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MARIANA DOS ANJOS CASTRO FURTADO
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PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO POR HTLV EM GESTANTES ATENDIDAS EM SERVIÇOS PÚBLICOS DE PRÉ-NATAL NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PARÁ.
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Data: 22/12/2012
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A prevalência de infecção pelo vírus HTLV é alta no Brasil (0,8 a 1,8%) principalmente na região amazônica, acometendo na sua maioria mulheres a partir dos 40 anos de idade. O crescimento do número de mulheres em idade fértil, infectadas pelos vírus HIV/AIDS e HTLV 1 e 2 tem sido considerado um importante fenômeno, trazendo consigo a não recomendação do aleitamento materno. Este estudo foi composto por uma amostra de 400 gestantes que realizavam acompanhamento pré-natal nos serviços públicos de saúde do município de Santarém-Pará, essas gestantes eram encaminhadas ao Centro de Testagem e Aconselhamento de Santarém para realizar os exames de rotina do pré-natal, sendo a sorologia para HTLV acrescentada aos exames já solicitados após o esclarecimento e consentimento das mesmas. Dos 400 (quatrocentos) testes realizados houve a ocorrência de 3 (três) soropositivos, demonstrando uma prevalência de 0,75% da infecção por HTLV na população do estudo. Todas as gestantes responderam a um inquérito, que permitiu traçar o perfil epidemiológico desta população onde a maioria foi de mulheres entre 18 a 29 anos de idade, pardas, com ensino fundamental completo, casadas e que buscaram o serviço de testagem sorológica no segundo trimestre de gestação.
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VALTER PINHEIRO SINIMBÚ
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ACIDENTES OFÍDICOS EM RESIDENTES DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM (PA) OCORRIDOS NO PERÍODO DE 2000-2009.
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Data: 22/12/2012
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Investiga-se o perfil epidemiológico dos acidentes ofídicos e os fatores de risco
associados à sua incidência em residentes do município de Santarém (PA) ocorridos na década de 2000-2009. Aborda o trabalho com uma metodologia descritivoanalítica, observacional e retrospectiva, utilizando um banco de dados devidamente codificado, disponibilizado pelo Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde. No período considerado, ocorreram 2.283 casos, perfazendo uma incidência anual variando entre 70 a 105 casos / 100.000 habitantes com uma letalidade de 0,66%. Os acidentes predominaram em habitantes da zona rural (87%), nos meses chuvosos da Amazônia (janeiro a junho), em pacientes do sexo masculino (79%) na faixa etária de 20-29 anos. A quase totalidade dos casos foi atendida no Pronto-Socorro do município (88%) situado na zona urbana. A maioria dos pacientes (56%) chegou à Unidade de Saúde após 6 horas da ocorrência do acidente em decorrência de dificuldades no acesso por fatores geográficos e do transporte fluvial. Foram classificados quanto à gravidade em leves (38%), moderadas (55%) e graves (6%). Devido à frequência das espécies de ofídios na região, os acidentes botrópicos representaram a maioria com 70,9%, seguidos dos acidentes laquéticos (11,3%) bem mais frequentes nas matas amazônicas, dos crotálicos (2,1%) e dos raros elapídicos (0,2%); em 15,3% a espécie não foi identificada. Em 91% desses pacientes foi instituída a soroterapia. Não foi possível determinar a ocupação desses pacientes, nem seu nível de escolaridade, devido à ausência de preenchimento dos formulários de notificação do caso. Os membros inferiores foram as regiões predominantemente atingida (82%), o que chama a atenção para a adoção de medidas preventivas simples, mas eficazes. Mesmo diante da alta incidência de casos (das maiores do Brasil), das dificuldades de acesso dos pacientes a um pronto e eficaz atendimento (aumentando a morbimortalidade), e da pouca importância dada pelos profissionais de saúde no que se refere ao preenchimento das informações necessárias a uma melhor avaliação e proteção dos moradores dessa região, observou-se que esses acidentes, apesar deendêmicos na maior parte do mundo, notadamente das zonas tropicais, continua sendo, segundo conceito da OMS, um problema negligenciado (pelos pacientes, pelos profissionais e pela sociedade). Há necessidade de mais pesquisas, mais publicidade e mais conscientização.
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MARIA DA CONCEIÇÃO NASCIMENTO FREITAS
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ESTUDO DO HPV EM FRAGMENTO UTERINO DE MULHERES COM CÂNCER DO COLO DO ÚTERO.
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Data: 20/12/2012
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O câncer do colo do útero representa um importante problema de saúde publica, constituindo a primeira causa de morte entre as mulheres do Sul e Leste da África, America Central e Centro Sul da Ásia. Levantamentos do INCA para 2013 estimam 17 casos novos dessa neoplasia para cada 100.000 mulheres no Brasil, sendo que o número de casos novos será de 17.540. Este tipo de câncer é o segundo mais incidente no sexo feminino. O HPV é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença, entretanto não é suficiente para causá-lo, necessitando de outros fatores associados. Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência do HPV e subtipos em mulheres com câncer do colo do útero e traçar o perfil epidemiológico das mulheres acometidas por este agravo. Para isso, foi realizada detecção do DNA do HPV e tipagem dos subtipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 35, 52, e 58 por PCR. Além disso, foi aplicado um formulário epidemiológico. Noventa e sete por cento aproximadamente das amostras de câncer do colo do útero foram positivas para HPV. A prevalência do subtipo HPV 16 foi de 48,6%, do subtipo HPV 58 foi de 10,8%, do subtipo HPV 52 foi de 5,4% e dos subtipos HPV 18 e HPV 33 foi de 2,7%. As mulheres em geral eram casadas tiveram a coitarca após os 15 anos de idade, possuíam baixa escolaridade, sendo a maioria analfabeta ou com ensino fundamental incompleto. Dividindo as mulheres por idade, até 45 anos e mais de 45 anos, não foi possível detectar diferenças nas variáveis testadas, a não ser pelo uso de preservativo que foi maior nas mulheres de até 45 anos, sendo estatisticamente.
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MARIA DE JESUS RODRIGUES DE FREITAS
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PESQUISA E GENOTIPAGEM DO VÍRUS DA HEPATITE C EM PORTADORES DE
DOENÇAS RENAIS CRÔNICAS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE
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Data: 20/12/2012
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Pacientes com doença renal crônica tem alto risco de adquirir o vírus da hepatite C
(VHC). A prevalência de hepatite C em unidades de hemodiálise é elevada. O estudo teve por objetivo avaliar a presença do VHC e seus diferentes genótipos em portadores de doença renal crônica que realizaram hemodiálise em Belém e região metropolitana, no Estado do Pará, Brasil, determinando a prevalência do vírus, genótipos e as características epidemiológicas dos portadores da doença renal crônica. Foi realizado um estudo transversal, em sete unidades de hemodiálise das cidades de Belém e região metropolitana, no período de outubro de 2011 a abril de 2012. Foi aplicado um questionário com dados sociais, epidemiológicos e sobre a presença de fatores de risco para hepatites virais. Material biológico foi coletado dos pacientes para os exames ELISA e PCR VHC. Os pacientes com presença de RNA viral foram avaliados quanto aos genótipos. A prevalência dos anticorpos para VHC entre os indivíduos estudados foi de 8,4%, enquanto 5,4% apresentaram RNA viral, com 0,1% entre os não reagentes. O genótipo 1 foi o mais prevalente, com 86,1%, seguido do tipo 2, com 11,6%. O tipo 3 teve somente 2,3%. A análise epidemiológica mostrou predomínio do sexo masculino, faixa etária de 49 anos, casados ou em união estável, com baixo nível de escolaridade e renda familiar de até 2 salários mínimos. A principal causa da doença renal crônica foi o diabetes mellitus (34,4%), seguida de glomerulonefrites (18,6%) e hipertensão arterial (17,1%). O tempo de hemodiálise foi significativamente importante fator de risco para aquisição do VHC (p=0,012), com a maioria dos portadores do VHC que adquiriram a doença durante hemodiálise estava acima de 5 anos de tratamento (p= 0,0001). Outro fator de risco associado ao VHC foi transplante de órgão prévio. Conclui-se que, em Belém e região metropolitana, a prevalência de VHC em hemodiálise foi elevada e o genótipo mais frequente é o mesmo da população geral no norte do Brasil
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GILENO EDU LAMEIRA DE MELO
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PERFIL ANTROPOMÉTRICO, QUALIDADE DE VIDA E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS EM ALTAMIRA-PA.
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Data: 20/12/2012
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Introdução: O vírus HIV e a aids já atingiram mais de 33 milhões de pessoas no mundo e 600.000 no Brasil, que foram alcançados em múltiplas dimensões sociais e de saúde com impacto no seu perfil epidemiológico quanto a heterossexualização, feminização, interiorização e pauperização deste agravo, além de sofrerem os efeitos orgânicos e metabólicos ocasionados pelo próprio vírus, a doença e a terapêutica especifica. Objetivo: Descrever o perfil antropométrico, da qualidade de vida e nível de atividade fisica de pessoas vivendo com HIV/aids em Altamira-PA. Metodologia: Estudo descritivo envolvendo pessoas vivendo com HIV/aids atendidas em Serviço de Assistência Especializada (SAE), que aceitaram participar da pesquisa de ambos os sexos, maiores de 20 anos, cujos dados sociodemográficos, clínicos, da contagem de linfócitos T CD4+ e carga viral foram obtidos de prontuários, e que responderam a questionário protocolar validado para avaliação da qualidade de vida WHOQOL HIV - Bref e o questionário Internacional de Atividade Física/IPAQ versão curta; foi feita avaliação física individual para a coleta de medidas antropométricas como: peso, altura, Índice de Massa Corporal (IMC), circunferências e Relação Cintura-Quadril (RCQ). Os dados obtidos foram armazenados no Excel para processamento e análise estatística descritiva e inferencial. Resultados: a população foi composta de 29 mulheres (60,4%) e 19 (39,6%) homens, prevalecendo: faixa etária entre 40-49 anos (37,5%) e média de idade de 39,4 anos; baixa escolaridade (66,7%); e o grupo de solteiros, viúvos ou separados/divorciados (62,5%). Quanto ao nível de atividade física registrou-se que 64,6% da amostra são sedentárias, tendo 41,4% das mulheres com sobrepeso. Na distribuição das pessoas vivendo com HIV/aids houve diferença significativa (P=0,0013) na proporção do risco cardiovascular segundo o RCQ e sendo que mais de 70% estavam sob uso de terapia antirretroviral em média de 3,55 anos. Na avaliação da qualidade de vida de acordo com o WHOQOL HIV Bref o escore que obteve a média mais positiva foi o domínio da Espiritualidade e o menor escore foi o domínio meio ambiente e observou-se ainda média significativamente menor (P=0,011) no domínio psicológico do grupo com T CD4+ (< 200). Não houve diferença significativa segundo a TARV. Conclusão: O SAE de Altamira-PA mostra a tendência epidemiológica mundial da pandemia HIV/aids quanto a feminização, pauperização e interiorização do agravo; O IMC pode refletir o comportamento mais comum nas mulheres com maior probabilidade de risco de doenças cardiovasculares. O IPAQ demonstrou que se tem uma população que a maior parte é sedentária, com indivíduos fisicamente inativos e com maior chance de sofrer com os efeitos da lipodistrofia, problemas metabólicos e alterações corporais pela ausência da atividade física e do exercício físico. De um modo geral, as observações mostraram-se semelhantes as da população geral o que pode ser reflexo da amostra reduzida de indivíduos avaliados. Há necessidade de estudos adicionais com ampliação amostral para melhor avaliação do nível de atividade física, qualidade de vida de PVHA, possibilitando propostas de intervenções especificas para pacientes que vivem com HIV/aids.
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ALBA LUCIA RIBEIRO RAITHY PEREIRA
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AANÁLISE ESPACIAL DAS CONDIÇÕES ECOEPIDEMIOLÓGICAS PARA ESTABELECIMENTO DA ESQUISTOSSOMOSE MANSONICA EM DUAS ÁREAS DO DISTRITO DE MOSQUEIRO, BELÉM-PARÁ.
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Data: 20/12/2012
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A dinâmica do processo de endemização da esquistossomose mansonica é multifatorial, o que algumas vezes retarda o seu processo de instalação, mas também dificulta a vigilância epidemiológica de seu controle. As geotecnologias tem trazido contribuições à saúde pública gerando mapas temáticos que facilitam a compreensão da dinâmica populacional no uso do espaço, sua inter-relação com os recursos hídricos e o processo de adoecimento. A proposta foi identificar por análise espacial os fatores ecoepidemiológicos relacionados a endemização da esquistossomose mansonica. Realizou-se um estudo descritivo em duas áreas de cobertura da estratégia saúde da familia, Carananduba e Furo das Marinhas, no Distrito de Mosqueiro, Belém-PA, entre 2010 e 2012, utilizando técnicas de geoprocessamento como: Sensoriamento Remoto e Sistema de Informação Geográfica, através das ferramentas ERDAS 8.3.1. e ENVI 4.5 para classificação das imagens de satélite das variáveis solo, cobertura vegetal e hidrografia; o Sistema de Posicionamento Global para georreferenciamento da área de estudo e captura dos pontos de coleta dos criadouros; e o ArcGis 9.3.1 para manipulação e tratamento dos Banco de Dados Geográficos e aplicação do estimador de Kernel para idenficação das áreas de risco sobre imagens de satélite de alta resolução e bases cartográficas. Foram analisados dados ecológicos e ambientais através de técnicas de geoprocessamento. As ferramentas geotecnológicas geraram mapas temáticos da abrangência da Estratégia Saúde da Família e das rotas de trabalho, da classificação ambiental, da localização dos criadouros gerando sete pontos de aglomerados de Kernel que identificaram as áreas de risco de transmissão do agravo em 3 bairros na área do Carananduba. Esta área apresenta-se com características de antropização decorrente da ocupação humana desordenada e com assoreamento das coleções hidricas. A área do Furo das Marinhas ainda mantém mata primitiva e coleções hidricas de grandes volumes, não sendo encontrado o Biomphalaria. Nas duas áreas estudadas é deficiente a estrutura de saneamento básico e ainda não há foco de transmissão ativa de esquistossomose mansonica. Entretanto, é grande a vulnerabilidade para esta ocorrência em curto espaço de tempo em Carananduba. As geotecologias aplicadas proporcionaram um Sistema de Informação Geográfica que viabilizou o diagnóstico de risco epidemiológico de processo de endemização da esquistossomose mansonica em mais uma localidade no Pará.
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NÁDIA VICÊNCIA DO NASCIMENTO MARTINS
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APRESENTAÇÃO CLÍNICA, ETIOLOGIA E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM ESTADO DO PARÁ, BRASIL.
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Data: 17/12/2012
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A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença infecciosa que atinge pele e mucosas e que vem apresentando um aumento significativo em sua incidência nas últimas décadas, tem uma prevalência global de aproximadamente 1,5 milhões de casos anuais em todo o mundo. O presente estudo tem uma abordagem analítica, descritiva, transversal, com objetivo de estabelecer perfil clínico epidemiológico e correlações etiológicas da leishmaniose tegumentar em uma série de casos na região oeste do Pará. Na pesquisa foram incluídos 102 indivíduos apresentando manifestações clínicas de LTA, selecionados no período de outubro de 2009 a novembro de 2011, atendidos no Centro de Controle de Zoonoses no município de Santarém, estado do Pará. As variáveis foram analisadas a partir da aplicação do teste qui-quadrado de aderência, e apresentadas através de figuras e tabelas. Os resultados demonstram que prevaleceram as infecções em indivíduos do sexo masculino 85,29%, na faixa etária de 30 a 40 anos 32,35%, trabalhadores e moradores da área rural que exercem ocupações na sua maioria de lavradores 21,57%, apresentaram lesões únicas 63,72%, do tipo ulceradas 77,45%, localizadas nos membros inferiores em 58,82% dos casos, com tempo de evolução da doença em média de 02 meses 74,50%. Conclusão: Seis espécies de Leishmania foram identificadas, sendo o subgênero Viannia mais prevalente e a espécie predominante a L (V). braziliensis.
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ANA ROBERTA FUSCO DA COSTA
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CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DE MICOBACTÉRIAS NÃO
TUBERCULOSAS ISOLADAS DE ESPÉCIMES CLÍNICOS PULMONARES
NO ESTADO DO PARÁ
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Data: 29/11/2012
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Nos últimos anos tem sido observado um aumento de relatos de infecções causadas por micobactérias não tuberculosas (MNT). No entanto, dados sobre frequência e espécies envolvidas em infecções pulmonares no Brasil são limitados, principalmente em estados da Região Norte do Brasil. O conhecimento das espécies de MNT associadas às infecções pulmonares tem importância clínica e epidemiológica, sendo as técnicas moleculares ferramentas capazes de oferecer um diagnóstico espécie-específico, o qual é necessário para a instituição de terapia adequada. O presente trabalho descreve a diversidade de MNT isoladas de espécimes pulmonares encaminhados ao Instituto Evandro Chagas entre 1999 e 2011 para pesquisa de micobactérias. As MNT foram inicialmente caracterizadas por PCR-restriction analysis (PRA-hsp65) e reidentificadas por sequenciamento dos genes RNAr 16S, hsp65, rpoB e região ITS1. De acordo com os achados, o método de PRA-hsp65 mostrou-se uma ferramenta prática para identificação MNT, permitindo a distinção de uma grande variedade de espécies de forma rápida, simples e barata, em comparação com o sequenciamento. Além disso, como sugerido no presente estudo, de acordo com a diversidade de espécies local, este método pode ser passível de modificações para proporcionar maior poder discriminatório. Para isolados do complexo Mycobacterium avium (MAC), a aplicação da análise de sequência do gene rpoB não se mostrou como alternativa adequada para discriminação de isolados do Estado do Pará, gerando resultados discrepantes com baixa resolução taxonômica. Um espectro particular de MNT foi associado aos casos de infecção pulmonar na região, representado principalmente por espécies dos complexos M. chelonae-M. abscessus (M.abscessus, M. massiliense e M. bolletii), M. avium (M. avium, M. intracellulare e M. colombiense) e M. simiae (M. simiae e taxa não nomeados). Dentre esse último, duas potenciais espécies foram detectadas, M. paraensis sp. nov. e M. amazoniensis sp. nov., sendo propostas como novos membros do complexo M. simiae. Entre os indivíduos afetados, as principais características encontradas foram sexo feminino, a idade superior a 50 anos, etnia parda e história de infecção prévia por tuberculose. Embora este estudo não demonstre a real magnitude de infecções pulmonares por MNT no Estado do Pará, ele descreve a diversidade de espécies e claramente retrata a importância desse grupo na região, chegando a representar 13,5% dos isolamentos micobacterianos em um laboratório de referência. Conjuntamente a esse achado, a identificação de casos de MNT em indivíduos presuntivamente diagnosticados com TB, indica a necessidade de confirmação bacteriológica, especialmente nos casos de resistência primária ao esquema básico da tuberculose.
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KAREN CRISTINI YUMI OGAWA FURTADO
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CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA, GENOTÍPICA E FENOTÍPICA DA CRIPTOCOCOSE NO ESTADO DO PARÁ
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Data: 20/11/2012
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A criptococose é uma infecção fúngica causada por uma levedura encapsulada do gênero Cryptococcus que afeta tanto humanos quanto animais, sendo considerada como uma infecção oportunista normalmente associada à imunodepressão. Trata-se de uma das infecções fúngicas humanas de significativa morbidade e mortalidade tanto em indivíduos imunocomprometidos quanto em imunocompetentes, e manifesta-se principalmente sob a forma de meningoencefalite. O objetivo deste trabalho foi realizar a caracterização epidemiológica, genotípica e fenotípica da criptococose em uma unidade de referência no estado do Pará. A população alvo foi composta pelos pacientes atendidos no Hospital Universitário João de Barros Barreto/UFPA, de janeiro de 2010 a dezembro de 2011 com diagnóstico de criptococose confirmado laboratorialmente. Os dados pessoais, clínicos e laboratoriais foram coletados a partir da revisão dos prontuários do arquivo médico do HUJBB e os isolados foram identificados e caracterizados morfológica e bioquimicamente. O tipo sexuado e o genótipo foram identificados através de PCR utilizando iniciadores específicos. No período de janeiro de 2010 a dezembro de 2011 foram identificados 59 casos de criptococose. A maioria dos pacientes eram homens (36/59, 61%), com idade entre 5 a 70 anos, média de 30,8 anos. A faixa etária que predominou foi de 34 a 43 anos (39% dos casos). Os principais sinais e sintomas apresentados por eles foram cefaleia (85,5%), vômito (80%) e febre (76,4%). Todas as crianças (6/6) eram HIV negativas, tendo como agente causador o C. gattii (31,6%); já em adultos 71,1% das infecções eram causadas por C. neoformans, sendo a maioria HIV positivo. Os casos de óbito e de recidivas foram mais elevados entre os pacientes infectados por C. neoformans e a presença de sequelas foi mais frequente entre os pacientes infectados por C. gattii. Todos os isolados eram MAT α e houve a predominância de dois tipos moleculares: VNI (64,4%) e VGII (35,6%). Este estudo reforça que o estado do Pará é endêmico para a infecção por Cryptococcus spp., cuja forma de apresentação clinica principal, a meningoencefalite determina elevadas taxas de morbi-mortalidade.
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MÁRCIA GUELMA SANTOS BELFORT
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Determinar a prevalência da E. HISTOLYTICA em alunos matriculados em escolas públicas na cidade de Imperatriz do Maranhão, pelo método da reação em cadeia da polimerase-PCR.
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Data: 10/11/2012
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A amebíase é uma infecção causada pela Entamoeba histolytica e considerada uma importante causa de morbi-mortalidade no mundo. Estudos relatam uma prevalência elevada da amebíase em regiões tropicais, principalmente em comunidades que vivem em precárias condições sanitárias. O estudo epidemiológico da amebíase tem sido reavaliado desde que a E. histolytica, forma patogênica, foi distinta da E. dispar, forma não patogênica. O objetivo desta pesquisa foi estimar a prevalência de E. histolytica na população de escolares da rede municipal da cidade de Imperatriz (MA). Realizou-se um estudo de corte transversal que envolveu 405 escolares. As amostras foram analisadas através de exame parasitológico, pelo método de sedimentação espontânea, para triagem das amostras positivas para o complexo E. histolytica/E .dispar. Os exames positivos para o complexo E. histolytica/E. dispar foram posteriormente submetidos à reação em cadeia da polimerase (PCR) para diferenciação das espécies. Na PCR foi utilizado para amplificação inicial de um fragmento de 1076 pb, um conjunto de primers externo E1 e E2, seguida por uma PCR Multiplex usando os primers Eh-L/Eh-R e Ed-L/Ed-R para amplificação da E. histolytica e E. dispar, respectivamente. Não foi diagnosticado pela PCR amostras positivas para E.histolytica. A prevalência da E. dispar na população de escolares foi de 2,7% (11/405). A PCR se mostrou importante ferramenta para o diagnóstico diferencial das Entamoebas. Porém, estudos de prevalência da amebíase devem ser impulsionados em população com características diferenciadas, a fim de contribuir de forma efetiva para definir a situação epidemiológica desta infecção na cidade de Imperatriz.
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LÚCIO ANDRÉ MARTINS DA SILVA
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PREVALÊNCIA DA CO-INFECÇÃO POR LEISHMANIA sp. EM PACIENTES
PORTADORES DE HIV/AIDS ATENDIDOS PELO PROGRAMA MUNICIPAL DE
DST/AIDS NO CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO (CTA) DE
IMPERATRIZ-MA
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Data: 10/11/2012
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A co-infecção Leishmania-HIV-Aids é um sério problema de saúde pública em quase
todo o mundo. No entanto, os casos de co-infecção ainda são subestimados, uma
vez que, a leishmaniose não se constitui doença definidora de Aids. Foi realizado um
estudo descritivo transversal de Dezembro de 2011 a Fevereiro de 2012, com o
objetivo de investigar a prevalência da co-infecção HIV/Leishmania em pacientes
atendidos pelo programa municipal de DST/aids no Centro de Testagem e
Aconselhamento (CTA) de Imperatriz-MA. A população de estudo foi constituída por
199 indivíduos. A coleta de dados foi feita por meio de um questionário para a
obtenção de dados demográficos, socioeconômicos e epidemiológicos, bem como
foi realizado exame de coleta de material biológico (sangue) de todos os pacientes
para detecção da infecção por Leishmania sp., por meio de exames laboratoriais
(contagem de CD4 e CD8) e pesquisa da PCR. Entre os pacientes observou-se
similaridade entre a frequência dos gêneros, 49,2% masculino e 50,8% feminino,
com média de idade de 40 anos. Foi observado que 61,8% possuem baixo nível de
instrução e 69,3% possuem renda mensal de até um salário mínimo. 2,01% (4/199)
dos pacientes analisados apresentaram co-infecção Leishmania/HIV. Sendo, destes,
3 que apresentaram infecção mista por Leishmania (V.) sp e Leishmania (L.)
amazonensis, causadores de LTA e um paciente infectado por Leishmania (L.)
chagasi, causador de LV. Na comparação dos fatores de risco, comorbidades e
complicações entre os pacientes analisados observou-se que a malária foi o único
fator que se mostrou significante em torno de 10,05%. Esse foi o primeiro estudo
que investiga a coinfecção HIV Leishmaniana cidade de Imperatriz, Maranhão e a
identificação de pacientes coinfectados foi de fundamental importância para o
serviço que a partir de então poderá realizar o acompanhamento destes pacientes.
Este estudo permitiu conhecer a magnitude da prevalência da co-infecção
Leishmania/HIV. Assim, sugerimos que o teste anti-Leishmaniaseja realizado em
todos os indivíduos com HIV/Aids, e que sejam incrementadas políticas públicas
voltadas para essa problemática.
