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Banca de DEFESA: CRISTIANE COSTA CARNEIRO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CRISTIANE COSTA CARNEIRO
DATA: 26/10/2017
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do Laboratório de Biologia Pesqueira - ICB UFPA
TÍTULO:

ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO DE PODOCNEMIS EXPANSA (TESTUDINES, PODOCNEMIDIDAE) NO BAIXO RIO XINGU, PARÁ, BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Podocnemis, baixo xingu, migração, sucesso reprodutivo.


PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO:

Os esforços para a conservação de quelônios amazônicos têm sido direcionados para a proteção e transferência de ninhos, sem que se leve em consideração a influência das variáveis do ninho e do clima sobre características básicas da biologia deste grupo. Além disto, existem lacunas críticas quanto ao conhecimento da ecologia básica deste grupo que seriam essenciais para o planejamento e execução de estratégias de conservação eficientes. Um aspecto crítico se refere ao comportamento destes animais fora do período reprodutivo, principalmente quanto ao uso de ambientes, e migratório das fêmeas antes e depois das desovas. Neste contexto, a região do baixo rio Xingu encontra-se um dos maiores tabuleiros de desova da Podocnemis expansa da bacia amazônica, protegido pelo Estado desde a década de 1970. Mesmo assim, pouco se sabe sobre o comportamento destas fêmeas após a desova, assim como os impactos das variações climáticas sobre seu sucesso reprodutivo. Considerando o atual cenário, o presente trabalho tem como objetivo descrever o padrão espaço-temporal das migrações pré e pós reprodutivas e avaliar os fatores que influenciam no sucesso reprodutivo, contribuindo para o aumento do conhecimento sobre a espécie, para assim subsidiar medidas de manejo. Entre outubro de 2013 iniciamos o monitoramento da rota migratória de 8 fêmeas de tartaruga que nidifica no baixo rio Xingu. As oito fêmeas de tartaruga foram rastreadas por períodos que variaram entre 143 a 1383 dias. O deslocamento total médio variou entre 85 a 1.316 km (média =729, n=8). O tempo médio gasto pelas fêmeas no percurso da área de alimentação até a área de reprodução no rio Xingu variou de 2 a 75 dias (média =44,2, n=9). Identificamos quatro padrões migratórios e cinco áreas de alimentação. As fêmeas apresentaram fidelidade ao sitio de alimentação e desova. Identificamos que as praias do baixo Xingu recebem no período reprodutivo tartarugas que migram da foz e do baixo amazonas. Investigamos por nove anos o efeito das variáveis do clima sobre o sucesso de eclosão nesta grande área de desova. Os dados mostram que a taxa de eclosão diferiu entre os anos e entre as praias. A praia alteada apresentou uma menor taxa de eclosão em todos os anos que foram comparados com praias naturais. A precipitação total, a cota do rio e as temperaturas máximas e mínimas afetaram negativamente a taxa de eclosão. Os resultados atestam para a variação no sucesso de eclosão entre as temporadas reprodutivas e as praias de desova. Recomenda-se o monitoramento continuado dos referidos parâmetros nas principais áreas onde se investe na proteção de sítios reprodutivos de quelônios na Amazônia.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JACKSON PANTOJA LIMA
Interno - 1718472 - JONATHAN STUART READY
Presidente - 1287131 - JUAREZ CARLOS BRITO PEZZUTI
Interno - 946.987.083-20 - MARCELO COSTA ANDRADE - UFPA
Interno - 2315294 - RENATA COELHO RODRIGUES NORONHA
Interno - 078.105.802-30 - RONALDO BORGES BARTHEM - UFPA
Notícia cadastrada em: 05/10/2017 17:00
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