias foi utilizado o anticorpo policlonal (anti-Iba1) dirigido contra a proteína adaptadora ligante de cálcio ionizado Iba-1. A partir de procedimentos de estatística multivariada identificou-se a ocorrência de agrupamentos microgliais baseados em parâmetros morfométricos que permitiram a distinção de pelo menos dois grandes grupos microgliais em todos os indivíduos. Os resultados comportamentais expressos em taxa de aprendizado e alguns dos parâmetros morfométricos da micróglia dos terços externo e médio da camada molecular do giro denteado revelaram significativas correlações, lineares e não lineares. Em contraste, nenhuma correlação dessa natureza foi encontrada no lacunosum molecular de CA1. Nós sugerimos baseado no presente e em trabalhos anteriores que a correlação entre desempenho cognitivo e a complexidade estrutural da glia não é um atributo exclusivo dos astrócitos e que a morfologia da micróglia da camada molecular do giro denteado pode estar associada ainda que de forma indireta ao desempenho individual em testes de memória espacial.
  • MARCELLA MERGULHAO TAGLIARINI
  • Aplicação de Pintura Cromossômica em Espécies da Família Accipitridae (Aves, Falconiformes): Considerações Filogenéticas e Evolutivas
  • Data: 18/10/2013
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  • As análises citogenéticas de diversos Falconiformes mostraram que os acipitrídeos têm uma organização cromossômica atípica na classe Aves, com um número diplóide relativamente baixo (média de 2n= 66) e poucos pares de microcromossomos (4 a 6 pares). Propostas baseadas em citogenética clássica sugeriram que esse fato devia-se à fusão de microcromossomos presentes no cariótipo ancestral das Aves. No intuito de contribuir para o esclarecimento das questões referentes à evolução cromossômica e filogenética dessa família, três espécies da subfamília Buteoninae (Rupornis magnirostris, Buteogallus meridionales e Asturina nitida) e duas espécies da subfamília Harpiinae (Harpia harpyja e Morphnus guianensis) foram analisados citogeneticamente através da aplicação de técnicas de citogenética clássica e molecular. As espécies de Buteoninae apresentaram cariótipos muito semelhantes, com número diplóide igual a 68; o número de cromossomos de dois braços entre 17 e 21, o cromossomo Z submetacêntrico e o W metacêntrico em R. magnirostris e submetacêntrico em Asturina nitida. O uso de sondas de 18/28S rDNA mostrou a localização de regiões organizadoras de nucléolo em um par submetacêntrico médio nas três espécies, correspondendo ao braço curto do par 7. Sequências teloméricas foram mapeadas não só na região terminal dos braços, mas também em algumas posições intersticiais. Sondas de cromossomo inteiro derivadas dos pares 1 a 10 de Gallus gallus (GGA) produziram o mesmo número de sinais nessas três espécies. A disponibilidade das sondas de cromossomos totais derivadas de Leucopternis albicollis confirmou a existência de uma assinatura citogenética comum para as espécies de Buteoninae analisadas por FISH, que se trata da associação entre GGA1p e GGA6, inclusive com um sítio de sequência telomérica intersticial reforçando esse fato. As espécies de Harpiinae analisadas mostraram que o número diplóide das espécies de H. harpyja e M. guianensis foi igual a 58 e 54, respectivamente, e que ambas as espécies apresentam vinte e dois pares de cromossomos de dois braços, mesmo Harpia apresentando dois pares a mais. 18/28S rDNA produziram sinais no braço curto do par 1 em M. guianensis e em dois pares em H. harpyja (pares 6 e 25). Sequências teloméricas intersticiais também foram observadas em alguns pares. Apesar da similaridade na morfologia cromossômica, não foram observadas associações compartilhadas por essas duas espécies. As diferentes associações observadas em Morphnus e Harpia mostram que essas espécies sofreram uma reorganização genômica expressiva após sua separação em linhagens independentes. Além disso, ausência de associações semelhantes sugere que houve fissões nos macrocromossomos do ancestral em comum desse grupo, e as fusões foram subsequentes ao seu isolamento como linhagens diferentes. Os resultados aqui apresentados, somados àqueles publicados anteriormente com outras espécies de Accipitridae indicam que os processos de fissões envolvendo os macrocromossomos de GGA e fusões entre esses segmentos e entre esses e microcromossomos são rearranjos recorrentes nesse grupo. Apesar dos Falconidae também apresentarem cariótipos atípicos, e números diploides baixos, os dados globais da citogenética de Accipitridae indicam que, assim como postulado para as semelhanças morfológicas entre esses dois grupos, os cariótipos rearranjados corresponderiam a homoplasias, do ponto de vista evolutivo, apoiando que essas duas famílias não formam um grupo monofilético.
  • KARLA CAROLINE MARQUES DE OLIVEIRA
  • PAPEL DO ÓXIDO NÍTRICO NA INFECÇÃO MALÁRICA POR P. gallinaceum
  • Data: 08/10/2013
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  • Malária é uma das mais incidentes doenças infecciosas do mundo. Na Amazônia existem muitos casos de malária causados principalmente por duas espécies de protozoários, o Plasmodium vivax e o Plasmodium falciparum, sendo este último responsável pela maioria dos casos de malária grave, que geralmente levam a morte devido ao acometimento de múltiplos órgãos, como o cérebro. Um dos mediadores químicos amplamente estudados nessa patogênese é o Óxido Nítrico (NO), o qual apresenta papel controverso. Atualmente duas hipóteses principais são apontadas como potencializadoras na patogênese. Uma, que a MC é causa da superprodução de NO, produzido pela Óxido Nítrico Sintase Neuronal (nNOS), após um quadro de hipóxia. Outra, diz que a MC é a causa da resposta exacerbada do sistema imunológico com produção de NO pela Óxido Nítrico Sintase Induzida (iNOS), presente nos macrófagos quando ativados pro determinantes antigênicos. Devido grande relevância da doença e dificuldade em enteder a patologia, modelos experimentais têm sido estabelecidos com a finalidade de esclarecer vias potenciais da evolução para MC, dentre eles o modelo de malária aviária causada pelo Plasmodium gallinaceum. Pouco se sabe sobre o seu papel do NO em modelos de malária aviária, principalmente devido inexistência de marcadores específicos para avaliar expressão das enzimas de síntese. Diante disso é importante estabelecer protocolos de purificação da iNOS de galinhas para a produção de um possível marcador. Para tanto se faz necessário investigar o papel do NO durante a malária aviária, em modelo experimental in vivo e in vitro, com linhagens de macrófagos de galinha HD11. Animais infectados com P. gallinaceum tratados com aminoguanidina (AG), um inibidor da produção de NO, tiveram maior sobrevida, além de menores níveis de nitrito no plasma e em macrófagos derivados de monócitos do sangue periférico, sugerindo a inibição da iNOS. Nos experimentos in vitro, células HD11 tratadas com LPS mostraram produção aumentada de NO, inferindo aumento na expressão e atividade da iNOS. Na separação proteica, observamos padrões diferentes que podem ser associados a uma elevada expressão da iNOS nos macrófagos ativados com LPS. Esse estudo proporcionará o melhor entendimento do modelo de malária aviária em galinhas, incluindo a cerebral, e envolvimento do sistema nitrérgico em galinhas infectadas com P. gallinaceum.
  • NATALIE CHAVES FERREIRA
  • ESTUDO MORFOLÓGICO E IMUNOLÓGICO DA ENCEFALITE INDUZIDA PELO VÍRUS JURUAÇÁ EM MODELO MURINO
  • Data: 08/10/2013
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  • Muitos estudos têm sido realizados para o entendimento da neuropatogênese das encefalites virais a partir de trabalhos experimentais, porém, nenhum estudo experimental foi dedicado à compreensão da neuropatogênese de membros da família Picornaviridae isolados de morcegos na região amazônica. O vírus Juruaçá, um desses agentes, parcialmente caracterizado como membro da família Picornaviridae por Araújo e colaboradores (2006), causou lesões no encéfalo de camundongos neonatos com presença de gliose reativa, apesar de não provocar efeito citopático (ECP) em cultivos primários de células do sistema nervoso central (SNC), sugerindo que este agente viral seja responsável pela morte dos animais devido a uma intensa resposta imune. O objetivo desse trabalho foi investigar a resposta imune no SNC e alterações celulares causadas pelo vírus Juruaçá em camundongos albinos da linhagem BALB/c neonatos a partir de análises histopatológicas, de ativação microglial e da expressão de citocinas, óxido nítrico (NO) e espécies reativas de oxigênio (ROS). Para tanto, foram realizados processamento de amostras para histopatologia, ensaios imunoenzimáticos, imunohistoquímicos e de imunofluorescência, além de testes para quantificação de NO e ROS e análises estatísticas. Nossos resultados demonstraram que o vírus Juruaçá induz lesões por todo o encéfalo, com maior intensidade no parênquima cortical. Os testes imunohistoquímicos demonstraram a presença de antígenos virais e de micróglias reativas distribuídos por todo o encéfalo e região anterior da medula espinhal. Micróglias com aspecto ameboide, demonstrando intensa ativação, foram observadas principalmente no córtex cerebral, bulbo olfatório, núcleo olfatório anterior, prosencéfalo e diencéfalo próximo ao ventrículo lateral. A produção das citocinas anti-inflamatórias (IL-10, IL-4) diminuiu ao longo do tempo, enquanto que as pró-inflamatórias (IL-12, IL-6, IL-1β, TNF-α, IFN-γ) aumentaram significativamente a partir do 8º dia. Os ensaios para detecção de ROS demonstraram grande produção de radicais superóxido desde o 4º dia, já a produção de NO foi sempre menor nos animais infectados. Provavelmente, a ativação das células gliais, principalmente micróglias, e consequente produção de citocinas pró-inflamatórias e ROS promoveram uma ação devastadora sobre as células do SNC, que coincide com a intensificação dos sinais clínicos. Diante do exposto, ficou evidente que os nossos resultados indicam que o vírus Juruaçá é responsável por uma doença de cunho inflamatório que leva a óbito 100% de camundongos neonatos infectados.
  • ALESSANDRO DOS SANTOS PIN
  • INFLUÊNCIA DA FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA NA ALTERAÇÃO DA FIBRA DO MÚSCULO RECTUS FEMORIS VISTA ATRAVÉS DA ELETROMIOGRAFIA DE SUPERFÍCIE E DINAMOMETRIA ANALÓGICA
  • Data: 23/09/2013
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  • A Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva – FNP – é uma técnica que cada vez mais vem sendo utilizada no treinamento muscular de pessoas saudáveis e atletas. Pesquisas vêm mostrando que exercícios de resistência, dentre eles a FNP, são capazes de converter o tipo das fibras musculares treinadas. Esta pesquisa teve como objetivo verificar a eficiência da FNP no acréscimo de força muscular e verificar por métodos não invasivos se haveria indicativo de conversão de tipo de fibra muscular após o treinamento. Um grupo amostral de 22 jovens, universitárias do sexo feminino com idade entre 18 e 25 anos e fisicamente ativas, foi dividido em: grupo controle (GC n=10) e grupo experimental (GE n=12). Foram inicialmente mensurados: I - força da Contração Voluntária Máxima - CVM do músculo quadríceps por dinamometria analógica e root mean square - RMS e II - área de ativação muscular por eletromiografia de superfície (EMG) de todos os sujeitos. Após a primeira coleta de dados o GE realizou treinamento baseado na FNP no membro inferior dominante por 15 sessões em 5 semanas. Ao final, nova mensuração foi feita em todos. Quanto à força muscular, houve acréscimo em ambos os grupos, significativa no GC (p<0,01) e no GE (p<0,05); para RMS e tempo de CVM, houve aumento não significativo no GE, mas a interação Vxt aumentou significativamente para este grupo. Os resultados corroboram a literatura ao mostrar que músculos com predomínio de fibras resistentes (fibras I/ II A) possuem maior tempo de contração com mais ativação elétrica e de que a FNP é capaz fibras tipo II B para II A. Concluiu-se que para a amostra estudada o treinamento foi eficiente no acréscimo de força muscular e os dados EMG apresentados mostram fortes evidências da conversão das fibras do músculo treinado.
  • CRISTOVAM GUERREIRO DINIZ
  • ENSAIOS ESTEREOLÓGICOS E MORFOLOGIA TRIDIMENSIONAL NA FORMAÇÃO HIPOCAMPAL DE AVES MIGRATÓRIAS MARINHAS: Análise quantitativa da imunomarcação seletiva de neurônios e micróglia em Calidris pusilla e Actitis macularia.
  • Data: 14/08/2013
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  • É objetivo do presente trabalho implantar como modelos para estudo da formação hipocampal das aves migratórias as espécies de maçarico Calidris pusilla e Actitis macularia que abandonam as regiões geladas do Canadá, fugindo do inverno, em direção à costa da América do Sul e do Caribe onde permanecem até a primavera quando então retornam ao hemisfério norte. Mais especificamente pretende-se descrever a organização morfológica qualitativa e quantitativa da formação hipocampal, empregando citoarquitetonia com cresil violeta e imunomarcação para neurônios e células da glia, sucedidas por estimativas estereológicas do número total de células identificadas com marcadores seletivos para aquelas células, assim como comparar a morfologia tridimensional da micróglia das aves com a dos mamíferos. As coletas de campo para a caracterização da formação hipocampal do Calidris pusilla e Actitis macularia em seus aspectos morfológicos foram feitas no Brasil na Ilha Canelas (0°47'21.95"S e 46°43'7.34"W) na Costa da Região Nordeste do Pará no município de Bragança, e no Canadá, na Baia de Fundy perto de Johnson's Mills na cidade de New Brunswick (45°50'19.3" N 64°31'5.39" W). A definição dos limites da formação hipocampal foi feita empregando-se as técnicas de Nissl e de imunomarcação para NeuN. Para a definição dos objetos de interesse das estimativas estereológicas e das reconstruções tridimensionais empregou-se imunomarcação com anticorpo anti-NeuN para neurônios e anti-IBA-1 para micróglia. As estimativas estereológicas revelaram em média número similar de neurônios nas duas espécies enquanto que no hipocampo de Actitis macularia observou-se número de micróglias 37% maior do que no de Calidris pusilla. Além disso, encontrou-se que em média o volume da formação hipocampal do Actitis macularia é 38% maior do que o encontrado em Calidris pusilla. Os estudos comparativos da morfologia microglial das duas espécies de aves com a dos mamíferos Rattus novergicus e Cebus apella revelaram diferenças morfológicas significantes que indicam que as micróglias das aves mostram em média, menor complexidade (dimensão fractal), tem diâmetros e perímetros de soma menores e possuem ramos mais finos do que aquelas do rato e do macaco.
  • IGOR PATRIK RAMOS NEGRÃO
  • ANÁLISE CITOGENÉTICA COMO BIOINDICADOR PARA PACIENTES COM DIAGNÓSTICO SUGESTIVO DE ALZHEIMER
  • Data: 02/08/2013
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  • A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa que provoca morte neuronal e consequente perda progressiva das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho, interferindo na relação social e no comportamento do paciente. Entre as doenças causadoras de demência, a DA é a mais incidente que as de cunho vascular, numa proporção de 4:1, respectivamente. Além das terapias farmacológicas, os métodos diagnósticos auxiliam na identificação precoce da doença auxiliando o tratamento prévio, assim diminuído a progressão da doença. Atualmente estudos citogenéticos vêm demonstrando alterações cromossômicas em portadoras da DA e podem auxiliar no diagnósticos da doença. O objetivo desse trabalho foi verificar o potencial da análise cariotípica de linfócitos do sangue periférico como bioindicador diagnostico da doença de Alzheimer. Para a realização deste trabalho, utilizamos dois grupos de mulheres com 65 anos ou mais, sendo um grupo com (10) portadoras de DA e outro grupo (10) normais. Cada indivíduo foi submetida ao questionário socioeconômico, teste de rastreio cognitivo (MEEM) e à coleta de sangue venoso para cultura de linfócitos e análise cromossômica. Nossos resultados demonstram que o grupo de mulheres portadoras da DA apresentaram elevada taxa de monossomia e trissomia em relação às mulheres normais. Através de estudo de anamnese via questionário, verificamos o estilo de vida de ambos os grupos. Quando comparado a relação das alterações cromossômicas com o nível cognitivo do grupo DA, nós evidenciamos uma tendência inversamente proporcional entre o número de monossomia/trissomia e o desempenho cognitivo. Outro aspecto de nossas análises foi o papel de cada cromossomo ligado à DA. Os cromossomos 1, 14 e 21 não apresentaram trissomia e na verificação da frequência de monossomia, cada cromossomo possui frequência abaixo de 3 % de aneuploidia, ou seja, os cromossomos estudados não possuem uma grande representatividade nas alterações cromossômicas encontradas no estudo.
  • CARLOS EDUARDO MATOS CARVALHO BASTOS
  • ALTERAÇÕES GENÉTICAS E EPIGENÉTICAS EM MENINGIOMAS NA POPULAÇÃO PARAENSE
  • Data: 17/07/2013
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  • Os meningiomas são os tumores intracranianos mais frequentes, originando-se das meninges que revestem o cérebro e cordão espinhal. Apesar de terem sido um dos primeiros neoplasmas sólidos estudados citogeneticamente, ainda são escassos os estudos genéticos e epigenéticos nesses tumores. O presente trabalho teve como objetivo investigar alterações genéticas e epigenéticas que pudessem contribuir na iniciação e progressão tumoral em meningiomas na população paraense. Essa tese está subdivida em três capítulos. No Capítulo I foi investigada a associação entre o polimorfismo MTHFR C677T e meningioma em 23 pacientes da população paraense, utilizando 96 indivíduos sem histórico de lesões pré-neoplásicas como grupo controle. Essa associação não foi encontrada, apesar de sugerir um aumento não estatisticamente significante no risco de desenvolver meningioma em portadores do genótipo TT quando comparados ao genótipo CC. No Capítulo II foi avaliado o padrão de metilação em duas famílias do microRNA124 em meningiomas na população paraense. Hipermetilação na região promotora de miRN124a2 e miRNA124a3 parece ser um evento frequente, uma vez que foi encontrada em 73,9% e 69,56% das amostras analisadas, respectivamente. No Capítulo III, foi analisado o padrão de metilação dos genes APC, BRCA1, CDH1, CDH13, CDKN2A, DAPK1, ESR1, FHIT, GSTP1, MGMT, MLH1, NEUROG1, PDLIM4, PTEN, RARB, RASSF1, RUNX3, SOCS1, TIMP3, TP73, VHL e WIF1 em um meningioma de grau I e um de grau II através de uma placa comercial desenvolvida através da tecnologia MethylScreen. O padrão de metilação do gene CDKN2B também foi analisado na amostra coletada em 25 pacientes com meningioma através da conversão por bissulfito, PCR e sequenciamento direto. O gene RASSF1A apresentou-se metilado em 16,73% e 63,66% dos sítios CpGs analisados na amostra de meningioma de grau I e grau II, respectivamente. O gene RUNX3 se apresentou metilado apenas na amostra de grau II em 52,88% dos sítios CpG analisados. Nossos resultados apontam a importância das alterações epigenéticas na tumorigênese e progressão tumoral em meningiomas.
  • ALUIZIO GONÇALVES DA FONSECA
  • PAPILLOMA VÍRUS HUMANO: PREVALÊNCIA, DISTRIBUIÇÃO E IMPORTÂNCIA COMO FATOR PREDITIVO PARA METÁSTASES LINFONODAIS EM CARCINOMA DO PÊNIS
  • Data: 09/07/2013
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  • A etiologia do carcinoma epidermóide do pênis (CEP) está relacionada a múltiplos fatores de risco como a presença de prepúcio, pobre higiene, dermatites crônicas e tabagismo. Entretanto, o fator de risco mais extensivamente estudado, éa infecção pelo papiloma vírus humano (HPV). Está bem estabelecido que esteexerce um importante papel etiológico em neoplasias da cérvice uterina; entretanto, sua associação com CEP tem sido foco de debates, demonstrando-se presença viral variando entre 15% a 80% dos casos, sugerindo que apenas um subgrupo desses tumores seja causado pelo HPV. O prognóstico da doença é influenciado negativamente principalmente pela presença de metástases em linfonodos inguinais. Desta forma, a abordagem cirúrgica destes, assume importância decisiva na cura da doença. Poroutro lado, os métodos disponíveis para o estadiamento desses linfonodos são imprecisos e as linfadenectomias são acompanhadas de morbidade significativa. A descrição de outros marcadores histológicos é escassa, devido a raridade desses tumores.O objetivo do presente trabalho é avaliar a prevalência, distribuição e associação do HPV com parâmetros histológicos de pior prognóstico, no sentido de determinar seu possível valor preditivo para metástases inguinais, assim como avaliar os fatores prognósticos já descritos. Espécimes tumorais em parafina de 82 pacientes portadores de carcinoma epidermóide do pênis, foram testados para prevalência e distribuição do genótipo do HPV por PCR. O estado do HPV foi correlacionado com fatores histopatológicos e ocorrência de metástases inguinais. Foi também avaliada a influência de diversascaracterísticas histológicas tumorais, na sobrevida livre de doença inguinal em 5 anos. O seguimento variou entre 1 e 71 meses (média 20 meses). O DNA do HPV foi identificado em 60,9% da amostra, tendo maior prevalência dos tipos virais 11 e 6 (64% e 32%, respectivamente). Não houve correlação independente significativa das variáveis histológicas de pior prognóstico com o estado do HPV. A probalidade de sobrevida vi livre de doença inguinal em 5 anos, também não foi influenciada pelo HPV (log Rank teste=0,45). Os únicos fatores patológicos independentes para metástases inguinais foram estadiamento T≥T1b-T4 (p=0,02), invasão linfovascular (p=0,04) e fronte de invasão infiltrativa (p-0,03). O estado e a distribuição do HPV não mostrou correlação com fatores histológicos de pior prognóstico, nem mostrou importância na predição de metástases linfonodais em CEP.
  • DANIEL VALLE VASCONCELOS SANTOS
  • O FATOR DE CRESCIMENTO NEURONAL NA INFECÇÃO POR Schistosoma mansoni: ESTUDO MOLECULAR, IMUNOENZIMÁTICO E MORFOMÉTRICO EM MODELO PERMISSÍVEL E NÃO PERMISSÍVEL À INFECÇÃO
  • Data: 03/07/2013
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  • A esquistossomose é uma doença tropical causada, principalmente, pelo trematódeo Schistosoma mansoni, sendo que sua ocorrência afeta, mundialmente, 110 milhões de pessoas. A deposição dos ovos do parasita pode ocorrer, de forma ectópica, no sistema nervoso central (SNC) o qual leva à formação de granulomas com consequente produção do Fator de Crescimento Neuronal (NGF). Uma vez que muitos estudos demonstram a importância do NGF no desenvolvimento das vias corticais visuais, nosso estudo visou avaliar a possível alteração dos níveis de NGF no sistema visual assim como o impacto deste sobre a morfologia de células piramidais em dois modelos animais. A alteração na concentração do fator de crescimento assim como a morfometria neuronal foram avaliadas em animais permissíveis (camundongos) e não permissíveis (ratos) à infecção. Foram utilizados 174 ratos (Hooded Lister) e 135 camundongos albinos criados e mantidos em gaiolas e alimentados ad libitum. Esses animais foram inoculados, logo após o nascimento, com 50 cercárias. Setenta e sete ratos e 73 camundongos foram inoculados com solução salina e constituíram o grupo controle do estudo. Os períodos de infecção abrangeram uma a 48 semanas. Amostras do fígado e córtex visual foram retiradas, extraídas e quantificadas com kit de imunoensaio (ChemiKineTM Nerve Growth Factor (NGF) Sandwich ELISA Kit - Chemicon International). Para a análise morfométrica utilizamos células piramidais da camada IV do córtex visual marcadas através de injeção extracelular com Dextrana-Biotinilada (10.000 kDa). Os resultados foram expressos como média ± desvio padrão. Utilizamos teste t de Student para determinar diferenças estatísticas entre os grupos estudados. O valor médio de NGF encontrado no córtex visual de ratos infectados foi 39,2% maior do que no grupo controle (infectados: 400,9 ± 143,1 pg/mL; controle: 288 ± 31,9 pg/mL; p < 0,0001). Nas amostras de fígado, o aumento foi 28,9% maior no grupo infectado (infectados: 340,9 ± 103,9 pg/mL; p < 0,01; controle: 264,4 ± 38,6 pg/mL). Nenhum aumento significativo foi detectado antes de uma semana de infecção. Entre os camundongos, o aumento de NGF na área visual foi de 94,1% (infectados: 478,4 ± 284 pg/mL; p < 0,01; controle: 246,5 ± 76,8 pg/mL). No fígado destes animais o aumento foi de 138,7% (infectados: 561,8 ± 260,7 pg/mL; p < 0,01; controle: 301,3 ± 134,6 pg/mL). Em camundongos encontramos diferenças significativas quanto aos parâmetros dendríticos avaliados. A quantidade de dendritos foi 11,41% maior no grupo infectado do que no controle (controle: 25,28 ± 5,19; infectados: 28,16 ± 7,45; p < 0,05). O comprimento total dos dendritos também foi afetado (controle: 4.916,52 ± 1.492,65 μm; infectados: 5.460,40 ± 1.214,07 μm; p < 0,05) correspondendo a um aumento de 11,06%. A área total do campo receptor dendrítico sofreu um aumento de 12,99% (controle: 29.346,69 ± 11.298,62 μm2; infectados: 33.158,20 ± 7.758,31; p < 0,05) enquanto que a área somática teve uma redução de 13,61% (controle: 119,38 ± 19,68 μm2; infectados: 103,13 ± 24,69 μm2; p < 0,001). Quando foram avaliados os efeitos do aumento de NGF em ratos infectados não observamos diferenças significativas quanto aos parâmetros dendríticos analisados, em comparação ao grupo controle, com exceção de um aumento na área do corpo neuronal da ordem de 21,18% (controle: 132,20 ± 28,46 μm2; infectados: 160,20 ± 31,63 μm2; p < 0,00001). Este trabalho mostrou que a reação de produção de NGF no SNC durante a infecção por Schistosoma mansoni ocorre em maior magnitude no modelo permissível do que no modelo não permissível. Também demonstramos que, em camundongos, os efeitos sobre a morfologia neuronal é drasticamente afetada quando o organismo é submetido a um aumento na concentração de NGF em decorrência da infecção por Schistosoma mansoni. Diante destes dados, estudos avaliando as possíveis repercussões visuais e também dos efeitos na fisiologia celular causados pela infecção mansônica torna-se necessário para avaliar o real dano causado por este aumento patológico do fator de crescimento neuronal nas vias visuais de mamíferos.
  • MARCOS VINICIUS LEBREGO NASCIMENTO
  • Physalis angulata ESTIMULA PROLIFERAÇÃO DE CÉLULAS-TRONCO NEURAIS DO GIRO DENTEADO HIPOCAMPAL DE CAMUNDONGOS ADULTOS
  • Data: 01/07/2013
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  • A zona subgranular (ZSG) do giro denteado (GD) de mamíferos adultos é conhecida por produzir constantemente novos neurônios. A busca por novas moléculas que possam modular a formação de novas células neurais são bastante atuais. Visto que a Amazônia é conhecida mundialmente pela sua biodiversidade, com um potencial pouco explorado de fármacos naturais derivados de plantas medicinais típicas da região. O trabalho buscou investigar o efeito neurogênico do extrato aquoso (EA) da Physalis angulata e da substância purificada Fisalina D sobre as células-tronco do GD do hipocampo de camundongos adultos. Os camundongos machos (BALB/c), 6 a 8 semanas de idade foram divididos em quatro grupos experimentais: controle e tratados com EA ou substância purificada. Os animais receberam diferentes doses do extrato (0,1; 1 e 5 mg/Kg) e/ou substância purificada (5mg/Kg) ou salina (grupo controle), 5 horas depois uma única dose de 5-Bromodeoxiuridina (BrdU) [50mg/kg]. Em seguida, os animais foram sacrificados 24 horas ou 7 dias após a administração do BrdU. Os cérebros foram coletados e cortes coronais do hipocampo (40 μm) foram realizados para contagem das células BrdU-positivas no GD hipocampal. Para avaliação estatística realizamos análise de variância (ANOVA) das médias amostrais seguida pelo pós-teste t de Student. O EA promoveu um aumento significativo do número de células BrdU positivas no GD dos grupos tratados em relação ao grupo controle [Controle, 92±24 (n=9); 0,1mg/Kg, 160±22 (n=4); 1mg/Kg, 310±5 (n=4); 5mg/Kg, 501±24 (n=3)] nos animais sacrificados 24 horas após administração do BrdU. Quando os animais foram sacrificados 7 dias após administração do BrdU, o número de células BrdU+ no GD também foi maior no grupo tratado em relação ao controle [Controle, 107±7 (n=4); 5mg/Kg, 145±23 (n=4)]. Usando a substância purificada, Fisalina D, também observamos um aumento do número de células BrdU+ no GD do grupo tratado com a droga em relação ao grupo controle [Controle, 92±24 (n=9); Fisalina D, 5mg/Kg, 316±37 (n=3)]. Este resultado sugere que o EA e a sustância purificada, na dose de 5 mg/Kg, estimulam a proliferação de células BrdU-positivas na ZSG do GD do hipocampo de camundongos adultos
  • LAYSE MARTINS GAMA
  • MALÁRIA E MEDICINA POPULAR: EFEITO DA Bertholletia excelsa H.B.K. (CASTANHA-DO-PARÁ) EM CAMUNDONGOS INFECTADOS COM Plasmodium berghei
  • Data: 25/06/2013
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  • A malária é uma infecção considerada um grave problema de saúde pública, especialmente para a região Amazônica. Entretanto, fatores como a resistência, dificuldade de acesso e toxicidade dos fármacos tradicionais reduzem a efetividade das drogas distribuídas pelo governo para controle da infecção. Assim, a população amazônica ainda usa os recursos naturais, como a Bertholletia excelsa (Castanha-do-Pará), para melhorar os aspectos clínicos causados pela doença. Entretanto, não existe comprovação científica do efeito desse fruto na malária. Assim, este trabalho avaliou o efeito do pré tratamento com Castanha-do-Pará em camundongos BALB/c infectados com Plasmodium berghei, através dos parâmetros a seguir: sobrevida até a morte de todos os indivíduos, parasitemia e peso dos animais (no 3º, 7º, 10º, 16º e 18º dia pós-inoculação do parasita), e, no 10º de infecção, hemograma completo, peso do fígado e do baço e análise das enzimas hepáticas aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT) e ɣ-glutamil aminotransferase (ɣGT). O teste de Kolmogorov-Smirnov foi usado para avaliar a normalidade, seguido de Análise de Variância (ANOVA) de uma via ou teste t de Student, seguido do teste post hoc de Tukey. O acompanhamento dos animais parasitados mostrou uma sobrevivência em média de 13,9 dias, com perda de peso, aumento do tamanho dos órgãos, e alterações tanto do hemograma (diminuição do hematócrito, hemoglobina, hemácias totais e plaquetas e aumento dos leucócitos totais) como das enzimas hepáticas (aumento da AST e ALT e diminuição da ɣGT). Interessantemente, o pré tratamento de 11 dias com o fruto exerceu uma proteção significativa em relação a alguns dos parâmetros medidos como a aumento da sobrevida dos animais para 14,8 dia, diminuição dos níveis de parasitemia e leucócitos totais, manutenção do peso dos animais por mais tempo e do peso do baço, bem como influenciou positivamente nas enzimas hepáticas ALT e γ-GT. Assim, estes dados já demonstram que a B. excelsa pode ser utilizada como um reforço nutritivo diante a infecção causada pelo Plasmodium.
  • THAYANA LUCY FREITAS ALBUQUERQUE
  • ANÁLISE NUTRICIONAL E ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO ÓLEO PLUKENETIA POLYADENIA.
  • Data: 27/05/2013
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  • Este estudo investigou os efeitos nutricionais resultantes da administração crônica via oral do óleo de Plukenetia polyadenia em ratos sobre o peso, a ingesta de ração, a composição lipídica do sangue, e a histologia dos órgãos, além de investigar a toxicidade e a atividade antinociceptiva após administração de diferentes dosagens via oral em camundongos. A análise nutricional de peso e ingesta de ração mostrou que a administração crônica do óleo não interferiu nutricionalmente na homeostasia destas variáveis, independente das dosagens utilizadas (100 e 200mg/kg). As frações lipídicas do sangue como colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos também não sofreram alterações nos animais suplementados. Não foi encontrado edema, morte celular ou resposta inflamatória nas células hepáticas, cardíacas, pulmonares, gástricas, intestinais, pancreáticas e renais após a suplementação crônica em ambas as dosagens. No teste de contorções abdominais induzidas por ácido acético, o óleo administrado via oral (25, 50 e 100mg/kg) reduziu significantemente o número de contorções em comparação com o controle. No teste da placa quente, o tratamento com o óleo na dosagem de 200mg.kg/peso não induziu alterações no tempo de latência ao estímulo térmico, quando comparado com o controle. No teste da formalina, o tratamento oral nas doses de 50 e 100mg.kg/peso, mostrou um efeito antinociceptivo significativo, reduzindo o tempo de lambida somente na segunda fase (inflamatória). O óleo na dosagem de 200mg/kg não afetou a atividade comportamental dos ratos submetidos ao teste de campo aberto e não apresentou efeitos tóxicos. Nossos resultados demonstram que o óleo de Plukenetia polyadenia, apresentou atividade antinociceptiva sem promover toxicidade.
  • ANA PAULA DRUMMOND RODRIGUES DE FARIAS
  • EFEITO IN VITRO E IN VIVO DO 5-HIDROXI-2-HIDROXIMETIL-GAMA-PIRONA DURANTE A INFECÇÃO POR Leishmania (Leishmania) amazonensis
  • Data: 27/05/2013
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  • As leishmanioses são um grupo de doenças infecciosas distribuídas mundialmente. A quimioterapia é o tratamento mais eficaz para a doença; apesar do grande número de drogas antileishmania disponíveis, são usualmente tóxicas, caras e requerem um longo período de tratamento. Portanto, torna-se necessária a busca de novas substâncias que sejam capazes de atuar sobre o protozoário sem causar danos ao hospedeiro, que tenham uma via de administração não invasiva e que, ainda, sejam viáveis economicamente. O ácido kójico, ou 5-hidroxi-2-hidroximetil- γ-pirona (HMP), é conhecido por inibir a enzima tirosinase no processo de produção da melanina, sendo extensivamente utilizado em cosméticos e também como tratamento tópico para melasma, não havendo citotoxicidade em humanos; entretanto, o potencial do HMP como agente antileishmania não é conhecido. O presente estudo analisou o efeito deste bioproduto em infecções por L. amazonensis in vitro e in vivo. O HMP promoveu a diminuição do crescimento de promastigotas e amastigotas em 62% (IC50 34μg/mL) e 79% (IC50 27,84 μg/mL) in vitro, respectivamente. A análise ultraestrutural de ambas as formas evolutivas tratadas com 50 μg/mL do HMP apresentaram corpos vesiculares no interior da bolsa flagelar, induziu uma intensa vacuolização intracelular bem como alterações mitocondriais. O estudo in vitro também demonstrou que o HMP foi capaz de reverter o efeito inibitório causado pela L. amazonensis no que diz respeito à produção de radicais de oxigênio. A análise histopatológica de lesões proveniente de animais submetidos ao tratamento tópico com o HMP demonstrou que o tecido apresentou um intenso processo de cicatrização. Além disso, fibras colágenas foram encontradas de maneira organizada no local da infecção de animais tratados, com um pequeno infiltrado celular e diminuição do número de parasitos. Tendo em vista a ação seletiva do HMP in vitro, o processo de ativação da célula hospedeira pelo bioproduto e a diminuição do número de parasitos observados durante o tratamento com a pomada, e pelo fato do HMP ser amplamente utilizado como agente antimelasma em humanos, esse metabólito pode ser promissor como tratamento tópico contra a Leishmaniose cutânea e apresentando grande potencial como agente leishmanicida.
  • AMANDA ANASTACIA PINTO HAGE
  • CARACTERIZAÇÃO LIPÍDICA DE DUAS CEPAS DE Leishmania (Viannia) braziliensis CAUSADORAS DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
  • Data: 24/05/2013
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  • A leishmaniose tegumentar americana (LTA) constitui uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania com elevada incidência na região Amazônica. Uma variedade de espécies de leishmania é responsável por esta patologia. Desta forma, dependendo da espécie e da resposta imunológica do hospedeiro vertebrado, a doença pode apresentar diferentes formas clínicas, como a leishmaniose cutânea localizada (LCL) e a leishmaniose mucocutânea (LMC). A principal espécie responsável pela LTA é a Leishmania (Viannia) braziliensis. Contudo, devido à existência de uma multiplicidade de cepas desta espécie e ao reduzido número de estudos relacionados, torna-se importante o conhecimento dos aspectos metabólicos básicos do protozoário, como o metabolismo lipídico, na tentativa de caracterizar vias ou componentes fundamentais para seu desenvolvimento e infectividade. Desta forma, este trabalho teve como objetivo analisar distribuição de corpos lipídicos (CLs) e o perfil lipídico de duas cepas de L. (V.) braziliensis, isolada de diferentes casos clínicos, em diferentes períodos da fase estacionária do crescimento celular. As formas promastigotas das cepas M17593 (LCL) e M17323 (LMC) de L. (V.) braziliensis foram utilizadas na fase estacionária inicial (EST-I) e estacionária tardia (EST-T) de crescimento. Inicialmente, foi realizada análise ultraestrutural das formas promastigotas por microscopia eletrônica de transmissão (MET) e foram observadas estruturas sugestivas de CLs distribuídos no citoplasma do parasito, confirmados pela técnica citoquímica ósmio-imidazol, organelas necessárias para o metabolismo energético do parasito. Para quantificar a distribuição de CLs entre os dias de cultivo e entre as cepas, foi realizada análise por citometria de fluxo com Bodipy® 493/503. Os resultados indicaram que a cepa responsável pela LMC apresentou maior quantidade de CLs durante a fase estacionária tardia. Na cepa LCL não foi observado diferença significativa entre as fases estudadas. Assim, pode ser sugerido que a exacerbada resposta inflamatória que ocorre em pacientes com LMC, esteja relacionada com o acúmulo de CLs no parasito, fonte de energia e eicosanoides, como prostaglandinas. Outra hipótese é a possível correlação de CLs com a baixa exposição do fosfolipídio fosfatidilserina para a superfície externa da membrana, importante para a infectividade do parasito. Para análise dos lipídios totais, os parasitos foram submetidos à extração lipídica, seguido da técnica de HPTLC, onde foram encontrados predominantemente fosfolipídios, esterol esterificado, esteróis, triglicerídeos e ácidos graxos compondo o parasito, com variações entre as cepas e entre as fases estudadas. A cepa LCL na fase estacionária tardia possui maior quantidade de lipídios totais, que pode ser justificado por já ser conhecida como a cepa mais infectiva e possivelmente apresentar maior quantidade de glicoconjugados associados com subdomínios lipídicos importantes para o reconhecimento de fagócitos. É importante ressaltar que a maior infectividade da cepa LCL quando comparada à cepa LMC, resulta em um menor processo inflamatório. Estes resultados indicam que há uma variação no perfil lipídico e na distribuição de CLs entre as diferentes cepas de L. (V.) braziliensis, que pode estar relacionado com a infectividade do parasito e com a manifestação clinica da doença.
  • LUIS ANTONIO LOUREIRO MAUES
  • ATIVIDADE ANTIPROLIFERATIVA E ANTINEOPLÁSICA DE FLAVONÓIDES DA ESPÉCIE Brosimum acutifolium EM MODELO DE GLIOBLASTOMA in vitro
  • Data: 24/05/2013
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  • Dentre os tumores que acometem o sistema nervoso, o glioblastoma multiforme (GBM), destaca-se por seu alto grau de agressividade e baixo prognóstico, apresentando em média uma sobrevida de 15 meses a partir do diagnóstico. O presente estudo objetivou investigar a atividade antiproliferativa e antineoplásica de quatro flavonoides isolados da espécie Brosimum acutifolium (Huber), duas flavanas: 4’-hidroxi-7,8-(2”,2”-dimetilpirano) flavana (BAS-1) e 7,4’-dihidroxi-8,(3,3-dimetilalil)-flavana, (BAS-4); e duas chalconas: 4,2’-dihidroxi-3’,4’-(2”,2”-dimetilpirano)-chalcona (BAS-6) e 4,2’,4’-trihidroxi-3’-(3,3-dimetilalil)-chalcona (BAS-7), em glioblastoma C6 de rato in vitro. Nossos resultados mostraram boa atividade citotóxica para as flavanas (BAS-1, -4) e para a chalcona BAS-7, com IC50 menor que 100 μM em teste de viabilidade pelo MTT, já a chalcona BAS-6, não demonstrou atividade citotóxica nas concentrações testadas. Estes flavonoides mostram ser menos citotóxico para célula não neoplásica (glia), com grau de segurança maior para a BAS-4 e BAS-7, uma vez que apresentaram menor efeito citotóxico à célula não neoplásica e menores índices hemolíticos. A análise de migração celular mostrou que o tratamento com BAS-1, BAS-4 e BAS-7 em baixas concentrações foi efetivo em promover inibição da migração celular. Estes três flavonoides também foram muito promissores em inibir a formação e o crescimento de colônia, além de promover parada no ciclo celular, com substancial aumento na população SubG0 para o tratamento com BAS-1 e BAS-4 com 100 μM. As flavanas BAS-1 e BAS-4 também mostraram maior capacidade de promover a perda na integridade do potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm) e aumento para marcação com anexina V, indicativo de que estas drogas promovem morte por apoptose. No entanto a análise por microscopia eletrônica demonstrou marcantemente no tratamento com a BAS-4 a presença de vacúolos autofágicos, sugestivo que o processo de morte neste tratamento ocorre tanto por apoptose quanto autofagia. Com base nestes resultados pode-se concluir que dos flavonoides testados a BAS-1, BAS-4 e BAS-7 possuem potencial como agente antineoplásico na terapia do GBM, sendo a BAS-4 a mais promissora de todas.
  • RAQUEL RAICK DA SILVA ALBUQUERQUE
  • ATIVIDADE LEISHMANICIDA DO EXTRATO DA RAIZ DE Physalis angulata E SUA AÇÃO NA CÉLULA HOSPEDEIRA.
  • Data: 23/05/2013
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  • A Leishmaniose é uma doença infecciosa causada por várias espécies de parasitas do gênero Leishmania. A quimioterapia é o único tratamento efetivo para a doença, mas essas drogas são, em geral, tóxicas e requer um longo período de tratamento. Produtos naturais provenientes de plantas oferecem novas perspectivas e representam uma importante fonte de novos agentes leishmanicidas. Assim, é de grande importância avaliar os efeitos do extrato aquoso da raiz de Physalis angulata, planta amplamente utilizada pela medicina popular, em formas promastigotas e amastigotas de Leishmania (Leishmania) amazonensis e sua ação sobre a célula hospedeira. As fisalinas D, E, F e G foram demonstradas pela primeira vez na raiz de P. angulata pela análise cromatográfica. Uma atividade antiproliferativa e uma inibição dose dependente de promastigotas 74,1% e 99,8 % (IC50 35,5 μg/mL) e amastigotas 70,6% e 70,9% (IC50 32.0 μg/mL) foram observadas quando os parasitas foram tratados com 50 e 100 μg/mL do extrato, respectivamente. A análise da atividade microbicida da célula hospedeira infectada com L. amazonensis mostrou que extrato foi capaz de reverter o efeito causado pelo parasito de inibir a produção de espécies reativas de oxigênio. O tratamento com o extrato também induziu alterações morfológicas importantes em formas promastigotas avaliadas por microscopia óptica, microscopia eletrônica de transmissão e varredura. Foram observadas alterações na morfologia, na divisão celular, principalmente na fase de citocinese, na membrana flagelar, na bolsa flagelar e alterações em organelas importantes, como o cinetoplasto, onde ocorreu duplicação irregular e alteração do seu tamanho. Já por citometria de fluxo foi possível confirmar que o tratamento induziu uma exposição de fosfatidilserina e diminuição no volume celular de promastigotas tratadas. Com relação à célula hospedeira, o extrato promoveu alterações no citoesqueleto, o aumento número de projeções citoplasmáticas, do volume celuar e de vacúolos e da habilidade de espraiamento sem causar efeito citotóxico ou alteração ultraestrutural em macrófagos tratados com o extrato. Assim, estes resultados demonstram que o extrato aquoso da raiz de P. angulata foi eficaz na ativação da célula hospedeira e na inibição do crescimento do protozoário, o que representa uma fonte alternativa e promissora de agente leishmanicida.
  • LAYANA DE SOUZA GUIMARAES
  • INCAPACIDADE FÍSICA EM PESSOAS AFETADAS PELA HANSENÍASE: ESTUDO APÓS ALTA MEDICAMENTOSA
  • Data: 23/04/2013
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  • A incapacidade física é o principal problema da hanseníase. Apesar do sucesso da poliquimioterapia (PQT) no tratamento da doença, sabe-se que cerca de 25% a 50% dos pacientes podem ter algum dano do nervo e desenvolver incapacidades físicas, classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como grau de incapacidade física (GIF) 0 para sensibilidade normal, sem deformidades visíveis, 1 para a sensibilidade diminuída, sem alterações visíveis, ou 2 para deficiências visíveis / deformidade. De 2004 a 2010 o Brasil registrou 21,7% dos casos como sendo GIF 1 e 7% como GIF 2, enquanto que no Estado do Pará, 15,3% dos pacientes foram diagnosticados com GIF 1, e 5,1% com GIF 2 no momento do diagnóstico de hanseníase. A fim de investigar as incapacidades físicas em pacientes curados, examinamos as funções sensitivo-motoras de 517 pessoas afetadas pela hanseníase, notificados 2004 a 2010 em oito municípios hiperendêmicos da Amazônia brasileira, correlacionando os achados com aspectos epidemiológicos e sócio-econômico, e comparando com os dados encontrados no Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Adicionalmente, 2164 contatos intradomiciliares dos pacientes visitados foram avaliados clinicamente em busca de sinais e sintomas da doença. As visitas domiciliares dos pacientes constaram de avaliação clínica, avaliação neurológica simplificada e determinação do GIF, realização de entrevista sobre suas características demográficas e sócio-econômicas. O GIF 1 foi encontrado em 16,2% e DG 2 em 12,4% dos pacientes avaliados. Foi encontrada uma correlação estatisticamente significativa entre as formas multibacilares (MB) e o GIF 1 ou 2 (p <0,001), incapacidade física e o sexo masculino (p <0,001); incapacidade ocorreu em casos acima de 40 anos de idade (p <0,001). Mais da metade (50,5%) dos casos não tinha cicatriz de BCG, correlacionada com idades mais elevadas (p <0,001), casos MB (p <0,001), e com incapacidade (p <0,005). Por fim, embora SINAN informe apenas 5,6% de casos com GIF 2, encontramos 12,4% durante nossas visitas. Entre os contatos, foram diagnosticados 181 casos novos, 127 (70,2%) foram diagnosticados como multibacilares e 17,1% apresentaram incapacidade física, sendo 5,5% GIF 2. A ocorrência de deficiência física foi predominante em pacientes MB, homens,> 40 anos de idade e sem cicatriz de BCG, todos os fatores de risco importantes para o desenvolvimento de deficiência. As diferenças de GIF encontradas no SINAN e no nosso estudo sugerem piora das funções sensório-motor após a alta da PQT, indicando a importância do acompanhamento destes pacientes por anos depois de terminar o tratamento MDT. A alta taxa de detecção de casos novos diagnosticados neste estudo reflete o baixo índice de avaliação de contatos no estado do Pará (58,8%), perpetuando o diagnóstico tardio. Os achados clínicos sugerem a existência de prevalência oculta e alto índice de infecção subclínica na amostra estudada, indicando necessidade de avaliação clínica periódica.
  • MICHELLE FERREIRA GUIMARÃES
  • PARÂMETROS ACÚSTICOS DA VOZ DE SUJEITOS DO SEXO MASCULINO ANTES, DURANTE E APÓS O PROCESSO DE MUDA VOCAL
  • Data: 12/04/2013
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  • A voz e a habilidade vocal são diferentes em cada indivíduo e em cada fase da vida. Devido aos escassos estudos sobre a qualidade vocal de meninos e adolescentes durante a puberdade, o presente estudo teve como objetivo quantificar os seguintes parâmetros da análise acústica da voz: frequência fundamental, jitter, shimmer, relação harmônico-ruído e intensidade. Para entender como se dá a variação da voz com o desenvolvimento de meninos e adolescentes, esses parâmetros foram correlacionados entre si e também com o grau do desenvolvimento puberal de sujeitos do sexo masculino. Métodos: Foram sujeitos desse estudo 110 indivíduos do sexo masculino, com idade entre 11 e 20 anos, estudantes de três escolas estaduais de Macapá, onde foi feita a coleta dos dados. Os sujeitos foram divididos em 4 grupos, 32 sujeitos com idade entre 11 e 12 anos compuseram o Grupo I, 29 sujeitos com idade entre 13 e 15 anos o Grupo II, o Grupo III foi composto por 30 sujeitos com idade entre 16 e 18 anos, e o Grupo IV por sujeitos com idade entre 19 e 20 anos. Todos os sujeitos foram submetidos à gravação da voz diretamente no computador com auxilio de microfone unidirecional. Solicitou-se emissão sustentada da vogal /é/ e fala encadeada: contagem de 1 a 10 e leitura de um parágrafo pré-estabelecido. Em seguida os sujeitos foram avaliados por um médico clínico geral para caracterização do desenvolvimento puberal de acordo com os estágios descritos por Tanner. A análise vocal foi realizada com o programa acústico Voz Metria®. Resultados: Os sujeitos apresentaram F0 média durante a vogal sustentada de 223,28 Hz, 249,86 Hz, 122,63 Hz e 127,61 Hz para os Grupos I, II, III e IV respectivamente. A F0 durante a fala encadeada foi de 217,09 Hz, 246,18 Hz, 117,27 Hz e 123,42 para os Grupos I, II, III e IV respectivamente. Shimmer apresentou valores aumentados nos quatro grupos. Jitter, intensidade e a relação harmônico-ruído mantiveram-se dentro dos padrões de normalidade estabelecidos pelo programa acústico utilizado. Quanto ao desenvolvimento puberal, a maioria dos sujeitos está em G3 (n=38; 34,5%) e G4 (n=42; 38,2%) e P3 (n=34; 31%) e P4 (n=36; 32,7%). O grau de desenvolvimento puberal está correlacionado com a F0 durante a fala encadeada (p<0,001) e com a F0 durante a emissão da vogal sustentada (p<0,001) e essa correlação foi estatisticamente significante entre G2 e G5, e G3 e G5. Conclusão: Até os 15 anos os parâmetros vocais acústicos são típicos da voz infantil. Dos 16 aos 20 anos há decréscimo significativo da F0, porém a voz ainda está em processo de estabilização, com valores aumentados de shimmer. F0 é o único parâmetro correlacionado com o grau de desenvolvimento puberal. A finalização do processo de muda vocal se apresentou, na população estudada, como um evento tardio em relação ao desenvolvimento puberal.
  • JAMILLY AMARAL PINTO
  • ANÁLISE CITOGENETICA DE DUAS ESPECIES DO GENERO Hylaeamys (Rodentia: Cricetidae) POR CITOGENETICA CLASSICA E MOLECULAR
  • Data: 05/04/2013
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  • Os roedores formam uma das mais numerosas e antigas ordens da classe Mammalia. Na América do Sul, a ordem Rodentia compreende cerca de 42% das espécies de mamíferos, sendo que desta parcela mais de 50% pertencem a família Cricetidae, que inclui a subfamília Sigmodontinae. O gênero Hylaeamys está agrupado na tribo Oryzomyini e corresponde a um dos 10 novos gêneros propostos para espécies e grupos de espécies dentro de Oryzomys. Hylaeamys corresponde ao “grupo megacephalus”, sendo constituído pelas espécies H. acritus, H. laticeps, H. megacephalus, H. perenensis, H. oniscus, H. tatei e H. yunganus distribuídas na Venezuela, Trinidad, Guianas, Paraguai e no Brasil, em áreas de floresta tropical amazônica, mata atlântica e cerrado. Este trabalho visa analisar marcadores cromossômicos em duas espécies do gênero Hylaeamys, fornecendo dados que auxiliem na sua caracterização taxonômica e citogenética. Foram trabalhadas dezenove amostras de Hylaeamys megacephalus (HME) e quatro de Hylaeamys oniscus (HON). HME apresenta 2n=54 e HON, 2n=52. Os resultados obtidos por bandeamentos G, C e por hibridização in situ, com sondas de cromossomo total de Hylaeamys megacephalus permitiram determinar as características cromossômicas das espécies em estudo, além de permitir uma análise comparativa entre as mesmas e em relação a Cerradomys langguthi, observando assim suas homeologias e diferenças cariotípicas. As duas espécies de Hylaeamys diferem por um rearranjo tipo fusão/fissão cêntrica onde HON apresenta a associação 14/19 de HME. Esta associação é compartilhada com CLA com inversão (19/14/19). Este trabalho é um marco para estudos de filogenia cromossômica do gênero Hylaeamys.
  • ALODIA BRASIL COSTA
  • AVALIAÇÃO DO EFEITO PROTETOR DA Euterpe oleracea (AÇAÍ) NA RESPOSTA ELETROFISIOLÓGICA DA RETINA DE RATOS EXPOSTOS AO METILMERCÚRIO.
  • Data: 19/03/2013
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  • O metilmercúrio (MeHg) é a forma mais tóxica do mercúrio. A exposição ao MeHg gera estresse oxidativo, podendo afetar a retina, pois esta possui alta vulnerabilidade em função do seu elevado conteúdo de ácidos graxos poliinsaturados e consumo de oxigênio. Nesse contexto, a administração de antioxidantes exógenos obtidos pela dieta, como os presentes na Euterpe oleracea (açaí), poderia ser uma forma de prevenir esse desequilíbrio e suas consequências. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o possível efeito protetor da Euterpe oleracea nas alterações eletrofisiológicas causadas pelo MeHg na retina. Para tal, foi realizada gavagem com MeHgCl (5 mg/Kg) ou solução salina (NaCl 0,9%) durante 7 dias e pré-tratamento com ração enriquecida com polpa de açaí (10%) por 28 dias. Foram utilizados ratos Wistar divididos em 4 grupos: Grupo MeHg (recebeu ração padrão e MeHgCl); MeHg+Açaí (ração enriquecida com açaí e MeHgCl); Açaí (ração enriquecida com açaí e NaCl); Veículo (ração padrão e NaCl). Um dia após a última gavagem os animais foram submetidos ao eletrorretinograma de campo total (ffERG) para obtenção da resposta escotópica (de bastonetes, mista 1 e mista 2) e fotópica (de cones e de flicker em 12; 18; 24 e 30Hz). No dia seguinte ao ffERG foi aplicado o teste campo aberto para avaliar a atividade locomotora dos animais. Posteriormente, foi feita medição de peroxidação lipídica no tecido retiniano pelo método TBARS. A análise estatística foi feita pelo teste ANOVA de uma via com pós-teste de Tukey, considerando significativo p<0,05. Os resultados do campo aberto e da massa corporal não apresentaram diferença entre os grupos. O MeHg reduziu a amplitude das seguintes respostas: onda-b da resposta de bastonetes (Veículo: 114,6±23,6 μV e MeHg: 41,2±9,6 μV); onda-a (Veículo: 8,4±1,4 μV e MeHg: 3,4±0,3 μV) e onda-b (Veículo: 176,7±17,8 μV e MeHg: 69,5±12,0 μV) na resposta mista 1; onda-a (Veículo: 103,1 ±23,3 μV e MeHg: 40,2±9,6 μV) e onda-b (Veículo: 281±,38,3 μV e MeHg: 138,6±14 μV) da resposta mista 2; onda-a (Veículo: 27,2 ±3,6 μV e MeHg: 7,5±1,8 μV) e onda-b (Veículo: 139,3±16,1 μV e MeHg: 54,4±10 μV) da resposta de cones; onda-b nas frequências 12 Hz (Veículo: 67,7±10μV e MeHg: 28,6±6,9 μV), 18 Hz (Veículo: 31,3±3,4 μV e MeHg: 14,2± 2,3 μV) e 24 Hz (Veículo: 21,0±1,8μV e MeHg: 11,0± 1,1μV) e 30 Hz (Veículo: 10,9±0,6μV e MeHg: 6,0± 1,1μV). O tempo implícito das ondas não foi alterado em nem uma das respostas. O pré-tratamento com Euterpe oleracea evitou a redução de amplitude de ambas as ondas nas respostas mista 1 (onda-a: 8,3±0,6 μV; onda b: 144,1±7,1 μV) e mista 2 (onda-a: 106,4±13,6μV; onda b: 275,2±27,6 μV), assim como da onda-b da resposta de cones (104,5±5,9 μV) e fotópica de flicker em 12 Hz (67,2±9,1 μV), 18 Hz (29,5±4,8 μV) e 24 Hz (21,9±2,4 μV). A peroxidação lipídica no tecido retiniano do grupo MeHg (294,9±205,8%) foi maior que a do Veículo (100±25,1%) e o açaí protegeu contra esse dano oxidativo (MeHg+Açaí: 111,2±26,1%). Nossos resultados demonstraram alteração difusa na resposta eletrofisiológica e aumento na peroxidação lipídica da retina induzidos pelo MeHg e proteção exercida pelo açaí nesses dois parâmetros. Assim, a Euterpe oleracea poderia ser utilizada como importante alternativa para amenizar as alterações causadas pelo MeHg na retina.
  • KATIA SOARES DE OLIVEIRA
  • PREVALÊNCIA DE HELICOBACTER PYLORI E VÍRUS EPSTEIN-BARR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES Dissertação
  • Data: 13/03/2013
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  • Introdução: Infecções por Helicobacter pylori (HP) e vírus Epstein-Barr (VEB) são comuns no mundo todo, embora o HP seja o maior fator em doenças gastroduodenais, seu percentual de associação com VEB é incerto. Tanto o VEB quanto o HP são classificados como carcinógenos classe 1 pela Organização Mundial de Saúde, e uma substancial fração de indivíduos se tornam co-infectados na adultice. Esses dois patógenos podem potencializar sinergicamente para causar gastrite crônica perpetua. O objetivo deste trabalho foi verificar a prevalência de HP e do vírus Epstein-Barr em crianças e adolescentes. Material e Método: Estudo descritivo, do tipo transversal. Foram analisadas amostras de mucosa gástrica de 64 crianças e adolescentes através do Teste da Urease para diagnóstico do HP, da técnica de PCR para detecção da cepa cagA de H. pylori, da técnica de hibridização in situ para detecção do EBV e da análise patológica para determinação de características histopatológicas. Resultados: A prevalência de HP nas crianças e adolescentes em estudo foi de 53,1% enquanto a prevalência de VEB foi 3,1%. Entre os pacientes infectados por HP, a maioria (94,3%) apresentava gastrite a endoscopia digestiva alta, sendo gastrite enantemática a mais comumente encontrada. Na análise histopatológica, também a maioria (97,1%) dos pacientes apresentava algum grau de gastrite, com 80% classificados com gastrite crônica moderada. Cepas cagA positivas foram encontradas em 64,7% dos infectados com HP e entre estes todos tinham gastrite, com predomínio de gastrite crônica moderada (54%), no entanto não se observou correlação com significância estatística entre esses achados. Em adição, também não houve significância estatística para a associação entre infecção por HP e por VEB na população estudada, a baixa prevalência de VEB nesta análise sugere que esse vírus não é um agente etiológico das lesões da mucosa gástrica. No nosso conhecimento, este é o primeiro estudo que relaciona estes dois agentes infecciosos na mucosa gástrica de crianças e adolescentes do norte do Brasil. Conclusão: A maioria dos achados deste estudo se assemelha aos relatos da literatura, contudo evidenciou-se a necessidade de estudos com maior casuística, envolvendo a população pediátrica imunocompetente afim de melhor esclarecer se há ou não correlação entre a infecção por HP e VEB em nossa região.
  • CAROLINA DOS SANTOS ARAUJO
  • Influência de Parâmetros Espaciais do Estímulo Sobre Potenciais Corticais Visuais Provocados Gerados por Estimulação Pseudo-aleatória
  • Data: 08/03/2013
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  • As contribuições dos mecanismos de detecção de contraste ao potencial cortical provocado visual (VECP) têm sido investigadas com o estudo das funções de resposta ao contraste e de resposta à frequência espacial. Anteriormente, o uso de sequências-m para o controle da estimulação era restrito à estimulação eletrofisiológica multifocal que, em alguns aspectos, se diferencia substancialmente do VECP convencional. Estimulações únicas com contraste espacial controlado por sequências-m não foram extensivamente estudadas ou comparadas às respostas obtidas com as técnicas multifocais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da frequência espacial e do contraste de redes senoidais no VECP gerado por estimulação pseudoaleatória. Nove sujeitos normais foram estimulados por redes senoidais acromáticas controladas por uma sequência-m binária pseudoaleatória em 7 frequências espaciais (0,4 a 10 cpg) em 3 tamanhos diferentes (4º, 8º e 16º de ângulo visual). Em 8º, foram testados adicionalmente seis níveis de contraste (3,12% a 99%). O kernel de primeira ordem não forneceu respostas consistentes com sinais mensuráveis através das frequências espacias e dos contrastes testados – o sinal foi muito pequeno ou ausente – enquanto o primeiro e o segundo slice do kernel de segunda ordem exibiram respostas bastante confiáveis para as faixas de estímulo testadas. As principais diferenças entre os resultados obtidos com o primeiro e o segundo slice do kernel de segunda ordem foram o perfil das funções de amplitude versus contraste e de amplitude versus frequência espacial. Os resultados indicaram que o primeiro slice do kernel de segunda ordem foi dominado pela via M, porém para algumas condições de estímulo, pôde ser percebida a contribuição da via P. Já o segundo slice do kernel de segunda ordem refletiu contribuição apenas da via P. O presente trabalho estende achados anteriores sobre a contribuição das vias visuais ao VECP gerado por estimulação pseudoaleatória para uma grande faixa de frequências espaciais.
  • ANA CAROLINA ALVES DE OLIVEIRA
  • REDUÇÃO DO VOLUME HIPOCAMPAL, PERDA NEURONAL E ALTERAÇÕES GLIAIS EM RATOS EXPOSTOS CRONICAMENTE AO ETANOL DA ADOLESCÊNCIA À FASE ADULTA
  • Data: 04/03/2013
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  • O consumo de etanol (EtOH) é considerado um problema de saúde pública do Brasil e no mundo, sendo alvo de pesquisas epidemiológicas e de seus efeitos no organismo durante as várias etapas do desenvolvimento humano. Neste contexto, torna-se necessário o entendimento dos efeitos do EtOH no Sistema Nervoso Central, mais especificamente sobre a formação hipocampal, pois embora seja conhecida como uma estrutura particularmente sensível aos seus efeitos deletérios do EtOH, os mecanismos subjacentes aos efeitos de exposição crônica são pouco estabelecidos. O presente estudo objetiva verificar quais as repercussões da exposição crônica ao EtOH em ratos, desde a adolescência até a idade adulta, sobre os padrões morfométricos e morfologia hipocampal. Ratos Wistar, fêmeas, receberam EtOH por gavagem (6,5 g/kg/dia, 22,5% V/v), do 35º ao 90º dia pós-natal, sendo comparado com grupo controle, o qual recebeu apenas água destilada. Foi realizada análise morfométrica e estereológica, bem como histoquímica e imunoistoquímica. Para a marcação imunoistoquímica, utilizou-se os anticorpos Anti-NeuN, Anti-GFAP e Anti-Iba1. Verificou-se perda neuronal significativa em CA1 e hilo, com CA3, apresentando diminuição não significante no número de células Neu-N+. Também foi encontra redução significativa da população microglial em todas as áreas investigadas, com ativação destas células. Houve redução no número de astrócitos em animais expostos ao EtOH em todas as áreas, embora não de forma significativa em CA1. Análise estereológica evidenciou redução de volume na formação hipocampal de ratos expostos ao EtOH em relação ao grupo controle. Desta forma, conclui-se que animais expostos cronicamente ao EtOH, sofrem redução volumétrica e perdas neuronal e glial na formação hipocampal.
  • MADACILINA DE MELO TEIXEIRA
  • PADRÕES NEUROPATOLÓGICOS NAS SUBSTÂNCIAS BRANCA E CINZENTA REVELADOS POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA E DÉFICITS NEUROLÓGICOS CORRESPONDENTES EM CRIANÇAS COM ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO PROGRESSIVA DA INFÂNCIA
  • Data: 17/01/2013
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  • A Encefalopatia Crônica Não Progressiva da Infância (ECNP) é a sequela neurológica com maior comprometimento motor para a criança, e continua sendo na atualidade a hipóxicoisquemia perinatal a maior causa de lesão cerebral. É conhecida como Paralisia Cerebral, sendo definida por uma sequela de agressão encefálica, caracterizada, principalmente, por um transtorno persistente, mas não invariável do tônus, da postura e do movimento, que aparece na primeira infância. A caracterização da ECNP se faz considerando as condições anatômicas, etiológicas, semiológicas e não evolutiva. Neste estudo adotou-se a classificação baseada em aspectos anatômicos e clínicos, que enfatizam o sintoma motor, enquanto elemento principal do quadro clínico. A neuroimagem tem fundamental importância para o diagnóstico e prognóstico de lesões cerebrais, exercendo a importante função de descartar ou confirmar a presença de lesões em recém-nascidos e nas crianças com alterações no desenvolvimento. A Tomografia Cerebral (TAC) e a Ressonância Magnética do Crânio (RM) vêm desempenhando enorme papel para o estudo dos vários tecidos que constituem o sistema nervoso. Assim este estudo teve o objetivo geral de avaliar os padrões neuropatológicos nas substâncias branca e cinzenta, obtidos por TAC ou RM de Crânio, de pacientes com história clínica de ECNP hipóxico-isquêmica perinatal, correlacionando os dados obtidos por neuroimagem com os padrões motores obtidos por exame clínico-neurológico. Foram obedecidas as normas vigentes para estudo em seres humanos impostas pela Resolução CNS 196/96, submetida ao Comitê de Ética e Pesquisa da Plataforma Brasil sob o Nº 112168. A população foi constituída por pacientes com idade de zero a sete anos, de ambos os sexos, atendidos no Ambulatório de Paralisia Cerebral do Projeto Caminhar do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS), com diagnóstico de ECNP. A amostra do estudo foi composta por 15 crianças com diagnóstico de ECNP por Hipóxia neonatal. Para o diagnóstico radiológico em neuroimagem foram utilizados os dados dos laudos da TAC e da RM de Crânio. A avaliação clínico-neurológica utilizou para a avaliação do movimento o modelo da escala Gross Motor Function Classification System (GMFCS E&R), elaborada por Palisano, que gradua a criança em cinco níveis no qual o Nível I corresponde à normalidade e o Nível V a maior gravidade de limitação. Das 15 crianças avaliadas quanto ao movimento e a relação do Nível de Motricidade pela GMFCS E&R 05 crianças apresentavam nível V, 04 crianças nível IV, 05 crianças nível III e 01 criança nível II. Quanto ao imageamento cerebral 46% realizaram TAC e 54% RM do Crânio. A RM de Crânio apresentou-se neste estudo como a imagem de eleição, pois das 8 crianças que realizaram o exame, 6 apresentavam alterações. Ficou evidente que o exame por imagem de eleição para a criança que apresenta Encefalopatia Crônica não Progressiva é a RM de Crânio, podendo se adotar como protocolo para a conclusão diagnóstica, evitando expor a criança a uma carga elevada de RX como ocorre na TAC, e ainda, evitando gastos desnecessários para a saúde pública.
  • ADEMIR FERREIRA DA SILVA JUNIOR
  • INTOXICAÇÃO CRÔNICA EXPERIMENTAL COM ALUMÍNIO: PADRÕES DEGENERATIVOS, COMPORTAMENTAIS E TERAPIA EXPERIMENTAL COM MAGNÉSIO APÓS LESÃO HIPOCAMPAL
  • Data: 17/01/2013
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  • Evidências experimentais sugerem que o alumínio é um agente neurotóxico com ações deletérias sobre os processos cognitivos. No entanto, poucos estudos investigaram os efeitos neurocomportamentais da intoxicação experimental com alumínio. Neste estudo, investigou-se os efeitos comportamentais, histopatológicos e bioquímicos da intoxicação crônica com citrato de alumínio sobre o hipocampo de ratos adultos, ao mesmo tempo delineando terapia experimental de tratamento com magnésio para a reversão das alterações neuropatológicas encontradas. Utilizou-se 70 ratos Wistar machos de 230-250 g, divididos em 1 grupo (G1) citrato de sódio, grupo controle (G2), grupo citrato de alumínio (G3), citrato de alumínio + sulfato de magnésio (G4), citrato de sódio + sulfato de magnésio (G5). A dose usada de citrato de alumínio foi de 100 mg/kg e sulfato de magnésio 250 mg/kg. O neurotóxico foi administrado por via intragástrica, durante 30 dias. Os animais foram submetidos aos testes comportamentais do campo aberto, Rota rod, Reconhecimento social e Labirinto em T elevado (LTE). Além disso, foi verificado os níveis de alumínio no soro e no hipocampo dos animais em espectrômetro de absorção atômica em forno de grafite (GF AAS) e análise imunoistoquímica para NeuN e GFAP. Verificou-se que o grupo G3 apresentou um aumento da atividade locomotora no teste do campo aberto em comparação ao grupo controle e já o grupo G4 apresentou uma diminuição (P<0.001). Nos testes de memória do LTE e de Reconhecimento social, os animais do grupo G3 apresentaram um déficit no aprendizado em relação aos demais grupos e já os animais do grupo G4 apresentaram um bom desempenho nos teste (P<0.001). Os níveis de alumínio encontrados no hipocampo do grupo G3 foi consideravelmente elevado e nos grupos G1, G2 e G4 os níveis ficaram abaixo do limite de detecção do equipamento. Estes resultados sugerem que a intoxicação experimental com citrato de alumínio induz déficits de aprendizado e memória e que a administração de sulfato de magnésio pode ter a capacidade de minimizar os danos causados pelo metal no hipocampo de animais intoxicados.
2012
Descrição
  • SOANNE CHYARA DA SILVA SOARES
  • INDUÇÃO DE PLASTICIDADE CEREBRAL POR REMOÇÃO DA MATRIZ EXTRACELULAR APÓS LESÃO ISQUÊMICA NO CORTEX SENSÓRIO-MOTOR DE RATOS.
  • Data: 14/12/2012
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  • O acidente vascular cerebral (AVC) é a terceira maior causa de mortalidade e incapacidade no mundo e a principal causa de mortes no Brasil. Após a lesão isquêmica, pela capacidade limitada do Sistema Nervoso Central (SNC) se regenerar, os déficits funcionais geralmente são incapacitantes e permanentes. A incapacidade de regeneração decorre, dentre outros fatores, do acúmulo de proteoglicanos de sulfato de condroitina (PGSC) no local da lesão, inibindo a plasticidade no microambiente extracelular. A enzima condroitinase ABC (ChABC) tem se mostrado eficiente para degradar os PGSC, proporcionando plasticidade. Esta pesquisa se propõe a avaliar o efeito da remoção de PGSC após uma lesão isquêmica no córtex sensório-motor primário de ratos. Para tal, utilizou-se 20 ratos Wistar, em 4 grupos experimentais, controle e tratado, com tempo de sobrevida de 7 e 14 dias. Induziu-se uma lesão isquêmica através de microinjeções do vasoconstritor ET-1 (Endotelina-1) no córtex sensório-motor, implantou-se um polímero de Etileno vinil acetato saturado com ChABC (tratado) ou BSA (controle). Morfologicamente, avaliamos a área de lesão, que se mostrou sem diferença estatística entre grupo controle 7 dias (média de 1653,8 ± 162,57mm2), tratado 7 dias (média de 2067,3 ± 235,42mm2), controle 14 dias (média de 1267,16 ± 280,6mm2), tratado 14 dias (média de 1323,8 ± 297,05mm2) após lesão; a quantidade de astrócitos, que também se mostrou sem diferença estatística entre grupo controle 7 dias (média de 16,6±4,67 células/campo), tratado 7 (média de 21,07±1,87 células/campo) e controle 14 (média de 17,46±0,80 células/campo), tratado 14 (média de 18,51±2,60 células/campo) dias após lesão; e a expressão de controitin degradado, que qualitativamente foi mais expresso nos ratos tratados 7 e 14 dias após lesão. Comportamentalmente, no teste do cilindro, animais tratados tiveram índice de assimetria menor já em 7 dias após lesão, com diferença significativa entre os grupos. No teste da escada horizontal, os animais tratados tiveram menor diferença intragrupo que os controles. Em 7 dias após lesão, já estavam com o mesmo desempenho funcional que seu pré-cirúrgico. Os dados comportamentais demonstram que a ChABC foi eficaz na melhora do desempenho funcional de maneira precoce, o que significa que a degradação das PGSC abre uma janela plástica na lesão isquêmica cortical, sem influenciar no tamanho da lesão e quantidade de astrócitos na cicatriz glial, porém com melhora do desempenho funcional de maneira precoce. Novos estudos devem ser realizados, associando a ChABC a terapêuticas adjuvantes no tratamento de lesões isquêmicas experimentais.
  • JEFFERSON JOSE SODRE FERRAZ
  • Prevalência e Associação da Infecção por Helicobacter pylori e do Vírus de Epstein-Barr em Adenocarcinoma Gástrico, em uma População do Norte do Brasil.
  • Data: 13/12/2012
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  • As neoplasias gástricas são a segunda maior causa de morte por câncer e apesar das descobertas sobre a fisiopatologia das células tumorais, o câncer é considerado como, no melhor das hipóteses, minimamente controlado pela medicina moderna. O carcinoma gástrico é uma das poucas neoplasias malignas nas quais os agentes infecciosos tem um importante papel etiológico. O objetivo do presente trabalho foi pesquisar a prevalência e o grau de associação da infecção por Helicobacter pylori e do vírus de Epstein-Barr em adenocarcinoma gástrico, em uma população do norte do Brasil. Foram analisadas 125 amostras de adenocarcinoma gástrico que foram submetidas à técnica de PCR para detecção de H. pylori e da cepa cagA de H. pylori, à técnica de hibridização in situ para detecção do EBV e à análise histopatológica para determinação de características clínico-patológicas e epidemiológicas. Observou-se o maior acometimento de pacientes do sexo masculino (68%) e de faixa etária acima de 50 anos (78%). A prevalência encontrada para H. pylori foi de 88%, e foi considerada alta quando comparada a estudos anteriores na região norte. A prevalência encontrada para o EBV foi de 9,6%. Os pacientes positivos para H. pylori-cagA+ apresentaram um risco relativo aumentado para adenocarcinoma do tipo intestinal. A frequência para os estádios III e IV foi de 82,4%, evidenciando que o diagnóstico desta neoplasia é geralmente realizado tardiamente. Os casos positivos para urease apresentaram um fator de risco relativo (OR=4,231) maior que quatro vezes, para H. pylori-cagA+, que é a cepa mais virulenta de H. pylori. Não houve significância estatística para a associação entre H. pylori e EBV na população estudada, porém os casos positivos para EBV apresentaram 100% de positividade para H. pylori, sugerindo uma possível atuação sinérgica destes agentes na carcinogênese gástrica.
  • FERNANDA CABRAL SOARES
  • ENVELHECIMENTO, LINGUAGEM, E MEMÓRIA VISUO-ESPACIAL: um estudo comparativo exploratório do desempenho humano em testes neuropsicológicos selecionados
  • Data: 06/12/2012
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  • O reconhecimento dos limites entre o envelhecimento normal e o patológico é essencial para a adoção de políticas de saúde baseadas em evidências par o grupo etário acima de 65 anos. Este estudo é parte de um esforço sistemático que o grupo de pesquisa do Laboratório de Investigações em Neurodegeneração e Infecção da Universidade Federal do Pará tem feito para fornecer informações translacionais sobre a neurobiologia do envelhecimento normal e alterada. O objetivo principal em longo prazo é permitir políticas públicas para o envelhecimento saudável na Região Amazônica. No presente trabalho investigamos os efeitos do envelhecimento sobre os desempenhos em testes neuropsicológicos selecionados para avaliar aprendizagem, memória e alterações de linguagem. 29 adultos jovens (29,9 ± 1,06 anos) e 31 idosos (74,1 ± 1,15 anos) saudáveis foram submetidos aos testes e os resultados de seus desempenhos foram comparados por testes paramétricos e estatística multivariada. Uma avaliação geral e uma variedade de testes cognitivos, incluindo Mini Exame do Estado Mental, tarefas visuo-espaciais de aprendizagem e de memória da bateria de testes neuropsicológicos automatizados - CANTAB e testes de linguagem incluindo fluência verbal semântica e fonológica, teste de nomeação de Boston reduzido, performance narrativa utilizando a figura “o roubo dos biscoitos” e alguns testes da Bateria Montreal de Comunicação - MAC. O programa BioEstat versão 5.0 e o pacote estatístico SPSS foram utilizados para a análise. O teste paramétrico t de Student ou o não paramétrico de Mann-Whitney foram aplicados para detectar diferenças significativas (fixadas em valores de p <0,05). Os grupos foram pareados por escolaridade e incluiu homens e mulheres. A análise das subcategorias que compõem o MEEM mostrou diferença significativa apenas na recuperação da memória de evocação de lista de palavras, em que o grupo de idosos apresentou pior desempenho em comparação com o grupo de jovens. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os desempenhos de idosos e jovens adultos nos seguintes testes de linguagem: 1) Nomeação de Boston, 2) Testes de Narrativa, 3) Metáforas; 4) Prosódia Emocional e Linguística. Em comparação com os adultos jovens, indivíduos idosos apresentaram pior desempenho em 10 medidas diferentes nos testes de memória visuo-espacial e de aprendizagem do CANTAB. Distâncias Euclidianas e análise discriminante obtidas a partir do CANTAB e dos testes de linguagem demonstraram que os primeiros distinguem os grupos com maior resolução. Apesar de que o número de indivíduos avaliados é insuficiente para generalizar conclusões para a população residente na área metropolitana de Belém, sugerimos que a aplicação em larga escala de testes selecionados da bateria CANTAB, tanto em estudos transversais como em longitudinais, vai aumentar nossa capacidade de resolução na distinção dos limites entre o envelhecimento normal e o patológico.
  • OTAVIO AUGUSTO DE ARAUJO COSTA FOLHA
  • EFEITO DO AMBIENTE SOBRE O PERÍODO CRÍTICO DE PLASTICIDADE DO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL DE RATOS
  • Data: 19/11/2012
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  • O período crítico de plasticidade do córtex cerebral é a etapa do desenvolvimento pós-natal do sistema nervoso onde os circuitos neurais são mais suscetíveis à mudanças influenciadas por informações oriundas do ambiente. No córtex pré-frontal de humanos, responsável pelas funções executivas, o período crítico de plasticidade estende-se desde o nascimento até o final da adolescência e início da vida adulta. Isto é definido, entre outros fatores, pelo amadurecimento das redes perineuronais, uma estrutura especializada da matriz extracelular, localizada em volta do corpo celular e dendritos proximais de interneurônios inibitórios. O objetivo desta pesquisa foi verificar o efeito do ambiente em etapas distintas da adolescência sobre a estrutura e a função do córtex pré-frontal de ratos e a distribuição da expressão espacial e temporal das redes perineuronais sob estas condições. As funções executivas foram avaliadas através de testes comportamentais medindo a capacidade de memória operacional e a inibição comportamental. Observamos que estímulos estressores crônicos imprevisíveis provocam alterações no período crítico de plasticidade do córtex pré-frontal e, consequentemente, influenciam o amadurecimento das funções executivas. Observamos também que o estresse crônico induz modificação no padrão de amadurecimento das redes perineuronais no córtex pré-frontal. Estes resultados indicam a vulnerabilidade do córtex pré-frontal de ratos adolescentes para os efeitos negativos de estímulos ambientais estressores sobre o período crítico de plasticidade.
  • JORGE DORES RISSINO
  • ANÁLISE DE CÉLULAS-TRONCO ADULTAS (CTA) EM CULTURA DE CÉLULAS DE TECIDO EPITELIAL DE PEQUENOS ROEDORES (RODENTIA-STRICOGNATHI- SCIUROGNATHI)
  • Data: 13/11/2012
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  • As células-tronco adultas (CTA) são células multipotentes e não especializadas encontradas na medula óssea, no sangue periférico, na córnea, na retina, no cérebro, no músculo esquelético, na polpa dental, no fígado, no pâncreas, no epitélio da pele, no sistema digestivo, no cordão umbilical e na placenta. Estas células podem se renovar e reproduzir indefinidamente e, sob certos estímulos, se transformar em células especializadas de diferentes tecidos ou órgãos. O presente trabalho tem como objetivo a obtenção de CTA a partir de tecido epitelial de roedores silvestres de espécies diferentes (Oecomys concolor - um exemplar fêmea, Proechimys roberti - dois exemplares machos, Hylaeamys megacephalus - dois exemplares machos). A metodologia para isolamento e cultivo in vitro de amostras do tecido epitelial foi estabelecida, a partir de protocolos já descritos, avaliando aspectos morfológicos, estabilidade genômica, contagem e análise da viabilidade celular, potencial clonogênico e indução de diferenciação em osteócitos, condrócitos e adipócitos. Todas essas análises foram feitas pós-criopreservação das culturas. As CTA foram caracterizadas como população homogênea de células que proliferam in vitro, como células aderentes à superfície do plástico, tendo morfologia semelhante a fibroblastos e formato fusiforme, com alta taxa de crescimento e proliferação celular por várias passagens sucessivas, onde a autorrenovação celular foi avaliada por ensaios clonogênicos. Na análise para examinar a estabilidade genômica na P3, todas as amostras apresentaram cariótipo com número diplóide normal e estável. A metodologia empregada nos ensaios para diferenciação das CTA em linhagens osteogênica, condrogênica e adipogênica, apresentou resultados satisfatórios, onde as células mostraram a marcação desejada através das colorações Alizarin Red S, Alcian Blue e Oil Red O, respectivamente. Todas as amostras testadas apresentam capacidade de proliferação e diversidade de diferenciação, sendo potencialmente fornecedores de CTA provenientes da pele e podendo ser utilizados como organismos modelos de estudos em CT.
  • NONATA LUCIA TREVIA DA SILVA
  • ACUIDADE VISUAL E MATRIZ EXTRACELULAR NO CÓRTEX VISUAL PRIMÁRIO: ALTERAÇÕES ASSOCIADAS À PRIVAÇÃO MONOCULAR PRECOCE E AO ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL
  • Data: 08/11/2012
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  • O objetivo do presente trabalho é analisar a influência do enriquecimento ambiental sobre a acuidade visual e a distribuição das redes perineuronais (RPNs) no córtex visual primário de camundongos submetidos à privação monocular durante o período crítico pós-natal. Camundongos suíços albinos fêmeas foram submetidos à sutura da pálpebra direita no 10º dia pós-natal (M, n=16), enquanto que os animais do grupo binocular não foram submetidos a nenhum procedimento cirúrgico (B, n=16). Ao completarem 21 dias, os animais foram subdivididos em: ambiente padrão e ambiente enriquecido, constituindo os grupos M.AP, M.AE, B.AP e B.AE. Após três meses, os animais foram submetidos ao teste de acuidade visual, perfundidos e secções coronais de seus cérebros processadas para histoquímica da lectina Wisteria floribunda e posterior quantificação através do método estereológico do fracionador óptico. Os animais do grupo B.AP apresentaram acuidade visual de 0.48 ciclos/grau, enquanto que aqueles alojados em ambiente enriquecido (B.AE) apresentaram um melhor desempenho do teste, atingindo 0.996 ciclos/grau. A acuidade visual foi significantemente menor nos animais submetidos à privação monocular (M.AP 0.18 ciclos/grau; M.AE 0.4 ciclos/grau). Os resultados estereológicos revelaram que o ambiente enriquecido aumenta o número de RPNs tipo 1 e de RPNs total nas camadas supragranular e granular em ambos os hemisférios nos camundongos submetidos à privação monocular (ANOVA dois critérios, p<0.05), sendo que essa diferença na camada granular é decorrente principalmente do aumento das redes perineuronais da matriz extracelular no hemisfério direito. Na camada infragranular, os animais do grupo M.AE apresentaram um aumento apenas no número de RPNs tipo 1.
  • KEURI ELEUTERIO RODRIGUES
  • AVALIAÇÃO ELETRORRETINOGRÁFICA DE RATOS WISTAR JOVENS SUBMETIDOS À TIREOIDECTOMIA BILATERAL

