SOFTWARE DEVELOPMENT COLLABORATIVE PRACTICES TO OVERCOME DISTANCE IN DISTRIBUTED SOFTWARE TESTING

Teste é uma atividade importante para qualquer esforço de desenvolvimento de software. Não importa a estratégia utilizada para gerenciar a distribuição dos times e das empresas, isto é, se o time de desenvolvimento é contratado e parte da empresa (innersourcing) ou se o time é subcontratado de outra empresa diferente (outsourcing), os desafios de comunicação do projeto precisam ser tratados e mitigados. Porém, atualmente existe uma demanda na literatura por estudos que apresentem aprendizados sobre quais fatores podem afetar a produtividade de testes em projetos de desenvolvimento de software que são distribuídos. Assim, nesta tese, busca-se um avanço para melhor entendimento sobre a dinâmica de práticas de colaboração entre desenvolvedores e testadores e como estas métricas estão correlacionadas com o esforço em correção de bugs. Neste projeto seguimos uma metodologia de métodos mistos com o formato definido como sequencial explanatório, começando por um estudo quantitativo seguido por um estudo qualitativo. Assim, investigou-se o impacto de duas práticas de trabalho, que são as viagens para realizar reuniões presenciais e as reuniões remotas, na produtividade para correção de bugs. De forma mais específica, foi medida a produtividade de times de testes utilizando o esforço total em horas para cada time corrigir bugs dentro de um mesmo release, e analisamos como as viagens para reuniões presenciais e reuniões de suporte remoto estavam correlacionados com esse esforço de correção de bugs. Foi realizado inicialmente um estudo quantitativo baseado em regressão linear, seguido por um estudo qualitativo onde foram realizadas entrevistas com desenvolvedores e testadores atuantes em projetos de desenvolvimento de software distribuídos. Com essa abordagem quantitativa seguida de uma abordagem qualitativa, buscou-se validar e estender os resultados quantitativos. Durante a etapa quantitativa deste estudo foi analisada uma base de dados gerenciais de um projeto distribuído com times de uma mesma empresa distribuídos em diferentes continentes (offshore innersourcing). Em seguida, durante a etapa qualitativa deste estudo foram realizadas entrevistas semiestruturadas com membros de projetos distribuídos entre diferentes continentes (offshore) e distribuídos dentro do mesmo país ou região (onshore). Baseado nos resultados da nossa regressão linear, encontramos que viagens estão associadas com o time do projeto passando 31.1 mais horas corrigindo bugs, o que significa que as viagens melhoraram a produtividade para encontrar e corrigir bugs. Uma constatação importante deste resultado é o impacto substancial das viagens no aumento do esforço para correção de bugs mais cedo no projeto, com uma associação 42 vezes maior do que a realização de reuniões remotas. Em outras palavras, enquanto pesquisas anteriores reconheceram a importância de viagens entre pessoas de times distribuídos como forma de facilitar o andamento dos projetos, como contribuição desta tese podemos quantificar o impacto de viagens na melhoria da produtividade de correção de bugs em projetos de desenvolvimento distribuído de software. Esse resultado quantitativo foi corroborado pelas entrevistas qualitativas realizadas com dez desenvolvedores e testadores de sete diferentes empresas. Foi relatado diretamente por diferentes entrevistados que as viagens para realizarem reuniões presenciais auxiliam seus times a melhorar a comunicação em etapas críticas dos seus projetos, como em fases iniciais ou planejamento de entregas.