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EDUARDA RABELO RAMOS
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Percepções das pessoas idosas sobre os serviços de atenção básica em saúde pública da Vila Santo Antônio do Prata
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Data: 13/09/2024
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A população idosa constitui a maior demanda aos serviços de saúde, com tendência a acentuar esse fluxo, em razão do crescimento da longevidade no contexto brasileiro, à similitude de outros países, de modo que as distinções socioeconômicas e de acesso a atenção básica em saúde podem influenciar diretamente na frequência de utilização desses serviços por essa parcela da população. O estudo teve como objetivo compreender quais as percepções das pessoas idosas sobre os serviços de atenção básica em saúde pública na Vila Santo Antônio do Prata/Pará, utilizando uma abordagem qualitativa com procedimentos descritivos e exploratórios com uso de observações, entrevistas e questionário adaptado sobre os domínios de Responsividade. Os resultados apontaram ineficiências na maioria dos domínios, tais como dignidade, comunicação, agilidade e infraestrutura, observados nos serviços oferecidos pela Unidade Básica de Saúde dessa localidade, fazendo-se necessário a organização e eficácia de políticas públicas para a elaboração de estratégias que atendam as pessoas idosas da Vila Santo Antônio do Prata de maneira a garantir seus direitos e a Humanização em saúde. Neste sentido, inferiu-se sobre a necessidade de ações políticas municipais personalizadas, que resgatem a historicidade da saúde e seus reflexos na população idosa local, a fim de reafirmar suas identidades e garantir um atendimento biopsicosociocultural, além de revelar a importância de divulgar e conscientizar esse grupo etário quanto aos direitos e deveres registrados no Estatuto da Pessoa Idosa, de maneira a associar três áreas relevantes na construção social: educação, saúde e assistência social.
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TIAGO JOSE DA SILVA TABAYARA
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MEMÓRIAS, ETNOCONHECIMENTO: diálogos com estudantes sujeitos da EJAI rural em Cipoal e Vila Modelo, São Francisco do Pará/Pa
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Orientador : MARCOS CESAR DA ROCHA SERUFFO
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Data: 09/09/2024
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O estudo investiga a interação entre a Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI) e o etnoconhecimento nas comunidades rurais das vilas Cipoal e Modelo, no município de São Francisco do Pará. A investigação é fundamentada na análise das memórias coletivas e das narrativas orais de estudantes sujeitos que retornaram à escola após períodos de não oportunidade educacional, revelando as complexas relações entre saberes tradicionais e conhecimentos escolares. A pesquisa foi conduzida por meio de entrevistas narrativas com 8 (oito) sujeitos da EJAI, selecionados após um levantamento inicial com 20 (vinte) participantes interessados. A técnica de análise de conteúdo categorial, conforme Bardin (2009), foi empregada para extrair e categorizar as unidades de sentido a partir das unidades de contexto. As categorias analíticas foram formuladas a priori, baseando-se nos objetivos da pesquisa e no roteiro de perguntas, enquanto as subcategorias emergiram a partir dos discursos dos participantes. Os resultados mostram que a EJAI, quando contextualizada cultural e historicamente, atua como um meio de transformação social, integrando o etnoconhecimento acumulado ao longo de gerações ao currículo educacional. A análise das narrativas revela que a memória coletiva e os saberes tradicionais são essenciais para fortalecer a identidade coletiva e individual dos estudantes, bem como para promover um currículo que valorize as especificidades culturais, assim como valorização de saberes ancestrais que contribuem para a ressignificação do processo educativo. Além disso, o estudo aponta para a necessidade de um maior reconhecimento institucional das memórias e dos saberes tradicionais no contexto da EJAI, enfatizando a importância de políticas públicas inclusivas, como a construção do Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação na Educação de Jovens e Adultos, como uma política essencial para enfrentar o analfabetismo no Brasil, cuja taxa ainda afeta milhões de brasileiros. Por fim, a dissertação garante a integração dos saberes locais ao currículo da EJAI e destaca a relevância da memória coletiva na construção da identidade comunitária. A pesquisa conclui que a educação deve caminhar na direção de um diálogo mais profundo entre conhecimento formal e tradicional, reconhecendo e valorizando a diversidade cultural dos estudantes. O avanço para uma sociedade mais justa e equitativa depende da implementação de práticas pedagógicas que respeitem e integrem as especificidades culturais e históricas dos estudantes sujeitos da EJAI, visando uma educação mais inclusiva, crítica e emancipatória.
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MARCIA SOUTO DA SILVA
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ANÁLISE DA ANCESTRALIDADE E IDENTIDADE CULTURAL EM NOVA TIMBOTEUA - PARÁ
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Data: 05/09/2024
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O processo de povoamento do município de Nova Timboteua, no estado do Pará remonta a quatro origens ancestrais, que são: os povos originários, os europeus, os afrodescendentes e os nordestinos, representando respectivamente, as antigas ocupações territoriais da região bragantina; o contato com os estrangeiros; a utilização de mão de obra escravizada, e por último, o grupo que viria a trabalhar na abertura da Estrada de Ferro Belém-Bragança. A carência de documentação escrita e de fontes bibliográficas que tratem da temática da origem de Nova Timboteua ocasiona um apagamento das relações sociais, culturais, econômicas, políticas e ambientais referentes a essas diversidades de ocupação. Dessa maneira, essa pesquisa instaura sua relevância acadêmica, que busca dar visibilidade aos diferentes grupos sociais e, ao mesmo tempo, estimula a elaboração de diretrizes para o inventário cultural de Nova Timboteua, referentes aos diversos bens patrimoniais de cunho material, imaterial e natural que ainda não foram devidamente apropriados pelas comunidades locais. Neste sentido, objetiva-se contribuir com a disseminação das heranças deixadas pela miscigenação na Região Bragantina do Pará, interpretando os aspectos culturais, históricos, sociais e econômicos que contribuíram para a expansão urbana da cidade. Os procedimentos metodológicos incluem pesquisa documental, bibliográfica e de campo. Os resultados sugerem que, embora não haja registro escrito de populações originárias ocupantes das terras de Timboteua (Nova e Velha), vestígios arqueológicos, tais como, terra preta arqueológica (TPA), lâminas de machados de rocha e artefatos cerâmicos, comprovam essa presença. O mapa de Curt Nimuendaju (1944) também é uma fonte iconográfica (linguística) a respeito dos grupos indígenas que povoavam a região. Outras referências das diversidades do patrimônio cultural são os instrumentos de pesca, a dança (carimbó), bem como os hábitos alimentares e os usos de plantas medicinais e de palmeiras de frutos comestíveis, que também reforçam isso. Existe ainda um elemento identitário importante para a cidade, que popularmente está relacionado à Festa do Mingau, realizada desde 1985, sendo reconhecida como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Pará a partir de 2013.
