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ARTHUR MONTENEGRO DE OLIVEIRA
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O USO DE PORCELANATOS EM PISOS NAS INTERVENÇÕES CONTEMPORÂNEAS NO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO.
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Data: 29/12/2023
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A seleção de critérios na atuação, bem como o uso adequado de materiais e técnicas apropriadas são decisivos para a conservação do patrimônio arquitetônico. As tecnologias construtivas e os materiais de construção utilizados nas edificações históricas devem ser considerados em qualquer decisão, o que envolve diferentes critérios na hora da intervenção: estético, construtivo, histórico, físico, químico, entre outros. Por meio disso, é possível minimizar a incompatibilidade entre materiais tradicionais e contemporâneos empregados no patrimônio edificado. Intervir em edifícios históricos é uma tarefa extremamente complexa, pois para reunir os conceitos teóricos, técnicas construtivas antigas e o uso de materiais em voga adequados, é necessário um conhecimento multidisciplinar que envolve diferentes áreas do saber. Pois sempre será um desafio a intervenção sobre o patrimônio edificado, em suas diversas escalas e níveis. Com isso, almeja-se contribuir na investigação do uso apropriado dos pisos cerâmicos do tipo porcelanato mais compatíveis e disponíveis no mercado para serem aplicados em intervenções frente a contextos preexistentes, junto aos exemplos bem e malsucedidos aplicados na cidade de Belém. Assim, serão investigadas as possibilidades de ações mais adequadas ao patrimônio arquitetônico, ampliando seu uso/função por mais anos pelos usuários e, consequentemente, trazer ressignificação à edificação no espaço urbano. O conhecimento a ser adquirido com a pesquisa da discussão sobre o pensamento e a prática contemporânea de intervenção sobre o patrimônio edificado, articulado no campo disciplinar do restauro arquitetônico, instruirá futuras adequações sem a aplicação do contraste radical ao falso histórico com o entendimento técnico e material na aplicação correta no âmbito das escolhas dos porcelanatos para revestimentos nas especificações dos pisos.
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SASKYA RODRIGUES BRANDAO
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VERTICALIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL ARQUITETÔNICO E URBANÍSTICO: PERCEPÇÃO SOCIAL E PADRÕES TIPOLÓGICOS DAS INTERVENÇÕES COM INSERÇÃO VERTICAL EM BELÉM/PA.
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Data: 28/12/2023
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A verticalização é protagonista no embate entre o antigo e o novo na dinâmica espacial urbana, uma vez que o patrimônio arquitetônico vem sendo descaracterizado e, até mesmo, completamente destruído em prol da construção de novas edificações verticais. A problemática do processo de verticalização da cidade, atendendo aos interesses do mercado imobiliário, se agrava no caso de edificações históricas que se encontram fora das áreas de proteção legal regulamentadas que, no caso de Belém, com regras especificas, restringe-se ao limite do seu Centro Histórico e de sua área de entorno. O patrimônio arquitetônico se encontra suscetível aos impactos da verticalização em seu entorno indireto e, em alguns casos, ocorre a inserção de construções verticais no entorno direto, ou seja, no mesmo lote onde preexistiam edificações de interesse à preservação. Essas edificações, em geral, são casarões e sobrados de até dois pavimentos, datados em sua maioria de meados do século XIX e com características ecléticas, as quais são contrapostas à edifícios contemporâneos de vários pavimentos. Esse processo gera consequências para o patrimônio arquitetônico, seja pelas técnicas construtivas empregadas, alterações de uso e ocupação do solo e transformações na paisagem urbana, tanto sua identificação visual, como nas relações simbólicas e afetivas que os cidadãos possuem com esse espaço construído. Compreender essas relações, em geral conflituosas, são o desfaio para essa pesquisa que objetiva assim avaliar os requisitos de compatibilidade entre o patrimônio cultural e as edificações oriundas do processo de verticalização, no âmbito arquitetônico e urbanístico contemporâneo. Os materiais são as edificações de interesse à preservação e as edificações contemporâneas que foram inseridas posteriormente e estão situadas em um mesmo lote. Os métodos de investigação incluem as análises in loco e a caracterização das edificações, o levantamento tridimensional das edificações e as técnicas analíticas não destrutivas como a termografia por infravermelho e esclerometria. Os resultados esperados devem auxiliar a interpretação dos requisitos de compatibilidade entre as edificações em questão e identificar possibilidades que sirvam de referencial tecnológico para futuras decisões projetuais, dirigidas aos gestores e empreendedores do espaço construído, buscando a reconciliação com o patrimônio arquitetônico e urbanístico.
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LIA SOARES BASTOS CAVALCANTE
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O INÍCIO DA PRODUÇÃO BRASILEIRA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS E SUA PRESERVAÇÃO NA ARQUITETURA PARAENSE
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Data: 28/12/2023
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Os povos originários brasileiros iniciaram a manipulação de argila bem antes da colonização. De fácil acesso e encontrado em abundância, esse material já estava inserido no dia-a-dia da população indígena. As peças produzidas faziam parte de rituais, adornos, vestimentas e utensílios domésticos que identificavam cada povo. Porém, a utilização da argila para fins construtivos desembarcaria em solo brasileiro apenas no século XVI, com os colonos portugueses. Tijolos e telhas foram os primeiros produtos de cerâmica construtiva a serem fabricados com a ajuda dos indígenas brasileiros, ainda de forma manual, para a construção de edificações civis e religiosas nesse novo núcleo urbano que tanto contrastaria com as aldeias existentes antes da colonização. Em solo europeu, muitas edificações já possuíam aplicação de revestimentos cerâmicos (azulejos) e sua importação para as colônias aconteceu durante o século XVII para ornamentar as edificações mais nobres. A partir desse momento, grande foi o encantamento por essas peças coloridas e reluzentes que traziam beleza para as edificações. Grande também foi o interesse em iniciar a produção industrial nacional desse material. Embasado por uma pesquisa histórico-documental e fundamentado pelas teorias contemporâneas do restauro, o presente trabalho estudou a trajetória desse processo que culminou na emancipação identitária desses elementos de grande relevância para o conjunto de exemplares que contam a história dos bens integrados na arquitetura brasileira.
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AURÉLIO AUGUSTO FREITAS DE MEIRA
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A HARMONIA ENTRE O NOVO E O ANTIGO: QUANDO A TRANSFORMAÇÃO TENDE A ASSUMIR STATUS DE PERMANÊNCIA.
