Notícias

Banca de DEFESA: RENATA TRAVASSOS DA ROSA MOREIRA BASTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RENATA TRAVASSOS DA ROSA MOREIRA BASTOS
DATA: 25/03/2024
HORA: 08:00
LOCAL: Via plataforma Google Meet
TÍTULO:

Incidência do apinhamento terciário, desgaste e perdas dentárias em indígenas da Amazônia: uma coorte de 13 anos


PALAVRAS-CHAVES:

Má Oclusão. Atrito Dentário. População Indígena,  Perda de Dente, Estudos Epidemiológicos.


PÁGINAS: 83
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
SUBÁREA: Ortodontia
RESUMO:

ARTIGO 1

O desgaste dentário e o apinhamento terciário: uma coorte de 13 anos em indígenas da Amazônia.

RESUMO

Background: o desgaste dentário é um importante mecanismo de redução das dimensões dentárias e, consequentemente, do apinhamento. O objetivo desta coorte foi examinar a relação entre o desgaste dentário, ajustado por covariáveis, sobre o apinhamento terciário em indígenas da Amazônia. Métodos: foram avaliados 40 indígenas em dentição permanente pertencentes a duas aldeias, Arara (n=22) e Assurini do Xingu (n=18). Avaliação clínica, fotográfica e em modelos foi realizada em T0 e após 13 anos (T1). O apinhamento anterior foi medido pelo índice de Little (IL) e modelado através da regressão linear multinível pelas variáveis preditoras: aldeia, desgaste dentário (T1-T0), idade (T0), número de perdas dentárias (T1-T0), alterações na largura intercaninos (T1-T0) e no perímetro do arco (T1-T0). Resultados: observou-se um suave aumento (<1mm) do apinhamento dentário anterior e uma redução do perímetro do arco <1,5 mm, enquanto o desgaste aumentou entre 0,65 e 0,99 unidades. A variável contextual (aldeia) não teve associação significativa com o IL. No arco superior, o número de dentes perdidos foi a única variável que mostrou associação inversa com o IL (b=-0,41, p<0,05). Por sua vez, no arco inferior, o aumento do apinhamento era inversamente associado ao desgaste dentário (b=-1,30, p<0,05) e às mudanças no perímetro do arco (b=-0,31, p<0,05). As demais variáveis não apresentaram associação significativa. Conclusão: após 13 anos, o apinhamento dentário e o desgaste dentário aumentaram, enquanto as dimensões do arco tendem a reduzir. As mudanças do apinhamento dentário a longo prazo parece ter componentes etiológicos distintos em cada arco. Enquanto na mandíbula as alterações no alinhamento dos incisivos estavam associadas ao desgaste dentário e às alterações dimensionais do arco dentário, na maxila apenas as perdas dentárias foram capazes de suscitar alterações no alinhamento dentário. Sugere-se que o efeito do desgaste dentário na etiologia do apinhamento terciário é de pequena magnitude e restrito ao arco dentário inferior.

 

ARTIGO 2

Incidência de perda dentária em populações indígenas remotas da Amazônia: uma coorte de 13 anos antes e depois da hidrelétrica de Belo Monte.

RESUMO

Objetivos: analisar a incidência de perda dentária em duas populações indígenas remotas da Amazônia. Métodos: esta coorte prospectiva avaliou um total de 47 indígenas em dentição permanente de duas aldeias de diferentes etnias, Arara-Laranjal (n=28) e Assurini do Xingu (n=19). Dados demográficos como idade e sexo e perdas dentárias foram avaliados em T0 (2010) e treze anos depois (T1), antes e depois da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, o que ocasionou um contato mais próximo com a população não indígena. Um modelo de regressão de Poisson multinível foi utilizado para avaliar a influência da aldeia, sexo e idade na incidência de perda dentária. Resultados: em T0, os indígenas possuíam todos os dentes permanentes. Quarenta e dois indígenas perderam pelo menos um dente (89%), totalizando 172 dentes perdidos em T1, uma incidência de 97% no sexo feminino e 76% no sexo masculino. Não houve influência da etnia na perda dentária (p=1,000). Um menor risco de perda dentária foi associado aos indígenas do sexo masculino (β=-0,50, p<0,05), mas não à idade. No sexo feminino, a maior incidência de dentes perdidos foi de segundos molares inferiores (22/46,8%) e primeiros molares superiores (17/36,2%). Entre o sexo masculino, a maior incidência foi de segundos molares inferiores (11/23,4%) e superiores (6/12,8%). Conclusão: foi observada uma alta incidência de perda dentária em populações indígenas remotas que vivem na Amazônia após a construção da hidrelétrica de Belo Monte. O risco foi maior entre as mulheres e não houve influência da idade e da aldeia ou etnia. Os primeiros e segundos molares foram os dentes mais afetados. Esses achados sugerem um aumento na perda dentária causada pelo contato próximo entre as populações indígenas e urbanas e destacam a necessidade de ações preventivas e curativas eficazes para evitar a perda dentária entre as populações indígenas, especialmente entre as mulheres.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1152830 - ANTONIO DAVID CORREA NORMANDO
Externo à Instituição - Camila da Silveira Massaro
Externo à Instituição - DANIELA GAMBA GARIB CARREIRA
Externo ao Programa - 2449316 - HELDER HENRIQUE COSTA PINHEIRO
Interno - 013.038.783-56 - NATHALIA CAROLINA FERNANDES FAGUNDES - UniAlberta
Notícia cadastrada em: 18/03/2024 11:53
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) - (91)3201-7793 | Copyright © 2006-2024 - UFPA - castanha.ufpa.br.castanha1