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Banca de DEFESA: ANDRE LUIS DOS SANTOS ANDRADE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRE LUIS DOS SANTOS ANDRADE
DATA: 31/08/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Laboratorio de Historia
TÍTULO:

A preservação ancestral: a mobilização indígena pelo patrimônio arqueológico


PALAVRAS-CHAVES:

Amazônia; Povos indígenas; Patrimônio arqueológico.


PÁGINAS: 200
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
RESUMO:
Apiaká, Munduruku e Kayabi entre os anos de 2010 e 2019 reivindicavam à posse de doze urnas funerárias, referente aos seus ancestrais, que estavam na área afetada diretamente pela construção da hidrelétrica Teles Pires e foram guardadas no Museu de  Alta Floresta (MT). Sua disputa pelo direito às urnas está no escopo de uma luta mais ampla: o direito a seu modo de preservar o patrimônio arqueológico. Desse modo, em diferentes manifestos e entrevistas, indígenas questionam como foi e é pensada a preservação do patrimônio cultural no Brasil. Por isso, esse estudo também investiga como, a partir da criação SPHAN (Serviço do Patrimônio Histórico Artístico Nacional), em 1937, são estabelecidos marcos temporais e conceituais acerca da origem da política de preservação e do patrimônio cultural. No recorte proposto pelo primeiro diretor do  SPHAN, Rodrigo Melo Franco de Andrade, a genuidade do Brasil estaria na arte barroca e na arquitetura colonial, pois seriam produções de uma civilização com “superioridade técnica”. Esse entendimento, contudo, não era consenso entre os intelectuais que davam relevância ao patrimônio arqueológico. No âmbito dessa disputa subjacente em torno das hierarquias do patrimônio, construíram-se silenciamentos historiográficos, em relação à importância dos Museus, e sociais, na exclusão dos indígenas no processo de formação das coleções arqueológicas e etnográficas que materializavam a narrativa nacional. Não obstante, ao analisarmos as reivindicações de povos indígenas pela devolução de urnas arqueológicas, notamos que os Museus ou iniciativas de musealização não oficiais, como o Centro de Preservação da Arte e Ciência Indígena, que existiu em Alter do Chão, na década de 1990, buscam, desde meados do século XX, novas formas de atuar junto à sociedade, nas quais práticas racistas e etnocêntricas perdem espaço para novas perspectivas teóricas, como a decolonial e mesmo a indígena. Nesses termos, os povos originários fazem questão de estabelecer uma distinção em relação ao patrimônio cultural do não índio: o patrimônio indígena mantém uma relação viva com a natureza e a ancestralidade.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1682689 - KARL HEINZ ARENZ
Interno - 1152698 - ALDRIN MOURA DE FIGUEIREDO
Externo ao Programa - 3155665 - DAIANA TRAVASSOS ALVES
Externo ao Programa - 2153549 - DENISE MACHADO CARDOSO
Externo ao Programa - 1505830 - FLAVIO LEONEL ABREU DA SILVEIRA
Externo à Instituição - FERNANDA MENDONÇA PITTA
Notícia cadastrada em: 16/08/2023 12:31
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