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Data: 28/12/2023
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Esta dissertação assume o compromisso de discutir a harmonia entre o novo e o antigo, quando a transformação está direcionada a incorporar status de permanência. Deverá construir um registro que possa apresentar valores da sociedade, sua identidade, seus valores culturais, o modo de vida, assim como a trajetória de formação da referida sociedade compreendendo a escala de criatividade projetual associada a legislação vigente, a partir da discussão dos parâmetros positivos de preservação. A dissertação tem como objetivos: apresentar procedimentos projetuais contemporâneos aplicados ao edifício Hotel Escola Atrium Quinta de Pedras que contribuíram para preservação de um bem cultural, quanto às intervenções do bem cultural nas preexistências; compreender a escala de criatividade projetual a partir da legislação patrimonial vigente; identificar casos bem-sucedidos de reabilitação, a exemplo do Hotel Escola Atrium Quinta de Pedras; discutir os parâmetros considerados como positivos à preservação de bens patrimoniais partindo das intervenções de transformação (contexto do edifício, uso pretérito e avaliação de sucesso de permanência). Para fazer a reflexão crítica nesta dissertação e elaborar um artigo foi selecionado um projeto de intervenção já executado e consolidado: o Hotel Escola Atrium Quinta de Pedras. A seleção do objeto de estudo Hotel Escola Atrium Quinta de Pedras foi determinada de acordo com os seguintes critérios: o nível de intervenção considerando a necessidade de ter acréscimos contemporâneos; Projeto com necessidade de mudança de uso; Utilização de tecnologias que contribuem com a sustentabilidade ambiental, objetivando apresentar as possibilidades de salvaguarda de um bem cultural respeitando a memória com olhar contemporâneo. Todo o trabalho de preservação do patrimônio histórico está necessariamente ligado ao trabalho de restauração de obra arquitetônica. São edificações presentes em diversas cidades brasileiras, frequentemente descaracterizadas ou em precário estado de conservação, ratificando importante testemunho do momento em que foram construídos e oferecem a verdadeira compreensão da história presente. Ao finalizar este estudo, podemos afirmar que para preservar a preexistência, será irrelevante considerarmos a obrigação de inserir uma leitura contemporânea no cenário arquitetônico. Nessa direção, o processo de intervenção e restauro no Hotel Escola Atrium Quinta de Pedras é ressignificativo e representa um exemplar que indica a possibilidade da harmonia entre o novo e o antigo, já que o referido edifício foi submetido a um processo de restauro, mas manteve o status de permanência.
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JOÃO MARKUS DE MELO PEREIRA
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PATRIMÔNIO AZULEJAR CAXIENSE: CONTRIBUIÇÕES PARA A PRESERVAÇÃO E SALVAGUARDA DO ACERVO DA CIDADE.
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Orientador : THAIS ALESSANDRA BASTOS CAMINHA SANJAD
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Data: 22/12/2023
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O estado do Maranhão é um dos grandes expoentes da azulejaria histórica no Brasil, nele é possível encontrar exemplares remanescentes dos séculos XVIII, XIX e XX vindos de países como Inglaterra, Holanda, Portugal, França e Alemanha. A primeira remessa de azulejos chega à capital São Luís em 1778 e até meados do século XX se espalham pelas cidades de Alcantara, Caxias, Guimarães, Rosário e Viana. Em Caxias o conjunto passa por um preocupante processo de deterioração que ameaça a perda total desses elementos. Por se tratarem de um bem representativo que auxilia no resgate da identidade coletiva da cidade e consequentemente do Estado, pretende- se investigar e avaliar materiais alternativos para utilizar em reconstituições do vidrado de azulejos históricos do século XIX, que podem ser encontrados nessa cidade. Essa importante camada que, além de possuir propriedades que conferem proteção a superfície aplicada, carrega todo apelo estético desse elemento. O estudo desenvolve e avalia materiais alternativos como o pó cerâmico, pó de quartzo, pó de mármore e pó de vidro e outro amplamente utilizado em restauros de cerâmicas, o Paraloid-B72. Os materiais passaram por analises de difração de raios x (DRX), foram aplicados em corpos de prova e realizados testes de brilho, colorimetria, microscopia ótica e envelhecimento acelerado através do ensaio de ataque salino controlado. Com isso, pôde-se avaliar os materiais em relação a durabilidade, cor e brilho. Como resultado, dentre todos, o pó de quartzo se mostrou mais eficiente, porém, os demais materiais podem ser aperfeiçoados e adequados a cada contexto em que pretende emprega-los.
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EDUARDA SEPÊDA DOS SANTOS
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INTEMPERISMO AMAZÔNICO E A BIODETERIORAÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO EM BELÉM/PA.
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Data: 14/12/2023
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Os casarões da Amazônia, especificamente na cidade de Belém, são em grande parte advindos de uma herança colonial portuguesa e constituem o patrimônio cultural brasileiro. Estas edificações degradam-se com os efeitos do clima equatorial, característico da região, ocorrendo, por vezes, a perda parcial ou total de grandes exemplares da arquitetura histórica local. Assim, a presente pesquisa tem por objetivo identificar quais são os organismos associados a biodeterioração nestas alvenarias, bem como as características formais arquitetônicas e climáticas que atuam de maneira mais crítica nas edificações, de forma a propor soluções que contribuam para a salvaguarda deste patrimônio. Para tanto, o presente estudo de estudo foi realizado em uma área central da cidade, no bairro histórico da Campina, de modo a aferir quais organismos causadores da biodeterioração estão presentes no ambiente, além de identificar como o intemperismo amazônico pode agir nas edificações históricas em diferentes microclimas e como o uso e ocupação das edificações pode inferir nestes resultados. A metodologia utilizada contemplou a utilização de pesquisas documentais e bibliográfica sobre os conceitos norteadores da pesquisa; levantamento de campo, com mapeamento fotográfico e de danos das áreas em questão, imagens termográficas com infravermelho (IRT) das alvenarias, bem como a coleta de amostras de macroorganismos, plantas vasculares, para a identificação das espécies dominantes. Os resultados e discussões apontam para a predominância de vegetações em diferentes níveis de desenvolvimento, dentre as mais comuns estão as plantas vasculares (samambaias), como as Pteris vittata L. e a Nephrolepis brownii (Desv.) Hovenkamp & Miyam, além dos fícus, especialmente os Fícus microcarpa L.f. e o Fícus máxima Mill. Além disso foram notados também focos de sujidade, marcada pela ação metabólica de microrganismos, como as algas, cianobactérias, líquens, fungos e bactérias. Quanto a resistência das alvenarias, mostraram-se mais debilitadas quanto maior o índice de umidade existente nestas. O conjunto de informações contidas nesta pesquisa tem por objetivo auxiliar em futuros tratamentos às edificações históricas, principalmente no que diz respeito às adições extemporâneas e ao seu uso e ocupação, bem como buscar maneiras eficazes de solucionar a biodeterioração que acomete as edificações.
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VICTORIA CECILIA ELSIE DANTAS DE FEITOSA MORAIS
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PRESENÇA E AUSÊNCIA NO MEMORIAL DA CABANAGEM: POLÍTICAS PÚBLICAS DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL EM BELÉMPARÁ
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Data: 11/12/2023
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Este trabalho refere-se a uma discussão acerca das políticas públicas voltadas para o patrimônio, propondo a temática voltada para a importância dos protocolos de consulta pública no que diz respeito a implementação de monumentos na cidade de Belém/PA, além de propor critérios para a criação desses espaços, como um instrumento participativo e colaborativo que contribua efetivamente para o compartilhamento de responsabilidades para a preservação do patrimônio. Tem como objetivo estabelecer critérios para a elaboração de um Protocolo de Consulta e Consentimento Prévio para a implementação de monumentos na cidade de Belém/PA. O Monumento utilizado como exemplo foi o Memorial da Cabanagem. A abordagem metodológica será qualitativa, com pesquisa bibliográfica, documental e campo, esta última através de visita ao local e por meio de entrevistas com o Centro Comunitário Nova Marambaia e o órgão responsável pelo Memorial da Cabanagem, SIMM/SECULT/PA. Verificou-se que não houve participação social no processo de implementação do Memorial da Cabanagem. A partir disso, conclui-se que a ausência de participação social nos processos que envolvem a implementação de um monumento provoca o afastamento da comunidade com o patrimônio.