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ALESSANDRO DOS SANTOS CAVALCANTE
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CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DA PESCA ARTESANAL NA RESEX MARINHA ARAÍ-PEROBA (PA)
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Orientador : ROBERTA SA LEITAO BARBOZA
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Data: 30/08/2024
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A pesquisa realizada na Reserva Extrativista Marinha Araí-Peroba, no Pará, teve como objetivo caracterizar socioeconomicamente as famílias pescadoras, avaliar sua resiliência financeira e investigar a percepção sobre a gestão pesqueira. Os dados foram coletados entre março e julho de 2022 em 11 comunidades, totalizando 293 entrevistas. A coleta foi realizada através do Programa Pesca para Sempre, implementado pela Rare Brasil, utilizando um formulário eletrônico que abrangeu tópicos como demografia, subsistência, pesca, resiliência e capital social. Os resultados indicam que a pesca artesanal é a principal fonte de renda, representando 74,7% do total familiar, mas 42,7% dos entrevistados relataram uma diminuição significativa na captura nos últimos dois anos. A pesquisa revelou que a dependência exclusiva da pesca expõe as comunidades a riscos socioeconômicos, especialmente diante de variações ambientais e econômicas. A diversificação das fontes de renda, é apontada como estratégia essencial para aumentar a resiliência econômica. Além disso, a pesquisa destacou a divisão de trabalho por gênero, com homens predominando na captura e mulheres no beneficiamento do pescado. Valorizar o papel das mulheres e promover a igualdade de gênero são fundamentais para melhorar as condições de vida das comunidades. O estudo também evidenciou a importância do capital social, mostrando que a confiança mútua e a cooperação são cruciais para práticas de manejo sustentável. Conclui-se que uma abordagem integrada e multidimensional, que valorize o conhecimento local, promova a inclusão financeira e fortaleça o capital social, é essencial para a gestão sustentável dos recursos pesqueiros na RESEX Araí-Peroba.
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ADRIANO VAZ DE ALMEIDA
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MINERAÇÃO DE DADOS EDUCACIONAIS: DEFINIÇÃO DO PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS ESTUDANTES DOS CURSOS DE COMPUTAÇÃO DA UFPA
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Orientador : YOMARA PINHEIRO PIRES
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Data: 29/08/2024
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No contexto educacional contemporâneo, a investigação de variáveis relacionadas às diferenças socioeconômicas entre estudantes do ensino superior é fundamental para compreender os fatores que influenciam o sucesso acadêmico, no entanto, análise de grandes bases de dados em busca de informações úteis é uma tarefa desafiadora. Neste estudo, realizou-se uma análise exploratória do perfil socioeconômico dos discentes dos cursos de Engenharia da Computação (EC) e Sistemas de Informação (SI) da Universidade Federal do Pará (UFPA), utilizando a Mineração de Dados Educacionais (MDE) em bases de dados públicas disponibilizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) , referentes ao Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) realizado em 2019 e 2021. Foram utilizados um total de 263 registros, sendo 138 de EC e 125 de SI. O objetivo é diagnosticar e compreender as características socioeconômicas desses estudantes, bem como identificar os fatores intra e extraescolares que podem influenciar a permanência e conclusão dos referidos cursos de graduação. A metodologia adotada envolve a MDE como um processo de descoberta de conhecimento em bases de dados. Entre as informações processadas, verificou-se a predominância do gênero masculino; pardos (as); idade entre 24 e 26 anos; não receberam auxílio permanência e nem bolsa acadêmica; não trabalham e não tem renda; residem e dependem financeiramente dos pais; e cursaram todo o ensino médio em escola pública.
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FRANCIORLIS FREITAS VIANA
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TURISTA E VAGABUNDO: ADAPTAÇÕES DA CULTURA EM VILAS DE MAIANDEUA – ALGODOAL E FORTALEZINHA
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Data: 13/08/2024
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Turista e Vagabundo: Adaptações da cultura em vilas de Maiandeua – Algodoal e Fortalezinha, é uma pesquisa realizada em Maiandeua, uma ilha brasileira, na Amazônia, situada no litoral do nordeste paraense, e possui uma extensão aproximada de 23 KM² hectares, com aproximadamente 2.000 moradores. Maiandeua é composta por quatro vilas principais, e outros pequenos núcleos habitados. Das quatro vilas, analisaremos as duas que são influenciadas pelo turismo de massa: Fortalezinha e Algodoal. Maiandeua, ancorada nas vilas de Fortalezinha e Algodoal, é um dos pontos turísticos mais importantes do Pará, e que passa por consideráveis transformações infraestruturacionais, ambientais e socioculturais. Apresente pesquisa se debruça sobre as modificações sofridas no âmbito da identidade cultural de Maiandeua, em particular, das vilas mencionadas; uma análise a partir da ideia-base de Zygmunt Bauman acerca da metáfora “Turista e Vagabundo”, presentes no livro O Mal-estar da pós-modernidade. Interessou para a pesquisa avaliar, a partir do diálogo de saberes, até que ponto a interação entre os turistas e os moradores têm gerado uma tensão semelhante à descrita por Bauman, com consequências para a identidade cultural: as adaptações da cultura local como um mecanismo de fidelização do turista e incremento do processo de turistificação. Desta forma, a pesquisa pretende colaborar para a conscientização de ambos os atores (turista e vagabundo) sobre seus potenciais efeitos na identidade cultural de Maiandeua, e, por tabela, em outras localidades com características semelhantes.
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ANDRETTA DE PAULA MARTINS
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GASTRONOMIA SOCIAL: A COZINHA REGIONAL PARAENSE ALIADA À GOURMETIZAÇÃO PARA O EXERCÍCO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL.
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Data: 12/08/2024
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O presente trabalho versa sobre uma área muito recente e ainda pouco explorada da gastronomia: A gastronomia social. Busca-se investigar aqui como a cozinha regional e o que é considerado gourmet podem ser utilizados para o exercício da responsabilidade social por meio da Gastronomia social. Para responder ao problema de pesquisa a obra foi dividida em três capítulos, o primeiro, intitulado “Pizza de camarão com jambú: gastronomia local e a gourmetização” aduz conceitos sobre a cozinha regional, sobre o fenômeno da gourmetização, e como se pode perceber esses elementos na cozinha paraense; o segundo, intitulado “O baião que deu certo: A cozinha nordestina no exercício da gastronomia social” discorremos sobre a gastronomia social e caminhamos para discutir algumas iniciativas em Fortaleza/Ce; encerramos com o terceiro capítulo intitulado “A receita da responsabilidade social” falando sobre responsabilidade social e as iniciativas no estado do Pará. A pesquisa encontrou acolhimento nos Estudos Antrópicos na Amazônia, na linha de pesquisa Linguagens, Tecnologias e Saberes Culturais na medida em que a gastronomia é um elemento fundamental para existência do homem, e está intimamente ligada as
suas práticas, cultura e modo de viver.
