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Banca de QUALIFICAÇÃO: ALANA RODRIGUES NAUAR

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALANA RODRIGUES NAUAR
DATA: 30/10/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de informática LAPMAR
TÍTULO:

Anti-incrustante de nova geração (DCOIT - 4,5-dichloro-2-n-octyl-4-isothiazolinone) na zona costeira amazônica: identificação de concentrações ambientais e efeitos subletais no gastrópode Thaisella coronata


PALAVRAS-CHAVES:

anti-incrustante; DCOIT; gastrópode; sediment trap;


PÁGINAS: 37
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Oceanografia
RESUMO:

A bioincrustação é a colonização de organismos marinhos na superfície de estruturas submersas. O estabelecimento dessas comunidades nos cascos de embarcações reduz a eficiência operacional delas, causando sérios prejuízos econômicos. Para evitar este problema, são aplicadas tintas anti-incrustantes nas superfícies expostas à água do mar. Por muitos anos foram utilizadas tintas à base de compostos organoestânicos (COEs), no entanto, devido à sua elevada toxicidade ambiental, estas tintas foram banidas pela Organização Marítima Internacional no ano de 2003. A proibição dos COEs exigiu a o desenvolvimento de anti-incrustantes alternativos, dentre eles, o DCOIT. O 4,5-dichloro-2-n-octyl-4-isothiazolinone (DCOIT) é um biocida orgânico, tendo sua importância ambiental reconhecida pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA, pois ele apresenta várias características positivas em relação aos demais anti-incrustantes, como  baixa solubilidade em água (0,0065 mg/L) e um Kow de 2,85, com meia vida de cerca de 1h em água do mar. Apesar de ter sido considerado o mais seguro ambientalmente, diversos estudos realizados no continente europeu têm relatado que este composto apresenta uma toxicidade mais elevada que outros biocidas anti-incrustantes, como o Irgarol e o Diurom, além de ter alto potencial de bioacumulação em animais marinhos. Na Amazônia ainda não existem estudos que investiguem o potencial de toxicidade do DCOIT. Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo avaliar, pela primeira vez na Amazônia, o papel do estresse oxidativo na toxicidade induzida pelo DCOIT no gastrópode bioincrustante Thaisella coronata expostos em concentrações ambientalmente relevantes deste composto. Este trabalho dará origem a dois capítulos, o capítulo 1 tem como objetivo quantificar o DCOIT presente no sedimento em suspensão por meio da técnica “Sediment Trap”. As coletas serão feitas em três pontos distintos: Ponto 1, área de referência; Ponto 2, em uma área de proteção ambiental onde se espera que não exista contaminação por DCOIT; Ponto 3, em uma região que tenha grande fluxo de embarcações e espera-se que exista a contaminação por DCOIT. Com base nos resultados obtidos nessa primeira parte do trabalho, serão definidas as concentrações do contaminante para a exposição de T. coronata em laboratório, o qual constituirá o Capítulo 2. Os indivíduos serão coletados na Ilha de Algodoal/Maiandeua e encaminhados para o laboratório para que sejam aclimatados por 30 dias. Após a aclimatação, os animais serão expostos ao contaminante em três concentrações diferentes, que serão definidas com base nos resultados obtidos no capítulo 1. Em seguida, os animais serão dissecados, obtendo amostras de gônada, trato digestivo e brânquias para então serem feitas as análises de biomarcadores bioquímicos. Espera-se que os resultados obtidos neste estudo contribuam com a criação de legislações específicas para a região Amazônica, estabelecendo limites de uso do biocida anti-incrustante DCOIT e evitando ou prevenindo maiores danos ao ecossistema, visto que a mesma detém grande importância ambiental.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1649237 - LILIAN LUND AMADO
Externo à Instituição - LYGIA SEGA NOGUEIRA
Interno - 2117827 - MARCELO PETRACCO
Interno - 1729914 - MARCELO ROLLNIC
Notícia cadastrada em: 09/10/2019 10:02
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