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Banca de QUALIFICAÇÃO: CELESTE SILVA FERREIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CELESTE SILVA FERREIRA
DATA: 30/09/2020
HORA: 15:00
LOCAL: Laboratório de História-IFCH-UFPA
TÍTULO:

"O Direito é de sangue!": A Construção da Diferença a partir da Lei de 1871 na Província do Maranhão.


PALAVRAS-CHAVES:

Liberdade, escravidão, lei, classificação, emancipação, racismo, Lei de 28 de setembro de 1871.


PÁGINAS: 90
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
SUBÁREA: História do Brasil
ESPECIALIDADE: História Regional do Brasil
RESUMO:

Pensamos a Lei de 1871 a partir de uma novo tipo de direito que no Brasil se estrutura e se evidencia a partir do século XIX, um direito que tem por finalidade fazer ruir o vigoroso instituto da escravidão, mas fazer com que para a sociedade que os estruturou, suas bases ideológicas e políticas permaneçam intactas. A emergência dessas bases estão assentadas numa ordem em que a teoria do direito natural é utilizada pelos donos de escravos para fundamentar o entendimento que ainda que a Lei de 1871 viesse para libertar as famílias e crianças amparadas pelo texto normativo, o Estado deveria garantir que “o Direito era de sangue” ou seja, naturalmente garantidor da primazia da vontade dos fazendeiros sobre a lei. Ainda que para isso tivessem que “refazer” toda a lei, distorcendo seu fundamento, para que ela privilegiasse os fazendeiros, e não os sujeitos escravizados. Na pesquisa do mestrado em 1871, apontamos a existência desta mudança, como um ato normativo publicado pelo Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas em 1875, altera completamente a ordem de prioridades para quem deveria ser manumetido, desta feita, pretendemos lançar luz nos efeitos destas alterações em fins do século XIX e sua provável ligação com o fenômeno do mandonismo nordestino. A Lei de 1871 e suas normas regulamentadoras serão nosso ponto de partida, por esta razão empregamos no título a expressão: “a partir da Lei...”. Ela funciona como um fenômeno impulsionador sobre a reflexão de como o país que vivenciou um processo brutal como a escravidão ainda hoje, não conseguiu romper seus grilhões do racismo, da ignorância e da injustiça social.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1152945 - JOSE MAIA BEZERRA NETO
Interno - 1152899 - FERNANDO ARTHUR DE FREITAS NEVES
Interno - 2153581 - MAGDA MARIA DE OLIVEIRA RICCI
Externo à Instituição - JOSENILDO DE JESUS PEREIRA
Notícia cadastrada em: 03/09/2020 20:13
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