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Banca de DEFESA: KAROLINA PAZ DE MATOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KAROLINA PAZ DE MATOS
DATA: 11/09/2020
HORA: 15:00
LOCAL: Defesa por teleconferência/ via parecer
TÍTULO:

SABERES E PRÁTICAS DA PESCA ARTESANAL NA RESERVA EXTRATIVISTA ARIOCA PRUANÃ, OEIRAS DO PARÁ (PA): entre ilegalidade e manejo


PALAVRAS-CHAVES:

Arioca-Pruanã. Pesca artesanal. Conflito. Ilegalidade. Manejo


PÁGINAS: 121
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO:

Entre populações tradicionais os diferentes modos de vida estão fortemente articulados com o ambiente. Para a atividade da pesca artesanal, como prática dessas populações, essa característica se potencializa, dado que se encontra marcada por um conhecimento particular sobre o ecossistema e o domínio de artes de captura. Em unidades de conservação (UC’s) de uso sustentável, como as Reservas Extrativistas (RESEX’s), a prática da pesca merece atenção especial, pois passa a ser objeto de controle diante dos planos de manejo e na interface com os órgãos de controle ambiental trazendo consequências para as relações sociais na pesca e mesmo para o ecossistema. Na Reserva Extrativista Arioca Pruanã (REAP) a população que trabalha com a pesca compõe atividade de significativa relevância econômica e ecológica, sendo que a RESEX, já com mais de uma década de instituição, ainda não conta com plano de manejo, o que causa diferentes processos de conflito e disputa por territórios pesqueiros e recursos. Diante da interface da pesca com a instituição da RESEX, esta pesquisa aborda as práticas, saberes e estratégias utilizadas na pesca artesanal diante da diminuição do pescado relatada pelos pescadores. A pesquisa tem por principal objetivo caracterizar as pescarias - artes de pesca– e os conhecimentos locais envolvidos nessa atividade. A pesquisa deposita especial atenção nas pescarias que fazem uso de petrechos e/ou substâncias de caráter ilícito, dado que tal contexto cria processos de conflito, além de impacto no ecossistema local. A UC em tela localiza-se na microrregião de Cametá, Baixo Tocantins, município de Oeiras do Pará (PA), Brasil. Com uma área aproximada de 83.445 hectares, ela tem por objetivo resguardar o modo de vida das populações tradicionais de seu interior, assim como garantir o uso sustentável dos seus recursos naturais. A metodologia utilizada para a pesquisa teve caráter qualitativo-quantitativo. A partir de pesquisa documental nos arquivos da REAP e análise bibliográfica disponível sobre a área, a metodologia fez uso da observação participante, de caráter não etnográfico, realização de entrevistas semi-estruturadas com gestores do poder público, colônia de pescadores, presidente da associação dos moradores e atores sociais do interior da REAP, ademais de entrevistas semiestruturadas junto aos pescadores artesanais de forma a capturar as percepções e conhecimentos que envolvem a pesca e o uso de artes e petrechos ilegais. Os resultados apontam para o uso frequente de artes e petrechos ilegais que tradicionalmente foram usados entre os pescadores, mas que no atual contexto provocam cenários de conflitos no interior da UC. Trabalhos com esse enfoque são necessários à medida que possibilitam o vislumbre das problemáticas que cercam o exercício da atividade, principalmente quando se trata de uma UC de uso sustentável.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 6401580 - AQUILES VASCONCELOS SIMOES
Interno - 1548215 - BIANCA BENTES DA SILVA
Externo ao Programa - 2153549 - DENISE MACHADO CARDOSO
Externo ao Programa - 326059 - EDILA ARNAUD FERREIRA MOURA
Interno - 2434430 - JUSSARA MORETTO MARTINELLI LEMOS
Presidente - 3185045 - VOYNER RAVENA
Notícia cadastrada em: 28/08/2020 17:40
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