  • Data: 31/10/2012
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  • A tireoide sintetiza a tiroxina (T4) e a 3,5,3’-triiodotironina (T3), ambos hormônios apresentam uma função crucial no desenvolvimento do sistema nervoso central, incluindo o sistema visual e a retina. A diminuição dos níveis sanguíneos do T3 e T4 ocasionam uma síndrome denominada de hipotireoidismo, o que pode levar à prejuízos visuais. Os déficits visuais gerados pelo hipotireoidismo estão diretamente relacionados ao período de desenvolvimento do indivíduo. Foi demonstrado em modelos murinos que o hipotireoidismo congênito diminui a espessura da retina, o número de células, e interfere na diferenciação da subpopulação de cones M. Desta forma buscaremos investigar possíveis alterações funcionais na retina de ratos wistar jovens após a tireoidectomia bilateral, utilizando respostas eletrofisiológicas não invasivas. Para tanto, dividimos os ratos em três grupos (controle, sham e tireoidectomizado) cada um contendo ≥ 8 animais. As cirurgias foram realizadas 30 dias pós-natal. Os eletrorretinogramas de campo total foram realizados 10, 15, 20, 25 e 30 dias após a cirurgia, utilizando protocolos para avaliar a resposta escotópica máxima, resposta fotópica (com e sem o uso de filtros de luz) e a resposta ao flicker (12, 15, 18 e 30 Hz). Os parâmetros analisados foram o tempo implícito e a amplitude das ondas a e b. Além disso, realizamos o monitoramento dos parâmetros clínicos dos animais, visando identificar características que indiquem um quadro de hipotireoidismo, bem como a dosagem dos hormônios tireoidianos. Os resultados obtidos demonstraram que em todos dos protocolos de estimulação utilizados no ERG houve diminuição nas amplitudes das ondas a e b nos animais tireoidectomizados em todos os dias avaliados após a cirurgia, quando comparados com animais do grupo controle e sham. Os resultados da avaliação do tempo implícito para ambas as ondas não demonstraram diferença estatística quando comparamos os diversos grupos ao controle. Também podemos constatar uma redução do ganho de peso e tamanho nos animais que sofreram tireoidectomia, associados à redução dos níveis de hormônio tireoidiano (T3). Concluímos dessa forma que os hormônios tireoidianos estão diretamente ligados a alterações funcionais na retina dos animais que sofreram tireoidectomia, bem com, na redução da aquisição de peso e aumento de tamanho.
  • MARCUS AUGUSTO DE OLIVEIRA
  • INFLUÊNCIA DO TAMANHO DA NINHADA SOBRE O DECLÍNIO COGNITIVO E A MORFOLOGIA MICROGLIAL DA CAMADA MOLECULAR DO GIRO DENTEADO EM Rattus novergicus