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AILLA CAROLINE DE CARVALHO RAIOL
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AS CHAPAS ESTAMPADAS DE PALÁCIOS E PALACETES: tipologia, história e tecnologia de bens integrados metálicos remanescentes da Belle Époque em Belém (PA).
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Data: 05/12/2023
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O estudo desta dissertação tem como objetivo analisar as características históricas e tipológicas dos bens integrados em chapas metálicas, bem como avaliar sua integridade estrutural e condição de conservação, a fim de subsidiar futuras pesquisas preservação de bens integrados similares no patrimônio eclético de Belém-PA, visto que no final do século XIX, durante a Belle Époque em Belém-PA, a exportação de látex impulsionou mudanças significativas na cidade, e as elites locais, influenciadas pelo Ecletismo, importaram materiais e mão-de-obra estrangeira, deixando uma marca única na arquitetura da região. As chapas estampadas metálicas desempenharam papel importante na ornamentação de construções históricas nesse contexto. Através da metodologia descritiva por meio da investigação documental que abrangeu fontes secundárias sobre revestimentos internos e ornamentos metálicos ecléticos da Belle Époque, analisando as formas e estilos associados. O levantamento físico-cadastral in loco foi realizado em palácios e palacetes existentes em Belém-PA, focando na documentação iconográfica e fotográfica e na caracterização dos exemplares remanescentes da Belle Époque. A estruturação dessa dissertação foi realizada em artigos, tendo como resultados no artigo 01 a análise dos ornamentos antigos estampados em chapas metálicas na arquitetura eclética destaca uma lacuna nos estudos desse tipo de material, muitas vezes negligenciado apesar de conter informações históricas e culturais relevantes. Já no artigo 2 as análises, conduzidas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV-SEM) e Difração de Raios-X (DRX), proporcionaram uma compreensão aprofundada da composição química e da estrutura das amostras. Essas técnicas revelaram a presença predominante de zinco (Zn) e ferro (Fe), escolhidos por suas propriedades de maleabilidade e resistência à corrosão. Assim concluiu-se por meio dos resultados análises dos espaços e informações quanto a preservação e restauração dos elementos arquitetônicos históricos, contribuindo para proteger a herança cultural e arquitetônica de Belém-PA.
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YASMIN NIANDRIA DOS SANTOS COSTA
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ENTRE UM CAIS E UM RIO: PAISAGEM CULTURAL NA AMAZÔNIA TOCANTINA CAMETÁ/PA
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Data: 22/11/2023
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O presente trabalho pretende abrir um diálogo com a região amazônica dentro do campo patrimonial do ponto de vista que integre natureza, materialidade, imaterialidade e sociedade através do uso do conceito de Paisagem Cultural como categoria de análise. Diante da grande área territorial da Amazônia, suas regiões e sub regiões formaram núcleos urbanos que surgiram intrínsecos as condições naturais. A partir disso a cidade de Cametá no Pará será analisada como uma Paisagem Cultural, visto que, o espaço da frente da cidade se caracteriza como fruto das dinâmicas de um municipio que possui seu acesso condicionado pelo Rio Tocantins, sendo assim, constrói um cais acompanhado de feições históricas, naturais e culturais que identificam Cametá e sua significação para a comunidade. Além de utilizar a Paisagem Cultural como leitura patrimonial na região amazônica, já que as condições do bioma favorece paisagens resultantes de trabalhos conjuntos entre corpo social e natureza.
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ANA PAULA SANTOS DE AVIZ
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O PROCESSO DE ACAUTELAMENTO PARA BENS CULTURAIS IMATERIAIS NA AMAZÔNIA: A MARUJADA DE DOIS SANTOS E SUAS DIMENSÕES SOCIOCULTURAIS E POLÍTICAS.
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Data: 20/11/2023
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O Patrimônio Cultural Imaterial, ora compreendido pelas formas de expressão da diversidade cultural e da criatividade humana, reflete as identidades culturais dos diferentes povos e grupos sociais no mundo inteiro. Neste trabalho ele será analisado a partir das dinâmicas socioculturais e políticas da Marujada de Dois Santos de Tracuateua-Pa. Compreendida como uma manifestação cultural festiva de aspectos sagrados, com descendência africana que acontece em diversos municípios situados no nordeste da Amazônia Paraense. Esta cultura é transmitida ao longo dos anos pela oralidade, dança e saberes tradicionais, construindo assim a memória e a identidade do povo tracuateuense. Como objeto de estudo científico, a Marujada de Dois Santos se apresenta nas formas de resistência, conhecimentos locais, versando sobre os temas de Patrimônio, Políticas cultural, Turismo e Decolonialidade. O objetivo deste trabalho é discutir a inserção da Marujada de Dois Santos de Tracuateua, no processo de identificação para o Registro da Marujada de São Benedito de Bragança-Pa, que tem o IPHAN como órgão responsável. Para tanto, os resultados estão divididos em dois artigos, no primeiro são identificados e analisados os aspectos materiais e imateriais da Marujada de Tracuateua e examinadas as relações de ensino e aprendizagem dessa comunidade. O segundo artigo, discute os papéis dos órgãos públicos - prefeitura local e IPHAN, destacando especialmente o olhar da comunidade sobre processo de Registro do Patrimônio Imaterial. Os métodos de pesquisa utilizados incluem a análise da literatura bibliográfica, pesquisa de campo e observação participante, realizada durante os anos de 2022 e 2023.
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ROSENY RODRIGUES MENDES DE MENDONCA
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MUSEALIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO AMAZÔNICO E A ORGANIZAÇÃO DA COLEÇÃO ETNOGRÁFICA DO MUSEU EMÍLIO GOELDI NO PERÍODO DE 1960 A 2020.
