Dissertações/Teses

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2023
Descrição
  • VICTOR CEZAR GOMES MELO
  • CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE PACIENTES DIAGNOSTICADOS CLINICAMENTE COM SÍNDROME DE RETT NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 07/12/2023
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  • Introdução: A síndrome de Rett (RTT) é uma doença rara que afeta principalmente pessoas do sexo feminino e é a segunda causa de deficiência intelectual em meninas e evolui com regressão de habilidades aprendidas após 6 a 18 meses do nascimento, sendo classificado em RTT típico e RTT atípico que guardam certa relação com o
    gene afetado e este último tende ser mais grave. A causa etiológica de atraso do desenvolvimento neuropsicomotor com a presença de convulsão e deficiência intelectual pode ser causada por diversas variantes genéticas patogênicas, principalmente no gene MECP2 em meninas. Objetivo: Realizar estudos moleculares
    em amostra de pacientes com características clínicas de RTT. Materiais e métodos: As amostras foram provenientes do Serviço de Referência em Doenças Raras do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS) no período de 2017 a 2019, posterior a aprovação no comitê de ética em pesquisa. Foi realizado o diagnóstico clínico pelos critérios de Neul et al, 2010, escala de severidade de Kerr e a confirmação molecular via sequenciamento pela metodologia de Sanger dos éxons 3 e 4 do gene MECP2 tanto dos pacientes quanto dos pais (33 no total). O programa Biostat 5.3. foi o pacote estatístico para avaliar a gravidade e a relação fenótipo
    genótipo, tomando com significância p < 0,05. Resultados: 17 pacientes tiveram impressão diagnóstica clínica de RTT, 15 meninas e 2 meninos; a média da idade no diagnóstico para a forma típica foi de 7,8 anos (DP=+2,1) e a atípica de 3,8 anos (DP=+3,8). Em três meninas foram encontradas variantes patogênicas no gene MECP2: 01 com p.Arg168* e 02 com p.Arg294*. O teste exato de fisher não foi significativo (p=0,20) para verificar diferença entre o achado da mutação e a forma clínica; não houve diferença significativa entre os tipos clínicos e a gravidade dos sintomas de acordo com o teste de Mann-Whitney U (p=0.23). Foi observada uma
    elevada frequência (0,38) da variante benigna rs3027928 nos pacientes, incluindo seus pais, sendo  significativamente maior (p< 0.0001) que a frequência encontrada na América Latina (0,03). Esta variante também não foi associada ao quadro clínico das pacientes (OR=1,3). Conclusão: Foi possível estabelecer um método diagnóstico in house para diagnóstico molecular de meninas com deficiência intelectual, útil para
    determinar a prevalência, prognóstico e melhor acompanhamento de casos com síndrome de Rett. Além disso, a presente metodologia pode beneficiar o diagnóstico molecular de variantes patogênicas no gene MECP2 de futuros pacientes com suspeita de apresentar Síndrome de Rett. Tal procedimento será útil para o
    aconselhamento genético de famílias em risco.

  • RITA DE CASSIA CALDEIRARO COELHO
  • PERFIL MOLECULAR DAS VARIANTES POTENCIALMENTE ASSOCIADAS COM AS FORMAS SEVERAS DA COVID-19 EM POPULAÇÕES INDÍGENAS DA AMAZÔNIA

