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ELSON SILVA DE SOUSA
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ENSINO-APRENDIZAGEM DE CONTEÚDOS DE BIODIVERSIDADE E GENÉTICA COM ÊNFASE EM CIÊNCIAS, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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Data: 15/12/2017
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No contexto da educação em ciências, o enfoque Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) vem influenciando o desenvolvimento de propostas didáticas e curriculares inovadoras que podem trazer contribuições significativas para a promoção da Alfabetização Científica e Tecnológica (ACT) de indivíduos capazes de atuar na coletividade de forma responsável. Busquei investigar as contribuições do desenvolvimento de uma sequência de ensino com abordagem CTS sobre o ensinoaprendizagem de conteúdos de biodiversidade e genética no ensino médio. Nesta perspectiva, apresento uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo pesquisaação educacional, cuja intervenção didático-pedagógica foi desenvolvida por meio de uma sequência de ensino e de um caderno didático construído, aplicado e analisado neste estudo. Para tal, tomei por base os referenciais teórico-práticos e metodológicos de autores que discutem o ensino de ciências sob a ótica CTS e a proposição de sequência didática, contemplando os conceitos de ACT, currículo com enfoque CTS, tomada de decisão, formação para a cidadania, tipologia de conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais e a dinâmica metodológica conhecida como os três momentos pedagógicos. A implementação da sequência didática ocorreu em condições concretas de sala de aula, tendo como sujeitos participantes dezenove estudantes do terceiro ano do ensino médio de uma escola pública da rede federal de ensino. Como técnicas e instrumentos de produção e coleta de dados, elecionei a observação participante, conversas de grupo, a produção textual dos estudantes e a aplicação de questionários. Na análise dos dados, o fenômeno estudado é interpretado e compreendido, atribuindo-se resultados qualificados de forma intuitiva e sistemática, a fim de avaliar as potencialidades e limitações da proposta de ensino desenvolvida, tanto em termos da qualidade das interações entre aluno-material e aluno-aluno, bem como dos conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais apreendidos pelos estudantes. Os resultados do trabalho investigativo sinalizaram que o desenvolvimento de sequência didática, com abordagem CTS, oportuniza reflexões e discussões necessárias para o desenvolvimento de valores ético-morais, de atitudes comprometidas com a sustentabilidade ecológica e de posições pessoais sobre questões socioambientais, cuja base seja a compreensão de conhecimentos científicos e das relações e interações entre a ciência, a tecnologia e a sociedade.
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CLEIDE RENATA DA SILVA MACHADO
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O ENSINO DA SÍNTESE DE PROTEÍNAS: CONSTRUINDO CONHECIMENTOS SOCIALMENTE RELEVANTES
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Data: 11/10/2017
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Esta é uma pesquisa qualitativa na modalidade narrativa, que se baseia em minhas experiências de ensino com estudantes do primeiro ano do ensino médio, de uma escola estadual da rede pública de ensino, vividos durante o minicurso, no contexto de uma sequência didática, desenvolvido nos espaços pedagógicos do laboratório de informática e do laboratório multidisciplinar, com o objetivo de investigar em que termos práticas de ensino de Biologia, que privilegiam as tecnologias digitais e a participação ativa dos estudantes, contribuem para construção de conhecimentos socialmente relevantes. Foram oito os sujeitos que participaram desta pesquisa, os quais foram eleitos a partir dos seguintes critérios: a assiduidade em todos os encontros do minicurso e a produção de informações significativas referentes à pergunta de pesquisa e aos objetivos traçados. Como instrumento investigativo, fiz uso de questionário para obter informações sobre a afinidade dos participantes com o tema em estudo e com o uso das tecnologias, além do questionário também utilizei um diário, onde foram registradas minhas percepções e reflexões a respeito desta pesquisa; e os registros em áudio e vídeo. Com intenção de produzir novas compreensões sobre o fenômeno investigado, lanço mão da Análise Textual Discursiva como metodologia de análise do material empírico. Após realizar intensas leituras e me impregnar do material empírico, tais análises permitiram a construção de dois eixos temáticos de análise: Estudando síntese de proteína: produção de significados discentes e O ensino da síntese proteica visando o conhecimento socialmente relevante. Os resultados demonstram que os estudantes não estão satisfeitos diante das práticas vivenciadas nas instituições de ensino, manifestaram necessidade de ampliar suas perspectivas de estudo por meio da atribuição de significado aos conteúdos estudados. A tecnologia, por meio do uso da internet, estimulou os estudantes a ir em busca de elementos capazes de possibilitar a construção de seu conhecimento, permitindo a responsabilização por sua aprendizagem. Apesar das potencialidades dessa ferramenta, os estudantes manifestaram que ela é pouco utilizada nas escolas. Os estudantes também apontaram que a pesquisa aliada a momentos de discussões possibilitou o estabelecimento entre conhecimentos cotidianos e conhecimentos científicos, auxiliando no entendimento de novos conceitos e na resolução de problemas vivenciados em seu cotidiano. Essa proposta torna-se eficiente e potencialmente válida por promover discussão e reflexão sobre questões sociais, oportunizar a relação entre o conhecimento cotidiano e o conhecimento científico, além de contribuir para a tomada de atitude dos estudantes. Como contribuição deste estudo para a sociedade, será disponibilizado um vídeo, que apresenta recortes das filmagens feitas no decorrer do desenvolvimento da sequência didática, com o objetivo de oferecer aos professores de Biologia novas formas de ensinar e aprender síntese de proteínas.
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RELINALDO PINHO DE OLIVEIRA
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EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E MÚSICA: Construindo performances matemáticas musicais
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Data: 11/10/2017
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O trabalho aqui descrito relata uma investigação de caráter qualitativo, motivada a partir das observações realizadas no desenvolvimento da minha prática docente no ensino da matemática, quando pude observar que um dos fatores de desmotivação nas aulas de matemática é a forma metodológica como elas são conduzidas. Nas salas de aula, é comum a utilização do que Alro & Skovsmose (2010) chamam de o padrão “sanduíche”: primeiro, o professor apresenta o conteúdo do dia; segundo, os alunos fazem exercícios; terceiro, o professor corrige os exercícios, que geralmente trazem questões com uma única resposta. Por conta disso esta pesquisa objetivou desenvolver e avaliar uma metodologia alternativa de ensino usando a elaboração e a produção de Performances Matemáticas Musicais (PMMs) para o ensino de Matemática, na tentativa de contribuir para a aprendizagem de alunos, em especial do Ensino Fundamental II (de 6º a 9º anos). Para tanto, realizamos um estudo de caso em uma escola da rede privada de Belém - Pará, com 35 alunos do 9º ano. Na proposta didático-metodológica, adotou-se como recurso a construção de PMMs, a fim de contribuir para a aprendizagem dos conteúdos potenciação e equação do 1º e 2º graus. Fundamentou-se nas proposições de Gadanidis e Borba (2008) sobre as Performances Matemáticas Digitais, assim como na teoria das Inteligências Múltiplas sugerida por Gardner (1995). A pesquisa se deu em dois momentos: apresentação dos conteúdos e construção das PMMs usando músicas conforme a escolha dos discentes, em estes que abordaram nas letras os conteúdos trabalhados em sala de aula. A partir da análise dos resultados, compreende-se que os alunos preferem a aula de Matemática na exposição de conteúdos e que o trabalho de construção das PMMs possibilitou aulas mais dinâmicas, interativas e estimulantes, assim como os alunos não apresentam dificuldades em adaptar-se a rupturas dos métodos convencionais e que a construção de PMMs promove melhoras na aprendizagem dos conteúdos potenciação e equação.