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ADRIANA DOS SANTOS OLIVEIRA
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INVESTIGAÇÃO DOS GENES Bla SHV, Bla TEM e Bla CTX-M PRODUTORAS DE BETA-LACTAMASES DE ESPECTRO ESTENDIDO EM E. coli e Klebsiella spp ISOLADAS DE GESTANTES COM INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ATENDIDAS NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE IMPERATRIZ-MA
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Data: 09/11/2012
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As beta-lactamases são produzidas por bactérias gram-positivas e gram-negativas. Cerca de 40% a 50% das mulheres desenvolveram um infecção urinária durante a sua vida adulta. O objetivo o presente trabalho foi realizar a caracterização dos genes Bla SHV, Bla TEM e Bla CTX-M produtoras de beta-lactamases de espectro estendido em E. coli e Klebsiella spp isoladas de gestante com infecção do trato urinário atendidas na Unidade Básica de Saúde de Imperatriz - MA no período de maio a agosto de 2012. Participaram do presente estudo 50 de mulheres grávidas maiores de 18 anos, que apresentaram sintomas com caracterização clínica de infecção do trato urinário (ITU), referenciadas no ambulatório na Unidade Básica de Saúde Imperatriz - MA. Foi coletada urina, para realização da urinocultura e antibiograma, posteriormente foi realizado a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) detectar a presença dos genes Bla SHV, Bla TEM e Bla CTX-M produtores das enzimas Beta-lactamases. A média de idade destes pacientes foi de 21 anos, sendo 42% estando na faixa etária de 18 a 25 anos, 70% destas tem residência fixa em Imperatriz e os outros 30% são oriundos de outros municípios. Entre estas, 24% das voluntárias já apresentaram ITU durante a gravidez e fora do estado gravídico e 80% delas afirmaram fazer o uso de antibióticos sem prescrição médica. Das 12 amostras com crescimento microbiológico positivo, 11 foram positivas para Escherichia coli com resultados do antibiograma que apresentaram resistência para o antibiótico cefalotina, em 91,7%. Sendo isolado, uma cepa de Klebsiella ssp, e esta apresentou resistência a todos os antibióticos testados. Pela análise dos resultados da PCR das amostras isoladas, os três genes Bla SHV, Bla TEM e Bla CTX-M, não foram observadas nas amostras P9, P11 e P12, porém nas demais amostras houve a ocorrência de pelo menos um dos genes. Este estudo confirmou a presença dos três tipos de genes (Bla SHV, Bla TEM e Bla CTX-M) entre as amostras estudada.
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MILENA SOUSA FREITAS
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INVESTIGAÇÃO DE LEISHMANIA SP EM CARRAPATOS DE CÃES DE BAIRROS DE IMPERATRIZ-MA, ATRAVÉS DA REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE (PCR)
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Data: 09/11/2012
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A Leishmaniose é uma doença causada pelo protozoário Leishmania sp, podendo acometer homem e animais dependendo da espécie do parasita, São transmitidos pelos flebotomíneos fêmeas, insetos do gênero Lutzomyia, que ao exercer o hematofagismo inoculam as formas promastigota infectantes, mas recentemente, tem sido levantado hipóteses sobre a transmissão por carrapatos. Segundo a vigilância epidemiológica de Imperatriz-MA a cidade é endêmica tanto para Leishmaniose Tegumentar (LT) quanto para a Leishmaniose Visceral (LV). Este trabalho teve como objetivo principal investigar a presença de DNA de Leishmania sp em carrapatos coletados de cães atendidos em petshop e Centro de Controle de Zoonoses do município de Imperatriz utilizando a técnica de PCR. O DNA foi extraído a partir de 640 carrapatos fêmeas e testadas utilizando o primer que amplifica o gene de mini-exon de Leishmania sp. Os carrapatos foram coletados de 41 cães de diferentes bairros da cidade de Imperatriz. A maioria dos carrapatos foram identificados como Rhipicephalus sanguineus. Os seguintes sinais clínicos sugestivos de leishmaniose foram observados nos cães: onicogrifose em 53,65% (22/41); úlceras em 63,41% (26/41), a perda de cabelo e inapetência em 39,02% (16/41). Cento e setenta carrapatos (26,56%) coletados de 16 cães apresentaram DNA de Leishmania do subgênero Viannia, responsável pela forma cutânea da doença. Não foi detectado nenhum DNA de Leishmania infantum chagasi. Carrapatos infectados foram coletados de ambos os cães sintomáticos e assintomáticos. Embora ainda não tenha sido demonstrado que os carrapatos possam transmitir Leishmania aos cães sob condições naturais, o resultado deste estudo tem vários aspectos importantes, pois é um método não-invasivo de detecção, capaz de diferenciar os grupos de parasitas em circulação, em especial se os animais não têm lesões, pode ser um indicador biológico em locais onde não é feito uma investigação sorológica e nem entomológica, podendo dar suporte aos programas de vigilância de saúde local.
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JOSE MARIA DE CASTRO ABREU JUNIOR
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EQUINOCOCOSE NEOTROPICAL: um estudo anatomopatológico para auxílio em
uma sistematização diagnóstica correlacionada à morfologia.
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Data: 06/11/2012
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Equinococose é uma doença parasitária causada por helmintos do gênero
Echinococcus, que podem ser encontrados no intestino de diversos carnívoros
silvestres e domésticos. O homem comporta-se como hospedeiro acidental
adquirindo a infecção por via oral através da ingestão acidental de ovos de vermes
adultos. Após deglutidos e com a liberação do embrião, este aloja-se comumente em
órgãos como fígado e pulmão produzindo uma doença de evolução lenta e
sintomatologia que assemelha-se a doenças neoplásicas. O Estado do Pará apesar
da subnotificação apresenta uma casuística significativa desta rara enfermidade,
associada na região ao Echinococcus vogeli. O estudo descreve seis novos casos,
cinco localizados no fígado e um no pulmão utilizando microscopia de luz,
caracterizando quanto ao tipo de infiltrado inflamatório e componentes celulares
presentes. Observou-se fibrose, reação giganto celular, deposição de cálcio e a
membrana laminar com seu aspecto cerebroide. Não foram vistos ganchos
rostelares. A membrana laminar, não possibilita caracterizar a espécie, mas permite
considerar como sendo um parasita do gênero Echinococcus . Ainda que a
casuística seja pequena, não permitindo uma análise estatística notam-se achados
que justificam uma doença de evolução crônica. Mais estudos como este, que
ampliem a casuística são importantes já que a equinococose é uma doença
neglicenciada.
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LUIS EDILSON DE AZEVEDO FERREIRA
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ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO PARCIAL DO GENE F DOS METAPNEUMOVIRUS HUMANOS DETECTADOS A PARTIR DE CASOS DE INFECÇÃO RESPIRATÓRIA AGUDA NA REGIÃO NORTE DO BRASIL.
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Data: 30/10/2012
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As doenças do trato respiratório são as principais queixas nos serviços de atendimento médico, sendo as infecções respiratórias agudas (IRA) as manifestações mais comuns, principalmente em crianças menores de cinco anos de idade. Em países em desenvolvimento, as IRA constituem um sério problema de saúde pública. Em todo mundo estima-se que ocorram cerca de 2 milhões de mortes devido as IRA a cada ano. Dentre os agentes causais de IRA, destaca-se o Metapneumovírus Humano (HMPV), especialmente por causar doença grave em crianças menores de 5 anos. Com o objetivo de gerar dados sobre a epidemiologia molecular deste vírus, foram analisadas amostras colhidas de pacientes com IRA no período de Janeiro de 2009 a Dezembro de 2011 oriundas da Região Norte (Pará, Amazonas, Acre, Amapá e Roraima). Foi utilizado a técnica de RT-PCR em Tempo Real (qRT-PCR) para a detecção do vírus através da amplificação do gene N e RT-PCR para o gene codificador da proteína F, que foi em seguida parcialmente sequenciado. Dentro do período de estudo, foram testadas 2966 amostras, das quais 129 positivas para HMPV. A faixa etária de 0-4 anos foi a que concentrou maior número de casos (n=84; 65,89%) em toda a região Norte. Na identificação viral, constatou-se a co-circulação dos subgrupos A2 e B2 durante os três anos do estudo. Os subgrupos A1 e B1 não circularam na região durante o período estudado. Este estudo representa o primeiro relato sobre dados da epidemiologia molecular do Metapneumovírus Humano na região Norte do Brasil.
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GISELLY DE FATIMA MENDES PASCOAL
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PERFIL DE ABDOME AGUDO CIRÚRGICO EM PACIENTES COM HIV/AIDS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO PARÁ
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Data: 26/10/2012
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A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) é uma doença do sistema imunológico humano causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). O HIV ataca células humanas responsáveis por defender o organismo de doenças, sendo os linfócitos T CD4+ os mais atingidos. A dor abdominal em paciente imunodeprimido evolui com difícil manejo diagnóstico, sendo mandatório ao cirurgião estar familiarizado com os diversos diagnósticos diferenciais e complicações secundárias da Aids. O presente trabalho teve como objetivo descrever os aspectos clínico-epidemiológicos de pacientes com Aids que evoluíram com abdome agudo e receberam tratamento cirúrgico no período de janeiro de 2001 a janeiro de 2011 no Hospital Universitário João de Barros Barreto. Foi um estudo observacional, retrospectivo, do tipo caso-controle, onde o grupo de casos foi constituído por pacientes com Aids que evoluíram com abdome agudo e o grupo controle, por pacientes que também evoluíram com abdome agudo, porém sem condição imunossupressora associada. Houve predominância do sexo masculino na proporção 4,5 homens para cada mulher no grupo com aids, porém com proporção similar nos controles. A maioria dos pacientes (87%) do grupo controle apresentou alguma alteração laboratorial, diferentemente do grupo com Aids, onde 38,5% dos pacientes tiveram resultado normal. A anemia esteve presente em 75% dos pacientes com Aids e a leucocitose em 80% do grupo controle. A causa mais frequente de abdome agudo na população com Aids foi perfuração intestinal (82,1%), enquanto no grupo controle foi obstrução intestinal (39,1%). Somente o quadro clínico de defesa abdominal e diminuição de ruídos hidroaéreos apresentaram diferença estatisticamente significativa (p<0.01). As alterações radiológicas mais frequentes foram distensão de alças em 87,2% dos pacientes com Aids e níveis hidroaéreos em 65,2% dos pacientes do grupo controle. A principal cirurgia realizada no grupo Aids foi a ressecção intestinal com reconstrução primária do trânsito (65,5%). As complicações cirúrgicas foram mais frequentes no grupo com Aids (87,2% com infecção de ferida operatória) e a causa predominante de óbito em ambos os grupos foi sepse a partir de foco abdominal (81% nos casos e 87,5% controles), inclusive nos pacientes ostomizados. A probabilidade de óbito nos casos com Aids foi superior em cerca de 2 vezes em relação aos controles. O tempo de internação e o tempo de pós-operatório até o óbito foi menor nos pacientes com Aids em comparação aos controles. Sendo fundamental a realização do estudo para melhorar o manejo e sobrevida dos pacientes com Aids.
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LUANA SOARES BARBAGELATA
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PERFIL GENOTÍPICO DE RESISTÊNCIA DO VÍRUS Influenza A (H1N1)
PANDÊMICO AOS INIBIDORES DA NEURAMINIDASE EM PACIENTES
PROCEDENTES DA MESORREGIÃO DE BELÉM NO PERÍODO DE MAIO DE 2009
A MAIO DE 2012.
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Data: 26/10/2012
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O vírus Influenza é o responsável pela gripe, uma doença
que ocasiona milhões de mortes e hospitalizações todos os anos. Nas
infecções severas, especialmente em pessoas com risco para complicações,
os antivirais tornam-se os principais meios para o manejo clínico, merecendo
especial destaque os inibidores da neuraminidase (INAs). De fato, na
pandemia de 2009 a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou o uso
do oseltamivir para o tratamento dos doentes. Porém, devido à evolução
genética viral, surgiram cepas com mutações no gene codificador da
neuraminidase (NA) responsáveis por substituições aminoacídicas que levam à
resistência aos fármacos INAs. Assim, a OMS passou a recomendar a
vigilância de resistência genotípica para os vírus Influenza. Este trabalho teve
como objetivos verificar a ocorrência de mutações no gene codificador da NA
dos vírus Influenza A (H1N1) pandêmico que possam estar relacionadas à
resistência aos INAs em cepas circulantes na mesorregião metropolitana de
Belém no período de maio de 2009 a maio de 2012 e analisar, através da
modelagem de proteínas, as substituições aminoacídicas da NA que possam
estar influenciando na conformação protéica. Durante o período de estudo,
foram recebidas no LVR 2619 amostras clínicas de pacientes que
apresentavam sinais e sintomas de infecção respiratória aguda com até cinco
dias de evolução. Para a detecção do genoma viral foi feita a extração do RNA
viral, seguida de RT-PCR em tempo real utilizando marcadores específicos
para Influenza A H1N1pdm, resultando em 744 (28,4%) positivas. Parte das
amostras positivas foram então inoculadas em células MDCK. Para as
amostras isoladas em cultura de células, foi feita uma nova extração do RNA
viral seguida de uma RT-PCR e semi-nested (PCR) utilizando iniciadores
específicos para o gene NA, e posterior análise em sequenciador automático
ABI Prism 3130xl (Applied Biosystems). A modelagem molecular da NA foi
realizada através dos softwares SWISS-MODEL, MODELLER 9.10,
PROCHECK, VERIFY3D e PYMOL. A análise parcial das sequências da
neuraminidase nas amostras sequenciadas mostrou que não houve a
circulação de cepas de vírus H1N1pdm com a mutação H275Y, a principal
envolvida na resistência ao oseltamivir. Porém, em duas amostras foi
identificada a substituição D199N que já foi relatada em vários estudos
mostrando uma possível associação com o aumento da resistência ao
oseltamivir. As amostras de 2012 apresentaram duas substituições (V241I e
N369K) que estão relacionadas com um possível papel na compensação dos
efeitos negativos causados pela mutação H275Y. A modelagem molecular
mostrou que na mutação D199N houve uma alteração na estrutura da proteína
NA próxima ao sítio de ligação ao antiviral. A análise filogenética revelou que
as amostras de 2012 formaram um cluster isolado, demonstrando uma
variação muito mais temporal do que geográfica. Este representa o primeiro
estudo de resistência dos vírus Influenza H1N1pdm na mesorregião
metropolitana de Belém, representando um importante instrumento para que os
profissionais de saúde adotem estratégias mais eficazes no manejo da doença
e no desenvolvimento de novos fármacos anti-influenza.
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JESSYLENE DE ALMEIDA FERREIRA
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CARACTERIZAÇÃO DOS GENES CODIFICADORES DA HEMAGLUTININA E PB2 DO VÍRUS Influenza A (H1N1) PANDÊMICO ISOLADO NA MESORREGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM
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Data: 26/10/2012
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A recente pandemia de gripe de 2009/2010 causada pelo vírus A (H1N1) pandêmico mostrou um perfil de gravidade diferente da gripe sazonal, pois um percentual considerável de casos graves e fatais ocorreu em indivíduos adultos jovens, sem comorbidade. A virulência dos vírus Influenza A (H1N1) pandêmico resulta de interações protéicas complexas e depende essencialmente de alguns genes virais. O objetivo deste estudo foi caracterizar os genes codificadores da hemaglutinina (H1) e polimerase básica 2 (PB2) do vírus Influenza A (H1N1) pandêmico mediante a obtenção de cepas provenientes de pacientes com gripe procedente da mesorregião metropolitana de Belém-PA. A população investigada foi constituída de 87 amostras aleatórias de ambos os sexos de 0 a 96 anos, com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) sem nenhuma comorbidade relatada, no período de maio de 2009 a agosto de 2010. As amostras foram isoladas em cultura de célula MDCK e analisadas por técnicas de biologia molecular que compreenderam três etapas principais: a) extração do RNA viral (RNAv) a partir do sobrenadante celular; b) amplificação do RNAv pela técnica de Reação em Cadeia mediada pela Polimerase precedida de Transcrição Reversa (RT-PCR); c) sequenciamento completo dos genes codificadores da H1 e PB2. Das 87 cepas amplificadas pelo RT-PCR, em 82 tornou-se possível a obtenção e análise de sequências para o gene HA, enquanto que em 81 amostras virais obteve-se sequências para o gene PB2. A análise comparativa das sequências obtidas com a sequência da cepa vacinal (A/California/07/2009(H1N1)) revelou substituições aminoacídicas na HA (P83S; D97N; S203T; D222G; Q293H e I321V) e na PB2 (K340N; K526R e M631L), no entanto sem associação a hospitalização. Ao nível de substituição na HA, a D97N isolada ou associada com a S203T, foi detectada com mais frequência na primeira onda. Já ao nível da PB2 a substituição K526R foi mais encontrada em cepas que circularam na primeira onda, enquanto que, a M631L foi mais evidenciada na segunda. A substituição D222G na HA só foi encontrada em casos de óbitos. Por fim, observou-se uma tendência de alterações nos sítios antigênicos da HA. Sendo assim, a contínua vigilância genética e antigênica do vírus Influenza A (H1N1) pdm em circulação, bem como o compartilhamento de informações é de extrema importância para a melhor recomendação possível para os vírus que entram na composição vacinal evitando assim maior risco de epidemias severas no futuro.
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MARIA DE NAZARÉ COSTA SANTOS ALENCAR
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CARACTERIZAÇÃO SÉRICA DA LECTINA LIGADORA DE MANOSE (MBL) EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE PARASITOSES INTESTINAIS
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Data: 26/10/2012
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Apesar de as parasitoses intestinais, serem conhecidas desde muito tempo e serem estudas desde sua identificação, ainda constituem um desafio quanto ao seu diagnóstico e tratamento. Existe a necessidade de investimentos em pesquisas para o diagnóstico mais preciso, para a pronta intervenção, para os casos existentes. Além da prevenção dos fatores de risco que favorecem o surgimento, a manutenção e a propagação desses agentes. O conhecimento de que a competência imunológica do hospedeiro é um fator limitante da carga parasitária de diversas espécies. Considerando-se que a lectina ligadora de manose (MBL), componente do sistema do complemento, é uma proteína chave do sistema imune inato, atuando na primeira linha de defesa contra os patógenos pois é considerada de fase aguda, este estudo com 221 amostras de indivíduos de ambos os sexos e idades variadas, coletadas em três laboratórios distintos, no período de janeiro a abril de 2012. Foi estabelecido o perfil da população do estudo e fez-se a análise da associação entre fatores sociais e demográficos com as entero-parasitoses e avaliada a influência dos níveis séricos da lectina ligadora de manose(MBL) na susceptibilidade das enteroparasitoses, distribuição por faixa etária e sexo. Estabelecida também a comparação entre as concentrações séricas de MBL dos grupos com identificação de parasitas. Foram observadas associações estatisticamente significativas quando se relacionou os protozoários E.histolytica e G.lamblia com a concentração sérica da MBL.
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ELIANA DIRCE TORRES KHOURY
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"EXPOSIÇÃO AO MERCÚRIO: AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA COM ÊNFASE NA INVESTIGAÇÃO SOMATOSSENSORIAL QUANTITATIVA EM RIBEIRINHOS DA AMAZÔNIA".
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Data: 08/10/2012
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Apesar das evidencias de níveis de exposição ao mercúrio capazes de produzirem danos neurológicos às comunidades ribeirinhas da bacia do rio Tapajós, poucos estudos clínicos avaliaram alterações de funções neurológicas, principalmente as somatossensoriais, consideradas como as manifestações iniciais da intoxicação por metilmercúrio. Neste estudo avaliaram-se os níveis atuais de exposição ao mercúrio e as manifestações somatossensoriais em ribeirinhos adultos residentes em comunidades situadas em diferentes regiões hidrográficas. Duas, na bacia do Tapajós e uma na bacia do Tocantins. Participaram do estudo 78 ribeirinhos em Barreiras, 30 em São Luís do Tapajós (bacia do Tapajós) e 49 no Furo do Maracujá (Tocantins), com idade entre 13 e 53 anos, de ambos os sexos. Concentrações de mercúrio total foram quantificadas em cabelo através da espectrofotometria de absorção atômica e a avaliação neurológica foi realizada por exame convencional e através de medidas quantitativas para sensibilidade tátil por monofilamentos de Semmes-Weinstein, sensibilidade vibratória e discriminação de dois pontos. As concentrações de mercúrio nas comunidades da bacia do Tapajós foram maiores que a do Tocantins (p<0,0001). A avaliação das alterações neurológicas não mostrou diferença significativa entre as comunidades das áreas exposta e controle para as alterações observadas através do exame neurológico convencional, exceto para desvio da marcha (p <0,05). Os limiares do tato por monofilamentos de Semmes-Weinstein, exceto para o peito esquerdo; vibração, exceto para o esterno superior, e da discriminação de dois pontos foram maiores nos indivíduos em área de exposição quando comparados com os da área controle (p<0,05). Na correlação dos limiares com as concentrações atuais do Hgtotal no cabelo, correspondência diretamente proporcional só foi observada para os limiares do tato por monofilamentos de Semmes-Weinstein do lábio inferior (p-valor<0,0001). Conclui-se que alterações somatossensoriais leves predominaram nas áreas de exposição ao metilmercúrio. Manutenção do monitoramento da exposição, orientação em relação às medidas de saúde pública e novos estudos clínicos utilizando testes somatossensoriais quantitativos são necessários para esclarecimento da ocorrência de casos clínicos de intoxicação nas áreas ribeirinhas contaminadas por mercúrio.
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MARIA HELIANA CHAVES MONTEIRO DA CUNHA
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PERFIL DE ANTICORPOS ANTI-PGL-1 EM INDIVÍDUOS SADIOS DE ÁREAS ENDÊMICAS EM HANSENÍASE DO ESTADO DO PARÁ, MÉTODO DE ELISA.
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Data: 20/09/2012
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No Brasil, a hanseníase ainda persiste com elevados coeficientes de detecção, inclusive em menores de quinze anos, em especial nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Os resultados de estudos soroepidemiológicos para hanseníase, utilizando teste sorológico anti- PGL-1, pelo método Elisa, realizados no Estado do Pará onde os municípios em sua maioria alcançam patamares de elevadas endemicidade, podem ser comprometidos pela ausência de definição local de parâmetro que limite os níveis séricos de anticorpos específicos, IgM, anti- PGL-1 entre positivos e negativos; assim como, as avaliações e o seguimento de casos de pacientes reacionais e suspeitos de recidiva, ou de doentes e infectados sem sinais clínicos.Autores defendem a posição de que o ponto de corte (PC), entre positivos e negativos, deve ser encontrado a partir de uma população de doadores não contato de hanseníase da própria área de estudo para possibilitar comparabilidade. O objetivo do estudo foi descrever o comportamento sorológico dos níveis de anticorpos anti-PGL-1, método ELISA, em indivíduos sadios de áreas endêmicas em hanseníase no Estado do Pará, sua correlação com níveis de endêmicidade e fatores demográficos, e identificar PC para o teste. Estudo analítico transversal, população composta por doadores de sangue dos hemocentros do Estado do Pará. Amostra de 1.001 doadores de sangue não contato intradomiciliar de portadores de hanseníase, residentes em áreas de elevada endemicidade do Estado do Pará. Seleção dos participantes através de entrevista e ficha epidemiológica com variáveis independentes, como sexo, idade e cicatriz de BCG que foram correlacionadas com os níveis sorológicos de anti- PGL-1 encontrados na população do estudo. Resultados mostraram que não houve significância estatística entre sexo, idade, presença de cicatriz de BCG e os níveis de anti- PGL-1, usando PC ≥ 0,2. A média dos níveis de anti-PGL-1 foi notadamente baixa para áreas de hiperêndemicidade e muito alta endemicidade. As taxas de soropositividade e soroprevalência também foram consideradas baixas. Foram encontrados diferentes pontos de corte com a média geral dos níveis de anti-PGL-1, com a média por hemocentro e por municípios. A soropositividade obtida com PC ≥ 0,13 dobrou em valores absolutos de 15 para 36 em todas as três variáveis analisadas, apesar de não ter produzido resultados com significância estatística. Sugere-se a realização de mais estudos soroepidemiológicos utilizando ponto de corte mais baixo, como o encontrado neste estudo (0.13), para avaliar a influencia do mesmo na sensibilidade do teste, na soropositividade em contatos e não contatos de portadores de hanseníase, na descoberta de infecção subclínica e seguimentos dos casos.
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GRACIENE PEREIRA DE SOUSA
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ASPECTOS CLÍNICOS, EPIDEMIOLÓGICOS DA INFECÇÃO GENITAL PELO
PAPILOMAVÍRUS HUMANO EM GESTANTES DO MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ,
MARANHÃO
"ASPECTOS CLÍNICOS, EPIDEMIOLÓGICOS DA INFECÇÃO GENITAL PELOPAPILOMAVÍRUS HUMANO EM GESTANTES DO MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ,MARANHÃO".
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Data: 14/09/2012
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Sabe-se que a infecção pelo Papilomavírus humano (HPV) apresenta
ampla distribuição na população, sendo considerada a doença sexualmente
transmissível (DST) mais frequente mundialmente. Sua transmissão ocorre por
exposição sexual em cerca de 98% dos casos e seu pico de positividade é
observado entre mulheres na idade reprodutiva, principalmente nos primeiros anos
de atividade sexual. Em geral, a infecção é limitada pela ação do sistema
imunológico, o qual elimina o vírus no prazo de até 2 anos. Alterações que interfiram
na ação do sistema imunológico podem interferir no curso da infecção pelo HPV,
como em indivíduos com AIDS. Durante a gravidez ocorrem alterações fisiológicas
que modificam a resposta imunológica para a não rejeição do feto semi-alogênico.
Isso poderia interferir na evolução da infecção pelo HPV, porém, isto ainda é
controverso. Este estudo teve como objetivo analisar a prevalência da infecção pelo
HPV em mulheres grávidas no município de Imperatriz, MA e investigar as possíveis
associações existentes entre a infecção genital pelo HPV e fatores
sociodemográficos, comportamentais, sexuais, contraceptivos, reprodutivos e clínico
- ginecológicos selecionados.Foi realizado um estudo transversal, com 168 mulheres
grávidas no município de Imperatriz- MA. As pacientes selecionadas responderam a
um questionário sobre os dados sócio demográficos, comportamentais e
reprodutivos. Foi realizada coleta de material cervicovaginal para citologia
convencional e escovado cervical para detecção de DNA-HPV por técnica da reação
em cadeia de polimerase (PCR). A associação da infecção por HPV e fatores de
risco selecionados foi avaliada por meio do teste do Qui-quadrado (c2) e/ou exato de
Fisher, todos com um nível alfa de significância de 0,05. Foram estudadas 200
amostras de material do colo do útero foi coletado para realização do exame
Citopatológico e para identificação do DNA-HPV através por PCR. A prevalência da
infecção genital pelo HPV em gestante na cidade de Imperatriz foi de 17,6%, sendo
que a maior prevalência ocorreu na faixa etária entre 18 a 25 anos, a qual foi de
21,5%. Em relação à situação marital, nota-se que as gestantes solteiras
apresentaram maior risco de adquirir a infecção pelo HPV que as casadas (OR=
4,03; p= 0,0046). Quanto às características reprodutivas, verifica-se as gestantes
que afirmaram serem primigestas apresentaram maior prevalência da infecção pelo
HPV, com 29%, sendo estatisticamente significantes (p=0,001), tendo 4 vezes mais
chances de adquirir a infecção pelo HPV em relação às mulheres que engravidaram
2 ou mais vezes. Interessantemente, as mulheres que estavam realizando o primeiro
PCCU na ocasião, apresentaram maior prevalência da infecção pelo HPV (25%) em
relação àquelas que já haviam realizado este exame anteriormente.Os resultados
mostraram uma elevada prevalência de HPV em Gestantes jovens com idade menor
que 25 anos, em primigestas e entre as que realizaram PCCU pela primeira vez,
portanto observa-se a necessidade de medidas para promoção e prevenção de
saúde com esse alvo de gestante específico dentro da rotina de serviço Hospitalar .