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LELIANE AGUIAR DA SILVA
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NOVO PROJETO A LEITURA QUE LIBERTA À LUZ DA FILOSOFIA DA LIBERTAÇÃO NA UNIDADE DE CUSTÓDIA E REINSERÇÃO DE CASTANHAL
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Data: 12/08/2024
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RESUMO: O presente estudo teve como escopo analisar a prática de leitura voltada para remição da pena, sobre a rubrica do Novo Projeto a Leitura que Liberta, na Unidade de Custódia e Reinserção de Castanhal, à luz da Filosofia de Libertação, proposta por Enrique Dussel, além de buscar compreender a relação entre leitura e liberdade em ambiente prisional. Tal envergadura reporta-se frente à urgência da humanização do sistema prisional brasileiro, que instrumentalizou à leitura nos espaços de privação de liberdade como atividade passível de remição da pena, engendrada pela política de execução penal no Brasil para processo de reintegração social pautada nos direitos humanos. De natureza aplicada, a pesquisa fundamentou-se na abordagem qualitativa, com a aplicabilidade procedimental da pesquisa-ação pedagógica - PAPe, enquanto ferramenta educacional que pressuponha a cooperação participantes e pesquisadores num exercício contínuo entre ação e investigação, que em suas fases usou-se a sequência didática, a pesquisa participantes os quais geraram a produção de poesias de autorias dos leitores privados, e uso questionários, tendocomo sustentáculos para análise dos dados o aporte teórico centrado nos sentidos acerca da propostada filosofia da libertação, de Enrique Dussel, como um contínuo de entendimentos à educaçãolibertadora. Assim, identificou-se que projetos de leituras em ambiente prisional como NPPL, cria impactos significativos na vida leitores privados de liberdade, que passam ampliar suas concepções de liberdade para além da proposição de diminuir a pena, mas que precisa ser desenvolvida como complemento das atividades educacionais como efetiva prática de um direito humano e não como mais um mero mecanismo disciplinar do tempo ocioso dos PLL, cuja a práxis filosófica da Libertação como parâmetros, que além de política, é antes, pedagógica.
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MARIA EDUARDA MATOS DIOMEDES
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MACROINDICADORES QUALITATIVOS DE INCLUSÃO E A ALTERIDADE NA ESCOLARIZAÇÃO DE ESTUDANTES COM TEA
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Data: 08/08/2024
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A presente pesquisa se propõe analisar como ocorre a qualidade de atendimento na educação especial através do emprego de macroindicadores nas dimensões de Estratégia Pedagógica e de Aprendizagem, e ainda, de Gestão Escolar, atenta às relações de alteridade entre os educandos com Transtornos do Espectro Autista (TEA) nas escolas públicas municipais de Castanhal-Pará, visando a educação inclusiva. Com uma abordagem qualitativa e características descritivas e exploratórias. Utilizou-se como procedimento de coleta de dados, a observação e entrevista com o uso de questionários autoadministrados, com a participação de 09 (nove) professores atuantes na sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE) e 07 (sete) gestores. Foi estabelecido um recorte de indicadores qualitativos estruturados em duas dimensões: 1) Estratégias Pedagógicas e de Aprendizagem e 2) Gestão Escolar. Estas dimensões permitiram alcançar a proposição de 10 macroindicadores. Os resultados indicaram que a dimensão 1, está em uma fase iniciante de desenvolvimento, revelando que há uma necessidade de maior suporte inicial e adaptação escolar, mesmo diante da compreensão pelos educadores da valorização e estabelecimento das relações de alteridade na escolarização de alunos com TEA, com a necessidade de uma colaboração mais efetiva e multidisciplinar entre profissionais à oferta aos serviços da saúde. Na dimensão 2, os macroindicadores apontam para indícios de iniciação à implementação das práticas inclusivas, evidenciando a falta de adequação física do ambiente escolar e a necessidade de mudanças na conscientização por parte dos educadores como áreas críticas a serem abordadas. A pesquisa, revela tanto avanços quanto desafios na promoção de uma educação inclusiva para estudantes com autismo, diante de uma crescente no quantitativo de matrículas TEA na rede o que tem acompanhado a realidade a nível nacional, porém há necessidade de um esforço conjunto para garantia de uma educação inclusiva, equitativa e mais atenta as relações de alteridade, onde todos os estudantes possam ter acesso a uma educação de qualidade independentemente de suas particularidades, nas escolas públicas municipais.