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CARLA REGINA DA SILVA MACHADO
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AS PERGUNTAS CONSTRUÍDAS PELOS ESTUDANTES NO DESENVOLVIMENTO DE UMA SEQUÊNCIA DE ENSINO INVESTIGATIVA SOBRE DOENÇA DE CHAGAS
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Data: 06/10/2017
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As práticas investigativas aparecem como alternativa ao ensino que pouco valoriza a participação do estudante, seus questionamentos e seus interesses. A partir desta orientação teórica e de uma estratégia prevista em uma sequência de ensino sobre a Doença de Chagas no município de Abaetetuba, esta pesquisa visou compreender como os estudantes constroem/identificam perguntas/hipóteses em atividades de natureza investigativa. A sequência foi utilizada como instrumento orientador da construção de dados com um grupo de estudantes do ensino fundamental de uma escola pública da rede estadual de ensino, localizada no município de Abaetetuba-PA, em uma abordagem de pesquisa qualitativa na modalidade participante. A interação entre pesquisadora e estudantes foi gravada em áudio e vídeo e a compreensão do material empírico evidenciou três elementos de análise:1) as perguntas construídas por estudantes em contexto de investigação. 2) manifestações estudantis que indicam desenvolvimento de alfabetização científica. 3) reconhecendo momentos de (auto)formação. Os estudantes apresentam perguntas implícitas e relacionadas à questões da literatura científica, atividades dessa natureza propiciam a (auto)formação do professor; os estudantes apresentaram em suas falas indicadores de alfabetização científica. Os resultados forneceram informações para a proposta de um produto, por meio da sequência de ensino desenvolvida com os estudantes, que contemple as perguntas construídas/identificadas por eles e respondidas por mim durante a pesquisa com propostas de condutas e questionamentos, permitindo um novo olhar para esse tipo de abordagem.
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ODIRLEY FERREIRA DA SILVA
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GEOMETRIA RIBEIRINHA: ASPECTOS MATEMÁTICOS DA COMUNIDADE DO URUBUÉUA FÁTIMA EM ABAETETUBA-PA
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Data: 29/09/2017
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Na matemática escolar a geometria euclidiana nem sempre corresponde às necessidades de aprendizagem dos alunos da escola ribeirinha, pois esta, em alguns casos, não apresenta uma solução satisfatória para alguns problemas cotidianos vivenciados por esses estudantes. O principal recurso utilizado pelos professores dessas regiões é o livro didático distribuído pelo PNLD, porém, este possui uma descontextualização natural em sua estrutura, portanto, cabe ao professor elaborar meios para o desenvolvimento metodologias que contemplem uma educação transcultural. Essa dissertação investiga e analisa práticas que foram, e ainda são, realizadas por um ribeirinho da ilha Urubuéua Fátima pertencente ao município de Abaetetuba-Pará; o objetivo é a composição de um material paradidático, que leve em consideração a diversidade e a identidade dos ribeirinhos da Amazônia Tocantina. O objetivo geral desse estudo é a produção de um livro que será o produto da dissertação, promovendo, dessa forma, um ensino numa perspectiva transcultural, cuja temática é a cotidianidade ribeirinha, que agrega um repertório de um saber/fazer matemático com características geométricas típicas, nas quais o objetivo é contribuir para a busca de soluções aos problemas do cotidiano desses indivíduos, observando que a geometria escolar de origem euclidiana nem sempre consegue propor um resultado aceitável, nas condições em que os ribeirinhos dispõem-se ao problema; isso ocasionou uma análise das limitações metodológicas da geometria euclidiana para cunharmos o termo geometria ribeirinha. Foram realizadas análises das seis atividades que, segundo Bishop (1988), são fundamentais para que o indivíduo desenvolva o conhecimento matemático, as exemplificamos a luz das atividades culturais tipicamente ribeirinhas. A finalidade do estudo é compreender as relações existentes entre a matemática formal e os saberes matemáticos praticados por esses grupos culturalmente diferenciados, que denominamos geometria ribeirinha. Essas relações foram materializadas na construção de um livro, contendo questões contextualizadas nas práticas que considerem, de fato, o cotidiano dos estudantes das regiões ribeirinhas, contemplando, dessa maneira, o ensino pautado na cultura dos discentes. O trabalho foi desenvolvido com base em pressupostos epistemológicos da educação etnomatemática proposto por Vergani (2000); Ubiratan D’Ambrósio (1986, 1993, 1996,1997, 2001, 2005); Bishop (1988, 1997, 1999, 2006) e nas concepções de Paulo Freire (1973) sobre a necessidade de que, para haver aprendizagem, é necessário reinventar o que se aprende. No final desse trabalho apresento minhas considerações referentes às conexões possíveis, para que a matemática informal contribua com o ensino da matemática formal, observando que a relação entre ciência, cultura e escola fortalece-se a partir de uma educação multicultural.
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MICHEL SILVA DOS REIS
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O ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATRIZES NO CONTEXTO DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E DA PLATAFORMA WHATSAPP
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Data: 28/09/2017
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Esse trabalho de pesquisa foi desenvolvido junto aos alunos da Educação de Jovens e adultos - EJA do Ensino Médio. A organização pedagógica em turmas desta modalidade de aceleração da escolarização não pode ter característica de aula comum, por isso, proponho desenvolver junto a esses alunos estudos sobre as Matrizes em dois ambientes: a sala de aula para encontros presenciais e a plataforma whatsapp para encontros virtuais. A escolha do conceito matemático de Matrizes é justificada pelo fato dos próprios alunos mostrarem interesse e relevância em seu estudo, já o aplicativo whatsapp pelo fato de sua popularização e familiarização entre os alunos pesquisados. Nas aulas presenciais foi utilizado o método de Resolução de Problemas para organização do ensino, no segundo momento, os alunos trabalham dialogicamente no grupo virtual buscando o desenvolvimento das atividades pedagógicas apresentadas, funcionando como um fórum de discussão, orientado pelo professor. Os alunos interagem trocando mensagens, enviando respostas aos questionamentos propostos, além de fazerem pesquisas e dialogar sobre o tema Matrizes. Na busca de promover o ensino de matemática a partir do uso de recursos de mídia, levantamos nossa questão de pesquisa: como utilizar o whatsapp para promover autonomia da aprendizagem, construção do conceito e a interação do aluno com o conceito matemático a partir da mídia? Para responder a essa questão, recorro ao objetivo da pesquisa: discutir o estudo de Matrizes a partir da Resolução de Problemas, utilizando como meio o whatsapp. Os diálogos no grupo virtual ampliam o tempo de estudo dos alunos, por meio de pequenos comentários e o tema flui para uma conclusão, além de o aluno ter em mãos o registro das conversas e explicações do professor, neste sentido o aplicativo whatsapp tem impacto direto na proposta desta dissertação trazendo um ambiente de revisão e registro. Para fundamentar nossa proposta dialogamos com os autores que tratam: Matrizes, Guelli, Iezzi e Dolce ([198-?]); Resolução de Problemas, Polya (2006); sobre a mídia, Lévy (1999), (2004), (2007), além de outros pesquisadores que colaboram nas discussões da referida proposta. A revisão das postagens e o acúmulo de informações geradas no ambiente whatsapp, no estudo de Matrizes, promove um fluxo constante de informações fazendo com que o aluno não fique passivo frente a elas, desenvolvendo suas conclusões acerca da proposta apresentada pelo professor. As atividades dinâmicas e testes com questões objetivas e discursivas, trabalhadas em sala de aula e no ambiente virtual, farão parte do produto fim desse estudo, que visam contribuir com a melhoria do desempenho dos alunos nas atividades de aprendizagem da Matemática.
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JOEL SILVA FERREIRA
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AVALIAÇÃO FORMATIVA E COMUNICAÇÃO MATEMÁTICA: UM ESTUDO SOBRE A PRÁTICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
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Data: 28/09/2017
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Este estudo objetiva caracterizar a comunicação nas aulas de matemática, na perspectiva da Avaliação Formativa com base em Semana e Santos (2012) e Fernandes (2008, 2012). O mesmo emergiu da necessidade de melhorias na prática de ensino e avaliação do professor pesquisador. À vista disso, foi aplicada uma sequência de quatro tarefas do conteúdo matemático de porcentagem, com a intenção de articular ensino, aprendizagem e avaliação em uma turma de Jovens e Adultos. A metodologia de ensino empregada na intervenção foi a exploratória, na qual os estudantes realizavam as tarefas em grupos e posteriormente socializavam os resultados na discussão coletiva em toda a turma. A metodologia da investigação segue uma abordagem de natureza qualitativa de acordo com Bogdan e Biklen (1994), em que foram analisadas as comunicações dos estudantes e do professor pesquisador, tendo como base as três dimensões da comunicação propostas por Semana e Santos (2012): dinâmica, foco e significado. A recolha de dados apoia-se na gravação de áudio de todas as comunicações ocorridas nos grupos, na fase de realização das tarefas, e gravação em vídeo-áudio das intervenções ocorridas na discussão coletiva dos resultados, com posterior transcrição das falas dos envolvidos. Os registros escritos realizados pelos alunos nas tarefas, as percepções dos estudantes da experiência em sala de aula - obtidas por meio de uma entrevista vídeo-gravada - também serviram como informações de apoio ao estudo. Os dados empíricos foram objeto de uma análise do conteúdo orientada pelas dimensões da comunicação: dinâmica, foco e significado e por temáticas que emergiram da articulação entre as questões de investigação e o enquadramento teórico. Os resultados obtidos evidenciam que a comunicação dos alunos foi predominantemente destinada para outro aluno (dinâmica), tanto na fase de realização das tarefas como na fase de discussão coletiva dos resultados; em relação ao foco centraram a atenção para o processo de resolução das tarefas; quanto ao significado tinham a intenção de explicar na maioria das comunicações. Referente a dinâmica das intervenções do professor, na fase de realização das tarefas a maioria das suas comunicações se destinou para os grupos de alunos, já na fase da discussão coletiva a maior parte se direcionou para a turma; quanto ao foco o professor centrou sua atenção no processo de resolução das tarefas; e em relação ao significado evidencia-se um discurso substancialmente do tipo questão, em que solicitava explicação dos alunos. Dessa forma, a comunicação desenvolvida em sala de aula se caracterizou como interação social, em que os estudantes apareceram como recurso de aprendizagem para os demais, contribuindo para a prática da avaliação formativa. Conclui-se também que a investigação sobre a própria prática possibilitou aprendizagens profissionais relevantes ao professor pesquisador, transformando suas concepções sobre ensino, aprendizagem e avaliação.
