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Banca de DEFESA: LUANA CASTRO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUANA CASTRO DA SILVA
DATA: 16/03/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Teleconferência
TÍTULO:

Verde urbano e justiça socioambiental no padrão de urbanização manauara


PALAVRAS-CHAVES:
verde urbano, justiça socioambiental, morfologia urbana, Manaus, Amazônia.

PÁGINAS: 163
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Arquitetura e Urbanismo
RESUMO:

Intrínseca à Modernidade, a Colonialidade define dinâmicas de poder que buscam a perpetuidade de um único modo de vida – da sociedade urbano-industrial (QUIJANO, 2005), que se mostrou predatório para o Sistema-Terra e responsável pela situação de emergência climática atual (IPCC, 2022). Na Amazônia, as práticas enraizadas na colonialidade tem dupla origem: colonizada como parte do Sul Global e colonizada como periferia interna ao país (LOUREIRO, 2022). Em decorrência da desigualdade estruturante da Colonialidade, perpetuam-se também injustiças socioambientais, responsáveis pelo acesso exclusivo às benesses do capital por grupos dominantes, enquanto os danos e a escassez são transferidos aos grupos vulnerabilizados (ACSELRAD, 2010). Como mediadora entre a ordem distante dos ideais modernos da sociedade urbano-industrial e a ordem próxima da vida cotidiana da população, a cidade é a dimensão material das disputas e conflitos da sociedade (LEFEBVRE, 2001). Por essas razões, buscou-se analisar criticamente o padrão de urbanização da cidade de Manaus (AM) – maior cidade da Amazônia, com 2 milhões de habitantes, capital do estado mais indígena do país –, tendo em vista o lugar do verde urbano no padrão de urbanização nativo, e suas implicações a partir da justiça socioambiental. No qual, verde urbano designa a totalidade de espaços vegetados de uma cidade, para além dos espaços ou áreas verdes, associados aos espaços públicos formais provenientes do repertório convencional do Urbanismo. O termo é utilizado devido ao caráter socioecológico desta pesquisa, ao buscar incluir na análise urbana fragmentos florestais, cursos d’água e áreas vegetadas em geral como espaços de relevância social, cultural e ecológica, com base na sociobiodiversidade amazônica. Para isso, a pesquisa embasou-se na identificação e análise morfológica dos padrões de urbanização, associados aos fatores, agentes e modos de vida que promovem as repetições nas formas de organizar o espaço. De natureza explicativa, o percurso metodológico seguiu uma abordagem qualitativa associando diversas ferramentas metodológicas a três eixos guias (histórico, sociocultural e ecológico) para alcançar os demais objetivos, com a pesquisa bibliográfica e histórica, dispositivos da pesquisa-ação para a pesquisa empírica, com a espacialização de dados coletados por questionário, uso de imagens de satélite e técnicas de geoprocessamento e análise ambiental de áreas degradadas para identificação de alterações hidrológicas. Com isso, verificou-se a coexistência de cosmovisões e modos de vida, refletidos na sobreposição de distintos padrões de urbanização que compõem a morfologia urbana da cidade de Manaus, apesar da perda massiva de verde urbano nas últimas décadas induzida pela intensa expansão urbana, por sua vez, promovida pelo Estado, através de planos de embelezamento, higienizadores, planos desenvolvimentistas (Operação Amazônia) e políticas habitacionais ao longo da história da ocupação ocidental de Manaus. Constatou-se que o Estado é detentor das áreas expressivas de verde urbano internas à mancha de ocupação da cidade, portanto, é capaz de regular os modos de vida possíveis na cidade, logo, é o agente basilar para o apagamento sociocultural e a consequente homogeneização dos padrões de urbanização e modos de vida divergentes do ocidental.
Palavras-chave: verde urbano, justiça socioambiental, morfologia urbana, Manaus, Amazônia.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3176293 - ANA CLAUDIA DUARTE CARDOSO
Interno - 1446536 - JULIANO PAMPLONA XIMENES PONTE
Externo à Instituição - LIZA MARIA DE SOUZA ANDRADE
Notícia cadastrada em: 09/03/2023 12:12
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