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CLAUDIA ALVES BATISTA
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ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 EM ESCOLAS MUNICIPAIS DE CASTANHAL
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Data: 07/08/2024
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A presente dissertação intitulada “Atendimento Educacional Especializado durante a pandemia da Covid-19 em escolas municipais de Castanhal” tem por objetivo conhecer as práticas pedagógicas organizadas pelos professores do atendimento educacional especializado aos estudantes com deficiência em escolas municipais de Castanhal – Pará durante as aulas emergenciais no período da Pandemia da Covid-19 nos anos 2020 e 2021. Os fundamentos metodológicos adotados nesta pesquisa seguem a abordagem qualitativa com base na pesquisa de campo. O levantamento e coleta de informações para este estudo deu-se no período de novembro a dezembro de 2022, por meio de entrevistas e questionários aplicados a nove professores do Atendimento Educacional Especializado e que exercem docência na Sala de Recursos Multifuncionais de três escolas municipais distintas da rede de ensino da cidade de Castanhal – Pará, nos anos letivos de 2020 e 2021. Fundamenta-se em aportes teóricos e em dispositivos legais acerca da educação especial e do atendimento educacional especializado, bem como, fundamentos que sustentam os estudos sobre o período educacional durante pandemia da Covid-19 nos anos 2020 e 2021. O texto está dividido em 5 capítulos, dos quais, os dois últimos trazem os resultados que (co)respondem aos objetivos específicos e ajudam na discussão da questão central deste estudo. As informações coletadas durante o estudo deram suporte para organizar os dados em duas categorias de análises, que deram origem aos capítulos 4 e 5: I As propostas pedagógicas organizadas pelos professores do Atendimento Educacional Especializado durante a pandemia da Covid-19 nos anos 2020 – 2021; II As percepções de professores do Atendimento Educacional Especializado que exercem docência em salas de recursos multifuncionais quanto as possibilidades e dificuldades na organização da prática pedagógica aos estudantes com deficiência durante a pandemia da Covid-19 nos anos 2020 e 2021. Os resultados encontrados nesses capítulos mostram que durante as aulas emergenciais no período da Pandemia da Covid-19, os professores do atendimento educacional, especializado encontraram muitos obstáculos para oferecer um ensino acessível e de qualidade aos estudantes com deficiência. Suas práticas intensificaram-se ora na orientação ora na elaboração direta de atividades adaptadas dos conteúdos de ensino, mas que nem sempre acompanhavam o currículo da turma comum e nem sempre atendiam as especificidades e necessidades educacionais desses estudantes. Nesse período, muitos desses professores não conheceram os estudantes e isso dificultou no momento da elaboração das atividades. Um outro aspecto importante, refere-se à forma como essas atividades eram mediadas em casa e mostra que muitos pais não conseguiam mediar o ensino e desenvolver com qualidade as atividades e recursos pedagógicos que eram enviados aos estudantes. Outros, nem puderam ter acesso aos materiais impressos e/ou não tinham acesso aos dispositivos celulares para acompanharem os materiais em mídia. A esse respeito, o estudo ressalta que a dificuldade, após a elaboração das atividades, dava-se não somente no envio, mas também no retorno dessas atividades, pois a maioria delas não retornavam à escola para correção por parte dos professores das turmas comuns. O estudo aponta, ainda, que os professores das turmas comuns tiveram pouca participação no processo de adaptação dessas atividades, ficando sob responsabilidade dos profissionais de apoio escolar – mediadores ou professores bilíngues ou professores de braille e professores das salas de recursos multifuncionais. Por fim, o estudo destaca questões importantes, as quais incitam a refletir para a importância dos sistemas de ensino investirem em formações e aperfeiçoamentos de professores e demais profissionais da educação quanto ao uso de tecnologias assistivas, da informação e digitais que deem suporte para organização intencional de práticas e estratégias de ensino inclusivas no ambiente escolar, capazes de atender às necessidades diversas dos estudantes, independente de suas capacidades ou circunstâncias, especialmente em tempos de crise, como a que vivemos recentemente
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DORACY LIMA DE SOUSA
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A PESCA COMO FONTE DE SUBSISTÊNCIA ALIMENTAR NA COMUNIDADE QUILOMBOLA NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO- IGARAPÉ-AÇU/PA
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Data: 07/08/2024
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Historicamente no contexto amazônico a pesca artesanal se apresenta como uma das principais fontes de alimento e de renda em comunidades tradicionais. Diante dessa configuração, esta pesquisa aponta a prática de pesca desenvolvida na Comunidade Quilombola Nossa Senhora do Livramento no município de Igarapé-Açu-Pará. No entanto, o objetivo geral foi investigar se os apetrechos e as técnicas de pesca utilizadas pelos moradores da comunidade compartilham a conservação da fonte de subsistência alimentar e os específicos, identificar quais as técnicas de pesca que estão sendo utilizadas na comunidade; registrar possíveis impactos aos recursos naturais devido às técnicas utilizadas na pesca; destacar possíveis impactos sociais e econômicos em detrimento da utilização de técnicas na pesca; Identificar orientações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente-SEMMA Externas às técnicas de pesca dentro da comunidade; citar as intervenções realizadas na comunidade com relação às técnicas de pesca e conservação dos recursos naturais. Metodologicamente, a pesquisa desenvolveu-se no paradigma qualitativo, tem como método o estudo de caso com característica etnográfica e técnicas de coleta de dados, a entrevista semiestruturada e a
observação participante. A composição textual foi dividida em seis seções, com base nos dados encontrados no estudo e fundamentações teóricas. As análises foram construídas no decorrer da investigação por meio das falas dos 15 entrevistados e das observações, na qual indicaram a percepção dos moradores em especial dos pescadores(a) sobre a importância da pesca como fonte de alimento. Os resultados trouxeram a compreensão da prática de pesca na Comunidade do Livramento, com os seus impactos/consequências e a necessidade de intervenções, através de uma concepção empirista que revela os saberes e as experiências adquiridas tradicionalmente, considerando que o território quilombola investigado é um lócus de problematizações, produção, compartilhamento dos saberes-fazeres e acima de tudo de aprendizagens, uma vez que as narrativas apontam para conhecimentos construídos nas relações ecológicas de convivência, que precisam ser levados em consideração para a sustentabilidade dos recursos naturais, sociais, econômicos e culturais da comunidade.
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MARIA DE LOURDES ARAÚJO SOARES
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ALIMENTAÇÃO E CULTURA NA COMUNIDADE TRADICIONAL DE ACHUÍ - SANTA HELENA (MA)
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Orientador : JANICE MURIEL FERNANDES LIMA DA CUNHA
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Data: 17/07/2024
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A literatura sugere que preferências e aversões alimentares persistem geracionalmente e contribuem para a identidade, resiliência e defesa de seus corpos e territórios tradicionais. No entanto, muitos aspectos do uso da fauna cinegética e como fonte de proteína na alimentação carecem de levantamentos básico, em especial de pesquisas realizadas de forma participativa e com protagonismos de membros da própria comunidade. Este trabalho teve por objetivo investigar a diversidade de hábitos alimentares e o uso de pescados e caças no contexto da sociobiodiversidade da Comunidade Quilombola do Achuí, situada no municípoi de Santa Helena, região da Amazônia Costeira Maranhense. Foram utilizadas as metodologias da Etnobiologia por meio de pesquisa participativa, com entrevistas dialogadas e abertas. O estudo evidencio, que a comunidade mantém o uso da diversidade de espécies da fauna local, com importância para alimentação, garantia da saúde, prevenção de doenças, bem como relevante sobre diversos aspectos socioculturais. A comunidade atua na coleta e manejo de fruteiras, sementes, pesca e caça constituindo um sistema socioecológico que se entrelaça com a identidade e diversidade da Comunidade Quilombola Achuí. Desta forma, recomenda-se o monitoramento dos impactos antrópicos históricos na região somados as alterações climática atuais acerca das condições para reprodução física e simbólica da Comunidade Quilombola Achuí, no estado do Maranhão.