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Data: 27/10/2023
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O processo de musealização de objetos etnográficos surgem nos Museus Brasileiros através das “práticas museais” em que eram “coletados” de seus locais de origem e passavam a ter novos significados no espaço museal. O objetivo dessa pesquisa é investigar o protagonismo feminino na organização e curadoria da Coleção Etnográfica Reserva Técnica Curt Nimuendajú do Museu Goeldi, nas últimas décadas, trazendo uma contribuição para o fortalecimento do conhecimento construído por mulheres no processo museológico brasileiro. Visando compreender esse processo, trazemos para reflexão as perspectivas de Cláudia Leonor Lopez Garcés, Ivelise Rodrigues, Lucia Hussak van Velthem e Suzana Primo dos Santos Karipuna, que são as primeiras mulheres a atuarem na Coleção a partir da década de 1960, rompendo assim com a predominância científica patriarcal. Não queremos traçar hierarquias na musealização de um dos museus mais antigos do Brasil, mas sim ampliar e aprofundar o diálogo intercultural nos Museus Etnográficos, sob a perspectiva da atuação de mulheres no mundo da ciência, uma vez que no período analisado, de 1960 a 2020, a força de trabalho principal de atuação no acervo, é de mulheres. A história das coleções e do colecionismo precisa buscar novas perspectivas, destacando a percepção feminina no espaço museal, para compreendermos que essa trajetória precisa de novas narrativas ou até mesmo ser (re)contada no Brasil.
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BIANCA DA COSTA MONTEIRO
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Análise do instrumento de proteção do Patrimônio Natural à luz da Decolonialidade: Portaria No 127/2009 do Iphan.
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Data: 27/10/2023
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Esta pesquisa pretende analisar a influência da Universalidade da Cultura Europeia na construção do Patrimônio Natural, bem como refletir sobre o caráter Pluriversal de interpretação proporcionado pela Portaria nº 127/2009 do IPHAN. Partindo da premissa de que o contexto de pluralidade amazônico proporciona novas perspectivas e compreensões; tendo como problemática o cenário conflitante de degradação da atual relação entre o ser humano e o ambiente natural. Para isso, utilizou-se o método analítico, com o auxílio do Pensamento Decolonial e Desobediência Epistêmica, para identificar de forma crítica as Universalidades e Colonialidades de Poder, para enfim refletir sobre a perspectiva Pluriversal nas proteções, ou seja, a Portaria nº 127/2009 do IPHAN.
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OTAVIO VINHOTE FIGUEIRA
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O PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO MUSEALIZADO NO MUSEU DO ESTADO DO PARÁ-MEP: Análise do gerenciamento e os desafios de extroversão
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Data: 03/10/2023
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O gerenciamento do patrimônio arqueológico musealizado sob a guarda do Museu do Estado do Pará (MEP) tem grande ressonância nos processos de extroversão do conhecimento e pesquisas sobre o referido acervo que guarda consigo valores e significados que expressam modos de vida humana na Amazônia no passado. O gerenciamento desse patrimônio é essencial para a preservação, salvaguarda e comunicação no contexto museológico, o qual foi objeto da análise proposta neste estudo a partir de um diagnóstico dos processos e da literatura sobre o tema para responder a seguinte questão: como gerenciar o patrimônio arqueológico musealizado do MEP de modo a permitir que as pesquisas e conhecimentos produzidos sobre o acervo sejam compartilhados de forma ampla e democrática no processo de extroversão? Pela pesquisa documental, observações participativas na Reserva Técnica de Arqueologia, estudo do referencial teórico, e confrontado as hipóteses levantadas, chegou-se as primeiras conclusões sobre a musealização da arqueologia ocorrida no MEP a partir das origens das coleções e suas formas de aquisição, ou seja, doações, compra, projetos arqueológicos e arqueologia preventiva. O patrimônio arqueológico salvaguardo no MEP pertence ao Sistema Integrado de Museus e Memorias – SIMM, órgão da Secretaria de Estado de Cultura do Pará – SECULT. O MEP é cadastrado como Instituição de Guarda e Pesquisa de Bens Arqueológicos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e sua Reserva Técnica de Arqueologia recebe materiais provenientes de projetos desenvolvidos pela própria instituição e de arqueologia preventiva, mas no momento não dispõe de áreas de exposição do material arqueológico. O gerenciamento de acervo musealizado deve ser pensado além dos procedimentos de salvaguarda e conservação. A instituição museu deve envidar esforços para que seus acervos sejam compartilhados com a sociedade de forma ampla e democrática, inclusiva e acessível, principalmente no processo de extroversão. O MEP é um agente de gestão e receptor de patrimônio arqueológico. Por isso precisa de autonomia para gerenciar seus acervos, bem como sua política de aquisição e possuir um plano de gestão de arqueologia como componente primário dos processos de gerenciamento a começar no campo.
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MESSIAS BEZERRA BARBOSA
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ESQUADRIAS EM FACHADAS NAS EDIFICAÇÕES HISTÓRICAS DE BELÉM / PARÁ: DOCUMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DAS TIPOLOGIAS TRADICIONAIS E NOVAS INSERÇÕES
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Data: 29/09/2023
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As esquadrias são elementos componentes das edificações com funções de proteção, vedação, acesso, iluminação e ventilação dos ambientes. As edificações históricas apresentam diversas tipologias de esquadrias que representam sua trajetória construtiva e estilística bem como as transformações sofridas no tempo. A perda das esquadrias contribui para o empobrecimento do acervo arquitetônico e urbanístico das cidades. Com o objetivo de documentar e avaliar as tipologias de esquadrias tradicionais e novas inserções nas fachadas das edificações históricas esta pesquisa inventariou 306 edificações no primeiro núcleo de ocupação da cidade de Belém (Pará, Brasil), no bairro da Cidade Velha e investigou o uso de madeiras (angelim, ipê, maçaranduba, sucupira, pracuúba e quaruba) em estado natural, envernizado e pintado e do PVC branco, laminado preto e laminado amadeirado como potenciais matérias para novas inserções. Como métodos, foi aplicada ficha de inventário, levantamento fotográfico para análise de campo e aferição de dados formais e análises laboratoriais das amostras selecionadas de madeiras e PVC submetidas às condições naturais intempéricas por um ciclo de 120 dias e aferições periódicas totalizando 6 medições, com o uso de medidor de brilho, medidor de umidade, balança semianalítica, estéreo-microscópio e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os resultados foram organizados em dois artigos: 1) apresenta a identificação dos padrões tipológicos, materiais construtivos, estado de conservação, morfologia e sistemas de abertura e fechamento das esquadrias tradicionais e inserções, bem como traça a genealogia das esquadrias em Belém (PA); e 2) avalia o comportamento ao intemperismo da madeira e do PVC, constatando-se a perda da camada de proteção das madeiras, a variação de volume acentuada nas amostras sem camada protetiva, o que indica maior presença de umidade e no caso do PVC observou-se que a amostra branca manteve suas características físicas preservadas enquanto as amostras laminadas tiveram descolamento parcial da lâmina adesivada. Ambos os materiais demonstraram qualidades e fragilidades, que podem ser norteadoras na escolha de materiais para as novas inserções de esquadrias em edificações históricas.
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ALLYSON ALLEN LIMA PEREIRA
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SOBRE PRÉDIOS E PESSOAS:Da História à Cripto-História do Patrimônio Edificado da Universidade Federal do Pará.