  • Data: 11/10/2012
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  • Tem sido proposto que o envelhecimento está associado à alteração inflamatória no sistema nervoso central de roedores, mas não se sabe se as mudanças microgliais induzidas pelo envelhecimento são afetadas pelo ambiente pós-natal associado ao tamanho da ninhada. Por outro lado a camada molecular do giro denteado lateral tem sido reconhecida como o alvo principal do input da via perfurante cuja integridade sináptica é essencial para formação de memória da identidade e da localização espacial de objetos. No presente trabalho investigamos se ou não as mudanças morfológicas microgliais induzidas pelo envelhecimento são influenciadas por mudanças no tamanho da ninhada no início da vida. Para avaliar essas questões, ratos da variedade Wistar amamentados em ninhadas de 6 ou 12 filhotes por nutriz foram mantidos sedentários em grupos de 2-3 do 21o dia pós-natal em diante. Aos 4 (adulto) ou aos 23 (velho) meses de idade, os animais foram submetidos a testes de memória espacial e de reconhecimento da forma de objetos, sacrificados, perfundidos com fixador aldeídico e tiveram seus cérebros processados ​​para imunomarcação seletiva para microglias/macrófagos com anticorpo anti Iba-1. A seguir uma fração representativa das células imunomarcadas da camada molecular do giro denteado foi reconstruida em três dimensões usando o programa Neurolucida e as características morfológicas de cada célula foram quantificadas com o software Neuroexplorer. Foi encontrado que os animais mantidos em gaiolas padrão de laboratório durante toda a vida apresentaram déficits de memória espacial independente da idade e não importando o tamanho da ninhada. Por outro lado todos os indivíduos idosos não importando o tamanho da ninhada tiveram sua memória de reconhecimento de objeto prejudicada.  A análise da morfologia microglial revelou  que a área e o perímetro do corpo celular e o volume dos ramos parecem ser afetados mais intensamente pelo envelhecimento e que essa alteração é mais acentuada nos animais de ninhada grande. Além disso, observou-se retração e espessamento dos ramos nos animais velhos em maior proporção nos animais de ninhadas grandes. Tomados em conjunto os resultados demonstram que o tamanho da ninhada pode afetar a memória de reconhecimento da forma e da localização espacial de objetos em ratos adultos maduros e velhos e que esse feito é agravado pelo envelhecimento. Além disso, sugerimos que essas mudanças estão associadas a efeitos distintos sobre o soma e o padrão de ramificação das microglias da camada molecular dos animais maduros e idosos.

  • RENATA RODRIGUES DOS REIS
  • ESTUDO DAS ALTERAÇÕES NEURPATOLÓGICAS E DOCOMPORTAMENTO EM TAREFAS HIPOCAMPODEPENDENTES INDUZIDAS PELA ENCEFALITE EXPERIMENTAL AGUDA ASSOCIADA AO VÍRUS PIRY

  • Data: 05/10/2012
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  • Este trabalho investiga as alterações neuropatológicas e do comportamento em

    tarefas hipocampo-dependentesinduzidas pela encefalite experimental aguda associada

    ao vírus Piry. Três janelas temporais (3, 7 e 10 dias após a inoculação) foram avaliadas

    e dois ambientes testados de forma a avaliar se o enriquecimento ambiental é influencia

    as alterações associadas à infecção. Camundongos fêmeas de dois meses de idade foram

    mantidos em ambientes empobrecido (IE) ou enriquecido (EE) durante seis meses e

    foram testados para as atividades de burrowing, de campo aberto e de discriminação

    olfatória. Após esse período os animais foram inoculados por via intranasal com 5μlde

    homogenado de cérebro normal (NBH) ou homogenado de cérebro infectado pelo vírus

    Piry (PY) e então reorganizados nos seguintes grupos: IENBH, IEPY, EENBH e EEPY,

    com cinco animais cada. Três, sete e dez dias após a inoculação (dpi), os animais de

    cada janela temporal foram perfundidos com fixador aldeídico. Os encéfalos foram

    removidos, seccionados e as secções foram processadas para imunohistoquímica para

    anti-Piry e para anti-Iba-1 para marcação dos antígenos virais e de

    macrófagos/micróglias, respectivamente. Quantificações estereológicas foram feitas em

    cada camada celular de CA3 usando o método do fracionador óptico.Estimativas do

    fracionador óptico mostraram que não houve alteração da estimativa do número total de

    micróglias em CA3 nos grupos analisados, indicando que a infecção não alterou o

    número de células, mas a morfologiadas micróglias, que se mostraram mais ativadas no

    grupo IEPY do que no grupo EEPY. Os resultados revelaram a presença de antígenos

    virais no bulbo olfatório, córtex piriforme, estriado e fimbria, ao longo da via olfatória.

    A atividade de burrowing no grupo IEPY diminuiu na primeira janela temporal e

    permaneceu baixa até a última janela, enquanto que no grupo EEPY não houve

    alteração neste teste. Na atividade de campo aberto, o grupo IEPY aumentou o tempo

    imóvel já na primeira janela e continuou aumentando até a última; reduziu o número de

    linhas cruzadas na segunda janela e permaneceu reduzindo na última; e diminuiu o

    tempo na zona central na segunda e última janela. Já o grupo EEPY, aumentou o tempo

    imóvel e reduziu o número de linhas cruzadas na segunda janela. No teste de

    discriminação olfatória, o principal grupo afetado foi o grupo IEPY, que não

    discriminou os dois odores na última janela, enquanto que o grupo EEPY não teve

    alteração na discriminação.

  • LUCIANA FERNANDES PASTANA RAMOS
  • EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE FOLHAS DE MOGNO (Swietenia macrophylla) EM MODELO IN VIVO DE DOENÇA DE PARKINSON COM LESÃO COM 6-HIDROXIDOPAMINA

  • Data: 28/09/2012
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  • A doença de Parkinson (DP) é caracterizada por uma degeneração progressiva dos neurônios dopaminérgicos da substância negra e pela presença de sinais clínicos clássicos, tais como bradicinesia, rigidez muscular, tremor em repouso e instabilidade postural. A etiologia ainda é desconhecida e as opções de tratamento disponíveis promovem apenas o alívio dos sintomas. Nesse sentido, os modelos experimentais de DP são fundamentais em estudos visando identificar os eventos moleculares envolvidos na doença e a descoberta de novas terapias neuroprotetoras. Este trabalho utilizou um modelo de hemiparkinsonismo, com lesão induzida por 6- hidroxidopamina (6-OHDA), e investigou os efeitos do extrato aquoso de folhas de mogno (Swietenia macrophylla) sobre as células dopaminérgicas da substância negra pars compacta (SNpc) e sobre parâmetros comportamentais avaliados no teste do campo aberto e no teste de rotações induzidas por apormofina. Os resultados mostraram que os animais lesionados com 6-OHDA apresentaram rotação contralateral induzida por apomorfina e redução significativa dos neurônios dopaminérgicos na SNpc. Entretanto, apenas o grupo injetado com 6-OHDA e tratado com mogno apresentou diminuição significante de neurônios no lado injetado em relação ao grupo veículo/veículo. Houve também um decréscimo significante na ambulação e na bipedestação no grupo 6-OHDA/mogno. Com isso, nós concluímos que o mogno não inibiu ou diminuiu a degeneração de células dopaminérgicas induzida pela 6-OHDA e ainda promoveu a piora do quadro comportamental dos animais.

  • HENRIQUE FONSECA SOUSA DO NASCIMENTO
  • AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTIGENOTÓXICO E ANTICITOTÓXICO DO BIOPRODUTO
    MÉTODO CANOVA®

  • Data: 28/09/2012
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  • O Método CANOVA homeopática. CA é indicado em condições clínicas nas quais o sistema imune se

    encontre comprometido. O N-Metil-N-Nitrosoureia (NMU) é um agente N-nitroso alquilante

    e carcinogênico utilizado como modelo experimental em roedores e macacos. O NMU

    também apresenta efeitos genotóxicos/mutagênicos analisáveis por testes clássicos de

    detecção de danos ao DNA e aberrações cromossômicas. Apesar de vários estudos

    terem demonstrado resultados promissores na utilização do medicamento CA, não

    existem trabalhos relatando possíveis efeitos antigenotóxicos deste medicamento, a

    despeito de seu potencial anticarcinogênico. Assim, o presente trabalho avaliou

    efeitos antigenotóxicos e anticitotóxicos do medicamento CA em linfócitos humanos

    expostos ao NMU. Foram utilizadas amostras de linfócitos humanos que foram

    submetidos a diferentes concentrações de uma mistura contendo CA e NMU. A

    viabilidade das células expostas ao NMU foi avaliada pelo ensaio MTT, a

    genotoxicidade/antigenotoxicidade do CA foi avaliada pelo teste do cometa e a

    anticitotoxicidade do CA foi verificada pela quantificação de apoptose e necrose utilizando

    corantes fluorescentes (laranja de acridina/brometo de etídeo). No teste MTT verificamos

    que o NMU conseguiu diminuir a viabilidade dos linfócitos de forma significativa. No teste

    do cometa foi observado que CA diminui significativamente os danos ao DNA induzidos

    pelo NMU, caracterizando um claro efeito antigenotóxico do composto homeopático. CA

    também diminuiu de forma significativa a freqüência de apoptose induzida pelo NMU em

    leitura realizada após 24 horas de tratamento. Concluímos que o CA apresentou um efeito

    antigenotóxico e anticitotóxico nas condições avaliadas no presente estudo,

    demonstrando, assim, um claro potencial citoprotetor.

    ® (CA) é um imunomodulador brasileiro de formulaçãoin vitro os

  • ENIO MAURICIO NERY DOS SANTOS
  • ANÁLISE COMPARATIVA DOS PADRÕES NEURODEGENERATIVOS DA SUBSTÂNCIA CINZENTA EM DIFERENTES ÁREAS CORTICAIS DE RATOS ADULTOS SUBMETIDOS À LESÃO ISQUÊMICA FOCAL

  • Data: 27/09/2012
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  • O objetivo desta investigação foi avaliar o padrão degenerativo de diferentes áreas corticais após lesão isquêmica. Para isso, foi induzida isquemia focal com injeção estereotáxica de endotelina -1 no córtex de ratos machos Wistar adultos (72 animais no total, divididos em 18 grupos), e nos animais controle apenas injetou-se solução salina estéril, ambas acompanhadas de um corante inerte azul de colanil. Os animais foram perfundidos 1, 3, e 7 dias após  o evento isquêmico. O cérebro removido, pós-fixado, criprotegido, cortado em criostato e os cortes obtidos foram submetidos à investigação imunoistoquímica com os seguintes anticorpos: Anti-GFAP (1:2000,Dako), Anti-ED-1 (Serotec, 1:500) e Anti-Iba1(1:1000, WAKO), além da visualização do padrão lesivo e palor tecidual  com violeta de cresila. As lâminas marcadas pelos diferentes métodos foram avaliadas qualitativamente e algumas também quantitativamente (Anti-ED-1), com contagens realizadas no córtex ipsilateral. Os dados, foram tabulados, submetidos a análise estatística pelo teste de Tukey (p<0,05) e capturadas microfotografias dos achados mais representativos. As lâminas coradas com violeta de cresila revelaram um aumento da densidade celular pela infiltração de células inflamatórias à área isquêmica, com aumento expressivo ao 3º dia e diminuição ao 7º dia, mais evidente no grupo isquêmico que no controle. Nas lâminas imunomarcadas para GFAP foi encontrado aumento progressivo da população de astrócitos, assim como um aumento do volume celular mais evidente também em 3 dias, com maior marcação no córtex Somestésico do que nos demais. A ativação microglial identificada pelas diferentes imunomarcações apresentou seu pico no 3º dia, sendo que a morfologia microglial sofreu variações, sendo encontrado o fenótipo amebóide/fagocítico a partir do 3º dia em todos os grupos avaliados, coincidente com o maior número de células ativadas, sendo o córtex Somestésico mais afetado em relação as áreas motora e associativa.Dessa maneira, os resultados obtidos nos permitem concluir que de acordo com o fenótipo da população de céluas piramidais, o que condiz com a necessidade do animal, tanto maior será a arborização dendrítica  e a quantidade de sinapses por área, o que demanda em um aporte sanguíneo expressivo e necessidades energéticas diferenciadas, tornando esta área mais susceptível a isquemia, neste caso, pela ordem, os córtex Somestésico, Motor e Associativo.

  • VANIA CASTRO CORREA
  • PADRÕES NEUROPATOLÓGICOS NO CÓRTEX SOMESTÉSICO DE RATOS ADULTOS SUBMETIDOS À LESÃO ISQUÊMICA FOCAL

  • Data: 26/09/2012
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  • O Acidente vascular encefálico (AVE) é considerado uma das mais importantes causas de morte no mundo. Poucas condições neurológicas são tão complexas e devastadoras, provocando em seus sobreviventes, déficits neurológicos incapacitantes ou até mesmo a morte. As regiões corticais são comumente afetadas por AVE, o que resulta em perda sensorial e motora. O estabelecimento dos padrões neuropatológicos em regiões corticais, incluindo a área somestésica, é fundamental para a investigação de possíveis intervenções terapêuticas. No presente estudo, investigamos os padrões de perda neuronal, microgliose, astrocitose, neurogênese, e os déficits funcionais no córtex somestésico primário de ratos adultos, submetidos a lesões isquêmicas focais, induzidas através de microinjeções de 40 pmoles de endotelina-1 (ET-1). Foram utilizados 30 ratos (Rattus Norvegicus) da linhagem Wistar, adultos-jovens, pesando em torno de 250-280g. Os animais divididos em 3 grupos de (10), de acordo com o tempo de sobrevida 1 dia, 3 dias e 7 dias. Os animais foram anestesiados com injeção intraperitoneal, de uma mistura de cloridrato de Cetamina (72mg/kg) e Xilazima (9mg/kg), submetidos a cirurgia após os tempos de sobrevida, foram perfundidos. Os animais do grupo de (7dias), um dia antes e sete dias após a cirurgia passaram por uma avaliação, através de testes comportamentais (Escala Neurológica de Bederson, Teste da Colocação da Pata Anterior e Teste do Canto). Analises qualitativa e quantitativa foram realizadas na área somestésica primária. Secções de 50µm foram coradas pela técnica de violeta de cresila, secções de 40 µm foram reagidas pela histoquímica da citocromo oxidase para marcação do campo de barris e secções de 20µm foram marcadas por imunohistoquímicas, para neurônios (anti-NeuN), microglia ativada e não ativada (IBA-1), macrófagos/microglia (ED-1), astrócitos (GFAP) e neuroblastos (DCX). As comparações estatísticas entre os grupos foram feitas por análise de variância (ANOVA), um critério de correção a posteriore de Tukey, considerando-se como nível de significância de 95% e nível de confiança de (p< 0,05). Todas as análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa de computação Bioestat (5.0), o programa Graphpad (Prism 5.0) e o programa Microsoft Office Excel . Os resultados foram os seguintes: A Escala Neurológica de Bederson indicou a gravidade do déficit entre os grupos controles e isquêmicos. O teste de Colocação da Pata Anterior evidenciou a assimetria na resposta entre as patas (afetadas e não afetadas). O Teste do Canto demonstrou assimetria de retorno pelos lados esquerdo e direito, de acordo com os testes. Microinjeções de ET-1 induziram lesão isquêmica focal na área somestésica primária com perda neuronal (NeuN+), significante nos tempos de (3 e 7 dias) após a lesão. Ativação microglial progressiva (ED1+) e (IBA1+) nos tempos de (1, 3 e 7 dias) depois da lesão, ativação progressiva de astrócitos (GFAP+) nos tempos de (1, 3, e 7 dias) após a lesão e presença de  neuroblastos (DCX+), na zona subventricular significantes nos tempos de (3 e 7 dias) . Não houve migração de neuroblastos (DCX+), significativos para o córtex somestésico primário

  • MARIÂNGELA MORENO DOMINGUES
  • ¨ALTERAÇÕES  OXIDATIVAS EM PORTADORES DE DOENÇA DE PARKINSON:CORRELAÇÃO COM CRITÉRIOS CLÍNICOS E ESTÁGIOS DA DOENÇA¨

  • Data: 31/08/2012
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  • A doença de Parkinson (DP) constitui uma das mais prevalentes doenças neurológicas. Nesta doença, ocorre a neurodegeneração do sistema nigroestriatal com alteração da circuitaria neuronal dos núcleos da base levando ao comprometimento motor característico da doença. Os sintomas clássicos são o tremor de repouso, rigidez, acinesia ou bradicinesia e instabilidade postural. A patogênese da DP ainda permanece obscura. No entanto, estima-se que a disfunção mitocondrial e o desenvolvimento de estresse oxidativo na substância negra tenham papel relevante neste processo. O diagnóstico da DP é clinico e normalmente acontece tardiamente, quando a maioria dos neurônios nigrais está degenerada. Alguns trabalhos mostram o efeito neuroprotetor de medicações antiparkinsonianas e isto demonstra que quanto mais precoce a introdução do tratamento melhor o prognóstico à longo prazo da doença. Portanto o desenvolvimento de marcadores periféricos que ajudem no diagnóstico precoce da doença é importante para que se inicie o tratamento a tempo de retardar o avanço da morte neuronal.  O objetivo deste trabalho foi verificar a existência de alterações em parâmetros oxidantes e antioxidantes no sangue de pacientes parkinsonianos e sua relação com o estágio da doença e critérios clínicos. Foram avaliados 30 portadores de DP e 30 indivíduos sem a doença. Para avaliar o estágio da doença e caracteres clínicos foram aplicadas as escalas de Hoehn & Yahr e a UPDRS (escala unificada para doença de Parkinson) nos pacientes parkinsonianos. Para avaliar a atividade oxidativa no plasma dos individuos, foi analisada a peroxidação lipídica através da mensuração de produtos da ação de Espécies Reativas de Oxigênio e Nitrogênio (ERON; TBARS) e para avaliar a resposta antioxidante foi feita a avaliação da Capacidade Antioxidante Total (TEAC). Nos grupos DP leve e DP moderado foi encontrado maior valor do TBARS e menor valor do TEAC em relação aos controles e DP grave (p<0,05), confirmando a presença de estresse oxidativo nas fases precoces da DP. Nesta pesquisa esses parâmetros demonstraram serem bons marcadores periféricos do estresse oxidativo, colaborando para um diagnóstico precoce da DP.