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MARCIA PANTOJA CONTENTE
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ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DA PRODUÇÃO DE UMA MÍDIA PEDAGÓGICA: o vivido e o concebido por estudantes surdos durante aulas sobre as angiospermas
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Data: 27/09/2017
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Esta é uma pesquisa do tipo qualitativa, na modalidade de pesquisa-ação, desenvolvida com estudantes surdas do ensino fundamental, um pedagogo surdo e uma intérprete de Libras, no espaço da sala de recurso multifuncional de uma escola municipal da rede regular de ensino do município de Igarapé-Miri - Pará. Apresentamos como questão de pesquisa: quais as contribuições de uma mídia pedagógica, produzida por participantes surdos, mediada por profissionais ouvintes, em uma abordagem bilíngue (Libras/Língua Portuguesa) no processo de aquisição de conhecimentos sobre angiospermas? A proposta de ensino desenvolveu-se com objetivo de construir uma mídia pedagógica bilíngue a partir das percepções dos participantes surdos e contribuir com as discussões de ensino e aprendizagem de estudantes surdos. Como instrumentos investigativos, fizemos uso de questionário como forma de sondar a respeito da afinidade dos participantes com a temática em estudo e com o uso da tecnologia. Além do questionário, utilizamos de entrevistas, com o intuito de conhecer os participantes da pesquisa e a partir dos dados produzidos, traçar os seus perfis. Assim como foram feitas gravações em vídeo das atividades desenvolvidas. Como forma de obter novas compreensões sobre o fenômeno investigado adotamos a Análise de Conteúdo. Após leituras e releituras do material empírico obtivemos duas grandes categorias: produção da mídia a partir da (re)construção do conhecimento e a importância atribuída pelos participantes surdos ao uso de sinais, como elementos imprescindíveis da aprendizagem. Os resultados apontaram que as atividades desenvolvidas contribuíram significativamente com a aquisição de novos conhecimentos pelos estudantes surdos. A experiência vivenciada possibilitou aos participantes um novo entendimento sobre o conteúdo estudado, passando a relacioná-lo com suas vivências, atribuindo-lhes amplos e novos significados. Por meio das atividades, os participantes puderam tomar consciência de que um ensino efetivo se constrói em conjunto, dando vez e voz a todos, reconhecendo, valorizando e respeitando a diversidade de cada sujeito, tornando-os responsáveis pela própria aprendizagem. Percebemos que o mais importante nessa relação, não foi somente a produção da mídia e a construção de sinais em Libras, como estratégica para facilitar o ensino de um conteúdo (que apresenta complexidade de compreensão) e auxiliar os estudantes a superar suas limitações de aprendizagem. O fator mais relevante e significativo foi o envolvimento dos participantes surdos no processo de construção desse recurso. Nesse sentido, a presente investigação traz como contribuição para a comunidade escolar, uma Mídia Pedagógica em formato de DVD interativo bilíngue, construída a partir das percepções dos participantes surdos sobre o estudo das plantas angiospermas, visando colaborar com a prática pedagógica de professores de Ciências e com processo de ensino e aprendizagem de estudantes surdos.
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REGIANE DA SILVA REINALDO
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FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS: proposições ao ensino do sistema de numeração decimal
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Data: 22/09/2017
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Este estudo tem como objetivo apresentar reflexões sobre a formação continuada em serviço por meio de uma oficina de orientações pedagógicas sobre o ensino do Sistema de Numeração Decimal (SND), voltada aos docentes dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Esta pesquisa surgiu a partir da necessidade de reflexão associada a minha prática como docente e organizadora de formação continuada dos professores dos anos iniciais. As dificuldades apontadas pelos professores nos momentos de formação orientaram os estudos evidenciando a questão de pesquisa: Que relação pode ser estabelecida entre a formação continuada de professores, tendo por base a metodologia de jogos pedagógicos e a consolidação do SND? Com intuito de motivar e instrumentalizar os professores para que reflitam sobre suas práticas, optamos por uma pesquisa qualitativa na perspectiva de Bogdan e Bilklen numa abordagem a partir da concepção da pesquisa-ação apoiada nos estudos de Michel Thiollent. No desenvolvimento da oficina abordamos o conceito do SND fomentando propostas de atividades compiladas para um livro de orientações como produto educacional. Trazemos como referências autores que investigam o ensino de matemática, formação continuada e as práticas em sala de aula, entre eles: Zélia Mediano, Constance Kamii e Sergio Lorenzato. As contribuições destes autores, assim como as reflexões e proposições dos professores, apontam que a formação continuada em serviço é uma possibilidade de reflexão sobre a prática em que se faz urgente oportunizar aos docentes momentos de trocas e possibilidades de mudança no fazer pedagógico. No livro de orientações pedagógicas apresentamos sugestões de atividades para organização de sessões de estudos voltados às práticas de sala de aula, direcionado aos professores e coordenadores pedagógicos.
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MARITA DE CARVALHO FRADE
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AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES QUE ENSINAM MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: Construção de uma prática docente para o ensino de geometria
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Data: 21/09/2017
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A pesquisa apresenta resultados de uma investigação sobre o processo de formação continuada de professores em serviço que ensinam matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental em escolas do município de Ponta de Pedras, no Marajó, Pará, Brasil. Pesquisas apontam que nos anos iniciais do Ensino Fundamental (aiEF), ainda há maior ênfase no ensino de outros blocos que compõe o currículo de matemática, em comparação ao trabalho com Espaço e Forma, mais especificamente, quando comparado aos estudos relativos à geometria. Contudo, essas mesmas pesquisas apontam a importância do ensino desse conteúdo nos aiEF. Diante dessa problemática, a questão que emergiu e que norteou esta pesquisa foi como a gemetria tem sido ensinada por professores que ensinam matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental? Nesses termos, apresentamos como objetivo, investigar como a geometria tem sido ensinada por professores que ensinam matemática nos anos iniciais no município de Ponta de Pedras. Para coleta de dados foram utilizados questionário, gravação em áudio, documentos e diário de bordo. A pesquisa estruturou-se em duas etapas, aplicação de um questionário que permitiu traçar o perfil dos professores e detectar suas vivências e experiências relacionadas ao ensino/aprendizagem de geometria e o planejamento e o desenvolvimento de cinco encontros de formação, com o propósito de refletir sobre o ensino/aprendizagem da geometria. Nesses termos, a pesquisa foi realizada no período de março a novembro de 2016 e teve como participantes um grupo de professores egressos e ingressos do curso de Licenciatura Integrada em Educação em Ciências, Matemática e Linguagens, ofertado pelo Instituto de Educação Matemática e Científica. Como produto final, diferencial dessa modalidade de mestrado, é apresentada uma proposta de formação continuada em serviço sobre o bloco Espaço e Forma, em especial, ensino/aprendizagem de geometria para os anos iniciais.
