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Banca de DEFESA: JESSICA TEIXEIRA GOMES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JESSICA TEIXEIRA GOMES
DATA: 26/03/2024
HORA: 14:30
LOCAL: Sala 01 do PPGO/UFPA
TÍTULO:

O óleo de andiroba (Carapa guianensis aubl.) e seus compostos ativos saponificáveis e insaponificáveis: ação antimicrobiana, avaliação de morfologia, proliferação e toxicidade celular


PALAVRAS-CHAVES:

plantas medicinais, Meliaceae, andiroba, Propriedades biológicas,Compostos bioativos,Limonóides,Ácidos graxos.


PÁGINAS: 112
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
SUBÁREA: Radiologia Odontológica
RESUMO:

O objetivo do estudo foi avaliar a viabilidade, proliferação e morfologia celular em fibroblastos gengivais humanos e o efeito em antimicrobiano (Candida albicans, Escherichia coli e Staphylococcus aureus) em exposição ao óleo de andiroba (Carapa guianensis aubl) e seus compostos ativos isolados (saponificável e insaponificável), bem como identificar a pureza do composto insaponificável e os principais ácidos graxos no isolado saponificável. Para avaliar a viabilidade celular (teste de MTT) dos compostos isolados e do óleo de andiroba, as células (fibroblastos gengivais) foram expostas por 24 e 48 horas nas concentrações 10, 100, 500, 1000 e 1500 μg/ml e a absorbância (quantificação fotométrica) foi realizada no leitor ELISA (Bio-Rad®). A viabilidade celular foi analisada segundo a ISO 10993-5: 2009. A avaliação da migração celular foi realizada pelo ensaio de ferida, com células de fibroblastos semeadas em placa de 24 poços e com a confecção de uma descontinuidade da monocamada no centro de cada poço (ponteira de 10 µL). As células foram expostas ao óleo e aos compostos isolados ativos (saponificável e insaponificável) nas concentrações de 10 e 100 μg/ml. As imagens foram capturadas nos tempos de 0, 24 e 48 horas para avaliar a área de fechamento da ferida com o auxílio do software ImageJ. As alterações da morfologia de fibroblastos gengivais expostos ao óleo de andiroba e aos compostos isolados ativos nas concentrações 10,100,500,1000,1500 μg/ml foram avaliadas em 0, 24 e 48 horas, com a captura de imagens para análise qualitativa. Para avaliar a ação antimicrobiana, foram utilizadas cepas de Candida albicans, Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Foi confeccionada suspensão fúngica com a cepa e expostas a placas petri, com seguinte exposição ao óleo de andiroba e porção dos isolados nas concentrações 100 mg/ml, 250 mg/ml e 500 mg/ml. As leituras foram baseadas na mensuração do halo de inibição em 24, 48 e 72 horas, com o auxílio do software ImageJ. A análise bacteriana foi realizada utilizando cepas de Escherichia coli e Staphylococcus aureus, nas concentrações 100,250 e 500mg/mL de óleo de andiroba e porção dos isolados. A análise ocorreu nos tempos 0 e 24 horas, através da quantificação da turbidez, com uma avaliação fotométrica baseada na absorbância (espectrofotômetro Bioespectro SP-200). Para confirmação do isolamento dos compostos ativos, foi realizada cromatografia em camada fina (TLC) e cromatografia gasosa para identificação dos ácidos graxos. Os testes estatísticos foram realizados com o software Biostat 5.0. A viabilidade celular foi analisada na porcentagem de viabilidade. O ensaio de ferida foi utilizado o teste ANOVA de kruskal wallis com pos hoc de dunn e a porcentagem de fechamento. A morfologia celular foi baseada em análise qualitativa. A análise anti fúngica e bacteriana foi baseada na análise da variância ANOVA de kruskal wallis com pos hoc de dunn. Todas as análises consideraram um nível de significância de 5%. A caracterização dos ácidos graxos apresentou 18 compostos saponificáveis, sendo o ácido oleico em maior concentração (48,4%), seguido do ácido palmítico (29,9%), ácido esteárico (9,4%) e ácido linoleico (7,8%). Foram detectadas as bandas de esteróides e triterpenóides, com