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Data: 22/09/2023
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A Universidade Federal do Pará foi criada em 2 de julho de 1957, quando os debates sobre respeito, preservação e conservação do patrimônio, embora ainda incipientes, já haviam percorrido um caminho relevante, ao menos desde a assinatura, em 1931, da primeira carta patrimonial. Àquela altura, a Universidade era formada por sete faculdades, que traziam à recém-criada instituição seus prédios-sede, alguns com vultosa história na cidade de Belém, como os casarões das faculdades de Direito e de Medicina. Na década de 1960, a UFPA vivenciou um período de expansão de seu patrimônio, com a construção de prédios e aquisição de imóveis, incluindo palacetes da belle époque, para hospedar faculdades e unidades administrativas, culminando, em 1968, com a inauguração de sua Cidade Universitária. Durante os anos de 1980, a política de interiorização tornou a Universidade multicampi, ampliando sua atuação e presença no estado do Pará. Essa pesquisa, portanto, conta um pouco da história do patrimônio edificado da UFPA em Belém e discute a atuação da Universidade em relação a políticas de conservação e preservação patrimonial. Dialogando com Aloïs Riegl, Salvador Muños Viñas, Eidorfe Moreira, Ernesto Cruz, e à luz dos estudos de Vitor Serrão sobre o conceito de cripto-história, o trabalho está dividido em períodos sociopolíticos, esta pesquisa – cujo resultado tornou-se também um banco de dados iconográfico sobre a Universidade – não se furta a destacar as percepções e vivências dos indivíduos sobre os prédios que fazem e daqueles que fizeram parte da UFPA: adaptados para outros usos ou apagados da paisagem urbana da cidade, pelo abandono ou pela locomotiva impassível da modernidade.
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ANA BEATRIZ SALES MOREIRA
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MATERIAIS ALTERNATIVOS NA SALVAGUARDA DE BENS CULTURAIS: O USO DE RESINA COMPOSTA NA RECONSTITUIÇÃO DO ESMALTE ESTANÍFERO DOS AZULEJOS HISTÓRICOS.
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Data: 25/08/2023
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Atravessando o tempo e as gerações, o patrimônio cultural é uma herança em constante construção. Nele se inserem cenários, pessoas, objetos, costumes, crenças, culturas, memórias, elementos que permeiam o cotidiano. A preservação e restauração de bens culturais é um ofício que carrega consigo a função de resistir, mas que ainda precisa avançar. Os azulejos se inserem nesse sistema à medida que são considerados bens integrados ao patrimônio. São componentes da história, da arquitetura e das heranças coloniais. Nesse sentido, muitos são os problemas encontrados quando se pensa que esses objetos estão sujeitos às ações do clima, umidade, agressões mecânicas, antrópicas e patologias de ordem diversa, inclusive biológica. Os processos de deterioração se concentram sobretudo na interface entre a cerâmica, que é um material poroso, e o vidrado, de constituição amorfa em quase toda sua totalidade. As alterações desencadeadas a partir de então ocasionam o descolamento gradativo da camada vitrificada até o seu completo destacamento. Esta situação se agrava se pensarmos que existem poucas alternativas comprovadamente resistente às intempéries e compatíveis com o material histórico a ser restaurado, para reconstituir a superfície vidrada, o que recai na importância do estudo por materiais adequados para a reconstituição da camada de esmalte estanífero, que é uma das mais vulneráveis e que geralmente apresenta perda. Assim sendo, a partir do diálogo interdisciplinar, o presente trabalho tem por objetivo avaliar o uso de duas resinas odontológicas fotopolimerizáveis no preenchimento de lacunas no esmalte de estanho de azulejos históricos; quanto a compatibilidade de suas características de cor e brilho em relação ao material histórico. Inicialmente foram coletados e avaliados fragmentos do vidrado branco de azulejos históricos portugueses dos séculos XIX e XX para caracterização em microscopia eletrônica de varredura MEV/EDS. Também foram selecionados fragmentos de azulejos com vidrado remanescente para a aplicação de resinas compostas. Foram utilizados dois compósitos resinosos, sendo um nanoparticulado (RCN) e outro nano-híbrido fluido (RCNH). As aplicações foram precedidas de preparo com sistema adesivo fotopolimerizável previamente. Os fragmentos restaurados seguiram para análise em MEV e os resultados mostraram que houve adesão inicial entre as interfaces, evidenciando a transição entre elas. Houve discrepância entre as cores das resinas quando aplicadas no substrato, sendo RCN mais opaca e RCNH mais translúcida. Foi selecionado um corpo de prova para testagem da adesão de pigmentos de restauro em suas superfícies. Os resultados mostraram que houve fixação da pigmentação na superfície resinosa, conforme observado em microscopia óptica. As características de brilho e opacidade das resinas se mantiveram nos pigmentos aplicados. Os estudos indicaram que estas características se aproximam da aparência do esmalte estanífero dos azulejos históricos, o qual corresponde ao objetivo desta pesquisa, e possibilita sua aplicação em condições museológicas. Estudos futuros podem contribuir para melhor compreender o processo de alteração deste material quando exposto às condições climáticas que os azulejos estão sujeitos.
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YASMIN CALDAS MORAES
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AS GRADES DE FERRO DOS SÉCULOS XIX E XX NO CEMITÉRIO NOSSA SENHORA DA SOLEDADE EM BELÉM (PA): UMA ABORDAGEM HISTÓRICA, TECNOLÓGICA E SOCIAL.
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Data: 23/08/2023
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O Cemitério Nossa Senhora da Soledade inaugurado em 1850 na cidade de Belém, PA (Brasil), foi construído após sucessivas epidemias de febre amarela, cólera e varíola assolarem a região. Em sua arquitetura mortuária o Soledade apresenta características de cemitérios monumentais, com túmulos que são obras de arte contendo referências ao período gótico, romântico e neoclássico. As sepulturas possuem diversos elementos de construção em metal, inclusive ricamente decorados, como portões, grades e gradis. A presença das grades metálicas no Cemitério da Soledade reflete a utilização histórica desses materiais, principalmente durante os séculos XIX e XX, quando houve um intenso comércio de importação de peças em ferro fabricadas na Europa para uma Belém vivendo o auge econômico do Ciclo da Borracha, impactando diretamente no desenvolvimento urbano e social da cidade. O Cemitério da Soledade recebeu do IPHAN em 1964 o título de Patrimônio Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do Brasil e no ano de 2023 foi transformado em Parque Cemitério da Soledade. Ao longo do tempo as grades de ferro passaram por um processo de acelerada degradação expostas ao intemperismo do meio ambiente e não recebiam o tratamento de conservação e restauro adequado até o recente trabalho de restauração iniciado em 2022 para as obras de transformação do local em Parque Cemitério da Soledade. Enquanto um espaço de memória, o Cemitério da Soledade possui valores imateriais e materiais, e as grades de ferro são bens integrados de singular valor histórico e artístico, sendo objetos-documentos testemunhos dos avanços tecnológicos da humanidade. Desse modo, a presente pesquisa tem como objetivo geral descrever as grades metálicas do Cemitério da Soledade, compreendendo a sua composição física, química e mineralógica, bem como sua história e percepção na visão pública. A dissertação foi desenvolvida seguindo quatro frentes de trabalho: pesquisa histórica, pesquisa documental, estudo de público e pesquisa tecnológica. A pesquisa histórica se deu por meio de leituras de fontes primárias dos séculos XIX e XX como relatórios governamentais, periódicos e álbuns fotográficos disponíveis nos arquivos e bibliotecas públicas do Estado do Pará, com enfoque na história do Soledade, surgimento e produção de grades metálicas destinadas a sepulturas. A pesquisa documental produziu um inventário dos túmulos do Cemitério da Soledade com grades de ferro, com registros fotográficos e diagnóstico do estado de conservação. O estudo de público, aplicado via questionário digital, teve como propósito compreender a percepção social em relação as grades de ferro do Soledade sob a ótica de teorias do restauro. A pesquisa tecnológica submeteu micro amostras das grades de ferro a análises de MEV/SED e DRX. O trabalho resultou na identificação de 168 sepulturas com grades de ferro, em ferro fundido e forjado, que se encontram em estado de conservação ruim ou péssimo, no entanto, passam por uma ação de restauro desde 2022 até o momento atual. No que tange o estudo de público, conclui-se que a população belenense compreende as grades do Cemitério da Soledade como um bem patrimonial que deveria ser preservado. E a pesquisa tecnológica aferiu que as grades são majoritariamente compostas por Fe e C, por meio dos ensaios laboratoriais foi possível identificar duas regiões nas seções: metal não alterado no interior das amostras e metal alterado nas extremidades. A área de metal não alterado apresenta minerais como grafita e caulinita, e na área de metal alterado se identificam principalmente a lepidocrocita e goethita, típicos produtos de corrosão de materiais ferrosos. Os resultados obtidos com a pesquisa contribuem para a salvaguarda do patrimônio industrial na Amazônia, e podem servir de apoio ao desenvolvimento de ações de conservação e restauro voltadas as grades de ferro do Parque Cemitério da Soledade.
