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DIANDRA ARAUJO DA LUZ
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Petiveria alliacea L.: Etnobotânica, fitoquímica, efeitos neurofarmacológicos e cognitivos
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Data: Nov 16, 2016
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Petiveria alliacea L. é uma planta arbustiva, nativa de regiões tropicas, que tem sido utilizada no tratamento da “memória fraca” e para reforçar a capacidade de aprendizado. Pesquisas farmacológicas sugerem que esta espécie exerce efeitos proeminentes sobre o sistema nervoso central. Com base nestes fatos e considerando a alegação da medicina tradicional, este estudo teve por objetivo avaliar os efeitos do extrato hidroalcoólico das olhas de P. alliacea (EHFPa) sobre a memória e aprendizado. Adicionalmente, investigou-se a presença de compostos de enxofre no referido extrato, a fim de tentar esclarecer a possível participação destes metabólitos nas respostas observadas. O material vegetal foi coletado na Vila de São Raimundo (Acará-PA) em março de 2010. As folhas de P. alliacea foram selecionadas, lavadas, secas e trituradas para o preparo do extrato em etanol 70%. A detecção dos compostos de enxofre foi feita por cromatografia em camada delgada (CCD). Alíquotas de frações diclorometano, obtidas a partir do extrato aquoso de Alllium sativum e Allium cepa foram usadas como padrão para os a detecção dos compostos de enxofre no EHFPa. Ratos Wistar machos e fêmeas (n=5-10/grupo) foram utilizados para os testes comportamentais, os quais foram mantidos com água e comida ad libitum. Os animais foram divididos em três grupos: controle negativo (tratado com solução salina), teste (tratado com 900 mg/Kg de EHFPa) e controle positivo (tratado com 10 mg/Kg de cafeína). Os ensaios realizados foram esquiva inibitória (EI) e labirinto aquático de Morris (LAM). Na CCD o EHFPa produziu os pontos de retenção 0,95; 0,87 e 0,55 os quais foram semelhantes aos das amostras padrão. Estes resultados confirmam que os compostos de enxofre também podem ser obtidos a partir das folhas de P. alliacea. Quanto aos testes comportamentais, o tratamento com EHFPa aumentou o tempo de decida da plataforma segura, no teste da EI, bem como reduziu o tempo de latência de escape na sessão de treino do LAM. Tais achados indicam que o EHFPa melhora o aprendizado e a memória de curta duração. Na reexposição ao LAM (24 h após o treino), os animais do grupo teste apresentaram menor tempo de chegada ao quadrante alvo (Q4), além de maior tempo gasto no mesmo. Estes resultados sugerem que o EHFPa exerce efeitos sobre a memória de longa duração e memória espacial. Constituintes fitoquímicos, tais como os organosulfurados que foram detectados na CCD podem estar associados às respostas observadas neste estudo, assim como outros metabólitos descritos na literatura como constituintes na planta. Desta forma, estudos complementares são necessários para identificação dos compostos químicos responsáveis pelos efeitos reportados neste estudo.
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NAYLA DI PAULA VIEIRA PINA
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Fitoquímica e atividade antiplasmódica de Siparuna poeppiguii (Siparunaceae)
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Data: Nov 10, 2016
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A malária é uma doença parasitária que, apesar de antiga, continua sendo um problema de saúde mundial. O Plasmodium falciparum, principal agente etiológico dessa doença, tem apresentado resistência à quimioterapia disponível, fato que reforça a importância de pesquisas de novos fármacos e estratégias terapêuticas. Na América Latina, o uso de espécies do gênero Siparuna é atribuído ao tratamento de febres e malária e a atividade antiplasmódica de algumas espécies deste gênero já foi comprovada, o que motivou o estudo S. poeppigii que ocorre na Amazônia. Este trabalho tem como objetivo analisar a fitoquímica, a atividade antiplasmódica e a citotoxicidade de extratos e frações de S. poeppigii frente à cepa de P. falciparum (W2) e células HepG2, respectivamente. De folhas e cascas do caule de um exemplar coletado em Belém, Pará, foram preparados extratos em etanol (EESPC e EESPF) e a separação de alcalóides foi realizada por extrações ácido-base (SPC-AB e SPF-AB; SPC-AC e SPF-AC). Os extratos etanólicos foram submetidos a re-extrações por refluxo com solventes de polaridades crescentes resultando nas frações hexano-diclorometano (HEX-DCM), diclorometano (DCM), acetato de etila (AcOEt) e Metanol (MeOH). Análises fitoquímicas por CLAE/DAD e cromatografia em camada delgada (CCD) foram efetuadas com os extratos e frações. As frações Hex-DCM, AcOEt e MeOH foram submetidas a fracionamentos cromatográficos em coluna (CC). A atividade antiplasmódica dos extratos e frações foi avaliada frente à cepa W2 de P. falciparum cloroquina-resistente pelo método de quantificação da lactato desidrogenase (LDH), inicialmente nas concentrações de 50 µg/mL e 25 µg/mL. Para as frações com melhores resultados no screening inicial foi determinada a concentração Inibitória de 50% (CI50) nas concentrações de 50; 25; 12,5; 6,25; 3,12 e 1,6 µg/mL. A prospecção fitoquímica por CCD foi positiva para geninas e heterosídeos flavônicos, saponinas, alcalóides, triterpenos e esteroides. A cromatografia em coluna de sílica de SPC-AB permitiu a separação das frações 84-88 e 111 que foram re-fracionadas em coluna de alumina e sephadex, respectivamente resultando nas substâncias SP-1 e SP-2. A análise por CLAE-DAD das amostras EESPC, EESPF, SPC-AB e SPF-AB revelou predomínio de um pico no tempo de retenção (TR) 6,5 min, com lmax 267 e 346 nm, sugestivo de cromóforos de flavonóides. A substância SP-1 exibiu pico (74%) no TR 3,6 min e UV com lmax 255 e 276 nm, compatível com UV online do padrão de liriodenina. SP-2 exibiu pico mojoritário (90%) no TR 2,6 min e lmax 282 nm. As frações de alcalóides SPF-AB e SPC-AC foram ativas, com CI50 12,41 e 6,99 µg/mL. As frações 5-8, 43-44 e 61 oriundas de CCS SPC-AB foram ativas com CI50 de 5,95; 12,44 e 14,32 µg/mL, respectivamente. O presente trabalho relata dados inéditos de fitoquímica e atividade antiplasmódica da espécie S. poeppigii.
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JOAO VICTOR DA SILVA E SILVA
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ESTUDOS FARMACOGNÓSTICOS, FITOQUÍMICOS E ATIVIDADE ANTILEISHMANIA DE DUAS ESPÉCIES DE GEISSOSPERMUM ( APOCYNACEAE).