Desta forma, acredita-se que esses dados possam ser muito úteis no planejamento
de programas, incluindo o controle de Doenças sexualmente transmissíveis,
Sabe-se que a infecção pelo Papilomavírus humano (HPV) apresentaampla distribuição na população, sendo considerada a doença sexualmentetransmissível (DST) mais frequente mundialmente. Sua transmissão ocorre porexposição sexual em cerca de 98% dos casos e seu pico de positividade éobservado entre mulheres na idade reprodutiva, principalmente nos primeiros anosde atividade sexual. Em geral, a infecção é limitada pela ação do sistemaimunológico, o qual elimina o vírus no prazo de até 2 anos. Alterações que interfiramna ação do sistema imunológico podem interferir no curso da infecção pelo HPV,como em indivíduos com AIDS. Durante a gravidez ocorrem alterações fisiológicasque modificam a resposta imunológica para a não rejeição do feto semi-alogênico.Isso poderia interferir na evolução da infecção pelo HPV, porém, isto ainda écontroverso. Este estudo teve como objetivo analisar a prevalência da infecção peloHPV em mulheres grávidas no município de Imperatriz, MA e investigar as possíveisassociações existentes entre a infecção genital pelo HPV e fatoressociodemográficos, comportamentais, sexuais, contraceptivos, reprodutivos e clínico- ginecológicos selecionados.Foi realizado um estudo transversal, com 168 mulheresgrávidas no município de Imperatriz- MA. As pacientes selecionadas responderam aum questionário sobre os dados sócio demográficos, comportamentais ereprodutivos. Foi realizada coleta de material cervicovaginal para citologiaconvencional e escovado cervical para detecção de DNA-HPV por técnica da reaçãoem cadeia de polimerase (PCR). A associação da infecção por HPV e fatores derisco selecionados foi avaliada por meio do teste do Qui-quadrado (c2) e/ou exato deFisher, todos com um nível alfa de significância de 0,05. Foram estudadas 200amostras de material do colo do útero foi coletado para realização do exameCitopatológico e para identificação do DNA-HPV através por PCR. A prevalência dainfecção genital pelo HPV em gestante na cidade de Imperatriz foi de 17,6%, sendoque a maior prevalência ocorreu na faixa etária entre 18 a 25 anos, a qual foi de21,5%. Em relação à situação marital, nota-se que as gestantes solteirasapresentaram maior risco de adquirir a infecção pelo HPV que as casadas (OR=4,03; p= 0,0046). Quanto às características reprodutivas, verifica-se as gestantesque afirmaram serem primigestas apresentaram maior prevalência da infecção peloHPV, com 29%, sendo estatisticamente significantes (p=0,001), tendo 4 vezes maischances de adquirir a infecção pelo HPV em relação às mulheres que engravidaram2 ou mais vezes. Interessantemente, as mulheres que estavam realizando o primeiroPCCU na ocasião, apresentaram maior prevalência da infecção pelo HPV (25%) emrelação àquelas que já haviam realizado este exame anteriormente.Os resultadosmostraram uma elevada prevalência de HPV em Gestantes jovens com idade menorque 25 anos, em primigestas e entre as que realizaram PCCU pela primeira vez,portanto observa-se a necessidade de medidas para promoção e prevenção desaúde com esse alvo de gestante específico dentro da rotina de serviço Hospitalar .Desta forma, acredita-se que esses dados possam ser muito úteis no planejamentode programas, incluindo o controle de Doenças sexualmente transmissíveis, principalmente o HPV.
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EDEM OLIVEIRA MILHOMEM FILHO
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"Níveis de exposição ao mercúrio em comunidades Ribeirinhas de Imperatriz, Maranhão, Brasil”.
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Data: 14/09/2012
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O mercúrio é um elemento químico considerado deletério e não essencial a qualque processo metabólico, sendo acumulado no organismo humano, causando assim vários danos à O rsaúde, inclusive ao sistema nervoso. É importante citar que o Hg pode ser encontrado no meio aquático e em sedimentos. Ao atingir o meio aquático as espécies inorgânicas do metal podem sofrer reações mediadas por microrganismos alterando respectivamente seu estado inicial, resultando em compostos organomercuriais como o metilmercúrio. O metal é facilmente absorvido por peixes e outros animais aquáticos levando à deposição dessa substância nos tecidos, acumulando-se ao longo do tempo e sendo repassada para o organismo humano por meio de uma dieta a base do pescado. O presente trabalho possui um caráter observacional analítico do tipo transversal onde o público alvo foram os moradores da comunidade Beira Rio, localizada às margens do Rio Tocantins no município de Imperatriz, Maranhão. Foram 25 famílias de pescadores participantes com 59 membros que obedeceram aos critérios de inclusão. O valor médio de Hg-total nas amostras de cabelo foi de 1,139 + 1,521 ppm (variando de 0 - 8,79 ppm). Após determinação do perfil alimentar, quatro espécies de peixe foram analisados: Hydrolycus scomberoides (0,2775+0,0551ppm); Leporinus friderici (0,0506+0,0183 ppm); Prochilodus nigricans (0,0308+0,0108 ppm) e Hypophthalmus edentatus (0,1360+0,0985). Todas as amostras apresentaram concentração de Hg-total dentro dos limites estabelecidos pelos órgãos regulamentadores (0,5 ppm para peixes não predadores, 1 ppm para peixes predadores e 10 ppm para amostras de cabelo humano). Foi encontrada variância significativa revelando uma maior média de Hg no gênero masculino. Não ocorreu variância significativa dos valores de Hg total frente à frequência do consumo de pescado.
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IRACIANE RODRIGUES NASCIMENTO OLIVEIRA
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"AVALIAÇÃO DA DISPERSÃO DE LUZ SOBRE A RETINA DE PACIENTES COM HISTÓRICO DE HANSENÍASE"
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Data: 14/09/2012
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A hanseníase acomete as estruturas oculares e tem o potencial de prejudicar a passagem da luz através dos meios ópticos e prejudicar a formação da imagem na retina. Devido a importância da visão na vida do ser humano, a diminuição da qualidade de formação de imagem na retina, piora a qualidade de vida de pessoas que podem ter alterações sensoriais somestésicas e motoras. Este estudo transversal foi realizado com pacientes com história de hanseníase registrados no município de Governador Edison Lobão no Estado do Maranhão no período de agosto de 2011 a maio de 2012 e teve como principal objetivo avaliar o grau de dispersão da luz sobre a retina destes pacientes. Os dados foram colhidos através da utilização do aparelho C-Quant, o qual utiliza um procedimento psicofísico que permite quantificar a avaliação da dispersão da luz sobre a retina. Também foram utilizados questionários com o intuito de levantar dados sócio-econômicos e epidemiológicos, identificação das formas clínicas, grau de incapacidades, tempo de tratamento e dificuldade visual e comprometimento ocular dos pacientes envolvidos na pesquisa. Foram avaliados 50 olhos de pacientes com história clínica de hanseníase e foram comparados a 48 olhos de sujeitos controles. Não houve diferença entre os grupos estudados quanto aos fatores sócio-econômicos e acuidade visual. Houve diferença estatística entre os valores de dispersão da luz entre os grupos controle e de pacientes com hanseníase (ANOVA de uma via, α = 0,05). Não houve diferença dos valores de dispersão de luz entre olhos de pacientes com diferentes formas clínicas da hanseníase. Vinte e sete (54%) olhos de pacientes com hanseníase apresentaram valores de dispersão da luz maiores acima de 99% da distribuição dos valores de dispersão da luz do grupo controle. Os valores da dispersão da luz em função da idade dos sujeitos controle ajustaram-se bem a um modelo preditivo, enquanto os valores dos pacientes com hanseníase não tiveram um bom ajuste ao modelo preditivo. A dispersão da luz em função do tempo de diagnóstico mostrou que os valores de dispersão da luz são maiores em pacientes recém-diagnosticados e que iniciaram o tratamento (2-6 meses) e em pacientes já tratados e com tempo de diagnósticos superior a 30 meses. Mesmo pacientes com acuidade visual normal tiveram alteração da dispersão da luz na retina e podem ter a qualidade de vida prejudicada no decorrer da vida. As alterações de dispersão da luz
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apresentados pelos pacientes com história de hanseníase devem ser devido ao comprometimento dos tecidos oculares devido a hanseníase, consequência de perdas de reações protetoras aos olhos devido perdas somestésicas e uso da
A hanseníase acomete as estruturas oculares e tem o potencial de prejudicar a passagem da luz através dos meios ópticos e prejudicar a formação da imagem na retina. Devido a importância da visão na vida do ser humano, a diminuição da qualidade de formação de imagem na retina, piora a qualidade de vida de pessoas que podem ter alterações sensoriais somestésicas e motoras. Este estudo transversal foi realizado com pacientes com história de hanseníase registrados no município de Governador Edison Lobão no Estado do Maranhão no período de agosto de 2011 a maio de 2012 e teve como principal objetivo avaliar o grau de dispersão da luz sobre a retina destes pacientes. Os dados foram colhidos através da utilização do aparelho C-Quant, o qual utiliza um procedimento psicofísico que permite quantificar a avaliação da dispersão da luz sobre a retina. Também foram utilizados questionários com o intuito de levantar dados sócio-econômicos e epidemiológicos, identificação das formas clínicas, grau de incapacidades, tempo de tratamento e dificuldade visual e comprometimento ocular dos pacientes envolvidos na pesquisa. Foram avaliados 50 olhos de pacientes com história clínica de hanseníase e foram comparados a 48 olhos de sujeitos controles. Não houve diferença entre os grupos estudados quanto aos fatores sócio-econômicos e acuidade visual. Houve diferença estatística entre os valores de dispersão da luz entre os grupos controle e de pacientes com hanseníase (ANOVA de uma via, α = 0,05). Não houve diferença dos valores de dispersão de luz entre olhos de pacientes com diferentes formas clínicas da hanseníase. Vinte e sete (54%) olhos de pacientes com hanseníase apresentaram valores de dispersão da luz maiores acima de 99% da distribuição dos valores de dispersão da luz do grupo controle. Os valores da dispersão da luz em função da idade dos sujeitos controle ajustaram-se bem a um modelo preditivo, enquanto os valores dos pacientes com hanseníase não tiveram um bom ajuste ao modelo preditivo. A dispersão da luz em função do tempo de diagnóstico mostrou que os valores de dispersão da luz são maiores em pacientes recém-diagnosticados e que iniciaram o tratamento (2-6 meses) e em pacientes já tratados e com tempo de diagnósticos superior a 30 meses. Mesmo pacientes com acuidade visual normal tiveram alteração da dispersão da luz na retina e podem ter a qualidade de vida prejudicada no decorrer da vida. As alterações de dispersão da luzviiiapresentados pelos pacientes com história de hanseníase devem ser devido ao comprometimento dos tecidos oculares devido a hanseníase, consequência de perdas de reações protetoras aos olhos devido perdas somestésicas e uso da terapia medicamentosa.
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JANILDES MARIA SILVA
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DIMINUIÇÃO DA SENSIBILIDADE AO CONTRASTE ESPACIAL DE LUMINÂNCIA EM SUJEITOS COM HISTÓRIA DE USO DE TERAPIA MEDICAMENTOSA ANTI-TUBERCULOSE"
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Data: 14/09/2012
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Os fármacos isoniazida e etambutol, medicamentos comumente utilizados no tratamento de casos de tuberculose, reconhecidamente, provocam danos à visão dos pacientes que os utilizam. Assim, considerando-se a visão um sentido tão importante na qualidade de vida dos seres humanos, e ainda que o contraste de luminância espacial têm sido considerada um bom marcador biológico de avaliação da visão, o presente estudo objetivou comparar a sensibilidade ao contraste espacial de luminância de pacientes com histórico de uso dos fármacos mencionados, com os sujeitos saudáveis. A pesquisa foi realizada nos municípios de Imperatriz, Balsas, Davinópolis e Governador Edson Lobão, todos no estado do Maranhão, no período compreendido entre 2009 à 2012. Trata-se de um estudo transversal, analítico, caso controle. Participaram deste estudo três grupos de investigação: grupo controle, composto por 40 pessoas sem histórico do uso de medicamentos antituberculostático, ou qualquer disfunção visual; grupo tratado com somente isoniazida, composto por 19 sujeitos; e grupo tratado com a associação de isoniazida e etambutol com 18 sujeitos. Para avaliação da sensibilidade ao contraste dos sujeitos em estudo foi utilizado um monitor de tubo de raios catódicos de 21” cuja tela do mesmo apresentava as dimensões de 6,0x5,0 graus de ângulo visual. A comparação das sensibilidades ao contraste nas diferentes frequências espaciais entre os três grupos estudados mostrou que existiu diferença significativa entre os grupos (ANOVA duas vias de medidas repetidas, teste post-hoc de Tukey, p < 0,05). O grupo controle apresentou valores de sensibilidade ao contraste espacial de luminância superiores que aqueles apresentados pelo grupo de sujeitos tratados com isoniazida nas frequências espaciais de 10 e 15 cpg. O grupo controle também apresentou valores de sensibilidade ao contraste espacial de luminância superiores àqueles apresentados pelo grupo de sujeitos tratados com a combinação etambutol e isoniazida nas frequências espaciais de 4, 6, 10, 15 e 20 cpg. Não houve diferença de sensibilidade ao contraste espacial de luminância entre os dois grupos de sujeitos expostos a terapia medicamentosa em nenhuma frequência espacial
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JAISANE SANTOS MELO LOBATO
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"PERDA DE SENSIBILIDADE AO CONTRASTE ESPACIAL DE LUMINÂNCIA EM SUJEITOS COM HISTÓRIA CLÍNICA DE HIPOVITAMINOSE B1".
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Data: 14/09/2012
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A vitamina B1 atua diretamente no metabolismo energético, portanto sua deficiência leva a inúmeros prejuízos ao sistema nervoso, inclusive a na visão que é um sentido muito importante e fundamental na qualidade de vida dos seres humanos. Estudos têm mostrado que a estimativa da sensibilidade ao contraste de luminância espacial é um bom marcador biológico de avaliação da visão e do próprio sistema nervoso. O presente estudo objetivou comparar a sensibilidade ao contraste espacial de luminância de pacientes com histórico de hipovitaminose B1 com os sujeitos saudáveis residentes nos municípios de Imperatriz e João Lisboa do estado do Maranhão no período de 2006 à 2009. Trata-se de um estudo transversal, analítico, caso controle. Participaram deste estudo 18 pacientes com histórico de hipovitaminose B1, sendo 13 do sexo masculino e 5 do sexo feminino, com idade média de 33,77 ± 9,33 anos, dos quais foram avaliados 35 olhos. O grupo controle avaliado foi composto por 80 olhos de 40 pessoas saudáveis de ambos os sexos com idade média 33,25 ± 9,3 anos, os quais têm estilo de vida semelhante aos sujeitos com história clínica de hipovitaminose B1. Para avaliação da sensibilidade ao contraste dos sujeitos em estudo foi utilizado um monitor de tubo de raios catódicos de 21” cuja tela do mesmo apresentava as dimensões de 6,0x5,0 graus de ângulo visual. Foi ainda realizada avaliação nutricional de todos os sujeitos envolvidos na pesquisa, além dos testes de acuidade visual e fundo de olho. Houve diferença estatística entre os valores de sensibilidade ao contraste do grupo controle e do grupo dos sujeitos com histórico de hipovitamonise B1, principalmente nas frequências 4, 10, 15 e 20 cpg (ANOVA de duas via, α = 0,05, com teste post-hoc de Tukey). Quanto ao estado nutricional dos sujeitos que tiveram hipovitaminose B1, a maioria apresentou uma alteração no seu estado de eutrofia, principalmente no que se refere ao risco nutricional para o desenvolvimento de hipovitaminoses. Os dados obtidos indicam que existe uma relação importante de interferência do estado nutricional nas condições de saúde da função visual. Foi evidenciada ainda a relação entre queixas clínicas com a perda da acuidade visual e com a redução da sensibilidade ao contraste. Os principais achados indicam a necessidade de realizar ações que evitem que essa condição de hipovitaminose B1 venha a fazer mais vítimas, uma vez que pode levar a lesões neuronais irreversíveis.
Palavras Chaves: Hipovitaminose B1. Sensibilidade ao contraste. Perda visu
A vitamina B1 atua diretamente no metabolismo energético, portanto sua deficiência leva a inúmeros prejuízos ao sistema nervoso, inclusive a na visão que é um sentido muito importante e fundamental na qualidade de vida dos seres humanos. Estudos têm mostrado que a estimativa da sensibilidade ao contraste de luminância espacial é um bom marcador biológico de avaliação da visão e do próprio sistema nervoso. O presente estudo objetivou comparar a sensibilidade ao contraste espacial de luminância de pacientes com histórico de hipovitaminose B1 com os sujeitos saudáveis residentes nos municípios de Imperatriz e João Lisboa do estado do Maranhão no período de 2006 à 2009. Trata-se de um estudo transversal, analítico, caso controle. Participaram deste estudo 18 pacientes com histórico de hipovitaminose B1, sendo 13 do sexo masculino e 5 do sexo feminino, com idade média de 33,77 ± 9,33 anos, dos quais foram avaliados 35 olhos. O grupo controle avaliado foi composto por 80 olhos de 40 pessoas saudáveis de ambos os sexos com idade média 33,25 ± 9,3 anos, os quais têm estilo de vida semelhante aos sujeitos com história clínica de hipovitaminose B1. Para avaliação da sensibilidade ao contraste dos sujeitos em estudo foi utilizado um monitor de tubo de raios catódicos de 21” cuja tela do mesmo apresentava as dimensões de 6,0x5,0 graus de ângulo visual. Foi ainda realizada avaliação nutricional de todos os sujeitos envolvidos na pesquisa, além dos testes de acuidade visual e fundo de olho. Houve diferença estatística entre os valores de sensibilidade ao contraste do grupo controle e do grupo dos sujeitos com histórico de hipovitamonise B1, principalmente nas frequências 4, 10, 15 e 20 cpg (ANOVA de duas via, α = 0,05, com teste post-hoc de Tukey). Quanto ao estado nutricional dos sujeitos que tiveram hipovitaminose B1, a maioria apresentou uma alteração no seu estado de eutrofia, principalmente no que se refere ao risco nutricional para o desenvolvimento de hipovitaminoses. Os dados obtidos indicam que existe uma relação importante de interferência do estado nutricional nas condições de saúde da função visual. Foi evidenciada ainda a relação entre queixas clínicas com a perda da acuidade visual e com a redução da sensibilidade ao contraste. Os principais achados indicam a necessidade de realizar ações que evitem que essa condição de hipovitaminose B1 venha a fazer mais vítimas, uma vez que pode levar a lesões neuronais irreversíveis.
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WLLINGTON JORGE DOS SANTOS
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"AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA A VACINA DA HEPATITE B NOS TRABALHADORES DO HOSPITAL MUNICIPAL DE IMPERATRIZ-MA.".
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Data: 14/09/2012
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O ambiente hospitalar oferece riscos quando da exposição dos profissionais de saúde e demais trabalhadores a uma diversidade de materiais, especialmente os biológicos. Esse estudo tem como objetivo determinar a prevalência dos marcadores sorológicos para o HBV (ABsAg, anti-HBC e anti-HBS) e analisar a resposta imunológica à vacina da Hepatite B entre os trabalhadores do Hospital Municipal de Imperatriz-MA. Foram consultados os prontuários de 257 trabalhadores do hospital, de diferentes categorias de profissionais. Foi retirado dos prontuários informações sobre o esquema vacinal para a Hepatite B, bem como os resultados dos marcadores sorológicos (HBsAg, Anti HBs, Anti HBC total) realizados por eles no ano de 2010 e 2011. Na pesquisa dos marcadores sorológicos para o HBV foi observado que 0,4% apresentava o HbsAg, 10% o anti-HBc total e 34% o anti-HBs. Baseado na interpretação dos marcadores sorológicos pesquisados 62% dos funcionários estão susceptíveis a infecção pelo HBV. A faixa etária de 41 a 60 anos, o tempo de serviço, onde 72% dos servidores que haviam entrado em contato com o HBV possuíam mais de 3 anos de serviço no hospital, foi mais frequente nos funcionários reagentes. Quanto à vacinação para o HBV foi observado que entre os servidores que haviam entrado em contato com o vírus a maioria deles 84% realizaram o esquema vacinal completo. Os resultados deste trabalho evidencia a necessidade de intensificação das estratégias de melhoria da cobertura vacinal contra hepatite B, capacitação dos profissionais sobre medidas de prevenção contra acidentes com material biológico e sensibilização dos profissionais para o uso de equipamentos de proteção individual e coletiva.
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ALDA EMÍDIA BARROSO PINHEIRO DE SOUSA
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"SOROEPIDEMIOLOGIA DA HEPATITE C EM PACIENTES HIV/AIDS DO SERVIÇO AMBULATORIAL ESPECIALIZADO DO PROGRAMA DST/AIDS DE IMPERATRIZ – MARANHÃO".
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Data: 14/09/2012
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A coinfecção do vírus da hepatite C (HCV) em pessoas portadoras do vírus da imunodeficiência humana (HIV) é freqüentemente observada em virtude destes vírus apresentarem similaridade em suas rotas de transmissão, principalmente no que se refere à via parenteral. No Brasil, a prevalência depende da área geográfica considerada, variando de 8,9% a 54%. Nos coinfectados, a progressão da doença pelo HCV é usualmente mais agressiva e apresenta alto nível de viremia, como também, há um risco maior de associação do HCV com a cirrose hepática e/ou hepatocarcinoma. O objetivo do presente estudo foi estimar a prevalência de HCV e fatores de risco associados à coinfecção em pessoas soropositivas para HIV na cidade de Imperatriz Maranhão. Participaram 249 pacientes soropositivos para HIV atendidos no SAE do Programa Municipal de DST/AIDS de Imperatriz do Maranhão. Foi coletado de cada voluntário 10 mL de sangue periférico para realização do teste sorológico, onde foi realizada pesquisa de anticorpos IgG HCV específicos e testes de Biologia Molecular (RT-PCR) para pesquisa do RNA viral e genotipagem. Entre os pacientes observou-se similaridade entre a frequência dos gêneros, 49% masculino e 51% feminino, com média de idade de 40 anos. Foi observado que 98% possuem baixo nível de instrução e 63% possuem renda mensal de até um salário mínimo. A soroprevalência do anti-HCV foi de 2.4% (6/249). Na comparação dos fatores de risco pesquisados entre os pacientes reagentes e não reagentes na pesquisa sorológica de anticorpos HCV específicas demonstraram que a presença de tatuagens e piercing foi o único fator que se mostrou significantes, sendo mais frequente nos reagentes. Esse foi o primeiro estudo que investiga a coinfecção HIV e HCV na cidade de Imperatriz, Maranhão e a identificação de pacientes coinfectados foi de fundamental importância para o serviço que a partir de então irá realizar o acompanhamento destes pacientes
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CRISTIANO DOS SANTOS COSTA
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"SOROEPIDEMIOLOGIA DO HCV EM DOADORES DE SANGUE NA CIDADE DE IMPERATRIZ-MA".
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Data: 13/09/2012
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Devido à alta mortalidade e, principalmente, a morbidade, as hepatites virais são um dos mais graves problemas de Saúde Pública no país e no mundo. Dentre elas a do tipo C tem destaque relevante no cenário mundial. O presente estudo teve como objetivo geral avaliar a soroprevalência do HCV em candidatos à doação de sangue no município de Imperatriz – MA, no período de 2005 a 2010; assim como analisar o perfil dos candidatos considerados inaptos a doação de sangue no HEMOMAR, nesta cidade; determinar a soroprevalência do Vírus da Hepatite C entre os doadores de sangue no período do estudo; realizar o levantamento dos dados epidemiológicos, destacando o gênero e a faixa etária de maior prevalência do vírus da hepatite C; comparar os dados epidemiológicos identificando a procedência dos candidatos soropositivos para o vírus da hepatite C. Sendo este estudo de caráter descritivo transversal, envolvendo doadores de sangue do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Maranhão, na regional de Imperatriz. Na distribuição dos doadores de sangue do HEMOMAR, regional de Imperatriz quanto ao gênero, constata-se que, nos anos de 2005 à 2010 o fluxo de doadores caracterizou-se por indivíduos de ambos os gêneros, com predominância do masculino (75,01%), quando analisamos o perfil dos candidatos a doadores com sorologia positiva para HCV, observamos que estes também eram a maioria com 66,67%. A faixa etária dos doadores de sangue do HEMOMAR predominante foi de 18-29 anos, chegando a 58,52% em 2010. Entre os doadores que foram considerados inaptos a doação, 0,21% apresentou sorologia positiva para HCV, dos quais 79,17% em situação de casados/união estável. A maioria dos candidatos a doadores com soropositividade para HCV pertencia ao município de Imperatriz (58,33%). Concluiu-se que é importante lembrar que o processo de triagem clínica e laboratorial diminui os riscos de contaminação no processo de transfusão sanguínea. A realidade epidemiológica da hepatite C em Imperatriz necessita de maior conhecimento e planejamento das estratégias de prevenção e assistência aos portadores de HCV, uma vez que não existe uma rede de serviços consolidada para o tratamento e monitoramento e a sub-notificação dos casos é elevada.
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FRANCIARA BATISTA CASANOVA
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Prevalência do Papilomavírus Humano e seus genótipos mulheres portadoras do vírus da imunodeficiência Humana atendidas no SAE de Imperatriz-MA.
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Data: 13/09/2012
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O presente trabalho tem objetivo de avaliar a prevalência do HPV e os fatores de risco associados à coinfecção HIV HPV. Foram analisadas 78 amostras cervicais de mulheres HIV-positivas atendidas no SAE do Programa Municipal de DST/AIDS de Imperatriz do Maranhão. Realizaram-se os exames de citopatologia e amplificação por PCR. Como instrumento para coleta de dados foi utilizado um questionário. A positividade do DNA de HPV foi de 74,36%. Em nosso estudo a citologia diagnosticou alterações em 16 (20,51%) dos casos. Foi detectado DNA HPV em 71% das pacientes com citologia classificada como inflamatória, e 93,7% das citologias alteradas. Dentre as alterações destacamos ASCUS com 100%; ASCUH 100%; LIE de baixo grau 100%; LIE de alto grau 66,6%. Analisando os fatores de risco sócio-demográficos desta população em relação a prevalência da infecção pelo HPV, notou-se que mulheres que relataram nunca ter feito uso de álcool apresentaram maior prevalência 87,5% e mulheres que fazem uso de cigarro atualmente, 84,6% estavam infectadas pelo HPV. Não houve diferenças entre as variáveis situação marital, escolaridade, número de parceiros, uso de preservativo e uso de anticoncepcional, ocorrendo perfil semelhante. Esse estudo foi o pioneiro na cidade de Imperatriz e comprovou uma alta prevalência da co-infecção. O combate ao câncer de útero deve ser adotado como uma prioridade dos serviços de saúde pública por se tratar de doença com potencial para a prevenção, cujo rastreamento é eficaz.