  • Data: 27/11/2023
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  • A doença do coronavírus 2019 (COVID-19) é uma doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, podendo ser transmitida principalmente, por vias aéreas. Em razão da diversidade nas manifestações clínicas, a COVID-19 é considerada uma doença sistêmica, por comprometer vários órgãos e sistemas do corpo humano com sintomas que podem variar em assintomáticos a graves, podendo evoluir para óbito. Em virtude do aumento da cobertura vacinal e da disponibilização de novas vacinas no sistema de saúde, foi declarada o fim da emergência global da COVID-19. Apesar da atual estabilidade nas taxas de incidência e mortalidade pela doença, a sua progressão trouxe impactos negativos em todo o mundo. Muitos estudos de investigação do genoma amplo vem sendo desenvolvidos, como forma de compreender a relação de fatores genéticos com a gravidade da COVID-19. Contudo, a maior parte dessas investigações centram-se em países de origem europeia e asiática, que apresentam um perfil genético bem diferente das populações indígenas da Amazônia brasileira, evidenciando a necessidade de estudos que busquem maior compreensão do comportamento da COVID-19 nesses povos originários. Portanto, esse estudo tem como objetivo investigar variantes genéticas exclusivas da população indígena e compreender o perfil genético único dessa população, abrindo caminhos para estudos futuros em indígenas e contribuindo para a saúde desses povos.

  • LISANDRA DUARTE NASCIMENTO
  • EXTRATO AQUOSO DE CORIANDRUM SATIVUM (EACS) ATENUA OS DISTÚRBIOS DE CONDUÇÃO CARDÍACA PELA MELHORA NO REMODELAMENTO VENTRICULAR E MODULAÇÃO DO SISTEMA REDOX E ATIVIDADE DE MMP-2 ATIVA EM RATAS EXPOSTAS AO METILMERCÚRIO

  • Data: 22/09/2023
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  • A exposição humana ao metilmercúrio (MeHg) resulta no aumento de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, possivelmente associado ao estresse oxidativo e alterações epigenéticas em proteínas, como as metaloproteinases da matriz (MMPs). O Coriandrum sativum, popularmente conhecido como coentro, é uma planta amplamente utilizada na culinária que possui atividade antioxidante e potencial efeito cardioprotetor. Desta forma, buscou-se identificar se o Extrato Aquoso de Coriandrum sativum (EACS) é capaz de proteger contra os efeitos deletérios do MeHg no coração de ratas intoxicadas no período gestacional e lactacional pela modulação no sistema redox e sobre as MMPs. Realizamos eletrocardiograma, morfometria, avaliação do sistema redox, e atividade de MMP-2 no coração. O grupo MeHg induziu redução da frequência cardíaca bloqueio atrioventricular de primeiro grau e distúrbio de condução ventricular, associados a diminuição do diâmetro do miócito, espessura da parede do VE, do septo interventricular e aumento no conteúdo de colágeno, desbalanço redox, demonstrado pelo aumento dos níveis de nitrito e peroxidação lipídica, com redução de GSH, CAT e SOD, e elevação da atividade de MMP-2 ativa. O EACS em animais expostos ao MeHg inibiu significativamente as alterações elétricas induzidas pelo metal. Simultaneamente, estes animais mantiveram as medidas morfométricas (Diâmetro miócito; espessura da parede do ventrículo esquerdo; espessura da parede do septo; conteúdo de colágeno), as medidas do sistema redox, e atividade de MMP-2 ativa similar ao Grupo Controle. Concluímos que o EACS foi capaz de atenuar os distúrbios de condução cardíaca pela melhora no remodelamento ventricular, redução de fibrose e modulação de MMP-2 ativa, através da manutenção do estado redox, bloqueando os efeitos deletérios do MeHg no coração.

  • AMANDA DO NASCIMENTO RODRIGUES
  • EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO AERÓBICO DE INTENSIDADE MODERADA SOBRE PARÂMETROS BIOQUÍMICOS E MORFOLÓGICOS DA MEDULA ESPINAL DE RATOS EXPOSTOS AO ETANOL NO MODELO BINGE DRINKING.