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Data: Nov 7, 2016
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O objetivo deste trabalho foi realizar estudos farmacognóstico, fitoquímicos e de atividade leishmanicida de Geissospermum vellosii Allemão e Geissospermum sericeum Miers. Para realização dos estudos farmacognósticos, utilizou-se os métodos descritos na Farmacopéia Brasileira, V ed.. Os extratos etanólicos (EEGv e EEGs) foram obtidos através da maceração com etanol (96° GL), seguido de concentração em rotaevaporador até resíduo. Posteriormente, EEGv e EEGs foram submetidos a partição ácido-base, obtendo-se as frações de neutros (FNGv e FNGs) e as frações alcaloídicas (FAGv e FAGs). As frações alcaloídicas foram submetidas ao fracionamento em coluna cromatográfica utilizando como fase estacionária gel de Sephadex LH-20, sendo as subfrações analisadas em CCD e reveladas com reagente de Dragendorff e ultravioleta (365 nm). As subfrações 6 (F6FAGv e F6FAGs), onde se detectou alcaloides e maior rendimento, foram submetidas a novos fracionamentos cromatográficos, obtendo-se subfrações ricas em alcalóides e melhores rendimentos (F66F6FAGv e F66F6FAGs). Os EE, FN, FA, F6FA e F66F6FA, de ambas as plantas, foram submetidos à análise em HPLC-DAD. Os testes in vitro foram realizados sobre formas promastigotas de L. amazonensis MHOM/BR/2009/M26361 e a viabilidade celular foi avaliada em células THP-1. Os pós das plantas foram classificados de baixa densidade, com teor de cinzas e umidade estando dentro dos parâmetros estabelecidos pela Farmacopéia Brasileira V ed., com pó grosso (G. vellosii) e muito grosso (G. sericeum), com pH de 4,94 ± 0,09 (G. vellosii) e 6,47 ± 0,25 (G. sericeum), não sendo identificado presença de saponina em teste de índice de espuma em nenhuma das espécies. No estudo fitoquímicos verificou-se que o EE, FN, FA, F6FA, F66F6FA de ambas as espécies revelaram frente ao reagente de Dragendorff e UV, sugerindo a presença de alcalóides. No CLAE-DAD, os espectro no UV foram sugestivos para alcaloide indólico monoterpênico Geissoschizolina e β-carbolínico flavopereirina para ambas as espécies. Na avaliação antipromatigota, todas as amostras foram ativas, sendo obtidas as seguintes concentrações inibitórias 50% (CI50): EEGv= 3,12 ± 1,10 µg/mL; FNGv= 41,6 ± 8,69 µg/mL; FAGv= 7,94 ± 1,36 µg/mL; EEGs= 38,62 ± 6,94 µg/mL; FNGs= 19,19 ± 11,77 µg/mL e FAGs= 18,50 µg/mL. Estas substâncias não foram citotóxicas para as células THP-1 (Concentração Citotóxica 50% (CC50) > 500 µg/mL). Estes resultados sugerem que a partição ácido-base não foi eficiente no processo de fracionamento e nem contribui significativamente para atividade antipromastigota. Com isso, há necessidade de novos estudos fitoquímicos, assim como a avaliação da atividade antiamastigota e citotoxicidade.
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ROSANA MOURA SARMENTO
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The present study evaluated the cytotoxic and cytoprotective potential of ethanolic extract obtained from the shells of Annona glabra, its fractions and isolated substances. The powder obtained from A.glabra husks was subjected to maceration with ethanol for 7 days, and the solution was concentrated in a rotavaporator to residue. The ethanolic extract from A.glabra was partitioned between aqueous hexane: methanol (9: 1). The methanolic fraction was fractionated in chromatographic column using as Sephadex stationary phase and mobile phase the methanol. The cytotoxicity of the ethanolic extract and fractions was evaluated by the MTT cell viability assay ([3- (4,5-dimethylthiazol-2-yl) -2,5-diphenyltetrazolium bromide]). The extract, fractions and subfractions were submitted to thin layer chromatography (CCD) analysis, and pooled according to similar characteristics. The 50% cytotoxic concentration (IC 50) was determined by linear regression. Fractions of the extract with IC50 ≤ 30 μg / mL and isolated substance with IC50 ≤ 4 μg / mL are considered cytotoxic. Fractions with moderate to low cytotoxicity were submitted to the induction of apoptosis and DNA fragmentation by flow cytometry. Also, these samples were submitted to evaluation of oxidative stress by the TEAC and DPPH method. The extract of A. glabra (8.39% yield) was partitioned to give the methanolic fraction (yield 88.14%) and hexane fraction (yield 8.08%). Ethanolic extract, methanolic fraction and rutin showed low cytotoxicity (IC50 = 137.7, 139.4,> 200 μg / mL, respectively). Hexanic fraction and subfractions 17 and 19 showed moderate non-significant cytotoxicity (IC50 = 45.07, 53.45, 80.65 μg / mL, respectively). All the evaluated samples did not induce apoptosis cells, however, ethanolic extract, hexane fraction and rutin promoted changes in the cell morphology. However, hexanic fraction, subfractions 6 and 7 showed the ability to fragment DNA from cells. The fractionation of the ethanolic extract favored the cytotoxic potential, with the hexane fraction being the most promising, and the antioxidant capacity was also favored, with group 5 being the most promising. These results suggest that A. glabra samples have low cytotoxic potential, and the mechanism involved is not related to the induction of apoptosis, and the ethanolic extract contains substances with antioxidant capacity.
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Data: Oct 3, 2016
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Annona glabra, Cytotoxicity, Antitumoral Activity, Apoptosis, DNA Fragmentation.
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ANNA CAROLINA AVELAR DE ARAUJO PONTES
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PONTES, A.C.A.A. PLGA NANOCAPSULES WITH FAT MURUMURU CONTAINING β-LAPACHONE: PREPARATION, CHARACTERIZATION AND CYTOTOXIC ACTIVITY. Master Thesis, Posgraduate program in Pharmaceutical Sciences, Federal University of Pará, Belém, 2016.
The β-lapachone (β-lap) is a natural naphthoquinone, found as a minor constituent in some species of ipe (gender Handroanthus Mattos) with pharmacological properties such as antimicrobial, anticancer and trypanocidal activities. However, their therapeutic application is challenging due to its low aqueous solubility, and high toxicity. In order to improve the bioavailability of this compound and increase its safety, different carrier systems with nanometric sizes have been developed. The nanocapsules (NC's) PLGA with oil core of murumuru fat (NCMM) were the choice for this study to encapsulate and load the β-lap. The extraction and synthesis of β-Lap of ipe sawdust lapachol promoted a yield of 92.3%. Using the nanoprecipitation method, the produced nanocapsules containing β-lap (NCMMβ-lap) showed spherical shape, surface roughness, average size between 2.0 and 132.5 ± 1.3 ± 149, polydispersity <0.2, zeta potential of -0.009 ± 0.2 and 0.15 ± 0.2 and an encapsulation efficiency of 94.3%. The NCMMβ-lap cytotoxicity showed dose- and time-dependent for the cell lines NIH/3T3 and MCF7, being more toxic than free β-lap in the same concentrations, and selective for tumor cell line MCF7. The mechanisms of cell death of free β-lap and NCMMβ-lap were very similar, observing ROS, DNA fragmentation, interlock of cells in check phases, and indication of late apoptosis and necrosis. In short, the encapsulation of β-lap potentiated the anticancer activity and suggested greater certainty in the application of this drug, pointing NCMMβ-lap as a promising alternative to enable the use of β-lap at the clinic.