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SONIA REGINA SILVA DO NASCIMENTO
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WALDEMAR HENRIQUE UM MAESTRO DEMASIADO HUMANO: A WEB SÉRIE “AS CARTAS DE WALDEMAR”
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Data: 30/06/2023
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O presente artigo apresenta o resultado da pesquisa acadêmica de mestrado, que foi a inspiração para roteirização e produção audiovisual da websérie “As Cartas de Waldemar”, tendo como conteúdo a história de vida do maestro Waldemar Henrique, por meio de sua memória individual presente em seus arquivos pessoais e escritas de si. Estes arquivos pessoais compõem a Coleção Waldemar Henrique, que se encontra nas dependências do Museu da Imagem e do Som e do Sistema Integrado de Museus e Memoriais, na cidade de Belém do Pará. Traz como discussão a relevância do processo de musealização para conversão dos arquivos pessoais/privados em Patrimônio Cultural, possuidor de valor excepcional e de interesse social.
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SILVANIA DO SOCORRO SALDANHA E SOUSA
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Fotografia e políticas de patrimonialização: gênero e patrimônio na produção imagética do INRC - Marujada Bragantina
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Data: 30/06/2023
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Esta pesquisa tem como tema a produção fotográfica para o Inventário Nacional de Referência Cultural (INRC) como política pública de salvaguarda do patrimônio imaterial, a partir de uma abordagem da perspectiva das questões gênero e protagonismo da mulher na formação da identidade cultural das marujas de São Benedito de Bragança, no estado do Pará. Considerando a complexidade que reside na relação da fotografia com a salvaguarda de bens culturais e que envolve o próprio estatuto documental do objeto fotográfico, as relações sociais com a cultura visual e, principalmente, as relações de poder que atravessam as iniciativas de patrimonialização da memória, a pesquisa propõe investigar de que modo as relações entre fotografia enquanto política patrimonialista, identidade cultural e questões de gênero, no contexto do protagonismo feminino da Marujada de São Benedito, confluem para a salvaguarda deste patrimônio. Este trabalho se desenvolveu a partir da hipótese de que a fotografia é um dispositivo de preservação nato, de caráter reminiscente, tese suportada por teóricos como Boris Kossoy e Phillipe Dubois. O estudo deste tema examina o arquivo fotográfico e o dossiê produzidos no âmbito do INRC-Marujada, executado pela Faculdade de História da Universidade Federal do Pará (FAHIST/UFPA) - Campus Bragança, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O estudo também realiza análises destes dispositivos com as informações constantes da literatura que versam sobre representatividade de gênero nas políticas preservacionistas do Patrimônio Cultural Imaterial (PCI), em conformidade com os dispositivos de organismos internacionais que disciplinam as políticas para o patrimônio. Para tanto, foram consideradas as importantes contribuições acadêmicas de pesquisadores bragantinos, tais como as pesquisadoras Larissa Fontinele de Alencar, Estér Paixão Corrêa, entre outros. Para o estudo das relações entre identidade cultural e representação, o aporte teórico vem das contribuições do sociólogo Stuart Hall. A imersão na análise das imagens fotográficas, e suas características particulares, encontra suporte nas contribuições de Ronaldo Mathias e José de Souza Martins. Todo esse universo é atravessado pelos debates acerca dos conceitos de patrimônio e cultura que serão embasados especialmente pelas construções de Néstor García Canclini, cujas ideias convergem com o viés sociopolítico preconizado por este estudo.
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TAMYRES ASSUNÇÃO DA ROCHA
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O BREGA PARAENSE, AS APARELHAGENS E A CONSTRUÇÃO DE UMA PERCEPÇÃO PATRIMONIAL ALÉM DE SUAS LEGISLAÇÕES
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Data: 29/06/2023
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A presente pesquisa objetiva traçar e problematizar a narrativa de construção patrimonial do brega paraense e das aparelhagens, e a relação entre eles, tendo como ponto de referência a vivência destes bens culturais antes mesmo de suas legitimações por meio legal. Uma vez considerados bens culturais através de leis estaduais sancionadas nos anos de 2021 e 2022, há de se considerar a trajetória destes dois símbolos de identidade regional que por anos foram repelidos por parte da própria sociedade que hoje se vê representada neles. Da mesma forma que é importante pontuar esta transformação de significação social destes bens com o intuito de registrar a fluidez anacrônica e dinâmica da cultura. Por ser um trabalho baseado nas Ciências do Patrimônio Cultural, foi fundamental analisar e interpretar a abrangência da legislação em questão, seus requisitos, suas posteridades após a legitimação de um bem, suas origens e sua comunicação com a atual percepção patrimonial. Esta última, sob um olhar plural, pois dada a vasta complexidade de um bem patrimonial, os enquadramentos da legislação não seriam suficientes para abarcar efetivamente as possibilidades de um bem cultural. Desta forma, esta dissertação pretende analisar a construção da percepção patrimonial de um bem cultural (neste caso o brega paraense e as aparelhagens), antes mesmo de sua consagração enquanto patrimônio através das instituições possuidoras do poder de legitimação, analisando ainda as justificativas apresentadas pelos demandantes. Para isso, se fez necessário a construção da historicidade de ambos os bens de forma investigativa para situar a construção da percepção destes enquanto patrimônios para a sociedade local. Quanto à abordagem metodológica, foram realizadas pesquisa documental, documentação fotográfica, entrevistas e observação simples, com base na vivência. Esta pesquisa é construída considerando as vozes que fomentam e se identificam com o brega paraense e com as aparelhagens e suas articulações estendidas sobre suas práticas culturais, em diálogo com a pesquisa bibliográfica que, também como procedimento metodológico, sustentou a base teórica do trabalho, oferecendo suporte para as discussões a respeito da legislação patrimonial, da memória, da temporalidade e, em contexto pandêmico provocado pela pandemia da Covid-19, das intermediações tecnológicas nas práticas culturais. O texto é trabalhado com fotografias que auxiliam na construção visual e criação de acervo imagético a respeito do tema, sendo importante para constituir registro destes bens culturais.