a ausência de triglicerídeos na composição insaponificável. O óleo de andiroba exposto a fibroblastos gengivais não apresentou toxicidade (concentrações 10, 100, 500, 1000 e 1500μg/ml), alteração na morfologia celular, e ainda apresentou os melhores resultados na proliferação celular, com fechamento completo da área da ferida. O óleo de andiroba exposto em cepas de candida albicans nas concentrações 100,250 e 500 mg/ml não apresentaram inibição do microrganismo durante 72 horas. O óleo apresentou ação bactericida em cepas de Escherichia coli e Staphylococcus aureus nas concentrações 100, 250 e 500 mg/ml em 24 horas de exposição. Os isolados insaponificáveis apresentaram uma toxicidade concentração/tempo dependente, com a maior concentração (1500μg/ml) se apresentando tóxica apenas em 48 hrs de exposição. No entanto, não demonstrou danos na morfologia celular e ainda apresentou estímulo na proliferação celular na menor concentração (10 μg/ml). Além disso, a porção insaponificável apresentou ação inibitória as cepas de candida albicans em todas concentrações, com maior halo de inibição na maior concentração (500 mg/ml). O isolado insaponificável também apresentou ação antimicrobiana dose-dependente, sendo mais sensível a Escherichia coli, inibindo proliferação nas concentrações 250 e 500 mg/ml. Em Staphylococcus aureus, o isolado apresenta inibição apenas na maior concentração (500 mg/ml). O isolado saponificável, porção rica em ácidos graxos, expostos a fibroblastos gengivais apresentaram toxicidade nas concentrações 500, 1000 e 1500 μg/ml independente do tempo de exposição (24 e 48 hrs). As maiores concentrações (500,1000 e 1500 μg/ml) também evidenciaram alteração na morfologia da célula, com modificação no formato celular, na proporção núcleo-citoplasma e, em maior gravidade, exposição de material genético pelo rompimento da membrana (1500 μg/ml). Apesar das limitações ocasionadas pelas maiores concentrações do isolado saponificável, este apresentou um estímulo proliferativo das células no ensaio de ferida, se comparado ao controle (meio de cultura). A porção saponificável apresentou eficácia em todas as concentrações avaliadas expostas a cepas de candida albicans, com maior potencial antifúngico na maior concentração (500 mg/ml) e se manteve ao longo do tempo (72 horas). O isolado saponificável apresentou eficácia antimicrobiana em cepas de Escherichia coli e Staphylococcus aureus apenas na concentração 500 mg/ml. Com isso, pode-se concluir que o óleo de andiroba é uma excelente forma terapêutica por não apresentar toxicidade, estimular proliferação celular e ação bactericida em bactérias gram-positivas e gram-negativas, mostrando que o sinergismo dos compostos ativos são essenciais para sua eficácia. Entretanto, apresenta limitações na ação antifúngica. Os compostos insaponificáveis são alternativas interessantes pelo seu potencial terapêutico, apresentando viabilidade tempo/concentração dependente, atividade proliferativa e ação antimicrobiana (Escherichia coli, Staphylococcus aureus e candida albicans), principalmente nas maiores concentrações. O isolado saponificável apresenta eficácia terapêutica apenas nas menores concentrações, com estímulo celular associado a menor concentração. A porção saponificável apresenta ação bactericida a bactérias gram-positiva e gram-negativa e ação antifúngica (candida albicans) na maior concentração (500 mg/ml). Novos estudos são necessários com novas metodologias, novas concentrações e com aplicações experimentais em animais.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2346057 - FABRICIO MESQUITA TUJI
Interno - 1152832 - JOAO DE JESUS VIANA PINHEIRO
Externo à Instituição - LAIS CUNHA PRADO
Externo ao Programa - 326568 - MARIA SUELI DA SILVA KATAOKA
Externo ao Programa - 2178367 - ROMMEL MARIO RODRIGUEZ BURBANO
Notícia cadastrada em: 19/03/2024 09:03
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