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Data: Sep 30, 2016
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Astrocaryum murumuru Mart.; polymer nanocapsule; nanoprecipitacion.
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KELY CAMPOS NAVEGANTES LIMA
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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E ANTIIFLAMATÓRIA DE Agaricus brasiliensis E Ilex paraguariensis in vitro E EM MODELO DE SEPSE MURINO
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Data: Sep 15, 2016
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A sepse denominada de síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS), onde na abordagem terapêutica inicial da sepse são utilizados antimicrobianos de amplo espectro de ação, infelizmente não é suficiente para o controle da infecção e da resposta imune no paciente, para isso são necessárias associações com outras medidas terapêuticas. Dessa forma, onde Ilex paraguariensispor ser um potente antimicrobiano além de sua atividade antioxidante, e Agaricus brasiliensispossui diversos polissacarídeos que apresentam propriedades imunomoduladora e anti-inflamatória poderiam ser uma nova fonte de terapia. Assim, o presente estudo visou avaliar o efeito antimicrobiano, antiiflamatório e antioxidante,in vitro e quando administrado o I. paraguariensise A. brasiliensis concomitantemente ou isolados em modelo de sepse induzida em murinos. Para tanto, neste estudo, foi avaliada a citotoxidade dos extratos aquosos de A.brasiliensis, I. paraguariensis e o mix em diferentes concentrações, a atividade frente à Staphylococcus aureus (S.aureus) e Escherichia coli (E.coli) por meio da microdiluição em caldo para a determinação de Concentração Inibitória Mínima (CIM) e técnica de cultivo em placa de petri para a Concentração Bactericida Mínima (CBM), além da técnica turbidimétrica para encontrar a porcentagem de inibição bacteriana. Além destes foi avaliada a capacidade antioxidante total dos extratos pela capacidade antioxidante equivalente ao Trolox e Determinação da atividade antioxidante total pela captura do radical livre. Posteriomente em In vivo será utilizado o modelo de sepse murino, seguindo as normas internacionais para pesquisa e experimentação em animal, onde será avaliada a carga bacteriana, migração leucocitária, análise dos parâmetros hematológicos, dosagem de citocinas e de Óxido nítrico a partir do plasma além da quantificação da liberação de EROS intracelular e para o experimento ex vivo, será realizado a viabilidade celular e proliferação celular. Nossos resultados mostraram que extrato aquoso de A.brasiliensis foi capaz de manter a viabilidade celular, em todas as concentrações testadas, diferente do extratoI.paraguariensis e do Mix. Neste estudo não foi possível determinar o CIM e CBM, de A.brasiliensis frente às bactérias, enquanto que o I.paraguariensis apresentou CIM de 25mg/mL (E.coli) e 12,5mg/mL (S.aureus) CBM de 25mg/mL para ambas, e o Mix apresentou CIM de 25mg/mL para S.aureus e 50mg/mL para E.coli e o CBM de 50mg/mL para ambas bactérias. Além disso, os extratos de A.brasiliensis e I.paraguariensis mostraram-se melhores seletivos para as bactérias do que o mix. Os extratos mostraram excelente atividade antioxidante. Conclui-se ambos possuem atividade antioxidante, e I.paraguariensis antimicrobiana in vitro. Quando cultivados juntos a sua atividade antioxidante e antimicrobiana é inferior de quando isolados, mostrando um antagonismo.
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IANNA DIAS RIBEIRO DA SILVA
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Utilização de técnicas hifenadas para o desenvolvimento de programações para análise de Acmella oleraceae (L.) RK Jasen
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Data: Aug 31, 2016
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O emprego de técnicas hifenadas que permitam a separação e o isolamento de substâncias de um extrato vegetal mostra-se necessário tanto para o conhecimento da composição química, de um composto, como também para a determinação de uma substância, ou grupo de substâncias, que sirvam como marcadora de determinada espécie. A espécie Acmella oleracea (L.) R.K.Jansen, cresce na Amazônia Legal, uma região sociogeográfica no norte do Brasil, onde é conhecido como Jambu, Agrião Bravo ou Agrião do Pará. É utilizada na medicina popular na forma de chá, xaropes e tinturas e indicada para o uso como anestésico e antisséptico. O objetivo deste trabalho foi utilizar a HPLC-UV-ELSD e a UHPLC-DAD-MS para o desenvolvimento de programações que possam identificar metabólitos de interesse em Acmella oleracea. O material vegetal foi adquirido no município de Tailândia, estado do Pará, sítio Santa Inês na microrregião de Tomé-Açu as margens da rodovia PA150, posicionado a 260 km da capital Belém, nas coordenadas 02º56’22’’ de latitude sul e 48º57’03’’ de longitude oeste, e consistia de 10 maços de Acmella oleracea (jambu) frescos, compostos de folhas, flor, raiz e caule, após a higienização o material in natura foi triturado e em seguida macerado por 7 dias com etanol a 92,8 ºGL numa proporção de 1:10. Os extratos hidroetanólicos, de cada parte da planta, foram filtrados e concentrados a baixa pressão e em seguida liofilizados para posterior análise com técnicas hifenadas. O espilantol foi registrado nas análises por UHPLC-DAD-ESI-MS em modo Scan e Produto de íon, através da detecção do íon m/z 222 em todos os órgãos analisados. Uma substância que apresentou m/z 376.80 para análise com etoh/água e m/z 388.20 para acn/água, que apresenta perfil promissor foi encontrada através das análises por UHPLC-DAD-MS e precisa de experimentos específicos para a confirmação de flavonoides. Durante o desenvolvimento das programações, observou-se que os melhores perfis cromatográficos de EEAOFOC e EEAOR foram obtidos quando a fase móvel era composta por etanol e água.