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VALBECI ALVES CABRAL
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DO DOCUMENTO DA CIDADE Á CIDADE DOCUMENTO: A PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO EM UMA CIDADE RIBEIRINHA DA AMAZÔNIA DESAFIOS ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS DE PRESERVAÇÃO E PROMOÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO-CULTURAL NA CIDADE DE CAMETÁ-PA.
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Data: 29/06/2023
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Este trabalho tem como como objetivo geral: analisar, a partir da produção do espaço urbano as políticas públicas de valorização do patrimônio na cidade de Cametá-PA, declarada Patrimônio Histórico Nacional em 1986 pela Lei 7.537 entendida como um espaço ribeirinho da Amazônia. Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo onde foram realizados levantamentos e análises bibliográficas sobre o tema e a área de estudo; pesquisa de documentos referentes ao patrimônio e turismo e trabalho de campo através de entrevistas semiestruturadas, com a preocupação de buscar pessoas e/ou grupos selecionados, a exemplo, de agentes públicos, empresas ou grupo privados e especialistas, que estudaram sobre a cidade e a temática, além de moradores do centro histórico. Verifica-se que Cametá é uma das cidades históricas da Amazônia e que seu processo de formação territorial iniciou ainda no século XVII, possuindo relevante destaque histórico e cultural, como aspectos de sua formação sócio geográfica. Além disso, a pesquisa destaca que é ínfima a preservação do patrimônio histórico-cultural, principalmente em relação ao centro histórico da cidade. O Estado é um agente que intervém no espaço com a elaboração e implementação de ações que visam à preservação, entretanto, no caso da cidade de Cametá, isso pouco se faz presente. Considerando o papel do Estado sempre há personificações das políticas na preservação e valorização do patrimônio. É nesse sentido, que se verifica a relevância desse trabalho, pela possibilidade de trabalhar a Educação Patrimonial, estimulando o resgate da memória social, histórica e geográfica de Cametá, além de chamar a atenção do poder público para a importância da preservação do patrimônio existente.
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MARTHA DO SOCORRO LIMA DE CARVALHO
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O PATRIMÔNIO ALÉM DOS OLHOS: O UNIVERSO DO AQUÁRIO JACQUES HUBER DO MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL.
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Data: 23/06/2023
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Entre as formas de comunicações nos museus, temos as exposições que consolidam a relação do indivíduo com sua história, constroem memórias,auxiliando no fortalecimento das relações sociais, por tanto, é importante e de direito que todas as pessoas possam usufruir dos museus e suas narrativas. Porém essa realidade é diferente para pessoa com deficiência visual e baixa visão. Ocorre que nesses espaços, mesmo que alterado as diversas barreiras (arquitetônica, atitudinais, etc.), estes públicos são prejudicados, já que a comunicação numa exposição é compreendida principalmente como uma linguagem visual. Diante disso, o objetivo deste trabalho é analisar como se dá a comunicação do patrimônio presente no aquário Jacques Huber (AJH) no Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), o mais antigo do Brasil, especificamente para pessoas com deficiência visual – PCDV. Para tal, foram realizadas: 1) entrevistas com questionários in loco com 9 pessoas de diferentes faixas etárias, com deficiência visual total e parcial e 2) Entrevista com o curador Dr. Hóracio Higuchi da exposição Baleia à vista do Aquário Jacques Huber (AJH). O resultado foi apresentado em um artigo que aborda a realidade desafiadora nos ambientes das exposições museológicas, quanto a torná-las acessíveis a todos, considerando a realidade complexa da relação entre as diferentes barreiras
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ANGELINA LOBATO GONÇALVES
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SÍNTESE E UTILIZAÇÃO DE EMPLASTRO DE CAULIM, A PARTIR DE UM RESÍDUO DA AMAZÔNIA, PARA EFETUAR LIMPEZA QUÍMICA DE CANTARIAS DE ROCHAS CARBONÁTICAS
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Data: 22/06/2023
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A formação de um produto economicamente benéfico e ecologicamente viável para ser utilizado na limpeza química de cantarias de rochas carbonáticas constitui a proposta sumária desta pesquisa. A conservação de bens culturais da região amazônica precisa estar diretamente relacionada com as características da região. Os monumentos culturais são diariamente expostos ao intemperismo, o que ocasiona alteração nas suas superfícies, com a formação de materiais inorgânicos (depósito de aerossóis) e orgânicos (colonização biológica). Assim, a partir da utilização de um material de baixo valor econômico, um resíduo de caulim, buscou- se a reformulação do emplastro de bentonita elaborado pelo professor Mário Mendonça de Oliveira, e sua aplicação em superfícies que apresentem as mesmas características físico- químicas dos bens materiais pertencentes ao patrimônio cultural. E dessa forma avaliar possíveis alterações no aspecto ou na estrutura do lioz. Para tanto, foram avaliadas a influência de algumas variáveis, como tempo de aplicação do emplastro (7, 14 e 21 dias) e a concentração dos argilominerais utilizados, resíduo de caulim e bentonita. A metodologia experimental foi dividida nas etapas a seguir: tratamento inicial do resíduo, que foi quarteado e colocado em estufa a 100oC por 4 horas, e mecânico, para aumentar a reatividade do material; quantificação e pesagem dos reagentes, resíduo de caulim, bentonita, etilenodiamina tetra-acético (C10H16N2O8), bicarbonato de sódio (NaHCO3), ácido acético (CH3COOH) e água (H2O); limpeza húmida da rocha utilizando H2O e sabão; síntese, aplicação na rocha e remoção do emplastro de caulim. Ao longo da pesquisa foram empregadas as técnicas de análise, Difração de Raios-X (DRX), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Análise Térmica, Microcopica, de Brilho e de Cor, para caracterizar os materiais de partida, os produtos formados e as alterações produzidas na superfície da rocha. O DRX do resíduo de caulim demonstrou que este é constituído essencialmente por caulinita, pois, apresenta dois picos principais do argilomineral (Kln) e elevado grau de ordem estrutural da caulinita. A difratometria da bentonita apresentou picos característicos de Montmorilonita, principal constituinte da argila bentonita, com uma distância interplanar de 14,7 Å (6o 2θ). As imagens do MEV e os gráfico da análise térmica diferencial (ATD) e gravimétrica confirmaram os dados dos DRX para os materiais de partida. Os resultados da quantificação de brilho no lioz apresentaram que para o ângulo de 60o, antes da limpeza por via húmida, as superfícies apresentaram um comportamento uniforme em relação ao brilho, variando entre 0,30 e 0,50 ub (Unidades de Brilho = Gloss Unit). O tratamento estatístico dos dados mostrou que as medidas de tendência central apresentaram valores iguais e as de dispersão foram uniformes.Houve um aumento dos valores de brilho, após a limpeza com água e sabão, em todas as faixas estudadas. Nas faixas de aplicação do emplastro de 100% caulim ocorreu uma elevação do brilho, para os tempos de 7 e 14 dias. A nível estrutural, verificou-se que não houve modificação do material, o que demonstra que a nível molecular não há absorção de moléculas de sujidade. As análises micrográficas demonstraram que todas as amostras conseguiram remover sujidades superficiais do lioz, sendo a amostra branca a mais satisfatória dentre estas.