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ADRIELLE REGINA FERREIRA MIRANDA
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“ENTRE COSTURAS E BRECHAS DA EMBARCAÇÃO”: HABILIDADES TÉCNICAS DOS CALAFATES NAVAIS DA AMAZÔNIA COSTEIRA (BRAGANÇA, PA)
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Data: 17/07/2024
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A construção de embarcações tradicionais na Amazônia representa uma tradição histórica de grande importância, sendo a calafetagem uma etapa crucial para garantir a flutuabilidade e segurança das embarcações de madeira. Bragança, no estado do Pará, destaca-se como um importante centro de construção naval artesanal na Amazônia e representa um dos principais pólos pesqueiros que impulsionam a construção e manutenção dessas embarcações. Este estudo pioneiro visa compreender as habilidades corporais e gestuais e os processos envolvidos na atividade de calafetagem em Bragança. Para alcançar esse propósito, utilizei metodologias das ciências sociais, como etnografia e observação participante, além das minhas memórias, experiência pessoal e familiar junto aos calafates da minha família. Os calafates se reconhecem como responsáveis pela segurança da embarcação contra a entrada de água, devido às condições marítimas adversas durante a navegação. Suas atividades vão além da calafetagem, propriamente dita, incluindo também a pintura da embarcação. O engajamento dos calafates no processo de calafetagem envolve observações atentas, experimentações, habilidades técnicas sobre as os barcos, madeiras, os produtos, as ferramentas de trabalho. Existe uma diferenciação entre os diversos níveis de habilidades o que resulta na categorização de aprendizes, ajudantes e profissionais. O domínio dos processos, das ferramentas e, principalmente, o reconhecimento pelos calafates profissionais determinam a passagem de categoria. Os calafates são responsáveis pelas etapas de estopamento, emassamento e a pintura da embarcação, que requerem habilidade, sensibilidade tátil e percepção apurada dos calafates. O trabalho do calafate requer bastante atenção e cuidados para evitar acidentes devido às insalubridades inerentes da atividade. Nesse sentido, o calafate, através de seus gestos habilidosos, corporalidades próprias, conecta gerações, preserva tradições e ao mesmo tempo adapta os conhecimentos às demandas
atuais da modernidade. Cada toque e movimento se converte em maestria, culminando no fabrico e na manutenção de embarcações que transcendem gerações, uma verdadeira manifestação do entrelaçamento entre habilidade técnica, corporalidade e história.
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FERNANDO BOSCO DE SOUSA MELO
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DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL E RECOMENDAÇÕES PARA CONSERVAÇÃO E ECOTURISMO COMUNITÁRIOS NO BAIXO TOCANTINS, MOCAJUBA-PA
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Data: 16/07/2024
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Este estudo teve como propósito subsidiar a gestão socioambiental e conservação da sociobiodiversidade no baixo Tocantins, município de Mocajuba-PA. O diagnóstico socioambiental foi realizado por meio de matriz SWOT registrando as forças(s), fraquezas(w), portunidades(o) e ameaças(t) associadas aos usos do solo e à atividades de turismo com mamíferos aquáticos na região. algumas das fraquezas e ameaças registradas incluem: i) a suscetibilidade de acidentes envolvendo botos e embarcações; ii) o desmatamento da vegetação ciliar no rio Tocantins e; iii) a ausência de política de saneamento básico no município de Mocajuba-PA. Apresentamos recomendações de ordenamento do uso do solo, reflorestamento com árvores nativas entre os bairros da cidade, bem como ordenamento da atividade turística de contemplação não invasiva de botos. Recomendamos a criação de Unidade de Conservação como política pública para conservação da sociobiodiversidade local e seus serviços ecossistêmicos. Propomos avaliação de aplicação do Turismo de Base Comunitária para benefício da população local, articulada com a conservação da fauna aquática e a sustentabilidade socioambiental. Este estudo contribui com estratégias de alcance de metas para os ODS 14 e ODS 6 (ONU, AGENDA- 2030).
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JULIANA MARQUES DOS SANTOS COSTA
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EDUCAÇÃO DIGITAL NA AMAZÔNIA PARAENSE: Impactos na empregabilidade dos jovens e o caminho para um Trabalho Decente.
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Data: 28/06/2024
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Em um cenário de acelerado desenvolvimento tecnológico e surgimento de novas formas de trabalho, esta pesquisa tem como objetivo principal investigar, no contexto amazônico, a relação entre o desenvolvimento tecnológico gerado pela 4ª Revolução Industrial e a capacidade do Estado em garantir acesso à educação profissional que forneça as competências e habilidades exigidas para todos aqueles que pretendam alcançar um posto de trabalho digno. Constata-se que, neste novo cenário proporcionado pela inserção da Indústria 4.0, há elevada exclusão e/ou marginalização de jovens que, sem a educação necessária, têm como única alternativa de inserção no mercado de trabalho da Indústria 4.0 submeter-se a postos de trabalho precários, como o trabalho por recrutamento por plataformas digitais. Este contexto é especialmente agravado em relação aos jovens na Amazônia, uma vez que os dados pesquisados demonstram que a região possui indicadores educacionais inferiores em comparação com regiões mais desenvolvidas. Nesse contexto, o presente trabalho reúne informações para enfrentar o seguinte problema de pesquisa: qual é o impacto da falta de acesso à educação digital na região da Amazônia Paraense na empregabilidade dos jovens, especialmente em relação à sua capacidade de escolher trabalhos decentes e evitar o emprego informal e precário? Quanto aos métodos e procedimentos, utiliza-se a pesquisa bibliográfica e documental sobre fontes que abordam o acesso à educação digital e a empregabilidade dos jovens na região Amazônica, como os dados dos relatórios produzidos pelo Observatório Paraense do Mercado de Trabalho (OPAMET) em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), que por sua vez utilizam dados do IBGE, do Ministério da Economia e do Banco Central, além de dados do DIEESE e PNAD. A pesquisa ainda adota uma abordagem etnometodológica, pois se concentra na compreensão das práticas sociais e culturais relacionadas à
educação digital na região da Amazônia Paraense. No que se refere aos resultados obtidos, nota-se que o trabalho é central para uma vida digna, proporcionando compensação financeira indispensável para direitos fundamentais. A falta de educação digital na Amazônia Paraense afeta a empregabilidade jovem, levando a empregos informais e precários, destacando a necessidade de políticas públicas e investimentos em educação digital.
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FRANCISCO JOSE OLIVEIRA DA SILVA
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Estaleiros informais da região das ilhas do municipio de Abaetetuba/PA: relatos de mestres carpinteiros navais sobre as dificuldades na fabricação de embarcações.