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ANTONIO RAFAEL QUADROS GOMES
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Efeito protetor de antioxidantes na metemoglobina e no dano em DNA induzidos pela dapsona-hidroxilamina in vitro
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Data: Jun 21, 2016
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A dapsona (DDS) é um dos fármacos utilizados na poliquimioterapia da hanseníase, associado com a rifampicina e clofazimina. Destes fármacos, a DDS é a principal responsável por reações adversas, como a metemoglobinemia e anemia hemolítica. Estas reações estão relacionadas ao metabólito da DDS, a dapsona-hidroxilamina (DDS-NOH). Na tentativa de promover a redução de efeitos hematotóxicos, são estudadas alternativas terapêuticas com os antioxidantes. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito protetor da N-acetilcisteína (NAC), A. brasiliensis e Glutationa-etil-éster (GSH-EE) na metemoglobina (MetHb) e no dano em DNA induzidos pela DDS-NOH in vitro, correlacionando aos parâmetros do estresse oxidativo. Para isto, as suspenções de eritrócitos humanos a 50% foram pré e pós-tratadas com NAC, A. brasiliensis e GSH-EE em diferentes concentrações, sendo os grupos expostos a DDS-NOH para induzir a formação de MetHb. Além disso, avaliou-se também a atividade das enzimas SOD e CAT, bem como os níveis de GSH, TEAC e MDA. Em leucócitos avaliou-se a indução de EROs no meio intracelular utilizando o DCFH-DA e o dano em DNA através do ensaio cometa. Os resultados mostraram que o metabólito DDS-NOH foi capaz de induzir MetHb in vitro, sendo este efeito dose-dependente. Em relação ao pré-tratamento, todos os antioxidantes preveniram a formação de MetHb induzida pela DDS-NOH, assim como no pós-tratamento. Em relação a SOD, apenas o pré-tratamento com NAC e A. brasiliensis reduziram a atividade de SOD. Já no pós-tratamento, houve aumento quando tratados com os antioxidantes. O pré-tratamento com NAC e GSH-EE aumentou a atividade de CAT, por outro lado o A. brasiliensis reduziu, assim como no pós-tratamento com os antioxidantes. Quanto aos níveis de GSH, o pré-tratamento com NAC e A. brasiliensis aumentaram GSH, por outro lado, não alteraram no pós-tratamento. Em relação ao TEAC, não houve alteração. Com relação aos danos oxidativos no pré-tratamento, o A. brasiliensis e a GSH-EE reduziram o MDA. Já no pós-tratamento, houve aumento no grupo A. brasiliensis e redução no grupo GSH-EE. Apenas a NAC mostrou ser eficiente na remoção de EROs do meio intracelular induzido por DDS-NOH em leucócitos. Enquanto que em eritrócitos, a NAC e o A. brasiliensis foram capazes de reduzir tal efeito. No estudo do ensaio cometa, a DDS-NOH foi capaz de induzir danos no DNA em leucócitos do sangue periférico, entretanto este danos foram reduzidos quando tratadas com NAC e A. brasiliensis. Pode-se concluir com estes dados que os compostos antioxidantes avaliados apresentam potenciais terapêuticos na prevenção da MetHb e no dano em DNA induzido por DDS-NOH in vitro, sendo a NAC mais eficaz contra estes efeitos.
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SABRINA DE CARVALHO CARTAGENES
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A retirada de cetamina promove efeito ansiogênico, déficit de memória de curto prazo e alterações no comportamento depressivo em ratas adolescentes
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Data: Jun 10, 2016
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O uso de substâncias psicotrópicas é frequente na população mundial. O consumo dessas drogas está relacionado ao desejo do homem em explorar suas emoções e sentidos através do prazer, bem como, para aliviar sentimentos dolorosos. Por muito tempo, havia o predomínio do uso de substâncias estimulantes pelos adictos, principalmente entre os adolescentes. No entanto, drogas com efeitos alucinógenos, como a cetamina, têm sido consumidas para esses fins. O presente estudo investigou alterações comportamentais após retirada de cetamina em ratos fêmeas adolescentes. Este projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisas envolvendo animais da UFPA (BIO-CEPAE-UFPA: BIO 224-14). Foram utilizados ratos Wistar fêmeas do 35º ao 37º dia pós-natal (n=20, n=10 por grupo) que receberam por via intraperitoneal cetamina na dose de 10 mg/kg/dia, durante três dias consecutivos. Três horas após a última administração, os animais foram submetidos sequencialmente aos ensaios do campo aberto, labirinto em cruz elevado, nado forçado e esquiva inibitória do tipo stem-down. A retirada de cetamina promoveu efeito ansiogênico, déficit de memória de curta duração e comportamento do tipo depressivo nos roedores. Não foi observado prejuízos na atividade locomotora espontânea. Em conjunto, os resultados do presente estudo demonstram que a retirada de doses subanestésicas de cetamina promove alterações neurocomportamentais em ratos fêmeas adolescentes.
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SHIRLEY FERREIRA DE OLIVEIRA NASCIMENTO
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Characterization and evaluation of the cytotoxicity of hydroethanol extract Arrabidaea chica ( Humb . & Bonpl . ) B. Verlot . in human cell lines
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Data: May 23, 2016
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Arrabidaea chica, pertencente à família Bignoniaceae e popularmente conhecida como “pariri”, é amplamente utilizada na medicina popular para o tratamento de várias enfermidades, entre elas as inflamações, infecções, cólicas intestinais, diarréias, anemias e enfermidades da pele. Estudos fitoquímicos demonstram que os extratos obtidos das folhas de A. chica, apresentam: flavonoides, antocianinas, taninos, fitosteróis e pigmentos utilizados em cosméticos, tais como carajurona, carajurina e 3-deoxiantocianidina. Os flavonoides são metabólitos secundários de importante ação antitumoral, antioxicidante, anti-inflamatória, citostática, antiangiogênica. Dentre os flavonoides já evidenciados nesta espécie, estão a luteolina e o canferol. Diante da preocupação cada vez maior do Ministério Público de Saúde em regulamentar as plantas medicinais de uso popular, de forma a garantir à população brasileira o acesso seguro e seu uso racional, o presente estudo objetivou caracterizar o extrato hidroetanólico de A. chica, bem como avaliar o potencial citotóxico em linhagens de células tumorais HepG2 e não tumorais de fibroblastos Mrc5. A análise cromatográfica do extrato hidroetanólico de A. chica, bruto e liofilizado, constatou a identidade do material vegetal através da detecção dos marcadores químicos canferol e luteolina, por LC-MS. Por meio da validação do método, que apresentou parâmetros recomendados pela legislação vigente, foram determinados 60,22 μg/mL de canferol e 29,13 µg/mL de luteolina no extrato hidroetanólico bruto e 0,49% (m/m) de canferol e 0,18% (m/m) de luteolina no extrato hidroetanólico liofilizado Os espectros de massas obtidos, demonstraram os íons de m/z 287,0544 e 287,0547 sugestivamente referentes às molecilas de canferol e luteolina respectivamente. Na avaliação da citotoxicidade verificou-se que o extrato liofilizado foi mais citotóxico para as células HepG2 que para MRC5 , nos dois tempos de tratamento, 24 e 48 horas, sugerindo que essa diferença pode evidenciar uma atividade específica para cada tipo celular. Constatou-se que quanto uma maior citotoxicidade para o tempo de 48 horas. Os resultados apontam que o extrato liofilizado apresenta maior atividade citotóxica que o extrato bruto, ainda que ambos apresentem os marcadores químicos canferol e luteolina, possíveis responsáveis dessa ação, demonstrando que a liofilização preserva, de um modo geral, os constituintes químicos termolábeis, conferindo maior estabilidade comparativamente ao extrato bruto. Esse extrato apresenta um grande potencial como recurso farmacológico para o desenvolvimento de novos fármacos com atividade antitumoral.
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LUANN WENDEL PEREIRA DE SENA
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Obtenção e caracterização de carreadores lipídicos nanoestruturados a partir de gordura vegetal de Murumuru (Astrocaryum murumuru Mart.)
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Data: May 16, 2016
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SENA, L. W. P. OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE CARREADORES LIPÍDICOS NANOESTRUTURADOS A PARTIR DE GORDURA VEGETAL DE MURUMURU (Astrocaryum murumuru Mart.). Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, 116 p. Universidade Federal do Pará, Belém, 2016.