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THAINÁ THAIS SILVA OLIVEIRA
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OS CORETOS METÁLICOS DOS SÉCULOS XIX E XX EM BELÉM DO PARÁ: DA HISTÓRIA À CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS E PROCESSOS DE ALTERAÇÕES
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Data: 15/06/2023
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Em Belém (PA) encontram-se vários exemplares da arquitetura do ferro originada na Europa a no século XIX. Em meio a diferentes tipologias arquitetônicas, a cidade importou um conjunto expressivo de coretos entre meados do século XIX e início do XX. Apesar de serem testemunhos de épocas e contextos localmente e mundialmente importantes, enfrentam diversos desafios de preservação agravados pela insuficiência de estudos. Atualmente, o conhecimento acerca dessas construções é restrito a informações históricas incompletas e descrições visuais, desconsiderando aspectos construtivos e simbólicos e o entendimento dos materiais e seus processos de alterações. A compreensão aprofundada sobre esses edifícios é imprescindível para que sejam realizados processos restaurativos baseados cientificamente e em concordância com os princípios da conservação e restauração. Desse modo, o objetivo principal dessa pesquisa é investigar aspectos históricos, arquitetônicos, perceptivos e materiais dos coretos de metálicos de meados do século XIX e início do século XX em Belém. Com esse propósito, os objetivos específicos são: a) traçar o histórico destes edifícios; b) documentar e compreender suas características construtivas; c) delinear transformações e permanências e identificar valores patrimoniais; d) realizar a caracterização física, química e mineralógica de ligas metálicas e produtos de intemperismo. Os oito coretos abordados nesse estudo estão localizados em três praças do centro histórico de Belém: Praça da República, Praça Batista Campos e Praça General Magalhães. Este trabalho foi dividido em duas etapas: pesquisa histórico-documental e pesquisa tecnológica. A primeira foi realizada em fontes primárias, empregou métodos de levantamento físico-cadastral e utilizou da aplicação de questionários presenciais e online. A segunda etapa consistiu na realização de ensaios laboratoriais: Microscopia Eletrônica de Varredura - Sistema de Energia Dispersiva (MEV- SED) para a caracterização física e análise química pontual e Difratometria de Raios-X (DRX) para a análise mineralógica. Os resultados, apresentados em três artigos, são: 1) detalhamento de origem, datação e soluções arquitetônicas; 2) reafirmação da significância cultural, identificação de valores patrimoniais e aplicação limitada dos princípios teóricos; 3) identificação de ligas ferrosas, tipos de corrosão e estado de conservação dos revestimentos. Esses dados serão subsídios fundamentais para futuras ações restaurativas ao destacarem a singularidade de cada estrutura, prover bases ao alinhamento da prática às demandas da sociedade e contemplar as particularidades materiais dessa ocorrência arquitetônica através de análise científicas.
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FILIPE DE SOUSA MIRANDA
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ACESSO DEMOCRÁTICO E PROTEÇÃO DE DADOS: desafios para a preservação do acervo arquivístico da Comarca de Bragança-PA do período de 1964-1985
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Data: 13/06/2023
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A edição da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em 2018, trouxe consigo a necessidade de adaptação das práticas arquivísticas às normas nacionais de proteção de dados pessoais. O referido diploma legal agrega novos elementos ao debate que aponta os espaços que custodiam documentos de arquivo de preservação permanente, como lugares sob os quais incide o direito à privacidade, para além do direito à informação. Diante disso, a presente pesquisa objetiva estabelece um protocolo de acesso que possibilite a difusão do acervo arquivístico produzido e reunido pela Comarca de Bragança-PA, entre os anos de 1964 a 1985, sem transgredir o princípio da inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem dos indivíduos que possuem relação com os dados e informaçõespessoais registradas nos documentos. Esta se caracteriza como uma pesquisa-ação, cuja metodologia está pautada em: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, realização de entrevistas estruturadas e desenvolvimento do protocolo de acesso. Tendo como objeto de estudo um dos únicos conjuntos documentais existentes na cidade de Bragança-PA que se referem ao contexto da ditadura civil-militar, o trabalho oportuniza a construção de um olhar mais transparente sobre esse período, sobretudo, no que tange à atuação do Poder Judiciário estadual.
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DANIELA DE OLIVEIRA SENNA
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O LUGAR DA MULHER NEGRA NO MUFPA: GÊNERO, RAÇA E MUSEOLOGIA EM UM MUSEU UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA.
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Data: 31/05/2023
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Os estudos que se destinam a análise da relação entre gênero, raça e patrimônio tem se intensificado. Eles crescem como resposta a uma demanda social que objetiva dar visibilidade a sujeitos históricos excluídos das narrativas e discursos oficiais e indicam a relevância dessa reflexão, sobretudo nos museus. É no museu, patrimônio histórico e cultural, que se procura vislumbrar a mulher negra. Em parte, porque o patrimônio tem sido legitimado por elites atadas a herança eurocentrista, ocidental e patriarcal, cenário que convida e desafia a novas propostas investigativas. Também, porque ao tentar a interlocução com inquietações semelhantes, percebe-se que a agência das mulheres negras enquanto sujeitos históricos e produtores de cultura tem sido invisibilizada e/ou negada. As lentes investigativas se voltaram para um museu em particular, o Museu da Universidade Federal do Pará - MUFPA. O objetivo geral é analisar o lugar que a mulher negra ocupa no MUFPA. Para tanto, do ponto de vista da perspectiva metodológica analítica considera-se a importância da abordagem interseccional, dos estudos decoloniais e das contribuições da sociomuseologia, uma vez que, esta promove uma interlocução entre a museologia social e os estudos de gênero. As conclusões do estudo são esperançosas, o campo mostrou que tem se intensificado a relação entre a negra e o museu, posto que, há mulheres na gestão, na curadoria, expondo, mulheres em movimento, mulheres preenchendo os lugares, realizando oficinas, feiras, palestras, seminários, ocupando espaços museais, constituindo suas próprias narrativas, contudo, é preciso nomear essas mulheres, dar maior visibilidade aos seus protagonismos.
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