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MARIA DULCE GONCALVES DE MATOS
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PRÁTICAS INVESTIGATIVAS NO ENSINO DE GEOMETRIA: Contribuições para ação docente
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Data: 21/09/2017
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Esta pesquisa tem por objetivo identificar e interpretar para compreender e descrever como um professor organiza e desenvolve com seus alunos o ensino de geometria a partir de práticas investigativas. Sendo assim, a questão norteadora da pesquisa se configurou da seguinte maneira: como um professor organiza e desenvolve com seus alunos o ensino de geometria a partir de práticas investigativas? Adotamos como principal aporte teórico as ideias de Ponte entre outros, para abordar as questões referentes a investigação matemática. O conteúdo desenvolvido por meio das práticas investigativas foi o da geometria do Bloco Espaço e Forma para o quinto ano do ensino fundamental. A pesquisa apresentada é de cunho qualitativo em uma abordagem de pesquisa-ação. Como metodologia de análise das informações, optamos pela Análise Textual Discursiva (ATD) proposta por Moraes e Galiazzi. As informações foram coletadas por meio de entrevistas e gravações de áudios. As análises emergentes na pesquisa apontam que o professor ao desenvolver as tarefas propostas, após a formação em serviço, apresentou em suas ações características de práticas investigativas que possibilitaram a participação e envolvimento dos alunos em suas aprendizagens ressignificando os conteúdos geométricos abordados, por meio de conjecturas, testes, provas, demonstração, validação e avaliação. Após finalizarmos a pesquisa, apresentamos um produto educacional em formato de e-book, construído a partir das experiências vivenciadas no contexto da pesquisa, utilizando as tarefas desenvolvidas pelo professor participante da pesquisa, com orientações para a utilização de práticas investigativas para o ensino de conteúdos geométricos do Bloco Espaço e Forma, direcionado a professores do quinto ano do Ensino Fundamental com a finalidade de que este possa colaborar em suas práticas docentes.
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LUCIA MARIA BATISTA FONSECA
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UM OLHAR SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES QUE ENSINAM MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM ESCOLAS DO CAMPO
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Data: 18/09/2017
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A presente pesquisa de natureza qualitativa na modalidade pesquisa-ação aconteceu no âmbito dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em três escolas do Campo no município de Marabá (PA). A investigação foi conduzida na linha de pesquisa Formação de Professores de Ciências e Matemática, vinculada ao Programa de Pós-graduação em Docência em Ciências e Matemática do Instituto Federal do Pará da Universidade Federal do Pará. Para essa investigação, buscou-se responder a seguinte questão. Em que termos uma proposta de formação continuada, em serviço, pode possibilitar a orientação do trabalho didático-pedagógico do professor ao ensinar Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental em escolas do Campo? A ideia foi investigar para compreender como uma proposta de formação continuada em serviço possibilita a orientação do trabalho didático-pedagógico do professor ao ensinar matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental em escolas do Campo. Durante a investigação, participaram cinco professores pedagogos dos anos iniciais de escolas do Campo, município de Marabá, Sudeste do Pará. A seleção desses professores que participaram da pesquisa foi feita com base nos seguintes critérios: i) Ser professor efetivo do município; ii) ter no mínimo dez anos de docência em escolas do Campo com os anos iniciais e iii) participar da formação continuada em rede. Os momentos formativos se articularam em 4 etapas com dois encontros cada. O produto desta pesquisa foi a elaboração de uma proposta de formação continuada, em serviço, destinada aos coordenadores pedagógicos das escolas do Campo. Os instrumentos investigativos utilizados foram: questionário; entrevista semiestruturada; observação e gravação de vídeo das aulas e intervenção direta do pesquisador na ação didático-pedagógica do professor, seguida do processo de reflexão sobre a ação. Para compreender o fenômeno investigado, foi utilizado a Análise Textual Discussiva, conforme preconizam Moraes e Galiazzi (2011); Contou-se com as contribuições teóricas de: Alarcão (2011); Fiorentini e Nacarato (2005); Freire (1987); Imbernón (2006, 2009); e Tardif (2014). A coleta e a organização do material empírico, bem como, a análise do material selecionado para compor a trama que buscou responder a questão de investigação deram origem a dois eixos de análises: i) compreensões dos professores sobre a formação continuada e suas práticas, ii) Saberes Docentes envolvidos na Prática Pedagógica: reflexões sobre a ação docente. A análise revelou que os professores atribuem as dificuldades ao ensinar matemática: a) ao processo de formação por eles vividos; b) que a formação continuada tem contribuído pouco na melhoria das práticas pedagógicas; e c) que os coordenadores pedagógicos não se envolvem nas ações docentes. Além disso, os professores revelaram que a proposta de formação continuada, em serviço, construída nessa pesquisa contribuiu, significativamente, pois, promoveu neles a percepção de que há outras maneiras de organizarem as práticas docentes de modo a envolver os saberes da experiência e da profissão. Outro aspecto relevante, segundo os professores, foi o da experiência formativa ter acontecido em contexto de trabalho e por proporcionar outro olhar sobre as ações em contexto da sala de aula, orientando o ato de ensinar e de aprender, não só dos professores ao ensinarem Matemática, mas dos alunos ao aprenderem Matemática. Contudo, os professores reconheceram que é preciso formar-se, continuamente, para atender às exigências do ensino.
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NAZARE DO SOCORRO MORAES DA SILVA
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MEDIDA DE COMPRIMENTO: Uma Sequência Didática na Perspectiva da Grandeza e Medida
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Data: 15/09/2017
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Este trabalho sobre grandezas e medidas, em particular medida de comprimento, objetivou legitimar uma sequência didática que favorecesse o ensino de medida de comprimento a partir da noção de grandeza e medida. Esta pesquisa foi desenvolvida com base na Teoria das Situações Didática de Guy Brousseau, inspirada no modelo didático de Régine Douady e Marie Jeanne Perrin-Glorian, entre outros referenciais fundamentais para elaboração da sequência didática. A abordagem desta pesquisa foi de cunho qualitativo e como percurso metodológico adotamos os aspectos da Engenharia Didática. A sequência foi aplicada em uma escola estadual de ensino fundamental e médio, localizada na região metropolitana de Belém do Pará, em uma turma de 25 alunos, do 6º ano do ensino fundamental. As análises das atividades apontaram que, propor uma sequência didática que explore o comprimento nos domínios da grandeza e da medida favorece a compreensão de noções de conceitos atrelados à grandeza e medida, como medir, necessidade de medir, medida, grandeza comprimento e sua quantificação (medida). Assim como também o entendimento por parte dos alunos em relação às conversões de unidades de medida e a constituição do sistema métrico decimal. A partir desses resultados esta pesquisa gerou um produto educacional denominado, sequência didática para o ensino de medida de comprimento.
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ROBERTO DA SILVA NUNES
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OS NÚMEROS PRIMOS E A CONSTITUIÇÃO DO M.M.C e M.D.C
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Data: 30/08/2017
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Nesta pesquisa temos como objetivo elaborar uma Sequência Didática baseada em Rickenmann e sempre recorrendo a conhecimentos prévios que favoreçam a compreensão das noções de Mínimo Múltiplo Comum (MMC) e do Máximo Divisor Comum (MDC) inspirados no Crivo de Eratóstenes. Para alcançar o objetivo, assumiremos como suporte teórico a Teoria das Situações Didáticas fazendo uso de aspectos da Engenharia Didática como metodologia de pesquisa. Para elaboração da Sequência realizamos um estudo histórico com viés epistemológico abarcando as definições matemáticas à luz da Teoria dos Números, bem como a extensão dos mesmos, o conhecimento das origens e como os objetos vêm sendo pesquisados e apresentados em livros didáticos.