Os Carreadores Lipídicos Nanoestruturados (CLN) têm sido propostas como uma categoria de carreadores para ingredientes farmacêuticos e cosméticos e crescente interesse devido a uma série de vantagens quando comparadas a formulações convencionais. As gorduras vegetais amazônicas são consideradas matrizes lipídicas de grande potencial para a produção de CLN de administração tópica, em função da baixa toxicidade e biocompatibilidade, alem de suas propriedades emoliente, protetora e hidratante na pele. O murumuru (Astrocaryum murumuru Mart.) é uma palmeira amazônica e à utilização de sua gordura é promissora pois agrega valor aos produtos, favorece o crescimento da região, alem de utilizar esses recursos de maneira sustentável. O objetivo deste estudo foi obter e caracterizar os CLN a partir da gordura vegetal de Murumuru (Astrocaryum murumuru Mart.) pela técnica de homogeneização sob alta pressão a quente, utilizando o cetoconazol como fármaco modelo. A cromatografia gasosa revelou o ácido láurico (48,1 %), ácido mirístico (26,6 %) e ácido oleico (8,4 %), como os principais constituintes. A caracterização físico-química mostrou valores de acidez, iodo, saponificação, peróxido, refração e densidade dentro dos limites e padrões recomendados. As matérias-primas isoladas e os CLN obtidos foram avaliados por calorimetria diferencial exploratória, sendo que os resultados sobre as materias-primas isoladas utilizadas corroboram com o descrito na literatura e os CLN evidenciaram uma estrutura cristalina menos ordenada. Nas formulações testadas, as nanopartículas apresentaram tamanho médio entre 98,60 e 161,56 nm, índice de polidispersidade entre 0,115 e 0,276, potencial zeta superiores a -30 mV e eficiência de encapsulação próximo a 100 %. A microscopia eletrônica de transmissão indicou aspecto esférico das nanopartículas e o perfil de liberação apresentou um modelo cinético de ordem zero, com liberação de cerca de 70,9 % do fármaco encapsulado em 8 horas. As nanopartículas permaneceram estáveis durante um período de 60 dias. O estudo realizado mostrou que a gordura de murumuru obteve um sistema eficaz, com pequenos tamanhos de partículas e penetrabilidade na pele, tornando possível à veiculação da formulação em usos farmacêuticos e cosmético.
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DENISE MARIA LOUREIRO CONTENTE
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OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE NANOEMULSÃO ÓLEO EM ÁGUA A PARTIR DE ÓLEO DE AÇAÍ (Euterpe oleracea M.)
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Data: May 13, 2016
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Nanoemulsões têm sido propostas como uma opção de sistemas de liberação de fármacos de atual e crescente interesse, devido a uma série de vantagens quando comparadas a formulações tradicionais. Os óleos vegetais são considerados insumos farmacêuticos de grande valor como matriz lipídica desses sistemas, como o óleo de açaí, óleo de origem amazônica, que possui uma série de benefícios medicinais, como atividade antioxidante e hidratante, além de biocompatibilidade, aumenta a elasticidade da pele e atua como barreira física. O objetivo do presente trabalho foi obter nanoemulsão O/A, a partir de óleo de açaí, tensoativo e água, por meio do método de temperatura de inversão de fase, para uso tópico. O óleo de açaí foi caracterizado por ensaios físico-químicos, bem como quanto ao perfil de ácidos graxos por Cromatografia gasosa (CG), espectrometria na região do infravermelho (FT-IR) e análise térmica por termogravimetria (TG) e calorimetria diferencial exploratória (DSC). O tensoativo, o cetoconazol e suas misturas binárias com o óleo de açaí foram avaliados por DSC. Obteve-se nanoemulsões fazendo uso do óleo de açaí, BrijTM CS20, água e o cetoconazol. A caracterização das nanoemulsões foi realizada quanto ao tamanho das gotículas, índice de polidispersidade (IP), potencial zeta (PZ), morfologia e eficiência de encapsulação (EE). O óleo de açaí apresentou índice de acidez (3,78 mg KOH/g), índice de iodo (71 gl2/100g), índice de saponificação (199 mg KOH/g), índice de refração (1,470) e densidade (0,950g/ml). Na análise por CG apresentou 68,05% de ácidos graxos insaturados, sendo 47,58% de ácido oleico. A estabilidade oxidativa do óleo de açaí em Rancimat foi cerca de 11,79 horas. A análise espectrométrica FT-IR confirmou bandas sugestivas dos ácidos graxos insaturados e por análises térmicas observou-se que a degradação térmica ocorre acima de 200°C. As combinações das matérias-primas analisadas por DSC foi possível observar que a incorporação do cetoconazol com o óleo de açaí. A nanoemulsão B10 com cetoconazol a 0,5 % apresentou 98,31 % de EE. A microscopia eletrônica de transmissão mostrou gotículas com formato esférico e após estudo de PZ (-25,53 mV ± 10,04), IP (0,37 ± 0,04) e tamanho (128,53 nm ± 10,04) por 30 dias, a nanoemulsão apresentou pouca variação. Assim, pode-se afirmar que o óleo de açaí tem potencial para ser empregado como insumo farmacêutico podendo ser usado como fase oleosa de nanoemulsões carreadoras de substancias lipossolúveis.
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HELITON PATRICK CORDOVIL BRIGIDO
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Estudos farmacognósticos, fitoquímicos e biológicos de Anona glabra L. (Annonaceae).
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Data: May 12, 2016
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No presente trabalho, a Annona glabra foi submetida a estudos farmacognósticos, fitoquímicos e biológicos (atividade leishmanicida e antimicrobiana). Para realização dos estudos farmacognósticos, utilizou-se os métodos descritos na Farmacopéia Brasileira V ed. (2010). O extrato etanólico (EE) foi obtido através da percolação descontínua do pó das cascas com etanol, seguido de concentração em rotaevaporador até resíduo. Posteriormente o EE foi submetido a fracionamento por partição líquido-líquido com hexano e metanol aquoso 10%, obtendo-se as frações metanólica (FM) e hexânica (FH). A FM foi submetida a um novo fracionamento em coluna de Sephadex originando 46 frações que foram analisadas em CCD e reveladas com reagente de Dragendorff e ultravioleta (360 nm) sendo reunidas em 6 grupos conforme o perfil cromatográfico. O EE, FM, FH foram submetidas à análise em HPLC-DAD. Para a avaliação da atividade antimicrobiana utilizou-se os métodos da difusão em ágar (Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa) e da microdiluição (CIM). O EE, frações e subfrações foram submetidos ao ensaio da atividade leishmanicida (Leishmania amazonensis). O pó foi classificado como pó grosso e de baixa densidade com teor de cinzas e umidade estando dentro dos parâmetros estabelecidos pela Farmacopéia Brasileira V ed. (2010). No estudo fitoquímico verificou-se que o EE, FM e subfrações revelaram frente ao reagente de Dragendorff e UV sugerindo a presença de alcalóides. Em HPLC-DAD, os principais picos do EE, FM e FH apresentaram no espectro de UV absorbâncias com ʎ entre 240 nm a 280 nm e ʎ entre 300 nm a 400 nm sugestivos respectivamente da banda II (anel A) e banda I (anel B) de flavonóides sugerindo a presença deste metabólito. No teste de difusão em ágar observou-se a formação de halos do EE e FM somente nas placas de Staphylococcus aureus. No ensaio de microdiluição verificou-se que o EE e a FM apresentaram CIM > 1000 µg/mL, sendo assim, consideradas inativas. No ensaio antileishmania, o EE apresentou CIM e CI50 > 200 µg/mL. A FM e FH também apresentaram CIM e CI50 > 200 µg/mL, no entanto, inibiram o crescimento da promastigota respectivamente em 20% e 33,7%. As subtrações Grupo 2 e Grupo 3 apresentaram CIM e CI50 > 200 µg/mL, no entanto, na concentração de 200 µg/mL inibiram o crescimento parasitário em aproximadamente 45%. Em síntese, o EE e suas frações mostraram-se inativas nos ensaios antimicrobiano e leishmanicida, porém o fracionamento contribuiu para o aumento da atividade sugerindo que substâncias ativas devam estar em baixos teores no extrato e suas frações.