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Data: 31/05/2024
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Tendo como perspectiva a importância da carpintaria naval artesanal para a dinâmica socioeconômica e cultural das populações da região das ilhas do município de Abaetetuba, no Pará, pesquisas bibliográficas e de campo foram realizadas com o intuito de buscar compreender quais as dificuldades enfrentadas por mestres carpinteiros dessas regiões. As entrevistas e o levantamento bibliográfico realizados trouxeram informações que permitiram a elaboração de dados estatísticos baseados nos depoimentos dos mestres carpinteiros sobre esses fatores, assim como sobre suas preocupações com o futuro da carpintaria naval. Os resultados revelam que a falta de políticas públicas de valorização do trabalho dos mestres carpinteiros, as constantes ameaças do avanço do capitalismo, através da penetração tecnológica e do surgimento de empresas nacionais e multinacionais, assim como a dificuldade de obter madeira, são citados pelos mestres carpinteiros como alguns dos fatores que ameaçam a existência de estaleiros artesanais nas regiões pesquisadas e que, consequentemente, interrompem a transmissão de saberes às novas gerações na medida em que provocam o desinteresse das gerações atuais em aprender a profissão.
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LANNA FONSECA DE ARAUJO OLIVEIRA
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RELAÇÕES DE ALTERIDADE E LETRAMENTO LITERÁRIO NO CONTO INDÍGENA BRASILEIRO DE DANIEL MUNDURUKU: A PELE NOVA DA MULHER VELHA
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Data: 29/04/2024
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A literatura é indispensável ao ser humano e a partir desta compreensão apresentamos esta dissertação que tem por objetivo refletir acerca das relações de alteridade no conto “A pele nova da mulher velha”, de Daniel Munduruku e sua adaptação para a formação de leitores proficientes no âmbito da educação sensível. Partimos da compreensão de que a necessidade da prática de leitura por meio da literatura é uma realidade latente, uma vez que as narrativas indígenas são ainda pouco utilizadas ou nem sequer apresentadas no contexto escolar, nas práticas de ensino e aprendizagem. Dessa forma, apresentamos como tal obra é permeada de elementos que demonstram sua cultura, identidade e tradição, pois apresenta e inserem-nos em nossa própria história. Assim, objetivamos especificamente: a) evidenciar a alteridade estabelecida no conto em análise, a partir da identidade indígena e de sua rica cultura; b) apresentar e enfatizar o quanto os textos de Munduruku são propícios à reflexão e à análise a partir de uma perspectiva de leitura sensível e c) verificar de que forma estes dois aspectos podem contribuir na aplicação da proposta de atividade a partir de uma Sequência Básica, segundo Cosson (2014). Esta investigação consiste em um estudo teórico-analítico a partir de uma pesquisa bibliográfica propositiva da noção mais ampla da Literatura, perpassando pela alteridade presente na obra estudada, bem como o percurso apropriado para o letramento literário, afunilando à análise do conto indígena de Munduruku (2021) com a perspectiva de uma leitura sensível e humanizadora para formar leitores proficientes, conhecedores da própria história e identidade. Para tanto, ancoramo-nos nos estudos de Candido (1971); Sá (2012); Souza (2015); Bueno (2018; Petit (2009); Lajolo (1993), Bakhtin (2014), Cosson (2014), bem como Munduruku (2021), além de outros autores que são basilares nesta
investigação. Como proposta de um ensino diferente do tradicional realizado com a Literatura em sala de aula, apresentamos a elaboração de uma Sequência Básica a partir do conto indígena de Daniel Munduruku com etapas que partem de um ensino interacionista, em vista da formação de leitores proficientes e ativos, percebendo a leitura como bússola que nos leva ao autoconhecimento e à visão crítica e reflexiva do mundo que nos cerca.
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HELEN BETANIA LOBATO LEAL
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O USO DE PLANTAS MEDICINAIS NO TRATAMENTO DE LESHIMANIOSE TEGUMENTAR NO MINICÍPIO DE SÃO DOMINGOS DO
CAPIM, PARÁ.
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Data: 28/03/2024
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Doenças negligenciadas referem-se a um grupo de doenças que afetam principalmente áreas de extrema pobreza. Muitas vezes essas não recebem a devida atenção e investimento em pesquisa, prevenção e tratamento. A região Norte do Brasil é responsável pelo maior número de casos notificados, em especial o município de São Domingos do Capim. Portanto, a necessidade de compreender quais os meios terapêuticos naturais usados no tratamento das doenças negligenciadas, em especial a Leishmaniose Tegumentar (LT) contribui com dados que resultam em alternativas para aprimorar essas práticas terapêuticas. Portanto, este estudo tem como objetivo avaliar o número de casos positivos da doença em estudo, durante os últimos 5 anos no município, bem como, identificar o uso de plantas medicinais que são mais usadas para o tratamento da LT em indivíduos portadores da doença. Trata-se de um estudo descritivo, transversal e observacional, qualitativo realizado com base na aplicação de um questionário para avaliar as
condições socioeconômicas e estruturais da comunidade estudada. Após informações serem fornecidas pelo setor de Vigilância em Saúde do Município, encontrou-se o total de 06 pessoas positivadas nos últimos 5 anos para LT. Este estudo mostra que os números de pessoas notificadas como positivas para LT no Município de São Domingos do Capim entre 2019 a 2023 são menores quando comparados com outros municípios da região norte, apesar disso o Pará ainda permanece no ranque de um dos maiores estados que mais notificam LT no Brasil. Após, notou-se que quatro pessoas (04) relataram não ter utilizado nenhuma planta medicinal como medida terapêutica, e apenas duas (02) pessoas relataram ter usado alguma planta medicinal no início do tratamento da doença, no entanto as mesmas ainda refeririam que não usaram mais que uma semana, haja vista que não obtiveram bons resultados, e que além disso as plantas utilizadas colaboraram para o agravo dos sintomas. Este estudo mostra que apesar de o Município de São Domingos do Capim ainda contar com um sistema de saneamento básico precário, e alta vulnerabilidade social dentre outros fatores agravantes, a LT teve uma queda significativa em casos notificados pela Vigilância do local. É importante mencionar que, a maioria dos participantes referiram ser muito bem assistidos por esse setor, com tratamentos medicamentosos adequados a patologia. Por isso, a utilização de plantas medicinais como uma alternativa de cura ou tratamento a essa doença foi considerada algo escasso, sendo considerada neste estudo uma prática mais rara a LT.