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RONIVALDO CASTRO PACHECO
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ENSINO DE ASTRONOMIA: O LÚDICO E A EXPERIMENTAÇÃO COMO PROPOSTAS PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO MÉDIO
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Data: 23/08/2017
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A contemplação do céu e a curiosidade por desvendar seus mistérios tem movido o homem desde os primórdios da civilização a buscar compreensões sobre o que o cerca. Muitos cientistas e filósofos consideram a Astronomia como o primeiro conhecimento humano organizado de forma sistemática. Assim, partindo dessa curiosidade nata, o ensino de Astronomia deve aguçar nos estudantes esse interesse, promovendo maior apreciação e aproximação dessa Ciência que faz parte de nossas vidas em diversos aspectos, que direta ou indiretamente são supridos e/ou explicados por informações e inspirações provenientes da Astronomia. Esta pesquisa tem como objetivo compreender as potencialidades e limitações da utilização das atividades lúdicas e experimentais para a aprendizagem de conceitos básicos de Astronomia por alunos do 1º ano do Ensino Médio. Assumimos a pesquisa qualitativa, na modalidade pesquisa participante, pois essa aborda aspectos da realidade do estudante ao promover ações coletivas para o benefício da comunidade escolar. Os resultados mostram que a estratégia de usar atividades lúdicas e experimentos para facilitar a aprendizagem apresenta fatores que favoreceram o ensino e a aprendizagem de Astronomia. Para a aplicação das atividades com os estudantes utilizamos os três momentos pedagógicos de Delizoicov, Angotti e Pernambuco. Os estudantes participaram ativamente no desenvolvimento das atividades lúdicas, como os jogos e as brincadeiras, e na realização dos experimentos propostos, nos quais podemos verificar o potencial das estratégias utilizadas em sala de aula de forma positiva para construção do conhecimento dos estudantes. Esta pesquisa gerou um produto didático que consta como apêndice nesta dissertação. Trata-se de um guia para o professor, com orientações e sugestões de atividades lúdicas e experimentais, para o ensino de Astronomia, que propiciem reflexões sobre o conhecimento científico, enfatizando o caráter investigativo e possibilitando aos estudantes a construção do conhecimento de forma mais crítica e participativa na sociedade. Nesse sentido, esta pesquisa reporta as atividades lúdicas e experimentais como possibilidades de fomentar o ensino de Astronomia na Educação Básica, oportunizando maior aproximação de professores e estudantes desta área de conhecimento.
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JOAO AMARO FERREIRA NETO
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SER OU NÃO SER COMO NOSSOS PROFESSORES DE CIÊNCIAS: Proposições para uma intervenção afetiva no estágio do Clube de Ciências da UFPA
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Data: 07/07/2017
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Objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento e estruturação de proposições de intervenção afetiva que pudesse ser utilizada durante o estágio orientado de regência. Para isto, foi realizado, inicialmente, uma pesquisa bibliográfica com a intenção de fazer um “diagnóstico” do ensino de ciências, em que se verificou uma não contemplação dos aspectos afetivos nas propostas curriculares, privilegiando-se uma instrumentação técnico/metológica da formação de professores que se mostrou não ser suficiente para mudar as formas como se ensina ciências, repetindo-se, com uma fachada diferente, os mesmos jeitos de ser do professor. Entendemos a partir desta constatação, que havia a necessidade de se desenvolver e sistematizar de um instrumento que pudesse incluir, deliberadamente, a dimensão afetiva como seu objeto principal de trabalho na formação inicial de professores. Assim, utilizou-se a psicanálise como referencial teórico, para analisar as situações vividas pelo os estagiários em sala de aula com estudantes do 8º e 9º ano; no Clube de Ciências da UFPA, que se configura em um laboratório didático/pedagógico; e também para atender a sua demanda por orientação em relação ao comportamento indisciplinado destes estudantes de Educação Básica. Para tal, a clínica psicanalítica foi usada como inspiração para fazer intervenções afetivas com os professores estagiários. Posteriormente, foi feita uma estruturação dos processos ocorridos durante esta intervenção afetiva, usando-se, como inspiração, os procedimentos da clínica psicanalítica. Compreendemos que a mediação entre os fatos vividos pelo estagiário e sua subjetividade, baseados no instrumento da clínica psicanalítica, coloca o sujeito em um processo de passagem da queixa para a assunção de responsabilidade, apresentando-se assim, como um recurso viável para o desenvolvimento afetivo dos futuros professores no seu fazer docente durante o estágio, se configurando em um possibilidade de quebra do processo de transmissão transgeracional, que mantém os os professores em uma repetição de jeitos de ser em sala de aula.
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ORLANDO TEMÍSTOCLES CRUZ ARNAUD
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PRODUÇÃO DE AUDIOVISUAL SOBRE A APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS: Passos de sua constituição em um Curso de Férias em Mãe do Rio (PA)
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Data: 30/06/2017
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Nas últimas três décadas, o audiovisual didático vem se consolidando como um importante instrumento pedagógico para o ensino de Ciências, sendo potencializado quando aliado às novas metodologias como a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP). Esta pesquisa tem como objetivo identificar as características da ABP manifestadas na dinâmica do Curso de Férias e produzir um audiovisual. Para a constituição do vídeo foram utilizadas as videogravações das interações entre um Professor-coordenador, dois monitores e seis estudantes da educação básica participantes de um Curso de Férias ocorrido em Mãe do Rio (PA). A investigação apresenta uma abordagem qualitativa, com observador participante. O audiovisual foi avaliado por seis professores e dois especialistas por meio de questionários que estão dispostos nos apêndices A e B, nos quais apresentam sete questões, sendo seis subjetivas e uma de múltipla escolha. As respostas foram fundamentas a partir do referencial de Malheiro (2005) para a ABP, enquanto que as categorias e indicadores tiveram como base os trabalhos de Cabero (2001) e Gomes (2008). As interpretações oriundas dos questionários apontam que são evidentes as etapas da ABP no vídeo e que seu conteúdo contribui para educadores desenvolverem a metodologia em sala de aula. Além disso, o audiovisual é apropriado para iniciar o estudo do assunto sobre grupo de peixes. Já os tutoriais deixam claro como desenvolver a ABP presente no audiovisual que, por sua vez, promove pedagogicamente melhorias nas aulas dos educadores. As categorias e indicadores analisados foram avaliados, em sua maioria, como positivas e satisfatórias, são eles: suficiência da quantidade da informação; tamanho dos elementos gráficos: fotos, legendas, etc; qualidade técnica e estética dos elementos visuais; diálogos; qualidade técnica e estética do som ambiente, das vinhetas e do áudio/locução; inclusão de elementos para destacar elementos importantes; duração do vídeo adequada e suficiente; permite atividades complementares no mesmo horário de aula; valorização da exposição, da discussão, da crítica ou da prática/aplicação; criação de situações de aprendizagem é facilitada; proposta pedagógica adequada ao público-alvo.
