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Banca de DEFESA: BEATRIZ DA COSTA LIMA NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BEATRIZ DA COSTA LIMA NASCIMENTO
DATA: 25/03/2019
HORA: 10:00
LOCAL: PAT 05 - ICB UFPA
TÍTULO:

Reprodução e Etnoecologia do tracajá (Podocnemis unifilis TROSCHEL 1848) (Testudines, Podocnemididae) em área sob influência do reservatório da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, Pará- Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Quelônios, Oviposição e Conhecimento Tradicional


PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO:

O barramento dos rios para aproveitamentos hidrelétricos afeta o fluxo das águas causando profundas alterações nas áreas utilizadas para a reprodução dos quelônios podocnemidideos. Deste modo, o estudo foi realizado na área sob influencia do reservatório formado pela UHE Belo Monte no Rio Xingu, tendo sofrido profundas mudanças nos sistemas aquáticos e no regime fluviométrico local. Objetivou-se mapear e avaliar o comportamento reprodutivo de P. unifilis, comparando sua dinâmica antes e após o enchimento do lago artificial, com estudo feito abrangendo a mesma área em 2008, incluindo a investigação da percepção dos ribeirinhos residentes quanto aos mesmos aspectos. Para tanto foram monitorados 65 ninhos, em duas campanhas no ano de 2017 (desova e eclosão). No mesmo período, foram realizadas 40 entrevistas semi-estruturadas. O período de encubação variou de 57.52 a 61.67 dias entre 2008 e 2017, tendo a taxa média de eclosão variado entre 0.71 e 0.93. O número de ninhos eclodidos, predados e coletados variou entre os dois períodos investigados (ᵡ²=6.7339; gl=2; p=0.0345) assim como os ambientes utilizados para a desova (G= 85.0269; gl= 5; p= <0.0001), sendo que em 2008, a maioria 95% (N=19) dos ninhos foi depositada em Sarobais e em 2017, em Praias à montante e em Áreas Suprimidas à jusante. As variáveis físicas com diferença estatisticamente significativa foram a altura (Z(U)= 29,314; p= 0,0017; p= 0.0034) e a distância dos ninhos para a vegetação (Z(U)= 70,895; p= <0.0001). A predação (20%, n=13) e a coleta (30,76%, n= 20) foram influenciadas pela altura em relação à linha da água (t= -2,68, p<0.05) e à distância do barramento (t= 2,21, p<0.05), respectivamente. A maior coleta de ninhos ocorreu em Praias (N=9; 45%) e em Áreas suprimidas (N=6; 30%). Já a predação, nas Praias (N=6; 46,15%). Quanto ao conhecimento tradicional, a maioria dos entrevistados (N=26; 89,38%) afirmaram que não se vê mais os animais vadiando no rio, que não veem mais os animais desovando (N=23; 57,50%), que não encontram mais ninhos sendo postos na região (N=24; 61,54%) e que após o reservatório, não há mais locais disponíveis para desova (N=16; 42,11%) ou que barrancos 14 (36,84%) entrevistados e ilhas suprimidas (N=7; 18,42%) estão sendo atualmente utilizados. Como causas de perda, a maioria (N=39; 97,5%) indicou a coleta por moradores como responsáveis. A maioria dos entrevistados (62,65%; N= 25) disseram que após Belo Monte, os tracajás vão sumir região por falta de alimento e locais de desova.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2354455 - FERNANDO ARAUJO ABRUNHOSA
Externo ao Programa - 1808827 - GLEOMAR FABIANO MASCHIO
Externo à Instituição - JACKSON PANTOJA LIMA
Presidente - 1287131 - JUAREZ CARLOS BRITO PEZZUTI
Interno - 946.987.083-20 - MARCELO COSTA ANDRADE - UFPA
Interno - 3185045 - VOYNER RAVENA
Notícia cadastrada em: 21/03/2019 13:54
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