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RENATA DE CÁSSIA COÊLHO PIRES
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"PREVALÊNCIA E ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS ENTEROPARASITOSES E SUA RELAÇÃO COM O ESTADO NUTRICIONAL EM CRIANÇAS RESIDENTES NO BAIRRO BEIRA RIO DE IMPERATRIZ, MA EM 2011".
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Data: 13/09/2012
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As parasitoses intestinais são consideradas um problema de saúde pública, que apesar de todos os avanços tecnológicos e da medicina, ainda são fortemente incidentes na atualidade, sendo capazes de desencadear consequências diversas aos seus portadores, especialmente em crianças, que se encontra em fase de crescimento e desenvolvimento e que podem ter este momento prejudicado através do retardo físico, mental e social. Assim, a presente pesquisa teve por objetivo conhecer a prevalência e os aspectos epidemiológicos das enteroparasitoses e sua relação com anemia e estado nutricional em crianças residentes no Bairro Beira-Rio, na faixa etária de 01 a 10 anos e que são acompanhadas pela Estratégia Saúde da Família do referido Bairro. Para tanto, foram analisados 102 prontuários referentes às crianças atendidas na Unidade Básica de Saúde (UBS), através do atendimento oferecido pela equipe de saúde no período de 2011 e que realizaram exame parasitológico de fezes, dosagem de hemoglobina e ferro sérico, além das medidas antropométricas. Foi encontrada uma prevalência de 60% para as enteroparasitoses, especialmente por Ascaris lumbricoides (20%); Giardia lamblia (14%) e Endolimax nana (14%). Quanto ao gênero e faixa etária não foram identificadas diferenças significativas na prevalência das parasitoses intestinais, no entanto, foi observada uma associação entre enteroparasitoses e anemia por ferro sérico, ao contrário da análise por hemoglobina. A avaliação nutricional demonstrou que (50,98%) das crianças estavam com estado nutricional adequado (eutrófico) e (34,31%) apresentaram alterações com baixo peso e risco nutricional, e destas, (57,14%) estavam parasitadas, o que alerta para a maior atenção para este público em razão de doenças e complicações que podem advir desta condição. Nos aspectos epidemiológicos houve uma significativa relação entre a baixa escolaridade materna e as parasitoses intestinais, assim como deficiência quanto ao tratamento da água consumida, o que reforça que medidas preventivas são essenciais para o controle deste agravo, pois além dos prejuízos a saúde, refletem as condições de vida a que a comunidade está exposta, como saneamento básico deficiente e má qualidade de vida, especialmente para as crianças.
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MARLUCE SAMPAIO NOBRE BARBOSA
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"INFECÇÃO POR HELICOBACTER PYLORI E A TRANSMISSÃO INTRADOMICILIAR EM CRIANÇAS RESIDENTES AS MARGENS DO RIO TOCANTINS, NO MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ – MA.".
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Data: 13/09/2012
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O presente estudo teve como objetivo analisar a relação entre a infecção pela Helicobacter pylori em crianças e seus respectivos pais, mediante informações diagnósticas laboratoriais e epidemiológicas, contribuindo para esclarecer os possíveis fatores etiológicos desta infecção. Foi realizado um estudo descritivo e analítico do tipo transversal, nos períodos de março a junho de 2012. A população de estudo incluiu 48 famílias residentes às margens do rio Tocantins no município de Imperatriz-Maranhão, cadastradas e assistidas pela equipe de saúde da família Beira Rio. Foi aplicado formulário epidemiológico e coletado material biológico das crianças menores de 12 anos que corresponderam a amostras de fezes e saliva, enquanto que dos pais ou responsáveis e filhos a partir de 12 anos corresponderam a amostras de sangue e saliva. Nas amostras de soro foi pesquisada a presença de anticorpos IgG anti-H. pylori através de ensaios imunoenzimáticos (ELISA), na saliva foi utilizada a técnica de DOT-ELISA em membranas de nitrocelulose para identificação de fenótipos ABH e Lewis, as fezes foram usadas para a pesquisa de antígenos da H.pylori através de ensaio imunocromatográfico qualitativo. A prevalência global da infecção nas crianças menores de 12 anos foi de 70,65%, tendo inicio antes do primeiro ano de vida. A prevalência da infecção nas mães e nos pais foi de 76,60% e 59,09% respectivamente, entre as mães infectadas 87,50% dos filhos estavam também infectados. Além disto, o baixo nível de escolaridade materna está correlacionado com uma proporção maior de filhos infectados. A prevalência da infecção pela H. pylori, entre os membros das famílias estudadas não mostrou associações com os fenótipos de grupos sanguíneos ABO, Lewis e estado secretor. Os aspectos socioeconômicos são sugestivos de que a transmissão intrafamiliar pode ser facilitada pelas precárias condições socioambientais, comausência de saneamento, higiene e pobreza.
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JOSENÓLIA ARAÚJO ALMEIDA
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"ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E CLÍNICO-PATOLÓGICOS DA INFECÇÃO PELO HPV NO MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ – MA".
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Data: 13/09/2012
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O HPV é uma DST de grande magnitude, acometendo principalmente países subdesenvolvidos e levando ao aumento nos indicadores de morbi- mortalidade por este agravo, por ser o principal agente etiológico desencadeante do cancer do colo Uterino. OBJETIVO: O objetivo desse estudo foi conhecer o perfil sócio econômico e clínico patológico das usuárias do CEMI. METODOS: Estudo transversal realizado através de ficha ginecológica no CEMI. , de maio a junho de 2012, analisando101 mulheres que realizaram PCCU. RESULTADOS: A prevalência da infecção por HPV nas usuárias foi de 10,68%, quanto aos fatores sócio demográficos foi prevalente em pacientes com o ensino fundamental, (16,8%),estudantes ( 66,6%) ,com renda maior que três salários mínimos (33,3), na faixa etária de 12 a 22 anos (25%),raça negra (12,5%) ,e solteira ( 17,24%).Em relação aos fatores de risco : Não se encontrou associação com nenhuma das variáveis multiplicidade de parceiros ((20%), uso de preservativo ( 23,5%) , não realização anual de PAP ( 13,6%) ,fumo de cigarros (22,2%). CONCLUSAO: A prevalência da infecção por HPV em mulheres atendidas no serviço de atenção a saúde da mulher do Maranhão foi relativamente baixa em relação a grandes centros brasileiros . apesar de nenhuma variável demonstrar associação com o risco de infecção , iniciação sexual precoce,multiplicidade de parceiros , DST anterior, mostraram maior prevalência em relação ao controle .Este estudo deverá estendido por mais tempo, em virtude da necessidade de esclarecimentos em outros momentos considerando o grande fluxo migratório que o município vem sofrendo , e da necessidade em conhecer melhor os fatores de riscos , cuja associação não foi demonstrada neste estudo.
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HAIGLE RECKHEGEL DE SOUSA
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"ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA INFECÇÃO PELO PAPILOMAVÍRUS HUMANO E A CORPOREIDADE DAS MULHERES RESIDENTES ÀS MARGENS DO RIO TOCANTINS, NA CIDADE DE IMPERATRIZ – MA."
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Data: 13/09/2012
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O câncer cervical é o segundo mais comum câncer entre as mulheres no mundo. Esse câncer pode ser detectado precocemente pelo exame de Papanicolau. O Papilomavírus humano (HPV) é reconhecido como principal agente causador do câncer do colo do útero. Fatores envolvidos nesta relação incluem: início precoce da atividade sexual, número de parceiros sexuais e sua promiscuidade. Este estudo teve como objetivo conhecer a magnitude da prevalência do Papilomavírus Humano – HPV em mulheres residentes às margens do rio Tocantins no município de Imperatriz – MA. Foi realizado um estudo transversal descritivo com 107 mulheres cadastradas na Unidade Básica de Saúde Beira Rio onde foram submetidas ao exame colpocitológico pela técnica de Papanicolaou. Dados sóciodemográficos e de fatores de risco para infecção pelo HPV foram obtidos para análise. Os resultados mostraram que as mulheres estudadas tinham em média, idade de 36anos, a maioria com ensino fundamental, predominância de 88,8% da etnia não branca, condição social predominante na faixa de 1 a 3 salários mínimos (57,9%). Entre os fatores de riscos estudados verificou-se idade média de 16,6 anos na primeira relação sexual, média de 3,1 parceiros na história sexual, paridade de 3 filhos, alta prevalência de tabagismo 24,2%, uso de anticoncepcional por 52,3% das mulheres e o uso frequente do preservativo por 62,6% das mulheres. Realização anual de exame preventivo do câncer cérvico-uterino de 43,9%. Entretanto, não houve associação de nenhum dos fatores de riscos estudados com a infecção pelo HPV. O estudo revelou ainda, que o conhecimento das mulheres sobre HPV era insipiente tendo a consciência que havia necessidade de maiores esclarecimentos sobre a prevenção, riscos para a saúde e tratamento. Conclui-se que o trabalho de educação em saúde sobre o HPV desenvolvido nos Serviços de Saúde Pública de Imperatriz do Maranhão voltado para grupos especiais, em particular, aqueles socialmente desfavorecidos, ainda são insuficientes para causar impacto na redução dos índices de morbidade por câncer de colo, e necessita de estudos em estratégias de abordagem para essas ações dentro do Programa de Prevenção do Câncer do Colo Uterino.
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MÁRCIA CAROLINE NASCIMENTO SÁ EWERTON MARTINS
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"PREVALÊNCIA DE CANDIDÍASE EM MULHERES NÃO GESTANTES RESIDENTES ÀS MARGENS DO RIO TOCANTINS SUBMETIDAS À COLPOCITOLOGIA, IMPERATRIZ-MARANHÃO, 2012"
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Data: 13/09/2012
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A candidíase vaginal ocupa lugar de destaque entre as vulvovaginites, é causada por várias espécies do gênero Candida cuja patogenicidade está associada a fatores do hospedeiro e do próprio fungo. Aspectos relacionados à epidemiologia do fungo e da mulher ribeirinha com candidíase são necessários para o controle e prevenção desse agravo que tem sido pouco estudado em grupos especiais como esse. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de candidíase vaginal em mulheres residentes às margens do rio Tocantins submetidas ao exame preventivo do câncer de colo uterino. Foram avaliadas 107 mulheres atendidas na UBS do bairro Beira Rio do município de Imperatriz, MA, nos meses de julho a agosto de 2012. As amostras de secreção vaginal foram avaliadas pela citopatologia e pela cultura no meio cromógeno CHROMagar Candida. A média de idade das participantes foi de 37 anos, com mínima de 14 e máxima de 65 anos. A amostra se caracterizou por mulheres que possuem um relacionamento estável (63,5% com parceiro fixo) e com o ensino fundamental incompleto (37,4%). Concluiu-se que o perfil das participantes é de mulheres jovens, com parceiro fixo, pardas, com nível de escolaridade baixo, exercendo atividades do lar e tendo renda de até três salários mínimos, e que a prevalência de candidíase se mostra maior quando avaliada pela cultura microbiológica que possibilita a identificação de várias espécies de Candida (42,86%). Dentre as espécies identificadas, Candida albicans foi a mais prevalente. Outras espécies foram identificadas, Candida krusei e Candida tropicalis que se associou em um caso a Candida spp. A falta de conhecimento sobre a doença mostrou-se como fator associado à ocorrência da candidíase. Os microrganismos observados concomitantemente com as leveduras, foram cocos, bacilos, lactobacilos e bacilos sugestivos de Gardnerella/mobiluncus. Não houve associação de Candida com a maioria dos fatores predisponentes nem com a sintomatologia mais comum.
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ADRIANA DIAS LUCENA
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TENDÊNCIA DA HANSENÍASE EM MENORES DE 15 ANOS NO MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ- MA NO PERÍODO DE 2001 A 2010
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Data: 12/09/2012
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A Hanseníase é uma doença infecciosa crônica, de evolução lenta, considerada uma das mais antigas da humanidade, é manifestada através de sinais e sintomas dermatoneurológicos, com lesões de pele e nervos periféricos, podendo atingir olhos, mãos e pés. É uma enfermidade potencialmente incapacitante, causada pelo Mycobacterium leprae, sendo sua ocorrência na infância um importante indicador de transmissibilidade, o que reflete a sua magnitude, especialmente em menores de 15 anos, sendo necessário o rápido diagnóstico para esta população. Assim, a presente pesquisa teve como objetivo analisar a tendência da hanseníase em menores de 15 anos no município de Imperatriz – MA, no período de 2001 a 2010. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo, quantitativo, com informações geradas pelo SINAN através da ficha de notificação compulsória deste agravo nos meses de julho a dezembro de 2011, pela Secretaria Municipal de Saúde, no qual foram utilizadas 478 fichas de notificação de casos de hanseníase diagnosticados entre os anos de 2001 e 2010. Onde 257 (53,76%) eram do sexo masculino, 303 (63,38%) tinham idade entre 10 a 14 anos, 221 (46,23%) eram da raça parda, 214 (44,76%) possuíam ensino fundamental completo. A taxa de detecção em maiores de 15 anos variou de (23,24/10.000) e (10,22/10.000), respectivamente para os anos de 2001 e 2010. E de (6,22/10.000) e (2,69/10.000), respectivamente para os anos de 2001 e 2010 nos menores de 15 anos. Quanto ao coeficiente de detecção, o Município foi considerado hiperendêmico. Quanto à forma clínica, houve predominância da Indeterminada com 187 (39,12%) dos casos. 319 (62,73%) casos eram das formas paucibacilar, sendo que a maioria dos diagnósticos ocorreu através de demanda espontânea com 235 registros (49,15%). Dos casos avaliados em menores, (62,26%) não apresentaram grau de incapacidade no diagnóstico na década estudada. 467 (97,7%) dos casos residiam na área urbana de Imperatriz e destes 126 (26,35%) eram do distrito sanitário do Santa Rita. Assim, mesmo com a baixa mortalidade, o acometimento pela doença, quando não diagnosticada e tratada precocemente, pode acarretar em consequências físicas, sociais e psicológicos nas vidas desses menores, sendo as maneira mais efetiva para eliminação da doença, a educação em saúde, o diagnóstico e tratamento rápido e eficaz.
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RAIMUNDO FRANCISCO DE OLIVEIRA NETTO
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PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PACIENTES INTERNADOS NA
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NO HOSPITAL MUNICIPAL DE IMPERATRIZ, NO PERÍODO
DE 2008 A 2010
PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PACIENTES INTERNADOS NAUNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NO HOSPITAL MUNICIPAL DE IMPERATRIZ, NO PERÍODODE 2008 A 2010".
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Data: 12/09/2012
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A Pneumonia Nosocomial é a segunda maior causa de infecção hospitalar, as principais causas em pacientes submetidos à ventilação mecânica são a aspiração de conteúdo gástrico, a aspiração de substâncias dos seios paranasais e da orofaringe, além da colonização das mãos dos profissionais que atuam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A Pneumonia associada à Ventilação Mecânica apresenta grande variação na sua incidência. Os objetivos são análisar as pneumonias causadas por Entubação Orotraquial em uma UTI adulto no municipio de Imperatriz - MA no período de 2008 a 2010; assim como, identificar a incidência de pneumonia adquirida por EOT (TOT) em pacientes internados em uma UTI adulto na cidade de Imperatriz - MA no período de 2008 a 2010; identificar a distribuição desses casos quanto ao gênero dos pacientes; análisar as faixas etárias com maior incidência de pneumonia adquirida através de EOT (TOT); mostrar a incidência de infecções respiratórias.Trata-se de um estudo observacional do tipo descritivo transversal, de caráter quantitativo, realizado no período de Janeiro de 2008 à Dezembro de 2010 envolvendo pacientes admitidos na unidade de terapia intensiva no Hospital Municipal de Imperatriz e que foram submetidos à ventilação mecânica que desenvolveram pneumonia. O presente estudo mostrou que a Pneumonia é uma das causas de internação na UTI, onde em 2008 representou 13,36% das causas de internação, diminuindo em 2009, no entanto, no ano de 2010, iniciou um discreto aumento. Neste estudo observou-se que 12,9% em 2008, 18,97% em 2009, e 14,7% em 2010, adquiriram Pneumonia dentro da UTI, causada pela EOT; sendo que 79,03% em 2008 dos pacientes eram do sexo masculino; a faixa etária de 61-80 anos foi responsável por 54,55% dos casos em 2008. Estudos para determinar incidência e fatores de risco são úteis para guiar a implantação de medidas de prevenção; necessitando-se de maiores investimentos em programas educacionais.
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ARIADNE SIQUEIRA DE ARAÚJO GORDON
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"Incidência de Hanseniase entre contatos de menores de 15 anos acompanhados nas USBS nova Imperatriz e Milton Lopes no Municipio de Imperatriz no período de 2004 a 2010: Uma Coorte restrospectiva"
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Data: 12/09/2012
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O presente estudo teve como objetivo estimar a incidência global e em casos índices de hanseníase em menores de 15 anos no município de Imperatriz, analisando a distribuição espacial e ações de vigilância preconizadas pelo Ministério da Saúde. Foi um estudo longitudinal, de incidência sobre casos de hanseníase entre menores de 15 anos, retrospectivo, com informações geradas pelas notificações do agravo, retiradas do sistema SINAN NET. A coleta de dados foi feita no mês de junho de 2012, foram investigados 284 pacientes que foram notificados no município de Imperatriz, no período de 2004 a 2010, classificados como caso novo, no modo de entrada. O coeficiente de detecção teve o seu pico máximo no ano de 2005 83,38/ 100.000 hab. A percentagem de pacientes com Grau de Incapacidade Física (GIF) no diagnostico teve seu valor mais elevado em 2004 onde foi 39,62%. O percentual médio de contatos examinados foi de 24,44%. A maioria dos casos foi no sexo masculino (51,06%), a cor parda foi a predominante (55,65%), a faixa etária de 10 – 14 anos representou 60,22 % e a escolaridades de maior expressão ficou de 6 a 11 anos de estudo (59,8%). Quanto a classificação e tratamento, o tipo Indeterminada (40,13%) e Tuberculóide (31,68%) prevaleceram, e a PQT Paucibacilar foi o tratamento de escolha em 72,17% dos casos notificados no período. O numero de contatos examinados representa apenas 24,4%, em media, do total de casos registrados. A Incapacidade física esteve presente em 22,2 % dos casos em menores de 15 anos. O coeficiente de detecção mostra que o município é uma área hiperendêmica para hanseníase e que não há acompanhamento adequado para pacientes e contatos, havendo a necessidade de implementações das ações de vigilância no sentido de qualificar os profissionais atuantes na saúde publica.
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MARIA OLYNTHA ARAÚJO DE ALMEIDA
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PREVALÊNCIA DE PNEUMONIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NO HOSPITAL INFANTIL DE IMPERATRIZ - MA
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Data: 12/09/2012
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A pneumonia constitui um importante problema de saúde pública contribuindo com altas taxas de morbidade e mortalidade no mundo principalmente nos países em desenvolvimento. Este estudo tem como objetivo avaliar a prevalência de pneumonia em crianças hospitalizadas em Unidade de Terapia Intensiva pediátrica, bem como estimar a incidência destas crianças, com diagnostico de pneumonia e quais variáveis estão associadas com o desenvolvimento da pneumonia, determinar qual a incidência da mortalidade infantil nesta Unidade de Terapia Intensiva por pneumonia. Trata-se de um estudo de caráter descritivo com delineamento transversal e abordagem retrospectiva a partir de revisão de prontuários de crianças que estiveram hospitalizadas em uma Unidade de Terapia Intensiva pediátrica de um hospital público municipal de Imperatriz no Maranhão, durante o período de janeiro a dezembro de 2011. Os dados foram obtidos inicialmente através dos registros contidos em livro de admissão das crianças na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica, onde se constatou 230 admissões. Em um segundo momento, foram selecionados e incluídos na pesquisa prontuários de crianças de ambos os sexos na faixa etária de um mês a 12 anos de idade, internados Unidade de Terapia Intensiva pediátrica com diagnóstico de pneumonia hospitalar, perfazendo uma amostra de 60 prontuários, dos quais realizou-se coleta dos dados contidos nos mesmos utilizando-se formulário previamente estruturado. Dos 230 pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva do referido hospital, no período de janeiro a dezembro de 2011 26%(n=60) desenvolveram pneumonia nosocomial, faixa etária que compreende entre 1 a 12 meses 63% (n=38), seguidos das idades entre 13 e 36 meses com 36%(n= 13 ), o diagnóstico de pneumonia foi de 26%. Observou-se que a pneumonia relacionada a assistência à saúde no Hospital Infantil de Imperatriz representou uma complicação frequente em pacientes pediátricos sob cuidados intensivos, sendo um fator agravante para ocorrência de óbitos, com importante relação a procedimentos invasivos em especial ventilação mecânica invasiva, bem como a terapêutica utilizada
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DANILLE LIMA DA SILVA
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EPIDEMIOLOGIA DAS INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA POR
ENTEROBACTÉRIAS PRODUTORAS DE BETALACTAMASE DE ESPECTRO
EXPANDIDO: ESTUDO CASO-CONTROLE EM UNIDADE NEONATAL DO
NORTE DO BRASIL
EPIDEMIOLOGIA DAS INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA PORENTEROBACTÉRIAS PRODUTORAS DE BETALACTAMASE DE ESPECTROEXPANDIDO: ESTUDO CASO-CONTROLE EM UNIDADE NEONATAL DONORTE DO BRASIL.
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Data: 31/08/2012
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Bacilos gram-negativos, em especial enterobactérias, estão entre os agentes mais comuns
de sepse neonatal. O objetivo desta pesquisa foi estudar as infecções de corrente
sanguínea (ICS) por enterobactérias produtoras de betalactamase de espectro expandido
(ESBL) em pacientes internados em unidade neonatal da região norte do Brasil. Estudo
retrospectivo, caso-controle de neonatos admitidos em unidade neonatal, entre 01 janeiro de
2007 e 31 de dezembro de 2011, com ICS tardia com hemoculturas positivas para Klebsiella
sp., Serratia sp., Enterobacter sp. ou E. coli, isoladas, segundo os critérios do National
Committee for Clinical Laboratory Standards. Foram identificados 153 neonatos com ICS por
enterobactéria, dos quais 87 (56,8%) estavam infectados por enterobactéria produtora de
ESBL, com incidência de 8,6 casos para cada 1000 recém-nascidos admitidos. Foram
estudados 132 pacientes, divididos em casos (ESBL +) e controles (ESBL -), com 66 em
cada (1:1). A maioria dos casos foi acometida nos primeiros dias de vida (34,8% vs. 9,1%,
p=0,001), principalmente em 2007 (19,7%) e fez uso de dois antibióticos (59,1% vs. 33,3%,
p=0,01). O grupo controle fez mais uso de cateter venoso central (62,1% vs. 45,4%, p=
0,037) e de nutrição parenteral (75,7% vs. 48,5%). A curva de distribuição de
enterobactérias de acordo com a produção de ESBL evidenciou maior número de casos em
2007 e 2008 (56%), com uma maior chance de aquisição de enterobactéria ESBL (+) nestes
anos (78% e 72%, respectivamente), e maior número de isolados ESBL negativo em 2010 e
2011 (72,7%). A evolução a óbito foi maior entre os casos (40,9% vs. 24,2%, p= 0,031) e a
maioria morreu até 30 dias após o episódio de ICS (92,6% vs. 50,0%, p= 0,002). Na análise
multivariada, a evolução a óbito por ESBL positivo permaneceu como variável independente
(OR=3,47 IC 1,33 – 9,06). Concluiu-se que houve uma maior incidência de ICS por
enterobactéria produtora de ESBL nos dois primeiros anos do estudo (2007 – 2008), com
probabilidade de aquisição deste tipo de infecção de até 78%. A mortalidade neonatal foi
elevada, sendo três vezes maior quando comparada a infecções por enterobactérias
sensíveis. A mudança do perfil de resistência das enterobactérias, com redução do número
de casos de infecção por ESBL ao longo do tempo foi resultado da implementação de
medidas de controle de disseminação e seleção de resistência bacteriana na unidade
neonatal, e coincidiu com a revisão dos protocolos assistenciais, como maior utilização de
cateter central de inserção percutânea e protocolo de nutrição parenteral no período de
2010 e 2011.
Bacilos gram-negativos, em especial enterobactérias, estão entre os agentes mais comunsde sepse neonatal. O objetivo desta pesquisa foi estudar as infecções de correntesanguínea (ICS) por enterobactérias produtoras de betalactamase de espectro expandido(ESBL) em pacientes internados em unidade neonatal da região norte do Brasil. Estudoretrospectivo, caso-controle de neonatos admitidos em unidade neonatal, entre 01 janeiro de2007 e 31 de dezembro de 2011, com ICS tardia com hemoculturas positivas para Klebsiellasp., Serratia sp., Enterobacter sp. ou E. coli, isoladas, segundo os critérios do NationalCommittee for Clinical Laboratory Standards. Foram identificados 153 neonatos com ICS porenterobactéria, dos quais 87 (56,8%) estavam infectados por enterobactéria produtora deESBL, com incidência de 8,6 casos para cada 1000 recém-nascidos admitidos. Foramestudados 132 pacientes, divididos em casos (ESBL +) e controles (ESBL -), com 66 emcada (1:1). A maioria dos casos foi acometida nos primeiros dias de vida (34,8% vs. 9,1%,p=0,001), principalmente em 2007 (19,7%) e fez uso de dois antibióticos (59,1% vs. 33,3%,p=0,01). O grupo controle fez mais uso de cateter venoso central (62,1% vs. 45,4%, p=0,037) e de nutrição parenteral (75,7% vs. 48,5%). A curva de distribuição deenterobactérias de acordo com a produção de ESBL evidenciou maior número de casos em2007 e 2008 (56%), com uma maior chance de aquisição de enterobactéria ESBL (+) nestesanos (78% e 72%, respectivamente), e maior número de isolados ESBL negativo em 2010 e2011 (72,7%). A evolução a óbito foi maior entre os casos (40,9% vs. 24,2%, p= 0,031) e amaioria morreu até 30 dias após o episódio de ICS (92,6% vs. 50,0%, p= 0,002). Na análisemultivariada, a evolução a óbito por ESBL positivo permaneceu como variável independente(OR=3,47 IC 1,33 – 9,06). Concluiu-se que houve uma maior incidência de ICS porenterobactéria produtora de ESBL nos dois primeiros anos do estudo (2007 – 2008), comprobabilidade de aquisição deste tipo de infecção de até 78%. A mortalidade neonatal foielevada, sendo três vezes maior quando comparada a infecções por enterobactériassensíveis. A mudança do perfil de resistência das enterobactérias, com redução do númerode casos de infecção por ESBL ao longo do tempo foi resultado da implementação demedidas de controle de disseminação e seleção de resistência bacteriana na unidadeneonatal, e coincidiu com a revisão dos protocolos assistenciais, como maior utilização decateter central de inserção percutânea e protocolo de nutrição parenteral no período de2010 e 2011.
