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Banca de DEFESA: DIANDRA KARINA MARTINS GUIMARAES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DIANDRA KARINA MARTINS GUIMARAES
DATA: 24/05/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO:

"Detecção das mudanças costeiras da margem leste do estuário do rio Pará: uma
análise multitemporal (1987-2019) utilizando sensoriamento remoto".


PALAVRAS-CHAVES:

dinâmica costeira, Estuário do rio Pará, sensoriamento remoto.


PÁGINAS: 99
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Oceanografia
RESUMO:

No Golfão Marajoará, o estuário do rio Pará, se comunica com o rio Amazonas, através da
Região dos Estreitos, e recebe ainda contribuições fluviais dos rios Tocantins e Guamá/Guajará. A área
de trabalho situa-se à margem leste do estuário do rio Pará, no trecho: ilhas de Mosqueiro e Colares, e
municípios de Santo Antônio do Tauá, Vigia e São Caetano de Odivelas, que comportam o estuário
médio e inferior. O clima da região é caracterizado como equatorial úmido com temperatura média
anual entre 24ºC e 32ºC, e precipitação entre 2.000 e 3.000 mm/ano, sendo este diretamente
influenciada pela migração sazonal da ZCIT (Zona de Convergência Intertropical) na direção
meridional. Na área de trabalho, ocorrem principalmente baixos platôs e planícies de maré colonizadas
por mangue, sobe forte influência fluvial sazonal e de maré diária e mensal, com regimes de meso e
macromarés (máxima de 5,7 m), e alta descarga fluvial entre dezembro e maio (estação chuvosa), e
baixa descarga entre junho e novembro (estação seca). A detecção das áreas de erosão e/ou acresção
da linha de costa se torna interessante para observar as mudanças nos entornos das ilhas da margem
leste do estuário do rio Pará. Para alcançar os resultados foi realizada a aquisição de imagens de
satélite Landsat TM (1987; 1993; 1999; 2004; 2008) e LANDSAT OLI (2013 e 2019) do Serviço
Geológico dos Estados Unidos (USGS), já adquiridas georreferenciadas. Em seguida foi utilizado o
Digital Shoreline Analysis System (DSAS), para calcular com maior precisão as taxas de mudanças da
linha de costa. Na margem leste do estuário do rio Pará (117 km) foram aplicados os parâmetros NSM
(Net Shoreline Envelope), LRR (Linear Regression Rate-of-Change) e EPR (End Point Rate) por se
adequarem a análise necessária da linha de costa, tendo como linha de base a parte continental e os
transectos alinhados a cada 100m. Os resultados das variações em metros nos 32 anos de análise
(NSM) e taxas médias de variação por ano (LRR) se enquadram em valores positivos indicando um
deslocamento da linha em direção ao mar ao longo do transecto e valores negativos indicam um
deslocamento em direção a terra. No período de análise, com o total de 1130 transectos, 619 são de
erosão e 511 de acresção, se obteve uma taxa média de variação de -0,19 m/ano, com taxas médias
de acresção e erosão em 86,61 m e -76,49 m, respectivamente. No estuário inferior houve maior
tendência a acresção, onde em Vigia ocorreu taxa média de variação de 1,26m/ano e taxa máxima de
acresção de 10,06m/ano no EPR, e taxa média de variação de 0,64m/ano e taxa máxima de acresção
de 7,22 no LRR. Em São Caetano de Odivelas a taxa média de variação no parâmetro EPR foi de
0,40m/ano e no parâmetro LRR foi de 0,25m/ano e no NSM de 13,09m. Enquanto no estuário médio a
tendência à erosão foi maior, predominando na Ilha de Mosqueiro com taxa média de erosão de -38m e
taxa média de acresção de 22,97m, relacionados às taxas médias de variação de -0,58m/ano (EPR) e - 0,54m/ano (LRR) e em Santo Antônio do Tauá com parâmetros LRR e EPR identificando taxas médiasde variação de -1,67m/ano (LRR) e -1,55m/ano (EPR). Apenas na ilha de Colares houve tendência a

acresção apresentando taxa média de erosão de -96,29m e taxa média de acresção é de 116,49m,
onde a taxa máxima de acresção e de erosão, são de 405,61m e -396,87m, respectivamente. No geral,
na margem leste do estuário do rio Pará ocorrem áreas com taxas de média à baixa erosão e acresção,
sendo áreas de alta erosão e acresção pontuais. Isso mostra que a margem leste está sobre uma
baixa hidrodinâmica que mantém está região relativamente preservada, as áreas de alta erosão estão
relacionadas à morfologia do local estando mais expostas as forçantes costeiras.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2358111 - RENAN PEIXOTO ROSARIO
Interno - 2312334 - LEILANHE ALMEIDA RANIERI
Interno - 1729914 - MARCELO ROLLNIC
Interno - 2770184 - SURY DE MOURA MONTEIRO
Externo à Instituição - GEORGE SATANDER DE SÁ FREIRE
Externo à Instituição - VALDIR DO AMARAL VAZ MANSO
Notícia cadastrada em: 13/05/2022 09:20
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