  • THAÍS CRISTINA GALDINO DE OLIVEIRA
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    EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO MULTISENSORIAL E COGNITIVA SOBRE O

    DECLÍNIO COGNITIVO SENIL AGRAVADO PELO AMBIENTE EMPOBRECIDO

    DAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA.

     

  • Data: 27/08/2012
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    Estudou-se possíveis efeitos da estimulação multisensorial e cognitiva sobre o declínio

    cognitivo senil agravado pelo ambiente empobrecido das instituições de longa permanência.

    Para isso, dois grupos de estudo foram formados: 1) institucionalizados, aqueles que habitam

    em instituições de longa permanência e 2) não institucionalizados, que habitam em

    comunidade com seus familiares. Os grupos foram avaliados e submetidos ao programa de

    intervenção multisensorial e cognitiva. As avaliações eram compostas pelo MEEM e testes

    específicos de linguagem e foram realizadas em três momentos diferentes: avaliação inicial

    (antes do início da intervenção); reavaliação intermediária (três meses de intervenção – após

    24 oficinas) e reavaliação final (seis meses totais de intervenção – após 48 oficinas).

    Comparando os grupos na avaliação inicial, o grupo institucionalizado mostrou-se com

    menores pontuações nos testes aplicados. Os grupos apresentaram melhores desempenhos

    após o programa de intervenção multisensorial e cognitiva, com ênfase na evolução do grupo

    institucionalizado.

     

  • DANILO MONTEIRO DE PAULA
  • ANÁLISE DE MUTAÇÕES NO GENE GJB2 EM INDIVÍDUOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NEUROSSENSORIAL NÃO SINDRÔMICA
  • Data: 16/08/2012
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  • A surdez é o defeito sensorial mais frequente nos seres humanos, podendo ter diferentes causas ambientais ou hereditárias. Em países desenvolvidos, estimativas sugerem que em cada 1000 nascidos dois manifestam algum tipo de surdez e mais de 60% desses casos são de origem genética. No Brasil, muito pouco ainda é conhecido sobre surdez hereditária, acreditase que quatro em cada mil recém-nascidos manifestem algum tipo de deficiência auditiva e que a frequência da surdez causada por fatores genéticos seja da ordem de 16%, enquanto os 84% restantes dos casos sejam causado por fatores ambientais e de etiologia desconhecida. As várias formas de surdez hereditária já identificada são muito raras, com exceção de uma causada por mutações no gene GJB2 que codifica a conexina 26. As conexinas representam uma classe de família de proteínas responsáveis pela formação de canais de comunicação entre células adjacentes (Gap Junctions), esta comunicação entre células adjacentes é fundamental para o crescimento e para a diferenciação de tecidos. Até o presente foram descritas 102 mutações do GJB2 que estão associadas com surdez hereditária. Três mutações se destacam por apresentarem frequência elevada em grupos populacionais específicos: 35delG entre europeus e brasileiros; 167delT entre Judeus askenazitas; e 235delG entre asiáticos. Neste trabalho, foi realizada a análise molecular de toda a sequência codificadora do gene GJB2 (Conexina 26) em uma amostra populacional constituída de 30 indivíduos não aparentados com surdez esporádica pré-lingual não sindrômica provenientes da população de Belém do Pará. O DNA foi obtido através de amostras de sangue periférico e analisado por meio da técnica convencional de PCR seguida do sequenciamento automático. Mutações no gene da Conexina 26 foram observadas em 20% da amostra (6/30). As mutações 35delG e R143W foram observadas em um único paciente (1/30), as duas no estado heterozigoto e relacionadas com a surdez do paciente. Duas outras mutações foram observadas em diferentes indivíduos: G160S em 1 paciente correspondendo a 3,3% (1/30); e V27I foi observado em 4 indivíduos com frequência alélica de 0.08; contudo as mutações G160S e V27I não estão relacionadas com a surdez. Neste trabalho as frequências observadas de mutações são equivalentes a frequências observadas em outras populações anteriormente estudadas. Esses resultados indicam que mutações no gene GJB2 são importantes causas de surdez em nossa região e não se pode excluir que a possibilidade da surdez apresentada por alguns indivíduos possa ser decorrente, principalmente, por fatores ambientais como processos infecciosos ocorridos durante a gestação, ou nos primeiros meses de vida.
  • ADRIENE DAMASCENO SEABRA
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    O BLOQUEIO DA ATIVIDADE NITRÉRGICA NO TENDÃO DE RATOS SUBMETIDOS À TENOTOMIA COM SUTURA ACELERA A REGENERAÇÃO MUSCULAR.

  • Data: 20/07/2012
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  • A atrofia é uma resposta imediata do músculo em situações de tensão e carga reduzida e caracteriza-se por mudanças morfológicas, aumento da proteólise muscular, perda de massa e redução da área da fibra que estão implicadas em déficits funcionais, afetando assim a qualidade de vida dos indivíduos. Rupturas tendíneas ocasionam atrofia muscular devido à intrínseca relação funcional existente entre ambas as estruturas, músculos-tendões. Considerando a injúria tendínea, trabalho prévio do nosso grupo identificou que a inibição da síntese de óxido nítrico localmente a injúria acelerou a recuperação histológica no tendão e a melhora funcional em animais tenotomizados. Desta forma, a proposta do trabalho é avaliar os efeitos da inibição nitrérgica local no tendão em relação ao padrão de regeneração muscular. Portanto, para gerar atrofia muscular esquelética, o trabalho utiliza o modelo experimental de ruptura do tendão calcâneo com posterior sutura. Os grupos foram divididos em controle, ruptura, ruptura+veículo (Salina 0,9%) e ruptura+L-nitro-arginina-metil-éster (L-NAME, 5mM). As amostras foram coletadas 14 e 21 dias seguintes ao procedimento cirúrgico experimental. Objetivando avaliar a dosagem de proteínas, o método de Bradford foi utilizado. As amostras também foram reservadas para processamento histológico qualitativo e quantitativo da área da fibra muscular e presença de lesões de núcleo central. Assim como no trabalho prévio de nosso grupo, acreditamos que a ação da droga restringiu-se ao local, pois não ocasionou fortes influências em relação ao peso corporal dos animais, que foi medido nos dias 0, 7, 14 e 21. O grupo tratado com L-NAME apresentou diminuição significativa no número de lesões de núcleo central no 14º dia pós-operatório e aumento nos níveis de proteína e área da fibra no 21º dia. Em conjunto, nossos resultados sugerem que houve efeito benéfico da inibição local da NOS após a ruptura com relação à atenuação da atrofia, contribuindo para acelerar a regeneração muscular.

  • SYMARA RODRIGUES
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    AVALIAÇÃO DO PERFIL DE METILAÇÃO E EXPRESSÃO DO GENE CDH1 EM Cebus apella PARA CÂNCER GÁSTRICO

  • Data: 09/07/2012
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  • O cancer gástrico continua sendo uma importante causa de morte dentre os tipos de cancer no mundo. No Brasil, são esperados em torno de 500 mil novos casos no biênio de 2012/2013. A origem do câncer de estomago provém, assim como nos demais, de acumulo de alterações genéticas. Portanto, se faz necessário saber quais alterações genéticas são importantes para desencadear a patogênese do câncer gástrico. Sabemos que o tipo histológico Intestinal desenvolve-se através de estágios bem definidos. O MNU, um conhecido carcinógeno, quando ingerido de forma oral em doses determinadas desencadeia o desenvolvimento deste tipo histológico de câncer gastrico. Com base nestes conhecimentos, realizamos um experimento com 6 macacos da espécie Cebus apella induzidos à desenvolver câncer gástrico do tipo intestinal. Os animais ingeriam 16mg/kg de peso diariamente da droga. Todos desenvolveram lesões pré neoplásicas. Devido à toxicidade da droga, somente um sobreviveu a todo o tratamento e desenvolveu uma massa tumoral propriamente dita. Eram feitas avaliações periódicas dos animais, em dias pré-determinados (ao início, no 120º, 150º, 300º, 940º) durante os quais eram feitas coletas da mucosa gástrica. Foram coletadas 20 amostras de tecido, distribuídas entre mucosa normal, gastrite, displasia, metaplasia e tumoral. Destas amostras extraímos DNA para as análises do gene CDH1. Não há na literatura sequencia deste gene para a espécie utilizada no estudo. Logo o primeiro passo foi conseguir esta sequencia. Utilizando de inciadores construídos a partir de sequencias de CDH1 de Callithrix jacchus (espécie filogeneticamente próxima de C. apella) conseguimos uma sequencia de 342pb. há uma similaridade de 98% com humanos, com presença de sítios de ligação de fatores de transcrição similares (sp1, Ap2, NF-x, AREB6, Puf e CTF) além da presença de CAAT Box. A sequencia possui 30 sitios CpGs, podendo sofrer regulação epigenética. Realizamos ainda análise de MSP com primers específicos e constatamos que para a região analisada, houve predominância de alelos não metilados de CDH1 para todas as amostras pré neoplásicas e a amostra de adenocarcinoma encontra-se metilada. Ao confrontarmos estes dados com os de imunohistoquímica, observamos que somente a amostra tumoral não expressava a proteína caderina. Nossas análises sugerem que a metilação do gene CDH1 desempenha papel importante na tumorigênese gástrica em

    C. apella. E, partindo-se da similaridade entre as seqüências, podemos sugerir que o mesmo ocorre em humanos. Esta metilação do promotor da caderina leva a uma inativação do gene e estabelecimento de adenocarcinomas gástricos. A hipermetilação do promotor da caderina é relatada em vários artigos associado ao desenvolvimento do câncer gástrico.

  • SATOMI FUJIHARA
  • “ALTERAÇÕES OXIDATIVAS EM PORTADORES DA DOENÇA DE ALZHEIMER: CORRELAÇÃO COM OS ESTÁGIOS DA DOENÇA E O QUADRO COGNITIVO DOS PACIENTES”

  • Data: 22/06/2012
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  • A sobrevida da população tem aumentado de forma progressiva e atribui-se à melhoria da qualidade dos serviços de saúde e das condições gerais de vida, sendo marcante sobretudo nos países industrializados. Este aumento da expectativa de vida repercute no aumento da incidência de doenças comuns em idades avançadas. O envelhecimento é considerado fator de risco para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer (DA). Uma das teorias para a patogênese da DA postula que a neurodegeneração é o resultado de alterações no metabolismo oxidativo com acometimento do tecido cerebral vulnerável. O fato de o envelhecimento ser um fator de risco na DA, reforça também a hipótese da participação dos radicais livres, pois os efeitos de sua ação podem se acumular durante anos. A DA é uma doença insidiosa e progressiva e caracteriza-se clinicamente por uma perda progressiva da memória e de outras funções cognitivas, além de mudanças comportamentais e sociais. O déficit de memória é o principal e usualmente o primeiro sintoma da DA, com comprometimento especialmente da retenção e recordação de novas informações. O presente trabalho visa avaliar se ocorrem alterações no metabolismo oxidativo detectáveis no sangue de pacientes com a DA, e se estas podem ser relacionadas com os diferentes estágios da doença e com o quadro cognitivo dos pacientes. Foram avaliados 30 pacientes com a doença de Alzheimer e 28 indivíduos no grupo controle atendidos na Unidade de Ensino e Assistência de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade do Estado do Pará (UEAFTO-UEPA). O metabolismo oxidativo foi avaliado através da medida da capacidade antioxidante total equivalente ao Trolox (TEAC) e da mensuração dos níveis das substâncias que reagem ao ácido tiobarbitúrico - TBARS. Também foram realizados testes neuropsicológicos em todos os sujeitos participantes do estudo. Observou-se que a capacidade antioxidante total estava significativamente diminuída nos pacientes com a DA em comparação com o grupo controle independentemente do estágio da doença, porém não houve diferença significativa entre as diferentes fases da DA. Na avaliação de TBARS houve uma tendência para maiores concentrações nos pacientes com DA do que no grupo controle, porém a diferença não foi estatisticamente significativa, apenas a fase moderada foi significativa quando comparada com o grupo controle. Não foram observadas correlações significativas no desempenho dos testes neuropsicológicos com os níveis de TBARS e TEAC nos pacientes com a DA.

  • JOSINEIDE PANTOJA DA COSTA
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    AÇÃO DO METABÓLITO SECUNDÁRIO 5-HIDROXI-2-HIDROXIMETIL GAMA-PIRONA ISOLADO DE FUNGOS DO GÊNERO ASPERGILLUS SOBRE MONÓCI-TOS HUMANOS IN VITRO.

  • Data: 15/06/2012
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  • O 5-hidroxi-2-hidroximetil-gama-pirona (HMP) é um metabólito secundário sintetizado por algumas espécies de fungos dos gêneros

    Aspergillus, Penicillium Acetobac-ter. O HMP tem várias aplicações, sendo usado como antioxidante, inibidor da tirosinase, agente protetor contra a radiação e antitumoral. Recentemente, foi também demonstrado que esse metabólito atua como ativador de macrófagos. No entanto, o efeito de HMP em mo-nócitos humanos é desconhecido. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de HMP sobre a viabilidade e diferenciação celular de monócitos do sangue humano in vi-tro. Leucócitos humanos do sangue periférico foram obtidos a partir de bolsas de san-gue doadas pela Fundação Hemocentro do Estado do Pará. O isolamento das células foi reali-zado por meio de gradiente de densidade com Histopaque ®1077. Os monócitos foram trata-dos durante 24, 48 e 72horas com 50 e 100 μg / mL de HMP. A anáise ultraestrutural dos monóitos tratados revelou nessas céulas uma maior habilidade de espraiamento, elevado núero de projeçõs citoplasmáicas e vacúlos, caracteríticas que sã frequentemente ob-servadas em céulas ativadas. A da expressã da proteía de superfíie especíica para macrófago (F4/80), por imunofluorescêcia anáise demonstrou que os monóitos humanos tratados com 50 e 100 μg / mL de HMP por 48 e 72 horas, mostraram um padrã de expressã dessas proteías semelhante ao verificado em macróagos humanos originados de monóitos trata-dos com o estíulo M-CFS. Os testes utilizados mostraram que o HMP nã tem nenhum efeito citotóico em monóitos humanos quando tratados com 50 e 100 μg/ mL do bioprodu-to. Estes resultados demonstram um novo papel para HMP como um agen-te imunomodulador, induzindo a diferenciaçã de monóitos em macróagos.

     

  • TIAGO DE LIMA PEREIRA
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    EFEITO MODULADOR DA GLUTATIONA NA LIBERAÇÃO DE GABA INDUZIDA POR GLUTAMATO EM RETINAS DE EMBRIÃO DE GALINHA.

  • Data: 06/06/2012
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  • O ácido γ-aminobutírico (GABA) e o glutamato são os principais neurotransmissores inibitório e excitatório no Sistema Nervoso Central (SNC) e são fundamentais para o processamento visual. Estudos revelam que o glutamato induz liberação de GABA na retina, mas os mecanismos envolvidos nesta liberação não são bem elucidados. Trabalhos prévios também apontam que compostos tióis regulam a liberação de GABA no hipocampo, mas ainda não são esclarecidos os efeitos de tióis (-SH) sobre os níveis endógenos deste neurotransmissor na retina. Neste intermédio, a glutationa (GSH) além de ser o mais importante dos compostos tióis, vem demonstrando exercer um papel neuromodulador na liberação de neurotransmissores. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar um possível efeito modulador de GSH sobre a liberação de GABA mediada por glutamato em retinas de embrião de galinha. Para isso, utilizamos como modelo experimental tecido retiniano íntegro de embrião de galinha, com sete ou oito dias de desenvolvimento. Nos ensaios de liberação de GABA, as retinas foram tratadas com GSH (100 e 500 μM); glutamato (50 e 500 μM) e Butionina Sulfoximina (BSO), inibidor da síntese de glutationa, (50 μM) por 15 minutos, e os níveis de GABA liberado para o meio extracelular foram quantificados por Cromatografia Líquida de Alta Eficácia (CLAE). Para experimentos de liberação de compostos tióis (–SH), as retinas foram incubadas com glutamato (100 μM) com ou sem Na

    + por 15 minutos, e os seus níveis extracelulares foram determinados pela reação com DTNB e quantificados por espectrofotometria. Os resultados revelam que o glutamato e GSH liberam GABA. Nossos dados também demonstram que BSO atenua a liberação de GABA promovida por glutamato. Além disso, demonstramos que glutamato induz liberação de compostos tióis independentemente de sódio. Sendo assim, sabe-se que glutamato libera tióis, dentre estes se têm GSH como o mais proeminente, libera também GABA e que GSH é capaz de aumentar os níveis extracelulares de GABA, de forma que uma vez inibida a síntese de GSH por BSO, a liberação de GABA por glutamato é atenuada; então se sugere uma possível modulação de GSH na liberação de GABA induzida por glutamato em retinas íntegras de embrião de galinha.

  • CARLOS ANTONIO DA COSTA JUNIOR
  • "ANÁLISES MOLECULARES NA REGIÃO CONTROLE DO DNA MITOCONDRIAL DE ASTROCITOMAS NA POPULAÇÃO PARAENSE"

  • Data: 06/06/2012
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  • O câncer do sistema nervoso central representa 2% de todas as neoplasias malignas na população mundial e 23% dos casos de câncer infantil. NoBrasil, estimam-se 4.820 casos deste câncer em homens e 4.450 em mulheres parao ano de 2012. Os gliomas são tumores do sistema nervoso central formados apartir de células da glia e somam mais de 70% do tumores cerebrais. A propriedademais importante de os gliomas é sua capacidade de evasão imunológica. Idade,etnia, gênero e ocupação podem ser considerados fatores de risco para osurgimento de gliomas, e são duas vezes mais frequentes em afro-americanos. Oastrocitoma é o tumor glial mais frequente, constituindo cerca de 75% dos casos deglioma e com média etária de aproximadamente 37 anos. Estes tumores sãoclassificados em quatro graus, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.Fatores ambientais podem contribuir para a etiologia do câncer e as neoplasias sãooriginadas através de um processo de múltiplos passos conduzidos por alteraçõesde genes e seleção clonal da progênie dominante. Essas mutações ocorremprincipalmente em oncogenes e genes supressores de tumor. As células de gliomastambém influenciam a imunossupressão através da secreção de citocinas inibidorasdo complexo de defesa. O DNA mitocondrial está intimamente relacionado com odesenvolvimento e a progressão de metástases em vários tipos de tumores.Algumas mutações somáticas ocorrente na D-LOOP estão relacionadas com adiminuição do número de cópias do DNA mitocondrial e consequente diminuição dometabolismo celular. A mitocôndria é responsável pelo balanço energético celular eestá envolvida no disparo da apoptose em resposta ao estresse oxidativo. Mutaçõesna D-LOOP podem alterar a taxa de replicação do DNA e aumentar o risco dodesenvolvimento do câncer. O presente estudo sugere que os astrocitomas de baixograu podem estar relacionados à herança genética, tornando portadores de algunspolimorfismos ou mutações específicas, mais suscetíveis ao risco de desenvolver adoença, e os de alto grau podem estar relacionados à exposição a carginógenos.Foram identificados polimorfismos e mutações onde alguns apresentaram relaçãocom o risco do desenvolvimento de astrocitomas e com a progressão da doença.

  • IJAIR ROGERIO COSTA DOS SANTOS
  • "AVALIAÇÃO NEUROPATOLÓGICA DA LESÃO ESTRIATAL EM RATOS MACHOS E FÊMEAS DA LINHAGEM LISTER HOODED INDUZIDA EXPERIMENTALMENTE POR MICROINJEÇÕES DE ENDOTELINA-1"

  • Data: 30/05/2012
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  • A resposta inflamatória pode exacerbar o processo lesivo após desordens neurais agudas. O dimorfismo sexual gerado pelas diferentes presenças hormonais existentes entre macho e fêmea tem demonstrado habilidades neuroprotetoras endógenas opostas, apresentando a uma melhor preservação da integridade do tecido nervoso na fêmea, putativamente devido à presença dos hormônios ginógenos. No entanto, não existem investigações comparando como essa diferença pode afetar a resposta inflamatória durante o AVE. No presente estudo, investigaram-se as diferenças nos processos inflamatórios agudos do dimorfismo sexual de ratos adultos de ambos os sexos submetidos à lesão isquêmica aguda induzida por Endotelina (ET1) no corpo estriado. Seis grupos experimentais foram delineados: Animais machos de 24 horas de sobrevida (n= 8); machos de 72 horas de sobrevida de (n=8); machos de 7 dias de sobrevida (n=8); e fêmeas de 24 horas de sobrevida (n= 8); fêmeas de 72 horas de sobrevida de(n=8); fêmeas de 7 dias de sobrevida. A análise histopatológica geral foi realizada em secções coradas pela violeta de cresila. Macrófagos, astrócitos e neurônios foram identificados por imuno-histoquímica com anticorpos específicos para estas células inflamatórias (ED1, anti-GFAP e Anti-NeuN, respectivamente). Realizou-se contagem de micróglia/macrófagos ativados e corpos neuronais nos grupos experimentais mencionados. Não se notou diferença quantitativa entre os diferentes sexos, contudo houve uma aparente queda na quantidade de macrófagos/micróglia em 3 dias porém tanto para os machos quanto para as fêmeas. Apresentando aparentemente alguma diferença na ativação astrocitária sendo mais forte em machos. Os resultados sugerem que as diferenças sexuais, pelo menos na linhagem Lister hooded, não é suficiente para causar diferenças significativas na preservação do tecido nervoso e em alguns aspectos da resposta inflamatória após a indução de isquemia cerebral por meio de ET1.

  • PLINIO CERQUEIRA DOS SANTOS CARDOSO
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    AVALIAÇÃO IN VITRO DOS POSSÍVEIS EFEITOS MUTAGÊNICOS, GENOTÓXICOS E CITOTÓXICOS DAS DROGAS ANTIMALÁRICAS ARTEMISININA E ARTEMETER EM LINFÓCITOS HUMANOS

  • Data: 25/05/2012
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  • A artemisinina é uma substância extraída da planta chinesa

    Artemisia annua L., sendo bastante utilizada na medicina natural como um terapêutico em várias patologias. Já o artemer é uma substância sintetizada a partir da artemisinina. Estas drogas se enquadram em um grupo especial de moléculas denominadas de lactonas sesquiterpênicas sendo amplamente administradas na terapêutica da malária. Embora sejam considerados eficientes anti-maláricos, muito pouco se sabe sobre os efeitos genotóxicos e citotóxicos destes fármacos. Portanto, no presente trabalho, avaliamos os efeitos genotóxicos, mutagênicos e citotóxicos da artemisinina e do artemeter em cultura de linfócitos humanos por meio do ensaio cometa, do teste do micronúcleo e do ensaio de citotoxicidade para detecção de necrose e apoptose por marcação fluorescente diferencial com laranja de acridina/brometo de etídio (LA/BE), respectivamente. Nossos resultados demonstraram um aumento significativo (p<0,05) no índice de dano do DNA avaliado pelo teste do cometa, bem como na freqüência de micronúcleos em ambas as drogas testadas. Foi observado também, que apenas a artemisinina induziu um aumento estatisticamente significativo (p<0.05) no número de células necróticas nos linfócitos em 48 h de tratamento. Desta forma, demonstrou-se em nosso trabalho, que estas duas drogas exercem efeitos mutagênicos, genotóxicos e citotóxicos em culturas de linfócitos humanos, nas condições avaliadas. Nossos dados apontam a necessidade de cautela no uso de tais medicamentos, uma vez que efeitos genotóxicos/mutagênicos podem aumentar o risco de carcinogênese.

     

  • MARIA IZABEL DE JESUS
  • AVALIAÇÃO DO EFEITO PROTETOR DA PROLACTINA EM LINFÓCITOS EXPOSTOS A AÇÃO DO METILMERCÚRIO
  • Data: 23/05/2012
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  • O mercúrio pode ser encontrado em diversas formas, sendo a orgânica como metilmercúrio (MeHg), considerada a mais tóxica. Facilmente absorvido por via oral, se acumula na cadeia trófica e se amplifica em carnívoros aquáticos, principalmente em peixes, daí o risco maior para as populações que deles se alimentam preferencialmente, como os ribeirinhos Amazônidas. O efeito neurotóxico dessa forma de mercúrio tem sido amplamente demonstrado através de estudos epidemiológicos e experimentais. Alguns desses estudos também mostraram que hormônios e substâncias antioxidantes podem agir protegendo o organismo contra a ação deletéria do mercúrio. A prolactina é um destes hormônios que apresenta ação protetora, mas age também como citocina pró-inflamatória. Desde que o MeHg pode também agir como uma substância imunotóxica, procuramos neste trabalho estudar a ação citoprotetora da PRL em cultivos contínuos de linhagem B95-A de linfócitos de primata afim de avaliar sua fragilidade ao MeHg e sua reatividade a ação da PRL. Com o objetivo de avaliar a integridade funcional dos linfócitos expostos ao MeHg utilizou-se teste de reação colorimétrica para 3-(4,5-dimetiltiazol-2-yl)-2,5-difenil tetrazólio bromide (MTT), o qual detecta atividade metabólica mitocondrial. Para avaliar a resposta imune do linfócito, medidas da concentração do fator de necrose tumoral alfa (TNF α) no sobrenadante do cultivo, foram realizadas por ELISA. É uma citocina pró-inflamatória liberada em resposta a agressão celular de diferentes causas, incluindo estresse oxidativo, um dos efeitos agudos mais evidentes do MeHg, além disso, esta citocina também poder responder a regulação prolactinérgica em linfócitos humanos. Após 18 horas de exposição do cultivo a crescentes concentrações do metal (0,1; 1, 5, 10 e 50 μM) verificou-se significativa diminuição do tipo dose-dependente da viabilidade celular a partir de 1 μM (35%) e progressivamente até 50 μM (80%), quando poucas células íntegras foram encontradas nos cultivos. Um efeito bifásico em forma de “sino” ocorreu na liberação de TNF α, onde concentrações mais baixas de MeHg inibiram (0,1 e 1 μM), a intermediária estimulou (5 μM) e as duas maiores (10 e 50 μM) voltaram a inibir. A prolactina também diminuiu a viabilidade celular, em cerca de 30%, somente na dose mais elevada (10 nM). Por outro lado, na dose de 1 nM a PRL preveniu a diminuição de 40% da viabilidade celular resultante a exposição ao MeHg a 5 μM. Esta dose de 1 nM de PRL foi a única a estimular a liberação de TNF α, mas curiosamente, reverteu a liberação desta citocina quando associada a 5 μM de MeHg, concentração que igualmente estimulou a secreção de TNF α. Os resultados confirmaram a toxidade do MeHg para linfócitos de primatas (linhagem B95-A) e sua reversão por uma possível ação protetora da PRL. Um efeito bifásico na secreção de TNF α resultou da exposição ao MeHg, sugerindo a presença de diferentes mecanismos citotóxicos resultantes a ação mercurial. Por outro lado, a PRL foi pouco efetiva em estimular a secreção daquela citocina, invertendo esta resposta quando associada ao MeHg. No entanto, estes resultados são preliminares e carecem de um estudo mais acurado para sua completa elucidação.
  • IRACINA MAURA DE JESUS
  • Níveis de mercúrio, prolactina e interleucina 10 em mulheres em idade reprodutiva e puérperas dos municípios de Itaituba e Ananindeua, Pará
  • Data: 21/05/2012
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  • Ao mercúrio tem sido atribuída a capacidade de interferir nos sistemas orgânicos imunológico e hormonal, além dos sistemas nervoso e renal frequentemente atingidos por esse agente tóxico. Mulheres em idade fértil ou grávidas constituem um grupo vulnerável a esses efeitos, em relação a si mesmas e seus conceptos. Foi avaliada a exposição ao mercúrio (Hg) e os níveis de prolactina (PRL) e interleucina-10 (IL-10) em 144 mulheres (no pós-parto e cerca de um ano depois) de Itaituba, área sob impacto ambiental do mercúrio e em mulheres de municípios da área metropolitana de Belém, sobretudo Ananindeua, área sem impacto conhecido do mercúrio (156 puérperas e 156 não puérperas). As análises de mercúrio total (Hg-t) em sangue foram feitas por Espectrometria de Absorção Atômica por Vapor Frio. As análises séricas de PRL foram feitas por Ensaio Imunoenzimático com detecção final em fluorescência e as determinações de IL-10 foram realizadas por Ensaio Imunoenzimático de Fase Sólida. Dados demográficos e epidemiológicos foram obtidos através de questionário semi-estruturado. As puérperas de Itaituba apresentaram média de Hg-t, PRL e IL-10 de 13,93 μg/l, 276,20 ng/ml e 39,54 pg/ml, respectivamente. Nas puérperas de Ananindeua as respectivas médias foram 3,67 μg/l, 337,70 ng/ml e 4,90 pg/ml. As mulheres não puérperas de Itaituba apresentaram média de Hg-t de 12,68 μg/l, média de PRL de 30,75 ng/ml e média de IL-10 de 14,20 pg/ml. As médias de Hg-t, PRL e IL-10 das mulheres de Ananindeua foram 2,73 μg/l, 17,07 ng/ml e 1,49 pg/ml, respectivamente. Os níveis de Hg-t, PRL e IL-10 foram maiores em Itaituba (p<0,0001), exceto em relação à PRL das puérperas, maior em Ananindeua. Os níveis semelhantes de Hg-t nas duas avaliações das mulheres de Itaituba (p=0,7056) e a correlação moderada sugerem continuidade da exposição (r=0,4736, p<0,0001). A principal variável preditora dos níveis de mercúrio foi o consumo de peixe nos modelos de regressão múltipla linear e logística. A paridade e os níveis de IL-10 apresentaram associação positiva com a PRL nas puérperas de Itaituba e o peso do recém-nascido e a IL-10, associação positiva com a PRL em puérperas de Ananindeua. A IL-10 apresentou associação negativa com a PRL nas mulheres não puérperas de Itaituba (p=0,0270) e positiva nas mulheres de Ananindeua (p=0,0266). Os níveis de Hg-t estavam associados negativamente com a PRL nas puérperas (p=0,0460) e positivamente com o trabalho em garimpo (p=0,0173) (este também importante para as não puérperas) em Itaituba, segundo os modelos logísticos. A IL-10 esteve associada positivamente à morbidade recente nas puérperas de Itaituba (p=0,0210), negativamente ao consumo de bebida alcoólica (p=0,0178) e positivamente ao trabalho em garimpo nas mulheres não puérperas (p=0,0199). A exposição crônica ao Hg das mulheres de Itaituba, a diferença nos níveis dos fatores imunoendócrinos avaliados em relação às mulheres não expostas e a associação com variáveis epidemiológicas relevantes, sugerem a possibilidade de impactos da exposição no perfil imunoendócrino das mulheres de Itaituba, chamando atenção para a importância da vigilância da saúde dessa população e o possível uso de bioindicadores como a PRL em sua avaliação.
  • WENDELL UPTON DE BRITO
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    ISOLAMENTO, CARACTERIZAÇÃO E EXPRESSÃO EM SISTEMA BACTERIANO DE UM GENE QUE CODIFICA UMA PROTEÍNA TRANSPORTADORA DE LIPÍDEOS DE PIPER NIGRUM

  • Data: 11/05/2012
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  • A pimenteira-do-reino (

    Piper nigrum L.) constitui uma das espécies de pimenta mais amplamente utilizadas no mundo, pertencendo à família Piperaceae, a qual compreende cerca de 1400 espécies distribuídas principalmente no continente americano e sudeste da Ásia, onde esta cultura originou. A pimenteira-do-reino foi introduzida no Brasil no século XVII, e tornou-se uma cultura de importância econômica desde 1933. O Estado do Pará é o principal produto brasileiro de pimenta-do-reino, contudo sua produção vem sendo afetada pela doença fusariose causada pelo fungo Fusarium solani f. sp. piperis. Estudos prévios revelaram a identificação de sequencias de cDNA diferencialmente expressas durante a interação da pimenteira-do-reino com o F. solani f. sp. piperis. Entre elas, uma sequencia de cDNA parcial que codifica para uma proteína transportadora de lipídeos (LTP), a qual é conhecida por seu importante papel na defesa de plantas contra patógenos e insetos. Desta forma, o objetivo principal deste trabalho foi isolar e caracterizar as sequencias de cDNA e genômica de uma LTP de pimenteira-do-reino, denominada PnLTP. O cDNA completo da PnLTP isolado por meio de experimentos de RACE apresentou 621 bp com 32 pb and 235 bp nas regiões não traduzidas 5‘ e 3‘, respectivamente. Este cDNA contem uma ORF de 354 bp codificando uma proteína deduzida de 117 resíduos de aminoácidos que apresentou alta identidade com LTPs de outras espécies vegetais. Análises das sequencias revelou que a PnLTP contem um potencial peptídeo sinal na extremidade amino-terminal e oito resíduos de cisteína preditos por formar quatro pontes de dissulfeto, as quais poderiam contribuir para a estabilidade desta proteína. O alinhamento entre as sequencias de cDNA e genômica revelou a ausência de introns na região codificante do gene PnLTP, o que está de acordo ao encontrado em outros genes de LTPs de plantas. Por último, a PnLTP madura foi expressa em sistema bacteriano. Experimentos adicionais serão realizados com o objetivo de avaliar a habilidade da PnLTP recombinante em inibir o crescimento do F. solani f. sp. piperis.