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FREDERICO AUGUSTO ROCHA NEVES
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PERFIL LIPIDICO DE UMA POPULAÇÃO RESIDENTE EM ÁREA DE ALTA
ENDEMICIDADE PARA MALÁRIA.
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Data: 29/08/2012
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A malária é uma doença infecciosa causada por um protozoário do gênero Plasmodium. Na Amazônia Brasileira a malária é endêmica, onde ocorrem mais de 99% das notificações da doença. O município de Anajás, localizado no Estado Pará, encontrado-se uma incidência parasitária anual (IPA = 57,7). O estudo realizado foi do tipo transversal controlado, tendo como objetivo principal avaliar o impacto da malária sobre os parâmetros lipídicos de uma população residente em área de alta endemicidade. Para tal, foram considerados três grupos de pacientes: Grupo I: indivíduos com malária (n=64), Grupo II: indivíduos sem malária (n=46), ambos os dois grupos constituídos de pessoas residentes na cidade de Anajás Pará, e ainda um Grupo III: pacientes sem histórico de malária (n=46) e residente em Belém Pará. Foram analisados os níveis de colesterol total e frações e triglicerídeos de todos os indivíduos incluídos no estudo. As análises demonstraram que o gênero feminino foi o mais acometido e a espécie P. falciparum foi mais frequente. As médias de colesterol total, colesterol HDL, colesterol VLDL e triglicerídeos foram estatisticamente significantes apenas para os pacientes com malária (Grupo I) e a média do colesterol LDL apresentou significância estatística nos três grupos avaliados. Para investigar o passado malárico da população foram criados três subgrupos a partir do grupo dos pacientes sem malária de Anajás, Grupos IIa, IIb e IIc. Para esta avaliação foram utilizadas as médias de colesterol total e frações e triglicerídeos e foi observado que quanto maior a quantidade de episódios maláricos, maiores os níveis de colesterol HDL e menores os níveis de colesterol LDL nos pacientes deste subgrupo
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RENE RIBEIRO DA SILVA
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DETECÇÃO E ANÁLISE MOLECULAR DE ROTAVÍRUS, PICOBIRNAVÍRUS E REOVÍRUS EM AVES DE CORTE CRIADAS EM GRANJAS MESORREGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM, PARÁ, BRASIL.
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Data: 29/08/2012
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Este estudo objetivou investigar a ocorrência de rotavírus aviário (RVA), picobirnavírus (PBV) e reovírus aviário (ARV) em aves de corte criadas em granjas situadas na Mesorregião Metropolitana de Belém, Pará, no período compreendido entre 2008 a 2011. Para tal, foram colhidos 85 pools de amostras fecais provenientes de 37 granjas pertencentes a oito municípios. O RNA viral foi extraído a partir das suspensões fecais e submetido à eletroforese em gel de poliacrilamida (EGPA) seguido da RT-PCR. Foi selecionada pelo menos uma amostra de cada município positivo para o sequenciamento de nucleotídeos dos genes NSP4 (rotavírus), RdRp (picobirnavírus) e S2 (reovírus), sendo que no caso dos picobirnavírus as amostras foram clonadas antes do sequenciamento. A EGPA demonstrou positividade em 0/85 (0%) amostras para RVA do grupo A, 13/85 (15,3%) amostras para PBV e 01/85 (1,2%) amostras para ARV. No caso da RT-PCR foi verificado positividade em 35/85 (41,2%), 42/85 (49,4%) e 28/85 (32,9%) das amostras para RVA, PBV e ARV, respectivamente. Dos oito municípios estudados, sete apresentaram amostras positivas para PBV e seis apresentaram amostras positivas para RVA e ARV. Das 37 granjas estudadas foi observada a presença dessas infecções virais em 19 (51,4%) para RVA e ARV e 21 (56,8%) para PBV. As sequências do gene NSP4 apresentaram entre 86,3 e 90,5% de similaridade ao nível de nucleotídeo (nt) com protótipos de frangos e 93,5 e 100% de similaridade ao nível de nt quando comparadas entre si. As sequências do gene RdRp apresentaram uma grande heterogeneidade genética com variantes gênicas apresentando entre 56,1 e 100% de similaridade ao nível de nt com protótipos pertencentes a várias espécies e fontes de contaminação e entre 50,3 e 100% de similaridade ao nível nt quando comparadas entre si. Na análise das sequências do gene S2 de ARV foi observado entre 90,9 e 94,4% de similaridade ao nível de nt com protótipos de frangos e 90,1 e 100% de similaridade ao nível de nt quando comparadas entre si. Os RVA, PBV e ARV foram detectados em granjas de frangos de corte da Mesorregião Metropolitana de Belém, sendo a detecção por RT-PCR a mais eficiente ao detectar pelo menos um dos vírus nos oito municípios pesquisados. Excetuando-se o PBV, que apresentou relacionamento heterogêneo com os protótipos utilizados, o RVA e ARV deste estudo relacionaram-se especificamente com amostras obtidas em aves. Este é o primeiro estudo envolvendo o sequenciamento gênico do RVA, PBV e ARV em frangos de corte na região norte do Brasil.
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RHOMERO SALVYO ASSEF SOUZA
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PERSISTÊNCIA DE ANTICORPOS NEUTRALIZANTES CONTRA O VÍRUS RÁBICO APÓS QUATRO ANOS DE VACINAÇÃO EM REGIMES DE PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO E DOSES DE REFORÇO, EM POPULAÇÃO DE ÁREA RURAL EXPOSTA A AGRESSÃO POR MORCEGOS HEMATÓFAGOS NO BRASIL
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Data: 27/08/2012
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A raiva é uma zoonose cosmopolita caracterizada como uma encefalite viral aguda, progressiva que mata cerca de 55.000 pessoas anualmente no mundo. O Vírus da Raiva é transmitido por animais domésticos, rurais e silvestres, e atualmente, na Amazônia brasileira tem se observado com frequência surtos de raiva humana transmitida por morcegos. A forma de tratamento mais bem sucedida após possível exposição ao Vírus da Raiva é a imunoprofilaxia. O presente estudo apresenta-se como uma coorte prospectiva da manutenção de anticorpos neutralizantes antivírus rábico em 508 indivíduos previamente vacinados em uma população do Município de Augusto Corrêa- Pará- Brasil, no período de 2007 a 2009. Para tal, foram colhidas amostras de soro para dosagem de anticorpos neutralizantes pela técnica RFFIT. Na amostra estudada o gênero predominantemente foi o masculino; a mediana da idade foi 16 anos com desvio interquartílico entre 8 e 30 anos, e houve maior concentração nas faixas etárias de 2 a 9 anos e 10 a 19 anos e a maioria dos indivíduos realizaram esquema vacinal de exposição completo. A produção de anticorpos neutralizantes contra o vírus rábico, em níveis protetores (> 0,05 UI/mL) ocorreu em 87,3% dos indivíduos no primeiro ano do estudo e a manutenção dos títulos de soroproteção foi de 85,6% no segundo ano e de 93,2% no ano seguinte. O estudo demonstrou melhor perfil imune no gênero feminino em relação ao gênero masculino; nas faixas etárias de 30 a 39 anos e 50 a 59 anos; e no grupo de 32 indivíduos que receberam dose de reforço, conforme indicação pelos títulos de anticorpos. Nesse estudo a população investigada demonstrou bons níveis de anticorpos neutralizantes (> 0,5UI/mL) contra o Vírus da Raiva após os 4 anos de vacinação.
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CARLOS AUGUSTO ABREU ALBERIO
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Efeitos adversos causados pelo novo esquema de tratamento para tuberculose no Brasil.
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Data: 13/08/2012
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A tuberculose continua sendo um problema de saúde pública em todo o Brasil. Diversos esforços têm sido realizados objetivando aumentar suas taxas de cura, como o emprego da estratégia DOTS (Tratamento Diretamente Observado por Curto Período) que visa reduzir os casos de abandono e melhorar a adesão ao tratamento. Em decorrência do aumento da resistência primária a isoniazida, o Ministério da Saúde modificou o esquema terapêutico, ajustando as doses da isoniazida e da pirazinamida, e acrescentando o etambutol na fase intensiva do tratamento. Pela ausência de dados sobre efeitos adversos em sujeitos brasileiros sob este novo esquema terapêutico, este estudo objetivou descrever a ocorrência dos referidos eventos, comparando-os ao tratamento anterior. Para tanto, foi realizado estudo transversal, retrospectivo, analítico, no período de setembro a dezembro de 2011, com levantamento de dados de prontuários médicos de 35 sujeitos sob o novo tratamento e 42 sob o antigo tratamento, em um serviço de referência secundária para o tratamento da tuberculose na cidade de Belém (Pará). O efeito adverso maior mais frequente no novo tratamento foi a hepatopatia, enquanto que o efeito adverso menor mais comum foi a irritação gástrica. A hepatopatia foi mais frequente nos pacientes que realizaram o antigo tratamento. A irritação gástrica e o prurido cutâneo foram mais frequentes no gênero feminino, enquanto que os pacientes a partir da quarta década de vida apresentaram maior ocorrência de prurido cutâneo. Aqueles em retratamento apresentaram maior ocorrência de irritação gástrica e artralgia, independente do tratamento. Já a hepatopatia foi mais frequente nos pacientes considerados casos novos que realizaram o antigo tratamento. Na evolução temporal dos efeitos adversos, o prurido cutâneo e a artralgia foram mais frequentes no início dos tratamentos. No antigo tratamento, a neuropatia apresenta maior ocorrência a partir da metade da terapia, enquanto que a cefaléia apresenta distribuição irregular. Tais dados indicam que o novo tratamento para tuberculose reduziu a ocorrência de hepatopatia.
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JOSIE EIRAS BISI DOS SANTOS
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PREVALÊNCIA DAS DERMATOSES INFECCIOSAS E CORRELAÇÃO COM O
ESTADO IMUNOLÓGICO DE PACIENTES COM HIV ATENDIDOS EM CENTRO
DE REFERÊNCIA EM BELÉM PARÁ, BRASIL.
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Data: 13/08/2012
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Desordens cutâneas afetam cerca de 90% dos pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) em algum momento da evolução de sua doença. As manifestações dermatológicas são amplas e incluem infecções virais, bacterianas e fúngicas e doenças inflamatórias não infecciosas. Algumas destas patologias cutâneas são consideradas marcadores da infecção pelo HIV e da síndrome da imunodeficiência humana (AIDS), pois refletem o atual estado imunológico do paciente, devido a ocorrência mais prevalente em doentes com baixa contagem sérica de células CD4. Mesmo diante da evolução tecnológica dos métodos laboratoriais, os sinais dermatológicos ainda são um índice básico da presença e do curso clínico da infecção pelo HIV. O presente estudo tem como objetivo estimar a prevalência de doenças cutâneas de etiologia infecciosa nos pacientes com HIV atendidos na Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais, em Belém-Pará, Brasil, no período de março de 2011 a outubro de 2011. Realizou-se um estudo transversal através da avaliação clínica e laboratorial de 210 pacientes com HIV. Exames sorológicos, citológicos, micológico direto e biópsia de pele com exame histopatológico foram realizados de acordo com a necessidade. A prevalência geral de dermatoses foi de 49%. As doenças dermatológicas identificadas foram micoses superficiais, onicomicose, escabiose, verrugas virais, infecções bacterianas, verrugas genitais, candidíase, herpes simples, herpes zoster, hanseníase, sífilis, sarcoma de Kaposi e histoplasmose cutânea disseminada. A mediana da contagem de células CD4 nos doentes com dermatoses infecciosas foi de 298 células/mm3, valor significativamente menor (p=0.0158*) comparado à mediana dos pacientes sem dermatoses infecciosas (384 células/mm3). A mediana da relação CD4/CD8 nos doentes com doença cutânea infecciosa foi de 0,30, valor significativamente menor (p=0.0138*) comparado à mediana dos pacientes sem doença cutânea infecciosa (0,41). A mediana da carga viral nos doentes com dermatoses infecciosas foi de 173 cópias/mm3 e naqueles sem doença de pele infecciosa foi de 25 cópias/mm3, não havendo real diferença entre os grupos (p=0.0741). A ocorrência de doenças cutâneas infecciosas conforme a contagem de células CD4 mostrou que existe significativa associação entre verrugas virais e herpes simples com a contagem de células CD4 menor que 350 células/mm3 (p=0.0182* e p=0.0428*, respectivamente). A variação da prevalência de dermatoses infecciosas conforme o tempo de uso da terapia antirretroviral (TARV) mostrou que somente as micoses superficiais apresentaram significativo aumento da prevalência quando comparados aos pacientes que não realizavam TARV. Na literatura, os estudos de prevalência oscilam muito entre os serviços devido o tipo e local da amostra selecionada. Os resultados obtidos neste trabalho caracterizam os pacientes oriundos do Estado do Pará, Brasil, por vezes concordando com as informações contidas em outros estudos de prevalência na literatura mundial.
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SERGIO ALEXANDRE OLIVEIRA MALCHER
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ESTUDO DE PREVALÊNCIA DA ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA NO BAIRRO
DO MARACAJÁ, DISTRITO DE MOSQUEIRO, BELÉM-PA
"ESTUDO DE PREVALÊNCIA DA ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA NO BAIRRODO MARACAJÁ, DISTRITO DE MOSQUEIRO, BELÉM-PA".
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Data: 03/07/2012
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A esquistossomose mansônica é uma das doenças parasitárias mais difundidas no mundo e
tem prevalência maior nos países em desenvolvimento, constituindo atualmente um sério
problema de saúde pública no Brasil. Em Belém-PA, no Distrito Administrativo de
Mosqueiro (DAMOS), há possibilidades de ocorrência de casos autoctones de esquistosomose
mansônica, devido a proximidade geográfica com outras áreas onde há registros deste agravo,
bem como, pela presença de outros fatores ambientais de risco, como a presença do
Biomphalaria straminea. Com a proposta de determinar a prevalência de esquistosomose
mansônica no bairro do Maracajá-DAMOS, foi realizado um estudo transversal prospectivo
no período entre março de 2011 a janeiro de 2012, através de inquérito coproscópico pelo
método quantitativo de Kato-Katz, associado a inquérito sócio-demográfico e ambiental da
localidade. Participaram do universo amostral 407 indivíduos incluídos na atenção da
Estratégia Saúde da Família, que aceitaram espontaneamente participar da pesquisa, segundo
os preceitos éticos vigentes. O perfil sócio-demográfico populacional mostrou predomínio da
faixa etária entre 11 e 40 anos, sem diferenças quanto ao gênero, cuja ocupação de dona de
casa e estudante, com ensino fundamental incompleto foram as mais citadas. A maioria dos
moradores nasceu e procede do DAMOS, residentes no bairro do Maracajá há mais de 20
anos, sem relatos importantes de deslocamentos para outras localidades. A maioria das
residências apresentaram serviço de água encanada, com banheiro interno, presença de
sanitário com destino das fezes em fossa séptica. As coleções hídricas peridomiciliares se
caracterizaram por valas de baixo fluxo e com pequena vazão de água, alta concentração de
produtos orgânicos, presença de vegetação macrófitica e do vetor Biomphalaria straminea.
Esta população referiu não ter contato com as coleções hídricas e desconhecer o planorbideo
vetor, assim como a própria esquistossomose. O inquérito coproscópico resultou em 100% de
lâminas negativas quanto a identificação de ovos do S. mansoni, levando a conclusão que
embora o bairro do Maracajá ainda seja indene, possui vários fatores para a instalação de um
foco de transmissão ativa de esquistossomose, mas ainda existe um frágil equilíbrio
ecológico, sustentado pela reduzida exposição dos indivíduos às coleções hídricas, pouco
deslocamento da população para áreas com focos estabelecidos da endemia e razoável
cobertura de esgotamento sanitário. Este conjunto de variáveis tem funcionado como fatores
limitantes ao processo de endemização da esquistossomose no bairro do Maracajá, entretanto
deve ser mantido sob vigilância pelas peculiaridades propicias ao fechamento do ciclo do S.
A esquistossomose mansônica é uma das doenças parasitárias mais difundidas no mundo etem prevalência maior nos países em desenvolvimento, constituindo atualmente um sérioproblema de saúde pública no Brasil. Em Belém-PA, no Distrito Administrativo deMosqueiro (DAMOS), há possibilidades de ocorrência de casos autoctones de esquistosomosemansônica, devido a proximidade geográfica com outras áreas onde há registros deste agravo,bem como, pela presença de outros fatores ambientais de risco, como a presença doBiomphalaria straminea. Com a proposta de determinar a prevalência de esquistosomosemansônica no bairro do Maracajá-DAMOS, foi realizado um estudo transversal prospectivono período entre março de 2011 a janeiro de 2012, através de inquérito coproscópico pelométodo quantitativo de Kato-Katz, associado a inquérito sócio-demográfico e ambiental dalocalidade. Participaram do universo amostral 407 indivíduos incluídos na atenção daEstratégia Saúde da Família, que aceitaram espontaneamente participar da pesquisa, segundoos preceitos éticos vigentes. O perfil sócio-demográfico populacional mostrou predomínio dafaixa etária entre 11 e 40 anos, sem diferenças quanto ao gênero, cuja ocupação de dona decasa e estudante, com ensino fundamental incompleto foram as mais citadas. A maioria dosmoradores nasceu e procede do DAMOS, residentes no bairro do Maracajá há mais de 20anos, sem relatos importantes de deslocamentos para outras localidades. A maioria dasresidências apresentaram serviço de água encanada, com banheiro interno, presença desanitário com destino das fezes em fossa séptica. As coleções hídricas peridomiciliares secaracterizaram por valas de baixo fluxo e com pequena vazão de água, alta concentração deprodutos orgânicos, presença de vegetação macrófitica e do vetor Biomphalaria straminea.Esta população referiu não ter contato com as coleções hídricas e desconhecer o planorbideovetor, assim como a própria esquistossomose. O inquérito coproscópico resultou em 100% delâminas negativas quanto a identificação de ovos do S. mansoni, levando a conclusão queembora o bairro do Maracajá ainda seja indene, possui vários fatores para a instalação de umfoco de transmissão ativa de esquistossomose, mas ainda existe um frágil equilíbrioecológico, sustentado pela reduzida exposição dos indivíduos às coleções hídricas, poucodeslocamento da população para áreas com focos estabelecidos da endemia e razoávelcobertura de esgotamento sanitário. Este conjunto de variáveis tem funcionado como fatoreslimitantes ao processo de endemização da esquistossomose no bairro do Maracajá, entretantodeve ser mantido sob vigilância pelas peculiaridades propicias ao fechamento do ciclo do S.mansoni.
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LABIBE DO SOCORRO HABER DE MENEZES
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE GRÁVIDAS HIV POSITIVAS ATENDIDAS EM
MATERNIDADE PÚBLICA DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO PARÁ
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE GRÁVIDAS HIV POSITIVAS ATENDIDAS EMMATERNIDADE PÚBLICA DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO PARÁ.
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Data: 03/07/2012
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infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) atinge cada vez mais mulheres em
idade reprodutiva, o que conseqüentemente favorece o crescimento da transmissão vertical.
Com a proposta de se obter informações da situação epidemiológica das grávidas infectadas
pelo HIV na maior maternidade pública do norte do Brasil, foi realizado um estudo descritivo,
retrospectivo, envolvendo 770 grávidas atendidas na triagem obstétrica da Fundação Santa
Casa de Misericórdia do Pará, no período entre 2004 a 2010. Após análise dos dados obtidos a
partir de prontuários, sob os preceitos éticos recomendados, obteve-se os seguintes resultados:
a prevalência e a incidência no período foram de 1,87% e 0,40%, respectivamente; a faixa
etária predominante estava entre 18 e 23 anos (42,1%), sendo que 50,4% tinham ensino
fundamental incompleto, 68,2% exerciam atividades do lar, 89% eram solteiras e a maioria
procedia de municípios com mais de 50 mil habitantes (Belém, 53,9%; Ananindeua, 13,0%;
Castanhal 4,8%; Paragominas, 3,6%; Tailândia, 3,5%; Barcarena 3,1%; Marituba, 2,9%;
Abaetetuba, 1,8% e São Miguel do Guamá, 0,6%). O pré-natal foi realizado por 91,9% destas
grávidas, com 4 a 6 consultas (61,0%), 85,2% procuraram as Unidades Básica de Saúde e
12,8% as Unidades de Referência Especializada ao atendimento e acompanhamento de
mulher HIV positiva; 75,1% já sabiam antes da gravidez atual que estavam infectadas pelo
HIV, 3,6%, tomaram conhecimento durante o pré-natal e 21,3% no momento do parto através
do teste rápido, totalizando em 78,7% a cobertura do diagnóstico da infecção pelo HIV antes
da chegada a maternidade, e destas 75,1% fezeram tratamento especifico durante o pré-natal.
O parto cirúrgico foi o de maior ocorrência (85,1%); 89,7% das grávidas receberam
Zidovudina profilática no parto, destas 85,1% fizeram parto cirúrgico e 14,9% parto normal.
O conhecimento das variáveis epidemiológicas da maior casuística de grávidas infectadas
pelo HIV da Amazônia brasileira, que chegaram a maternidade, permitiu concluir que o perfil
de faixa etária, escolaridade, adesão ao pré-natal e número de consultas está compatível com
os dados nacionais, entretanto, a maior procedência de grávidas de municípios de médio e
grande porte opõem-se ao fenômeno da interiorização da epidemia à municípios menores
como está sendo observado no país. Uma taxa de 21,3% de falta de cobertura diagnóstica de
infecção pelo HIV no momento do parto, uma rotina em muitos serviços brasileiros, depõem
contra a qualidade da execução dos programas de saúde e, sobretudo mostra que a equipe de
assistência precisa melhorar o acolhimento às grávidas durante o pré-natal, independente do
número de consultas, visto que o teste do HIV deve ser solicitado ainda na primeira consulta.
Estas medidas devem ser reforçadas no Estado do Pará, que mostrou alta taxa de prevalência
da infecção pelo HIV na gravidez, contrapondo-se as demais regiões do país onde há um
decréscimo, o que tem favorecido a elevação do número de crianças infectadas pelo vírus HIV
A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) atinge cada vez mais mulheres em
idade reprodutiva, o que conseqüentemente favorece o crescimento da transmissão vertical.
Com a proposta de se obter informações da situação epidemiológica das grávidas infectadas
pelo HIV na maior maternidade pública do norte do Brasil, foi realizado um estudo descritivo,
retrospectivo, envolvendo 770 grávidas atendidas na triagem obstétrica da Fundação Santa
Casa de Misericórdia do Pará, no período entre 2004 a 2010. Após análise dos dados obtidos a
partir de prontuários, sob os preceitos éticos recomendados, obteve-se os seguintes resultados:
a prevalência e a incidência no período foram de 1,87% e 0,40%, respectivamente; a faixa
etária predominante estava entre 18 e 23 anos (42,1%), sendo que 50,4% tinham ensino
fundamental incompleto, 68,2% exerciam atividades do lar, 89% eram solteiras e a maioria
procedia de municípios com mais de 50 mil habitantes (Belém, 53,9%; Ananindeua, 13,0%;
Castanhal 4,8%; Paragominas, 3,6%; Tailândia, 3,5%; Barcarena 3,1%; Marituba, 2,9%;
Abaetetuba, 1,8% e São Miguel do Guamá, 0,6%). O pré-natal foi realizado por 91,9% destas
grávidas, com 4 a 6 consultas (61,0%), 85,2% procuraram as Unidades Básica de Saúde e
12,8% as Unidades de Referência Especializada ao atendimento e acompanhamento de
mulher HIV positiva; 75,1% já sabiam antes da gravidez atual que estavam infectadas pelo
HIV, 3,6%, tomaram conhecimento durante o pré-natal e 21,3% no momento do parto através
do teste rápido, totalizando em 78,7% a cobertura do diagnóstico da infecção pelo HIV antes
da chegada a maternidade, e destas 75,1% fezeram tratamento especifico durante o pré-natal.
O parto cirúrgico foi o de maior ocorrência (85,1%); 89,7% das grávidas receberam
Zidovudina profilática no parto, destas 85,1% fizeram parto cirúrgico e 14,9% parto normal.
O conhecimento das variáveis epidemiológicas da maior casuística de grávidas infectadas
pelo HIV da Amazônia brasileira, que chegaram a maternidade, permitiu concluir que o perfil
de faixa etária, escolaridade, adesão ao pré-natal e número de consultas está compatível com
os dados nacionais, entretanto, a maior procedência de grávidas de municípios de médio e
grande porte opõem-se ao fenômeno da interiorização da epidemia à municípios menores
como está sendo observado no país. Uma taxa de 21,3% de falta de cobertura diagnóstica de
infecção pelo HIV no momento do parto, uma rotina em muitos serviços brasileiros, depõem
contra a qualidade da execução dos programas de saúde e, sobretudo mostra que a equipe de
assistência precisa melhorar o acolhimento às grávidas durante o pré-natal, independente do
número de consultas, visto que o teste do HIV deve ser solicitado ainda na primeira consulta.
Estas medidas devem ser reforçadas no Estado do Pará, que mostrou alta taxa de prevalência
da infecção pelo HIV na gravidez, contrapondo-se as demais regiões do país onde há um
decréscimo, o que tem favorecido a elevação do número de crianças infectadas pelo vírus HIV
no Brasil
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AMANDA GABRYELLE NUNES CARDOSO MELLO
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MARCADORES DE ESTRESSE OXIDATIVO EM PACIENTES COM MALÁRIA POR PLASMODIUM VIVAX, PARÁ-BRASIL.
