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Banca de DEFESA: LEILIANE SOUZA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LEILIANE SOUZA DA SILVA
DATA: 28/04/2017
HORA: 09:00
LOCAL: A definir
TÍTULO:

COMPOSIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS LARVAS DE CAMARÕES PENAEOIDEA NA PLATAFORMA CONTINENTAL DO AMAZONAS


PALAVRAS-CHAVES:

Amazônia, Decapoda, zooplâncton.


PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia de Ecossistemas
RESUMO:
Os camarões representam importante grupo taxonômico tanto em sua fase larval planctônica, quanto bentônica/nectônica quando adultos, servindo de base da pirâmide trófica aquática. Os camarões Dendrobranchiata, apresentam grupos preferencialmente marinhos, com muitas espécies com importância econômica. Algumas espécies são tipicamente pelágicas, como as da família Luciferidae, representadas principalmente por Lucifer faxoni Borradaile, 1915. Outras, após se tornarem juvenis, adotam hábito bentônico como a maioria dos camarões Sergestidae e Penaeoidea, representadas por espécies estuarinas e marinhas. Muitas espécies são explotadas pela pesca artesanal e industrial, consistindo em uma das atividades econômicas relevantes para a população do Norte do Brasil. A presente tese objetivou identificar a composição específica, estimar a densidade larval dos camarões Penaeoidea e identificar quais fatores ambientais ou conjunto de fatores melhor explicam a distribuição espacial dessas larvas na Plataforma Continental do Amazonas. Também serão identificados os diferentes estágios de desenvolvimento larval de algumas das principais espécies de camarão com importância econômica na costa Norte do Brasil, verificando como se distribuem. Na região é registrada apenas uma estação chuvosa, de dezembro a maio (período de cheia do Rio Amazonas); e uma estação menos chuvosa, de junho a novembro (período de seca ou ‘vazante’ do Rio Amazonas). As amostragens foram realizadas em 2 anos de coletas trimestrais: abril/2013 (amostragem piloto); julho/2013; outubro/2013; janeiro/2014; maio/2014; julho/2014; outubro de 2014; janeiro/2015, , entre a Foz do Rio Amazonas e a Foz do Rio Pará, partindo-se da zona costeira até proximidades da quebra da Plataforma Continental (enumerados de 1 a 6). Foram coletadas 51.071 larvas de camarão no plâncton. As amostras foram obtidas através de arrastos oblíquos, com rede de plâncton cônico-cilíndrica de malha 200 μm. Simultaneamente a obtenção das amostras de zooplâncton, foram registrados dados abióticos do local com um perfilador CTD com sensores específicos. As amostras foram triadas sob um estereomicroscópio óptico e as larvas de Penaeoidea foram identificadas quanto aos estágios de desenvolvimento. A densidade larval foi expressa em número de larvas por m3. A maior densidade de larvas de camarão Penaeoidea nos estágios de protozoea e mysis ocorreu em maio/14 (208,42 larvas/m3), correspondendo a 78% do total (Total = 268,06 larvas/m3) (teste G = 221,78; p < 0.0001). As densidades das larvas nos estágios de protozoea e mysis corresponderam a 85,4 % (229,03 larvas/m3) e 14,6% (39,02 larvas/m3), respectivamente. Tanto protozoea (89,70 larvas/m3) quanto mysis (20,60 larvas/m3) foram mais densas em maio, no local 4 (180 km distante da costa, aproximadamente). Em maio, na estação chuvosa, tanto os estágios de protozoea quanto de mysis foram registradas nos locais mais distantes da zona costeira. Em outubro, período de seca, as larvas no estágio de protozoea foram registradas nos locais mais próximos da zona costeira, enquanto que as larvas no estágio de mysis foram registradas apenas no local 3 da PCA. Os camarões Dendrobranchiata constituem um grupo muito diverso e a variação da densidade é geralmente relacionada com a salinidade. O que pode explicar a densidade apenas nos locais mais distantes da costa no mês de maio e a densidade apenas nos locais mais próximos da costa no mês de outubro. Além disso, o pico de larvas no estágio de protozoea no local 4 em maio pode nos indicar uma ocasião de desova ou migração de alguma espécie. O conhecimento dos padrões de distribuição das espécies de camarões durante a fase larval é de suma importância para o entendimento do ciclo de vida. Existe uma vasta literatura sobre os camarões adultos, no entanto estudos sobre as larvas de camarões na Plataforma Continental do Amazonas são praticamente inexistentes.
Financiamento: INCT- AmbTropic (CNPq nº 565054/2010-4).

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DANIELLY BRITO DE OLIVEIRA
Interno - 2354455 - FERNANDO ARAUJO ABRUNHOSA
Interno - 1718472 - JONATHAN STUART READY
Externo ao Programa - 1717330 - JOSE EDUARDO MARTINELLI FILHO
Presidente - 2434430 - JUSSARA MORETTO MARTINELLI LEMOS
Interno - 2117827 - MARCELO PETRACCO
Externo à Instituição - RALF SCHWAMBORN
Notícia cadastrada em: 28/03/2017 17:15
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