  • Data: 27/06/2023
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  • O etanol (EtOH) é uma droga psicotrópica, lícita, porém bastante aceita e consumida em grande parte do mundo, configurando um problema de saúde pública e individual. Entre os adultos jovens, o padrão mais comum de consumo é o binge drinking, sendo considerado consumo de fim de semana, podendo ocasionar alterações biopsicossociais e riscos iminentes de vida. Desta forma, objetivamos investigar os efeitos do treinamento físico de intensidade moderada, em esteira ergométrica para ratos, sobre os efeitos deletérios do EtOH na medula espinal. Para tal finalidade, foram utilizados 60 ratos Wistar machos com 90 dias de vida, divididos em quatro grupos experimentais: Grupo controle; Grupo treinado (animais treinados e tratados com água destilada); Grupo etanol (animais não treinados e tratados com doses de 3g/kg/dia de etanol, 20% p/v); e grupo etanol + treinado (animais treinados e expostos ao etanol). O exercício físico foi realizado em esteira rolante durante 5 dias por semana durante 4 semanas e todas as doses de EtOH e água destilada foram administradas por gavagem intragástrica (três dias por semana) em quatro ciclos de binge. Após o término do protocolo experimental, os animais foram eutanasiados para a coleta da medula espinal, avaliando os níveis da capacidade antioxidante equivalente ao Trolox (TEAC), conteúdo da glutationa reduzida (GSH) e peroxidação lipídica (LPO); como também a análise morfológica pela contagem de neurônios motores (NM). Nossos resultados demonstraram que o EtOH causou estresse oxidativo (EO) e dano oxidativo na medula espinal, o treinamento físico moderado minimizou as alterações induzidas pelo EtOH mediante a restauração dos níveis de GSH, entretanto, não podemos afirmar que houve neuroproteção em relação aos neurônios motores (NM) da medula espinal. O treinamento físico não preveniu a redução da densidade de NM no segmento cervical neste padrão de consumo - binge drinking, e não foram encontradas diferenças marcantes nos segmentos torácico e lombar. Portanto, estudos futuros e outras técnicas metodológicas serão necessários para esclarecer melhor essa questão da densidade de NM neste protocolo de treinamento físico moderado associado ao padrão de consumo de EtOH - binge drinking.

  • LUAN OLIVEIRA FERREIRA
  • G1, AGONISTA GPER, MELHORA OS DESFECHOS NEUROLÓGICOS E HISTOPATOLÓGICOS EM MODELO MURINO DE ISQUEMIA CEREBRAL

  • Data: 06/06/2023
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  • O acidente vascular encefálico (AVE) é uma das principais doenças cerebrovasculares e é responsável pela maioria dos prejuízos funcionais na população idosa. Descobertas recentes instituíram o eletroencefalograma (EEG) como parte da avaliação complementar e prognóstica. O presente estudo descreve as alterações eletroencefalográficas, comportamentais e histológicas que ocorrem após isquemia cerebral associada ao tratamento por G1, agonista do receptor de estrogênio acoplado à proteína G 1 (GPER1). Nesse sentido, o tratamento com G1 atenuou os déficits neurológicos induzidos pelo AVE isquêmico a partir do segundo dia e reduziu o tamanho da área de infarto. O tratamento com G1 também melhorou a potência total das ondas cerebrais, bem como a atividade das ondas teta e alfa especificamente, e restaurou a potência da banda delta para níveis semelhantes aos observados nos grupos de controle. Além disso, o tratamento com G1 também foi capaz de atenuar os picos de atividade lesiva observados nos índices de EEG, além de reduzir a área infarto e preservar os neurônios das camadas corticais. Essas melhorias nas atividades das ondas cerebrais indicam que o GPER1 desempenha um papel fundamental na mediação da lesão cerebral e no resultado comportamental da lesão cerebral isquêmica, sugerindo que o tratamento com G1 pode ser uma estratégia armacológica para a terapia do AVE no futuro.

  • MARY LUCY FERRAZ MAIA
  • USO DE CETAMINA COMO SEDOANALGESIA E SUA REPERCUSSÃO CLÍNICO-COMPORTAMENTAL EM PACIENTES PEDIÁTRICOS CRITICAMENTE DOENTES.