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Data: 02/07/2012
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No Brasil, o P. vivax representa a maioria dos casos de malária, totalizando quase 90% dos registros nos estados da Amazônia Legal. Vários estudos objetivaram compreender a relação do estresse oxidativo nos pacientes infectados pelo Plasmodium spp com as respostas clínica e parasitológica, pois o papel protetor ou deletério das espécies reativas de oxigênio e nitrogênio geradas por diferentes mecanismos no decurso da infecção é controverso na fisiopatogenia da malária humana. Entretanto, não há estudos que associem os danos oxidativos e as defesas antioxidantes do hospedeiro na malária vivax não complicada na Amazônia. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar marcadores de estresse oxidativo no decorrer da fase aguda da malária por P. vivax, caracterizando o envolvimento das vias redox, a resposta do hospedeiro humano e a influência da quimioterapia, a fim de testar as hipóteses que os biomarcadores de estresse oxidativo não são alterados no decurso da fase aguda da malária vivax não complicada e a introdução da quimioterapia não contribui para o estresse oxidativo nestes sujeitos. Foi realizado estudo quantitativo longitudinal de casos constituídos por 38 sujeitos com malária por P. vivax adultos, de ambos os gêneros, os quais foram analisados antes, durante e após a instituição da terapia (D0, D2 e D7), comparados a grupo controle de 15 voluntários saudáveis, pareados por gênero e idade. Foram determinados por técnicas espectrofotométricas os teores de metemoglobina, a peroxidação lipídica, a capacidade antioxidante não enzimática total, a atividade da superóxido dismutase, os níveis eritrocitários de glutationa reduzida e da glutationa total plasmática. Comparado ao grupo controle, de maneira significativa, os teores de glutationa reduzida (p=0,004) foram inferiores e a peroxidação lipídica (p<0,001) foi superior, respectivamente. Entretanto, alterações significativas não foram observadas nos teores de metemoglobina, na capacidade antioxidante não enzimática total e na atividade da superóxido dismutase comparados ao grupo controle. Entretanto, com o decorrer do tratamento foram notados aumento significativo dos teores de metemoglobina (p<0,001) e da atividade da superóxido dismutase (p=0,038); porém os níveis de glutationa reduzida eritrocitária estava reduzidos (p=0,007). Além disso, não houve alterações significativas nos níveis da capacidade antioxidante não enzimática total e da glutationta total plasmática com a introdução dos antimaláricos. O nível de estresse oxidativo não foi obtido, uma vez que não foi significativa a correlação da peroxidação lipídica com a capacidade antioxidante não enzimática total durante o tratamento. Conclui-se que o aumento da peroxidação lipídica resultante do dano oxidativo foi contraposto pelo consumo de glutationa eritrocitária antes da introdução da terapia, sugerindo a participação das vias redox na malária vivax não complicada. A instituição da quimioterapia, provavelmente, interferiu no ciclo redox intraeritrocitário, o que foi caracterizado pelo continuo aumento da metemoglobina e da atividade da superóxido dismutase, bem como pela redução dos teores de glutationa reduzida nos eritrócitos.
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MARIA IZABEL LEITE DA SILVA
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PREVALÊNCIA DE HEPATITE C EM PACIENTES EM TERAPIA DE SUBSTITUIÇÃO RENAL NA CIDADE DE IMPERATRIZ MARANHÃO
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Data: 02/07/2012
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A hepatite C é considerada um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, com
elevado risco de cronificação, além de complicações como adenocarcinoma hepatocelular e cirrose hepática. Os pacientes em hemodiálise têm elevado risco para infecção pelo vírus da hepatite C por motivos variados. Estudos apontam elevadas taxas de prevalência em unidades de diálise do mundo inteiro. No estado do Maranhão não há trabalhos que demonstrem o perfil do HCV na população de doentes renais crônicos. O principal objetivo deste estudo é avaliar a
prevalência do vírus da Hepatite C nos pacientes submetidos a terapias de substituição renal na cidade de Imperatriz- Maranhão. Bem como, investigar os principais fatores de risco envolvidos na transmissão do HCV na população estudada. Trata-se de um estudo transversal, realizado na Clínica de Doenças Renais de Imperatriz, no período compreendido entre janeiro e dezembro de
2010. A população-alvo do estudo foi composta de 181 pacientes em terapia de substituição renal, hemodiálise ou diálise peritoneal. Foi utilizado um questionário elaborado para obtenção dos dados epidemiológicos e foi coletado amostra de sangue periférico, com o propósito de realizar a pesquisa para anticorpos anti-HCV e testes de Biologia Molecular para pesquisa de RNA viral e genotipagem. Os resultados demonstraram uma prevalência de 7,2% (13/181) para o
HCV nos pacientes. Uma maior frequência do sexo masculino entre os portadores do HCV (92%). O fator de risco que se destacou foi o tempo de hemodiálise, onde 30,8% dos pacientes com mais de 15 anos de tratamento possuíam anticorpos contra o HCV e apresentaram alterações nos níveis de ALT. A prevalência da hepatite C foi elevada na unidade estudada. O tempo de tratamento dialítico foi considerado determinante para a positividade do vírus; o sexo masculino
apresentou incidência mais elevada. Indivíduos com infecção crônica pelo HCV apresentaram níveis séricos de ALT mais elevados do que aqueles sem hepatite C crônica.
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DANILO DE SOUZA ALMEIDA
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Transmissão intrafamiliar do Vírus Linfotrópico de Células T Humanas tipo 1 em Belém, Pará, Brasil.
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Data: 29/06/2012
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Os retrovírus pertencem a um grupo de agentes infecciosos que receberam maior atenção da comunidade científica a partir dos anos 19706, quando foram descritos os oncogenes celulares relacionados a eles. A partir destes estudos preliminares foi descrito o primeiro retrovírus humano, o vírus linfotrópico de células T humanas 1 (HTLV-1)20. Além da leucemia/linfoma de células T do adulto, o HTLV-1 também é causador de uma doença neurológica degenerativa denominada mielopatia associada ao HTLV-1/paraparesia espástica tropical (HAM/TSP) 7, 21. Amostras de sangue de pacientes e seus familiares, portadores do vírus, atendidos no NMT/UFPA foram analisadas por método molecular, objetivando investigar a transmissão intrafamiliar do HTLV-1. Observou-se transmissão intrafamiliar com 100% de similaridade entre as bases nucleotídicas em nove (75%) das 12 famílias investigadas, das quais duas famílias apresentaram transmissão vertical, três famílias apresentaram transmissão sexual e três famílias que apresentaram os dois tipos de transmissão. Foi observado que em três famílias ocorreu mudança em mais de um par de bases nucleotídicas, sendo que em duas famílias houve divergência de 0,2% e 0,4%, ou seja, apresentaram alta similaridade entre os seus nucleotídeos (> 99,4%), neste caso sugerindo que houve transmissão intrafamiliar do HTLV-1. Em uma família ocorreu uma divergência de 1,83%, indicando que não houve transmissão intrafamiliar. A sequência nucleotídica do segmento 5LTR e a análise filogenética mostraram alta similaridade entres as amostras isoladas no presente estudo e confirmaram a ocorrência do subtipo Cosmopolita subgrupo Transcontinental. O presente estudo fornece evidências moleculares da transmissão intrafamiliar do HTLV-1 em pacientes atendidos no Núcleo de Medicina Tropical da UFPA. Neste estudo a vias de transmissão como a amamentação e a relação sexual, foi a mais preponderante para essa disseminação.
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MILENE SILVEIRA FERREIRA
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ESTUDO EXPERIMENTAL SOBRE A RESPOSTA IMUNE EM INFECÇÃO PELO VÍRUS DENGUE EM PRIMATAS NÃO HUMANOS(CALLITHRIX PENICILLATA).
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Data: 29/06/2012
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A dengue, é causada pelo Vírus da dengue (VDEN - Flaviviridae, Flavivirus) e é considerada a arbovirose mais difundida no mundo. Atualmente, não há um animal que sirva como modelo para estudos sobre a patogênese do VDEN. Para investigar a susceptibilidade da espécie Callithrix penicillata ao VDEN foram inoculados amostras do VDEN-3 e do VDEN-2 de isoladas de casos humanos fatais. Para tal, vinte e dois animais foram infectados com VDEN-3 (3,23 × 103 PFU/mL) e, sessenta dias após a infecção (d.p.i.), 11 deles foram secundariamente infectados com VDEN-2 (4,47 × 104 PFU/mL). Sangue, plasma e soro, foram coletados diariamente durante os primeiros sete dias e em 15, 20, 45 e 60 d.p.i.. Foram investigados a produção de anticorpos IgM e inibidores da hemaglutinação, assim como foram análisados parâmetros hematologicos e bioquímicos e o perfil sérico de citocinas (IL-6, TNF-, IL-2, IFN-α, IL-4 e IL-5). A infecção primária (VDEN-3) revelou anticorpos IgM (15-
20 d.p.i.), anticorpos IH (15-60 d.p.i.), aumento dos níveis de TNF-α e IFN-γ e diminuição da IL-5. Na infecção secundária (VDEN-2), foi detectado anticorpos IgM (15-20 d.p.i.), anticorpos IH (15-60 d.p.i.) e diminuição dos níveis de IL-6, TNF-α, de IFN-γ e IL-5. Além disso, foi observado em ambas infecções leucopenia, neutropenia, linfocitopenia, monocitopenia, trombocitopenia, e aumentou da AST. O aumento dos níveis de INF-γ e TNF- α indicaram a ativação da resposta inflamatória, com a diferenciação para a resposta celular e supressão da proliferação de citocinas características da resposta humoral. A presença de anticorpos neutralizantes pode ter ocasionado a supressão da resposta inflamatória na infecção secundária o que pode ter levado a ausência de sinais de Febre Hemorrágica do Dengue/Sindrome do Choque do Dengue (FHD/SCD) durante a infecção secundária (VDEN-
2). Os resultados indicam que o primatas não humanos da espécie Callithrix penicillata
demonstraram susceptibilidade à cepas de VDEN de origem humana, sugerindo que esses animais são um bom modelo para estudos da resposta imunológica da Febre do Dengue (FD), assim como para a avaliação de uma vacina tetravalente.
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LETÍCIA DE SOUZA NOBREGA
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ASSOCIAÇÃO DO VÍRUS DA HEPATITE C COM O GRUPO SANGUÍNEO ABO
EM DOADORES DE SANGUE DA FUNDAÇÃO HEMOPA, PARÁ, BRASIL.
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Data: 25/06/2012
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Vários estudos têm demonstrado associação de sistemas de grupos sanguíneos com
diversas patologias. Neste contexto este trabalho teve como objetivo investigar
associação entre o vírus HCV e os grupos sanguíneos ABO e Rh em doadores de sangue
da Fundação Hemopa no período de 2000 a 2010. Entre janeiro de 2000 a dezembro de
2010 foram analisadas 565.614 amostras de indivíduos que doaram sangue no Hemopa,
sendo destes 1064 apresentaram teste reagente para pesquisa sorológica do HCV, 1246
inconclusivos e 563304 negativos. Entretanto, foram incluídos neste estudo somente os
doadores de sangue que não possuíam qualquer tipo de co-infecção para nenhuma outra
patologia pesquisada, de naturalidade paraense e pele de cor parda. Após, a seleção
destes critérios gerou-se um tamanho amostral de 838 (0,15%) soropositivos, 1181
(0,21%) inconclusivos e 551.991 (99,64%) soronegativos de um total de 554.010
doadores de sangue. Para o diagnóstico sorológico da hepatite C foram empregados
testes sorológicos de ELISA (Ensaio Imunoenzimático) de 4ª geração para detecção de
anticorpos específicos anti-HCV no soro dos doadores e nas amostras de resultado
positivo pela sorologia (ELISA) foi realizado extração do RNA viral. Os grupos
sanguíneos ABO e Rh foram determinados através das pesquisas de antígenos A e/ou B,
de anticorpos anti-A e/ou anti-B e de antígeno Rh(D) na amostra sanguínea do indivíduo.
Ao longo destes anos observou-se que a soroprevalência de anticorpos HCV específico
nos doadores de sangue vem sofrendo redução, variando de 132 a 38 casos
sororeagentes. A maioria dos doadores estavam entre a faixa etária de 30 a 49 anos
(57,64%), pertencendo predominantemente ao sexo masculino 74.5% (624/838) e
procedentes de Belém 72,5% (607/838). Comparando a distribuição dos fenótipos do
sistema de grupo sanguíneo ABO e Rh entre o grupo de doadores sororeagentes e não
reagentes ao HCV, verificou-se que não há variação significativa na frequência destes
fenótipos entre os doadores reagentes e não reagentes na pesquisa de anticorpos HCV
específicos. Dos doadores de sangue que apresentaram resultado de PCR, quando
comparado com os grupos sanguíneos ABO e Rh dos pacientes não se observou
associação entre eles.
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ANA CAMILA OLIVEIRA ALVES
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INVESTIGAÇÃO DO PERFIL SOROLÓGICO PARA LEISHMANIOSE E DETECÇÃO DE Leishmania spp. POR PCR EM CÃES DE ÁREAS ENDÊMICAS PARA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO ESTADO DO PARÁ, BRASIL.
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Data: 21/06/2012
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Apesar dos registros de cães infectados por Leishmania spp., o papel destes animais no ciclo de transmissão dos agentes da leishmaniose tegumentar americana (LTA) não foi elucidado. Este estudo teve como objetivo investigar a frequência da infecção canina em localidades rurais dos municípios de Ulianópolis, Dom Eliseu e Rondon do Pará, onde até o momento não há casos registrados de leishmaniose visceral (LV) humana ou canina. Entre Maio e Dezembro de 2011, foram investigados 224 cães em localidades rurais de três municípios. Dos cães que apresentavam lesão foi coletado material para a pesquisa direta do parasito. Para a reação de imunofluorescência indireta (RIFI), foram utilizados como antígeno formas promastigotas de L. (V.) braziliensis, L. (V.) shawi, L. (L.) amazonensis e L. (L.) infantum chagasi, sendo considerados reagentes soros com título igual ou superior a 40. A extração de DNA do material sanguíneo foi realizada através da técnica do fenol: clorofórmio: álcool isoamílico, sendo este utilizado posteriormente para a detecção molecular através da PCR, onde foram utilizados os primers S1629 e S1630, que amplificam genes do mini-exon. Dos 224 cães estudados, 18 (8,04%) apresentaram lesões sugestivas de LTA, dos quais apenas cinco foram positivos para a pesquisa direta do parasito. Na pesquisa sorológica, 118 (52,68%) soros caninos foram reagentes em pelo menos um dos antígenos testados, sendo que a maior porcentagem de concordância global (91,96%) foi encontrada na associação entre os resultados dos antígenos de L. (V.) braziliensis e de L. (V.) shawi. Na pesquisa molecular, dentre os 13 (5,80%) cães com PCR positiva foi detectado DNA de Leishmania do subgênero Viannia em seis (46,15%) animais e em cinco (38,46%) DNA de L. (L.) amazonensis, enquanto que dois (15,39%) cães apresentaram infecção mista. Não foi detectado DNA compatível com L. (L.) infantum chagasi. A frequência de cães sororeagentes e a presença de DNA de Leishmania indicam a presença de cães infectados e a circulação do agente nessa região. Este resultado demonstra a importância dos cães como possíveis reservatórios e a necessidade de mais estudos para avaliar a participação destes no ciclo de transmissão da LTA nos municípios estudados.
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CLAUDIA DANIELE TAVARES DUTRA
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Avaliação dos polimorfismos das apolipoproteínas A I e A V dos pacientes com síndrome lipodistrófica.
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Data: 13/06/2012
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Introdução: A dislipidemia é uma das alterações metabólicas do uso da terapia antirretroviral (TARV) em pacientes HIV positivos com Síndrome Lipodistrófica. Objetivo: Avaliar os polimorfismos genéticos das apolipoproteínas A1 e A5 em pacientes HIV positivos com lipodistrofia, em uso de TARV e sua associação com a dislipidemia. Métodos: Estudo do tipo transversal analítico, que utilizou um protocolo de pesquisa, que estudou as condições sóciodemográfica, clínicas, fatores de risco (atividade física, tabagismo, etilismo, frequência alimentar), exames bioquímicos para dislipidemia e avaliação dos polimorfismos das apolipoproteínas A1 e A5. Resultados: Dos 105 pacientes HIV positivos estudados, 63,8% eram homens, com idade média de 44,5 (± 9,4) anos; 70,5% relataram ser solteiros e possuir renda familiar de até três salários mínimos (77,1%). Os fatores de risco observados foram: tabagismo (21%), etilismo (43,8%), sedentarismo (69,5%), Diabetes mellitus (16,2%), excesso de peso (22,9%) e risco cardiovascular (39,1%). A forma de lipodistrofia mais prevalente foi à síndrome mista (51,4%). O consumo alimentar verificou a frequência de frutas (60,8%), legumes e verduras (36,3%), leite e derivados (75%), diariamente. Doces e guloseimas (31,4%), embutidos (11,7%) e lanches gordurosos (26,4%) mais de duas vezes na semana. E o hábito do consumo de carnes com gordura aparente (56,9%). Em relação à classificação da dislipidemia observou que a maioria dos pacientes possuía hipertrigliceridemia isolada (30,5%) e hiperlipidemia mista (32,4%). Observou-se que a hipertrigliceridemia isolada está associada com o gene da apolipoproteína A5 (rs3135506, rs619054 e rs662799), não sendo influenciada pelas formas clínicas de lipodistrofia. Não foi encontrada a presença do polimorfismo da apolipoproteína A1 (Lys107-0must2) nos pacientes em estudo.
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ANDREA NASCIMENTO GOMES
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CORRELAÇÃO ENTRE AUTOIMUNIDADE TIREOIDIANA E O VÍRUS DA HEPATITE C
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Data: 31/05/2012
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As hepatites virais constituem um dos mais importantes assuntos de saúde pública, podendo ser causadas por diferentes agentes etiológicos. Dentre estes, encontra-se o vírus da hepatite C (VHC), que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) afeta mundialmente cerca de 123 milhões de pessoas, com uma prevalência de 3%. A principal forma de transmissão do VHC é a exposição ao sangue contaminado. O VHC pertence à família Flaviviridae, gênero Hepacivirus, possui 6 genótipos e múltiplos subtipos. No Brasil, o genótipo 1 é observado em 70% dos pacientes infectados, seguido pelo genótipo 3 (25%) e o genótipo 2 (5%). Alguns fatores de risco são fortemente associados à transmissão do VHC, dentre eles: o uso de seringa de vidro esterilizada em domicílio; o compartilhamento de utensílios de higiene pessoal como a lâmina de barbear, escova de dente, alicates de manicure e cortadores de unhas e também a transfusão de sangue antes de 1993. A proposta do presente estudo foi investigar a frequência de auto-anticorpos em indivíduos brasileiros portadores de hepatite C crônica. Foram incluídos 14 indivíduos com diagnóstico clínico e laboratorial de VHC crônica e 45 indivíduos foram incluídos como controle. Foi realizada a pesquisa de auto-anticorpos tireoidianos por Imunoensaio Quimioluminescente de Micropartículas (CMIA). Em relação ao anti-TPO, os portadores do vírus da hepatite C foram negativos em 92,86% e no grupo controle foram encontrados 15,56% positivos e 84,44% negativos. Para antireoglobulina 92,86% dos portadores de HVC foram positivos e 88,37% no grupo controle. Neste estudo não foi encontrada diferença na frequência de desordens tireoidianas quando comparados os pacientes com Hepatite C sem tratamento específico com aqueles sem Hepatite C, justificado provavelmente, pela alta prevalência de DAT na população do grupo controle. Os resultados indicam a necessidade de uma amostragem maior de indivíduos para que comprovação do papel do vírus C isoladamente como desencadeador de DAT.
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ALLAN KAIO SILVA
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Caracterização genética metapneumovírus humano isolados em casos de infecção respiratório aguda na Região Nordeste do Brasil
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Data: 31/05/2012
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As doenças do trato respiratório são responsáveis por uma significativa taxa de absenteísmo
laboral bem como por elevados índices de morbidade e morte, entre as quais as infecções
respiratórias aguda (IRA) representam as maiores queixas nos serviços de atendimento
médico-ambulatorial em todo o mundo. Os vírus são considerados os principais agentes
etiológicos das IRA, atuando seja como patógeno principal ou predispondo às infecções
bacterianas secundárias, entre eles encontra-se o Metapneumovirus Humano (HMPV). Este
vírus foi identificado em 2001 apresentando-se como um importante agente causador de IRA
adquirida na comunidade. É um vírus cosmopolita que causa doenças respiratórias
semelhantes ao Vírus Respiratório Sincicial. No Brasil, são relativamente escassos os relatos
da ocorrência do HMPV na população. O objetivo deste estudo é investigar a ocorrência de
Metapneumovírus Humano (HMPV) em pacientes com diagnóstico clínico de infecção
respiratória aguda (IRA) na Região Nordeste do Brasil. Entre o período de Junho de 2009 a
Setembro de 2010, pacientes oriundos de atendimentos em unidades de atenção básica ou
hospitalar de cinco estados da Região Nordeste, foram submetidos a coleta de espécimes para
detecção a partir de técnicas de biologia molecular. Análises estatísticas foram utilizadas para
escolha do tamanho amostral (545) e tratamento dos resultados obtidos. O estudo mostrou
uma positividade de 4.7% para HMPV, sem a existência de uma faixa etária específica para a
ocorrência da infecção. Ocorreu uma prevalência do sexo feminino entre os casos positivos,
entretanto, sem significado estatístico. O pico de positividade para o vírus (n=16) mostrou
existir no terceiro trimestre do ano em todos os Estados investigados. Neste estudo, foi
possível descrever a ocorrência de HMPV na Região Nordeste, afetando pacientes portadores
de infecção respiratória aguda, tanto acompanhados ambulatorialmente como hospitalizados,
que preencheram critério clínico para Síndrome Respiratória Aguda Grave
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SHEYLA FERNANDA DA COSTA BARBOSA
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ASOROPREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS LINFOTRÓPICO DE CÉLULAS T HUMANAS EM PORTADORES DE DOENÇAS LINFOPROLIFERATIVAS ATENDIDOS NO HOSPITAL OPHIR LOYOLA, BELÉM, PARÁ.
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Data: 25/05/2012
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Cerca de 20% da incidência mundial de câncer em humanos é atribuída à infecção por vírus chamados de oncovírus, dentre estes, destaca-se o Vírus Linfotrópico de Células T Humanas tipo 1 (HTLV-1). Este vírus está associado a várias patologias, entre as mais estudadas estão a Paraparesia Espástica Tropical Mielopatia Associada ao HTLV (PET/MAH) e a Leucemia Linfoma de Células T do Adulto (LLTA). O HTLV-1 é endêmico em várias regiões do mundo, com maior concentração de casos no sul do Japão, enquanto o HTLV-2 tem sido encontrado em maior frequência entre usuários de drogas endovenosas nos Estados Unidos e na Europa, e entre populações nativas das Américas. No Brasil, o HTLV 1 encontra-se distribuído por todo o território nacional. O objetivo desta pesquisa foi determinar soroprevalência da infecção pelo Vírus Linfotrópico de Células T Humanas em portadores de Doenças Linfoproliferativas atendidos no Hospital Ophir Loyola, Belém, Pará. A população deste estudo foi composta por 364 pacientes com diagnóstico de doença linfoproliferativa (Linfoma de Hodking, Linfoma não Hodking e Leucemias Linfóides Crônicas e Agudas), atendidos no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2011. Utilizou-se o teste de ELISA para o exame sorológico e confirmou-se um caso pela técnica de PCR. A soroprevalência da infecção pelo HTLV nesta população foi de 3,17%, o estudo molecular de um caso mostrou tratar-se da infecção pelo HTLV tipo 1. Todos os indivíduos soro-reagentes foram diagnosticados como Linfoma não Hodgkin de células T (p=0.0021). Entre estes, a manifestação inicial da doença ocorreu após os 30 anos de idade, a média de idade foi de 43,75 anos e a maioria eram mulheres. Conclui-se que a prevalência de HTLV no grupo estudado está de acordo com os estudos sobre infecção por HTLV entre leucemias e linfomas.
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WARDIE ATALLAH DE MATTOS
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FATORES ASSOCIADOS A LETALIDADE NA FUNGEMIA NEONATAL EM UTI DE HOSPITAL DE ENSINO NA REGIÃO NORTE DO BRASIL.
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Data: 23/05/2012
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Candidemia é uma das infecções nosocomiais mais comuns nas unidades de cuidados
intensivos. Em neonatos, principalmente os prematuros de muito baixo peso (1500g<) e de
extremo baixo peso (1000g<) a candidemia representa importante causa de morbidade e
mortalidade. Este estudo teve como objetivos avaliar os fatores de risco para candidemia
relacionados à letalidade, definir a mortalidade geral e a letalidade atribuída à candidemia nos
recém-nascidos internados em hospital de referência materno-infantil da região norte do
Brasil durante período de observação de janeiro de 2008 a dezembro de 2010. De modo
retrospectivo, foi realizado estudo do tipo caso-controle aninhado para o estudo dos fatores de
risco associados ao óbito e tipo caso-controle para análise da letalidade atribuída, através da
revisão da microbiologia e registros clínicos correspondentes dos neonatos com diagnóstico
confirmado de candidemia através de hemocultura. A Infecção da Corrente Sanguínea por
Candida spp ocorreu em 34 neonatos, sendo cerca de 58,8% com peso igual ou abaixo de
1500g e 41,2% acima de 1500g. A idade gestacional foi igual ou abaixo de 32 semanas em
38,2% dos recém-nascidos e cerca de 61,8% acima de 32 semanas. Candida albicans foi
identificada em 9 pacientes (26,5%), Candida parapsilosis em 9 pacientes (26,5%), Candida
glabrata em 1 paciente (2,9%) e em 15 pacientes (44,1%) não houve a identificação da
espécie de Candida. Como fator de risco associado à letalidade a dissecção venosa esteve
presente em 8 pacientes (23,5%) p=0,0331. Os pacientes com fungemia apresentaram uma
chance de aproximadamente 12 vezes maior de evoluir pra óbito em relação aos controles sem
fungemia. A letalidade atribuída a fungemia foi de 26,4% dos casos e a mortalidade global
por candidemia foi de 52,9%. Os dados obtidos demonstraram que a dissecção venosa foi um
fator de risco significante para a letalidade nos neonatos com candidemia. Os demais fatores
de risco não estiveram associados à letalidade. A ocorrência da fungemia aumenta
significativamente a chance de um recém-nascido prematuro internado em unidade de terapia
intensiva evoluir a óbito independente de qualquer outra variável clínica
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MARCOS FABIANO DE ALMEIDA QUEIROZ
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SOROPREVALÊNCIA DE TESTE RÁPIDOS (ML Flow) EM CASOS DE HANSENÍASE E CONTATOS INTRADOMICILIARES EM MUNICÍPIOS ENDÊMICOS DO PARÁ
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Data: 22/05/2012
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A hanseníase, doença milenar, ainda constitui um grande desafio para a saúde pública, inclusive no que se refere a diagnóstico precoce e vigilância em saúde. Com objetivo de estimar a soroprevalência de anticorpos antiPGL-1 através do teste rápido ML-Flow em casos de hanseníase e seus contatos intradomiciliares de municípios endêmicos do Pará, realizou-se um estudo transversal incluindo 73 casos novos de hanseníase e 135 contatos intradomiciliares, selecionados no período de abril de 2011 a janeiro de 2012, nas unidades de referência para tratamento de hanseníase nos municípios de Belém, Marituba, Igarapé-Açú e Santarém. Os resultados demonstraram uma prevalência de 14,8/10.000hab de casos de hanseníase entre os contatos examinados. A soropositividade do ML Flow nos casos índices foi de 53,42% em pacientes multibacilares e 13,33% nos contatos intradomiciliares. Houve associação direta de positividade do ML Flow nos contatos intradomiciliares com o índice baciloscópico do caso índice. Não houve associação direta do tempo de convivência e a consanguineidade do caso índice em relação ao teste ML Flow. Houve associação entre a positividade do teste ML Flow e a realização da vacina BCG entre os contatos. Estes resultados indicam que a introdução do teste ML Flow poderia servir como instrumento auxiliar no monitoramento dos casos e seus contatos, tornando-se de grande relevância na vigilância epidemiológica da hanseníase.
