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Banca de DEFESA: BRENA TAVARES BESSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRENA TAVARES BESSA
DATA: 04/10/2016
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 21 do prédio do PGITEC
TÍTULO:

PRODUTOS DE MARMORITE EM EDIFICAÇÕES HISTÓRICAS DE BELÉM-PA: CONSERVAÇÃO E RESTAURO


PALAVRAS-CHAVES:

Marmorite; Mineralogia; Porosidade; Limpeza; Bentonita/LASER


PÁGINAS: 98
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Arquitetura e Urbanismo
RESUMO:
Os pisos em marmorite, também chamados "terrazzos", descendem diretamente de formas simplificadas de antigos mosaicos de mármore que eram utilizados em Veneza em meados do século XVI. A indústria italiana de mosaico e terrazzo imigrou para outras áreas do planeta através da imigração dos artesãos italianos conhecedores da técnica. Em Belém, na segunda metade do século XVIII, partir dos avanços da Era Industrial, vários materiais foram inseridos na realidade amazônica, tais como o marmorite. O marmorite registra em suas linhas a origem da pluralidade tecnológica do período e rememora o advento de novos materiais em Belém. A cidade apresenta um elenco notório de peças deste material, fonte da pesquisa proposta. O não valor do marmorite, presente em edificações é flagrante no que tange as decisões teóricas no âmbito das intervenções
restaurativas. O tratamento das superfícies é renegado a mera discussão estética e componente do processo de manutenção, sendo desprivilegiado em seu papel como testemunho do transcurso da obra no tempo. A rigor, o marmorite é uma argamassa pigmentada composta de agregado mineral moído, cimento (normal, branco ou pigmentado) e areia. O agregado mineral é denominado granitina, granilite ou granilhas, responsáveis pelo efeito decorativo das peças. O objetivo geral da pesquisa é caracterizar o material denominado marmorite e identificar as alterações do material com vistas a sua conservação e restauro, traçando subsídios para sua conservação e restauração. Para caracterização das amostras, no ensaio de absorção total em água e densidade, a amostra AM-03 mostrou-se menos absorvente (4,02%) e mais densa (2,24g/cm³). Mineralogicamente, identificou-se elementos químicos cromóforos nas camadas decorativas (Ti, Ba, Cr, Fe). Já a camada cimentícia apresentou composição constante no que tange os elementos representativos do cimento. Os minerais que compõe as amostras são Calcita, Quartzo, Aragonita, Portlandita e Dolomita. A Larnita foi observada na amostra AM-03 e a Anortita-Ordenada na AM-10 – ambos participam da composição do clinquer do cimento. Já a Lizardita identificada nas amostras AM-06, AM-07 e AM-08 trata-se de uma neoformação, resultante do intemperismo em minerais magnésicos. Quanto ao estado de conservação das amostras de ladrilhos de marmorite, os danos observados nas peças são perda de coesão do agregado, erosão da matriz cimentícia, alteração de cor, depósitos de argamassa
de assentamento, manchas amareladas no agregado, manchas de corrosão do metal e depósito de sujidade. A limpeza à LASER apresentou resultados superiores em termos de remoção de sujidade, especialmente nas cores branco, preto e rosa. Entretanto, por se tratar de uma técnica invasiva, causou modificações nas propriedades de brilho do material. Já o emplastro de bentonita obteve resultados satisfatórios de um modo geral, especialmente na cor verde, sem provocar alterações no brilho das amostras. As informações obtidas na pesquisa buscam a criação de subsídios para conservação e restauração de produtos de marmorite em geral, assim como aprofunda os estudos, até o momento insipientes, a cerca do tema.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ELIANE APARECIDA DEL LAMA
Interno - 2998085 - FLAVIA OLEGARIO PALACIOS
Presidente - 1510594 - THAIS ALESSANDRA BASTOS CAMINHA SANJAD
Notícia cadastrada em: 04/10/2016 13:42
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