A Economia da Degradação Arquitetônica: O caso do bairro da Campina, Belém - PA
ruína, mercado imobiliário, aluguel, Centro Histórico de Belém/PA
A partir da construção do Forte do Presépio, em 1616, iniciou-se a formação do embrião urbano de Belém que se desenvolveu a partir do comércio atacadista da zona portuária, atraindo comércio a varejo, serviços especializados, estabelecimentos administrativos e religiosos e residências das camadas de alta classe, acumulando importante patrimônio, cujo valor resultou em tombamento e regulamentação como Centro Histórico de Belém (CHB) que, atualmente, encontra-se em avançado processo de degradação física. A preocupação com a evolução no número de ruínas, acrescida com a inserção das mesmas no mercado imobiliário de aluguel, como espaço-depósito para os vendedores ambulantes - atividade potencialmente degradante -, constitui o cerne da problemática desta pesquisa de caráter exploratório e, consequentemente, justificam seu desenvolvimento, cujo objetivo geral é investigar a relação entre a degradação arquitetônica dos imóveis e o mercado imobiliário de aluguel, no bairro da Campina no CHB. A metodologia compreende em (i) reflexão teórica sobre conceitos como economia, mercado imobiliário, centro histórico, centralidade, entre outros; e (ii) estudo empírico de abordagem qualitativa para identificar a existência de um nicho de alugueis de ruínas, cuja análise, mesmo que qualitativa servirá como insumo para o debate preservacionista, pois, sugere-se que a utilização de ruínas como espaço-depósito exerce uma força contrária à preservação arquitetônica das edificações do CHB.