  • Data: 30/05/2023
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  • O desenvolvimento do sistema nervoso central (SNC) é vulnerável a estímulos tais como drogas psicotrópicas. Processos de sedação durante o período de desenvolvimento são frequentes em unidades de terapia intensiva (UTI), nas quais o uso do agente sedativo ainda é um desafio para a equipe da UTI. A cetamina tem sido indicada para sedação em crianças criticamente enfermas com instabilidades hemodinâmicas e ventilatórias, mas as possíveis consequências neurocomportamentais relacionadas a esse uso ainda são incertas. Este trabalho investigou as análises bioquímicas e as alterações comportamentais em paciente pediátrico grave submetido à sedação com cetamina em uma UTI pediátrica. Para isso, foram selecionados o grupo submetido à sedação por cetamina (grupo teste) por 5 dias e o grupo controle foram aqueles pacientes submetidos à sedação por outros agentes não cetamina. Foram analisadas as escalas Comfort Behavioral Scale (Comfort-B), Withdraw
    Assessment Tool 1
    (Wat-1) e Cornell Assessment of Pediatric Delirium (CAPD). Amostras de sangue também foram coletadas para avaliações bioquímicas de sódio, potássio, uréia e creatinina. Os resultados mostraram que as crianças submetidas ao protocolo de cetamina apresentaram maiores escores de sedação na escala Comfort-B, refletindo a necessidade de anestésicos em doses mais altas indicando a presença da síndrome de abstinência mais difícil de controlar. Além disso, na escala CAPD para identificar delirium, os grupos de cetamina também apresentaram escores mais altos com alterações reativas de delirium. Todas essas alterações comportamentais foram acompanhadas por um aumento no potássio total plasmático, que é indicativo de distúrbio hidroeletrolítico. Esses dados juntos demonstram os riscos comportamentais e bioquímicos relacionados ao protocolo de sedação com cetamina em crianças criticamente enfermas durante o período de neurodesenvolvimento.

  • KÍSSILA MÁRVIA MATIAS MACHADO FERRARO
  • REPERCUSSÕES COMPORTAMENTAIS EM LONGO PRAZO DA CETAMINA COMO SEDATIVO NA TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA: MODELO EXPERIMENTAL IN VIVO

  • Data: 28/04/2023
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  • A cetamina é usada clinicamente em crianças gravemente doentes como adjuvante da sedação, apesar dos efeitos psicodélicos que caracterizam essas drogas análogos da fenciclidina. Poucos estudos relatam as consequências em longo prazo da sedação por cetamina em altas doses durante o neurodesenvolvimento, cujas alterações comportamentais já foram observadas. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi investigar as repercussões em longo prazo no comportamento de ratos expostos ao protocolo de sedação com cetamina no período da infância. Vinte e um ratos Wistar machos (22 DPN) receberam cetamina (40 mg/kg/dia; intraperitoneal; n = 11) ou solução salina (n = 10). Dezesseis dias após o término do protocolo de administração, os animais foram submetidos aos testes comportamentais do campo aberto, tarefa de
    reconhecimento de novo objeto, labirinto em cruz elevado (LCE), e nado forçado. Os animais que receberam o protocolo de cetamina aumentaram a deambulação espontânea, mensurada através da distância central percorrida e o rearing no campo aberto. Além disso, aumentaram o número de entradas nos braços abertos e a avaliação de risco (RA) no LCE. No teste de nado forçado, exibiram maiores escores no tempo de imobilidade, característico de comportamento do tipo depressivo. Este estudo demonstrou pela primeira vez os efeitos comportamentais deletérios em longo prazo, tais como depressão e aumento da avaliação de risco, exibidos pelo
    protocolo de sedação com cetamina em modelo de murinos na infância. Este estudo experimental responde a algumas perguntas e “põe em xeque” a segurança da cetamina. Uma melhor compreensão dos efeitos adversos da cetamina na pediatria é uma preocupação para a saúde pública e pode fornecer novos insights sobre estratégias de prevenção e novas abordagens terapêuticas em neuropsiquiatria e terapia intensiva.