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ADELIA OLIVEIRA DA CONCEICAO
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DANO NEURAL EM PACIENTES HANSÊNICOS: UM ESTUDO DE EVOLUÇÃO PÓS ALTA
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Data: 22/05/2012
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A hanseniase provoca inflamações, reações imunológicas e processos compressivos que podem evoluir de um dano neural leve e transitório a uma lesão completa do nervo. É a principal causa não traumática de neuropatias periféricas onde cerca de 20% dos pacientes apresentam algum tipo de incapacidade física pós-alta. São poucos os trabalhos que discutem os fatores de risco que podem ocasionar essas incapacidades. Neste trabalho investigou-se o dano neural em uma coorte clinica de pacientes hansênicos pós-alta medicamentosa na Colônia do Prata, no período de 1997 a 2009 e os fores de risco para incapacidade fisica no momento do diagnóstico e no pós-alta. O estudo foi tipo coorte histórica de 63 pacientes no periodo 1997 a 2009- Vila de Santo Antônio do Prata em Igarapé Açu, Pará. Foram coletados dados da ficha de notificação/investigação do Sistema Nacional de Informações de Agravo de Notificação (SINAN), dos prontuários e da avaliação pós-alta quanto ao grau de incapacidade fisica. As variáveis sociodemográficas, clínicas e das funções neurais foram organizadas em planilhas do Microsoft Excel® 2003 e analisadas nos programas Epi Info versão 3.5.2 e BioEstat versão 5.3 e apresentadas na forma de tabelas, quadros e gráficos. No diagnóstico os fatores que mais ofereceram chance para incapacidade fisica foram: ter dono sensitivo 21,67 mais chance de incapacidade, apresentar choque/dor/espessamento tronco nervoso aumenta e 20 a chance de incapacidade, reação hansênica 9 vezes mais chances, ter dor a palpação do tronco nervoso oferece 7,32 mais chances, ser multibacilar apresentou 7,29, ser virchowiano aumenta em 6,68 vezes e a presença de dano motor aumenta em 6,38 vezes a chance de incapacidade fisica no diagnóstico. Na avaliação pós-alta apenas 63 casos foram avaliados para os quais os fatores de risco mais importantes foram: a presença de dano sensitivo no diagnóstico é 1,89 mais riscos, incapacidade fisica no diagnóstico 1,55 mais riscos e ser multibacilar oferece 1,36 vezes mais riscos para incapacidade fisica após a alta por cura. Dentro dos 4 grupos formados a partir dos 63 casos houve piora do dano sensitivo na maioria dos casos em que a forma clínica era dimorfa o grau de incapacidade apresentou-se estável e com piora em alguns casos. Permitiu-se concluir para população em estudo que: apresentar algum tipo de dano neural (sensitivo e/ou motor) no momento do diagnóstico aumenta as chances de incapacidades no diagnóstico e de agravar o dano neural após a alta por cura, a presença de incapacidade fisica no momento do diagnóstico pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de novas incapacidades ou piora das já instaladas e que houve agravamento do dano (sensitivo ou motor) após a alta por cura mesmo sem a mudança no grau de incapacidade segundo a classificação do Ministério da Saúde, capazes de afetar a qualidade de vida e a autonomia do individuo.
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RAIMUNDA MARQUES DE CARVALHO
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DETECÇÃO LABORATORIAL DE Chlamydia trachomatis EM ESCOLARES DA REDE PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁ COM DIAGNOSTICO CLÍNICO DE TRACOMA.
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Data: 18/05/2012
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O tracoma como principal causa de cegueira prevenível no mundo, é uma doença negligenciada relacionada a baixas condições socioeconômicas e locais sem saneamento básico. Presente principalmente nos países subdesenvolvidos traz grandes prejuízos aos cofres públicos com a perda de produtividade e a deficiência visual. Com a criação da Aliança para Eliminação Global de Tracoma em 1997 (GET2020), o Estado do Pará, com apoio do Ministério da Saúde do Brasil, realizaram em 2006 o inquérito epidemiológico do tracoma em escolares de 1ª a 4ª série da rede oficial de ensino, nos municípios com índice de desenvolvimento humano inferior a média nacional, para conhecer a prevalência da doença. Os dados obtidos no inquérito comprovaram que a doença não foi erradicada, revelando 35 municípios paraenses prioritários e prevalências acima de 5%. Uma sub-amostra da conjuntiva de escolares clinicamente positivos foi coletada para a confirmação diagnóstica por Imunofluorescência direta (IFD). O presente estudo utilizou 52 amostras crio conservadas obtidas durante o inquérito, para serem analisadas pelos métodos de IFD e de biologia molecular, na identificação laboratorial da Chlamydia trachomatis. Foram encontradas as frequências de 26,92% (14/52) e 49% (24/49) de resultados positivos pelas técnicas de IFD e reação em cadeia da polimerase (nested-PCR), respectivamente. Considerando as 49 amostras analisadas pelas duas metodologias, as sensibilidades para a detecção do agente etiológico, por IFD e PCR foram de 28,57% (14/49) e 48,98% (24/49), respectivamente (p = 0,0127). As duas técnicas juntas confirmaram a infecção em 57,14% (n=28) das amostras, onde 50% (n=14) foram positivas apenas pela PCR, 35,72% (n=10) para ambas as técnicas e 14,28% (n=4) somente pela IFD. A análise de sete sequências nucleotídicas demonstrou homologia para isolados de C. trachomatis genótipo L1. Este estudo é pioneiro no Brasil, pois além de confirmar a presença de C. trachomatis em amostras oculares de escolares clínicamente positivos para tracoma, validou protocolo de obtenção de DNA a partir de lâminas de IFD crioconservadas, demonstrou a maior sensibilidade do método molecular frente à IFD e identificou o genótipo L1 presente nas amostras.
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ANA CARLA CUNHA DE ARAUJO
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Aspectos clínicos e epidemiológicos da infecção genital pelo Papilomarívus Humano(HPV) em adolescentes da região metropolitana de Belém.
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Data: 10/05/2012
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biológicas e psicológicas que influenciam intensamente sua saúde futura. Essas mulheres são mais suscetíveis às DST. A infecção pelo HPV é uma das DST mais frequentes, sendo importante avaliar a sua prevalência, devido sua ligação com o câncer uterino. Este estudo avaliou a prevalência da infecção genital por HPV na população adolescente do sexo feminino em Belém. Estes dados foram correlacionados com fatores sócio demográficos, comportamentais e reprodutivos. Foi realizado um estudo transversal entre agosto de 2009 e agosto de 2011, com 134 mulheres entre 13 e 19 anos que procuraram a Unidade Materno-Infantil e Adolescente de Belém para exame de rastreamento do câncer do colo do útero. As pacientes selecionadas responderam a um questionário sobre os dados sócio demográficos, comportamentais e reprodutivos. Foi realizada coleta de material cervicovaginal para citologia convencional e escovado cervical para detecção de DNA-HPV por técnica da reação em cadeia de polimerase (PCR). A associação da infecção por HPV e fatores de risco selecionados foi avaliada por meio do teste do Qui-quadrado (2) e/ou exato de Fisher, todos com um nível alfa de significância de 0,05. A infecção genital pelo Papillomavirus humano apresentou a prevalência de 22%, sendo o HPV 58 o mais prevalente com 31% e o HPV 11 o menos comum com 3,4%. Entre as adolescentes 51,7% apresentaram infecção por outros tipos de HPV não incluídos na vacina quadrivalente (6, 11, 16 e 18), e 76,2% apresentavam infecção por pelo menos um tipo de HPV do grupo de alto risco. Foram encontradas alterações citológicas em 6,2% dos esfregaços cervicais. Os fatores de risco associados à infecção genital por HPV encontrados neste estudo foram escolaridade superior a oito anos, coitarca com idade maior que 14 anos, uso de anticoncepcional oral por mais de um ano, uso atual de anticoncepcional oral, gravidez com 14 anos ou menos e achado citológico anormal. Este estudo evidenciou o predomínio de HPV de alto risco não imunoprevenível nas amostras cervicais, demonstrando a necessidade de novas políticas de prevenção primária e secundária, que envolvam as adolescentes através de discussão e orientação motivando-as a participar ativamente na promoção da própria saúde.
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REGIS PILONI MAESTRI
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ANÁLISE MOLECULAR DOS GENES ESTRUTURAIS E NÃO-ESTRUTURAIS DE ROTAVÍRUS A CIRCULANTES NO ESTADO DO PARÁ:TRANSMISSÃO ENTRE - ESPÉCIES E GENEALOGIA
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Data: 03/05/2012
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Os rotavírus (RVs) são a principal causa de gastrenterites viróticas agudas tanto em seres humanos, como em animais jovens de várias espécies, incluindo bezerros, equinos, suínos, caninos, felinos e aves. A diversidade genética dos RVs está associada a diferentes mecanismos de evolução. Nesse contexto registrem-se: mutação pontual, rearranjo genômico e reestruturação (reassortment). O objetivo do presente estudo foi realizar a caracterização molecular dos genes que codificam para as proteínas estruturais e não-estruturais em amostras não usuais de RVs. Os espécimes clínicos selecionados para este estudo foram oriundos de projetos de pesquisa em gastrenterites virais conduzidos no Instituto Evandro Chagas e provenientes de crianças e neonato com gastrenterite por RVs. Os espécimes fecais foram submetidos à reação em cadeia mediada pela polimerase, para os genes estruturais (VP1-VP4, VP6 e VP7) e não estruturais (NSP1-NSP6), os quais foram sequenciados posteriormente. Oito amostras não usuais de RV oriundas de crianças e neonato com gastrenterite foram analisadas evidenciando a ocorrência de eventos de rearranjos entre genes provenientes de origem animal em 5/8 (62,5%) das amostras analisadas. Desta forma, o presente estudo demonstra que apesar de ser rara a transmissão de RVs entre espécies (animais – humanos), ela está ocorrendo na natureza, como o que possivelmente ocorreu nas amostras do presente estudo NB150, HSP034, HSP180, HST327 e RV10109. O estudo é pioneiro na região amazônica e reforça dados descritos anteriormente que demonstram o estreito relacionamento existente entre genes provenientes de origem humana e animal que possam representar um desafio às vacinas ora em uso introduzidas em escala progressiva nos programas nacionais de imunização.
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KELLY SOARES TEIXEIRA
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CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA E FORMAS CLÍNICAS APRESENTADAS POR CRIANÇAS INTERNADAS COM DENGUE EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DA AMAZÔNIA.
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Data: 27/04/2012
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Dengue tem causado epidemias de diferentes magnitudes nas últimas décadas e está presente em quase todos os Estados do Brasil, com a circulação dos quatro sorotipos diferentes, desde a introdução no país do sorotipo 4 em janeiro de 2011.
O atual cenário epidemiológico do país indica a elevação das formas graves de dengue na faixa etária pediátrica. No entanto, estudos descritivos de casos da doença em crianças, que fazem referência às características epidemiológicas e clínicas, são pouco freqüentes.
O presente trabalho destina-se a mostrar as características demográficas e formas clínicas apresentadas pelas crianças com idade inferior a doze anos, internadas com dengue, em um hospital de referência da Amazônia.
Neste estudo, utilizou-se uma metodologia que permitisse uma busca retrospectiva, através da análise de 154 prontuários de crianças internadas com dengue no período de 2009 à 2011, no Hospital Universitário João de Barros Barreto.
As variáveis analisadas foram: idade, sexo, área de residência, distribuição por municípios, sinais e sintomas, data da internação, data de início dos sintomas, forma clínica da doença e valores de plaquetas, hematócrito e enzimas hepáticas.
Neste estudo, não houve diferença estatisticamente significativa entre os gêneros, e a maioria dos casos confirmados de dengue foram procedentes de municípios no interior do Pará (57,6%). A febre foi o sinal mais freqüentemente encontrado (98,7%). Petéquia foi a manifestação hemorrágica referida como mais freqüente neste estudo (76,6%). Entre os sinais de alerta para febre hemorrágica do Dengue, dor abdominal e vômitos estavam presentes em 77,3% dos pacientes.
No que se refere ao tempo decorrido entre o início dos sintomas até a data da internação hospitalar, a principal característica observada neste estudo é que somente após cinco à sete dias do início do quadro clínico, os pacientes tiveram acesso ao tratamento em hospital de referência.
Esses resultados mostram que é necessário reforçar os serviços básicos de saúde, a fim de fornecer diagnóstico precoce e tratamento adequado, sobretudo na faixa etária pediátrica, onde casos de dengue eventualmente são confundidos com outras viroses prevalentes na infância. Certamente, há necessidade de avaliar a eficácia dos programas de controle de dengue e aplicação de medidas específicas para áreas identificadas como prioritárias.
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JONES ANDERSON MONTEIRO SIQUEIRA
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CARACTERIZAÇÃO DAS INFECÇÕES POR NOROVÍRUS NAS HOSPITALIZAÇÕES PEDIÁTRICAS POR GASTRENTERITE NA CIDADE DE BELÉM, PARÁ.
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Data: 20/04/2012
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O Norovirus (NoVs), pertencente a família Caliciviridae, ocasiona quadro de gastrenterite aguda (GEA) em pessoas de todas as faixas etárias. Sua relevância como causa de surtos já está confirmada, os quais ocorrem principalmente em locais fechados. Sua transmissão é, sobretudo, pela via fecal-oral, por meio da ingestão de água/alimentos contaminados e contato pessoa-a-pessoa. A doença em geral se manifesta de forma súbita, caracterizada por diarreia, vômito, náusea e cólica abdominal. O objetivo deste estudo foi demonstrar a importância dos NoVs como patógenos associados às internações de crianças com quadro de GEA em Belém, Pará. A coleta dos espécimes fecais ocorreu de maio/2008 a abril/2011, sendo examinados somente aqueles com resultados negativos para rotavírus. Para a detecção dos NoVs foi utilizado o ensaio imunoenzimático (EIA) e a reação em cadeia mediada pela enzima polimerase e precedida de transcrição reversa (RT-PCR). As amostras com resultado positivo no EIA e negativo na RT-PCR foram submetidas a semi-nested RT-PCR, e aquelas que permaneceram negativas foram testadas pela PCR em tempo real. Foram analisadas 483 amostras, sendo observada uma positividade de 35,4% (171/483). Adotando-se a RT-PCR como o método de referência, o EIA apresentou sensibilidade de 85,9% e especificidade de 93,4%, com excelente reprodutibilidade entre ambas (Kappa= 0.8, p<0.0001). As 22 amostras positivas apenas por EIA foram testadas pela semi-nested RT-PCR e PCR em tempo real, sendo observada positividade de 63,6% (14/22) e 75% (6/8), respectivamente. O sequenciamento nucleotídico parcial da região da ORF1 demonstrou a circulação dos genótipos GII.4d (80,8%-42/52), GII.7 (7,7%-4/52) e GII.b (11,5%-6/52). Foi realizado o sequenciamento de 64,3% (9/14) das amostras positivas somente pela semi-nested RT-PCR, também correspondente a ORF1, sendo 55,6% (5/9) classificadas como GII.4d e 44,4% (4/9) como GII.b. Das 6 amostras classificadas como GII.b, cinco foram caracterizadas como GII.3 quando sequenciadas com iniciadores específicos da região do capsídeo viral, sugerindo a possibilidade de se tratarem de amostras recombinantes. Foi observada maior taxa de infecção nas crianças menores de 2 anos de idade (90,1%-154/171) e os principais sintomas observados foram vômito (95,8%-137/143) e desidratação (94,4%-118/125), considerando que a diarreia foi critério de inclusão. A maioria das crianças infectadas apresentou mais de 9 dias de diarreia (41,2%), 4 evacuações diárias (43,9%) e mais de 5 episódios de vômito (90%) no período de internação. Com relação à sazonalidade, foram observados três picos de positividade, em setembro e outubro de 2008 (63,6%); e em fevereiro de 2010 (62,1%), não sendo notada nenhuma correlação com os parâmetros climáticos de pluviosidade, umidade e temperatura. Com este estudo, demonstrou-se a importância dos NoVs como enteropatógenos virais associados à GEA em crianças hospitalizadas em Belém, indicando a necessidade de uma vigilância ativa, a fim de evitar maior morbidade e possível mortalidade ocasionada por esse vírus na população infantil.
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CLAUDIA GISELLE SANTOS AREAS
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DERRAME PLEURAL PARAPNEUMÔNICO: PERFIL E EVOLUÇÃO DE CRIANÇAS INTERNADAS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO
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Data: 19/04/2012
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Introdução: A pneumonia é uma das infecções mais comuns em crianças, sendo o derrame pleural uma complicação potencial, principalmente nos países em desenvolvimento, onde existem sérias limitações de recursos diagnóstico-terapêuticos.
Objetivos: Conhecer o perfil das crianças portadoras de derrame pleural parapneumônico, analisando sua evolução a partir da terapêutica clínica e cirúrgica que são submetidas.
Método: Estudo descritivo, transversal, de coleta prospectiva, no qual foram estudadas todas as crianças internadas em um hospital de referência de doenças infecciosas na Região Norte-Brasil com diagnóstico de derrame pleural parapneumônico, submetidas a procedimento cirúrgico para abordagem do mesmo, no período de outubro de 2010 a outubro de 2011.
Resultados: A amostra foi composta por 46 crianças, com distribuição igual entre os sexos, predominância de menores de 3 anos (74%) e procedentes do interior do estado (54,3%). Parcela considerável (28%) possuía algum grau de inadequação do estado nutricional. A média de tempo de doença até à admissão na referida instituição foi de 16,9 dias, e todos os indivíduos eram provenientes de outro hospital. A duração média da internação hospitalar foi de 26,0 dias, e a do estado febril, de 9,8 dias. Foram utilizados 2,2 esquemas antimicrobianos, em média, por paciente e o Ceftriaxone foi o antibiótico mais comum. Diagnóstico etiológico só foi alcançado em um único caso. Em 22 crianças, (47,8%), havia empiema pleural, e elas apresentaram maior tempo de drenagem. Foi encontrada associação entre crianças com nanismo e cirurgias múltiplas (Teste G = 8,40; p= 0,040). A grande maioria das criança foi operada uma única vez (80,4%), e a drenagem torácica fechada foi a cirurgia mais realizada. A drenagem torácica aberta foi instalada em 24,0% dos pacientes. A toracotomia com descorticação foi realizada em 2 pacientes (4,0%). Todas as crianças da amostra obtiveram recuperação clínica e radiológica em até quatro meses após a alta hospitalar, e não houve óbito na amostra.
Introdução: A pneumonia é uma das infecções mais comuns em crianças, sendo o derrame pleural uma complicação potencial, principalmente nos países em desenvolvimento, onde existem sérias limitações de recursos diagnóstico-terapêuticos.
Objetivos: Conhecer o perfil das crianças portadoras de derrame pleural parapneumônico, analisando sua evolução a partir da terapêutica clínica e cirúrgica que são submetidas.
Método: Estudo descritivo, transversal, de coleta prospectiva, no qual foram estudadas todas as crianças internadas em um hospital de referência de doenças infecciosas na Região Norte-Brasil com diagnóstico de derrame pleural parapneumônico, submetidas a procedimento cirúrgico para abordagem do mesmo, no período de outubro de 2010 a outubro de 2011.
Resultados: A amostra foi composta por 46 crianças, com distribuição igual entre os sexos, predominância de menores de 3 anos (74%) e procedentes do interior do estado (54,3%). Parcela considerável (28%) possuía algum grau de inadequação do estado nutricional. A média de tempo de doença até à admissão na referida instituição foi de 16,9 dias, e todos os indivíduos eram provenientes de outro hospital. A duração média da internação hospitalar foi de 26,0 dias, e a do estado febril, de 9,8 dias. Foram utilizados 2,2 esquemas antimicrobianos, em média, por paciente e o Ceftriaxone foi o antibiótico mais comum. Diagnóstico etiológico só foi alcançado em um único caso. Em 22 crianças, (47,8%), havia empiema pleural, e elas apresentaram maior tempo de drenagem. Foi encontrada associação entre crianças com nanismo e cirurgias múltiplas (Teste G = 8,40; p= 0,040). A grande maioria das criança foi operada uma única vez (80,4%), e a drenagem torácica fechada foi a cirurgia mais realizada. A drenagem torácica aberta foi instalada em 24,0% dos pacientes. A toracotomia com descorticação foi realizada em 2 pacientes (4,0%). Todas as crianças da amostra obtiveram recuperação clínica e radiológica em até quatro meses após a alta hospitalar, e não houve óbito na amostra.
Conclusão: A população estudada possui doença em estágio avançado e distúrbios nutricionais prevalentes, que podem influenciar na evolução. É necessária padronização da antibioticoterapia, e reconsiderar a drenagem torácica aberta no empiema pleural, a partir de novos estudos sobre o tema, principalmente na indisponibilidade da videotoracoscopia.
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PAULA KATHARINE DE PONTES SPADA
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DETECÇÃO DE ADENOVÍRUS HUMANOS EM AMOSTRAS DE ÁGUA SUPERFICIAL E ESGOTO NÃO TRATADO ORIUNDAS DE DIVERSOS ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS DA CIDADE DE BELÉM-PA
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Data: 18/04/2012
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Os vírus entéricos são importantes agentes de doenças de veiculação hídrica. Entre esses, os adenovirus humanos (HAdV) assumiram importância por serem um dos principais causadores de gastrenterite em crianças menores de cinco anos e pela sua maior resistência a fatores físicos e químicos em detrimento a outros vírus no ambiente. Várias pesquisas têm demonstrado ausência de relação entre a presença de bactérias indicadoras e vírus. Diante disso, diversos autores têm sugerido a inclusão desses agentes como potenciais indicadores de contaminação viral e fecal da água. O objetivo desse trabalho foi detectar a presença de HAdV em amostras de água e esgoto não tratado oriundas de diversos ecossistemas aquáticos da cidade de Belém-PA. Foram selecionados seis pontos de amostragem, dentre eles um esgoto não tratado: Esgoto do UNA e cinco coleções hídricas: Porto do Açaí, Ver-o-Peso, Igarapé Tucunduba, Lago Bolonha e Lago Água Preta. Foi feita uma coleta mensal de dois litros de água em cada ponto durante 24 meses consecutivos, de nov/2008 a out/2010, totalizando 144 amostras. Foi utilizada água destilada autoclavada para controle negativo de cada ponto em todos os testes utilizados. As amostras foram concentradas pelo método de adsorção-eluição e posteriormente centrifugadas para a obtenção de dois mL. O DNA foi extraído pelo kit comercial Qiagen. Para a detecção molecular foram empregadas a Reação em Cadeia Mediada pela Polimerase (PCR convencional) e a PCR em tempo real, sendo utilizados iniciadores e sondas específicos que amplificam um gene do hexon de 301 e 96 pb, respectivamente. Visando-se melhorar o produto amplificado para sequenciamento genômico, algumas amostras positivas pela PCR convencional foram submetidas à Nested-PCR com a utilização de mais um par de iniciadores que amplificam uma região interna de 171 pb. Amostras de água e esgoto foram sequenciadas, analisadas e comparadas a outras obtidas no GeneBank. Os HAdV foram detectados em 59% (85/144) das amostras de água superficial e esgoto não tratado, sendo que a positividade obtida pela PCR convencional foi de 22,9% (33/144) e pela PCR em tempo real de 58,7% (84/143). A primeira detectou o agente apenas nas amostras do igarapé Tucunduba (62,5%) e do esgoto do UNA (75%) e a segunda em amostras provenientes dos seis pontos de coleta (com uma variação de 25 a 100%). O agente foi detectado em todos os 24 meses do estudo, estando presentes em pelo menos dois pontos, mensalmente. A PCR em tempo real se mostrou mais sensível nesse estudo, tendo encontrado o agente em 36,4% (52/143) das amostras não detectadas pela PCR convencional. Das oito amostras genotipadas todas pertencem à espécie F, sendo quatro referentes ao sorotipo 40 e quatro ao 41. Nossos resultados confirmam a alta circulação desse patógeno nas águas superficiais e esgoto da cidade, sugerindo a inclusão dos HAdV como bons indicadores de contaminação viral e fecal da água. A pesquisa desses vírus em ambientes aquáticos é pioneira em Belém e tais resultados são de relevante importância para as políticas de saúde pública e ambiental, servindo como base para estudos complementares nessa área
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JULIANA LASMAR AYRES DO AMARAL
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"ESTUDO DA PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO PAPILOMA VIRUS HUMANO (HPV) EM MULHERES PORTADORAS DE LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES) EM BELÉM - PA."
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Data: 02/04/2012
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O câncer de colo uterino representa o terceiro câncer mais comum
no mundo eo Papiloma Vírus Humano (HPV) está diretamente implicado, porém
doenças auto-imunes, como o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), podem
comportar-se como fator facilitador para esta infecção e o desenvolvimento do
câncer. Objetivo: Analisar a prevalência da infecção pelo HPV e fatores de risco
associados em pacientes lúpicas atendidas em um centro de referência em
Belém-Pará. Método: Estudadas 70 mulheres lúpicas que realizaram exame
Preventivo do Câncer de Colo Uterino (PCCU) e foram divididas em dois grupos,
mulheres infectadas pelo HPV (n= 16) e não infectadas pelo vírus (n= 54). A
detecção e subtipagem viral foram realizadas por Reação em Cadeia de
Polimerase (PCR). Aplicados os testes do Qui-quadrado, binominal, Fisher e t de
Studentcomnível alfa = 0,05 para rejeição da hipótese nula. Resultados: A
prevalência encontrada do HPV nessas pacientes foi de 22,8% e a faixa etária
entre 18 a 25 anos foi relacionada com o aumento do risco para infecção pelo
HPV (p < 0,001*). Alterações no PCCU e sintomas músculo-esqueléticos
obtiveram, também, significância estatística para o aumento desse risco (p =
0,0360*, p = 0,0463* respectivamente). O uso de imunossupressores, não teve
associação com a infecção pelo vírus. Os subtipos mais prevalentes nessa
população foram o HPV tipo 58 (37,5%) e o 31 (31,3%). Duas pacientes
apresentaram infecção multipla. Conclusão: Nas pacientes lúpicas estudadas o
fator idade foi implicado em um maior risco de infecção, a maioria dessas
pacientes apresentava de 1 a 5 anos de diagnóstico e todas as pacientes com
HPV positivo apresentavam alterações no exame do PCCU.