  • RAFAEL RODRIGUES LIMA
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    ATIVAÇÃO MICROGLIAL, LESÃO DA SUBSTÂNCIA BRANCA E EXPRESSÃO DE NOGO A EM RATOS SUBMETIDOS À ISQUEMIA ESTRIATAL

  • Data: 10/05/2012
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  • O objetivo desta investigação foi avaliar o padrão degenerativo de diversos tratos de substância branca após lesão isquêmica estriatal, correlacionando o processo degenerativo com os padrões de ativação microglial e expressão Nogo-A. Para isso, foi induzida isquemia focal com injeção estereotáxica de endotelina no estriado de ratos adultos, e nos animais controle apenas injetou-se solução salina estéril. Os animais foram perfundidos 3, 7, 14 e 30 dias após isquemia. O cérebro removido, pós-fixado, criprotegido, cortado em criostato e os cortes obtidos submetidos à investigação imunohistoquímica com os seguintes anticorpos: Anti-GFAP (1:2000,Dako), Anti-TAU-1 (1:500,Chemicon), Anti-MBP (1:100,Chemicon International), Anti-Nogo A (1:100), Anti-Iba1 (1:1000, WAKO), ED-1 (1:500, Serotec) e Anti-MHC-II, além da visualização do padrão lesivo com violeta de cresila. As lâminas marcadas pelos diferentes métodos foram avaliadas qualitativamente e algumas também quantitativamente (Anti-Nogo A, Anti-ED-1, Anti-MHC-II e Anti-TAU-1), com contagens realizadas no estriado e no corpo caloso. Os dados, foram tabulados, submetidos a análise estatística pelo teste de Tukey (p<0,05) e capturadas micrografias dos achados mais representativos. As lâminas coradas com violeta de cresila revelaram um aumento da densidade celular pela infiltração de células inflamatórias à área isquêmica, com aumento expressivo ao 7º dia. Nas lâminas imunomarcadas para GFAP foi encontrado aumento progressivo da população de astrócitos, assim como um aumento do volume celular em 7 e 14 dias. Oligondendrócitos patológicos marcados com TAU-1 tiveram pico de marcação ao 3º dia no estriado e ao 7º dia no corpo caloso, e a perda de compactação de mielina identificada pelo MBP foi melhor observada ao 14º dia, nos diferentes tratos. A ativação microglial identificada pelas diferentes imunomarcações apresentou seu pico ao 7º dia, tanto em estriado como em corpo caloso, porém no corpo caloso com um número muito menor quando comparado com o estriado. A morfologia microglial sofreu variações, sendo encontrado o fenótipo ramificado nos animais controles, assim como nos tempos precoces e tardios pós isquemia e o padrão amebóide/fagocítico ao 7º dia, coincidente com o maior número de células ativadas. A contagem de células Nogo-A + teve seu pico observado ao 3º dia no estriado, não sendo observado no corpo caloso diferenças de expressão de Nogo-A entre 3 a 14 dias, apenas uma diminuição quando comparado a 30 dias. Dessa maneira, os resultados nos apontam que o dano a oligodendrócitos ocorreu previamente à ativação microglial e a perda da compactação de mielina, assim como proliferação astrocitária apenas em tempos mais tardios. A expressão de Nogo-A, nessas condições experimentais, ocorreu em um tempo precoce.

  • MELLINA MONTEIRO JACOB
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    VALORES NORMATIVOS PARA O ELETRORRETINOGRAMA DE CAMPO TOTAL

  • Data: 02/05/2012
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  • Muitos laboratórios de eletrofisiologia visual não possuem seus próprios valores de normalidade para o eletrorretinograma de campo total. Isto prejudica a confiabilidade dos diagnósticos de diversas patologias que afetam as vias visuais. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi estabelecer os valores normativos para o teste Eletrorretinograma de Campo Total para o Laboratório de Neurologia Tropical (LNT) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Realizaram o eletrorretinograma 68 indivíduos saudáveis e sem queixas visuais divididos em três grupos de acordo com a faixa etária: 36 indivíduos pertenceram ao grupo 1 (entre 17 e 30 anos), 21 indivíduos ao grupo 2 (entre 31 e 45 anos) e 11 indivíduos ao grupo 3 (entre 46 e 60 anos). O protocolo de realização do teste seguiu as recomendações da ISCEV, com a utilização de seis tipos de estimulação. Quatro após adaptação escotópica e estimulação com intensidades de: 0,01 cd.s/m

    2 (resposta de bastonetes), 3,0 cd.s/m2 (resposta mista de cones e bastonetes e potenciais oscilatórios) e 10,0 cd.s/m2 (resposta mista adicional). Dois após adaptação fotópica em fundo de 30 cd/m2: 3,0 cd.s/m2 (resposta de cones e Flicker 30Hz). Para a análise dos resultados foram calculados os valores de amplitude e tempo implícito das ondas a e b obtidas em resposta a cada um dos seis tipos de estimulação utilizados. Estes valores foram descritos estatisticamente através da mediana, intervalos de confiança, 1º e 3º quartis, coeficiente de variação, média, desvio padrão e valores mínimos e máximos. Os grupos de maior faixa etária apresentaram menores valores de amplitude e atraso no tempo implícito. A utilização da transformada wavelet permitiu a melhor visualização das ondas sem alteração de amplitude e tempo implícito. Portanto, os valores normativos obtidos podem servir como parâmetros de normalidade confiáveis para auxiliar o diagnóstico de doenças retinianas.

  • PRISCILA DI PAULA BESSA SANTANA
  • A INFLUÊNCIA DO SISTEMA NITRÉRGICO NO CULTIVO IN VITRO DE EMBRIÕES BOVINOS
  • Data: 24/04/2012
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  • O Óxido Nítrico (NO-) é uma molécula de sinalização celular que regula o desenvolvimento embrionário pré-implantacional. Nós investigamos o papel do NO- no cultivo de embriões bovinos produzidos in vitro, através do uso de N-Nitro-L-Arginina Metil Ester (L-NAME), um inibidor da produção de NO-, e L-arginina (ARG), um precursor de NO-, em diferentes períodos de cultivo (ativação do genoma embrionário e compactação). Foram avaliados seus efeitos sobre as taxas de desenvolvimento, cinética do desenvolvimento, qualidade embrionária, e expressão gênica. Os embriões foram produzidos por maturação e fertilização in vitro de oócitos aspirados de ovários provenientes de abatedouro frigorífico. No experimento 1, as taxas de desenvolvimento foram avaliadas em SOFaa na presença de L-NAME em diferentes períodos: do 1º ao 4º dia de cultivo (LN1-4), do 4º ao 8º (LN4-8) e do 1º ao 8º dia de cultivo (LN1-8). A inibição foi prejudicial a partir do 4º dia de cultivo (grupos LN4-8 e LN1-8), ao reduzir as taxas de eclosão (17,3%±13,44 e 13,7%± 14,51, respectivamente, p<0,05). Entretanto, o efeito mais negativo ocorreu do 1º ao 8º dia (LN1-8) em que a taxa de blastocisto foi significativamente menor comparada ao controle (29,4%±3,72 vs 47,8%±11,34, respectivamente, p<0,05). Por isso no experimento 2, a ARG (1, 10 e 50mM) foi adicionada desde o 1º dia de cultivo. As taxas de blastocisto usando 1 e 10mM de ARG foram similares ao controle (48%±13,03 e 34,2%±3,92 vs 49,4%±4,82, respectivamente, p>0,05), mas 50mM prejudicou a taxa de desenvolvimento embrionário (10,7%±7,24, p<0,001). No experimento 3, ARG a 1mM foi adicionada do 5º ao 8º dia de cultivo. Foram observadas taxas de desenvolvimento similares ao grupo GLN (somente com glutamina). Mas comparada ao controle (sem ambos os aminoácidos), rendeu melhores taxa de eclosão (54,8%±6,9 vs 41,4%±11,47, respectivamente, p<0,05) e qualidade embrionária (84,8%±2,63 vs 52%±8,62, respectivamente, p<0,05), mas não de taxa de blastocisto (49,4%±6,5 vs 49,4%±4,8, respectivamente, p>0,05). Neste período a produção de NO- foi positivamente correlacionada com a taxa de eclosão (R²=96,4%, p<0,001) e a qualidade embrionária (R²=75,5%, p<0,05). Adicionalmente, embriões foram cultivados na presença de L-NAME e ARG simultaneamente (grupo ARG/LN), do 5º ao 8º dia de cultivo, e os transcritos de OCT-4 e INT-t foram quantificados por PCR tempo real. Foi encontrada expressão similar de OCT-4 (p>0,05), mas redução de 1,8x e 1,5x de INT-t em relação aos grupos controles ARG e GLUT (p<0,05), respectivamente. Esses dados fornecem evidências da contribuição do NO-, principalmente no período entre os estágios de mórula e blastocisto, para a melhoria da eclosão e qualidade embrionária. A produção de NO- é requerida para o desenvolvimento pré-implantacional de embriões bovinos produzidos in vitro, e pode ser mediada pela suplementação do meio de cultivo com ARG.
  • LÍLIAN DANIELLE PAIVA MAGNO
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    VALIDAÇÃO FARMACOLÓGICA DA PREFERÊNCIA CLARO-ESCURO EM Danio rerio

     

  • Data: 23/04/2012
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  • A ansiedade é uma desordem complexa e com grande relevância clínica, cujo estudo com modelos animais é importante para pesquisar sobre seus mecanismos e drogas para o seu tratamento.O

    zebrafish figura como um potencial modelo animal para pesquisas farmacológicas da ansiedade. Um modelo de ansiedade é a preferência claro-escuro, que já foi validado comportamentalmente em zebrafish, contudo necessita de uma validação farmacológica. Objetiva-se descrever a sensibilidade da preferência claro-escuro em zebrafish adultos para as drogas mais utilizadas na clínica da ansiedade, foram administradas pela imersão do animal na solução: Benzodiazepínicos (Clonazepam); Agonistas parciais 5-HT1A (Buspirona); Antidepressivo tricíclico (Imipramina); Antidepressivo ISRS (Fluoxetina e Paroxetina); Antipsicóticos (Haloperidol e Risperidona); Psicostimulante (Dietilpropiona); Beta bloqueadores (Propranolol) e Depressores do SNC (Etanol). Os parâmetros analisados foram o tempo despendido pelo animal no ambiente escuro, o tempo da primeira latência e número de alternâncias. O clonazepam administrado por 300s aumentou o tempo no escuro na menor concentração e reduziu a atividade locomotora, a administração durante 600s da concentração intermediária diminuiu o tempo no escuro e da primeira latência, assim como aumentou a atividade locomotora, indicando efeito ansiolítico. A buspirona aumentou o tempo de permanência no escuro provavelmente devido a redução da atividade motora. A imipramina e a fluoxetina aumentaram o tempo no escuro e da primeira latência e diminuíram o número de alternâncias, indicando ação ansiogênica. A paroxetina não alterou o tempo no escuro, entretanto aumentou o tempo da primeira latência e diminuiu a atividade locomotora. O haloperidol diminuiu a ansiedade na menor concentração, curiosamente aumentou a atividade motora na maior concentração, ao contrário da risperidona que diminuiu a atividade na maior concentração. A dietilpropriona não modificou o tempo no escuro, mas aumentou o tempo da primeira latência e diminuiu a atividade motora apenas na menor concentração. O propranolol reduziu somente o tempo no escuro. O etanol foi efetivo na redução da ansiedade com a concentração intermediária e diminuiu a atividade locomotora em uma concentração menor Os dados corroboram com relatos da literatura em Danio rerio tanto neste modelo em administração intraperitoneal como em outros modelos por administração hídrica e em roedores, quando foi possível a comparação.

  • CAMILA MENDES DE LIMA
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    INFLUÊNCIA DO TAMANHO DA NINHADA E DA VIDA SEDENTÁRIA SOBRE O DECLÍNIO COGNITIVO SENIL E SOBRE A MORFOLOGIA MICROGLIAL DO SEPTUM LATERAL EM RATTUS NOVERGICUS

  • Data: 17/04/2012
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  • Tem sido proposto que o envelhecimento está associado à alteração inflamatória no sistema nervoso central de roedores, mas não se sabe se as mudanças microgliais induzidas pelo envelhecimento são afetadas pelo ambiente pós-natal associado ao tamanho da ninhada e ao estilo de vida sedentário. Por outro lado a região septal lateral tem sido reconhecida em seu papel complementar na formação de memória da identidade e da localização espacial de objetos. No presente trabalho investigamos se ou não as mudanças morfológicas microgliais induzidas pelo envelhecimento são influenciadas por mudanças no tamanho da ninhada no início da vida e por um estilo de vida sedentário. Para avaliar essas questões, ratos da variedade Wistar amamentados em ninhadas de 6 ou 12 filhotes por nutriz foram mantidos sedentários em grupos de 2-3 do 21°

    dia pós-natal em diante. Aos 4 (adulto) ou aos 23 (velho) meses de idade, metade dos ratos sedentários foram submetidos a regime progressivo de exercício em esteira rolante, durante cinco semanas, enquanto os demais permaneceram sedentários. Depois de testes de memória espacial e de reconhecimento da forma de objetos, todos os animais foram sacrificados e tiveram seus cérebros processados para imunomarcação seletiva para microglias/macrófagos com anticorpo anti Iba-1. A seguir uma fração representativa das células imunomarcadas do septum lateral foi reconstruida em três dimensões usando o programa Neurolucida e as características morfológicas de cada célula reconstruidas foram quantificadas com o software Neuroexplorer. Foi encontrado que o estilo de vida sedentário de ratos Wistar mantidos em gaiolas padrão de laboratório durante toda a vida está associado a déficits de memória espacial em indivíduos maduros e idosos, não importando o tamanho da ninhada, e que o exercício reduziu esse efeito nos indivíduos de ninhadas pequenas, mas não nos de ninhadas grandes. Por outro lado todos os indivíduos idosos e sedentários não importando o tamanho da ninhada tiveram sua memória de reconhecimento de objeto prejudicada, e o exercício reduziu esse efeito em ambos os grupos. A análise da morfologia microglial revelou que a área e o perímetro do corpo celular e o volume dos ramos parecem ser afetados mais intensamente pelo envelhecimento e que essa alteração é mais acentuada nos animais de ninhada grande. Além disso, observou-se retração e espessamento dos ramos nos animais velhos em maior proporção nos animais sedentários de ninhadas grandes. Tomados em conjunto os resultados demonstram que o tamanho da ninhada e a vida sedentária podem afetar a memória de reconhecimento da forma e da localização espacial de objetos em ratos adultos maduros e velhos e que o exercício minimiza esses efeitos em ratos de ninhadas pequenas mas não nos de ninhadas grandes. Além disso, sugerimos que essas mudanças estão associadas a efeitos distintos sobre o soma e o padrão de ramificação das microglias septais dos animais maduros e idosos.

  • MAURO MOREIRA MARQUES
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    Derivados Isoxazólicos como alternativa de inibição proliferativa de tumor cerebral: Estudo in vitro em gliomas (linhagem celular C6).

     

  • Data: 28/03/2012
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  • Os gliomas são a forma mais agressiva de câncer cerebral sendo resistentes a várias terapias incluindo neurocirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Entretanto, muitos esforços têm sido feitos para identificação de componentes bioativos com atividades biológicas que poderão ajudar na descoberta e desenvolvimento de novas drogas contra o glioma maligno. Alguns destes componentes são os derivados sintéticos das isoxazolonas. Assim, investigamos os efeitos dos derivados isoxazólicos em células de glioma de rato da linhagem C6. A viabilidade celular foi avaliada pelo ensaio do MTT. Seis componentes (Isox 2, 3, 4, 7, 8 e 10) foram testados mas somente quatro deles (Isox2, 3, 4 and 10) produziram uma redução dose dependente na viabilidade destas células. A análise da morfologia nuclear utilizou o ensaio Hoechst 33342, como marcador fluorescente de ADN. Após o tratamento com quatro derivados isoxazólicos, na concentração de 100μM, por 24 horas a 37ºC, a linhagem gliomal testada apresentou condensação da cromatina. Pela análise ultraestrutural, a microscopia eletrônica evidenciou alterações morfológicas significativas na linhagem celular tratada, quando comparada com o controle. As células expostas ao tratamento apresentaram morfologia de padrão ovóide, com núcleo apresentando condensação e fragmentação da cromatina, contudo mantendo suas membranas nuclear e plasmática intactas. A mitocôndria demonstrou ingurgitamento e desorganização de suas cristas e membrana interna respectivamente. Os resultados indicam que os derivados isoxazólicos apresentaram citotoxidade nas células C6, induzindo a morte celular por apoptose ao mesmo tempo em que não tiveram nenhum efeito citotóxico em células de retina de galinha, usadas como controle sob as mesmas condições.

  • MAURO MOREIRA MARQUES
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    Derivados Isoxazólicos como alternativa de inibição proliferativa de tumor cerebral: Estudo in vitro em gliomas (linhagem celular C6).

     

  • Data: 28/03/2012
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  • Os gliomas são a forma mais agressiva de câncer cerebral sendo resistentes a várias terapias incluindo neurocirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Entretanto, muitos esforços têm sido feitos para identificação de componentes bioativos com atividades biológicas que poderão ajudar na descoberta e desenvolvimento de novas drogas contra o glioma maligno. Alguns destes componentes são os derivados sintéticos das isoxazolonas. Assim, investigamos os efeitos dos derivados isoxazólicos em células de glioma de rato da linhagem C6. A viabilidade celular foi avaliada pelo ensaio do MTT. Seis componentes (Isox 2, 3, 4, 7, 8 e 10) foram testados mas somente quatro deles (Isox2, 3, 4 and 10) produziram uma redução dose dependente na viabilidade destas células. A análise da morfologia nuclear utilizou o ensaio Hoechst 33342, como marcador fluorescente de ADN. Após o tratamento com quatro derivados isoxazólicos, na concentração de 100μM, por 24 horas a 37ºC, a linhagem gliomal testada apresentou condensação da cromatina. Pela análise ultraestrutural, a microscopia eletrônica evidenciou alterações morfológicas significativas na linhagem celular tratada, quando comparada com o controle. As células expostas ao tratamento apresentaram morfologia de padrão ovóide, com núcleo apresentando condensação e fragmentação da cromatina, contudo mantendo suas membranas nuclear e plasmática intactas. A mitocôndria demonstrou ingurgitamento e desorganização de suas cristas e membrana interna respectivamente. Os resultados indicam que os derivados isoxazólicos apresentaram citotoxidade nas células C6, induzindo a morte celular por apoptose ao mesmo tempo em que não tiveram nenhum efeito citotóxico em células de retina de galinha, usadas como controle sob as mesmas condições.

  • JOSE REGINALDO NASCIMENTO BRITO
  • "SCREENING COMPARATIVA DE ALTERAÇÕES NO NÚMERO DE COPIAS DO GENE

    DE POLIMORFISMOS E ANÁLISETP53 EM GLIOMAS"

     

    DE POLIMORFISMOS E ANÁLISETP53 EM GLIOMAS"

    DE POLIMORFISMOS E ANÁLISETP53 EM GLIOMAS"

  • Data: 24/01/2012
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  • As neoplasias astrocitárias correspondem a cerca de (60%) dos tumores do

    sistema nervoso central, sendo que atingem principalmente adultos numa fase

    altamente produtiva da vida e com evoluções pouco satisfatórias apesar dos

    tratamentos disponíveis. Um melhor entendimento de sua biologia molecular se

    faz necessário na tentativa de compreender sua evolução e melhor planejar e

    tratamento, assim como na busca de novas terapias. Este trabalho teve como

    objetivo analisar modificações no gene

    e polimorfismos nos éxons de 4 a 11, considerados

    Um total de 14 amostras de diferentes graus de malignidade foram analisadas

    por experimentos de FISH interfásico com sondas loco-específicas do gene

    TP53 com relação ao número de cópiashotspots para mutações.TP53

    e centroméricas para o cromossomo 17, e também pela técnica de SSCP para o

    screening

    obtidos entre tumores de graus I e II (benignos) com aqueles de graus III e IV

    (malignos). Os resultados referentes às sondas loco-específicas (gene

    centrômero do cromossomo 17) mostraram que a ocorrência de deleções ou

    amplificações, apesar de importantes estatisticamente em relação aos núcleos

    com número de marcações normais, não apresentou correlação com idade,

    sexo ou grau de malignação. Entretanto, as alterações foram encontradas com

    maior freqüência nos paciente portadores de astrocitomas de grau

    intermediário (III). A técnica de SSCP revelou polimorfismos nos éxons 5, 7 e

    10, e apesar de não estarem associados à malignidade tumoral, os casos

    polimórficos corresponderam aos pacientes com menor sobrevida após

    tratamentos, sugerindo, uma associação entre mutações nesses éxons e uma

    maior agressividade tumoral.

    de polimorfismos dos éxons 4-10. Foram comparados os resultadosTP53 e

2011
Descrição
  • ARNALDO JORGE MARTINS FILHO
  • MODELO IN VITRO DE PARKINSONISMO EXPERIMENTAL INDUZIDO POR ROTENONA: INVESTIGAÇÃO DE MECANISMOS DE AÇÃO, NEUROPROTEÇÃO E MORTE CELULAR
  • Orientador : ELIZABETH SUMI YAMADA
  • Data: 29/12/2011

  • DANIELA ROSA GARCEZ
  • ANÁLISE COMPORTAMENTAL E HISTOLÓGICA DE UM MODELO ANIMAL DA DOENÇA DE PARKINSON EM CAMUNDONGOS SUIÇOS
  • Orientador : ELIZABETH SUMI YAMADA
  • Data: 29/12/2011

  • NILTON BARRETO DOS SANTOS
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    "INVESTIGAÇÃO DOS EFEITOS PROTETORES DO SELENITO DE SÓDIO SOBRE A NEUROTOXICIDADE DO METILMERCÚRIO EM DIFERENTES PERÍODOS DE DESENVOLVIMENTO DE RATOS WISTAR".

     

  • Data: 28/12/2011
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  • A exposição a compostos mercuriais resulta em danos oxidativos, afetando gravemente o sistema nervoso central, como observado em humanos e em modelos experimentais. Este trabalho utilizou ratos Wistar em diferentes períodos do neuro-desenvolvimento a fim de investigar possíveis efeitos protetores do selênio (selenito de sódio) em um modelo

    in vivo de exposição ao metilmercúrio (MeHg). Os sujeitos (grupos de idades P1 e P21) receberam por amamentação ou via oral: veículo, Selênio (5ppm), MeHg (10ppm) ou Selênio (5ppm) mais MeHg (10ppm) durante 20 e 10 dias respectivamente (n = 8 por grupo). Após o tratamento, os ratos foram submetidos aos testes de campo aberto e labirinto aquático a fim de analisar déficits motores e de memória/aprendizagem, respectivamente. Para fins de análise histológica, foi realizada perfusão e imunohistoquimica para Neu-N. Com o objetivo de aferir possíveis efeitos deletérios sobre populações neuronais, foi feita contagem estereológica dos neurônios do hipocampo (camada polimórfica do giro denteado). Como resultado, foi observada redução significativa na atividade locomotora de neonatos (P1) mediante exposição ao MeHg. Além disso, nos grupos expostos ao MeHg (isoladamente ou associado ao selênio) verificou-se déficits de aprendizagem e memória. Já os animais P21 expostos ao MeHg apresentaram aumento na atividade locomotora, efeito abolido pela administração concomitante de selênio. Quando submetidos ao labirinto aquático, observou-se redução do tempo de latência apenas no grupo controle e naqueles animais expostos ao selênio. Como resultado das contagens estereológicas, observou-se diminuição do número de neurônios no hipocampo somente nos animais P21 expostos ao mercúrio. Os resultados obtidos sob estas condições experimentais mostraram que a exposição ao MeHg resultou em efeitos comportamentais diversos dependentes da idade dos sujeitos. A administração de selênio só foi capaz de interferir positivamente nos déficits locomotores observados em animais mais velhos. Além disso, foi observado que a administração de selênio não interferiu nos distúrbios comportamentais de memória/aprendizagem, tampouco na morte neuronal induzida por MeHg. Possíveis mecanismos associados a este padrão de proteção parcial por selênio, especialmente em estágios mais avançados de desenvolvimento neural ainda necessitam ser elucidados.

  • NILTON BARRETO DOS SANTOS
  •  

    "INVESTIGAÇÃO DOS EFEITOS PROTETORES DO SELENITO DE SÓDIO SOBRE A NEUROTOXICIDADE DO METILMERCÚRIO EM DIFERENTES PERÍODOS DE DESENVOLVIMENTO PÓS NATAL".

     

  • Data: 28/12/2011
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  • A exposição a compostos mercuriais resulta em danos oxidativos, afetando gravemente o sistema nervoso central, como observado em humanos e em modelos experimentais. Este trabalho utilizou ratos Wistar em diferentes períodos do neuro-desenvolvimento a fim de investigar possíveis efeitos protetores do selênio (selenito de sódio) em um modelo

    in vivo de exposição ao metilmercúrio (MeHg). Os sujeitos (grupos de idades P1 e P21) receberam por amamentação ou via oral: veículo, Selênio (5ppm), MeHg (10ppm) ou Selênio (5ppm) mais MeHg (10ppm) durante 20 e 10 dias respectivamente (n = 8 por grupo). Após o tratamento, os ratos foram submetidos aos testes de campo aberto e labirinto aquático a fim de analisar déficits motores e de memória/aprendizagem, respectivamente. Para fins de análise histológica, foi realizada perfusão e imunohistoquimica para Neu-N. Com o objetivo de aferir possíveis efeitos deletérios sobre populações neuronais, foi feita contagem estereológica dos neurônios do hipocampo (camada polimórfica do giro denteado). Como resultado, foi observada redução significativa na atividade locomotora de neonatos (P1) mediante exposição ao MeHg. Além disso, nos grupos expostos ao MeHg (isoladamente ou associado ao selênio) verificou-se déficits de aprendizagem e memória. Já os animais P21 expostos ao MeHg apresentaram aumento na atividade locomotora, efeito abolido pela administração concomitante de selênio. Quando submetidos ao labirinto aquático, observou-se redução do tempo de latência apenas no grupo controle e naqueles animais expostos ao selênio. Como resultado das contagens estereológicas, observou-se diminuição do número de neurônios no hipocampo somente nos animais P21 expostos ao mercúrio. Os resultados obtidos sob estas condições experimentais mostraram que a exposição ao MeHg resultou em efeitos comportamentais diversos dependentes da idade dos sujeitos. A administração de selênio só foi capaz de interferir positivamente nos déficits locomotores observados em animais mais velhos. Além disso, foi observado que a administração de selênio não interferiu nos distúrbios comportamentais de memória/aprendizagem, tampouco na morte neuronal induzida por MeHg. Possíveis mecanismos associados a este padrão de proteção parcial por selênio, especialmente em estágios mais avançados de desenvolvimento neural ainda necessitam ser elucidados.

  • GEOVANNY BRAGA LIMA
  • AVALIAÇÃO IN VITRO DO EFEITO GENOTÓXICO E NEUROTÓXICO DA ROTENONA EM POPULAÇÕES NEURONAIS DE ENCÉFALO DE RATOS
  • Orientador : ELIZABETH SUMI YAMADA
  • Data: 28/12/2011

  • PATRICIA CARVALHO DE SOUZA
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    MODELO EXPERIMENTAL DE IMUNOSSUPRESSÃO COM CICLOFOSFAMIDA  EM Rattus norvegicus DA LINHAGEM WISTAR E PRIMATAS NÃO  HUMANOS DA ESPECIE Cebus apella: ANÁLISE  GENOTOXICOLÓGICA.

  • Data: 23/12/2011
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  • Foi estabelecido um modelo de imunossupressão em roedores por inoculação do agente alquilante Ciclofosfamida (CY). A administração de 50 mg/kg de CY em ratos Wistar provocou uma significante diminuição dos parâmetros de celularidade e peso relativo dos órgãos linfóides. Pela análise da titulação de anticorpos, do ensaio sobre as células formadoras de placa e do teste de hemólise foi comprovada que a imunidade humoral dos roedores sofreu supressão. Foram realizadas quatro inoculações desse imunossupressor e a periodicidade entre as inoculações foi determinada pela recuperação dos níveis de normalidade dos parâmetros supracitados. A alteração na contagem diferencial de células sanguíneas brancas representou o maior efeito adverso da CY, observado nos parâmetros de laboratório analisados nos Cebus apella. Nas duas vezes que foi administrada a droga houve redução no número de linfócitos e posteriormente diminuição de neutrófilos, porém somente na segunda foi observada a imunossupressão. Visto a proximidade filogenética dos primatas não humanos, este desenho experimental será de suma importância para o estudo de tumores em diversas fases do desenvolvimento e principalmente para testes de novos fármacos e esquemas terapêuticos. Com relação às análises de genotoxicidade da CY podemos concluir que em ratos Wistar, as administrações de CY aumentaram significativamente a freqüência de micronúcleos em eritrócitos policromáticos (MN PCEs) e provocaram efeito citotóxico (P<0.05). Em C. apella, os linfócitos do sangue periférico, após o tratamento com CY apresentaram um aumento significativo da media de MN/1000 células em relação aos linfócitos controle (P<0.05). A concentração de CY de 50mg/kg, em C. apella, corresponde à concentração DL50 da droga, visto que 50% desses animais morreram durante o experimento de imunossupressão. Até o desenvolvimento deste trabalho, não se conhecia a concentração correspondente ao DL50 nessa espécie. Ao comparamos as duas espécies de animais utilizadas neste trabalho, os primatas não humanos têm uma recuperação imune mais rápida em relação aos ratos Wistar. Provavelmente a capacidade de metabolização da droga seja mais eficaz em C. apella. Nossos resultados apóiam, portanto, que os primatas não humanos constituem os melhores modelos experimentais devido a sua grande proximidade evolutiva e filogenética com o ser humano.

  • RAIMUNDO MIRANDA DE CARVALHO
  • VALOR PROGNÓSTICO DO SNP TP53 ARG72PRO NA SUSCEPTIBILIDADE AO DESENVOLVIMENTO E NA SOBREVIDA DE PACIENTES BRASILEIROS COM MEDULOBLASTOMA

  • Data: 22/12/2011
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  • O Meduloblastoma é a neoplasia encefálica mais comum na infância, correspondendo a taxas de 16 a 25% de todos os tumores encefálicos em menores de 19 anos e 30-40% de todos os tumores da fossa posterior. Para investigar o papel do polimorfismo de base única (SNP) TP53 Arg72Pro sobre o risco de desenvolvimento, prognóstico e resposta a terapêutica adjuvante em Meduloblastoma, foi realizado um estudo caso-controle com 122 pacientes e 122 controles saudáveis do Brasil. Em comparação com Arg/Arg, que é o genótipo mais comum na população em estudo, tanto o genótipo Arg/Pro e Pro/Pro não influenciaram o risco de desenvolvimento de Meduloblastoma (OR = 1,36 e P = 0,339 para o genótipo Arg/Pro; OR = 1,50 e P = 0,389 para o genótipo Pro/Pro). Com relação ao prognóstico, a sobrevida livre de doença não foi significativamente diferente entre os genótipos SNP TP53 Arg72Pro (P> 0,05), porém o genótipo menos freqüente, Pro/Pro, foi associado a uma menor sobrevida global dos pacientes com Meduloblastoma (P = 0,021 ). Estes dados sugerem que embora não haja nenhuma associação entre o SNP TP53 Arg72Pro e o risco de desenvolvimento de Meduloblastoma, o genótipo Pro/Pro está associado a uma menor sobrevida global dos pacientes submetidos a terapia adjuvante. No entanto, devido à composição interétnica da população brasileira, futuros estudos envolvendo populações maiores e de outras partes do mundo serão essenciais para uma conclusão definitiva da função do SNP TP53 Arg72Pro.

  • SILVIO MARCIO PEREIRA BOULHOSA
  • Estruturas do olho do Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) (CRUSTACEA, DECAPODA, PALAEMONIDAE): Estudo utilizando microscopia óptica e de varredura.
  • Orientador : MANOEL DA SILVA FILHO
  • Data: 19/12/2011

  • GABRIELA DE PAULA ARRIFANO DE OLIVEIRA
  • METILMERCÚRIO E MERCÚRIO INORGÂNICO EM PEIXES

    COMERCIALIZADOS NOS MERCADO MUNICIPAL DE ITAITUBA

    (TAPAJÓS) E MERCADO DO VER-O-PESO (BELÉM)

     

  • Data: 15/12/2011
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  • O mercúrio é um perigoso metal e uma importante fonte de contaminação ambiental no Brasil e, sobretudo, na Amazônia. O principal órgão-alvo deste metal é o SNC onde causa danos que podem levar aos sintomas clássicos: ataxia, parestesia, disartria e alterações no desenvolvimento do sistema nervoso de crianças. A contaminação mercurial nos rios amazônicos aumenta a quantidade encontrada nos peixes, principalmente os que estão no topo da cadeia alimentar, expondo dessa forma a populações ribeiras à intoxicação mercurial, uma vez que o peixe é um elemento central na dieta dessas populações. Por isso, é fundamental o monitoramento periódico dos níveis de mercúrio nas espécies de peixes consumidas nessa região. Nosso trabalho se propôs a identificar os níveis de metilmercúrio e mercúrio inorgânico nas espécies de peixes mais consumidas pelas populações ribeirinhas da região do Tapajós e comparálos com os níveis encontrados em peixes da mesma espécie obtidos na região de Belém. Além disso, realizar uma comparação com os resultados obtidos por Dos Santos et al. (2000) e analisando os níveis atuais e os antigos. Os peixes foram coletados no mercado municipal de Itaituba, no Tapajós, e no mercado do Ver-o-peso, em Belém. Amostras de músculo de cada peixe foram liofilizadas e analisadas pela Universidad de Castilla-La Mancha (Espanha) para quantificação do metilmercúrio e do mercúrio inorgânico. Os resultados obtidos no presente trabalho mostraram que somente os peixes piscívoros da região do Tapajós apresentam níveis de metilmercúrio acima do limite preconizado pela OMS (0,5 μg/g). Em todos os grupos do estudo, os níveis de mercúrio inorgânico estão bem abaixo deste limite. A espécie mais contaminada foi a Brachyplatystoma flavicans (dourada) chegando a ultrapassar até cinco vezes o limite de tolerância da OMS. Com nossos dados, pode-se dizer que os peixes da região do Tapajós continuam atualmente expostos a altas concentrações de mercúrio. As espécies não-piscívoras tiveram baixas concentrações de mercúrio orgânico, sendo aptas para consumo humano. O presente estudo apoia a importância do monitoramento continuado dos ambientes considerados expostos e não expostos na Amazônia. O conhecimento originado por este monitoramento fomentará definitivamente o desenvolvimento de estratégias de prevenção e de ações governamentais perante o problema da contaminação mercurial na Amazônia.

  • MOISES HAMOY
  • CARACTERIZAÇÃO COMPORTAMENTAL E ELETROENCEFALOGRÁFICA DAS CONVULSÕES INDUZIDAS PELO CUNANIOL E ACETATO DE CUNANIOL EXTRAÍDOS DAS FOLHAS DE Clibadium sylvestre, UM MODELO DE CONVULSÃO GENERALIZADA EXPERIMENTAL EM RATOS (WISTAR)
  • Orientador : JOSE LUIZ MARTINS DO NASCIMENTO
  • Data: 15/12/2011

  • SIMONE AUGUSTA RIBAS
  • INVESTIGAÇÃO DO EFEITO TERAPÊUTICO DO PSYLLIUM SOBRE A DISLIPIDEMIA INFANTO - JUVENIL
  • Orientador : MARCELO DE OLIVEIRA BAHIA
  • Data: 14/12/2011

  • ROSELY MARIA DOS SANTOS CAVALEIRO
  • CARACTERÍSTICAS CRANIOFACIAIS DE PACIENTES COM MUCOPOLISSACARIDOSE I e VI: UM ESTUDO CLÍNICO E RADIOGRÁFICO
  • Orientador : LUIZ CARLOS SANTANA DA SILVA
  • Data: 05/12/2011

  • REGINA CELIA BELTRAO DUARTE
  • Investigação do Potencial Cortical Provocado Visual Para Padrão Reverso em Pacientes Diagnosticados com Epilepsia Parcial e Generalizada
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 02/12/2011

  • MARCELA DA SILVA CORDEIRO
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    AVALIAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO DE ÁGUA DE COCO (Cocos nucifera) SUPLEMENTADA NA PRODUÇÃO IN VITRO DE EMBRIÕES BOVINOS

  • Data: 01/12/2011
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  • Devido sua composição rica em sais minerais, proteínas, carboidratos, vitaminas e indutores da divisão celular (fitohormônios) (NUNES & COMBARNOUS, 1995; SANTOSO et al., 1996; SILVA et al. 2009) a água de coco, há alguns anos, vem sendo empregada com sucesso dentro das biotecnologias reprodutivas, principalmente, como diluente de sêmen de várias espécies como suínos (TONIOLLI & MESQUITA, 1990; BARROS, 2010), caprinos e ovinos (ARAÚJO & NUNES, 1990; NUNES, 1997; NUNES & SALGUEIRO, 1999), bubalinos (VALE et al., 1999), peixes (FARIAS et al., 1999), cães (UCHOA et al., 2002, 2003; CARDOSO et al., 2003, 2005, 2006), felinos (SILVA et al. 2007), primatas (ARAÚJO et al., 2009) e até mesmo humanos (NUNES, 1998).

