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Banca de DEFESA: NADIA GRINGS BATISTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NADIA GRINGS BATISTA
DATA: 20/05/2019
HORA: 19:00
LOCAL: UFPA/BRAGANÇA
TÍTULO:

GÊNERO E TERRITORIALIDADE NA CONFIGURAÇÃO DAS PERSONAGENS FEMININAS INDÍGENAS NAS OBRAS DOIS IRMÃOS E ÓRFÃOS DO ELDORADO


PALAVRAS-CHAVES:

Crítica Feminista. Gênero. Milton Hatoum. Mulheres indígenas


PÁGINAS: 89
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

A Crítica Feminista, juntamente com os temas gênero, etnia e territorialidade, são os

instrumentos utilizados neste trabalho para discutir a questão feminina indígena na literatura

produzida por Milton Hatoum, especificamente, nas obras Dois Irmãos (2006) e Órfãos do

Eldorado (2008). Para tanto, são analisadas as personagens Domingas, Dinaura e Florita na

perspectiva de refletir sobre as estratégias de resistência desenvolvidas por essas mulheres ao

longo de suas vidas. Uma análise que só é possível a partir da Crítica Feminista, que permite

uma releitura das personagens femininas ao mudar o foco da análise, dando ênfase a aspectos

menos evidentes em sua constituição. No intuito de compreender como as indígenas brasileiras

se posicionam em relação ao movimento feminista, analisou-se a formação do movimento das

mulheres indígena que surge em paralelo à organização do movimento indígena na década de

1970. Suas organizações são atuantes e se fortaleceram com o tempo, contudo, não se sentem

contempladas pelas pautas feministas das mulheres não indígenas. Perpassando essa discussão,

percebe-se que Domingas, Dinaura e Florita, em função de sua condição de gênero e de etnia,

são forçadas a se deslocarem de seus territórios e transformarem suas identidades. O

deslocamento compulsório vivido por estas personagens suscita a discussão sobre

territorialidade, desterritorialização e reterritorialização. Os critérios de análise da Crítica

Feminista são ainda usados para identificar o quanto de resistência Milton Hatoum conseguiu

imprimir nas personagens em estudo, numa proposta de desconstruir a imagem de mera

subjugação, em que são postas inicialmente. Nesse contexto, mulheres indígenas e não

indígenas estão percebendo a necessidade de buscarem um diálogo agregador, capaz de romper

com a lógica colonial, construindo assim uma proposta decolonial, na qual sugerem que os

conhecimentos locais sejam incentivados e potencializados, num movimento de construção de

novos paradigmas capazes de contemplar a diversidade cultural e política da sociedade

brasileira.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2420136 - CESAR AUGUSTO MARTINS DE SOUZA
Presidente - 3342841 - LUIS JUNIOR COSTA SARAIVA
Externo à Instituição - XIMENA ANTONIA DIAZ MERINO
Notícia cadastrada em: 02/05/2019 09:43
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