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Banca de DEFESA: AUGUSTO CÉSAR PINTO FIGUEIREDO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AUGUSTO CÉSAR PINTO FIGUEIREDO
DATA: 16/04/2019
HORA: 14:00
LOCAL: UFPA/BRAGANÇA
TÍTULO:

AS FILHAS DO BELO MONTE: Prostituição e grandes projetos na Amazônia


PALAVRAS-CHAVES:

Prostituição, Amazônia, Sexo, Grandes Projetos, UHE Belo Monte


PÁGINAS: 116
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

O fenômeno da prostituição tem acarretado diversos questionamentos, desde os períodos mais remotos até os dias de hoje. Costuma-se aceitar a prostituição como um fator de degeneração moral, ideia corrente no meio do imaginário popular. Para esse intento, foi necessário compreender também as raízes dessa prostituição nesse contexto, que são os grandes projetos da Amazônia e aqui verificar como estão intimamente imbricados, grandes projetos e prostituição. Pensando nisso, nessa relação e nos padrões sociais estabelecidos por parcela significativa da sociedade, que vislumbramos a pesquisa “As filhas de Belo Monte: prostituição e grandes projetos na Amazônia”. Para tal intento, procuramos, antes, realizar uma pesquisa bibliográfica que retratassem, socialmente, o fenômeno da prostituição e sua reatualizacão no tempo e mostrasse um panorama geral dos grandes projetos idealizados para a Amazônia. Por fim, procuramos buscar entender a relação de prostituição e os grandes projetos aqui implementados, tanto no passado recente, quanto no lócus escolhido, ou seja, Belo Monte. Em relação a metodologia escolhida, ou seja, o estudo de caso, foi feita por entender que esta é uma metodologia que recomenda olhares mais meticulosos e detalhados de um contexto natural. O próximo passo foi estabelecer os espaços e sujeitos de minha pesquisa. Procurei pessoas que vivenciaram a prostituição no período do recorte temporal escolhido, ou seja, 2010-2015, a fim de entender suas atuações nesse mercado do sexo em Belo Monte. Após a escolha do agente informante, trabalhamos nos procedimentos da coleta de dados, estabelecendo uma ordenação do trabalho, bem como a definição, coleta e processamento dos dados coletados. Para analisar os dados, foi utilizado um questionário de entrevista semiestruturado. Os questionários abriam caminho para conversas mais abertas e espontânea, que serviram para dar voz as profissionais do sexo durante todo o processo de escrita dessa dissertação. O primeiro capítulo, portanto, foi totalmente dedicado a compreender a prostituição se originou, desenvolveu e se estruturou no mundo ocidental, mesmo diante de tantas implicações morais e religiosas, levantadas pela ética judaico-cristã. No segundo capítulo, nos debruçamos e traçar uma narrativa linear dos maiores acontecimentos econômicos que marcaram a história da Amazônia brasileira, até os dias de hoje. No terceiro capítulo, apresentamos todas as nuances, por intermédio de depoimentos, que nos permitiram compreender como o fenômeno da prostituição se organizou durante a construção da barragem e suas implicações para a sociedade local. Por fim, a presente dissertação pode desempenhar um papel relevante para a construção de um painel emoldurado, que permita uma melhor percepção dos dramas socioeconômicos e psicológicos vivenciados pelas profissionais do sexo, as quais foram seduzidas por expectativas de ganhos substanciais, entoadas por aqueles e aquelas que acreditaram na falácia do progresso chamada Hidrelétrico Belo Monte.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2420136 - CESAR AUGUSTO MARTINS DE SOUZA
Presidente - 3342841 - LUIS JUNIOR COSTA SARAIVA
Externo ao Programa - 1286258 - VALTER LUCIANO GONCALVES VILLAR
Notícia cadastrada em: 10/04/2019 11:01
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