    O grande sucesso da água de coco em promover maior viabilidade aos espermatozóides incentivou sua utilização na preservação de outros tipos celulares como folículos ovarianos pré-antrais

    Quando os meios de cultivo empregados na ativação e crescimento de folículos ovarianos primordiais foram suplementados com água de coco

    in situ de caprinos (SILVA et al., 1999; SILVA et al., 2000; COSTA et al., 2002), ovinos (ANDRADE et al., 2002; COSTA et al., 2006) e bovinos (LUCCI et al., 2004). in natura (ACIN) em diferentes proporções os resultados foram controversos. Em caprinos, segundo Silva et al. (2004), as taxas de degeneração foram significativas apenas quando foi utilizado ACIN. Enquanto, Martins et al. (2005), relataram redução significativa na sobrevivência com suplementações acima de 10%. Em ovinos foi 12

    observado redução na sobrevivência quando os meios de cultivo foram suplementados com concentrações acima de 20% (COSTA et al., 2006), sendo que em nenhuma das abordagens, a adição de água de coco mostrou resultado superior a condição controle.

    A utilização da água de coco na PIVE de bovinos foi relatada por Blume et al. (1997a,b) que demonstraram a possibilidade de utilização da ACIN ou água de coco estabilizada (duas partes de ACIN + uma parte de tampão citrato à 5% + uma parte de água ultra pura; pH=7.3; 310 mOsmol/L) como meio de maturação e cultivo

    O fracionamento da água de coco permitiu o isolamento de um fitohormônio chamado ácido 3–Indol–acético (IAA) que segundo NUNES (1997) é o principal responsável pelos efeitos favoráveis da água de coco, porém o mecanismo molecular de ação do IAA nas células animais ainda não está claro, porém, quando adicionado ao diluidor, prolongou a sobrevivência e aumentou a motilidade espermática, incrementando as taxas de fertilidade de animais domésticos como ovinos (CRUZ, 1994), suínos (TONIOLLI et al., 1996) e caprinos (NUNES et al., 1996; AZEVÊDO & TONIOLLI, 1999).

    Andrade et al. (2005a) utilizaram 40 ng/mL de IAA, concentração esta equivalente a encontrada na ACIN (DUA & CHANDRA, 1993) e obtiveram bons resultados na ativação e crescimento

    in vitro de embriões. Resultados positivos também foram descritos por Cordeiro et al. (2006) ao empregarem a água de coco (75% de ACIN + 25% de água ultra-pura + tampão Hepes) como meio de manutenção/transporte dos oócitos por um período de 6h. in vitro de folículos ovarianos pré-antrais ovinos, principalmente, quando combinado com fator de crescimento epidérmico (EGF) (ANDRADE et al., 2005b). 13

    Em função da ACIN apresentar variações em sua constituição e grande instabilidade físico-química, o que dificulta sua utilização e disponibilização para regiões onde o fruto não existe, foram realizados vários estudos visando sua padronização e conservação, sucesso obtido por Nunes e Salgueiro em 2002 com a liofilização da água de coco sob a forma de pó (ACP

    A ACP

    Com base na literatura descrita anteriormente percebe-se que, apesar dos grandes avanços, ainda existe muito a ser feito em relação aos meios e condições de cultivo empregados na PIVE. Sendo assim, pelas propriedades que a água de coco apresenta, faz-se necessário avaliar o real potencial de uma solução de água de coco suplementa com mio-inositol, tri-citrato de sódio e aminoácidos em fornecer condições adequadas aos processos de maturação, fecundação e cultivo embrionário

    ® - ACP Biotecnologia, Brasil) (NUNES & SALGUEIRO, 2008). ®, após reconstituição em água foi testada como diluente de sêmen de caprino (SALGUEIRO et al., 2002) e manteve os mesmos resultados que a ACIN. Resultados positivos, também, foram obtidos com a ACP® em sêmen de cães (SILVA et al., 2006; MADEIRA, 2007; CARDOSO et al., 2007; BARBOSA et al., 2009; MOTA FILHO, 2009), peixes (VIVEIROS et al., 2007; PESSOA, 2009; MELO, 2010), felinos (SILVA et al., 2007) e suínos (BARROS, 2010). in vitro.

  • ANTONIO ALBERTO CARVALHO
  • Análise da associação de polimorfismos de base única (SNP) nos genes NAT2 (A803G; G857A; C282T; T341C e C481T), XRCC1 (C194T), XRCC3 (C241T) e o câncer de mama, em populações do Norte do Brasil
  • Orientador : ROMMEL MARIO RODRIGUEZ BURBANO
  • Data: 22/11/2011

  • TATYANA PEREIRA TOKUHASHI
  • ENVELHECIMENTO, DECLÍNIO COGNITIVO E PLASTICIDADE ASTROGLIAL EM CA3
  • Orientador : CRISTOVAM WANDERLEY PICANCO DINIZ
  • Data: 18/11/2011

  • LETICIA MARTINS LAMARAO
  • PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA E MOLECULAR DO VÍRUS RESPIRATÓRIO SINCICIAL HUMANO (VRSH) EM AMOSTRAS DE PACIENTES HOSPITALIZADOS COM PNEUMONIA, NA CIDADE DE BELÉM.
  • Data: 17/11/2011

  • REGIANNE MACIEL DOS SANTOS CORREA
  • AVALIAÇÃO CITOTÓXICOS E GENOTÓXICOS DO ALCALÓIDE JULOCROTINA EM LINFÓCITOS HUMANOS

  • Data: 04/11/2011
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  • A leishmaniose é considerada um problema de saúde pública, principalmente devido à presença de diferentes espécies enzoóticas de Leishmania, envolvendo muitos hospedeiros e diferentes insetos vetores. Os antimoniais pentavalentes permanecem como as drogas de primeira escolha para o tratamento das leishmanioses há mais de 50 anos, no entanto, sua utilização vem sendo comprometida devido, principalmente, a resistência desenvolvida pelo parasita ao medicamento. Assim, a escolha de drogas derivadas de plantas baseada no estudo e utilização de práticas da medicina tradicional devem aparecer como nova estratégia para o controle da leishmaniose. No entanto, é importante verificar que algumas destas drogas podem ser tóxicas ao organismo, podendo inclusive apresentar propriedades genotóxicas, causando alterações no DNA com conseqüente aumento no risco de carcinogênese. A Julocrotina (2-[N-(2-methylbutanolyl)]- N-phenylethylglutarimide) é um alcalóide glutarimida isolado da espécie Croton pullei var. glabrior Lanj. (Euphorbiaceae), encontrada amplamente na Floresta Amazônica e conhecido por possuir potente efeito leishmanicida. Desta forma, no presente estudo avaliamos o efeito citotóxico e genotóxico da Julocrotinaa partir do Ensaio do MTT e Ensaio do Cometa (versão alcalina) em cultura de linfócitos humanos. Como resultado, o alcalóide não demonstrou citotoxicidade em linfócitos humanos nas concentrações testadas. No entanto, a julocrotina mostrou-se genotóxica para linfócitos humanos tratados com a maior concentração (632μM) da substância. Apesar dos resultados de citotoxicidade parecem promissores no que diz respeito aouso da julocrotina no tratamento da leishmaniose, o efeito genotóxico observado reforça anecessidade de se obter as devidas precauções quanto ao seu uso como fitoterápico leishmanicida.

  • CAMILA DE BRITTO PARA DE ARAGAO
  • CINÉTICA DA ENZIMA ALFA-GALACTOSIDASE A E INVESTIGAÇÃO DE DOENÇA DE FABRY EM PACIENTES HEMODIALISADOS
  • Orientador : LUIZ CARLOS SANTANA DA SILVA
  • Data: 01/11/2011

  • MAIRA CATHERINE PEREIRA TURIEL
  • ENCEFALITE VIRAL INDUZIDA PELO VÍRUS DA DENGUE EM CAMUNDONGOS SUÍÇOS ALBINOS: A resposta inflamatória no sistema nervoso central do hospedeiro neonato
  • Orientador : CRISTOVAM WANDERLEY PICANCO DINIZ
  • Data: 14/10/2011

  • ROSEANI DA SILVA ANDRADE
  • "Avaliação de um Teste Bioquímico de Triagem para a Detecção de Indivíduos Heterozigotos para a Fenilcetonúria".

     

  • Data: 07/10/2011
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  • A fenilcetonúria (PKU) é uma doença metabólica hereditária resultante da deficiência da enzima fenilalanina hidroxilase (PAH) que converte o aminoácido fenilalanina em tirosina. O presente estudo teve como objetivo investigar o metabolismo dos aminoácidos fenilalanina (Phe) e tirosina (Tyr) em heterozigotos para PKU, nas condições de jejum e após uma sobrecarga oral de Phe (25 mg/Kg), aplicando diferentes parâmetros bioquímicos (níveis de Phe e Tyr e as relações Phe/Tyr e Phe²/Tyr), a fim de identificar a melhor variável que discrimine heterozigotos para a PKU de indivíduos normais. O protocolo empregado foi a dosagem de Phe e Tyr plasmática nas situações de jejum, 30, 45, 60 e 90 minutos após asobrecarga de Phe na dose de 25mg/kg. A amostra foi composta de 50 indivíduos: 23 heterozigotos obrigatórios (10 homens e 13 mulheres) e um grupo controle de 27 indivíduos hígidos (13 homens e 14 mulheres), obedecendo a critérios de pareamento: gênero e faixa etária (18 a 44 anos). Para analisar o efeito da sobrecarga oral de Phe em cada grupo, os resultados dos parâmetros Phe, Tyr, Phe/Tyr e Phe2/Tyr após a sobrecarga foram comparados com os observados na situação de jejum. Foram realizadas inferências estatísticas entre os grupos nos aspectos longitudinal e transversal e aplicados os testes t de Student , teste de Wilcoxon , teste t de Student e o seu equivalente não paramétrico e teste U de Mann-Whitney. Na avaliação da Curva ROC das variáveis utilizadas, os três melhores parâmetros para classificar indivíduos heterozigotos de normais foram: a dosagem da Phe a 45 e 90 minutos, assim como o resultado da fração micromolar Phe2/Tyr após 90 minutos da sobrecarga. A função discriminante revelou 86% de acurácia e uma classificação correta de 94,4% dos indivíduos heterozigotos para PKU.

  • ZAIRE ALVES DOS SANTOS
  • CINÉTICA DA INFECÇÃO PELO ARBOVÍRUS PIRY EM MODELO MURINO: A RESPOSTA DO HOSPEDEIRO ADULTO
  • Orientador : CRISTOVAM WANDERLEY PICANCO DINIZ
  • Data: 30/09/2011

  • MURIELE NAZARETH LOBATO
  • IDENTIFICAÇÃO NEUROANATÔMICA DOS NÚCLEOS CEREBRAIS RELACIONADOS AO CANTO EM URAEGINTHUS CYANOCEPHALUS (ORDEM PASSERIFORMES, SUBORDEM OSCINES, FAMÍLIA ESTRILDIDAE)
  • Orientador : SILENE MARIA ARAUJO DE LIMA
  • Data: 28/09/2011

  • ALINE CRISTINE PASSOS DE SOUZA
  • ENVELHECIMENTO E DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS CRÔNICAS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: Implantação de novas metodologias de avaliação em pacientes com declínio cognitivo leve e doença de Alzheimer
  • Orientador : MARCIA CONSENTINO KRONKA SOSTHENES
  • Data: 27/09/2011

  • NARA ALVES DE ALMEIDA LINS
  • DOENÇA CRÔNICA NEURODEGENERATIVA AGRAVADA POR INFECÇÃO VIRAL EM MODELO MURINO: ENSAIOS COMPORTAMENTAIS E NEUROPATOLÓGICOS
  • Orientador : MARCIA CONSENTINO KRONKA SOSTHENES
  • Data: 27/09/2011

  • MARCIA CRISTINA FREITAS DA SILVA
  •  

    ALTERAÇÕES HEPÁTICAS POR EXPOSIÇÃO A BAIXAS DOSES DE METILMERCÚRIO EM MACACOS PREGO, Cebus apella (Linnaeus 1758)

  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 16/09/2011
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  • Cebus apella

    foram expostos a 1,5 ppm de metilmércurio (metilHg) na dieta por 120 dias. Foi investigado a hepatotoxicidade do metilHg, as concentrações no sangue total foram monitoradas a cada 30 dias usando espectrofotômetro de absorção atômica a vapor frio Hg201, as transaminases (ALT e AST) e bilirrubina total (BT) foram dosadas no decorrer da exposição. O fígado foi fixado com formaldeido 10%, e preparado por protocolos da histopatologia. Foi observada diferença significativa entre os grupos exposto e controle, quanto aos níveis de Hgtotal, nos períodos de 60, 90 (P < 0,05) e 120 dias (P < 0,01). A histopatologia revelou esteatose moderada e degeneração hidrópica, um achado comum em exposição ao metilmercúrio em muitas outras espécies. Não foi observada diferença significativa entre os níveis de AST (p= 0.38), ALT (p= 0.83) e BT (p= 0.07) do grupo controle e exposto. A correlação de Pearson com Hgtotal demonstrou correlação negativa ( AST r= -0,7; ALT r=0,07; BT r= -0,3 e p > 0,05), o que sugere a necessidade de novos estudos para esclarecer o nível de alerta da concentração de mercúrio e das dosagens hepáticas.

    foram expostos a 1,5 ppm de metilmércurio (metilHg) na dieta por 120 dias. Foi investigado a hepatotoxicidade do metilHg, as concentrações no sangue total foram monitoradas a cada 30 dias usando espectrofotômetro de absorção atômica a vapor frio Hg201, as transaminases (ALT e AST) e bilirrubina total (BT) foram dosadas no decorrer da exposição. O fígado foi fixado com formaldeido 10%, e preparado por protocolos da histopatologia. Foi observada diferença significativa entre os grupos exposto e controle, quanto aos níveis de Hgtotal, nos períodos de 60, 90 (P < 0,05) e 120 dias (P < 0,01). A histopatologia revelou esteatose moderada e degeneração hidrópica, um achado comum em exposição ao metilmercúrio em muitas outras espécies. Não foi observada diferença significativa entre os níveis de AST (p= 0.38), ALT (p= 0.83) e BT (p= 0.07) do grupo controle e exposto. A correlação de Pearson com Hgtotal demonstrou correlação negativa ( AST r= -0,7; ALT r=0,07; BT r= -0,3 e p > 0,05), o que sugere a necessidade de novos estudos para esclarecer o nível de alerta da concentração de mercúrio e das dosagens hepáticas.

     

  • MARCIA CRISTINA FREITAS DA SILVA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 16/09/2011

  • EDINALDO ROGERIO DA SILVA MORAES
  • CARACTERIZAÇÃO DA CINÉTICA DE CAPTAÇÃO DE GLUTAMATO POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA EM TECIDO RETINIANO.
  • Orientador : ANDERSON MANOEL HERCULANO OLIVEIRA DA SILVA
  • Data: 19/08/2011

  • MANOEL DE ALMEIDA MOREIRA
  • EFEITOS DA REPOSIÇÃO ESTROGÊNICA E EXERCÍCIO FÍSICO, NA SARCOPENIA EM RATAS
  • Orientador : DOMINGOS LUIS WANDERLEY PICANCO DINIZ
  • Data: 19/08/2011

  • TATIANE CRISTINA MOTA
  • AVALIAÇÃO IN VITRO DOS EFEITOS GENOTÓXICOS E CITOTÓXICOS DA DROGA ANTIMALÁRICA ARTESUNATO EM LINFÓCITOS HUMANOS
  • Orientador : MARCELO DE OLIVEIRA BAHIA
  • Data: 12/08/2011

  • WALDINEY PIRES MORAES
  • Caracterização do mecanismo de ação antiinflamatória do flavonóide BAS1 isolado da planta Brosimum acutifolium
  • Orientador : DOMINGOS LUIS WANDERLEY PICANCO DINIZ
  • Data: 02/08/2011

  • BARBARELLA DE MATOS MACCHI
  • ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS, BIOQUÍMICAS E HISTOPATOLÓGICAS NO MODELO DE MALÁRIA AVIÁRIA Gallus gallus POR Plasmodium gallinaceum: PAPEL DO ÓXIDO NÍTRICO
  • Orientador : JOSE LUIZ MARTINS DO NASCIMENTO
  • Data: 28/07/2011

  • KAREN RENATA MATOS OLIVEIRA
  • ALTERAÇÕES NEUROQUÍMICAS NO TECIDO RETINIANO MURINO EM MODELO DE MALÁRIA CEREBRAL INDUZIDA PELA INFECÇÃO POR Plasmodium berghei (ANKA)
  • Orientador : JOSE LUIZ MARTINS DO NASCIMENTO
  • Data: 21/07/2011

  • ALBEDY MOREIRA BASTOS
  • AVALIAÇÃO PSICOFÍSICA DA VISÃO ESPACIAL CROMÁTICA E ACROMÁTICA DE PACIENTES PÓS-OPERATÓRIOS DE MICROCIRURGIA VASCULAR PARA ANEURISMAS INTRACRANIANOS DO SISTEMA CAROTÍDEO
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 01/07/2011

  • ALLAN COSTA MALAQUIAS
  • EFEITO DA MORFINA SOBRE DANO CELULAR PROVOCADO POR METILMERCÚRIO EM CULTURA DE GLIOMA DE RATO
  • Orientador : MARIA ELENA CRESPO LOPEZ
  • Data: 22/06/2011

  • SUELLEN ALESSANDRA SOARES DE MORAES
  • INIBIÇÃO NITRÉRGICA LOCAL FAVORECE O PROCESSO DE REGENERAÇÃO DO TENDÃO DE AQUILES EM RATOS SUBMETIDOS À TENOTOMIA.
  • Orientador : ANDERSON MANOEL HERCULANO OLIVEIRA DA SILVA
  • Data: 27/05/2011

  • DENIS VIEIRA GOMES FERREIRA
  • DETECÇÃO MOLECULAR E SOROLÓGICA DA INFECÇÃO POR Mycobacterium leprae EM CASOS E COMUNICANTES DE HANSENÍASE E ESCOLARES DE ORIXIMINÁ (PA)

  • Orientador : CLAUDIO GUEDES SALGADO
  • Data: 23/05/2011
  • Mostrar Resumo
  • A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, que acomete
    primariamente pele e nervos periféricos, e suas principais manifestações
    clínicas são lesões com alterações de pigmentação e sensibilidade. Seu agente
    etiológico é o Mycobacterium leprae, um bacilo intracelular obrigatório, álcool
    ácido resistente em forma de bastão reto ou ligeiramente curvo. A transmissão
    ocorre através das vias aéreas superiores, e o padrão imunológico do
    hospedeiro varia desde uma elevada resposta imune mediada por células,
    conhecida como resposta do tipo Th1, a uma alta susceptibilidade a infecção
    com elevada resposta imune humoral, resposta do tipo Th2. Este estudo teve
    como objetivo, examinar clinicamente e correlacionar informações sócioepidemiológicas
    com os níveis de anticorpos IgM anti-PGL-1 no plasma, e a
    detecção por biologia molecular do M. leprae em swab nasal de casos e
    comunicantes de hanseníase notificados entre 2004 e 2008, além de escolares
    da rede pública de ensino do município de Oriximiná-Pará. Os resultados
    demonstram que: 1) os pacientes de hanseníase possuem condições precárias
    de habitação e alimentação, com quase 50% de privação alimentar; 2)
    aproximadamente 45% da população clinicamente saudável apresenta IgM
    anti-PGL-1 positivo, independente da idade, período de convivência com
    casos-índices ou presença ou ausência da cicatriz de BCG e; 3) o DNA do M.
    leprae é encontrado em 15 a 30% de comunicantes e casos, e em apenas
    1,6% dos estudantes, não apresentando correlação com ELISA IgM anti-PGL-
    1, com a forma clínica da doença ou com o tempo de evolução da hanseníase
    em indivíduos tratados com PQT nos 5 anos antes da coleta dos dados. Desta
    forma, a positividade do ELISA IgM anti-PGL-1 parece indicar a magnitude da
    exposição de uma população ao M. leprae, podendo contribuir para estudos
    epidemiológicos e na definição de grupos populacionais prioritários para a
    realização de busca ativa de casos de hanseníase em uma determinada
    comunidade.

  • DANIELLE CRISTINNE AZEVEDO FEIO
  • AVALIAÇÃO DO PERFIL DA RESPOSTA CELULAR OBSERVADO EM INDIVÍDUOS DA ESPÉCIE Cebus apella EXPOSTOS AO CARCINÓGENO N- METIL-N-NITROSURÉIA (MNU) E TRATADOS COM O MODIFICADOR DA RESPOSTA IMUNE CANOVA®.
  • Orientador : PATRICIA DANIELLE LIMA DE LIMA
  • Data: 19/05/2011

  • ROSANA TELMA SANTOS LOPES
  • NEUROGÊNESE ENDÓGENA INDUZIDA POR ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO EXPERIMENTAL APÓS INIBIÇÃO DA ATIVAÇÃO MICROGLIAL/MACROFÁGICA COM O ANTI-INFLAMATÓRIO INDOMETACINA
  • Orientador : WALACE GOMES LEAL
  • Data: 16/05/2011

  • ELANE DE NAZARE MAGNO FERREIRA
  • ATIVAÇÃO MICROGLIAL, PERDA NEURONAL E ASTROCITOSE EM UM MODELO EXPERIMENTAL DE EPILEPSIA DO LOBO TEMPORAL
  • Orientador : WALACE GOMES LEAL
  • Data: 12/05/2011

  • LUIZ RAIMUNDO C DA S E CUNHA JUNIOR
  • ANÁLISE CITOGENÉTICA DE PROFISSIONAIS DE SERVIÇOS DE RADIOLOGIA CLÍNICA EXPOSTOS À RADIAÇÃO IONIZANTE NA CIDADE DE BELÉM, PARÁ, BRASIL
  • Orientador : ROMMEL MARIO RODRIGUEZ BURBANO
  • Data: 06/05/2011

  • CELINA COELHO DA ROSA
  • Estudos Citogenéticos em Roedores do Gênero Oecomys (Rodentia: Cricetidae)
  • Orientador : CLEUSA YOSHIKO NAGAMACHI
  • Data: 29/04/2011

  • RAMON EVERTON FERREIRA DE ARAUJO
  • ANÁLISE CITOGENÉTICA EM MORCEGOS DA FAMÍLIA EMBALLONURIDAE (CHIROPTERA) DA AMAZÔNIA BRASILEIRA ATRAVÉS DE CITOGENÉTICA CLÁSSICA E MOLECULAR
  • Orientador : JULIO CESAR PIECZARKA
  • Data: 29/04/2011

  • MICHELLE CASTRO DA SILVA
  • TRATAMENTO COM MINOCICLINA E COMPARAÇÃO COM TRANSPLANTE INTRAESTRIATAL DE CÉLULAS MONONUCLEARES DA MEDULA ÓSSEA APÓS ACIDENTE EXPERIMENTAL ENCEFÁLICO
  • Orientador : WALACE GOMES LEAL
  • Data: 27/04/2011
  • Mostrar Resumo
  • Diversos estudos sugerem que a tetraciciclina semi-sintética minociciclina e o transplante de células mononucleares da medula óssea (CMMOs) induzem neuroproteção em modelos experimentais de acidente vascular encefálico (AVENC). No entanto, poucos investigaram, comparativamente, os efeitos destas duas abordagens terapêuticas após AVENC induzido por microinjeções de endotelina – 1 (ET -1). Nesta dissertação, objetivou-se comparar os efeitos do bloqueio microglial com minociclina com os obtidos pelo transplante intraestriatal de CMMOs na fase aguda após acidente vascular encefálico experimental, sobre a área de lesão, neuroproteção, apoptose de recuperação funcional. Ratos machos adultos, da raça Wistar, pesando entre 250 e 350g, foram distribuídos em quatro grupos experimentais: controle (chamado de Salina) - isquêmico tratado com salina (N=4), isquêmico tratado com minociclina (N=4), isquêmico tratado com CMMOs (N=3) e doador de CMMOs (N=2). Testes comportamentais foram realizados em 1, 3 e 7 dias pós-isquemia para avaliar a recuperação funcional entre os grupos. Animais tratados com minociclina receberam 2 doses diárias de 50mg/kg nos 2 primeiros dias, e 5 aplicações únicas de 25mg/kg (i.p) nos dias subseqüentes até o sexto dia após a indução isquêmica. 1x106 de CMMOs foram obtidas de ratos da mesma linhagem e transplantadas diretamente no estriato, 24h após a lesão isquêmica. Todos os animais foram perfundidos 7 dias após a indução isquêmica. Secções coronais foram coradas por violeta de cresila para análise histopatológica geral, e por imunohistoquímica para a identificação de corpos neuronais (neuN), microglia/macrófagos ativados (ED1) e células apoptóticas (Caspase-3). A análise histopatológica geral mostrou grande palor, perda tecidual e intensa ativação microglial/ macrofágica no estriato de animais tratados com solução salina estéril. O tratamento com CMMO foi mais eficaz do que a minociclina (P<0,05, ANOVA-Tukey) na redução do número de microglia/macrófagos ativados (salina 276,3 ± 9,3); CMMOs 133,8 ± 6,8) e minociclina 244,6 ± 7,1). CMMOs e Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 7 minociclina reduziram a área de lesão, em 67,75% e 69,1%, respectivamente. Os dois tratamentos promoveram o mesmo nível de preservação neuronal (p< 0,05) em relação ao controle, 61,3 ± 1,5); 86,8 ± 3,4) e 81 ± 3,4). As CMMOs reduziram de forma mais eficaz (p< 0,01) o número de células apoptóticas em relação à minociclina e grupo controle (26,5 ± 1,6); 13,1 ± 0,7) e 19,7 ± 1,1). Ambas as abordagens terapêuticas promoveram recuperação funcional dos animais isquêmicos. Os resultados sugerem que o tratamento com CMMOs é mais eficaz na modulação da resposta microglial e na diminuição da apoptose do que o tratamento com minociclina, apesar de ambos serem igulamente eficazes para indução da neuroproteção. Estudos futuros devem investigar se o tratamento com minociclina associado ao transplante de CMMOs produzem efeitos sinérgicos, o que poderia amplificar os níveis de neuroproteção observados.
  • MICHELLE CASTRO DA SILVA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : WALACE GOMES LEAL
  • Data: 27/04/2011

  • TARCYANE BARATA GARCIA
  • EFEITOS DO FATOR DE CRESCIMENTO DO NERVO SOBRE OS NÍVEIS EXTRACELULARES DE GLUTAMATO E COMPOSTOS TIÓIS NA RETINA EMBRIONÁRIA DE GALINHA
  • Orientador : ANDERSON MANOEL HERCULANO OLIVEIRA DA SILVA
  • Data: 20/04/2011

  • LEILANE DE HOLANDA BARRETO
  • NEUROPATOLOGIA EXPERIMENTAL INDUZIDA PELOS RABDOVÍRUS ITACAIUNAS E CURIONOPOLIS: UM ESTUDO DA RESPOSTA IMUNE INATA
  • Orientador : JOSE ANTONIO PICANCO DINIZ JUNIOR
  • Data: 14/04/2011

  • NATALIA KARINA NASCIMENTO DA SILVA
  • ANÁLISE CITOGENÉTICA COMPARATIVA EM ESPÉCIES DE MORCEGOS DA SUBFAMÍLIA PHYLLOSTOMINAE (CHIROPTERA-PHYLLOSTOMIDAE) POR CITOGENÉTICA CLÁSSICA E HIBRIDIZAÇÃO IN SITU FLOURESCENTE (FISH)
  • Data: 29/03/2011
  • Mostrar Resumo
  • Os morcegos representam um grupo amplamente distribuído e diversificado. A diversidade de hábitos alimentares faz da ordem Chiroptera uma das mais bem sucedidas entre os mamíferos, desempenhando, em função de seus hábitos, um importante papel no controle de insetos, na polinização e na dispersão de sementes de numerosos vegetais. A família Phyllostomidae constitui a terceira maior família em número de espécies dentro da Ordem Chiroptera. Entre as representantes neotropicais é a mais numerosa, sendo encontrada em florestas tropicais da America do Sul, particularmente, concentrada na Amazônia que é a região com maior diversidade de morcegos do mundo. No presente trabalho foram analisados citogeneticamente exemplares de três espécies da subfamília Phyllostominae: Chrotopterus auritus, Trachops cirrhosus e Vampyrum spectrum coletados no estado do Pará e Amazonas. Os dados cromossômicos obtidos para Chrotopterus auritus (2n = 28 e NF = 52) e Trachops cirrhosus (2n = 30, FN = 56) estão de acordo com os descritos na literatura. Para Vampyrum spectrum (2n=30 NF=56) relatamos os primeiros padrões de bandeamento e FISH (Hibridização in situ Fluorescente). A técnica de bandeamento C demonstrou um padrão pericentromérico de distribuição da heterocromatina constitutiva nas três espécies estudadas. A técnica de FISH com sondas de DNA teloméricas humanas mostrou apenas marcações distais em todos os cromossomos das três espécies e as sondas de rDNA 18S confirmaram a localização das Regiões Organizadoras Nucleares observadas na técnica de Ag-NOR, presentes no braço longo do par 2 de Chrotopterus auritus, no par 11 de Trachops cirrhosus e no braço longo do par 1 de Vampyrum spectrum. A análise comparativa entre elas sugere um extenso grau de diferenciação cromossômica, com poucos cromossomos compartilhados entre os três gêneros. Contudo, cinco pares cromossômicos inteiros se mantiveram conservados sem nenhum tipo de rearranjo após a divergência das três linhagens. A comparação entre as espécies revela que C. auritus e V. spectrum apresentam mais elementos compartilhados entre si do que em relação à T. cirrhosus. Nossos resultados apoiam a proximidade filogenética entre C. auritus e V. spectrum e sugerem a associação de T. cirrhosus com o clado do gênero Phyllostomus.
  • CAIO MAXIMINO DE OLIVEIRA
  • PARÂMETROS DA ESCOTOTAXIA COMO MODELO COMPORTAMENTAL DE ANSIEDADE NO PAULISTINHA (DANIO RERIO, CYPRINIDAE, PISCES)
  • Orientador : AMAURI GOUVEIA JUNIOR
  • Data: 24/02/2011

  • CELICE CORDEIRO DE SOUZA
  • TRATAMENTO COM MINOCICLINA E CÉLULAS MONONUCLEARES DA MEDULA ÓSSEA APÓS TRANSECÇÃO COMPLETA DA MEDULA ESPINHAL DE RATOS ADULTOS
  • Orientador : WALACE GOMES LEAL
  • Data: 10/02/2011

  • RAFAEL VILAR SAMPAIO
  • ISOLAMENTO, CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DA MULTIPOTÊNCIA DE CÉLULAS-TRONCO ADULTAS DERIVADAS DO TECIDO ADIPOSO DE BOVINOS E BUBALINOS
  • Orientador : OTAVIO MITIO OHASHI
  • Data: 01/02/2011

2010
Descrição
  • MARIA AUXILIADORA MENEZES DE SOUZA
  • IMPACTO DA MISTURA DE AMARANTO ADICIONADA DE ARROZ NA PROPORÇÃO DE 30/70% SOBRE A DEFESA ANTIOXIDANTE DE RATOS DESNUTRIDOS
  • Orientador : JOSE LUIZ MARTINS DO NASCIMENTO
  • Data: 29/12/2010

  • CLAUDIO EDUARDO CORREA TEIXEIRA
  • INTERAÇÕES LATERAIS NA PERCEPÇÃO VISUAL DE SINAIS TEMPORAIS
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 01/12/2010

  • BRUNA MENDES LOURENCO CUNHA
  • CARACTERIZAÇÃO DOS ASPECTOS VOCAIS E LARÍNGEOS NA FIBROSE CÍSTICA
  • Orientador : MANOEL DA SILVA FILHO
  • Data: 03/11/2010

  • MARINA NEGRAO FROTA DE ALMEIDA
  • MEMÓRIA ESPACIAL, ATIVIDADE MASTIGATÓRIA E MORFOMETRIA ASTROCÍTICA DO GIRO DENTEADO E DE CA1 DO HIPOCAMPO DO CAMUNDONGO SUÍÇO ALBINO EM ENVELHECIMENTO
  • Orientador : MARCIA CONSENTINO KRONKA SOSTHENES
  • Data: 08/10/2010

  • JOSE THIERS CARNEIRO JUNIOR
  • AVALIAÇÃO DO RISCO DE LESÃO DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR NA EXODONTIA DE TERCEIROS MOLARES
  • Orientador : ROMMEL MARIO RODRIGUEZ BURBANO
  • Data: 03/09/2010

  • PÊSSI SOCORRO LIMA DE SOUSA
  • Análise Morfométrica do Sistema Auditivo Periférico da Preguiça (Bradypus variegatus)
  • Data: 27/08/2010

  • JOSE ROGERIO SOUZA MONTEIRO
  • ENVOLVIMENTO DOS TRANSPORTADORES GABAÉRGICOS NA AÇÃO ANTICONVULSIVANTE DO EXTRATO DE FOLHAS DE Ocimum basilicum L. EM MODELO IN VITRO DE CÉLULAS NERVOSAS RETINIANAS
  • Orientador : MARIA ELENA CRESPO LOPEZ
  • Data: 26/08/2010

  • MAURO BRITO DE ALMEIDA
  • EFEITOS DA MORFINA SOBRE O ESTRESSE OXIDATIVO EM CULTURAS DE CÉLULAS GLIAIS
  • Orientador : MARIA ELENA CRESPO LOPEZ
  • Data: 24/08/2010

  • KATIA MAKI OMURA
  • AVALIAÇÃO DA CORRELAÇÃO ENTRE ESTRESSE OXIDATIVO E DÉFICIT MOTOR FUNCIONAL DE PACIENTES COM A DOENÇA DE PARKINSON
  • Orientador : ELIZABETH SUMI YAMADA
  • Data: 19/08/2010

  • CYNTHIA MARA BRITO LINS PEREIRA
  • EXPRESSÃO DOS GENES C-MYC, HER-2 E RECEPTORES HORMONAIS COMO PREDITORES DE RESPOSTA À QUIMIOTERAPIA NEOADJUVANTE EM CÂNCER MAMÁRIO
  • Orientador : ROMMEL MARIO RODRIGUEZ BURBANO
  • Data: 02/08/2010

  • MAYRA HERMINIA SIMOES HAMAD FARIAS
  • ESTIMATIVA DO NÚMERO DE ASTRÓCITOS E DE REDES PERINEURONAIS DE CA1, CA2, CA3 DO MACACO PREGO (Cebus apella) UTILIZANDO O FRACIONADOR ÓPTICO
  • Orientador : CRISTOVAM WANDERLEY PICANCO DINIZ
  • Data: 30/07/2010

  • ROBERTA BENTES DE MELO PAZ
  • Estudos Estereológicos da Distribuição de Astrócitos e Redes Perineuronais no Giro Denteado do Cebus apella.
  • Orientador : CRISTOVAM WANDERLEY PICANCO DINIZ
  • Data: 30/07/2010

  • RODRIGO VELLASCO DUARTE SILVESTRE
  • Avaliação da infecção pelo HPV de alto risco oncogênico em neoplasias da  próstata no Estado do Pará
  • Orientador : ROMMEL MARIO RODRIGUEZ BURBANO
  • Data: 11/06/2010

  • LUDMILA MARCIA SOUSA DO NASCIMENTO
  •  

    DIAGNÓSTICO CITOLÓGICO E MOLECULAR DA INFECÇÃO PELO HPV EM MULHERES DO MUNICÍPIO DE BARCARENA, PARÁ, NORTE DO BRASIL

     

  • Orientador : CLAUDIO GUEDES SALGADO
  • Data: 02/06/2010
  • Mostrar Resumo
  • O HPV (Papilomavírus humano) foi apontado pela OMS (Organização Mundial de Saúde - WHO) como principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de colo uterino, tornando-se assim um importante e gravíssimo problema de saúde pública, especialmente nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. A precocidade das atividades sexuais, múltiplos parceiros e sexo casual, o tabagismo, a imunossupressão (por exemplo, na população de pacientes aidéticos), gravidez, doenças sexualmente transmissíveis prévias como herpes e clamídia, além do não cumprimento das medidas já adotadas como prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), como por exemplo, o simples uso de preservativos, está reconhecidamente associado à incidência da infecção por HPV. Essa pesquisa teve como objetivo avaliar o desempenho diagnóstico das metodologias de citologia convencional (Exame de Papanicolau) em relação à citologia em base líquida, além de determinar a prevalência dos genótipos 16 e 18 do HPV em mulheres sem efeito citopático compatível com HPV e relacionar a presença de quadros inflamatórios, associados ou não ao HPV, com dados epidemiológicos como idade, escolaridade, condição sócio-cultural de mulheres provenientes do município de Barcarena – Pará – Brasil. Para tanto, participaram deste estudo, voluntariamente, 50 mulheres atendidas na Unidade de Saúde de Barcarena – Pará, através de campanha para coleta de Exame de Papanicolau como método de prevenção de câncer do colo do útero. Estas mulheres receberam informações referentes a todos os procedimentos realizados pelo corpo de saúde deste estudo e aos resultados desta pesquisa e somente após as voluntárias terem assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as mesmas foram incluídas para as coletas de amostras. As análises e os resultados dos testes de citologia de base líquida e convencional foram realizados segundo a Classificação de Bethesda e revisados cegamente por dois citopatologistas. Para a análise estatístca foi utilizado o teste exato de Fisher e o "Screening Test" visando determinar a especificidade/ sensibilidade dos métodos, considerando significativo o valor de p ≤ 0,05. Como resultado, observamos que o uso da citologia de base líquida tem demonstrado uma série de vantagens em relação à citologia convencional. No diagnóstico molecular (PCR) foram observadas ocorrências de HPV dos tipos 16 e 18 em 10% das mulheres atendidas. Dentre os casos que apresentaram PCR positivo para os tipos 16 ou 16/18 a maioria das mulheres tinham 27,4 anos de idade em média; com maior escolaridade; que exercem atividades domésticas e rurais; e com ocorrências de co-infecção por agentes infecciosos causadores de outras doenças sexualmente transmissíveis. Os resultados obtidos neste estudo reforçam a importância da manutenção de campanhas gratuitas de prevenção do câncer de colo do útero como uma medida preventiva no combate desta doença, principalmente no Estado do Pará onde, provavelmente, o perfil epidemiológico da doença está associado às grandes distâncias que as mulheres de comunidades ribeirinhas têm que percorrer para realizar este exame de forma gratuita; ao tipo de atividade econômica da região; ao preconceito local ainda existente com o exame; e ao grau de dificuldade de implementação de ações efetivas de retorno das pacientes às consultas médicas após a obtenção do resultado do exame e mesmo o encaminhamento para diagnóstico molecular dos casos positivos para lesões do tipo ASC-H e NIC I, II e III.

