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Banca de QUALIFICAÇÃO: ELLEN RODRIGUES DA SILVA MIRANDA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELLEN RODRIGUES DA SILVA MIRANDA
DATA: 31/08/2022
HORA: 14:30
LOCAL: PGEDA_PLATAFORMA PRESENCIAL_E_REMOTA
TÍTULO:

PROCESSOS DE FORMAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA AMPLIADA: EXPERIÊNCIAS DA RELAÇÃO TRABALHO, CULTURA E EDUCAÇÃO, EM TERRITÓRIOS QUILOMBOLAS, NA AMAZÔNIA TOCANTINA PARAENSE

 


PALAVRAS-CHAVES:

Trabalho-Cultura-Educação. Processos de formação econômico-cultural quilombola. Processos Produtivos e Políticos e Processos. Classe Trabalhadora Ampliada.


PÁGINAS: 200
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Tópicos Específicos de Educação
ESPECIALIDADE: Ensino Profissionalizante
RESUMO:

A tese em andamento analisa, a partir das experiências da produção e reprodução da vida de Territórios de povos/comunidades tradicionais Quilombolas, no município de Mocajuba, Amazônia Tocantina Paraense, a relação trabalho-cultura-educação, nos processos de formação da classe trabalhadora ampliada. Assim, a fim de compreender as experiências que apontam elementos de formação econômico-cultural quilombola e buscar a partir de processos produtivos e processos políticos, praticados na contradição capital-trabalho, entender o que os faz lutar-resistir ou não ao modo de vida capitalista, indagamos: Os processos de formação de mulheres e homens quilombolas, diante da contradição capital-trabalho, lhes possibilitam construir mediações econômico-cultural no interior da classe trabalhadora ampliada? Essa questão tem suscitado a hipótese de que lutas sociais cotidianas, em defesa de modos de vida não capitalistas, produzem processos de formação da classe trabalhadora ampliada. Para tanto, no sentido de interrogar as evidências, adotamos a abordagem qualitativa, com enfoque no método dialético materialista histórico, pois entendemos, conforme Marx (2008) que as relações sociais não podem ser explicadas por si mesmas, já que as têm ao contrário, suas raízes nas condições materiais de existência, em suas totalidades, portanto, não seguindo os fenômenos econômicos à distância, constituem-se também culturais, segundo Thompson (2001). Deste modo, o processo de investigação inicia pelo apoderar-se da matéria conforme Netto (2011) com análise documental e de literaturas para a construção do estado do conhecimento e, seguimos com outras técnicas de pesquisa conforme Lüdke e André (2020): observações participante e anotações de campo, além da realização de um ensaio de entrevista não-diretiva, baseado em Michelat (1982). Assim enquanto análise de conteúdo, nos pautamos no referencial teórico baseado em Marx (1978; 1996; 2008; 2013), Marx e Engels (2007; 2009), Thompson (1981; 1987; 1998; 2001; 2020), Lukács (1970; 2018), Gramsci (1989; 2011), Luxemburgo (2021), Gorender (2016), Moura (1981; 1987; 2011; 2020), Freitas (1980) Wood (2011), Iasi (2006), Ianni (1988), Tiriba (2001; 2008; 2012; 2018), dentre outros. A investigação em processo, nos demonstrou até aqui alguns pontos de partida, com base na técnica de triangulação teórica (TRIVIÑOS, 1987), que refletem historicamente seres reais, portanto, inferências de que os processos de formação econômico-cultural quilombola no interior da classe trabalhadora ampliada, perpassam de processos históricos construídos na lutas de classes, verificadas desde as gens, isto é, as origens nas relações de produção e formas de propriedade, que formaram grupos, tribos, comunidades, cidades, modos de produção, divisão do trabalho, senhores e escravos, possuidores, não possuidores, despossuídos, formação das classes, constituição das classes fundamentais e a massa. As relações sociais que se construíram permeadas de historicidade, além de economia também se estabeleceram de cultura, não de forma separada, mas economia-cultura. Neste sentido, diante desses processos verificados e ainda os processos de violência, opressão, exploração, que se justificaram pelo tal progresso da sociedade moderna, a exemplo do que fora o escravismo colonial, faz-se necessário, também, evidenciar os processos de resistência e lutas pelos modos de vida, que são formativos de classe, verificados nas práticas dos processos produtivos e políticos na economia-cultura dos quilombos. Lutas e resistências pela economia-cultura que os povos travaram desde as gens, como perspectiva de assumir a hegemonia, portanto, o controle dos seus próprios processos de produção da vida. Elementos que apontam pontos de partida, dos fios que podem se configurar como formação da classe trabalhadora ampliada.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2321894 - DORIEDSON DO SOCORRO RODRIGUES
Interno - 2190546 - GILMAR PEREIRA DA SILVA
Interno - 1152796 - RONALDO MARCOS DE LIMA ARAUJO
Externo à Instituição - BORIS MARAÑÓN-PIMENTEL
Externo à Instituição - LIA TIRIBA
Externo à Instituição - MARIA CLARA BUENO FISCHER
Notícia cadastrada em: 15/08/2022 12:52
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