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Banca de DEFESA: JERUSA BARROS MIRANDA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JERUSA BARROS MIRANDA
DATA: 21/09/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Labhis
TÍTULO:

Igreja e Abolição: o lugar da crítica liberal à Igreja e sua representação no processo abolicionista na Amazônia (1860-1889).


PALAVRAS-CHAVES:

Igreja Católica; Abolicionismo; Século XIX; Política; História;


PÁGINAS: 206
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
RESUMO:

Minha intensão neste trabalho é compreender como as disputas travadas na sociedade brasileira do século XIX geraram discursos de defesa ou ataque entre campos litigantes. Entendendo-as dentro de um cenário político nacional com um poder monárquico que buscava afirmar-se enquanto nação, relacionando-se com grupos e partidos políticos que também buscavam seus espaços de poder. Essa disputa também pode ser percebida através da relação com os principais assuntos que estavam sendo discutidos amplamente na sociedade do Oitocentos, e como, a partir deles, cada grupo foi construindo um ideal sobre seus adversários. No século XIX, os debates eram gerados a partir da relação de proximidade ou distância entre abolicionismo, liberalismo e ultramontanismo. Neste sentido, percebi que os políticos do Partido Liberal construíram um discurso moral sobre a Igreja Católica.  Colocaram-na como ausente do processo abolicionista e conivente com o sistema escravista. A construção desse discurso de omissão do catolicismo na libertação dos escravos acabou lançando uma cortina de dificuldade para a percepção de que, para além da instituição religiosa, parte do clero seja ultramontano ou não, se posicionou contra a escravidão na Província do Grão-Pará e em outras partes do Brasil. De certo, que foi uma relação diferente dos abolicionistas. Mas, precisamos entendê-las dentro do seu espaço e do seu tempo para compreender a complexidade daquela sociedade. Seja pelo prisma ultramontano conservador ou pelo prisma dos abolicionistas radicais da segunda metade do século XIX. Por fim, busquei mostrar como as críticas liberais tecidas contra a Igreja Católica, eram políticas e não de cunho moral. E estavam dentro de um contexto de disputa por espaços de poder entre campos adversários. E mais, como a historiografia do século XX absorveu as perspectivas e visões de mundo dos escritores e políticos liberais do século XIX sobre a participação da Igreja Católica no processo de emancipação da mão de obra cativa negra sem levar em consideração tais contendas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1152899 - FERNANDO ARTHUR DE FREITAS NEVES
Interno - 1766023 - IPOJUCAN DIAS CAMPOS
Interno - 1152945 - JOSE MAIA BEZERRA NETO
Externo à Instituição - ALLAN AZEVEDO ANDRADE
Notícia cadastrada em: 20/09/2023 09:43
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