"DNA BARCODE PARA AVALIAR A DIVERSIDADE DE PEIXES COMERCIALIZADA NO NORDESTE PARAENSE, AMAZÔNIA COSTEIRA"
Palavras Chaves: DNA Barcode, Nordeste paraense, Bragança, nomenclatura de comercialização
RESUMO
Na costa Norte do Brasil, Bragança é um importante centro de desembarque e comercialização de pesados. Os peixes que chegam nos portos da cidade são oriundos de pesarias realizada na costa Norte e áreas próximas a Bragança, boa parte deste pescado abastece o comercio local, na Feira Livre da cidade, onde são ofertadas diversas espécies ao longo do ano. Porém, a comercialização ocorre com o nome popular, o que não oferece precisão quanto à espécie comercializada e pode ocultar a diversidade real que é vendida. Portanto, o presente trabalho objetivou a identificação precisa das espécies de peixes comercializada na Feira Livre de Bragança, por meio da ferramenta Dna Barcode. Obteve se um total de 213 sequências, constituindo um banco de 500 pb, dentre as sequências foram recuperados 125 haplótipos. Destas foram discriminadas e delimitadas pelo ABGD e GMYC 88 espécies referente a 72 designações comercias, das quais 12 representam categorias. Registramos a primeira ocorrência de Hoplias missioneira na região Norte brasileira, uma possível nova espécie denominada Menticirrhus sp., comércio de espécies ameaçadas de extinção pela IUCN e de táxons que estavam ocultas por nomenclaturas de comercialização. No presente trabalho, a ferramenta DNA Barcode, mostrou-se extremamente eficiente na discriminação correta das espécies amostradas na Feira Livre de Bragança. Nossos resultados confirmam que nomes comuns e comerciais são imprecisos, subestimam a ictiodiversidade e que podem favorecer substituições e comércio de espécies ameaçadas e que apesar de termos uma normativa para estabelecer a relação de nomes comercias e especifico ela é incompleta e necessita de uma reformulação.