  • CHIRLENE PINHEIRO NASCIMENTO
  • ATIVIDADE ANTICONVULSIVANTE DO EXTRATO DE Curcuma longa EM RATOS WISTAR APÓS INDUÇÃO DE CONVULSÕES POR PENTILENOTETRAZOL

  • Data: 31/03/2023
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  • A epilepsia é um dos distúrbios neurológicos mais comuns, que ocorre devido a instabilidade nas transmissões sinápticas inibitórias e excitatórias no cérebro. No entanto, muitos pacientes desenvolvem resistência aos medicamentos disponíveis, resultando na degeneração celular devido ao controle inadequado das crises. Curcumina, Curcuma longa, é conhecida por ser eficaz no tratamento de desordens orgânicas e pode prevenir convulsões, reduzir o estresse oxidativo e diminuir os danos cerebrais. Diante disso, o presente trabalho buscou avaliar os efeitos antiepilépticos da C. longa isolada ou em combinação com o diazepam, visualizando seus efeitos sobre a atividade cerebral e as possíveis alterações histopatológicas no hipocampo. Trata-se de um estudo que utilizou ratos Wistar machos (idade: 10–12 semanas; peso: (260 ± 20 g), que foram pré-tratados por 4 dias com soro fisiológico ou C. longa ou diazepam ou C. longa + diazepam; e no quinto dia, foi administrado o pentilenotetrazol (PTZ) para induzir as convulsões. No grupo C. longa, foi observado um aumento significativo no tempo de latência para o início do comportamento relacionado à convulsão. Surpreendentemente, no entanto, a combinação entre a C. longa e o Diazepam resultou no melhor controle do comportamento relacionado à convulsão, com o maior latência do início dos espasmos e crises clônicas isoladas. Este grupo também obteve os melhores resultados no traçado eletroencefalográfico e controle das crises, com redução na frequência e amplitude das ondas-espícula. No grupo salina, o PTZ reduziu significativamente o número de células presentes nas regiões CA1 e CA3 do hipocampo, enquanto que os animais do grupo que obteve o tratamento combinado mostraram os melhores resultados em termos de preservação das células semelhantes a neurônios. Esses achados indicam que C. longa pode contribuir para o controle tanto das convulsões quanto do dano celular induzido pelo PTZ, e que sua associação com o diazepam pode ser uma opção potencialmente eficaz para o tratamento da epilepsia no futuro.

  • JULIANNE ELBA CUNHA AZEVEDO
  • Intoxicação por cafeína: padrões comportamentais e eletrocorticográficos em ratos

  • Data: 31/03/2023
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  • A cafeína é uma substância psicoativa utilizada mundialmente. O presente estudo analisa o comportamento relacionado à convulsão e os padrões eletrocorticográficos (ECoG) observados em ratos após uma dose tóxica de cafeína (150 mg/kg; intraperitoneal). Sessenta e três ratos foram divididos em três experimentos: 1-Descrição do comportamento associado à convulsão induzida por cafeína; 2- Comparação dos padrões eletrocorticográficos induzidos por cafeína e pentilenotetrazol e 3- Avaliação da resposta eletrocorticográfica às drogas antiepilépticas (diazepam, fenitoína e fenobarbital). A análise comportamental demonstrou convulsões tônico-clônicas com perda do reflexo postural e latência de 365,8 s após a administração da cafeína. As alterações induzidas pela cafeína no ECoG foram consistentes com o desenvolvimento de convulsões com evolução rápida e potencial de explosão consistente com os padrões comportamentais observados durante a convulsão induzida por cafeína. O ECoG das ondas cerebrais variou significativamente entre as convulsões causadas por cafeína e pentilenotetrazol. As forças cerebrais predominantes observadas durante as convulsões foram as oscilações da banda beta. As convulsões induzidas por cafeína foram resistentes à tentativa de controle com fenitoína e fenobarbital, mas responderam bem ao diazepam, o que é consistente com um estudo de pilocarpina, que mostrou que o diazepam tem efeitos anticonvulsivantes. Esses achados são importantes para o desenvolvimento de tratamentos eficazes para a intoxicação por cafeína, em particular para indivíduos com baixo limiar convulsivo.


