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Banca de QUALIFICAÇÃO: FELIPE GUIMARÃES DE OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FELIPE GUIMARÃES DE OLIVEIRA
DATA: 29/03/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Dependências do PPGD
TÍTULO:

O MITO DA SOBERANIA DO CONSUMIDOR NO CAPITALISMO DE VIGILÂNCIA: UMA ABORDAGEM  TRANSDISCIPLINAR A PARTIR DA CRÍTICA À TEORIA ECONÔMICA NEOCLÁSSICA MARGINALISTA


PALAVRAS-CHAVES:

Neoliberalismo; Capitalismo de Vigilância; Vulnerabilidade Algorítmica-Comportalmental; Mito da Soberania do Consumidor


PÁGINAS: 89
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Direito
RESUMO:

No cenário do neoliberalismo, a cultura e o comportamento de consumo são impactados, formatando o conceito de hipermodernidade, uma sociedade liberal caracterizada pelo movimento, pela fluidez, pela flexibilidade, indiferente como nunca antes se foi aos grandes princípios estruturantes da modernidade, que precisaram adaptar-se ao ritmo hipermoderno para não desaparecer. Um mundo hedonista e medicalizado, online, conectado como nunca visto e na qual, a racionalidade do consumidor é paulatinamente mitigada em detrimento dos apelos da indústria cultural, da mídia, do marketing, das estratégias digitais e da captação indevida de dados pessoais em sistemas de big data, ocasionando uma mutação do próprio sistema capitalista denominado por Shoshana Zuboff de "Surveillance Capitalism" ou Capitalismo de Vigilância. Utilizando-se de uma abordagem transdisciplinar, a pesquisa possui como questão-problema: É factível identificar na era do capitalismo de vigilância, o rompimento ao postulado da soberania do consumidor, reconhecendo o agravamento da sua vulnerabilidade algorítmica-comportamental, e, desse modo, propor alternativas para o robustecimento da proteção de seus interesses enquanto categoria vulnerável? O problema nas relações de consumo reside especialmente na apropriação ilícita do superávit comportamental do consumidor, agravando sua vulnerabilidade no mercado de consumo. O pseudoconsentimento do consumidor quanto à coleta de seus dados pessoais nas plataformas virtuais, denotam, sobretudo, essa faceta de vulnerabilidade, em que o consentimento é meramente formalizado, porém desinformado, e a privacidade cada vez mais invadida e exposta, especialmente quando analisadas as modernas técnicas de publicidade dirigida que se utilizam de inteligência artificial a partir da coleta desse excedente comportamental. Na perspectiva do capitalismo de vigilância, a maior parte dos dados e informações pessoais dos consumidores são usados pelos agentes econômicos para a criação de modelos, ou seja, padrões de comportamento humano. Assim, ao se criar grandes padrões de comportamento (modelos), automaticamente, o agente econômico consegue ver as pessoas, consumidores e suas características peculiares. Identificam como elas se comportam ao longo tempo, permitindo ao fornecedor adequar os dados dos consumidores a esse padrão, e, prever, o que vão fazer não apenas agora, mas no futuro.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2315277 - DENNIS VERBICARO SOARES
Interno - 2314196 - RICARDO ARAUJO DIB TAXI
Externo à Instituição - SUZY ELIZABETH CAVALCANTE KOURY
Notícia cadastrada em: 18/03/2022 12:23
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