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LUCIA TELMA SOUZA DOS SANTOS
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PRÁTICAS CORPORAIS E TECNOLOGIAS DIGITAIS, INOVAÇÕES E DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA
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Data: 25/03/2024
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Diante do contexto do isolamento social, ocasionado pela Pandemia da Covid-19, uma nova rotina é inserida na realidade social, e suas interações passam a ser mediados por equipamentos tecnológicos, seja para trabalho ou estudo. Perante os fatos apresentados as atividades corporais, seja escolar ou não escolar passaram por profundas transformações, faz-se necessário investigar como a Educação Física se adaptou ao contexto pandêmico, como as aulas de Educação Física escolar aconteceram? Como as práticas esportivas, recreativas e de promoção à saúde foram realizadas? Nesse sentido, a pesquisa intitulada “ Práticas Corporais e Tecnologias Digitais, Inovações e Desafios para a Educação Física é uma pesquisa de campo descritiva e documental, com um abordagem qualitativa e quantitativa , desenvolvida no município de Castanhal, onde foi analisado os Projeto pedagógicos dos cursos de formação em Educação Física das principais Instituições de Ensino Superior do município, além da aplicação de questionário Google Forms com os professores de Educação Física atuantes, com vínculo na prefeitura municipal, onde compreende duas secretarias: Secretaria de Educação (SEMED) e de Secretaria de Esporte e Lazer ( SEMEL), e os demais professores de Educação Física com vínculo nas principais academias de ginástica do município. O objetivo central do trabalho foi observar o uso de tecnologias digitais e as dificuldades enfrentadas pelos professores de Educação Física no contexto da Pandemia da Covid-19; além de analisar se obtiveram em sua formação inicial que ampare o uso de tecnologias. Os dados são oriundos de informações coletadas junto às secretarias SEMEL e SEMED, professores de Educação Física e academias, por meio de questionários estruturados, elaborados através da ferramenta Google Forms, enviados de forma eletrônica. A análise e correlação dos dados foi quantitativa com o auxílio de planilhas eletrônicas para quantificar a frequência dos dados e elaboração dos gráficos. Assim, conclui que ao analisar o projeto pedagógico dos IES do município que oferta o curso de formação em Educação Física, suas matrizes curriculares conta com apenas uma disciplina com abordagem das tecnologias; A principal adaptação foi a mediação por ferramentas tecnológicas, como: internet, câmera fotográfica, smartphones, formulários eletrônicos, plataformas digitais, facebook e WhatsApp, entre outro; Sobre as dificuldades enfrentadas por esse grupo, destaca-se o despreparo profissional.
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MAYRA PATRICIA CORREA TAVARES
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ACORDO DE PESCA DO RIO CAETÉ, BRAGANÇA, PARÁ: ANÁLISE DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO
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Data: 25/03/2024
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Esta pesquisa foi desenvolvida no período de setembro de 2019 a fevereiro de 2023. A construção deste trabalho se deu por meio de levantamento bibliográfico acerca do tema: acordos de pesca na Amazônia, uso de recurso comum e território, além da observação direta, entrevistas semiestruturadas, emprego de técnicas participativas (árvore de problemas, mapeamento participativo, matriz histórica) e de análise dos dados coletados. Com base em demandas das próprias comunidades ribeirinhas do rio Caeté sobre a pesca indevida no espaço estuarino e apreensão de material de pesca, observamos como o processo de implementação do acordo de pesca do rio Caeté iniciou-se, bem como analisamos os vários conflitos que ocorriam entre os atores sociais no espaço do rio narrados pelos pescadores e comunitários. Com base em levantamento bibliográfico a região bragantina é a primeira a desenvolver um acordo de pesca na região litorânea do Caeté, nordeste paraense. O acordo de pesca do rio Caeté concentra-se em pelo menos 20 comunidades do médio rio Caeté, situado na planície costeira bragantina, nordeste do Pará. A pesquisa teve como objetivo compreender o processo de construção do acordo de pesca do médio rio Caeté em Bragança, Pará, analisando os conflitos entre os sujeitos usuários do espaço. Por meio dos dados coletados constatamos que os conflitos dos grupos sociais locais com Pescadores externos e órgãos estatais dificultaram o controle e a manutenção dos territories pesqueiros na área estudada. Pescadores externos e pescadores locais introduziram práticas de pesca consideradas “indevidas” pelas comunidades, bem como pelos órgãos de fiscalização ambiental, acarretando desta forma diversos conflitos entre eles mesmos e com os órgãos municipais de fiscalização. Assim, foi possível inferir que as regras de manejo instituídas localmente pela secretaria municipal
de aquicultura e pesca da cidade de Bragança (SEMAP) em conjunto com os pescadores apresentaram um caráter de efetivação na manutenção dos estoques pesqueiros. Porquanto, percebemos que o acordo é um instrumento de gestão participativa condicionando o acesso de modo responsável aos recursos naturais do espaço estuarino em que vivem as populaces tradicionais do rio Caeté.
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DELIANE GAIA FONTES
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ANTROPIZAÇÃO SUSTENTÁVEL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM PROJETO COM MOEDA SOCIAL
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Data: 15/03/2024
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A pesquisa apresenta os resultados de um trabalho de investigação em educação
ambiental desenvolvida pelo Projeto Movimento Moeda Verde do município de Igarapé- Açu no nordeste da Amazônia oriental. Por essa pesquisa estar atrelada a um processo
educativo, tendo como objetivo compreender a antropização sustentável no contexto da educação ambiental, destacando a relevância da tecnologia social em projeto com moeda social como uma alternativa visionária para uma sociedade mais sustentável e humanizada. Adotou-se uma abordagem qualitativa, com características etnometodológicas, tendo como participantes educadores ambientais, administrador de centro de coleta de resíduos sólidos e membros da comunidade participantes do projeto moeda verde. Revelam-se convergência entre antropização sustentável, movimentos de educação ambiental e tecnologia social no Projeto Movimento Moeda Verde. Destaca-se a importância da descolonização da educação ambiental para abordagem inclusiva. A implementação do banco comunitário e da moeda social, ainda que com algumas situações de antropização, mostrou-se eficaz, promovendo uma certa economia solidária e fortalecendo o capital social local. A presença do educador ambiental no centro de triagem de resíduos contribui significativamente para a conscientização ecológica da comunidade. Além disso, a administração do centro de triagem e a representação comunitária demostraram ser elementos-chave para a sustentabilidade a longo prazo do
projeto. O banco comunitário e moeda social promovem economia solidária, fortalecendo o capital social e gerando impactos positivos nas práticas ambientais locais.