  • LUANA RODRIGUES VIEIRA
  • Concentrações graduadas de cloridrato de lidocaína na modulação das respostas comportamentais, cardíacas e musculares do peixe de água doce amazônico tambaqui (Colossoma macropomum)

  • Data: 31/03/2023
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  • O presente estudo teve como objetivo caracterizar o comportamento e avaliar as respostas eletromiográficas e eletrocardiográficas do tambaqui (C. macropomum) expostos a diferentes concentrações de cloridrato de lidocaína em banhos de imersão e após transferência para água sem anestésico. Para tanto, peixes juvenis (25,38 ± 6,5 g) foram aclimatados em aquários por 15 dias em condições controladas de ambiente e qualidade da água. Quatro concentrações de cloridrato de lidocaína (AL) (150, 175, 200 e 225 mg/L LA) foram usadas em banhos de imersão para avaliar alterações comportamentais, eletromiográficas e eletrocardiográficas durante a indução anestésica de curto prazo (exposição de 5 min) e em uma lavagem. Após a exposição ao LA, e independentemente da concentração, os peixes apresentaram perda do reflexo de endireitamento, juntamente com miorrelaxamento significativo, que foi parcialmente alcançado nas concentrações de 150 e 175 mg/L LA e totalmente alcançado em 200 e 225 mg/L LA. Notavelmente, uma diminuição da frequência cardíaca e alteração do traçado da onda T ocorreram em concentrações mais altas. No entanto, embora protocolos utilizando LA a 225 mg/L ou acima possam exigir maior cuidado no monitoramento, a rápida reversibilidade de tais respostas em peixes em recuperação indica que LA pode ser usado com segurança em banhos de imersão para tambaqui C. macropomum como alternativa a outros anestésicos, especialmente aqueles nos quais importantes efeitos colaterais foram documentados.

  • ALEX LUIZ MENEZES DA SILVA
  • ALTERAÇÕES ELETROCORTICOGRÁFICAS PROVOCADAS POR CITRATO DE SILDENAFIL E TADALAFIL EM RATOS WISTAR

  • Data: 31/03/2023
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  • INTRODUÇÃO: Os inibidores da fosfodiesterase 5 (PDE5i) são o tratamento de primeira linha para a disfunção erétil; no entanto, vários artigos e relatos de casos têm mostrado alterações no sistema nervoso central. Este estudo tem como objetivo descrever as alterações causadas pelo uso do sildenafil e tadalafil através da análise das anormalidades expressas no eletrocorticograma de ratos e avaliar a diminuição do limiar epiléptico e a refratariedade das crises convulsivas aos anticonvulsivantes.
    MÉTODOS: O estudo utilizou 99 ratos (Rattus norvegicus), todos da linhagem Wistar. Os animais foram separados em três experimentos: Experimento 1, avaliação das alterações eletrocorticográficas; Experimento 2, potencialização da ação pelo pentilenotetrazol (PTZ) (30 mg/kg i.p.); e Experimento 3, avaliação de drogas anticonvulsivantes. Os grupos foram tratados com sildenafil 20mg/kg p.o., ou tadalafil 2,6mg/kg p.o., trinta minutos antes de cada registro.
    RESULTADOS: Após a administração de sildenafil e tadalafil, o registro eletrocorticográfico mostrou alterações na distribuição de energia principalmente nas bandas de frequência Alfa e Beta. Após o uso de sildenafil e tadalafil associado ao PTZ, observou-se maior potência nas gravações durante as crises, que mostraram maior refratariedade ao tratamento com fenitoína, com melhor desempenho do fenobarbital e diazepam.
    CONCLUSÕES: Os PDE5i alteraram os registros eletrocorticográficos no córtex motor de ratos, demonstrando assincronia cerebral e potencializando a ação do PTZ. Esses achados demonstram que o uso dessa classe de medicamentos pode levar a alterações no sistema neurológico por diminuir a atividade GABAérgica.


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