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SORAIA DAS NEVES BARROS
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ENSINO DE FUNÇÃO: Sua compreensão e possibilidades de ação a partir de múltiplos olhares
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Data: 28/06/2017
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O presente estudo tem como tema o Ensino de Função e como objeto de investigação as dificuldades de ensino e de aprendizagem da temática, tendo como perspectiva a indicação de possibilidades de ação a partir de olhares de estudiosos do tema, autores de livros, professores e alunos, a partir da ótica da pesquisadora e de sua experiência ensinando matemática. Minha intenção é analisar o tema, buscando a compreensão do seu processo histórico de construção, analisar livros produzidos e adotados em escolas, ouvir professores que atuam com ensino de função e alunos desses professores, para que suas experiências, anseios, dúvidas, dificuldades e expectativas também possam ser consideradas, tudo isso objetivando identificar dificuldades, possibilidades e tendências, em termos de ensino de função para, a partir daí, definir princípios e diretrizes para o Ensino de Função e isso ser traduzido sob a forma de um produto de ensino a ser apresentado como proposta de ensino do tema Função, mais especificamente, Função Afim. Para isso, após breve descrição de minha trajetória de formação, proponho um estudo reflexivo sobre a construção histórica do tema Função, sobre propostas de ensino de Função presentes em livros didáticos, resultados de estudos sobre o tema e sobre práticas de professores a partir de suas falas, considerando a problemática da pesquisa que se detém sobre as dificuldades de ensino e aprendizagem no nível médio relativo ao tema Função e finalizo estabelecendo princípios para o Ensino de Função e materializando esses princípios em Cadernos para o Ensino de Função, destinado a professores que atuam com o tema. A pesquisa, de caráter qualitativo, é fundamentada em Garnica (2004) e foi definida em duas etapas, com a primeira, de cunho bibliográfico, se configurando como diagnóstica, de caráter descritivo e realizada em três momentos, sendo finalizada através de um estudo do tipo estado da arte, fundamentado em Fiorentini e Lorenzato (2006). Na segunda etapa, a pesquisa se configura na modalidade narrativa, com a utilização da entrevista compreensiva, na perspectiva de Kaufmann (1996), na descrição delas, de acordo com Moraes & Galiazzi (2007) e na sua análise, a partir de categorias emergentes denominadas por Moraes (2003). As duas etapas possibilitaram a identificação de princípios para o ensino de Função, quais sejam: O processo de ensino e aprendizagem do tema Função deve ter como referência primeira os conhecimentos prévios dos alunos em relação à temática; A compreensão deve preceder a formalização; A proposição de atividades introdutórias ao Ensino de Função deve ter como referência a realidade dos alunos; A participação dos alunos na sua aprendizagem é condição necessária, de modo a torná-la um processo pessoal em que o aprender se transforme em fazer matemática; A abordagem das atividades precisa se dar de forma ampla e permitir a conexão com outras áreas de conhecimento e A diversidade na adoção de Tendências Metodológicas deve ser uma característica da Prática Pedagógica. Os princípios foram, então, tomados como as referências principais para a elaboração de uma proposta de ensino de Função denominada de Cadernos para o Ensino de Função, destinada a professores que atuam com o ensino do tema, no qual se destaca a compreensão conceitual de Função, a partir de atividades relativas ao cotidiano, na formalização gradual da temática e na consolidação da aprendizagem. Palavras
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RODRIGO PINHEIRO VAZ
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SENTIDOS E SIGNIFICADOS DE ELETROMAGNETISMO: A relação entre eletricidade e magnetismo situados em uma perspectiva histórica compreendida no período de 1820 a 1831
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Data: 26/06/2017
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A discussão sobre eletricidade, magnetismo e a relação entre eles é fundamental para compreender o desenvolvimento do eletromagnetismo, bem como é a base para o funcionamento de algumas máquinas e situações do cotidiano. Entretanto, pesquisas indicam que estudantes dominam pouco esse assunto. Considerando esse contexto, esta pesquisa trata de investigar sentidos e significados sobre a relação entre eletricidade e magnetismo, visando desenvolver conceitos relacionados aos fenômenos eletromagnéticos, situados no período entre 1820 a 1831. Assumindo a orientação teórica e metodológica da pesquisa que utiliza autores como Carvalho (2000), Mortimer (2002), Vygotsky (2001), Gil-Perez (1996) e Martins (2004) foi proposta um sequência de ensino investigativo – que aborda o desenvolvimento de noções sobre fenômenos elétricos e magnéticos, em particular da relação entre esses fenômenos fundamentados na história da ciência, situada no período de 1820 a 1831, para estudar sobre o desenvolvimento do eletromagnetismo –, desenvolvida com uma turma do curso de Física da disciplina Instrumentação para o Ensino da Física I, totalizando 11 estudantes. A realização da sequência ocorreu em 2 (dois) encontros respectivos aos dias da disciplina. Os materiais produzidos nos encontros foram: vídeos, textos e áudios. Esse material foi analisado segundo Mortimer &Scott (2002) e Vygotsky (2001). Os resultados indicam que os sujeitos da pesquisa conseguiram construir sentidos muito próximos dos significados relacionados aos conteúdos apresentados. Também ficou evidente a necessidade de se utilizar episódios da história da ciência em aulas de ciências, tendo em vista o desconhecimento sobre grande parte dos experimentos históricos e sua importância na compreensão do fenômeno abordado. Uma avaliação da sequência e sua potencialidade no ensino são sugeridas nas possibilidades que advém de seu desenvolvimento em sala de aula, conferindo ao professor uma ferramenta didática que se apresenta como ponto de partida para novas experiências docentes.
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MARIA ELIANA SOARES
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EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E EDUCAÇÃO DE SURDOS: (re) constituição de memórias na educação inclusiva
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Data: 24/05/2017
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Impulsionada pela indagação: Quais as percepções de estudantes surdos sobre o processo de ensino-aprendizagem matemática, diante dos desafios da comunicação em sala de aula? Trato neste estudo das minhas “vivências e aprendências” durante duas décadas, na educação básica, na perspectiva da Educação Inclusiva. A relevância em refletir minha própria prática é pela necessidade de protagonizar minha docência na educação inclusiva, pois ao desconhecer o assunto às vezes me fiz ausente, e até conivente diante de minhas limitações com a surdez, segregando e excluindo sem me dar conta disso. Sob uma luz de curiosidade, o enredo docente objetiva analisar as percepções de estudantes surdos sobre o ensino-aprendizagem matemática, considerando a complexidade da comunicação em sala de aula, para o qual volto-me para o ensino-aprendizagem de Matemática para a educação cidadã, a partir de uma investigação científica escolar, na perspectiva da alfabetização científica sobre educação matemática e educação de surdos, visando reflexões teórico-metodológicas que contribuam para práticas pedagógicas inclusivas e futuros estudos nesta área. Teorizo minha história docente, a partir da pesquisa qualitativa na modalidade narrativa (auto) biográfica, na qual narro situações vividas em diferentes contextos da educação básica, considerando as nuances da realidade do ensino regular e a complexidade da educação inclusiva, tendo como ilustração cinco participantes surdos a partir da relevância de suas memórias recheadas de subjetividades. Para interpretá-las, busquei apoio nos parâmetros da hermenêutica; da teoria sócio-histórico de Vygotsky, que trata do pensamento e linguagem numa relação intrínseca entre o homem e a sociedade; da objetivação cultural de Radford, que apresenta a formação do homem num processo cíclico a partir dos aspectos culturais, e da Semiótica de Peirce, que apresenta o processo da semiose para a construção das ideias; e ainda das teorias que discutem a educação matemática e a educação de surdos. Para o registro das informações sobre o objeto em estudo, utilizei como instrumento investigativo a entrevista semiestruturada videogravada e observações in lócus, e para a análise do material empírico utilizei-me da Análise Textual Discursiva, considerando os eixos: 1- O contexto social no processo comunicativo da educação matemática; 2 - As interfaces da comunicação na educação matemática; 3 - Elementos que limitam a aprendizagem matemática; 4 - Aspectos potencializadores da aprendizagem matemática. O enredo analisado revelou-me que, embora exista uma legislação que ampara a educação para a inclusão do estudante surdo, as práticas educativas (familiares e escolares) distanciam-se desse ideal, uma vez que as pessoas surdas ainda são vítimas de uma invisibilidade social. As percepções dos protagonistas denunciam a falta de sensibilidade tanto de pais quanto de educadores sobre o respeito à cultura surda, cujos resultados canalizam para a necessidade de formação não apenas no sentido acadêmico, mas também no sentido prático, que perpassa pelo aspecto cultural e porque não dizer ideológico, eis a necessidade de uma reformulação curricular na formação de professores. Como contributo deste estudo para a sociedade, será disponibilizado um material digital orientativo, no qual os próprios estudantes surdos participantes da pesquisa sugerem aos professores de matemática para melhorar suas práticas.
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RIDER MOURA DA SILVA
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ARGUMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS E TEMAS CONTROVERSOS: POSSIBILIDADES PARA PENSAR A EMBRIOLOGIA NAS AULAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
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Data: 24/05/2017
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A embriologia é um tema presente nas aulas do ensino fundamental e médio e suas possibilidades em apresentar e promover discussões relacionadas ao desenvolvimento dos vertebrados justificaria sua importância na formação básica. A abordagem, contudo, pode ser notoriamente enfadonha, tanto para professores, quanto para os alunos, sobretudo, ao pautar o ensino na aprendizagem mecânica de conceitos. A presença da ―embriologia‖ no material didático, comumente não relaciona questões inerentes ao processo de construção de saberes ou de suas controvérsias. Nessa perspectiva, defendemos a possibilidade de que professores de ciências e biologia desenvolvam com seus alunos práticas docentes baseadas na argumentação e na discussão de temas controversos relacionados ao desenvolvimento embrionário. A argumentação é particularmente importante no ensino de ciências, partindo do princípio de que a investigação científica gera e justifica a produção de conhecimento, além de possibilitar articulações com outros sistemas de pensamento na compreensão dos fenômenos naturais e das interações sociais e culturais. O desenvolvimento embrionário e particularmente, o da espécie humana, viabiliza e subsidia o entendimento das causas de malformações congênitas, das interações e dos cuidados no processo de formação e progressão do embrião, das possibilidades ou impossibilidades de tratamentos terapêuticos a partir de células embrionárias e ainda oportuniza discussões no âmbito da filosofia das ciências biológicas os definidores de início e fim da vida. Consideramos relevante a inovação de práticas docentes ao abordar a embriologia, amplamente discutida na atualidade e evidenciada na mídia em aspectos que se estendem da gravidez na adolescência ao desenvolvimento biotecnológico, como a pílula do dia seguinte, a utilização das células tronco embrionárias, os métodos cirúrgicos para esterilização entre outros. O ensino de ciências é um local fértil para práticas que garantam, a partir de ações contextualizadas e distantes da mera comprovação de conceitos, uma formação intelectual coadunada à contemporaneidade e que forme pessoas que tenham a capacidade de lidar com questões socialmente significativas. A argumentação no ensino de ciências por meio de temas controversos é uma perspectiva que não deve ser negligenciada em assuntos como o desenvolvimento embrionário, com efeito, é possível pensar no empreendimento em pesquisas na área de ensino que resultem na produção de materiais didáticos relacionados às demandas atuais e que articulam cada vez mais os saberes científicos, a organização social e as proposições legislativas.
