Notícias

Banca de DEFESA: ELAINE DE OLIVEIRA DIAS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELAINE DE OLIVEIRA DIAS
DATA: 12/09/2022
HORA: 15:00
LOCAL: Bragança
TÍTULO:

TRABALHO E MULHERES MARISQUEIRAS NO

CONTEXTO DA PRÁTICA ARTESANAL DA COMUNIDADE DO CASTELO NA AMAZÔNIA BRAGANTINA


PALAVRAS-CHAVES:

Mulheres Marisqueiras. Prática do Artesanato. Trabalho e Relações de Gênero.


PÁGINAS: 99
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
SUBÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

Nesta pesquisa da Dissertação abordo o trabalho de mulheres marisqueiras da Comunidade do Castelo, Bragança-PA a partir da participação delas em um curso de profissionalizante de curtimento de escamas de peixes. O curso de escamas ofertado pela Secretaria em parceria com a Universidade Federal do Pará, Campus Bragança objetivou qualificar as mulheres para gerar renda e forma ecológica de preservação do meio ambiente. Tendo como problema norteador de que forma se apresenta a partir do projeto empreendido pela UFPA (Universidade Federal do Pará), na comunidade do Castelo, destacando o processo de mudança que essa ação modificou o modo de vida, desenvolvida pelas atividades desempenhadas pelas mulheres marisqueiras? Reforçando de como atividades projetadas por instituições alheias as comunidades interferem no modo de vida, nos costumes e nas tradições dessas comunidades. Para responder as questões norteadoras da pesquisa, elegemos os objetivos. De modo geral analisar as mudanças ocorridas a partir do curso de artesanato, para compreensão das relações de gênero, divisão sexual do trabalho nas atividades desenvolvidas pelas mulheres marisqueiras da comunidade do Castelo. identificar como as produções desenvolvidas com a elaboração dos artesanatos modificaram a realidade sociocultural da comunidade, a fim da compreensão do seu processo produtivo, a partir das perspectivas e concepções das relações de gênero e de trabalho; caracterizar os aspectos sócio-históricos-econômicos da Comunidade do Castelo para o entendimento das configurações existentes nas relações de trabalho; especificar as atividades desenvolvidas por homens e mulheres na Comunidade do Castelo ressaltando o processo da divisão social e sexual do trabalho que configuram- se na localidade; refletir sobre as narrativas apresentadas pelos participantes para confirmação das relações de gênero presentes nas atividades das mulheres marisqueiras. A hipótese consiste em identificar se o curso relacionado a prática artesanal contribuiu para modificar os modos de vidas, relacionado ao trabalho, aos saberes e as culturas, do contexto de comunidades tradicionais.  A pesquisa apresenta uma abordagem qualitativa, sendo escolhidas para análise, três categorias: o trabalho, o gênero e as mulheres marisqueiras. Nesse sentido elegeu-se dois grupos: primeiro o das mulheres marisqueiras que participaram do curso de artesanatos feitos das escamas e couro do peixe, a entrevista aconteceu com quatro mulheres, que após a finalização do curso continuaram produzindo e vendendo o artesanato e no segundo grupo entra o esposa de uma dessas marisqueiras. A metodologia de roda de conversa também aconteceu durante a pesquisa, entre 2018 e 2019. Momento de coletar os dados no uso de duas técnicas a roda de conversa e entrevista com a participação de três mulheres que concluíram o curso de artesanato. Os resultados revela que a partir do curso de artesanato as mulheres marisqueiras passaram a protagonizar um cenário de valorização nas relações de trabalho e gênero, tendo em vista que alcançou-se uma independência financeira em relação aos maridos, que anteriormente eram quem efetivamente sustentavam suas famílias com os recursos adquiridos do trabalho com a pesca artesanal. Essa independência financeira das mulheres marisqueiras promoveu alterações na organização e na divisão sexual do trabalho entre homens e mulheres quanto as atividades no lar. Elas mulheres ganharam visibilidades no trabalho com o artesanato e reconhecimento a partir da venda de seus artesanatos. O marido que foi entrevistado assume que em vários momentos quando a pesca estava difícil e escassa, ele foi sustentado financeiramente por sua esposa que passou a ganhar mais dinheiro que ele com a venda do artesanato feito por ela. 

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2360232 - ANA PAULA VIEIRA E SOUZA
Interno - 2367847 - FRANCISCO PEREIRA SMITH JUNIOR
Interno - 2305487 - VANDERLUCIA DA SILVA PONTE
Externo ao Programa - 3425816 - JOAO BATISTA DO CARMO SILVA
Notícia cadastrada em: 08/09/2022 19:37
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) - (91)3201-7793 | Copyright © 2006-2024 - UFPA - bacaba.ufpa.br.bacaba1