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MIGUEL WANZELLER RODRIGUES
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Monitoramento das reações adversas ao novo tratamento da tuberculose
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Data: May 12, 2016
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A Tuberculose é uma doença infectocontagiosa que, apesar dos recursos terapêuticos e profiláticos eficazes, é um dos mais graves problemas de saúde pública mundial. Em 2014, foram registrados 67.966 casos novos da doença no Brasil, com maior taxa de incidência nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, Acre, Pernambuco, Mato Grosso e Pará. Três fatores contribuem para continuidade da tuberculose no Brasil: a pandemia de HIV, o desenvolvimento de cepas multirresistentes e a falha da vacina BCG. A falta de adesão ao tratamento é um dos principais motivos que levam a disseminação da resistência. Com o intuito de reduzir este problema e minimizar as reações adversas, a OMS, em 2006, recomendou um novo esquema terapêutico: 2RHZE (Fase intensiva) e 4RH (Fase de manutenção), o qual foi adotado pelo Brasil em 2010. Porém, a ocorrência de reações adversas que requeiram a interrupção do tratamento não foi estimada com o novo esquema terapêutico, o que justifica a realização deste estudo que objetivou analisar a ocorrência de reações adversas em sujeitos com tuberculose em uso do novo esquema terapêutico de tratamento (Izoniazida, Rifampicina, Etambutol, Pirazinamida). Um estudo longitudinal prospectivo envolvendo 57 sujeitos com diagnóstico clínico, laboratorial e radiológico de tuberculose. As provas de função renal (ureia e creatinina) e hepática (AST, ALT, fosfatase alcalina, bilirrubinas e gama GT) foram realizadas a cada mês do tratamento. No estudo, a doença acometeu mais indivíduos do sexo masculino, com baixa escolaridade, que faziam uso de tabaco e álcool e independente da faixa etária. Houve elevação dos valores de uréia nos dois últimos meses de tratamento, porém a creatinina mostrou-se normal durante o tratamento. Em relação à avaliação da função hepática, foram observadas flutuações nos parâmetros bioquímicos analisados, contudo se mantiveram no intervalo de normalidade. Destaca-se que um sujeito desenvolveu quadro de doença colestática, a qual regrediu com a interrupção do tratamento. O diagnóstico precoce, somado ao tratamento imediato, possibilita ao paciente um resultado eficaz no combate à tuberculose, uma vez que mantém os parâmetros bioquímicos sem grandes alterações, permitindo uma melhor adesão e melhora do quadro clínico do paciente.
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KEITH BRABO TAVARES FEITOSA
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Avaliação da adesão ao tratamento com alfadornas em pacientes com fibrose cística
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Data: Apr 27, 2016
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A Fibrose Cística (FC) é uma doença hereditária, que se manifesta clinicamente por sintomas digestivos e respiratórios. O diagnóstico precoce oferece a possibilidade de um melhor controle terapêutico do paciente favorecendo o prognóstico e contribuindo para uma melhor qualidade de vida. O objetivo do estudo foi demonstrar o comportamento dos pacientes frente à doença e avaliar a adesão ao tratamento com a enzima alfadornase. Foi feito um estudo prospectivo, transversal e observacional por meio de dados epidemiológicos coletados através de entrevistas com pacientes e/ou responsáveis e por análise de prontuários. Para a avaliação da adesão ao tratamento e conhecimento da doença foram aplicados os testes Morisky-Green e Batalla Martinez. Para avaliar o perfil clínico foi utilizado o escore de Shwachman-Kulczyki. Foram recrutados 51 pacientes com fibrose cística atendidos no ambulatório do Hospital Universitário João de Barros Barreto em uso de alfadornase. Participaram do estudo 47 pacientes no período de julho de 2015 a junho de 2016. A maioria dos pacientes (53,2%) tinha idade inferior a 18 anos, 56,6% eram do sexo masculino e 40,4% provenientes do interior. Pacientes em tratamento com alfadornase por mais de 5 anos, apresentaram maior adesão do que os demais com menor período de tratamento e o sexo masculino esteve associado a maior adesão, assim como a maior escolaridade e renda familiar. Após a aplicação do teste de Batalla Martinez, apenas 40,42% demonstraram conhecimento sobre a doença. Deste modo foram observados como fatores associados à baixa adesão: uso de mais de cinco medicamentos, baixa escolaridade e sexo. Por outro lado, os resultados mostram que a adesão à medicação esteve associada ao melhor escore clínico.
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THIAGO PORTAL DA PAIXÃO
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ESTUDO FITOQUÍMICO E AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTINOCICEPTIVO DE UMA FRAÇÃO RICA EM CUMARINA DE Ayapana triplinervis (ASTERACEAE)
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Data: Apr 27, 2016
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Ayapana triplinervis (Vahl) é uma planta medicinal nativa da Amazônia, conhecida na região como Japana. Estudos apontam as cumarinas como importante classe de constituintes químicos, tendo sua presença na relação com seus efeitos farmacológicos. Os extratos brutos da espécie têm demonstrado efeitos farmacológicos, tais como, antidepressivo, ansiolítico, antinociceptivo, anti-inflamatório, antioxidante, porém, frações e/ou compostos isolados foram avaliados apenas por dois estudos. Sendo assim, este estudo objetivou realizar avaliação fitoquímica e obtenção de frações com alto teor de cumarinas da espécie. Coletou-se partes aéreas da planta (folhas e talos) que foi submetida à secagem e pulverização para obtenção da droga vegetal, em seguida, extratos foram preparados através de extrações consecutivas com solventes de polaridade crescente, por maceração. Realizou-se a prospecção fitoquímica da droga vegetal e extratos por ensaios de coloração e precipitação e Cromatografia de Camada Delgada (CCD), para tanto, a droga vegetal foi submetida a uma extração direcionada para cada classe testada. O perfil cromatográfico por CCD permitiu selecionar o extrato de acetato de etila para obtenção de frações cumarínicas. Assim, o fracionamento foi realizado por CCD em escala preparativa (CCDP) e Cromatografia líquida em coluna (CLC). As seguintes classes de constituintes foram detectadas nos extratos e droga vegetal: esteroides e triterpenos, polifenóis e cumarinas. Estas últimas com melhor perfil de detecção no extrato de acetato de etila, sendo o mesmo selecionado para fracionamento. Duas frações foram coletadas por CCDP de acordo com as seguintes características cromatográficas: uma contendo a mancha verde-fluorescente e outra azul-fluorescente, sob luz UV 365 nm, indicando que são constituídas por derivados cumarínicos distintos. Treze frações foram obtidas por CLC, destas, selecionaram-se as frações 4 a 10 por apresentar duas manchas sugestivas de cumarinas, uma verde-fluorescente e outra azul-fluorescente, as quais foram reunidas conforme características cromatográficas. Os fracionamentos realizados promoveram a separação das cumarinas do extrato acetato de etila.
