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Banca de DEFESA: LEANDRO CALDAS DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LEANDRO CALDAS DA SILVA
DATA: 08/01/2021
HORA: 14:30
LOCAL: Videoconferência através do Google Meet
TÍTULO:

Iracema – uma Transa Amazônica. Entre a censura e a aclamação. Experiências e representações sobre a
Amazônia (1974-1981)


PALAVRAS-CHAVES:

Amazônia; Cinema; Regime militar; Representação; Experiências;
Identidade


PÁGINAS: 140
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
SUBÁREA: História do Brasil
RESUMO:

Em 1968, um jovem fotógrafo chamado Jorge Bodanzky se deparou com casos constantes de
exploração sexual de meninas entre doze e quinze anos, que se prostituíam nas proximidades
da rodovia Belém-Brasília. Nesse contexto de desigualdades sociais existentes na Amazônia,
que, na percepção de Bodanzky, representavam contradições ao dito “progresso” que os
militares prometeram entregar para região através do PIN (Plano de Integração Nacional), que
o jovem fotógrafo, que havia estudado cinema em uma Universidade na Alemanha Ocidental,
partiu para construir o projeto cinematográfico de Iracema – Uma Transa Amazônica. Um
resultado criativo, não apenas de Bodanzky, mas também da direção de Orlando Senna e da
produção de Wolf Gauer. Inspirado na etnoficção dos documentários de Jean Rouch e na
verossimilhança do Neorrealismo Italiano, a obra apresenta um discurso sobre a Amazônia
pautada nas desigualdades socioambientais causados pelo desmatamento desenfreado devido
à liberdade de exploração concedida, principalmente, às agroindústrias pelo governo militar.
Devido sua temática controversa, o filme foi censurado no Brasil em 1975. Durante seis anos,
foi aclamado por críticos e festivais na Europa, enquanto no Brasil circulava de forma
semiclandestina em cineclubes e era visibilizado nas manchetes da imprensa brasileira entre
notícias sobre o seu sucesso no exterior e narrativas sensacionalistas que, de certa forma,
buscavam desqualificar os realizadores do filme. Este trabalho busca compreender como
Iracema – Uma Transa Amazônica estava inserido em conjunturas de transformações
sociopolíticas na Europa, e como sua censura no Brasil representava uma reação às ideias
emergentes que contradiziam as concepções conservadoras e nacionais-desenvolvimentistas
do regime militar.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 5216524 - ANTONIO MAURICIO DIAS DA COSTA
Externo à Instituição - Meize Regina de Lucena Lucas
Interno - 2200566 - PEDRO PETIT PENARROCHA
Notícia cadastrada em: 09/12/2020 10:32
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