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Banca de DEFESA: EMANUELE NAZARÉ DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EMANUELE NAZARÉ DA SILVA
DATA: 02/07/2020
HORA: 15:00
LOCAL: UFPA/BRAGANÇA
TÍTULO:

De Imbinha à Mãe Chica: história e memória na Comunidade Remanescente de Quilombos de Itaboca-Quatro Bocas e Cacoal (Inhangapi, Pará)


PALAVRAS-CHAVES:

Negros. Mulheres. Quilombo. História. Memória. Inhangapi. Pará.


PÁGINAS: 85
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

Este trabalho apresenta os resultados da pesquisa realizada sobre uma comunidade negra que se reconhece como quilombola e está localizada no interior do município de Inhangapi (mesorregião do Pará e microrregião de Castanhal). Tal comunidade se associou e registrou como Comunidade Remanescente de Quilombos de Itaboca-Quatro Bocas e Cacoal em 2005 e teve, em 2010, reconhecido junto ao Instituto de Terras do Pará o domínio coletivo de suas terras. O objetivo da pesquisa foi analisar como a afirmação étnica do grupo remonta os laços de pertencimento ancestrais, mas se materializou através da agência e mobilização no qual se destacou uma mulher. História e memória do grupo foram remontadas, com relatos sobre a luta pelo reconhecimento do território como uma área quilombola por parte do Estado. Nestes relatos, observamos o papel de mulheres da família de sobrenome Gusmão, envolvidas na construção e perpetuação do sentimento de pertencimento, por intermédio de atividades que envolvem saberes transmitidos de geração em geração. A metodologia incluiu pesquisa histórica e etnográfica, partindo-se de revisão bibliográfica sobre a história dos quilombos no Brasil e recorreu-se às técnicas da história oral e da etnografia para a realização do trabalho de campo, com as observações diretas e realização de entrevistas semiestruturadas. Trata-se de uma história do tempo presente, sendo o recorte da pesquisa definido a partir do momento em que a comunidade se constituiu como associação quilombola, no ano de 2005. Os resultados obtidos constataram que os saberes tradicionais colocados em atividades do cotidiano, demonstram ser o principal instrumento para a construção do sentimento de pertencimento. Quando algumas mulheres recorrem à memória, e são responsáveis pela extração ou cultivo e produção de variadas espécies, o conhecimento colocado no momento do manuseio, contribui na sustentação do grupo, tanto alimentar, quanto nas dinâmicas sociais e de luta, preservando elos comunitários e reafirmando o protagonismo de mulheres negras quilombolas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2474991 - ELIANE CRISTINA LOPES SOARES
Interno - 3342841 - LUIS JUNIOR COSTA SARAIVA
Externo ao Programa - 3318711 - MARIA ROSEANE CORREA PINTO LIMA
Presidente - 2200566 - PEDRO PETIT PENARROCHA
Notícia cadastrada em: 22/06/2020 14:30
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