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Banca de DEFESA: DAVISON HUGO ROCHA ALVES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DAVISON HUGO ROCHA ALVES
DATA: 12/04/2022
HORA: 14:30
LOCAL: LABORATÓRIO DE HISTÓRIA
TÍTULO:

Estudo(s) de Problemas Brasileiros: A história de uma disciplina acadêmica vigiada e conflituosa (1969-1993).


PALAVRAS-CHAVES:

Estudo(s) de Problemas Brasileiros; ditadura militar; História das disciplinas curriculares; século XX.


PÁGINAS: 407
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
RESUMO:

Esta tese teve como objetivo estudar a história de uma disciplina acadêmica Estudo(s) de Problemas Brasileiros (EPB). Sua criação ocorreu durante a ditadura militar passando por diversos momentos curriculares, perdurando até o início da redemocratização dentro do currículo universitário. A pesquisa tem como recorte cronológico o período de 1969-1993. Ela está inserida no modelo explicativo denominado interpretação, onde foram apresentadas diversas experiências assumidas pela disciplina EPB na sociedade brasileira. O trabalho de tese está no campo da História da Educação, com ênfase na História das disciplinas curriculares. A disciplina EPB foi  estudada a partir dos pressupostos teórico-metodológicos de André-Chervel (1990, 1999), Ivor Goodson (1997, 2020), Thompson (1981), entre outros. Seguindo as trilhas de discussões da Escola Superior de Guerra (ESG) e de sua criação no ano de 1969 a partir do Decreto-Lei no 869, de 1969 queremos compreender as intervenções no ensino de humanidades que redimensionaram o saber histórico acadêmico em torno das pretensões curriculares legitimadas pela ditadura militar. No período de 1969-1979 tentou-se construir uma disciplina em torno do nacionalismo, da moral e do civismo para a juventude universitária, nesse contexto a disciplina EPB tinha uma perspectiva conservadora. As ações extensionistas desenvolvidas pelo Projeto Rondon serviriam para compreender os problemas brasileiros a partir da realidade social pensada pela ditadura militar. A disciplina EPB foi sempre vigiada pelo governo militar, sendo uma tentativa de tutelar a juventude universitária ao projeto de poder pretendido pelo regime vigente. Após dez anos de implementação ocorreu uma reformulação dentro da disciplina EPB no período de 1979 até 1993, é o momento de Anistia e o início da redemocratização, quando começaram a desenvolver dentro da sociedade brasileira debates em torno dos efeitos da ditadura militar para educação, e no nosso caso específico para o ensino de humanidades dentro das universidades. Durante a redemocratização EPB perde a adesão e começa a ser contestada pela sociedade civil (associações universitárias, discentes e docentes). A disciplina acadêmica passou a ser estigmatizada entre os estudantes universitários, bem como entre os docentes, exigindo a volta das disciplinas História e Geografia no currículo escolar. Era necessário remover o entulho autoritário das universidades e foram colocados outros problemas brasileiros para debater nas instituições de ensino superior, a saber: racismo, cidadania, direitos humanos, a questão do mercado de trabalho, desigualdades sociais, entre outros. A disciplina EPB era vista como espaço de contradição que precisava ser extinta do currículo universitário.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 327526 - EDILZA JOANA OLIVEIRA FONTES
Interno - 1152877 - FRANCIANE GAMA LACERDA
Externo à Instituição - CARLO GUIMARAES MONTI
Externo à Instituição - NADIA GAIOFATTO GONÇALVES
Externo à Instituição - RODRIGO PATTO SA MOTTA
Notícia cadastrada em: 04/04/2022 14:17
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