O câncer de colo uterino representa o terceiro câncer mais comum
no mundo eo Papiloma Vírus Humano (HPV) está diretamente implicado, porém
doenças auto-imunes, como o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), podem
comportar-se como fator facilitador para esta infecção e o desenvolvimento do
câncer. Objetivo: Analisar a prevalência da infecção pelo HPV e fatores de risco
associados em pacientes lúpicas atendidas em um centro de referência em
Belém-Pará. Método: Estudadas 70 mulheres lúpicas que realizaram exame
Preventivo do Câncer de Colo Uterino (PCCU) e foram divididas em dois grupos,
mulheres infectadas pelo HPV (n= 16) e não infectadas pelo vírus (n= 54). A
detecção e subtipagem viral foram realizadas por Reação em Cadeia de
Polimerase (PCR). Aplicados os testes do Qui-quadrado, binominal, Fisher e t de
Studentcomnível alfa = 0,05 para rejeição da hipótese nula. Resultados: A
prevalência encontrada do HPV nessas pacientes foi de 22,8% e a faixa etária
entre 18 a 25 anos foi relacionada com o aumento do risco para infecção pelo
HPV (p < 0,001*). Alterações no PCCU e sintomas músculo-esqueléticos
obtiveram, também, significância estatística para o aumento desse risco (p =
0,0360*, p = 0,0463* respectivamente). O uso de imunossupressores, não teve
associação com a infecção pelo vírus. Os subtipos mais prevalentes nessa
população foram o HPV tipo 58 (37,5%) e o 31 (31,3%). Duas pacientes
apresentaram infecção multipla. Conclusão: Nas pacientes lúpicas estudadas o
fator idade foi implicado em um maior risco de infecção, a maioria dessas
pacientes apresentava de 1 a 5 anos de diagnóstico e todas as pacientes com
HPV positivo apresentavam alterações no exame do PCCU.
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KEMPER NUNES DOS SANTOS
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ANÁLISE DE POLIMORFISMO DA INTERLEUCINA–18 (-137G/C E–607 C/A) EM PACIENTES PORTADORES DO VÍRUS DA HEPATITE C DE BELÉM - PA.
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Data: 29/03/2012
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Desde a sua descoberta, em 1989, o vírus da hepatite C (HCV) tem sido reconhecido como a maior causa de doença hepática crônica no mundo. Considerado um problema de saúde pública mundial que envolve entre 170 a 350 milhões de pessoas infectadas. Fatores genéticos do hospedeiro têm sido implicados na persistência da infecção pelo HCV. Estudos sugerem que dois polimorfismos de nucleotídeos únicos na posição -607 C/A (rs1946518) e -137 G/C (rs187238) na região promotora do gene da IL-18 têm sido encontrados e associados com a atividade de transcrição do promotor da IL-18 e, potencialmente, de IFN-γ, sendo associados ao atraso na depuração viral e na persistência da doença. Foi realizado um estudo do tipo transversal analítico no município de Belém-PA, em 152 amostras sanguíneas de pacientes infectados pelo HCV e 188 controles não infectados. As amostras foram submetidas à RT-PCR, para detecção do RNA viral e, posteriormente, à RFLP-PCR para avaliação do polimorfismo na região promotora do gene da IL-18, nas posições -137 G/C e -607 C/A. Os resultados não revelaram diferença significante para os polimorfismos da IL-18 entre os pacientes e grupo controle. Mas revelou diferença significante para os genótipos homozigotos G/G (39,1%), na posição -137 (OR = 3.00, IC [95%] = 1.24 – 7.22, p = 0.02), e A/A (21,7%), posição -607 (OR = 3.62, IC [95%] = 1.25 – 10.45, p = 0.03), entre as mulheres, em relação aos homens (22,6% e 7,6%). Os resultados demonstraram indícios que entre as mulheres, a presença do polimorfismo homozigoto A/A (-607) atue como fator protetor contra a infecção pelo HCV, já que o genótipo A/A (-607) tem sido relacionado em alguns estudos à doença hepática leve e à depuração viral.
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WALERIA DA SILVA PLACIDO
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EPIDEMIOLOGIA DA INFECÇÃO GENITAL PELO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) EM POPULAÇÃO FEMININA GERAL E POPULAÇÃO CARCERÁRIA.
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Data: 26/03/2012
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A infecção genital pelo Papilomavírus humano (HPV) é considerada uma das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) mais comum, representando um importante problema na Saúde Pública, além de estar diretamente relacionado à promoção do câncer de colo uterino. Este estudo teve o intuito de investigar os aspectos epidemiológicos da infecção genital pelo HPV em dois grupos distintos: mulheres de população geral e mulheres encarceradas. Para tanto foi conduzido um estudo transversal analítico com 423 mulheres a partir dos 18 anos que se submeteram ao exame preventivo do câncer do colo uterino, sendo 233 mulheres da população geral oriundas de uma unidade básica de saúde da cidade de Belém do Pará e 190 provenientes do Centro de Reeducação Feminino em Ananindeua no mesmo Estado, no período de janeiro de 2008 a março de 2010. Amostras da cérvice uterina foram coletadas para a realização da colpocitologia convencional e para a detecção do DNA do HPV através da reação em cadeia da polimerase (PCR) mediada pelos oligonucleotídeos iniciadores universais MY9/11. Todas as mulheres responderam a um formulário clínico e epidemiológico. Entre as 423 mulheres analisadas, a prevalência geral de infecção genital pelo HPV foi de 13,0% com variação entre 15,0% para a amostra geral e 10,5% para a carcerária. A faixa etária mais acometida foi a de 13 a 25 anos (19%) na amostra geral; e em mulheres com 45 anos ou mais (21,1%), nas carcerárias. Anormalidades Colpocitológicas, situação conjugal, número de parceiros sexuais novos, o uso de anticoncepcionais orais, história de DST e de sintomas genitais, além de tabagismo atual, foram fatores que se mostraram associados à infecção genital pelo HPV de maneira diferenciada entre amostras da população geral e carcerária.
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DANIELLE LIMA DE OLIVEIRA
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AVALIAÇÃO DAS ANORMALIDADES DO METABOLISMO MINERAL ÓSSEO EM PACIENTES PORTADORES DE LIPODISTROFIA EM HIV POSITIVOS.
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Data: 20/03/2012
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Os avanços na terapia antirretroviral (TARV) suprimiram marcadamente a atividade virótica e aumentaram a longevidade daqueles que vivem com HIV/SIDA; entretanto, uma variedade de anormalidades metabólicas relacionadas ao tratamento foi descrita após a introdução da TARV combinada. Entre estas complicações, as alterações da densidade mineral óssea merecem destaque, não só por suas implicações em longo prazo, mas também pelos dados conflitantes disponíveis na literatura atualmente. OBJETIVO: avaliar as alterações das densidade mineral óssea, e correlacioná-las ao sexo, idade, índice de massa corpórea, tipos de lipodistrofia, níveis laboratoriais de cálcio sérico, paratormônio e vitamina D e perfil hormonal. METODOLOGIA: neste estudo transversal foram analisados 77 pacientes HIV positivos com síndrome lipodistrófica em tratamento com a terapia antirretroviral altamente ativa (TARV), e inscritos no ambulatório de lipodistrofia do Hospital Universitário João de Barros Barreto. O exame clínico dos pacientes envolveu a medida do peso, altura e circunferência abdominal. Os exames laboratoriais realizados incluíram a medida de cálcio sérico, vitamina D, paratormônio, estradiol (mulheres e homens), testosterona (homens). Os pacientes foram divididos em três grupos de acordo com a forma de lipodistrofia: mista, atrófica e hipertrófica. RESULTADOS: a maioria dos pacientes era do sexo masculino, e a forma de lipodistrofia predominante foi a mista. O tempo médio de infecção após o diagnóstico do HIV foi de 10,98±6,03 anos. A prevalência de osteopenia foi 61,03% e osteoporose foi 25,97%. Os pacientes do sexo masculino apresentaram com maior freqüência osteoporose em colo femoral e as pacientes do sexo feminino, em coluna lombar. A osteoporose em coluna lombar foi mais prevalente na forma mista de lipodistrofia e em colo femoral e demonstrou ser semelhante entre as formas mistas e atrófica de lipodistrofia. E a frequência de osteoporose ocorreu em todas as sequências de idade no sexo masculino, sendo no feminino apenas após os 50 anos. CONCLUSÃO: a prevalência de osteoporose aumenta de acordo com a idade no sexo feminino. Não houve associação entre DMO e a forma de lipodistrofia.
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ADENIELSON VILAR E SILVA
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Associação das Variantes da Região Carboxiterminal do Gene cagA de Helicobacter pylori com o Desenvolvimento de Distúrbios Gastroduodenais em Belém-Pará.
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Data: 12/03/2012
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A citotoxina CagA do Helicobacter pylori, codificada pelo gene cagA, é associada ao aumento da resposta inflamatória do tecido gástrico e a alteração do controle do crescimento e proliferação celular. A ativação desta citotoxina ocorre pela fosforilação em resíduos específicos de tirosina dentro de uma sequência de aminoácidos denominada motif EPIYA, sendo quatro os tipos de motifs descritos na literatura (EPIYA-A,-B,-C e-D). Contudo, o sítio EPIYA-C constitui o local mais comum de fosforilação de proteínas CagA das cepas bacterianas isoladas nos países ocidentais, podendo ainda ser encontrado em repetições. Assim, este estudo teve como objetivo determinar os tipos de motifs EPIYA de CagA presentes em pacientes com gastrite e adenocarcinoma gástrico e sua associação com estas doenças. Foram coletadas amostras de biópsias gástricas de 384 pacientes infectados por H. pylori, dos quais 194 apresentavam gastrite crônica e 190 adenocarcinoma gástrico. As biópsia gástrica foram utilizadas para análise histológica, extração de DNA bacteriano e análise do gene cagA por PCR. Houve predomínio de adenocarcinoma gástrico no sexo masculino, com média de idade de 58 anos. O gene cagA foi mais prevalente nos pacientes com câncer gástrico, apresentando associação com maior grau de inflamação, atividade neutrofílica e desenvolvimento de metaplasia intestinal (OR = 4,31, IC 95% = 2,71-6,87, p <10-3; OR = 3,57, IC 95% = 2,18 5,84, p <10-3; OR = 11,11, IC 95% = 5,48 22,30, p <10-3; OR = 3,65, IC 95% = 1,50-8,88, p=0,004, respectivamente). O número de repetições do sítio EPIYA C foi significativamente associada com o aumento do risco de carcinoma gástrico (OR = 2,99, IC 95% = 1,53-5,82, p <10-3) e o maior número de motifs EPIYA C também foi associado com metaplasia intestinal (p = 0,02). Neste estudo a infecção por cepas de H. pylori portadoras do gene cagA com mais de um motif EPIYA-C demonstrou associação com o desenvolvimento de metaplasia intestinal e adenocarcinoma gástrico, entretanto, não apresentou associação com a atividade neutrofílica e grau de inflamação.
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SAMANTHA ASSIS DE AGUIAR
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Prevalência de HTLV-1 e HTLV-2 em portadores de Strongyloides stercoralis
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Data: 12/03/2012
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O causador da estrongiloidíase, doença com distribuição mundial especificamente comum em regiões tropicais e subtropicais. Estudos epidemiológicos têm demonstrado a existência da associação desta parasitose com o Vírus Linfotrópico de Células T Humanas do tipo 1 (HTLV-1). Em regiões onde ambos agentes são endêmicos, a coinfecção pode resultar no desenvolvimento da estrongiloidíase grave, pois o HTLV-1 provoca uma redução na produção dos componentes imunológicos participantes dos mecanismos de defesa contra para esclarecer o papel da imunossupressão induzida pelo HTLV-1 e HTLV-2 na persistência e disseminação do e moleculares foram utilizados para verificar a frequência da infecção pelo HTLV-1 e HTLV-2 nos portadores de Universitário João de Barros Barreto em Belém-Pará, no período de Julho de 2009 a Junho de 2011. Nesse estudo observamos a frequência (5,50%) de anticorpos anti-HTLV-1 e HTLV-2 em portadores de prevalência de HTLV-1 (3,67%) foi superior à de HTLV-2 (0,92%). A análise da amostra estudada mostrou que não houve diferenças estatísticas significativas na frequência do HTLV-1 e HTLV-2 entre homens e mulheres. Quanto à distribuição dos portadores de HTLV-1 e HTLV-2 por faixa etária, observou-se maior frequência do vírus entre os pacientes com idade mais avançada. Baseados nos resultados deste estudo, concluímos que há necessidade de medidas profiláticas que previnam a disseminação do HTLV-1 e HTLV-2 entre portadores de complicações resultantes da associação desses agentes. Strongyloides stercoralis é um nematódeo intestinal de seres humanos S. stercoralis. Baseado nessa questão, esse estudo prentedeu contribuirStrongyloides stercoralis. Testes sorológicos S. stercoralis atendidos no HospitalStrongyloides stercoralis. A S. stercoralis e como consequência evitar o desenvolvimento de complicações resultantes da associação desses agentes.
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JAIRO CUNHA DE ALMEIDA
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PERFIL CLÍNICO – EPIDEMIOLÓGICO DA CRIPTOCOCOSE EM PACIENTES
HIV POSITIVOS ATENDIDOS EM UMA UNIDADE DE REFERÊNCIA EM BELÉM
DO PARÁ
PERFIL CLÍNICO – EPIDEMIOLÓGICO DA CRIPTOCOCOSE EM PACIENTES HIV POSITIVOS ATENDIDOS EM UMA UNIDADE DE REFERÊNCIA EM BELÉM DO PARÁ.
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Data: 05/03/2012
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A criptococose em residentes no estado do Pará apresenta-se como endemia grave,
ocorrendo nas diferentes mesorregiões do estado e na área metropolitana de Belém. Ocorre
causando neurocriptococose, com letalidade acima de 40%. Para tentar elucidar o
comportamento clínico e epidemiológico da criptococose em pacientes HIV positivos,
realizamos um estudo retrospectivo, analítico de série de casos, com revisão de prontuários
dos últimos 05 anos (2006 –2010), com pacientes HIV positivos em um hospital de referência
em Belém – Pará. A doença ainda é uma das causas mais freqüentes de óbitos em pacientes
HIV positivos na região norte e deve-se ao C. neoformans o maior número de casos,
contribuindo com 57 (60,6%) de um total de 94 casos. No que diz respeito à forma clínica, da
criptococose, desenvolvida pelos pacientes HIV positivos, observou-se que o acometimento
do sistema nervoso está presente em 46,8% dos pacientes e a disseminação da doença em
27,7% dos casos. A relação entre a causa do óbito e a presença do Cryptococcus, ocorre por
um conjunto complexo de fatores que devem ser esclarecidos e correlacionados com o óbito
dos pacientes e o mais importante, estabelecerem o quão forte é essa relação uma vez
detectada.
A criptococose em residentes no estado do Pará apresenta-se como endemia grave,
ocorrendo nas diferentes mesorregiões do estado e na área metropolitana de Belém. Ocorre
causando neurocriptococose, com letalidade acima de 40%. Para tentar elucidar o
comportamento clínico e epidemiológico da criptococose em pacientes HIV positivos,
realizamos um estudo retrospectivo, analítico de série de casos, com revisão de prontuários
dos últimos 05 anos (2006 –2010), com pacientes HIV positivos em um hospital de referência
em Belém – Pará. A doença ainda é uma das causas mais freqüentes de óbitos em pacientes
HIV positivos na região norte e deve-se ao C. neoformans o maior número de casos,
contribuindo com 57 (60,6%) de um total de 94 casos. No que diz respeito à forma clínica, da
criptococose, desenvolvida pelos pacientes HIV positivos, observou-se que o acometimento
do sistema nervoso está presente em 46,8% dos pacientes e a disseminação da doença em
27,7% dos casos. A relação entre a causa do óbito e a presença do Cryptococcus, ocorre por
um conjunto complexo de fatores que devem ser esclarecidos e correlacionados com o óbito
dos pacientes e o mais importante, estabelecerem o quão forte é essa relação uma vez
detectada.
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DELANA ANDREZA MELO BEZERRA
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OCORRÊNCIA DE ROTAVÍRUS DO GRUPO D EM AVES CRIADAS EM GRANJAS NA MESORREGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM, PARÁ.
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Data: 29/02/2012
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Os rotavírus infectam seres humanos e várias espécies de animais e são constituídos por partículas icosaédricas, não envelopadas, formadas por um genoma de 11 segmentos de dsRNA. São classificados em sete grupos designados de A-G. O rotavírus do grupo D (RVs-D) tem sido documentado em aves, porém existem poucos estudos disponíveis, principalmente com dados de detecção por RT-PCR e obtenção de sequências nucleotídicas. Este estudo objetivou investigar a ocorrência de RVs-D em aves criadas em granjas situadas na Mesorregião Metropolitana de Belém- Pará, no período compreendido entre 2008 a 2011. Foram colhidos 85 pools de amostras fecais provenientes de 37 granjas pertencentes a oito municípios da Mesorregião Metropolitana de Belém. O dsRNA viral foi extraído a partir das suspensões fecais e submetido à eletroforese em gel de poliacrilamida (EGPA) seguido da RT-PCR realizada a partir da construção de iniciadores específicos para os genes VP6 e VP7 do RVs-D. Foi selecionada uma amostra positiva de cada município para o sequenciamento de nucleotídeos dos genes VP6 e VP7, sendo cinco amostras clonadas. A EGPA demonstrou positividade em 14/85 (16,5%) amostras e a RT-PCR em 30/85 (35,3%) amostras. Dos oito municípios estudados, sete apresentaram amostras positivas para RVs-D. Dentre as 37 granjas pertencentes a esses municípios foi observado a presença dessa infecção viral em 17 (45,9%) das granjas estudadas. O intervalo de idade em que o RVs-D foi detectado com maior frequência foi o de aves entre 16 a 30 dias (23/37 – 62%) do total de amostras nesta faixa etária. As sequências nucleotídicas das sete amostras foram classificadas como pertencentes ao RVs-D com bootstrap de 100 corroborando com esse agrupamento. As sequências do gene VP6 apresentaram 90,8-91,3% de similaridade com o protótipo de RVs-D (05V0049) e 98,5-99,9% de similaridade quando comparadas entre si. Para o gene VP7 apresentaram 87-96,1% de similaridade com o protótipo deste grupo e foram 94,1-100% similares quando comparados entre si. A presente análise assume um caráter pioneiro no Brasil e no mundo, permitindo ampliar os conhecimentos acerca do RVs-D.
Palavras chaves:
Os rotavírus infectam seres humanos e várias espécies de animais e são constituídos por partículas icosaédricas, não envelopadas, formadas por um genoma de 11 segmentos de dsRNA. São classificados em sete grupos designados de A-G. O rotavírus do grupo D (RVs-D) tem sido documentado em aves, porém existem poucos estudos disponíveis, principalmente com dados de detecção por RT-PCR e obtenção de sequências nucleotídicas. Este estudo objetivou investigar a ocorrência de RVs-D em aves criadas em granjas situadas na Mesorregião Metropolitana de Belém- Pará, no período compreendido entre 2008 a 2011. Foram colhidos 85 pools de amostras fecais provenientes de 37 granjas pertencentes a oito municípios da Mesorregião Metropolitana de Belém. O dsRNA viral foi extraído a partir das suspensões fecais e submetido à eletroforese em gel de poliacrilamida (EGPA) seguido da RT-PCR realizada a partir da construção de iniciadores específicos para os genes VP6 e VP7 do RVs-D. Foi selecionada uma amostra positiva de cada município para o sequenciamento de nucleotídeos dos genes VP6 e VP7, sendo cinco amostras clonadas. A EGPA demonstrou positividade em 14/85 (16,5%) amostras e a RT-PCR em 30/85 (35,3%) amostras. Dos oito municípios estudados, sete apresentaram amostras positivas para RVs-D. Dentre as 37 granjas pertencentes a esses municípios foi observado a presença dessa infecção viral em 17 (45,9%) das granjas estudadas. O intervalo de idade em que o RVs-D foi detectado com maior frequência foi o de aves entre 16 a 30 dias (23/37 – 62%) do total de amostras nesta faixa etária. As sequências nucleotídicas das sete amostras foram classificadas como pertencentes ao RVs-D com bootstrap de 100 corroborando com esse agrupamento. As sequências do gene VP6 apresentaram 90,8-91,3% de similaridade com o protótipo de RVs-D (05V0049) e 98,5-99,9% de similaridade quando comparadas entre si. Para o gene VP7 apresentaram 87-96,1% de similaridade com o protótipo deste grupo e foram 94,1-100% similares quando comparados entre si. A presente análise assume um caráter pioneiro no Brasil e no mundo, permitindo ampliar os conhecimentos acerca do RVs-D.
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MARCELLA KELLY COSTA DE ALMEIDA
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SOROEPIDEMIOLOGIA DAS HEPATITES VIRAIS B E C NAS COMUNIDADES RIBEIRINHAS RESIDENTES NA REGIÃO DO LAGO DA USINA HIDRELÉTRICA DE TUCURUÍ, ESTADO DO PARÁ.
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Data: 06/02/2012
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As hepatites virais são doenças causadas por diferentes agentes etiológicos que têm em comum o hepatotropismo. Epidemiologicamente, a relevância dessas doenças se deve à larga distribuição geográfica e o enorme número de indivíduos infectados, em praticamente todos os países do mundo. Para este estudo foram selecionados aleatoriamente 668 moradores das ilhas do lago da hidrelétrica de Tucuruí. Foi coletado amostras sanguíneas para pesquisa dos marcadores sorológicos HBsAg, Anti-HBc total, Anti-HBS e Anti-HCV, utilizando método imunoenzimático. Os pacientes com sorologia reativa para o HCV foram testados por biologia molecular (RT-PCR e RFLP) para a detecção dos genótipos virais. Dos 668 ribeirinhos estudados, 1,95% foram reagentes para o HBsAg, 28% para o Anti-HBc Total e 41,91% para o Anti-HBs. A presença do marcador anti-HBs isoladamente (resposta vacinal) foi observada em 25.75% dos voluntários. O marcador sorológico para o HCV foi observado em 2,24%, sendo que destes 70% apresentavam o genótipo 1. Os resultados indicam nível intermediário de endemicidade nessa região para HBV e HCV. Adicionalmente a cobertura vacinal contra o HBV é baixa.
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GEORGE ALBERTO DA SILVA DIAS
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CORRELAÇÃO ENTRE A AVALIAÇÃO CLÍNICA E O PADRÃO DE RESPOSTA IMUNOLÓGICA PERIFÉRICA DE PACIENTES ACOMETIDOS POR PARAPARESIA ESPÁSTICA TROPICAL/MIELOPATIA ASSOCIADA AO VÍRUS LINFOTRÓPICO DE CÉLULAS T HUMANAS DO TIPO 1 (HTLV-1)
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Data: 06/02/2012
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O vírus linfotrópico de células T humanas do tipo 1 (HTLV-1) é um retrovírus endêmico em várias regiões do mundo infectando cerca de 10 a 20 milhões de pessoas. Está associado a duas principais manifestações clínicas: a leucemia/linfoma de células T do adulto (LLcTA) e a paraparesia espástica tropical/mielopatia associado ao HTLV-1 (PET/MAH). Apenas 2 a 5% dos indivíduos infectados desenvolvem doenças associadas ao vírus, enquanto a maioria permanece assintomática. A PET/MAH é a manifestação clínica associada ao vírus mais comum. É uma doença inflamatória do sistema nervoso central e o mecanismo pelo qual o HTLV-1 induz o surgimento da PET/MAH ainda não está totalmente esclarecido. Esse vírus infecta preferencialmente as células CD4+, que possuem uma participação importante na resposta imunológica. Essa interação vírus-hospedeiro pode levar a um desequilíbrio da resposta imunológica, com produção aumentada de citocinas inflamatórias. Essa alteração na produção dessas citocinas está relacionada ao desenvolvimento da PET/MAH. Tendo em vista compreender melhor a fisiopatologia da PET/MAH, este trabalho visa analisar a resposta imunológica periférica e correlacioná-la com os sintomas clínicos desenvolvidos por esses pacientes, como espasticidade e fraqueza muscular, e, consequentemente, necessidade de auxílio na marcha. No presente estudo, avaliou-se 28 pacientes infectados por HTLV-1, sendo 8 indivíduos com PET/MAH e 20 indivíduos sem PET/MAH. A expressão gênica relativa das citocinas IFN-γ, IL-4, IL-5 e IL-10 para esses pacientes foram realizadas através de PCR em tempo real. De cada paciente foi coletada amostra de sangue periférico para a separação de células linfomononucleares, para posterior extração de RNA total utilizando o reagente Trizol. Em seguida o mRNA foi submetido a transcrição reversa para obtenção do cDNA. A quantificação das citocinas foi realizada no StepOnePlus (Applied Biosystem) com o reagente SybrGreen (Applied Biosystem). O cálculo da expressão foi feita com a fórmula 2-ΔCT, onde ΔCT é CTgene – CTgene constitutivo, sendo os genes constitutivos utilizados o GAPDH e β-actina. Os pacientes também foram avaliados clinicamente para espasticidade muscular através da escala de Ashworth Modificada, além do grau de força muscular e do auxílio na marcha. Os pacientes com PET/MAH apresentaram maior expressão gênica de IFN-γ (Mediana: 2,9 x 10- 3) em relação aos pacientes sem PET/MAH (Mediana: 1,1 x 10-3), sendo o p = 0,0710. Essa expressão aumentada de IFN-γ está positivamente relacionada com espasticidade (r = 0,2795), grau de fraqueza muscular (r = 0,6580) e auxílio de marcha (r = 0,7216). Outro dado importante foi que os pacientes com PET/MAH que utilizam cadeira de rodas apresentaram maior expressão de IFN-γ quando comparados aos indivíduos com PET/MAH que não utilizam cadeira de rodas (p = 0,0371). Os pacientes infectados por HTLV-1 que desenvolvem PET/MAH apresentam aumento da resposta Th1 em relação aos pacientes que não desenvolveram PET/MAH, e esse aumento de expressão de IFN-γ está relacionado com o desenvolvimento e progressão da doença.
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