  • LUDMILA MARCIA SOUSA DO NASCIMENTO
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : CLAUDIO GUEDES SALGADO
  • Data: 02/06/2010

  • JOSE AUGUSTO PEREIRA CARNEIRO MUNIZ
  • Análise Quantitativa da Distribuição das Células Ganglionares e Células Amácrinas Deslocadas da Retina do Macaco Guariba, Alouatta caraya (Humboldt, 1812)
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 27/05/2010

  • ANDREA LIMA DE SA
  • TRATAMENTO COM CONDROITINASE ABC INDUZ PLASTICIDADE E RECUPERAÇÃO FUNCIONAL NO SISTEMA SOMESTÉSICO
  • Orientador : ANTONIO PEREIRA JUNIOR
  • Data: 17/05/2010

  • MARCELO DE SENA PINHEIRO
  • EFEITOS DA INTOXICAÇÃO MERCURIAL SOBRE PARÂMETROS COMPORTAMENTAIS DO DISPLAY DO Betta Splendens EM DIFERENTES ILUMINAÇÕES
  • Orientador : AMAURI GOUVEIA JUNIOR
  • Data: 10/05/2010

  • CLAUDIO ALBERTO GELLIS DE MATTOS DIAS
  • PREFERÊNCIA CLARO/ESCURO EM Danio rerio: EFEITOS DO HORÁRIO DA COLETA E DE REGIME DE LUZ
  • Orientador : AMAURI GOUVEIA JUNIOR
  • Data: 23/04/2010

  • CLEBSON PANTOJA PIMENTEL
  • ANÁLISE MOLECULAR DO GENE DO RECEPTOR DE TIREOTROFINA EM PACIENTES COM HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO
  • Orientador : LUIZ CARLOS SANTANA DA SILVA
  • Data: 19/04/2010

  • CLEBER MONTEIRO CRUZ
  • ANÁLISE DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA DE QUITOTRIOSIDASE COMO UM MARCADOR PARA A MALÁRIA VIVAX: ABORDAGENS BIOQUÍMICAS E MOLECULARES
  • Orientador : LUIZ CARLOS SANTANA DA SILVA
  • Data: 15/04/2010

  • VALERIA MARQUES FERREIRA NORMANDO
  • EXERCÍCIO MODERADO COMO FATOR DE PROTEÇÃO À CONTAMINAÇÃO INALATÓRIA POR ALUMINA EM CAMUNDONGOS
  • Orientador : DOMINGOS LUIS WANDERLEY PICANCO DINIZ
  • Data: 06/04/2010

  • GUSTAVO MONTEIRO VIANA
  • INVESTIGAÇÃO MOLECULAR E PERFIL BIOQUÍMICO DE PACIENTES COM MUCOPOLISSACARIDOSES
  • Orientador : LUIZ CARLOS SANTANA DA SILVA
  • Data: 29/03/2010

  • LAURO JOSE BARATA DE LIMA
  • ESTUDO PSICOFÍSICO E ELETROFISIOLÓGICO DE FAMÍLIAS COM HISTÓRIA DE RETINOSE PIGMENTAR
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 29/03/2010

  • PATRYCY ASSIS NORONHA TAVARES
  • IMUNOREATIVIDADE PARA O RECEPTOR DE NEUROTROFINAS p75NTR NA ZONA SUBVENTRICULAR DE RATOS ADULTOS APÓS ISQUEMIA ESTRIATAL
  • Orientador : WALACE GOMES LEAL
  • Data: 19/03/2010

  • NATHALIA NOGUEIRA DA COSTA DE ALMEIDA
  • EFEITO DA TRIIODOTIRONINA NA MATURAÇÃO IN VITRO DE OÓCITOS BOVINOS: AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO, MORFOLOGIA E EXPRESSÃO GÊNICA DE EMBRIÕES BOVINOS
  • Orientador : OTAVIO MITIO OHASHI
  • Data: 04/03/2010

  • ALINE ANDRADE DE SOUSA
  • ENCEFALITE VIRAL, AMBIENTE ENRIQUECIDO E NEUROPROTEÇÃO EM MODELO MURINO: MUDANÇAS COMPORTAMENTAIS E NEUROPATOLÓGICAS EM FÊMEAS ADULTAS DA VARIEDADE SUÍÇA ALBINA APÓS INFECÇÃO PELO ARBOVÍRUS PIRY
  • Orientador : CRISTOVAM WANDERLEY PICANCO DINIZ
  • Data: 26/02/2010

  • NELSON ELIAS ABRAHAO DA PENHA
  • ANÁLISE MORFOMÉTRICA DO SISTEMA AUDITIVO DA CUTIA (Dasyprocta sp.)
  • Orientador : ANTONIO PEREIRA JUNIOR
  • Data: 26/02/2010

  • BILLY DE MOURA PALHA SILVA
  • Avaliação Eletrofisiológica Cortical De Pacientes Com Glaucoma De Ângulo Aberto: Investigação De Perdas Funcionais Das Vias Paralelas Visuais
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 25/02/2010

  • ELIZA MARIA DA COSTA BRITO LACERDA
  • Avaliação Psicofísica Visual Cromática e Acromática de Sujeitos Expostos de Forma Crônica Ocupacional à Mistura de Solventes Orgânicos
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 24/02/2010

  • MONICA GOMES LIMA MAXIMINO
  • Avaliação da Sensibilidade ao Contraste Espacial de Cores em Humanos
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 24/02/2010

  • ANA PAULA DRUMMOND RODRIGUES DE FARIAS
  • AÇÃO DO 5-HIDROXI-2-HIDROXIMETIL-GAMA-PIRONA, UM METABÓLITO SECUNDÁRIO ISOLADO DE FUNGOS DO GÊNERO ASPERGILLUS, SOBRE A Leishmania (Leishmania) amazonensis E A CÉLULA HOSPEDEIRA
  • Orientador : EDILENE OLIVEIRA DA SILVA
  • Data: 23/02/2010

  • ADRIANO GUIMARAES SANTOS
  • EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIOS E NEUROPROTETORES DO ÓLEO-RESINA DE Copaifera reticulata DUCKE APÓS LESÃO EXCITOTÓXICA DO CÓRTEX MOTOR DE RATOS ADULTOS
  • Orientador : WALACE GOMES LEAL
  • Data: 05/02/2010

  • MARCELO MARQUES CARDOSO
  • BLOQUEIO MICROGLIAL E TRANSPLANTE ENDOVENOSO DE CÉLULAS DA FRAÇÃO MONONUCLEAR DA MEDULA ÓSSEA APÓS ISQUEMIA ESTRIATAL
  • Orientador : WALACE GOMES LEAL
  • Data: 04/02/2010

  • DANIEL GUERREIRO DINIZ
  • ENVELHECIMENTO E POBREZA DE ESTÍMULOS SENSORIOMOTORES E COGNITIVOS ALTERAM A DISTRIBUIÇÃO LAMINAR DOS ASTRÓCITOS DO GIRO DENTEADO E AFETAM AS MEMÓRIAS ESPACIAL E EPISÓDICA
  • Orientador : CRISTOVAM WANDERLEY PICANCO DINIZ
  • Data: 29/01/2010

  • EDMUNDO LUIS RODRIGUES PEREIRA
  • EFEITO DO PISOSTEROL EM CULTURA DE ASTROCITOMAS MALIGNOS
  • Orientador : ROMMEL MARIO RODRIGUEZ BURBANO
  • Data: 28/01/2010

  • ELVILENE DE MELO E SILVA ALBIM
  • REGENERAÇÃO IN VITRO DE Heliconia chartacea Lane ex Barreiros CV. ¿Sexy Scarlet¿ A PARTIR DE EMBRIÕES ZIGÓTICOS ¿ Heliconiaceae
  • Orientador : ROMMEL MARIO RODRIGUEZ BURBANO
  • Data: 21/01/2010

  • LEOPOLDO SILVA DE MORAES
  • ESTUDO CITOGENÉTICO DE PACIENTES PORTADORES DE ESQUIZOFRENIA NO ESTADO DO PARÁ
  • Orientador : ROMMEL MARIO RODRIGUEZ BURBANO
  • Data: 13/01/2010

2009
Descrição
  • ANA ALICE PEREIRA BATISTA
  • INVESTIGAÇÃO DOS POTENCIAIS EFEITOS NEUROPROTETORES DE ESTRÓGENOS EM UM MODELO IN VITRO DE INTOXICAÇÃO MERCURIAL
  • Orientador : ELIZABETH SUMI YAMADA
  • Data: 23/12/2009

  • LICIA MARA DA SILVA OLIVEIRA
  • Abordagem Fonoaudiológica na Investigação dos Aspectos Neurolinguísticos da Afasia de Broca
  • Orientador : ELIZABETH SUMI YAMADA
  • Data: 21/12/2009

  • CARLOS AUGUSTO FERREIRA LOBAO
  • Caracterização das Colunas de Dominância Ocular do Cebus apella Tratado com Anti-NGF Durante o Período Crítico

  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 17/12/2009
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  • Caracterização das Colunas de Dominância Ocular do Cebus apella Tratado com Anti-NGF Durante o Período Crítico

  • DIELLY CATRINA FAVACHO LOPES REGO
  • EFEITOS CITOPROTETORES DO EXTRATO AQUOSO DE FOLHAS DE MOGNO (Swietenia macrophylla) EM MODELO IN VITRO DE EXPOSIÇÃO MERCURIAL
  • Orientador : ELIZABETH SUMI YAMADA
  • Data: 16/12/2009

  • JOSE WAGNER CAVALCANTE MUNIZ
  • ¿Estudo da ação anti-inflamatória do óleo-resina da copaifera reticulada em modelos farmacológicos experimentais em camundongos¿
  • Orientador : JOSE LUIZ MARTINS DO NASCIMENTO
  • Data: 11/12/2009

  • FRANCISCO XAVIER PALHETA NETO
  • CARACTERIZAÇÃO DO PADRÃO VOCAL DE PACIENTES IDOSOS HANSENIANOS PÓS-TRATAMENTO
  • Orientador : MANOEL DA SILVA FILHO
  • Data: 20/11/2009

  • ADEMIR FERREIRA DA SILVA JUNIOR
  • EFEITOS NEUROCOMPORTAMENTAIS DA INTOXICAÇÃO EXPERIMENTAL COM CITRATO DE ALUMÍNIO EM RATOS ADULTOS
  • Orientador : WALACE GOMES LEAL
  • Data: 13/11/2009

  • JULIANA MARIA MARTINS PAPALEO PAES
  • ENVELHECIMENTO, DÉFICITS DE MEMÓRIA ESPACIAL E REDUÇÃO DO NÚMERO DE ASTRÓCITOS NO GIRO DENTEADO DO CAMUNDONGO
  • Orientador : CRISTOVAM WANDERLEY PICANCO DINIZ
  • Data: 30/09/2009

  • AMANDA DE OLIVEIRA FERREIRA
  • ISOLAMENTO SOCIAL ANTECIPA A INSTALAÇÃO DAS ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS EM MODELO MURINO DE DOENÇA PRION RESUMO O objetivo do presente trabalho é avaliar o impacto do isolamento social sobre a instalação da Doença Prion em modelo murino da variedade Albina Suíça. Camundongos isolados (IS) ou agrupados (GR) foram infectados com o agente ME7 ou com homogenado de cérebro normal (NBH). O consumo de glicose, a remoção e estocagem de comida e a temperatura anal foram medidos duas vezes por semana, entre a 1ª e a 17ª semana pós-inoculação (PI). Grooming, Labirinto em Cruz Elevado (LCE), Campo Aberto (CA) e Peso corporal foram mensurados antes da inoculação e na 17ª semana PI. Em todos os testes estatísticos (ANOVA, um critério, Bonferroni a priori) o nível de significância foi p<0.05. Burrowing: o grupo ME7-IS apresentou redução desse comportamento (16ª semana PI) mais precocemente que o ME7-GR (17ª semana PI). Consumo de glicose: na 17ª PI os sujeitos IS, principalmente o grupo ME7-IS, reduziram o consumo de glicose quando comparados aos sujeitos GR (NBH e ME7) que mantiveram consumo igual até a 17ª semana. Grooming: o grupo ME7-IS apresentou menor freqüência de grooming que os demais (p<0.01). Campo Aberto: os sujeitos GR apresentaram menor atividade que os sujeitos IS antes da inoculação e na 17ª semana PI, quando os indivíduos ME7-IS demonstraram maior atividade locomotora do que os demais grupos (p<0.01). LCE: os animais isolados apresentaram comportamentos semelhantes aos associados à ansiedade, na 3ª semana na de isolamento, enquanto que, na 17ª semana PI, esses mesmos sujeitos pareciam estar se aproximando do espectro de comportamento semelhante à depressão. Além disso, o grupo ME7-IS apresentou alteração no LCE enquanto que o ME7-GR não teve seu comportamento alterado nesse teste. Burrowing, grooming, consumo de glicose, LCE e peso corporal sugerem uma influência aditiva do isolamento social nas mudanças comportamentais da Doença Prion. Os grupos ME7 (GR e IS) apresentaram redução do número de redes perineur
  • Orientador : CRISTOVAM WANDERLEY PICANCO DINIZ
  • Data: 15/07/2009

  • MOISES BATISTA DA SILVA
  • INDUÇÃO DE ESCLERÓTICAS in vitro E ANÁLISE DA RESPOSTA IMUNE DOS PACIENTES DE CROMOBLASTOMICOSE EM TRATAMENTO COM ITRACONAZOL
  • Orientador : CLAUDIO GUEDES SALGADO
  • Data: 26/06/2009

  • ADRIANA COSTA GUIMARAES
  • AVALIAÇÃO DOS EFEITOS CARCINOGÊNICOS E GENOTÓXICOS DO URÂNIO COMO INDICADOR DE RISCO À SAÚDE DE RESIDENTES DOS MUNICÍPIOS DE PRAINHA, MONTE ALEGRE E ALENQUER NO ESTADO DO PARÁ
  • Orientador : ROMMEL MARIO RODRIGUEZ BURBANO
  • Data: 18/06/2009

  • CARLOS ALBERTO MACHADO DA ROCHA
  • AVALIAÇÃO DA GENOTOXICIDADE DO CLORETO DE METILMERCÚRIO EM DUAS ESPÉCIES DE PEIXES NEOTROPICAIS
  • Orientador : ROMMEL MARIO RODRIGUEZ BURBANO
  • Data: 16/06/2009

  • CAROLINA HABER DE SOUZA
  • AVALIAÇÃO DE POLIMORFISMOS DOS GENES IL-2 E IL-4 EM PACIENTES COM PERIODONTITE CRÔNICA ATENDIDOS EM BELÉM DO PARÁ O polimorfismo no gene das citocinas pode influenciar a susceptibilidade e a progressão da periodontite. Duas importantes citocinas, IL-2 e IL-4, foram recentemente associadas a periodontite crônica. Correlação genética entre polimorfismos e características clínicas da doença periodontal pode identificar marcadores biológicos e determinar o risco individual de cada paciente, além de estabelecer novas estratégias de tratamento. O objetivo deste trabalho foi associar os polimorfismos G-330T e C-590T dos genes IL-2 e IL-4, respectivamente, com a periodontite crônica. Os pacientes foram distribuídos em dois grupos, 51 portadores de periodontite crônica e 68 controles. Os polimorfismos foram analisados pela técnica de reação em cadeia da polimerase, eletroforese em géis de agarose e sequenciamento do DNA. Os resultados não mostraram diferenças entre casos e controles em frequência dos alelos e genótipos na IL-2. Na IL-4 houve diferenças estatísticas (p<0,01) nos alelos e genótipos, o alelo mais presente -590 T e o genótipo -590 T/T foram significativamente mais frequentes no grupo controle (risco relativo 0.5). Os resultados sugerem que a alta frequencia do alelo (T) no gene IL-4 está associado com a diminuição do risco à periodontite crônica, enquanto o polimorfismo da IL-2 foram distribuídos uniformemente entre casos e controles, não sendo este um marcador expressivo para a periodontite crônica em pacientes da população de Belém.
  • Orientador : ROMMEL MARIO RODRIGUEZ BURBANO
  • Data: 15/06/2009

  • GENILMA MATOS DA COSTA DE CARVALHO
  • Normas Estatísticas e Aplicação Clínica da Eletrorretinografia Obtida por Padrão Reverso Transiente Belém O presente trabalho realizou o levantamento dos dados normativos do eletrorretinograma com padrão reverso (PERG) na faixa etária jovem e estabeleceu-se a comparação dos resultados com a resposta eletrorretinográfica de dois indivíduos contaminados por mercúrio. Foi registrado o PERG transiente monocular de 38 sujeitos saudáveis (22,15 ± 3,7 anos de idade) com acuidade visual 20/20. Os estímulos consistiram do uso do estímulo tabuleiro de xadrez, com 16º de ângulo visual, luminância média de 50 cd/m2, contraste de Michelson de 100%, freqüências espaciais de 0,5 e 2 cpg e freqüência temporal de 1 Hz. Utilizou-se eletródios DTL e de superfície para o registro do PERG. Os registros foram amplificados 50.000 vezes, filtrado em filtro passa-banda de 0,5 a 100 Hz e reconstruído com harmônicos pares através da transformada rápida de Fourier. Foram mensurados os valores de tempo implícito, amplitude e razão de amplitude. Avaliou-se duas formas da medida de amplitude: a medida do pico do componente e a medida pico a pico dos componentes. A reposta do PERG encontrada apresentou os componentes N35, P50 e N95. O tempo implícito apresentou-se maior em 2 cpg e as maiores amplitudes foram obtidas em 0,5 cpg. A razão de amplitude avaliada a partir da medida pico a pico apresentou maiores valores que a obtida pelo o outro método de medida. O procedimento estatístico de intervalo de tolerância foi utilizado para estimar as normas estatísticas para cada componente do PERG. A comparação dos dados normativos com o PERG dos indivíduos contaminados por mercúrio mostrou alteração na resposta de apenas um dos indivíduos. Conclui-se que é de grande aplicabilidade a obtenção de dados normativos para o PERG para futuras comparações com patologias do sistema nervoso visual como a contaminação por mercúrio. Palavras chaves: dados normativos, toxicidade mercurial, eletrorretinograma com padrão reverso (PERG), célul
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 27/05/2009

  • SILVESTRE SAVINO NETO
  • DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFÉRICA : relação entre marcadores inflamatórios, de estresse oxidativo e de disfunção endotelial O trabalho tem como objetivo estudar a resposta inflamatória, o estresse oxidativo e a disfunção endotelial utilizando biomarcadores de risco da doença aterosclerótica em pacientes com doença vascular obstrutiva periférica (DAOP) dos membros inferiores. Foi realizado um estudo transversal, onde os níveis séricos dos biomarcadores inflamatórios e da coagulação ( fibrinogênio, Proteína C Reativa ultrassensível e homocisteína), dos marcadores de estresse oxidativo (Glutationa, Catalase e Superóxido Dismutase) e do nitrito como marcador de disfunção endotelial, foram dosados em 30 pacientes portadores de DAOP dos membros inferiores com idade entre 45 e 75 anos, divididos em dois grupos, o primeiro com doença em fase inicial ou intermediária (Fontaine IIa) e o segundo com doença em fase avançada (Fontaine IIb e III), além do grupo controle, sendo usado o teste de regressão linear para avaliação dos resultados. A avaliação dos resultados mostrou que os níveis plasmáticos da PCRus e do fibrinogênio estavam elevados nos dois grupos (p < 0,05), os níveis plasmáticos da catalase, glutationa e superóxido dismutase estavam diminuídos nos dois grupos (p < 0,05), tendo a homocisteína apresentado p > 0,05, sendo observado relação de dependência entre os marcadores inflamatórios com os marcadores de estresse oxidativo e de disfunção endotelial. Na doença em fase inicial ou intermediária essa relação foi maior entre a PCRus e os três marcadores de estresse oxidativo, sendo a catalase a com maior relação, tendo R2= 41,68%, seguida da superóxido dismutase com R2= 3,07% e da glutationa com R2= 2,57%, apresentando um coeficiente de determinação final R2= 47,32%. Também foi observado relação de dependência dos marcadores de estresse oxidativo com os marcadores inflamatórios e de disfunção endotelial no grupo de DAOP inicial ou intermediária, verificando-se maior associação entre catalase e PCRus e
  • Orientador : JOSE LUIZ MARTINS DO NASCIMENTO
  • Data: 15/05/2009

  • WYLFREDO PRAGANA DE OLIVEIRA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : AMAURI GOUVEIA JUNIOR
  • Data: 14/05/2009

  • ROSEANE BORNER DE OLIVEIRA
  • Neurodegeneração Crônica em Modelo Murino: Ensaios Comportamentais e Neuropatológicos na Doença PRION em Fêmeas Adultas de Camundongos Albinos Suíços
  • Orientador : CRISTOVAM WANDERLEY PICANCO DINIZ
  • Data: 30/04/2009

  • GIVAGO DA SILVA SOUZA
  • Sensibilidade ao Contraste Espacial Humana Estudada com Potencial Cortical Provocado Visual: Atividade Diferencial Das Vias Paralelas Visuais M e P
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 20/04/2009

  • ANDERSON RAIOL RODRIGUES
  • PROCESSAMENTO DE CONTRASTE VISUAL HUMANO: A AVALIAÇÃO ELETROFISIOLÓGICA MULTIFOCAL DAS VIAS ON E OFF RETINIANAS E A AÇÃO DA ADAPTAÇÃO CROMÁTICA SOBRE OS LIMIARES DE DISCRIMINAÇÃO DE CORES RESUMO O sistema visual funciona como um sensor de contraste, capacitando o organismo a distinguir objetos no mundo externo com base na variação espacial e temporal de brilho e de reflectância espectral. Todo o aparato óptico e neural que compõe o sistema visual funciona para permitir que as informações do mundo exterior sejam tratadas com precisão suficiente de contraste para gerar ações eficientes na solução das tarefas comportamentais de interação com o meio ambiente. O processamento paralelo e cooperativo realizado através das vias visuais culmina na existência de circuitos corticais capazes de analisar padrões visuais complexos. Buscou-se neste trabalho a avaliação de dois aspectos qualitativos e quantitativos do processamento de contraste espacial e temporal da visão humana: 1) Caracterização dos componentes formadores do sinal eletroretinográfico multifocal dos mecanismos on e off retinianos, através da análise da distribuição espacial das assimetrias existentes entre as respostas destas vias visuais; 2) Avaliação da ação da adaptação cromática na determinação de elipses de discriminação de cores, pela adaptação a diferentes fundos variando em cromaticidade, através do protocolo proposto por Mollon e Reffin (1989). Foi encontrado no estudo eletrofiológico que as assimetrias nas respostas dos diferentes componentes do ERG multifocal podem revelar a resposta de células ganglionares, quando as respostas ao rápido aumento e diminuição da luminância geradas por estímulo em rampa são somadas. Verificou-se no estudo psicofísico que a capacidade de discriminação cromática medida pelo teste proposto por Mollon e Reffin pode ser melhorada em eixos específicos de discriminação quando é utilizado um estímulo cromático de adaptação de fundo.
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 15/04/2009

  • EDNA CRISTINA SANTOS FRANCO
  • Resposta Inflamatória e Neuroproteção Após Transplante Endovenoso de Células Tronco da Medula Óssea em Ratos Submetidos à Isquemia Focal do Córtex Motor
  • Orientador : WALACE GOMES LEAL
  • Data: 08/04/2009

  • BRUNO DUARTE GOMES
  • ESTUDO DA DISCRIMINAÇÃO DE CORES ATRAVÉS DO POTENCIAL CORTICAL PROVOCADO VISUAL: COMPARAÇÃO COM A PSICOFÍSICA
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 06/04/2009

  • CRISTINA MITIKO MARUOKA
  • ANÁLISE DAS ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DE FUNDO DE OLHO EM AMOSTRA DE POPULAÇÕES QUILOMBOLAS DO MUNICÍPIO DO ACARÁ, PARÁ
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 27/03/2009

  • PAULA RENATA CALUFF TOZZATTI
  • Prevalência de alterações oftalmológicas em população quilombola no município do Acará, Pará
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 27/03/2009

  • DOUGLAS SERRA VASCONCELOS
  • ANÁLISE DE ANEUPLOIDIAS DOS CROMOSSOMOS 17 E 22 E DE DELEÇÕES DO GENE TP53 EM METÁSTASES CEREBRAIS DE MAMA
  • Orientador : EDIVALDO HERCULANO CORREA DE OLIVEIRA
  • Data: 02/02/2009

  • EDUARDO OLIVEIRA BRAGA
  • Degeneração macular relacionada à idade entre portadores de doença de Alzheimer
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 09/01/2009

2008
Descrição
  • SORAIA VALERIA DE OLIVEIRA COELHO LAMEIRAO
  • O EFEITO DO METILMERCÚRIO NAS CÉLULAS GANGLIONARES DA RETINA DE TUCUNARÉ (Cichla sp.)
  • Orientador : SILENE MARIA ARAUJO DE LIMA
  • Data: 23/12/2008

  • KATIA SIMONE KIETZER
  • AVALIAÇÃO DO METABOLISMO OXIDATIVO NO SISTEMA NIGROESTRIATAL DE CAMUNDONGOS EXPOSTOS AO PESTICIDA E INIBIDOR MITOCONDRIAL ROTENONA: UM ESTUDO DE MECANISMOS CELULARES PARA A DOENÇA DE PARKINSON
  • Orientador : ELIZABETH SUMI YAMADA
  • Data: 05/12/2008

  • ADELAIDE DA CONCEICAO FONSECA PASSOS
  • EVIDÊNCIA IMUNOHISTOQUÍMICA DA LIBERAÇÃO DE SEROTONINA (5-HT) REGULADA POR RECEPTORES DE GLUTAMATO EM CÉLULAS DA RETINA DE PINTO
  • Orientador : JOSE LUIZ MARTINS DO NASCIMENTO
  • Data: 14/11/2008

  • BRUNA CLAUDIA MEIRELES KHAYAT
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : ROMMEL MARIO RODRIGUEZ BURBANO
  • Data: 25/08/2008

  • ANA CRISTINA BAETAS GOLCALVES
  • Atividade citotóxica de lignanas dibenzilbutirolactonas de Ficus citrifolia (Moraceae) em células C6 de glioma de rato
  • Orientador : JOSE LUIZ MARTINS DO NASCIMENTO
  • Data: 22/08/2008

  • JOSE JESU SISNANDO D ARAUJO FILHO
  • AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA BIOMETRIA ULTRA-SÔNICA COM O USO DA FÓRMULA DE HOLLADAY EM OLHOS SUBMETIDOS A FACOEMULSIFICAÇÃO COM IMPLANTE DE LENTE NO SACO CAPSULAR
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 18/08/2008

  • IVANA MARYELY DE MACEDO PINHEIRO RIBEIRO
  • Investigação da função coclear de pacientes diabéticos com limiares auditivos normais
  • Orientador : MANOEL DA SILVA FILHO
  • Data: 13/08/2008

  • JULIANA REIS RESQUE
  • PROVA CALÓRICA GELADA EM INDIVÍDUOS COM PRESENÇA DE NISTAGMO ESPONTÂNEO DE OLHOS FECHADOS NA VECTONISTAGMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
  • Orientador : MANOEL DA SILVA FILHO
  • Data: 13/08/2008

  • CHRISTIANE DO ROSARIO TEXEIRA MENEZES
  • A PRESBIFONIA E QUALIDADE DE VIDA
  • Orientador : MANOEL DA SILVA FILHO
  • Data: 12/08/2008

  • GISELE VIEIRA HENNEMANN KOURY
  • NASOFIBROSCOPIA EM PACIENTES COM DISTÚRBIOS DO PROCESSAMENTO AUDITIVO
  • Orientador : MANOEL DA SILVA FILHO
  • Data: 12/08/2008

  • ISABELA KLAUTAU RIBEIRO LOBATO
  • TRIAGEM AUDITIVA EM CRIANÇAS PORTADORAS DE ANEMIA CARENCIAL FERROPRIVA
  • Orientador : MANOEL DA SILVA FILHO
  • Data: 12/08/2008

  • MAX NAZARENO BARRA FEIO
  • ESTRESSE OXIDATIVO E TRANSTORNO BIPOLAR
  • Orientador : JOSE LUIZ MARTINS DO NASCIMENTO
  • Data: 12/08/2008

  • DAVID JAMES OVERAL
  • PREVALÊNCIA DE POLIMORFISMOS DOS GENES DE CONTROLE DO CICLO CELULAR TP53, WRN E EGF NA POPULAÇÃO DE BELÉM, PARÁ, BRASIL
  • Orientador : ROMMEL MARIO RODRIGUEZ BURBANO
  • Data: 11/08/2008

  • LISSANDRA CECILIA MARTINS DOS SANTOS
  • ESTRÓGENOS E NEUROPROTEÇÃO EM UM MODELO IN VITRO PARA A DOENÇA DE PARKINSON
  • Orientador : EDMAR TAVARES DA COSTA
  • Data: 09/07/2008

  • VALDINA SOLIMAR LOPES CARDOSO
  • MODELO DE DOENÇA DE PARKINSON EM CAMUNDONGOS BASEADO NA INJEÇÃO UNILATERAL 6-HIDROXIDOPAMINA NO ESTRIADO: CARACTERIZAÇÃO DO CURSO TEMPORAL E DAS ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS E DA DEGENERAÇÃO NIGROESTRIATAL
  • Orientador : ELIZABETH SUMI YAMADA
  • Data: 03/07/2008

  • ANTONIO JOSE DE OLIVEIRA CASTRO
  • Correlação entre a História Clínica Individual de Alcoolismo Crônico e as Funções Visuais em Pacientes Avaliados por Protocolos Clínicos, Psicofísicos e Eletrofisiológicos RESUMO Neste trabalhou foi estudada a relação entre evolução da história clínica de alcoolismo crônico e alterações no desempenho do sistema visual humano. Para investigar esta relação foram utilizados testes da oftalmologia clássica, paradigmas psicofísicos de visão espacial cromática/acromática e registros eletrofisiológicos. Os pacientes alcoólicos crônicos foram inicialmente submetidos a inquérito clínico, exames oftalmológicos clássicos e campimetria automática de Humphrey. Foram aplicados testes psicofísicos de Avaliação da Sensibilidade ao Contraste de Luminância Espacial, Teste de Mollon-Reffin para Determinação dos Limiares de Discriminação de Cores e o Teste de Ordenamento das 100 Matizes de Farnsworth-Munsell. Também, utilizou-se o Potencial Visual Cortical Provocado e o Eletrorretigrama Padrão. Os dados mostraram que os 09 pacientes analisados apresentaram graus variados e acentuados de disfunção visual cromática e nenhuma disfunção visual acromáticas: nenhuma alteração na sensibilidade ao contraste espacial de luminância, significativo aumento dos limiares de discriminação de cores e dos valores de erro do teste Farnsworth-Munsell nos pacientes com grande freqüência de consumo. Os resultados sugerem forte correlação entre a evolução clínica de cada paciente e alterações das funções visuais. Estas alterações parecem ser um aspecto importante a se levar em conta na evolução clínica desta doença. PALAVRAS-CHAVE: Alcoolismo crônico, sistema visual, diagnóstico clínico, história clínica. xviii
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 27/06/2008