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DENIZE RODRIGUES MARTINS
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EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO DE SURDOS: Explorando possibilidades em aulas de Física
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Data: 17/05/2017
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O objetivo desta pesquisa foi estudar os fatores que mais se destacaram no envolvimento de um estudante surdo em uma proposta de ensino de conceitos básicos de física. Esse estudante surdo está incluído numa turma do 1º ano do ensino médio de uma escola localizada no município de Abaetetuba/Pa. Esta pesquisa apresenta delineamento qualitativo, norteada pela pesquisa-ação, onde os principais envolvidos no campo de pesquisa foram a pesquisadora (professora), uma intérprete, o estudante surdo e os estudantes ouvintes. Os dados foram produzidos por meio de entrevistas, observação participante das aulas de física e um jogo de tabuleiro, esse último foi confeccionado em parceria com bolsistas do projeto PIBID/FÍSICA/ABAETETUBA-PA, e teve por finalidade rever os conceitos estudados em aulas anteriores e identificar se a estratégia utilizada por mim (professora regente da turma) proporcionou aprendizado para o estudante surdo. Para a análise dos dados foi utilizado a Análise Textual Discursiva, por meio da qual emergiram três categorias de análise: Obstáculos durante a interpretação do português para a Libras; Indícios de aprendizagem do estudante surdo; e Desafios da Docência: entre angústias e conquistas. Os resultados apontaram que o uso: do português sinalizado associado a imagens, a Libras, ao português escrito, aos sinais caseiros e ao jogo; auxiliaram o processo de ensino e aprendizagem, mas não foram suficientes, destacando-se como necessário um trabalho colaborativo entre todos os profissionais da escola. Espera-se a partir desta pesquisa apontar a importância do professor conhecer o mínimo da Libras para, em um trabalho colaborativo, incluir o estudante surdo na sala de aula dita regular. Em relação ao produto foi construído um livreto com algumas orientações para professores que trabalham com estudante surdo.
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WILLA NAYANA CORREA ALMEIDA
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A ARGUMENTAÇÃO E A EXPERIMENTAÇÃO INVESTIGATIVA NO ENSINO DE MATEMÁTICA: O PROBLEMA DAS FORMAS EM UM CLUBE DE CIÊNCIAS
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Data: 05/05/2017
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O presente estudo objetiva analisar as contribuições das intervenções da professora-monitora para o surgimento e desenvolvimento da argumentação entre discentes participantes do Clube de Ciências “Prof. Dr. Cristovam W. P. Diniz”, durante uma atividade experimental investigativa sobre os conceitos introdutórios de área e perímetro. O mesmo emergiu das reflexões da pesquisadora durante suas experiências pessoais e profissionais na sala de aula, e que contribuem para a constituição de nossa identidade como educadora de Matemática. À vista disso, aplicamos uma sequência de ensino baseada nas etapas da experimentação investigativa, na qual identificamos, em nossas intervenções como professora-monitora, os propósitos pedagógicos e epistemológicos expressados para favorecer a argumentação entre os estudantes. Em relação às falas dos educandos, procuramos verificar no processo argumentativo tanto os elementos e a estrutura de acordo com o Padrão de Toulmin (2001), bem como as operações epistemológicas apresentadas pelos alunos que expressassem as relações ocorridas durante a construção do conhecimento matemático. A pesquisa se caracteriza como qualitativa, na qual utilizamos como instrumentos de constituição de dados as videogravações, fotografias, gravações de áudio e notas de campo, com posterior transcrição das falas dos sujeitos. Para interpretação das informações levantadas, optamos em utilizar a Análise de Conteúdo. O espaço investigado é considerado um ambiente alternativo destinado ao ensino, pesquisa e extensão de ações didáticas voltadas às Ciências e Matemáticas. Os discentes participantes foram quatro alunos do quinto ano e três do sexto ano, totalizando sete sujeitos. Durante as análises realizadas foi possível identificar, em cada um dos episódios considerados mais proeminentes, que nossas intervenções como professora-monitora tiveram grande relevância, já que a partir dos propósitos pedagógicos e epistemológicos desenvolvidos foi possível organizar e guiar a atividade investigativa de maneira que a mesma auxiliasse no surgimento da argumentação e na construção do conhecimento matemático. Verificamos que surgiram organismos argumentativos de acordo com o padrão de Toulmin, sendo constituídos de dados (D), conclusão (C), garantia (W), apoio (B), qualificador modal (Q) e refutação (R). Em relação às operações epistemológicas apresentadas pelos alunos no desenvolvimento da argumentação, percebemos que surgiram diversas formas de ação e pensamento, sendo exploradas principalmente a dedução, a indução, a causalidade, a definição, a classificação, o apelo a analogias e atributos, consistência com experiência e a plausibilidade. O produto final gerado pela pesquisa consiste em um vídeo orientativo que explicita as etapas da experimentação investigativa e evidencia a postura do educador para o surgimento e desenvolvimento da argumentação entre os estudantes.
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IEDA CLARA QUEIROZ SILVA DO NASCIMENTO
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INTRODUÇÕES AO SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL A PARTIR DE UM SOFTWARE LIVRE: um olhar sócio-histórico sobre os fatores que permeiam o envolvimento e a aprendizagem da criança com TEA
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Data: 12/04/2017
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Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm proporcionado grandes desafios para o processo formativo dos professores que atuam com as mesmas na educação básica, os quais são instigados a descobrir como envolvê-las nas atividades propostas, desencadeando vínculos que fortalecerão o processo de aprendizagem e de interação com a turma, construindo estratégias que oportunizem ampliar o conhecimento e potencializem o aprendizado acerca dos conteúdos trabalhados no cotidiano de sala de aula. A pesquisa foi desenvolvida no Laboratório de Educação Inclusiva do Instituto de Educação Matemática e Científica da Universidade Federal do Pará(UFPA) e teve como objetivo analisar os indícios de envolvimento e de aprendizagem da criança diagnosticada com TEA, durante aulas que introduzem o Sistema de Numeração Decimal (SND), considerando as contribuições da teoria sociocultural, procurando respostas para “quais fatores se destacam no envolvimento e na aprendizagem de uma criança com TEA em atividades que introduzem o SND, sob o olhar da teoria sociocultural?” A fundamentação teórica, apoiada nos tratados da defectologia de Vygotsky, e a ênfase dada por diversos autores que discorrem sobre o processo de desenvolvimento e aprendizagem fundamentados na teoria sócio-histórica, respaldam a forma própria de como aprendem e se desenvolvem as pessoas com deficiência. A metodologia proposta apresenta um estudo de caso das situações de aprendizagem de uma criança com autismo, do 3º ano do ensino fundamental que em um ambiente virtual, utilizando um software livre, constrói respostas sobre assuntos que introduzem o SND. O envolvimento apresentado pelo educando do início ao término da pesquisa, repercute os caminhos reflexivos oportunizados pela Tecnologia Informática (TI), nos quais o cotidiano, dos diversos matizes que se inserem o ambiente, a cultura e a vida, possibilita o entrelaçamento de um contexto que permite analisar um ensino de matemática distanciado dos programas prontos e inertes descaracterizados de ações da vida cotidiana, e reafirma um ensino de matemática próximo da realidade do educando capaz de proporcionar prazer e envolvimento durante a construção das atividades propostas.
