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Banca de DEFESA: JULIANA CARVALHO ESPER

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULIANA CARVALHO ESPER
DATA: 26/10/2020
HORA: 09:00
LOCAL: VÍDEO CONFERÊNCIA
TÍTULO:

"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS MENINGITES NO BRASIL DE 2014-2018: UM COMPARATIVO DE REGIÕES DO PAÍS"


PALAVRAS-CHAVES:

Meningites Bacterianas. Epidemiologia. Etiologia Meningites.


PÁGINAS: 45
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

A meningite bacteriana é uma doença grave, com alta taxa de mortalidade e morbidade, que ainda representa um sério problema de saúde pública no nosso país. No Brasil é doença de notificação compulsória, e considerada de extrema importância para determinação dos principais patógenos causadores de doença, bem como para controle de surtos da doença. Os principais patógenos causadores de doença e responsáveis por cerca de 90% dos casos no Brasil são a Neisseria Meningitidis, Streptococcus pneumoniae e Haemophilus Influenzae. O presente trabalho teve como objetivo determinar o perfil epidemiológico das meningites no Brasil nos anos de 2014 a 2018, realizando um comparativo entre as regiões do país. Foi realizada coleta de dados públicos no SINAN no período de 2014 à 2018 e foram incluídos no estudo todos os casos confirmados de meningite bacteriana , excluídos os casos de etiologia indeterminada, e a partir destes dados calculados os coeficientes de incidência por idade, etiologia e sorogrupo. Os resultados mostraram que a doença meningocócica continua a ser a principal causa de meningite no país, chamando atenção a variação de sorogrupo em crianças menores de 4 anos, que após a introdução da vacinação contra Meningococo C, houve maior número de meningites pelo sorogrupo B. O maior número de casos se deu em menores de 4 anos, totalizando 27% dos casos, com uma tendência descrescente conforme aumenta a idade, porém observa-se pico de incidência na faixa etária de adulto jovens 20-39 anos e 40-59 anos. A principal metodologia diagnóstica foi cultura, seguido pelo quimiocitológico, sendo que aproximadamente 60% dos casos permaneceu sem definição do agente etiológico. Apesar de uma incidência relativamente estável nos anos estudados, a meningite permanece um sério problema de saúde pública em nosso país. Na doença meningocócica, o sorogrupo C é o mais comum, porém observamos um predomínio do sorogrupo B em faixas etárias menores que 5 anos, sendo necessário avaliar a introdução da vacina contra o sorogrupo B do Meningococo no calendário vacinal brasileiro do Sistema Único de Saúde. É necessário e de extrema importância uma atenção maior para a confirmação diagnóstica etiológica das meningites bacterianas, para definirmos melhor os perfis bacterianos de cada região, pois o tratamento precoce é emergencial e deve ser instituído o quanto antes, sendo na maioria das vezes iniciado empiricamente com base no quadro clínico, na análise quimiocitológica do LCR e no perfil epidemiológico de cada região. A definição do agente etiológico guia melhor a antibioticoterapia diminuindo o uso indiscriminado destes, reduzindo indução de resistência antimicrobiana e também define melhor as variações epidemiológicas, determinando as principais variações nas cepas circulantes, permitindo um melhor controle através de programas vacinais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1220143 - EDIVALDO HERCULANO CORREA DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - MICHELE AMARAL DA SILVEIRA
Externo à Instituição - RENATO ARAUJO DA COSTA
Notícia cadastrada em: 25/10/2020 16:01
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