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Banca de DEFESA: GAMALIEL TARSOS DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GAMALIEL TARSOS DE SOUSA
DATA: 27/02/2020
HORA: 10:00
LOCAL: Campus de Bragança - Sala 4, Bloco II
TÍTULO:

ARRANJOS PRODUTIVOS E SABERES ECOLÓGICOS EM ÁREAS DE RESERVAS EXTRATIVISTAS DO LITORAL NORDESTE DO PARÁ


PALAVRAS-CHAVES:

Saberes Ecológicos. Povos Tradicionais. Reserva Extrativista Marinha. Litoral Paraense.


PÁGINAS: 149
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Ciência Política
SUBÁREA: Políticas Públicas
RESUMO:

O estudo discute a necessidade de entendimento mais abrangente sobre os saberes de grupos humanos, moradores de comunidades tradicionais que possuem relação direta com áreas de Reservas Extrativistas Marinhas (RESEX-Mar) de Caeté-Taperaçu e de Gurupi-Piriá, localizadas na faixa litorânea do nordeste do estado do Pará, costa amazônica brasileira, municípios de Bragança e Viseu, respectivamente. Parte-se do princípio que esse cabedal de conhecimentos acumulados, ao longo de gerações, por essas populações e sistematizados pela prática cotidiana e a oralidade podem ser interpretados como epistemologias marginais, sob o ponto de vista do conhecimento colonizador, mas que têm capitalizado ganhos significativos para essas populações que são resistentes e sobrevivem nesses ambientes, onde predomina o ecossistema manguezal, de forma equilibrada, há séculos. O trabalho tem cunho qualitativo a partir da pesquisa de campo, com a aplicação de questionários com perguntas abertas e semiestruturadas para 100 (cem) agentes sociais ou extrativistas maiores de 18 anos, considerados, também, trabalhadores do mar e do manguezal, possuidores de notórios saberes, imprescindíveis para suas sobrevivências e manutenção do equilíbrio ambiental de suas respectivas Unidades de Conservação. Ademais, o processo de análise dos dados coletados ocorreu a partir da análise de conteúdo, com o viés interpretativo e analítico de cada questão pontuada. Os resultados demonstraram que a prática adquirida pelos “Saberes Ecológicos Locais” serve de fio condutor para as ações dos grupamentos humanos que se relacionam diretamente com a natureza. Ademais, possui, sobremaneira, relevância nesse momento histórico, pelo fato de se mostrarem eficientes e de baixo poder ofensivo sobre o meio ambiente, em que estes podem servir de modelo, associados a outras formas de pensamento. Dessa forma, os saberes de populações tidas como tradicionais com sua carga e memória biocultural sinalizam como alternativa viável na tentativa de superação dessa crise planetária. Finalmente, o trabalho advoga que uma dessas epistemologias possíveis são os Saberes Ecológicos Locais praticados pelas populações tradicionais em relação direta com seus territórios e que permanecem ocultos pela grande linha abissal.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2500407 - FRANCISCO PEREIRA DE OLIVEIRA
Interno - 2420136 - CESAR AUGUSTO MARTINS DE SOUZA
Interno - 3449353 - NORMA CRISTINA VIEIRA COSTA
Externo ao Programa - 1688745 - THIAGO DE AZEVEDO PORTO
Notícia cadastrada em: 27/02/2020 09:18
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