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IRAN ABIB VALENTE DA SILVA
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O USO DO DINHEIRO COMO RECURSO SUSTENTÁVEL: Uma reflexão para a educação financeira cidadã
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Data: 11/04/2017
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A educação financeira no Brasil é algo que pode ser considera novo para a maioria. Não é hábito dos brasileiros fazer planejamentos financeiros, falar sobre dinheiro, principalmente quando o assunto envolve criança. A ausência da noção básica de dinheiro pode atrapalhar a vida financeira da criança por toda sua vida. Ela pode se formar ser um excelente profissional, ganhar muito dinheiro, porém, não conseguir administrar sua vida financeira, porque no seu berço não foi transmitido tal informação. Assim sendo, uma de nossas responsabilidades como educadores e pais, é deixar um legado sadio às nossas crianças no que diz respeito ao assunto sobre finanças. Para que isso aconteça, devemos primeiramente aprender e praticar esse conhecimento diariamente em nossa vida, dando-lhes exemplos de viver dignamente bem hoje, para que gerações futuras sejam alcançadas nessa prática. No entanto, essa mudança não é fácil, porque vivemos em um país, cuja cultura não está alicerçada nos fundamentos do consumo necessário, mas na ideologia do consumismo, que é um hábito mental forjado que se tornou uma das características culturais mais marcantes da sociedade atual. Isso trouxe uma inquietude no modo de agir das pessoas, ou seja, o ato do consumo perde sua característica fundamental, que é o de suprir as necessidades básicas e, passa a ser uma questão de poder e conquista. Hoje, todos que são impactados pelas mídias de massa são estimulados a consumir de modo inconsequente principalmente o público infantil, pois são mais vulneráveis. Nesse sentido, o consumismo infantil é uma questão urgente, de extrema importância e interesse geral. Se continuarmos agindo assim com nossas crianças estará ensinando-as a passar adiante horror e vergonha. Talvez, isto tenha sido o motivo de que ainda somos considerados analfabetos financeiros, devido não sabermos lidar com o dinheiro. Precisamos ampliar a contribuição da educação financeira, utilizando-a para despertar a atenção das pessoas para a importância de suas decisões cotidianas, tanto para seu próprio futuro e atual bem-estar, quanto para a sustentabilidade da sociedade e do meio ambiente. Essa questão relaciona-se intimamente com a essência do uso sustentável do dinheiro, nos dias atuais, por isso, faz sentido provocar a reflexão das pessoas sobre os reais motivos, que as levam a compreender essa prática sustentável, relacionadas ao bem-estar pessoal, familiar e de sua comunidade, a qual é fundamental a cada um de nós.
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MARIA JOSÉ LOPES DE ARAÚJO
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PRÁTICAS INVESTIGATIVAS E WEBQUEST: construindo interfaces para o ensino sobre tratamento da informação para além do paradigma do exercício
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Data: 11/04/2017
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A investigação em foco aconteceu no âmbito da formação continuada de professores que ensinam Matemática nos anos iniciais do ensino fundamental no município de Marabá (PA). Esta pesquisa qualitativa (DESLAURIERS e KÉRISIT, 2008) na modalidade narrativa (CLANDININ e CONNELY, 2011), se baseia nas experiências formativas de professores quando envolvidos em momentos que privilegiam a tríade Tratamento da Informação - Práticas investigativas - Tecnologias digitais para lidar com o ensino sobre as noções básicas de estatística. Busco responder a questão de pesquisa: Em que termos práticas investigativas utilizando Webquest contribuem para a formação docente no âmbito do ensino nos anos iniciais sobre Tratamento da Informação? Objetivo na condição de professora, formadora e pesquisadora, investigar o ensino sobre Tratamento da Informação, utilizando Webquest, a fim de possibilitar reflexões e novas aprendizagens acerca desse componente curricular. Participaram dessa pesquisa 04 professores pedagogos, que foram selecionados previamente segundo os critérios: i) adesão à proposta de formação; ii) disponibilidade de participação dos encontros formativos; iii) ter participado de formação continuada em outros momentos e iv) já ter lecionado no 4º e/ou 5º ano do ensino fundamental. Os momentos formativos se articularam em duas grandes etapas compostas por 3 encontros cada um. Foi elaborada uma Webquest composta por tarefas investigativas, conforme estabelece Ponte (2004) para lidar com o ensino sobre noções básicas de estatística na perspectiva de simetria invertida, em que os professores na condição de estudante refletem sobre o ensino e as proposições advindas dele. Além da Webquest, foi elaborado um “Guia de Orientação Didática” para o Professor/Formador contendo orientações para o uso da Webquest, sugestões para pesquisas e consultas para maiores informações e ampliação das potencialidades dessa prática pedagógica. A Webquest se constitui como produto educacional oriundo da pesquisa desenvolvida e como subproduto, o guia. Optei pelos instrumentos investigativos: questionário, entrevista semi-estruturada e registros de áudios e vídeos. Rastreando novas compreensões do fenômeno educativo investigado, utilizei a Análise Textual Discursiva conforme preconiza Moraes e Galiazzi (2011). Do material empírico dei forma a dois eixos analíticos: i) Olhares docentes acerca do ensino sobre o tratamento da informação; ii) Práticas docentes em tratamento da informação. A análise revela que os professores atribuem os significados de que para ensinar é preciso conhecer o conteúdo matemático, o ensino da matemática se configura pela maneira como foi aprendido e pelas experiências de formação e docência, expressam ainda que o ensino sobre Tratamento da Informação deve ser assumido como um compromisso social, assim é possível propiciar aos discentes uma formação mais estatisticamente letrada. Além disso, os professores expressam que a experiência formativa possibilitou novas e/outras reflexões acerca do vivido, destacando a relevância das práticas investigativas na promoção de atitudes de interação e valorização dos sujeitos da aprendizagem no ambiente educativo. Outro aspecto apontado foi a importância do uso de situações cotidianas, pois elas potencializam as investigações e ampliam a visão interdisciplinar da educação estatística. O uso de tecnologias digitais em momentos formativos, mobiliza e amplia os conhecimentos estatísticos. Há o reconhecimento de que é preciso formar-se continuadamente para ensinar sobre Tratamento da Informação.
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GILMA FAVACHO AMORAS SOARES
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ENSINO DE CIÊNCIAS POR INVESTIGAÇÃO: Um desafio à formação dos professores dos anos escolares iniciais
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Data: 11/04/2017
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Esta é uma pesquisa-formação, de natureza qualitativa, na modalidade narrativa, organizada a em encontros formativos, os quais denomino fóruns de formação, como contributos para a formação continuada de professores em exercício da docência nos anos escolares iniciais, tendo em vista o ensino de ciências por meio de práticas investigativas. O papel do professor nessa proposta de ensino é fomentar o questionamento, a argumentação, a comunicação, conduzir perguntas, estimular e propor desafios a si mesmo e aos alunos. O cenário desta pesquisa é uma escola da rede estadual de ensino, na qual trabalho há 12 anos. A motivação para realizá-la advém da minha inquietação como formadora de professores, pela constatação em minha prática de que os professores participantes ensinavam Ciências pautados, principalmente, nos conteúdos apresentados nos livros didáticos, o que me levava a crer que seria importante proporcionar discussões, a partir de proposta reflexiva de ensino que colocasse o aluno como sujeito da sua própria aprendizagem. Propus a eles um trabalho formativo colaborativo, no qual objetivo investigar, para compreender, em que termos a formação docente na Escola, a partir do ensino por investigação, contribui para formação do professor que ensina ciências nos anos iniciais. Esta pesquisa envolveu três professores que ensinavam, naquele momento, para o 3º, 4º e 5º anos. Utilizei como instrumentos para ao construção dos dados: questionário, entrevista, diário de campo, registros em áudio, produções individuais e coletivas. Observamos que a partir das discussões ocorridas nos fóruns de formação, os professores atribuíram novos significados às suas práticas em sala de aula, passando a propor atividades de ensino por meio de práticas investigativas, proporcionando participação ativa dos estudantes na construção do conhecimento e mostrando-se mais satisfeitos com a própria prática docente. Sendo assim, a pesquisa em questão é relevante, por investir na realização de fóruns de formação proporcionando aos docentes de uma Escola Pública, inovação em suas práticas mediante o incentivo à participação do aluno em sua própria aprendizagem. No percurso dos fóruns de formação, cada vez mais observava os professores envolvidos no contexto das discussões, sinalizando “abertura” para mudanças em seu trabalho. A formação continuada contribuiu com os participantes para avançar em seu processo de construção do conhecimento e desenvolvimento profissional e pessoal, evidenciado em suas narrativas, ao expressarem mudanças no modo de ver, sentir, pensar e expressar-se, diante da constatação do sentimento de inconformidade provocado no decorrer da formação continuada vivida no contexto da escola. Encartado a esta dissertação, encontra-se um vídeo elaborado em conjunto com os professores participantes que contém os procedimentos da pesquisa-formação, em termos gerais, e as aprendizagens relatadas por eles durante o processo de formação continuada, foco desta pesquisa.
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