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ANA CARLA GODINHO PINTO
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Estratégias para a promoção da qualidade do cuidado com ênfase no Programa Nacional de Segurança ao paciente.
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Data: Apr 26, 2016
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A terapia do câncer é baseada na associação de medicamentos, sendo que o processo de prescrição esta sujeito ao desenvolvimento de erros durante suas etapas podendo resultar em um evento adverso ao paciente. O estudo teve como objetivo o desenvolvimento de um programa de prescrição médica em oncologia. Para tanto, iniciou-se com a seleção dos medicamentos antineoplásicos e utilizados como pré-medicação registrados no Brasil, seguido da elaboração de um guia de diluição destes medicamentos através de uma revisão da literatura utilizando fontes primárias, secundárias e terciárias e por fim desenvolveu-se um banco de dados contendo informações sobre os medicamentos e protocolos quimioterápicos organizados por tipo de câncer, estes protocolos foram selecionados de acordo com os disponibilizados pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e pela Sociedade Brasileira de Cancerologia. No Brasil estão registrados 69 medicamentos antineoplásicos e 9 fármacos utilizados como pré-medicação, destes 34 precisam ser reconstituídos e diluídos, 8 só reconstituídos 37 só diluídos e 9 estão prontos para o uso. Também foram selecionados 218 protocolos organizados por tipo de câncer para serem utilizados como banco de dados para o programa de prescrição. Os erros de prescrição são frequentes, mas podem ser evitados através de medidas preventivas, como a utilização de guias de diluição para consultas rápidas, padronização de protocolos e utilização de programas de prescrição eletrônica para garantia da segurança do paciente.
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CLAUDIA MARQUES SANTA ROSA MALCHER
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Toxicidade oral aguda do extrato aquoso de Ganoderma lucidum: avaliação pré-clínica dos efeitos neurocomportamentais, hematológicos e estresse oxidativo
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Data: Apr 12, 2016
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O cogumelo Ganoderma lucidum é tradicionalmente conhecido pelo seu efeito tranquilizante e também por suas propriedades antioxidantes, entretanto apesar destes benefícios, neste fungo ainda se fazem necessários mais estudos sobre os seus efeitos tóxicos. Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos sobre os parâmetros neurocomportamentais, hematológicos e bioquímicos, em ratas adultas expostas, em dose única, ao extrato aquoso deste fungo (EAGL), nas doses de 2000 e 5000mg/kg, via oral, por gavagem. Para tal, ratos Wistar (n=40) fêmeas (145,8-189,5g), após essa administração, tiveram sua observação comportamental registrada, e logo após, em 1 e 14 dias da ingestão deste tratamento, foram submetidos à coleta de sangue por punção cardíaca, para obtenção de soro e sangue total para a realização das análises de óxido nítrico, capacidade antioxidante total, malondialdeído e contagem diferencial de leucócitos. Os animais foram dispostos em 6 grupos (n=5-8 por grupo), sendo 2 grupos controles, e 2 grupos para as doses de 2000 e 5000 mg/Kg do extrato. Os resultados revelaram a presença de letargia nos animais logo após a administração do extrato, mantendo essa alteração ainda após 2 h de sua administração. Na avaliação da bioquímica oxidativa houve o aumento da produção de óxido nítrico e malondialdeído, porém sem alterar os níveis antioxidantes totais. E na contagem diferencial relativa dos leucócitos verificou-se a leucopenia. Com estes resultados conclui-se que este extrato aquoso apesar de ser classificado como de baixa toxicidade para as concentrações e via administrada, promove a sedação e o estresse oxidativo com repercussão no sistema imunológico, e, portanto requer cuidado na sua ingestão.
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JOSÉ ALBERTO GOMES DOS SANTOS
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ADESÃO AO TRATAMENTO DA MALÁRIA VIVAX EM CRIANÇAS
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Data: Apr 1, 2016
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A malária é endêmica em 104 países, é uma doença infecciosa não contagiosa causada por protozoários do gênero Plasmodium, no Brasil a situação epidemiológica da malária é preocupante embora tenha ocorrido o declínio do número de casos, sendo o Plasmodium vivax o causador de 90% dos casos. A distribuição dos números de casos na Amazônia é variável, ocorrendo em assentamento rurais áreas indígenas e garimpo. Os principais sintomas da malária vivax são febre e calafrio. O tratamento adequado e oportuno previne a ocorrência de casos graves, o óbito e elimina as fontes de infecção tendo como padrão de tratamento a cloroquina e a primaquina. Embora a eficácia dos antimaláricos seja comprovada ainda assim são frequentes as falhas de tratamento, resultando principalmente na baixa adesão ao regime terapêutico proposto tendo como consequência a ocorrência de resistência do plasmódio ao regime proposto. O estudo tem como objetivo avaliar a adesão ao tratamento de crianças com malária e traçar o perfil sócio econômico correlacionando com as concentrações sanguíneas dos fármacos. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e observacional, utilizando instrumentos indiretos de medidas de adesão ao tratamento, que são os testes de Batalla-Martinez, de Morisky Green e Haynes-Sackett. Os resultados dos testes informara que 51,6% foram aderentes segundo o teste de Batalla, 53,2 de acordo com o teste de Haynes e aplicando o teste de Morisky-Green a adesão variou entre 71% a 50% de acordo com a taxa de acerto de cada pergunta..