  • HERLEY MACHADO NAHUM
  • EFEITO DO PARACETAMOL SOBRE A INTOXICAÇÃO COM METILMERCÚRIO EM CULTURAS DE CÉLULAS DE RETINA
  • Orientador : JOSE LUIZ MARTINS DO NASCIMENTO
  • Data: 26/06/2008

  • BRENDA VIVIANE FERREIRA NUNES
  • EFEITOS DA PROLACTINA (PRL) SOBRE A TOXICIDADE INDUZIDA POR ROTENONA EM MODELO IN VITRO DA DOENÇA DE PARKINSON

  • Data: 25/06/2008
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  • EFEITOS DA PROLACTINA (PRL) SOBRE A TOXICIDADE INDUZIDA POR ROTENONA EM MODELO IN VITRO DA DOENÇA DE PARKINSON

  • BRENDA VIVIANE FERREIRA NUNES
  • EFEITOS DA PROLACTINA (PRL) SOBRE A TOXICIDADE INDUZIDA POR ROTENONA EM MODELO IN VITRO DA DOENÇA DE PARKINSON

  • Data: 25/06/2008
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  • EFEITOS DA PROLACTINA (PRL) SOBRE A TOXICIDADE INDUZIDA POR ROTENONA EM MODELO IN VITRO DA DOENÇA DE PARKINSON

  • CIBELLY DA GRACA AMORAS
  • MÉTODO RÁPIDO E SIMPLES PARA MEDIR A ATIVIDADE DA ENZIMA GABA-TRANSAMINASE (GABA-T) NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
  • Orientador : JOSE LUIZ MARTINS DO NASCIMENTO
  • Data: 23/06/2008

  • SILVERIO JANDER LIMA DE AGUIAR
  • UTILIZAÇÃO DO EXTRATO AQUOSO DA PLANTA CLIBADIUM SILVESTRE (CUNAMBÍ) COMO MODELO EXPERIMENTAL DE EPILEPSIA
  • Orientador : JOSE LUIZ MARTINS DO NASCIMENTO
  • Data: 23/06/2008

  • PAULA TEIXEIRA DE MENDONCA
  • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE CATARATA COM FACOEMULSIFICAÇÃO OU EXTRAÇÃO EXTRACAPSULAR DO CRISTALINO
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 12/06/2008

  • RAFAELA DOS ANJOS PINHEIRO BOGOEVICH MORAIS
  • CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DE UM PROTOZOÁRIO PARASITO DE MONÓCITOS/MACRÓFAGOS DO LAGARTO AMEIVA AMEIVA E SUA INTERAÇÃO COM A CÉLULA HOSPEDEIRA
  • Orientador : EDILENE OLIVEIRA DA SILVA
  • Data: 09/06/2008

  • WANDA SILVA COSTA
  • EFEITOS DO LIPOPOLISSACARÍDEO BACTERIANO (E.coli EH100) SOBRE A REGULAÇÃO DO BALANÇO HIDROELETROLÍTICO EM RATOS DESIDRATADOS
  • Orientador : DOMINGOS LUIS WANDERLEY PICANCO DINIZ
  • Data: 03/06/2008

  • ELLEN POLYANA DA COSTA GURRAO
  • PARTICIPAÇÃO DA ANGIOTENSINA II NA RESPOSTA NEUROIMUNOENDÓCRINA INDUZIDA POR LIPOPOLISSACARÍDEO BACTERIANO Concentrações de lipopolissacarídeo bacteriano (LPS; Escherichia coli sorotipo 0111:B4) que não causam choque endotóxico foram escolhidas para este estudo com o objetivo de avaliar a ocorrência de resposta inflamatória branda e suas conseqüências sobre o eixo hipotálamo-neurohipofisário-atrial e hipotálamo-hipófise-adrenal. A participação do sistema renina-angiotensina como um mediador dessa resposta neuroimunoendócrina foi avaliada pelo bloqueio de receptores AT1 de angiotensina II (ANG II). Medidas da concentração plasmática de ocitocina (OT), vasopressina (AVP), peptídeo natriurético atrial (ANP) e corticosterona foram realizadas para testar a integridade funcional destes eixos. Ratos Wistar (250-300g) receberam injeções de LPS por via intraperitoneal (i.p.) nas doses de 0,1 e 0,3 mg/Kg de peso corporal (p.c.) e outro grupo foi previamente (10 min) tratado com losartan (10 mg/Kg p.c.), um antagonista de receptores AT1 de ANG II. A secreção hormonal foi avaliada 30 min ou 120 min após a administração da menor ou maior dose de LPS, respectivamente. As dosagens de hormônios plasmáticos foram realizadas através da técnica de Radioimunoensaio específico. Os resultados são expressos como médias ± EPM e as diferenças estatisticamente significantes foram avaliadas por Teste t. Este estudo mostrou que a administração sistêmica de LPS promoveu aumento na secreção de OT, corticosterona e diminuição na liberação de ANP, sem alterar a concentração de AVP no plasma. Os efeitos desta endotoxina foram mais evidentes aos 120 min sobre a secreção de OT e exclusivos para a secreção de corticosterona e ANP. Além disso, o bloqueio de receptores AT1 potencializou o efeito estimulante do LPS sobre a secreção de OT (0,1 e 0,3 mg/Kg de LPS) e a inibição sobre a secreção de ANP (0,3 mg/Kg de LPS). Em contraste, esse bloqueio diminuiu a secreção de corticosterona estimulada por LPS (0,3 mg/Kg de LPS), sugerindo a participação efet
  • Orientador : DOMINGOS LUIS WANDERLEY PICANCO DINIZ
  • Data: 02/06/2008

  • SIANY DA SILVA LIBERAL
  • Participação do Óxido Nítrico e Monóxido de Carbono na Regulação da Secreção do Peptídeo Natriurético Atrial em Explantes de Bulbo Olfatório.
  • Orientador : DOMINGOS LUIS WANDERLEY PICANCO DINIZ
  • Data: 02/06/2008

  • LORENA MARTINS CUNHA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : LUIZ CARLOS SANTANA DA SILVA
  • Data: 11/04/2008

  • ANDREA CRISTINA MONTEIRO DOS SANTOS
  • EFEITOS PROTETORES DA PROLACTINA EM CULTIVO GLIAL DE CÓRTEX DE RATOS EXPOSTOS AO METILMERCÚRIO
  • Data: 04/04/2008
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  • O metimercúrio (MeHg) é um composto comprovadamente neurotóxico cujos mecanismos degenerativos ainda não estão bem esclarecidos. No sistema nervoso central o MeHg é seqüestrado do interstício preferencialmente por astrócitos diminuindo a carga de exposição neuronal. Estudos in vitro demonstraram que a prolactina (PRL) possui efeitos mitogênicos sobre astrócitos, além de regular a expressão de citocinas pró-inflamatórias. Este estudo teve por objetivo investigar efeitos protetores da prolactina sobre distúrbios provocados por MeHg na viabilidade, morfologia, expressão de GFAP (glial fibrillary acidic protein), mitogênese e liberação de interleucina-1β (IL-1 β) em cultivo glial de córtex cerebral de ratos neonatos focalizando as células astrogliais. A exposição a diferentes concentrações de MeHg (0,1, 1, 5 e 10 μM) a diferentes intervalos de tempo (2, 4, 6, 18 e 24 h) ocorreu em cultivos com 10% de soro fetal bovino (SFB). Os resultados obtidos demonstraram diminuição progressiva de 20% e 62% da viabilidade celular após exposição às concentrações de 5 e 10 μM MeHg no tempo de 24 h, respectivamente, pelo método do 3-4,5-dimetiltiazol-2-yl)-2,5-difenil tetrazólio bromide (MTT) e distúrbios na expressão e distribuição de GFAP. Diferentes concentrações de prolactina (0.1, 1 e 10 nM) foram adicionadas em meio sem soro fetal bovino (FBS) para avaliar sua ação proliferativa isoladamente. Esta ação foi confirmada com indução de mitogênese em cerca de 4.5x em 18 h de observação na maior concentração (10 nM PRL). Nestas condições (sem SFB) foram analisados os efeitos da associação de 1 nM PRL + 5μM MeHg em teste de viabilidade, expressão de GFAP, morfologia celular, índice mitótico e liberação de IL-1β com o objetivo de estudar possíveis efeitos citoprotetores deste hormônio. A PRL atenuou os distúrbios provocados pelo MeHg, aumentando a viabilidade em 33%, a expressão de GFAP, proliferação celular (4x) e atenuando os distúrbios morfológicos, incluindo picnose nuclear e lise. Adicionalmente, a PRL induziu amplificação da liberação de IL1β quando associada ao MeHg. Estes achados confirmam a hipótese de que a PRL possa atuar como um agente citoprotetor em cultura primária de glia e particulamente em astrócitos, ação esta aditiva aos seus efeitos mitogênicos.
  • SIMONE RODRIGUES CAMPELO
  • MODULAÇÃO IMUNOLÓGICA in vitro DE CÉLULAS DE

    LANGERHANS E MACRÓFAGOS POR DROGAS UTILIZADAS NO

    MANEJO DE REAÇÕES HANSÊNICAS

     

     

     

  • Data: 03/04/2008
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  • As células de Langerhans (CLs) estão localizadas na epiderme e desempenham um papel chave na indução da resposta imune e da tolerância imunológica. Os macrófagos são células fagocíticas que atuam como primeira linha de defesa do organismo, e que estão envolvidos na formação de granulomas em pacientes com hanseníase. A imunopatogenia da resposta celular nos estados reacionais ainda é pouco estudada, porém, diversas evidências sugerem que as drogas prednisona, talidomida, ciclosporina e amitriptilina, utilizadas no controle das reações hansênicas, exercem seus efeitos pela modulação das funções de diferentes células imunocompetentes. O objetivo do presente estudo foi analisar a ação in vitro das drogas prednisona, talidomida, ciclosporina e amitriptilina sobre a produção de citocinas por CLs e macrófagos de camundongos BALB/c. As CLs foram isoladas, purificadas e cultivadas a partir da epiderme pela técnica de “panning” e os macrófagos foram isolados da cavidade peritoneal de camundongos BALB/c. Após 36 h de tratamento com as drogas, os níveis de TNF-ƒÑ, IL-12 e IL-10 foram medidos por ELISA. Prednisona, talidomida, ciclosporina e amitriptilina inibiram os níveis de TNF-ƒÑ produzidos pelas CLs, em ambas as concentrações, no entanto, não foi detectada alteração significativa na produção de IL-12. A produção de TNF-ƒÑ e de IL-12 por macrófagos peritoneais também foi diminuída após o tratamento, porém os níveis de IL-10 não foram modificados por nenhuma das drogas testadas. Nossos resultados mostram que estas drogas podem modular a resposta imune através da regulação das citocinas pró-inflamatórias TNF-ƒÑ e IL-12 por CLs purificadas da epiderme e por macrófagos peritoneais, indicando que as citocinas constituem importante alvo de drogas usadas no tratamento dos estados reacionais.

  • SUELLEN SIRLEIDE PEREIRA NOGUEIRA
  • Análise da interação in vitro entre Fonsecaea pedrosoi e macrófagos peritoneais de camundongos C57/BL6 e BALB/c
  • Data: 02/04/2008
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  • A cromoblastomicose é uma infecção subcutânea crônica, granulomatosa, causada pela implantação traumática de diversas espécies de fungos demáceos, sendo Fonsecaea pedrosoi o principal agente etiológico. O Brasil possui a segunda maior prevalência mundial da doença, sendo o estado do Pará a maior área endêmica. Histologicamente, a cromomicose é caracterizada pela presença de células gigantes, onde podem ser observadas células escleróticas fagocitadas por macrófagos. O objetivo do presente estudo foi analisar os diferentes aspectos da interação de macrófagos peritoneais de camundongos BALB/c e C57/BL6 com conídios ou células escleróticas de F. pedrosoi, determinando os índices de infecção, fagocitose e fusão celular. Os resultados mostraram índices de fagocitose e infecção maiores em conídios do que em células escleróticas para BALB/c (p<0.05), ocorrendo efeito inverso no índice de fusão, com a formação de células gigantes do tipo Langhans na interação com células escleróticas e células gigantes do tipo corpo estranho na interação com conídios. Os macrófagos de BALB/c em interação com conídios produziram mais TNF-α que o controle nos tempos de 3 à 72h; e mais IL-10 após 3h. Macrófagos interagindo com células escleróticas produziram mais TNF-α que o controle nos tempos de 1h e 3h; e a quantidade de IL- 10 foi maior após 72h de interação. No co-cultivo de macrófagos de C57/BL6 com conídios observou-se a presença de vacúolos aumentados após 24h, enquanto na interação com células escleróticas, os macrófagos se desprenderam da lamínula nos tempos posteriores a 24 h. A quantidade de TNF-α é maior na interação de conídios comparado ao controle em 1 e 72 h; e a quantidade de IL-10, no tempo de 48h. Já na interação com células escleróticas, apenas a quantidade de IL-10 diferiu do controle, sendo maior nos tempos de 1 à 48h. Estes dados sugerem que a resposta de macrófagos ao fungo é diferente entre os camundongos de BALB/c e C57/BL6, diferindo também a resposta de um mesmo tipo de macrófago para cada forma fúngica, sendo as células escleróticas aparentemente mais imunogênicas que os conídios.
  • MARIA IZABEL CORTES VOLPE
  • Avaliação Psicofísica do Sistema Visual em Habitantes de Duas Comunidades Ribeirinhas da Amazônia Expostos ao Mercúrio: Comparação com Normas Estatísticas
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 30/01/2008

  • TIAGO SAMPAIO DE OLIVEIRA
  • ¿Medida de sensibilidade ao contraste de luminância em pacientes usuários de cloroquina e hidroxicloroquina
  • Orientador : LUIZ CARLOS DE LIMA SILVEIRA
  • Data: 25/01/2008

2007
Descrição
  • SHEYLA PATRICIA TEIXEIRA DA COSTA
  • DETECÇÃO DAS CITOCINAS INTERFERON-GAMA E INTERLEUCINA-4 NA RESPOSTA IMUNE ESPECÍFICA CONTRA A PORÇÃO C-TERMINAL DA PROTEÍNA 1 DA SUPERFÍCIE DE MEROZOÍTOS DE Plasmodium vivax
  • Orientador : MARISTELA GOMES DA CUNHA
  • Data: 16/10/2007

  • FABIOLA RAQUEL TENORIO OLIVEIRA
  • EFEITOS DA EXPANSÃO DE VOLUME EXTRACELULAR SOBRE O CONTEÚDO DE CATECOLAMINAS E A ATIVAÇÃO NEURONAL DE ESTRUTURAS DO HIPOTÁLAMO E DO TRONCO CEREBRAL DE RATOS
  • Data: 24/07/2007
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  • OLIVEIRA, F.R.T. Efeitos da expansão de volume extracelular sobre o conteúdo de catecolaminas e a ativação neuronal de estruturas do hipotálamo e do tronco cerebral de ratos. Universidade Federal do Pará, Belém, 2007. A regulação fina do volume e osmolaridade dos líquidos corporais é fundamental para a sobrevivência. Qualquer variação na composição do meio interno ativa mecanismos comportamentais, neurais e hormonais compensatórios que controlam a ingestão e excreção de água e eletrólitos a fim de manter a homeostase hidroeletrolítica. Alterações na faixa de 1-2% na osmolaridade sanguínea estimulam a liberação de arginina vasopressina (AVP) que resulta em antidiurese além de ocitocina (OT) e peptídeo natriurético atrial (ANP) que promovem a natriurese. Trabalhos realizados em nosso laboratório utilizando o modelo experimental de expansão do volume extracelular (EVEC) mostraram ativação de neurônios magnocelulares ocitocinérgicos localizados no núcleo paraventricular (PVN) e núcleo supra-óptico (SON) responsáveis pela secreção de OT e AVP, igualmente alteradas em resposta a este estímulo. A participação do sistema nervoso simpático nestas condições tem sido levantada. Projeções medulares e tronco-encefálicas (simpáticas) para o hipotálamo poderiam atuar de forma seletiva inibindo sinalizações para a ingestão e estimulando sinalizações para excreção de água e eletrólitos. O papel de vias noradrenérgicas tronco-encefálicas nesta regulação ainda precisa ser mais bem estabelecido. Assim sendo, objetivamos neste estudo esclarecer o papel do sistema nervoso simpático (via noradrenérgicas) na regulação das alterações induzidas pelo modelo de EVEC, analisando por cromatografia líquida de alta eficácia o conteúdo de noradrenalina (NA), adrenalina (AD) e serotonina (5-HT) em estruturas do tronco cerebral como núcleo do trato solitário (NTS), bulbo rostro-ventro lateral (RVLM), locus coeruleus (LC) e núcleo dorsal da rafe (NDR) e estruturas hipotalâmicas como SON e PVN. Procuramos ainda, através de estudos imunocitoquímicos determinar alterações no padrão de ativação neuronal pela análise de Fos-TH ou Fos-5HT nas estruturas acima mencionadas em condições experimentais nas quais são induzidas alterações do volume do líquido extracelular.
  • ROSIVALDO DOS SANTOS BORGES
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : JOSE LUIZ MARTINS DO NASCIMENTO
  • Data: 12/07/2007

  • JOANILSON GUIMARAES SILVA
  • ESTUDO DOS EFEITOS NEUROPROTETORES DA MINOCICLINA NOS PADRÕES DE ATIVAÇÃO, DEGENERAÇÃO GLIAL E DESMIELINIZAÇÃO NO ESTRIADO E CÁPSULA INTERNA DE RATOS ADULTOS SUBMETIDOS À LESÃO EXCITOTÓXICA

  • Data: 18/05/2007
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  • Estudos recentes sugerem que processos degenerativos na substância branca são fatores importantes para o surgimento de déficits funcionais durante doenças neurogenerativas agudas, incluindo lesão aguda da medula espinhal e acidente vascular encefálico. Demonstrou-se experimentalmente que a tetracilina sintética minociclina possui efeitos neuroprotetores nestas condições patológicas, os quais são associados à sua propriedade antiinflamatória através da inibição da resposta microglial e do bloqueio da ativação de enzimas pró-inflamatórias. No presente estudo, investigamos os efeitos   neuroprotetores da minociclina sobre componentes da substância branca após lesão excitotoxica induzida por microinjeções de N-metil-d-aspartato (NMDA) no estriado de ratos adultos. Os animais foram profundamente anestesiados e injetados com 80 nmol de NMDA. Minociclina (90 mg/kg) ou solução salina estéril foi administrada (i.p) 2 horas após a injeção do neurotóxico, seguida de administrações suplementares (45mg/kg) em intervalos de 12 horas durante dois dias. Os animais foram perfundidos após os tempos de sobrevida de 1, 3 e 7 dias.  Realizou-se análise histopatológica básica em seccões coradas com hematoxilina ou violeta de cresila. Avaliou-se por imunohistoquímica os padrões de astrocitose (anti-GFAP), de ativaçao microglial/macrofágica (anti-ED1), comprometimendo da bainha de mielina (anti-MBP), degeneração de oligodendrócitos (anti-TAU-1) e apoptose (anti-caspase 3) através de imunocitoquímica. Microinjeções de NMDA induziram perda tecidual progressiva no parênquima estriatal, concomitante com ativação microglial/macrofágica e astrocitose. Uma perda significativa de oligodendrócitos (células TAU-1+) foi observada 3 dias após a lesão excitotóxica. Estas células gliais  foram imunopositivas para caspase-3, evidenciando a participação de mecanismos apoptóticos relacionados a este processo degenerativo. Houve perda de reatividade para proteína básica de mielina 

  • FERNANDO ALLAN DE FARIAS ROCHA
  • ESTUDO DO PROCESSAMENTO CROMÁTICO EM CÉLULAS AMÁCRINAS E GANGLIONARES NA RETINA DA TARTARUGA

  • Data: 20/04/2007
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  • A retina da tartaruga é um modelo extensamente utilizado no estudo dos mecanismos neurais de processamento cromático. Oponência de cor foi estudada inicialmente com três estímulos (luzes vermelha, verde e azul). Contudo, estudos comportamentais mostraram que a tartaruga tem um sistema tetracromata com a adição de um fotorreceptor na faixa do ultravioleta (UV). Recentemente nosso laboratório descreveu dados relacionados às propriedades de resposta de células horizontais, bipolares, amácrinas e ganglionares para estímulos na faixa do UV. No presente estudo registramos células amácrinas e ganglionares com oponência cromática a estimulação na faixa do UV ao vermelho do espectro e ampliamos os dados anteriores demonstrando que a codificação de cor envolvendo o UV está presente no nível da retina interna. Foram registrados um total de 181 neurônios na retina da tartaruga, 36 dos quais foram oponentes. Entre esses neurônios dez foram células amácrinas (≈ 5 %) e 26 foram células ganglionares (≈ 15 %). Identificação morfológica de neurônios cromaticamente oponentes foi obtida em duas células amácrinas (A23b e A19) e 4 células ganglionares (G20, G21, G17 e G24). As respostas de várias células registradas na retina interna mostraram um perfil complexo e um potencial para processamento complexo do estímulo cromático, com componentes de respostas dependentes dos comprimentos de onda e da intensidade do estímulo. Onze tipos de oponência cromática foram encontrados nas células ganglionares no presente trabalho. Considerando resultados prévios do próprio laboratório, um total de doze diferentes tipos de oponência cromática já foram encontrados em células ganglionares. A maioria das células ganglionares registradas teve oponência cromática do tipo R+UVBG- e RG+UVB. Outros tipos de oponência foram menos freqüentes. Os resultados do presente estudo confirmaram e ampliaram dados anteriores sobre a participação do canal UV no processamento de cor na retina interna da tartaruga. Esse estudo mostra ainda que a tartaruga tem um mecanismo fisiológico para reproduzir quase todas as combinações cromáticas de um sistema tetracromata.

  • FERNANDO ALLAN DE FARIAS ROCHA
  • ESTUDO DO PROCESSAMENTO CROMÁTICO EM CÉLULAS AMÁCRINAS E GANGLIONARES NA RETINA DA TARTARUGA
  • Data: 20/04/2007

  • EDILSON RODRIGUES MATOS
  • CARACTERIZAÇÃO DE ASPECTOS MORFOLÓGICOS E ULTRA-ESTRUTURAIS DO CICLO DE VIDA DE MICROSPORÍDIOS ENCONTRADOS EM PEIXES DA REGIÃO AMAZÔNICA.
  • Data: 28/03/2007
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  • Este trabalho apresenta resultados obtidos em microscopia de luz (ML), microscopia eletrônica de transmissão (TEM) e microscopia eletrônica de varredura (SEM) do ciclo de vida de algumas espécies de microsporídios (phylum Microsporidia Balbiani, 1882), parasitas da fauna ictiológica da região amazônica. Especial destaque é dado aos aspectos ultra-estruturais das diferentes fases do ciclo de vida, com atenção especial para as células esporais, que são as que caracterizam os diferentes gêneros e as diferentes espécies. O tecido hospedeiro é relacionado aos aspectos de lise, que ocorrem freqüentemente, bem como aspectos ultra-estruturais de xenomas que ocorrem em certas espécies destes parasitas.
  • KAREN RENATA MATOS OLIVEIRA
  • CARACTERIZAÇÃO FARMACOLÓGICA DO TRANSPORTE DE GLUTAMATO EM CULTURA DE CÉLULAS RETINIANAS E SEU PAPEL NO METABOLISMO DA GLUTATIONA
  • Orientador : JOSE LUIZ MARTINS DO NASCIMENTO
  • Data: 19/03/2007

  • MARCELLA MERGULHAO TAGLIARINI
  • ANÁLISE CITOGENÉTICA COMPARATIVA ENTRE OS REPRESENTANTES DAS FAMILIAS CATHARTIDAE E ACCIPITRIDAE: INFERÊNCIAS SOBRE SUAS RELAÇÕES FILOGENÉTICAS E EVOLUÇÃO CARIOTÍPICA
  • Orientador : EDIVALDO HERCULANO CORREA DE OLIVEIRA
  • Data: 05/02/2007

  • RICARDO BEZERRA DE OLIVEIRA
  • EFEITOS DO METILMERCÚRIO SOBRE A MORFOLOGIA DE NEURÔNIOS DO
    CÓRTEX VISUAL DO GATO

  • Data: 30/01/2007
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  • A utilização do Hg e de seus derivados faz com que toneladas desse metal
    sejam lançadas anualmente no meio ambiente. Esse lançamento pode por em risco
    a saúde de milhares de pessoas, podendo até mesmo levar à morte como aconteceu
    no Japão nos anos 60. Embora muitos estudos experimentais de neurointoxicação
    pelo metil-mercúrio tenham utilizado como modelo o sistema visual de mamíferos, a
    neuropatologia axonal e dendrítica permanece por ser investigada em detalhe. Este
    estudo tem como objetivo contribuir para isso investigando alterações precoces na
    morfologia de neurônios do córtex visual do gato. Para tal estudamos a morfologia
    de duas populações de neurônios: os neurônios lisos estudados através da atividade
    histoquímica da NADPH-diaforase e de neurônios espinhosos através do
    neurotraçador biocitina. Assim, os animais experimentais foram divididos em 04
    grupos. Cada grupo (n=6) recebeu diferentes doses de MeHgCl, via oral, na seguinte
    ordem: grupo 1 (MeHg 0,25mg/Kg/30 dias) com sobrevida após a última dose de 6
    meses; grupo 2 (MeHg 0,25mg/Kg/30 dias) com sobrevida de 24h.; grupo 3 (MeHg
    6,4mg/Kg), dose única com sobrevida de 30 dias; o grupo 4 foi o grupo controle.
    Após os períodos de sobrevida os animais foram anestesiados e perfundidos.
    Amostras de cérebro, fígado e rins foram utilizadas para a determinação da
    concentração de Hg inorgânico e MeHg por fluorescência atômica e cromatografia
    gasosa. Todos os cérebros foram cortados em fatias de 200μm e em seguida
    submetidos a reação histoquímica para NADPH-diaforase. No grupo 3, 24h antes da
    perfusão, foi injetado, na área visual, através de iontoforese, a biocitina que foi
    depois revelada utilizando-se o método da diaminobenzidina (DAB) e sulfato de
    níquel e amônio. Após as reações histoquímicas os cortes foram montados em
    lâminas e os neurônios foram analisados com auxílio de microscopia óptica e
    câmara clara (neurônios lisos), bem como também utilizamos microscópio óptico
    acoplado a câmera de vídeo com utilização do software neurolúcida para
    reconstrução e análise dos terminais axonais. Os resultados mostram que a
    atividade da NADPH-diaforase foi reduzida nos ramos dendritícos de 4ª e 5ª ordem
    nos grupos 1 e 3 com latência de pelo menos 30 dias associada ao aparecimento
    desse efeito. Nos neurônios espinhosos houve redução nas densidades de botões,
    pontos de ramificações e segmentos quando comparados ao controle (p<0,001). As
    concentrações de MeHg nos Rins, fígado e cérebro foram (1,19±0,3); (2,4±0,2) e
    (1,39±0,3) respectivamente. A análise de conglomerados confirmou resultados
    prévios no grupo controle com a presença de dois tipos de terminais axônicos e
    demonstrou alterações morfológicas nos grupos tratados, afetando ambos os tipos
    de fragmentos. Este trabalho mostrou além disso que doses de 0,25mg/Kg durante
    30 dias ou dose única de 6,4mg/Kg o MeHg são suficientes para promover
    alterações em neurônios do córtex visual do gato.

2006
Descrição
  • MOISES BATISTA DA SILVA
  • PRODUÇÃO DE NOVOS MEIOS DE CULTURA PARA
    DIFERENCIAÇÃO CELULAR DE Fonsecaea pedrosoi E ANÁLISE
    DA INFLUÊNCIA IÔNICA SOBRE O SEU DIMORFISMO

  • Data: 15/06/2006
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  • A cromoblastomicose é uma patologia cosmopolita de difícil tratamento,
    em que o Brasil registra a segunda maior prevalência mundial de casos, e o Estado
    do Pará a maior prevalência brasileira, com mais de 400 casos registrados em pouco
    mais de 50 anos. Caracteriza-se por seu aspecto clínico verrucoso, onde as lesões
    localizam-se principalmente nos membros inferiores, atingindo trabalhadores rurais.
    No diagnóstico laboratorial, ao exame micológico direto são observadas células
    escleróticas que se caracterizam por coloração acastanhada e septação
    multiplanária. Atualmente, estas células podem ser induzidas in vitro por processos
    dependentes de agentes “indutores”, como o DL-propanolol ou do Fator Agregador
    de plaquetas (PAF), que requerem cerca de 45 dias para a completa diferenciação.
    O surgimento de novos meios de cultura que promovam a indução de células
    escleróticas de forma mais rápida e eficiente é imperioso para estudos sistemáticos
    acerca da biologia, do metabolismo celular dos agentes da cromoblastomicose e da
    interação patógeno-hospedeiro. Nosso principal objetivo foi elaborar novos meios de
    cultura naturais e um meio quimicamente definido, a partir de conídios do principal
    agente da cromoblastomicose, o fungo melânico Fonsecaea pedrosoi. Para a
    obtenção dos meios naturais foram testadas as biomassas de Euterpe oleracea,
    Bactris gasipaes, Eugenia stipitata, Malpigia glabra, Citrus limom, Citrus aurantifolia
    e Theobroma grandiflorum, obtendo-se a indução em 10 dias com o meio de B.
    gasipaes e em 48 horas no meio de T. grandiflorum. Para a confecção do meio
    quimicamente definido foram testados os seguintes elementos: sódio, magnésio,
    potássio, ferro, manganês, cálcio, carboidratos e aminoácidos. Utilizando-se um
    meio de cultura com Dextrose, Nitrato de Potássio, Fosfato de Sódio Monobásico e
    de Sulfato de Magnésio, e pH 2.7 foi possível induzir células escleróticas em apenas
    24 horas. Para a confirmação da similaridade das células escleróticas induzidas com
    escleróticas teciduais foram realizadas observações em microscopia ótica e
    microscopia eletrônica de varredura e transmissão, além do isolamento da melanina
    de conídios de F. pedrosoi e a marcação destes com o anticorpo anti-melanina
    humano, onde foi possível a identificação dos melanossomos. Estes resultados
    indicam que células escleróticas podem ser induzidas por meios naturais a
    temperatura ambiente, e possuem diferenciação dependente de variações iônicas e
    de pH.

  • ANDERSON MANOEL HERCULANO OLIVEIRA DA SILVA
  • Mecanismo de Toxicidade Induzido pelo Metilmercurio e Regulação do Sistema Nitrérgico em Culturas Celulares de Retina 

  • Data: 16/05/2006
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  • O sistema visual representa um importante alvo da intoxicação mercurial. Neste contexto, o presente trabalho objetivou avaliar o efeito do mercúrio no sistema de neutransmissão glutamatérgica utilizando como modelo experimental culturas de retina de embrião de galinha. Nossos resultados demonstraram que a exposição a diferentes concentrações de MeHg induz uma diminuição da viabilidade celular  de uma forma dependente da concentração e de tempo de exposição. Nossos dados também demonstraram que o MeHg promove diminuição da captação de [3H]-Glutamato e [3S]-Cisteína nas culturas expostas, assim como, diminuição dos níveis intracelulares de GSH. O bloqueio da toxicidade mercurial observado na presença de antagonistas glutamatérgicos do tipo NMDA, inibidores da atividade da NOS e precursores da síntese de GSH, demonstrou que a ativação via glutamato somado ao estresse oxidativo representam o principal mecanismo de toxicidade induzida pelo MeHg nas células da retina. Neste trabalho também avaliamos a regulação ad atividade da NOS ao longo do desenvolvimento in vitro, nossos dados demonstraram que a atividade da NOS aumenta gradativamente com evolução das culturas. Nossos dados demonstraram que no período C2 glutamato e NGF, mas não seu substrato, L- arginina, são capazes de elevar sigficativamente a atividade da NOS. Avaliamos a captação de L-arginina e observamos uma baixa atividade em C2, o tratamento com NGF induziu um aumento da captação de L-arginina, da mesma forma que o anti-NGF bloqueia esta captação em C2. Desta forma nosso trabalho sugere que a homeostasia do sistema nitrergico é regulada por NGF nos primeiros períodos do desenvolvimento retiniano.      

  • BARBARELLA DE MATOS MACCHI
  • MODELO EXPERIMENTAL DE MALÁRIA CEREBRAL AVIÁRIA
  • Orientador : JOSE LUIZ MARTINS DO NASCIMENTO
  • Data: 16/05/2006

  • ARNALDO JORGE MARTINS FILHO
  • MODELO IN VITRO DA DOENÇA DE PARKINSON: EFEITOS NEUROTÓXICOS DA ROTENONA EM DIFERENTES POPULAÇÕES NEURONAIS
  • Orientador : EDMAR TAVARES DA COSTA
  • Data: 15/05/2006

  • LANE VIANA KREJCOVA
  • INFLUÊNCIAS DOS ESTADOS NUTRICIONAIS E DO EXERCÍCIO FÍSICO SOBRE A EXPRESSÃO DAS SINTASES DO ÓXIDO NÍTRICO NO HIPOCAMPO E ESTRIADO DE CAMUNDONGOS SUÍÇOS ALBINOS
  • Orientador : CRISTOVAM WANDERLEY PICANCO DINIZ
  • Data: 24/03/2006

  • TERESINHA ROSA CABRAL
  • Potencial Genotóxico do Extrato Aquoso da raiz da planta Physalis Angulata
  • Orientador : ROMMEL MARIO RODRIGUEZ BURBANO
  • Data: 13/01/2006

2005
Descrição
  • JOAO BENTO TORRES NETO
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : CRISTOVAM WANDERLEY PICANCO DINIZ
  • Data: 16/12/2005

  • CARLOMAGNO PACHECO BAHIA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : ANTONIO PEREIRA JUNIOR
  • Data: 07/07/2005

  • PATRICIA CARVALHO DE SOUZA
  • COMPARAÇÃO CROMOSSÔMICA INTRAPOPULACIONAL DA ESPÉCIE Tayassu tajacu CRIADA EM CATIVEIRO
  • Orientador : ROMMEL MARIO RODRIGUEZ BURBANO
  • Data: 20/05/2005

2004
Descrição
  • FLAVIA COSTA BIONDI
  • EFEITO DA 6-DMAP NA ATIVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PARTENOGENÉTICO DE OÓCITOS BOVINOS TRATADOS COM IONOMICINA E ESTRÔNCIO
  • Orientador : OTAVIO MITIO OHASHI
  • Data: 20/12/2004

  • MOYSES DOS SANTOS MIRANDA
  • AVALIAÇÃO DE UM SISTEMA DE CULTIVO DE BAIXO CUSTO NA PRODUÇÃO IN VITRO DE EMBRIÕES BOVINOS
  • Orientador : OTAVIO MITIO OHASHI
  • Data: 04/10/2004

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