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Banca de DEFESA: FRANCISNALDO SOUSA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCISNALDO SOUSA DOS SANTOS
DATA: 20/04/2022
HORA: 14:00
LOCAL: LABORATÓRIO DE HISTÓRIA
TÍTULO:

“GUIADOS PELO RACIOCÍNIO E PELA RAZÃO”: Ciência e modernidade a serviço da agricultura paraense (1908-1929)


PALAVRAS-CHAVES:

Agricultura, Racionalidade, Cientificismo e Modernidade.


PÁGINAS: 300
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
RESUMO:

A presente tese busca discutir a implantação de um novo modelo de desenvolvimento pensado para a agricultura paraense no início do século XX. Especialmente a partir do segundo mandato do governador Augusto Montenegro se observa uma mudança de orientação não mais voltada exclusivamente para a criação de núcleos coloniais e a consequente ocupação dos mesmos por colonos estrangeiros, mas voltado também para a qualificação desse trabalhador agrícola. Em outras paralvras, a qualidade na mão de obra para o campo ganhava cada vez mais importância. Com o auxílio da ciência os agentes públicos pretendiam então a qualificação técnica do lavrador por meio do ensino agrícola em instituições como estações experimentais e campos de demonstração ou por meio do ensino agrícola ambulante. Essa nova metodologia exigiu a criação, em 1908, de uma seção voltada exclusivamente para a agricultura e a pecuária dentro da Secretaria de Obras Públicas, Terras e Viação, mostrando uma estreita aproximação entre estado e elite agrícola paraense, uma vez que o representante desse patronato, o fazendeiro marajoara José Ferreira Teixeira, assumiu a direção da 4ª Secção de Agricultura. A publicação da revista A Lavoura Paraense, que circulou entre 1908 e 1912, retratou bem esse novo momento em suas páginas. Um dos objetivos dos agentes públicos era superar a monocultura e desenvolver outros produtos, principalmente quando a exportação da borracha mostrava sinais de crise, fazendo com que a agricultura ganhasse cada vez mais relevância para a economia paraense das primeiras décadas do século XX. Para além do receio em sustentar toda uma economia com base em um único produto, podemos apontarnão apenas os resultados pouco satisfatórios com o antigo modelo de desenvolvimento agrícola que vinha sendo adotado desde meados so século XIX, mas também todo o incremento pelo qual passou o Museu Paraense a partir da chegada do suíco Emílio Goeldi e de seu sucessor na direção dessa instituição, o também suíco Jacques Huber. Contudo, a promissora expectativa em relação à onda modernizadora para o campo, pautada na racionalização das práticas agrícolas a partir dos atuais preceitos agronômicos da época, não se efetivou de fato, visto que o setor extrativo manteve-se em alta frente aos setor agrícola, com destaques, no final da década de 1920 para alguns produtos como o arroz e o algodão.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1834777 - CARLOS LEANDRO DA SILVA ESTEVE
Interno - 1152877 - FRANCIANE GAMA LACERDA
Presidente - 1669289 - FRANCIVALDO ALVES NUNES
Externo à Instituição - IRONITA ADENIR POLICARPO MACHADO
Externo à Instituição - MÁRCIO ANTONIO BOTH DA SILVA
Notícia cadastrada em: 25/03/2022 14:43
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