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LEIDE DAIANE DOS ANJOS MARTINS
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FORMAÇÃO DA IDENTIDADE CULTURAL DE CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL À LUZ DAS DIRETRIZES CURRICULARES DE ANANINDEUA
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Data: 15/03/2024
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A pesquisa busca compreender a formação da identidade cultural de crianças do ensino fundamental à luz das diretrizes curriculares municipais de Ananindeua. Utilizou-se uma abordagem qualitativa envolvendo documentos e representações descritivas de crianças do 4o e 5o anos matutino e vespertino de uma escola do ensino fundamental do município. Os resultados apontam que o documento curricular do município criou macroáreas e entre elas a de Multiculturalismo passando a ser chamada de Identidade Cultural envolvendo cidadania e civismo. Na prática é necessário repensar as abordagens educacionais, considerando o papel fundamental que desempenham na formação identitária e cultural das crianças, a fim de mais bem promover a valorização da diversidade como parte integrante desse processo identitário cultural de crianças no âmbito escolar, pois reflete sobre diversos conceitos da educação amazônica e sobre o cotidiano do mundo globalizado. A pluralidade cultural amazônica presente no cotidiano escolar deve ratificar a diversidade cultural como traço fundamental na construção das identidades de crianças, definida e negociada no campo dos conflitos e das infinitas possibilidades de singularização, no âmbito escolar municipal de Ananindeua.
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DANILA GUEDES AZEVEDO
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MULHERES DA TERRA: histórias e memórias antropizadas no Assentamento João Batista II
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Data: 13/03/2024
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Esta pesquisa objetiva compreender qual a importância do protagonismo das mulheres assentadas para manutenção do modo de vida do Assentamento João Batista II. Além deste objetivo, busca-se investigar qual o lugar atribuído às mulheres na transmissão de histórias relativas a este grupo social. São narradoras tradicionais que contam a história do grupo social? Neste caso, quem são seus interlocutores? E por último, busca-se ressaltar como suas histórias de vida reverberam na vida da comunidade. A referida comunidade fica localizada no município de Castanhal – PA. No cotidiano das pessoas pertencentes ao grupo social dos assentados, João Batista II, percebe-se um importante protagonismo das mulheres, visto que estas realizam várias atividades como: plantação da mandioca, cultivo de hortaliças, entre outras culturas. Diante dessas complexidades nas expressões fenomênicas da história das mulheres do Assentamento João Batista II é que se constrói o principal problema desta pesquisa: Qual a importância do protagonismo das mulheres assentadas para manutenção do modo de vida do Assentamento João Batista II? Como hipótese base a este questionamento, pode-se apontar que os processos sociais, culturais e históricos foram mudando de acordo com as transformações sociais ocorridas no interior do grupo social em questão. Na perspectiva do método, optamos pela história oral, a qual foi empregada para análise de dados coletados com sete assentadas entrevistadas durante a pesquisa. A escolha por esse método ocorreu a partir da compreensão de que esta é a ferramenta mais próxima para alcançarmos os objetivos deste estudo. Além disso, buscamos alguns documentos de
domínio da comunidade que cooperaram para entender questões específicas acerca da localidade.
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RAFAELLA DA FONSECA PINHEIRO
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A Oferta do Ensino Remoto aos Alunos com Deficiência da Rede Publica Municipal de Ensino de Castanhal-Pa
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Data: 31/01/2024
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Esta pesquisa objetiva investigar as características da oferta do ensino remoto aos alunos público-alvo da educação especial- PAEE, na rede pública municipal de ensino de Castanhal-PA, no ano letivo pandêmico de 2020. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de característica exploratória, procedimentalmente tida como pesquisa de campo. O estudo mostrará realidades enfrentadas pelos estudantes num momento atípico de ensino. Pretende-se com o trabalho verificar se esse formato de ensino pode beneficiar ou não alunos PAEE em outros momentos similares, quer seja por pandemias, epidemias, impossibilidade de frequentar aulas presenciais por questões relacionadas a doenças, recuperação de cirurgias, dentre outros.
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ÂNGELO SOLANO NEGRÃO
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VOZES DOS ESTALEIROS: Percepção dos carpinteiros navais artesanais de embarcações sobre saúde ocupacional, riscos e prevenção de acidentes em estaleiros da Amazônia costeira (Bragança/PA)
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Data: 04/01/2024
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A carpintaria naval artesanal desempenha um papel vital na produção de embarcações tradicionais de madeira para navegação nos rios amazônicos e no mar. No entanto, muitos dos carpinteiros enfrentam condições insalubres e riscos à saúde, como exposição a substâncias tóxicas e impactos das mudanças climáticas. Esses desafios podem resultar em problemas de saúde de longo prazo, agravados pela falta de equipamentos de proteção adequados, afetando não apenas sua capacidade de trabalho, mas também suas atividades diárias. Objetivo: Analisar a percepção dos carpinteiros navais artesanais, localizados na cidade de Bragança/PA, sobre saúde, riscos percebidos nos estaleiros e estratégias de autoproteção para prevenir acidentes. Métodos: Utilizou-se uma abordagem qualitativa, descritiva e transversal. As entrevistas foram conduzidas com seis carpinteiros navais artesanais, com idades entre 44 e 67 anos, de diferentes estaleiros em Bragança. Os participantes foram selecionados a partir de estaleiros identificados previamente e recomendações de outros profissionais, mantendo suas identidades protegidas por meio de codinomes. As entrevistas, adaptadas de um projeto anterior, ocorreram nos estaleiros durante o expediente. A análise dos dados seguiu a metodologia de análise de conteúdo de Bardin, com organização e codificação das respostas utilizando o software NVivo para identificar temas principais e subtemas. O estudo foi conduzido com a devida aprovação ética, garantindo a privacidade, sigilo e consentimento dos participantes, respeitando todas as diretrizes éticas para pesquisa com seres humanos. Resultados: Os carpinteiros discutiram os riscos associados ao trabalho, como acidentes físicos ao manipular materiais pesados e o uso de produtos químicos tóxicos na construção de barcos. Conscientes desses riscos, adotaram medidas preventivas, como uso de equipamentos de segurança adequados. Em termos de autocuidado, destacaram a importância da comunicação clara durante operações de alto risco, responsabilidade compartilhada de cuidar dos colegas menos experientes e precauções adicionais devido à localização remota dos estaleiros. Mencionaram a mudança para ferramentas mais tradicionais após incidentes anteriores e enfatizaram a colaboração e trabalho em equipe para reduzir os riscos no manuseio de materiais pesados. Conclusão: Sua consciência dos perigos do trabalho destaca a necessidade de medidas preventivas e uma cultura de segurança, evidenciando uma abordagem proativa na prevenção de acidentes. Embora a pesquisa tenha limitações, como a restrição geográfica na participação dos trabalhadores, é a primeira na região a abordar a saúde desses profissionais. Recomenda-se intervenções específicas de saúde ocupacional, treinamentos para reduzir riscos e a exploração da relação entre cultura organizacional e saúde mental. Propõe-se estudos futuros e estratégias colaborativas para aprimorar a saúde e segurança desses trabalhadores.
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