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Banca de DEFESA: MARCOS VINÍCIUS REIS CONCEIÇÃO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCOS VINÍCIUS REIS CONCEIÇÃO
DATA: 29/10/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do Centro de Genômica e Biologia de Sistemas da UFPA
TÍTULO:

Análise da microbiota gastrointestinal de ostras (Crassostrea gasar) provenientes de um estuário no nordeste do estado do Pará: Uma abordagem através do gene rDNA 16s.


PALAVRAS-CHAVES:

Ostras, Microbiota, rDNA 16s


PÁGINAS: 43
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Genética
SUBÁREA: Genética Molecular e de Microorganismos
RESUMO:

As ostras são moluscos bivalves que se alimentam através um processo de filtração, tendo como base partículas suspensas na água, sendo estas microalgas, bactérias, fitoplânctons, microzooplânctons e matéria orgânica dissolvida. Esses moluscos ocorrem naturalmente em estuários do litoral brasileiro, onde no nordeste do estado do Pará é comum o cultivo da espécie Crassostrea gasar. Devido ao processo de alimentação por filtração, a colonização bacteriana do intestino da ostra está relacionada ao ambiente em que habitam e a microbiota gastrointestinal de C. gasar ainda não foi elucidada. Neste estudo, buscamos descrever a diversidade bacteriana da microbiota intestinal de ostras C. gasar durante a estação chuvosa e a estação seca. Para isso, foram coletadas ostras de um ponto de cultura na vila de Lauro Sodré, em Curuçá, região nordeste do estado do Pará, em outubro de 2018 (estação seca) e abril de 2019 (estação chuvosa). O DNA extraído do estômago, intestino e glândulas digestivas foi usado como molde para a amplificação do rDNA 16s utilizando primers universais, e para sequenciamento utilizamos a tecnologia de sequenciamento de nova geração (NGS) através da plataforma Ilumina Miseq. As leituras obtidas a partir do sequenciamento foram processadas e analisadas com USEARCH e MG RAST. Os filos firmicutes, proteobactérias, bacteroidetes e actinobactérias foram os quatro filos mais frequentes na microbiota intestinal da ostra durante a estação seca e chuvosa. As métricas de alfa diversidade mostraram que a diversidade e a riqueza bacterianas foram maiores durante a estação chuvosa em relação a estação seca. Houve variação do número de filos encontrados nas amostras, onde durante a estação chuvosa foram encontrados 25 filos, 4 a mais do que durante a estação seca. Nas ostras de ambas as estações foram encontradas bactérias do gênero Clostridium, algumas espécies deste gênero podem causar botulismo (Clostridium botulinum) e tétano (Clostridium tetani). Os primeiros resultados obtidos neste trabalho são uma grande novidade em relação a ostras cultivadas na região amazônica; eles representam, a nosso conhecimento, a primeira descrição dos perfis de microbiota baseados no gene 16SrDNA da espécie ostra Crassostrea gasar. Os resultados destacam semelhanças e diferenças na composição da microbiota em diferentes épocas do ano, bem como os filos firmicutes, bacteroidetes proteobacteria e actinobacteria como os frequentes na composição da microbiota gastrointestinal de ostras. Os resultados encontrados neste estudo são compatíveis com estudos publicados anteriormente sobre a microbiota de outras espécies de Crassostrea, porém análises futuras baseadas em amostragens temporais e espaciais mais extensas devem ser realizadas; além disso, serão realizadas análises adicionais utilizando diferentes abordagens de bioinformática, a fim de obter mais informações sobre esses dados.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2266662 - DIEGO ASSIS DAS GRACAS
Externo ao Programa - 1627374 - DIONISO DE SOUZA SAMPAIO
Interno - 326026 - MARIA PAULA CRUZ SCHNEIDER
Presidente - 2260881 - RAFAEL AZEVEDO BARAUNA
Notícia cadastrada em: 11/03/2020 10:18
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