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Banca de DEFESA: JOÃO DANIEL MENDONÇA DE MOURA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOÃO DANIEL MENDONÇA DE MOURA
DATA: 23/02/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação CTIC - UFPA
TÍTULO:

"EFEITOS DO AÇAI (EUTERPE OLERACEA MART.) EM ANIMAIS COM LESÃO PERIRRADICULAR INDUZIDA: UM ESTUDO BIBLIOMÉTRICO E EXPERIMENTAL"


PALAVRAS-CHAVES:

Suplementação de açaí; Periodontite apical; Saúde óssea alveolar; Análise bibliométrica; Danos oxidativos.


PÁGINAS: 94
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
RESUMO:

A doença perirradicular se desenvolve como consequência da necrose pulpar ocorrida pela entrada de microrganismos nos canais radiculares, resultantes de cáries, traumas ou iatrogenias. O estresse oxidativo desempenha um papel importante na patogênese dessa doença. Os mediadores inflamatórios são ativados por espécies reativas de oxigênio, que têm papel sinalizador na resposta imune inata. O desequilíbrio oxidante contribui localmente para a formação e progressão da lesão periapical, por meio de dano molecular direto e sinalização redox. Com base nisso, os pacientes acometidos pela lesão periapical estão expostos ao estresse oxidativo, que pode ser extremamente perigoso para a saúde geral. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito da administração sistêmica do açaí (Euterpe Oleracea Mart.) no osso alveolar em animais saudáveis e com lesões perirradiculares induzidas. Inicialmente, realizou-se estudo bibliométrico para sintetizar quanti-qualitativamente a literatura mais citada acerca de indução da periodontite apical em modelos animais. Para isso, os artigos foram pesquisados no Web of Science Core Collection. Foram selecionados apenas estudos sobre lesões perirradiculares em modelos animais, sem qualquer restrição de idioma ou data de publicação. Os 50 artigos mais citados foram publicados entre 1965 e 2017 e receberam entre 53 e 1.124 citações no WoS-CC (total de 6.189 citações). Stashenko et al. publicaram 14 artigos que foram citados 1.299 vezes. A maioria dos artigos foi originada da América do Norte, enquanto os Estados Unidos da América foi o país mais frequente. “Lesão periapical” foi a palavra-chave mais frequente. A maioria dos artigos relatou usar ratos, molares e exposição pulpar para induzir periodontite. O assunto mais investigado foi o mecanismo de formação da lesão. Concluiu-se que a indução da periodontite apical em animais tem auxiliado no estudo da patogênese da periodontite apical, medicação intracanal, repercussão sistêmica e endodontia regenerativa. Concomitantemente, dois estudos experimentais foram realizados, um com o objetivo de investigar os efeitos da gavagem do açai em ratos saudáveis e outro com o objetivo de investigar os efeitos da gavagem do açaí em ratos com lesão periapical induzida. Para o primeiro estudo, os animais foram divididos em um grupo gavados com água (Controle), um grupo gavados com açaí por 14 dias (CA 14) e um último grupo gavados com açaí por 28 dias (CA28). Foram realizadas as análises de micro tomografia computadorizada, avaliando os parâmetros ósseos BV, BV/TV, Tb.Th, Tb.N, Tb.Sp e osso cortical. Histologia, onde foram realizadas 3 colorações diferentes: hematoxilina/eosina, picrosirius e Tricrômico de Masson. Por último, foi realizada a microscopia eletrônica de varredura.  Em seguida, as análises estatísticas foram realizadas por ANOVA de uma via seguida do teste de Tukey. A análise histológica revelou que os grupos CA 14 e CA 28 apresentaram maior densidade de osteócitos e maior área de fibras colágenas do que o grupo controle. Além disso, os grupos gavados com açaí demonstraram valores mais elevados de todos os parâmetros de micro-ct investigados (BV, BV/TV, Tb.th, Tb.N e Cortical) do que o grupo controle, exceto pelo Tb.Sp que teve um valor similar em todos grupos. Para o segundo estudo experimental, os animais foram divididos em seis grupos, três grupos em que o experimento durou 14 dias e três grupos em que o experimento durou 28 dias, controle (14 e 28 dias): animais saudáveis gavados com água, LP (14 e 28 dias): animais com lesão periapical induzida gavados com água, Açaí + LP (14 e 28 dias): animais com lesão periapical induzida gavados com açaí. Foram realizadas análises do plasma sanguíneo, para analisar resultados referentes ao estresse oxidativo (TBARS, TEAC e GSH); Análises de micro-ct para investigar parâmetros ósseos (BV, BV/TV, Tb.Th, Tb.N, Tb.Sp) e o volume da lesão; Por último, análises histopatológicas. Em seguida, as análises estatísticas foram realizadas por ANOVA de uma via seguida do teste de Tukey. Os resultados demonstraram que o açaí tem efeito antioxidante sistêmico, apresentando maiores níveis de GSH nos dois diferentes tempos estudados, menores níveis de TBARS apenas aos 28 dias, e sem diferença quanto à avaliação TEAC em ambos os tempos experimentais. Além disso, os parâmetros de micro-CT demonstraram que o açaí interferiu no volume da lesão e nos parâmetros de qualidade óssea em ambos os tempos experimentais, onde os animais gavados com açaí demonstraram volume de lesão menor e melhores parâmetros ósseos que os animais gavados com água.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2316290 - CLAUDIA PIRES ROTHBARTH
Externo à Instituição - Francisco Wanderley Garcia De Paula E Silva
Externo ao Programa - 1350223 - HERVE LOUIS GHISLAIN ROGEZ
Externo à Instituição - LUANNA DE MELO PEREIRA FERNANDES
Presidente - 1640163 - PATRICIA DE ALMEIDA RODRIGUES
Interno - 2445539 - RAFAEL RODRIGUES LIMA
Notícia cadastrada em: 15/02/2023 08:53
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