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WILSON VIEIRA GONÇALVES FILHO
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AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO TRATAMENTO PRECONIZADO PARA MALÁRIA: DETERMINAÇÃO DA PRIMAQUINA EM PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM Plasmodium vivax
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Data: Mar 31, 2016
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A malária é uma doença que ameaça 50% da população mundial, que vivem em zonas endêmicas, como África, Sudoeste Asiático e América Latina. No que se refere à malária causada por Plasmodium vivax no Brasil, cujo tratamento é baseado em primaquina e cloroquina, é um importante problema de saúde pública que atrapalha o desenvolvimento da região Amazônica e que a adesão à terapia medicamentosa é um dos principais fatores que influenciam na eficácia do tratamento. Este estudo utiliza métodos indiretos para avaliar a adesão ao tratamento, correlacionando-a com a concentração plasmática de primaquina e carboxiprimaquina. Desse modo foi realizado um estudo observacional transversal controlado com 27 pacientes, na cidade de Anajás - Pará, antes (D0) durante (D1) e após (D7) o tratamento com o antimalárico, seguido de avaliação os pacientes com perguntas baseadas no teste de Morisky-Green ao final do tratamento. Foi possível observar maior prevalência da malária vivax em indivíduos do sexo masculino (70,4%) e na faixa etária de 20 a 39 anos (55,56%), o teste de Morisky-Green indicou uma adesão de 75%, 15 de um total de 20 pacientes, com uma taxa de acerto de 80%, 65%, 70% e 65% para as perguntas. A concentração média de primaquina no D1 foi de 134,8 ng/mL, no D7 de 131,9 ng/mL, e os valores de carboxiprimaquina foram de 408 ng/mL e 529,4 ng/mL respectivamente. É possível observar diferença estatisticamente significativa entre os valores do carboxiprimaquina em D1 e D7 no grupo dos aderentes definido pelo teste de Morisky-Green, mostrando que a carboxiprimaquina se acumula no organismo, sendo assim mais indicada para avaliar a adesão ao tratamento. Dessa forma, é importante ressaltar que estas concentrações de primaquina e carboxiprimaquina são as primeiras determinações de fármacos e metabólitos encontradas para o tratamento curto preconizado pelo Ministério da Saúde para malária vivax na região amazônica, corroborando para a pesquisa de avaliação da adesão aos antimaláricos.
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ROSANA CRISTIANE DA SILVA MONTEIRO
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Estudo fitoquímico, atividade antipromastigota e citotoxicidade de Himatanthus articulatus (Vahl) Woodson (Apocynaceae)
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Data: Mar 30, 2016
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O presente estudo descreve a influência do fracionamento biomonitorado de Himatanthus articulatus (Vahl) Woodson para atividade antileishmania e citotoxicidade. O extrato etanólico obtido das cascas de H. articulatus (ExtEHA) foi obtido por percolação descontinua, sendo fracionado em coluna cromatográfica aberta, contendo como fase estacionária, sílica gel e como fase móvel, solventes de polaridades crescentes. O extrato foi submetido á analises em Cromatografia Líquida de Alta Eficiência Acoplada a Arranjos Diodos (CLAE-DAD) e cromatografia liquida acoplada a espectrofotometria de massa. As frações serão submetidas as referidas análises. Na avaliação da atividade antileishmania utilizou-se a cepa de formas promastigotas de Leishmania (L.) amazonenses, sob o registro MHOM/BR/2009/M26361, oriunda do município de Ulianópolis (PA).Os extratos e suas frações foram submetidos aos ensaios para atividade em forma promastigota, sendo futuramente submetidos aos ensaios em forma amastigota e citotoxicidade em macrófagos peritoneais. Apos fracionamento do extrato etanólico, foram obtidas as seguintes frações e rendimentos: fração hexano (FrHexEEHA) com rendimento de 0,0202g (0,2%), fração diclorometano (FrDclEEHA) com rendimento 0,9606g (9,6%), fração acetato de etila (FrActEEHA) com rendimento de 0,2402g (2,24%) e fração metanol (FrMetEEHA) com rendimento de 9,983g (49,91%). Após realização da CCD no extrato etanólico e suas frações, observou-se coloração amarelo acastanhado para as frações acetato de etila e metanólica, sugerindo a presença de iridóides. A análise do ExtEHA em CLAE-DAD apresentou um pico intenso no tempo de retenção 8.870 e após estudo de seu espectro em ultravioleta, sugeriu-se um cromóforo relacionado aos iridoides, devido apresentar um máximo de absorbância bem próximo a 230nm Na avaliação da atividade antileishmania, o ExtEHA, FrHexEEHA, FrDclEEHA e FrMetEEHA mostraram-se inativas em forma promastigota de L. amazonensis. No entanto, a FrActEEHA apresentou atividade moderada contra a forma promastigota desta espécie. O estudo cromatográfico sugeri que esta fração contém iridoides. As frações serão submetidas a novas investigações fitoquímicas e de atividade antileishmania.
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KELLY CRISTINA OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE
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ESTUDO FITOQUÍMICO E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTILEISHMANIA DE Virola surinamensis (Rol.) Warb.
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Data: Mar 29, 2016
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O presente estudo teve como objetivo isolar, identificar e caracterizar a atividade Antileishmania de substâncias químicas presentes no extrato hexânico de folhas de Virola surinamensis. Na obtenção dos extratos foram utilizados solventes de polaridade crescente hexano, acetato de etila e metanol, onde o extrato hexânico foi fracionado em coluna cromatográfica aberta, empregando como fase estacionária sílica gel e como eluentes misturas de hexano, acetato de etila e metanol em gradiente de polaridade crescente. As frações que apresentaram um perfil de maior pureza em analises por cromatografia em camada delgada (CCD) foram levadas à avaliação biológica. Na atividade antipromastigota realizou-se o cultivo e a manutenção das formas promastigotas da espécie de Leishmania amazonensis em meio RPMI completo e, posteriormente, foi feita curva de crescimento, utilizando-se câmara de Neubauer para quantificação das promastigotas. A seguir foi adicionada suspensão de parasitas em uma placa de 96 poços contendo diferentes concentrações das frações do extrato hexânico e MTT para avaliar a viabilidade celular. Foi realizada leitura em leitor de ELISA, usando como controle positivo anfotericina B. A alíquota 41 (nomeada de C5) na diluição de 200µg/mL apresentou atividade, havendo necessidade de estudos com a substância isolada para identificar o marcador farmacológico responsável por esta atividade.
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ANA PAULA PAIVA DA SILVA
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Análise do remédio artesanal "tintura de pata-de-vaca" tendo a tintura de Bauhinia monandra Kurz como referência
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Data: Mar 17, 2016
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SILVA, A. P. P. Análise do remédio artesanal “tintura de pata-de-vaca” tendo a tintura de Bauhinia monandra Kurz como referência. 2016. 66 f. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2016.
O diabete melito é uma entre as diversas patologias que podem ser controladas com o uso de plantas medicinais, que apresentam atividade hipoglicemiante através de diferentes mecanismos. Em Marudá, Marapanim-PA, o Grupo de Mulheres “Erva Vida”, produz e comercializa a “Tintura de pata-de-vaca”, consumida por turistas e moradores locais para tratar o diabete. Esse remédio é preparado a partir de folhas de Bauhinia monandra Kurz (pata-de-vaca). Diferentes classes metabólicas de vegetais já tiveram a ação hipoglicemiante comprovada, como exemplo os flavonoides. Com isso, pretende-se neste trabalho caracterizar o remédio artesanal através de parâmetros farmacobotânicos, farmacognósticos, fitoquímicos e cromatográficos, em compararação com uma tintura de Bauhinia monandra, quanto à presença de flavonoides. Tanto a análise fitoquímica preliminar, quanto a análise por Cromatografia em Camada Delgada, detectaram metabólitos fenólicos, possivelmente flavonoides, no remédio artesanal e no extrato hidroetanólico da espécie vegetal. Na análise por CLAE, foi evidenciada a presença de rutina no remédio artesanal bem como no extrato hidroetanólico de Bauhinia monandra.
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